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Plano de Ensino: Política e Sociedade 3º do Ensino Médio

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Academic year: 2021

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO

KALINE FARIA DE ARAÚJO

POLÍTICA E SOCIEDADE 3º DO ENSINO MÉDIO

NATAL OUTUBRO/2016

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POLÍTICA E SOCIEDADE 3º DO ENSINO MÉDIO

Plano de Ensino Anual para a Disciplina Sociologia no Ensino Médio apresentado à Coordenação do Curso de Especialização em Ensino de Sociologia no Ensino Médio da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Ensino de Sociologia no Ensino Médio.

Orientadora): Ms. Maria de Fátima Medeiros Dantas

NATAL/RN 2016

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1 INTRODUÇÃO3

2 JUSTIFICATIVA PARA O ESTUDO DO EIXO TEMÁTICO POLÍTICA E SOCIEDADE 16

3 METODOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO ANUAL PARA A DISCIPLINA SOCIOLOGIA NO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO 21

4 OBJETIVOS GERAIS DO PLANO ANUAL DE ENSINO 23 5 DETALHAMENTO DO PLANO ANUAL DE ENSINO 24 5.1 Identificação24

5.2 Detalhamento das Unidades Didáticas24

5.2.1 Unidade I (1° Bimestre)24 5.2.2 Unidade II (2° Bimestre)35 5.2.3 Unidade III (3° Bimestre)42 5.2.4 Unidade IV (4° Bimestre)45

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 51

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1 INTRODUÇÃO

A inserção da disciplina de Sociologia no Ensino Médio brasileiro, antes de qualquer argumento, simboliza uma conquista há tempos buscada por muitos educadores. Sua obrigatoriedade e as metas educacionais a serem alcançadas ficaram estabelecidas em documentos oficiais. Junto com as demais disciplinas existentes no currículo escolar, a Sociologia assume sua importante parcela de contribuição para o alcance de determinados objetivos educacionais orientadores da prática pedagógica de maneira ampla e específica.

A Sociologia no Ensino Médio constitui-se de forma irregular e com aparições efêmeras, até sua efetivação bem recentemente como componente obrigatório dos currículos escolares do Ensino Médio, a mesma viveu períodos de inclusão e exclusão total.

Ainda no Império, Rui Barbosa, apresentou um projeto, no qual ocorreu a inclusão da disciplina no curso secundário, e uma breve noção da disciplina já no Ensino Primário da época.

No entanto, a Sociologia foi introduzida no Brasil após a Proclamação da República, na reforma educacional implementada por Benjamin Constant, em 1891. Com a criação da cadeira de “Sociologia e Moral”, que ia ser ministrada nos últimos anos do ensino secundário, como síntese da evolução das ciências estudadas nos anos anteriores. Influenciado pelas ideias de Augusto Comte, acreditava que a sociedade e o homem, tal como o mundo, obedecem a imutáveis leis naturais, devendo a reforma das instituições ser preparada pela modificação das opiniões e dos costumes, Constant implementou seus projetos educacionais1.

Inscrito num projeto maior para construção da nação, com as ideias de Ordem e Progresso, o pensamento de Augusto Comte contribuiu diretamente para essa construção. A Ordem seria o princípio que regeria as transformações sociais, o que seria necessário para o progresso ou a evolução social. Isso implicaria a conformação, o ajustamento e a integração dos indivíduos à sociedade.

1 1º Módulo-Disciplina 3: Ensino de Sociologia. Unidade 1, 2ª aula: 1891-1925: Uma sutil lembrança...p.51. Benjamin Constant teve importante papel no processo da Proclamação da República. Por proposta do positivista Demétrio Ribeiro, Benjamin recebeu o título de "Fundador da República Brasileira". Foi professor, doutor em matemática, e ciências físicas. Como militar, galgou vários postos, chegando a General de Brigada. Foi professor e depois diretor do Instituto dos Meninos Cegos, do Rio de Janeiro, durante 20 anos. Em sua homenagem, desde 1891 foi denominado "Instituto Benjamin Constant".

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É deste modo, que surgiram as primeiras preocupações com o ensino de Sociologia no Brasil, em meio ao contexto do ideal positivista presente no pensamento dos idealizadores de um modelo de nação a ser construído pela instalação do novo regime de governo na História do Brasil.

Já em 1925, com outra reforma, do ministro Rocha Vaz, a Sociologia passa a ser ministrada na 6ª série do curso ginasial, e os seus conhecimentos circunscritos às elites de bacharéis.

A Reforma de 1931, de Francisco Campos, Ministro da Educação do governo Getúlio Vargas, manteve o caráter de preparatória para o ensino superior. Na chamada formação complementar, realizada em dois anos, destinada a preparação para o ingresso nas faculdades de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e Arquitetura. A Sociologia compunha esse ciclo de formação complementar.

Desse modo, o currículo, com um ciclo complementar, transformava a educação em privilégio para uma elite. Num contexto social que começava a despertar para os problemas do desenvolvimento e da educação, numa sociedade cuja maioria vivia na zona rural e era analfabeta, numa época em que a população urbana mal alcançava a educação primária, pode-se imaginar a camada social para a qual havia sido elaborado um currículo tão vasto. Percebe-se assim, que a o ensino da Sociologia limitava-Percebe-se àqueles indivíduos integrantes das elites brasileiras de então. Essa reforma se caracterizava pela sua seletividade.

Em outro momento, a Sociologia foi excluída do currículo escolar na Reforma de Gustavo Capanema, em 1942, na vigência do regime autoritário de Getúlio Vargas, o Estado Novo, (PANDOLFI, 2000). O objetivo dessa reforma era desvincular o ensino secundário do ensino superior, e a Sociologia tinha mais um caráter preparatório do que formativo. Essa reforma retoma o caráter da formação humanística, moral e religiosa, perdida na Reforma de Francisco Campos, que havia efetivado um currículo de caráter científico2.

A Lei Orgânica do Ensino Secundário3 (Decreto-lei nº 4.244) estabelecia em seu artigo 1º as finalidades do ensino secundário: 1. Formar, em prosseguimento da obra educativa do ensino primário, a personalidade dos adolescentes. 2 Acentuar e elevar, na formação espiritual

2 1º Módulo. Disciplina 3: Ensino de Sociologia...Unidade 1. 3ª Aula: 1925-1942: Presente e debatida!

3Apud, Conforme Silva (1969, p. 19), “literalmente, a expressão ensino secundário designa um grau ou nível do processo educativo, e, dessa forma, teria ela o significado de ensino médio, de segundo grau ou pós-primário”. Também, conforme o autor, educação secundária significa a fase do processo educativo que corresponde à adolescência, assim como a educação primária corresponde à educação da criança.

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dos adolescentes, a consciência patriótica e a consciência humanística. 3 Dar preparação intelectual geral que possa servir de base a estudos mais elevados de formação especial.

É importante ressaltarmos o disposto no art. 23: “Os responsáveis pela educação moral e cívica da adolescência terão ainda em mira que é finalidade do ensino secundário formar as individualidades condutoras[...]” Em síntese, o ensino secundário deveria: Proporcionar cultura geral e humanística; Alimentar uma ideologia política definida em termos de patriotismo e nacionalismo; Proporcionar condições para ingresso num curso superior; Possibilitar a formação de liderança( Curso de Especialização em Sociologia para o Ensino Médio,p.55-56).

Agora, vamos compreender de modo mais objetivo a reinclusão da Sociologia no ensino secundário. Criou-se um movimento de muitos debates para trazer a Sociologia novamente para o conjunto das disciplinas. Seus principais defensores foram: Florestan Fernandes e Costa Pinto. Florestan Fernandes defendeu sua tese de livre-docência intitulada “O ensino de Sociologia na escola secundária brasileira”. Mesmo diante da intensificação dos debates em torno do ensino de Sociologia no sistema secundário, a primeira Lei de Diretrizes e Bases, promulgada no país em 20 de dezembro de 1961, não apresentou avanços com relação à reinclusão dessa disciplina. A lei simplesmente deu certa autonomia para cada Estado indicar disciplinas complementares e optativas no currículo do ensino secundário.

Só com a Resolução nº7, de 23 de dezembro de 1963, do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, é que a Sociologia estaria presente como disciplina optativa dos cursos clássico, científico e eclético. Caberia às escolas a decisão de ofertar as disciplinas optativas. Diante das reclamações por parte das escolas da falta de recursos humanos, eram mantidas, somente, as disciplinas obrigatórias, assim, a Sociologia acabava sendo deixada de lado.

Apesar da aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e esta ter dado um passo adiante no sentido de unificação do sistema de ensino e de sua descentralização, a mesma teve uma vida bem curta diante das mudanças políticas ocorridas no Brasil. Com a instalação do golpe civil militar de 1964, nossa educação passou a viver um novo momento. Mais mudanças ocorrem, principalmente, no tocante às disciplinas escolares.

A Reforma Jarbas Passarinho incluiu, no currículo escolar, a disciplina Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e também propôs como na Reforma Capanema, a Educação Moral e Cívica e a Educação Religiosa como disciplinas obrigatórias.

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A Sociologia não é incluída em nenhuma das divisões do novo ensino profissionalizando: núcleo comum, mínimos profissionalizantes e parte diversificada. Essa parte diversificada constava de disciplinas listadas pelos conselhos estaduais para a escolha das escolas.

Deste modo, podemos perceber que no regime ditatorial de 1964 acentuou-se o esquecimento da Sociologia no Ensino Secundário. Isso em função da mesma ser entendida como sinônimo de comunismo, que seu ensino serviria de “aliciamento político”, perturbando o regime de ordem que se instalou no Brasil, consequentemente, sua presença seria um indicador de periculosidade para as elites.

Passados alguns anos, retomam-se as tentativas de retorno da Sociologia para o currículo escolar do Ensino Médio brasileiro. No contexto de redemocratização do país, com a aprovação da Lei 7.044, que propôs o fim da obrigatoriedade do da profissionalização no 2º grau, surgir a partir desta lei a Resolução nº06, do Conselho Federal de Educação, que reformulou o currículo do 2º grau e colocou a possibilidade de existência de dois tipos de curso: o acadêmico, para a formação geral do aluno, e o profissionalizante, de acordo com o interesse da escola diante das necessidades do mercado de trabalho.

Assim, de maneira tímida, o ensino de Sociologia passou a constar na parte diversificada do currículo, principalmente nos cursos acadêmicos. Mas ainda não como disciplina do núcleo comum. Além disso, para que ela passasse a integrar o currículo, deveria partir das secretarias estaduais ou da escola a iniciativa de incluí-la.

Com tantas prerrogativas, a disciplina ainda enfrentava muitos obstáculos para se efetivar no dia a dia da sala de aula. Possivelmente, muitas instituições escolares ou as próprias secretarias estaduais, não se mobilizaram para que a disciplina estivesse presente na formação escolar de muitos alunos. Isso é notável ao indagarmos conhecidos, parentes que estudaram durante esta época, ao afirmarem que não tiveram contato com os conhecimentos da Sociologia durante os anos escolares. Apesar de constar na parte diversificada do currículo, sua obrigatoriedade não existia, era simplesmente mais uma disciplina optativa, a ser assumida pelas instituições escolares ou não, ficando a critério das mesmas. Assim, sua presença na parte diversidade do currículo não garantia muita coisa, ou seja, não garantia sua presença concreta nas salas de aulas brasileiras.

Em diversos estados do Brasil professores e outros representantes da educação passaram a se organizar em prol da obrigatoriedade da mesma nos currículos escolares.

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Alguns estados obtiveram vitória, como Minas Gerais no ano de 1989, que conseguiu ter um artigo na Constituição Estadual, tornando obrigatório o ensino de Sociologia e Filosofia no 2º grau. O Rio de Janeiro, também por meio da mudança de um artigo na Constituição Estadual, consegue a volta da Sociologia para as salas de aula. E no Distrito Federal, a mesma foi incluída como disciplina do 2º grau em 1985. A partir de então ela passou a integrar como disciplina obrigatória da parte diversificada do curso acadêmico, com carga de duas horas semanais no 3º ano, e também como disciplina obrigatória da parte profissionalizante do curso normal, com 32 horas anuais.

Em meio a tantos momentos de turbulências e de silêncios vividos pela disciplina de Sociologia, os instrumentos didático-pedagógicos foram bastante comprometidos. Não houve uma consolidação das práticas voltadas para o trabalho da disciplina em sala de aula. Todo esse tempo fora dos currículos comprometeu toda uma estruturação que deveria ter ocorrido se a mesma estivesse presente em todos os momentos escolares na história do Brasil. Mas o que temos, é justamente, uma ausência periódica da mesma nos currículos.

As várias transformações ocorridas em nossa educação ao longo dos anos se fizeram para atender tanto a interesses políticos, quanto a interesses maiores dos sistemas econômicos. Assim, o chamado Ensino Médio brasileiro foi sofrendo reformulações ao longo das décadas. Hoje com sua nova reconfiguração, ficou estabelecido que, o mesmo deverá, sobretudo, proporcionar aos jovens uma formação cidadã, ou seja, levar meninos e meninas a pensar de modo crítico sobre a sociedade em que vivem.

O novo Ensino Médio, nos termos da lei, de sua regulamentação e encaminhamento, deixa de ser, portanto, simplesmente preparatório para o ensino superior, estritamente profissionalizante ou como etapa de conclusão de ciclo da educação básica, para assumir responsabilidades mais amplas, como consolidar aquelas habilidades desenvolvidas ao longo dos Ensinos Fundamental I e II, e, sobretudo, contribuir para a formação cidadã dos jovens concluintes do Ensino Médio.

Essas ponderações em torno da consolidação de habilidades e contribuições para a formação cidadã dos estudantes, não estavam presentes em reformulações anteriores para este nível de ensino. Deste modo, o Ensino Médio se reformula com novos objetivos a serem pretendidos, que até então não possuía. Isso se faz necessário em função de novas demandas educacionais que surgem. Elaborou-se um novo projeto de educação para um novo contexto de sociedade que é a nossa.

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Isso é expresso de modo bem claro nos documentos orientadores para o Ensino Médio, destacado a seguir: “...em qualquer de suas modalidades, isso significa preparar para a vida, qualificar para a cidadania e capacitar para o aprendizado permanente, em eventual prosseguimento dos estudos ou diretamente no mundo do trabalho (PCNMAIS, 2000)”.

Sua importância para a formação educacional, pelo menos, no que está posto oficialmente, não é mais, essencialmente, preparar para outras etapas escolares da vida adulta, ou simplesmente formar mão de obra para o mercado de trabalho, mas, sobretudo, qualificar nossos jovens para tornarem-se indivíduos capazes de refletir acerca de seu meio social, serem agentes ativos na prática da cidadania. Assim, a formação cidadã destaca-se como algo primordial a ser buscado neste nível de ensino.

A Sociologia assume seu papel na vida escolar dos estudantes, com novos objetivos demandados pelo novo contexto social no qual, estamos inseridos. Assim, a mesma deve trabalhar de modo a exercitar nestes a busca constante pela reflexão, reinterpretação, problematização, questionamentos, sobre o mundo no qual eles vivem.

Portanto, a Sociologia, ao longo de sua existência foi utilizada com diferentes objetivos para a formação educacional dos jovens brasileiros. Sua participação nos currículos escolares, durante muitas décadas limitava-se à complementação do ensino, como disciplina presente na parte diversificada do currículo escolar. Sua presença em sala de aula ficou presa aos desejos das secretarias e escolas da época, e, além disso, acabou servindo, meramente como instrumento para a elaboração de uma ordem governamental necessária durante a consolidação do Império brasileiro. Temos assim, sua participação nos currículos neste momento do Império com objetivos expressamente políticos, e não necessariamente, educacionais.

As Ciências Sociais são extremamente dinâmicas e seu desenvolvimento tem acompanhado as transformações ocorridas nas sociedades. Isso implica num ensino que não feche a compreensão da vida social em conceitos acabados, tomando-os em substituição ao objetivo que pretendem explicar. O ensino das Ciências Sociais deve permitir aos alunos a construção de uma percepção e modo de raciocínio que interprete os fenômenos sociais de modo adequado e facilite a leitura e a compreensão crítica dos textos produzidos pelos cientistas sociais (CHAUI, 1997).

Esta compreensão passa pela aprendizagem reflexiva dos conceitos, categorias e modos discursivos das Ciências Sociais tanto quanto pela problematização das questões

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sociais com base numa reflexão que dê conta de suas múltiplas dimensões e determinações. Os conceitos são mais importantes para os que se dedicarem à atividade científica. Mais importante que os conceitos, neste caso, é a habilidade de produção de sentido e de compreensão da experiência vivida. Se a disciplina Sociologia for capaz, como cremos que seja, de promover esta apercepção sociológica e, desse modo, permitir aos alunos o desenvolvimento de uma compreensão ampla e contextualizada das realidades que os cercam, sejam naturais, comportamentais, políticas, profissionais, educacionais, religiosas ou de outras categorizações possíveis, então ela terá cumprido seus objetivos.

Quanto à importância do planejamento para o alcance dos objetivos propostos, este é instrumento essencial para a prática do ensino, alicerces para a construção de uma prática educativa pautada e comprometida com os objetivos educacionais. Sem um planejamento bem pensado, organizado e analisado por parte do professor, este não saberá os caminhos a serem seguidos, e como será o percurso pelos mesmos. O planejamento é um processo de sistematização e organização das ações do professor. É um instrumento da racionalização do trabalho pedagógico que articula a atividade escolar com os conteúdos do contexto social (LIBÂNEO, 1991).

Proporciona aos professores analisar, identificar falhas, e consequentemente, os modos para melhoramento da sua atuação no processo de ensino aprendizagem. Sem um planejamento prévio, é como se o professor caminhasse, sem saber para onde ir ou como chegar aos resultados previstos. Além disso, na construção do planejamento, as opiniões dos alunos podem ser levadas em consideração. Espera-se que com a união de todos esses elementos para elaboração do planejamento, este possa ser exitoso para ambos, professores e alunos, e consequentemente para o processo de ensino aprendizagem de modo amplo.

Diante disso, o planejamento de ensino é um instrumento a ser utilizado pelo professor para o aperfeiçoamento do seu trabalho, e como uma lente para que ele enxergue o andamento de sua prática educativa.

No cruzamento com os objetivos educacionais para o Ensino Médio, tomamos como base a LDBEN 1996, segundo este documento, esse estágio de ensino deve assegurar alguns aspectos educativos para os alunos. Tais como: assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, aprimorar o educando como pessoa humana, possibilitar o prosseguimento de estudos, garantir a preparação básica para o trabalho e a cidadania e dotar o educando dos instrumentos que lhe

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permitam continuar aprendendo, tendo em vista o desenvolvimento da compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos (art.35, incisos I a IV, LDBEN).

Assim, o ensino da Sociologia hoje, depois de diversas reformas, mostra-se a partir de então como componente obrigatório da grade curricular do Ensino Médio, tornando-se um dos conhecimentos essenciais para a formação geral dos jovens e na sua atuação como cidadãos, na participação política, dentre outros assuntos presentes na sociedade.

Cada disciplina escolar a ser estudada pelos alunos seja, qual for o nível escolar carrega consigo objetivos claros a serem atingidos com determinando conhecimento. Com o ensino de Sociologia não é diferente. O ensino dos conteúdos presentes na disciplina de Sociologia tende a contribuir para a formação dos estudantes como indivíduos que convivem em sociedade.

Na continuação de nossas reflexões, devemos expor a partir desse momento a importância do curso Especialização em Sociologia para o Ensino Médio em meio a um novo contexto de educação a ser construído por nós professores.

A criação do curso representa um significativo passo para a formação de professores da área e afirmação da Sociologia como área de conhecimento importante para a formação cidadã dos estudantes.

A especialização em Sociologia para o Ensino Médio foi ofertada pela Secretaria de Educação à Distância da UFRN, tendo como um dos seus objetivos, proporcionar a professores de Sociologia e áreas afins, a oportunidade de realizar uma formação mais direcionada ao ensino propriamente dito, conhecer de modo mais aprofundado os pressupostos da Sociologia que como ciência e disciplina escolar, está destinada ao Ensino Médio no Brasil.

Com essa obrigatoriedade do ensino da disciplina no Ensino Médio, pensando em contribuir com a formação dos professores de Sociologia, que após tantos momentos de reivindicação, conquistam um espaço obrigatório para a disciplina dentro dos currículos escolares para o Ensino Médio. Mesmo sendo considerado um tempo bastante modesto para a realização das atividades, a obrigatoriedade da disciplina, pode ser vista como uma mudança positiva na reformulação dos novos currículos escolares para a educação básica.

O projeto de criação de uma Especialização em Sociologia surgiu a partir de uma demanda percebida pelos professores idealizadores do projeto do curso. A mesma já havia

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entrado para o currículo do Ensino Médio brasileiro, como componente obrigatório, por meio da Lei nº 11.684/2008, que alterou a Lei nº 9.394/1996, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a ser ministrada por professores com formação em Ciências Sociais.

Antes do ingresso na especialização, pensávamos de uma forma sobre a Sociologia, em meio ao percurso dos estudos, nossa concepção sobre o universo da Sociologia, acabou se ampliando. Passados muitos momentos de leitura e aprofundamento sobre teorias e reflexões a partir da Sociologia, o nosso olhar sobre o mundo, as relações entre os indivíduos, o espaço da escola, e nossa impressão sobre o nosso redor, muda drasticamente, com o auxílio da ótica sociológica.

A formação em História possibilitou uma nova compreensão de determinados eventos sociais, políticos, econômicos inerentes a nossa sociedade. E a partir do ingresso no curso de Especialização em Sociologia, essas novas compreensões possibilitadas, inicialmente, pela História, ampliaram-se com a contribuição dos conhecimentos próprios da Sociologia. Apesar da relação entre as duas disciplinas ser considerada de certo modo próxima, e ao mesmo tempo distante, em função de cada área do conhecimento, possuir suas categorias próprias de análises, muitos conteúdos podem vir a ser muito melhor aproveitados, tanto pelos alunos, quanto pelos professores, se cada vez mais ao longo de nossa prática docente buscarmos trabalhar de modo a que os alunos compreendam a relação entre as disciplina, por meio da interdisciplinaridade4, e proporcionando a partir desta ação o envolvimento dos demais colegas professores.

É essencial a promoção das parcerias entre os professores de diferentes disciplinas no espaço escolar, para que o princípio da interdisciplinaridade seja fortalecido, e possa contribuir para a formação dos alunos, relação entre professores no âmbito da escola, e consequentemente, uma ampliação do conhecimento dos sujeitos participantes do processo.

O meu primeiro registro como professora, ou experiência com a docência ocorreu por meio de aulas de reforço. Em 2013 recebi uma proposta para ajudar duas crianças estudantes do Ensino Fundamental I nas tarefas escolares. Nossos encontros ocorriam duas vezes por semana, durante de 1h30minutos cada encontro.

Nesse tempo que permaneci com as crianças ensinava todas as matérias escolares, e ao mesmo tempo tinha a tarefa de ensinar os mesmos a lerem. Os pais dos mesmos preocupados 4 Trata-se de uma prática que não dilui as disciplinas no contexto escolar, mas que amplia o trabalho disciplinar na medida em que promove a aproximação e a articulação das atividades docentes numa ação coordenada e orientada para objetivos bem definidos. (CARLOS, 2006 p.7). Disponível em:www.webartigos.com/artigos/a-interdisciplinaridade-na-escola.

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com o aprendizado das crianças viram a necessidade de uma professora de reforço para acompanhá-los nas tarefas e reforçar as práticas de leitura para o aprendizado daquela.

Permaneci como professora de reforço durante todo o ano de 2013. No ano seguinte, 2014, por questões de agenda não pude dar continuidade às aulas de reforço com as crianças. Acabei sentindo uma falta enorme deles. Apaguei-me bastantes aos dois. Mas me despedi com a sensação de dever cumprido. Consegui ensiná-los a ler. Ainda em 2014 iniciei a prática dos Estágios Supervisionados para Formação de Professores de História. Disciplina obrigatória para a conclusão do curso de História Licenciatura na UFRN.

Iniciei o estágio supervisionado I, momento no qual, é nos encaminhada a tarefa fazermos uma caracterização da escola escolhida para realização dos estágios. No semestre seguinte já no estágio supervisionado II, devíamos realizar uma intervenção com a turma escolhida na escola para a prática docente. Esse foi o momento oficial, no qual assumi uma turma com a responsabilidade de trabalhar junto aos alunos da turma durante 12horas de atividades diversas. Desenvolvi o trabalho na Escola Estadual Anísio Teixeira, localizada no bairro de Petrópolis.

Elaborei atividades bem pontuais para desenvolver com os alunos. A turma foi muito receptiva. Sentia-me nos primeiros dias muito insegura de como falar, de que houvesse algum tipo de rejeição por parte dos alunos, mas tive de encarar a situação da melhor forma possível. A professora colaboradora me ajudou muito nesse sentido de adquirir segurança na sala de aula, me fazendo manter a calma e acabou dando tudo certo.

Nessa primeira experiência, de fato, em uma sala de aula, com as obrigações da escola, de cumprir um cronograma de aulas, estabelecer objetivos com os assuntos estudados pelos alunos, todos esses elementos me fizeram criar outra postura sobre a sala de aula. Acredito ter ganhado uma noção do quanto a sala de aula nos exige responsabilidades. O medo desapareceu um pouco. Mas a vontade de estar em sala de aula com os alunos cresceu ainda mais depois desse primeiro contato oficial. Despedi-me da turma com um aperto no coração. Mas satisfeita pelos momentos vividos, mesmo que breves. Os objetivos colocados no papel previamente, foram cumpridos.

No semestre seguinte do ano 2014 iniciamos o estágio supervisionado III. Nessa ocasião mudamos de escola em função do nível escolar. Na Escola Estadual Augusto Severo, localizada no bairro de Petrópolis, trabalhamos com alunos do Fundamental II. Na escola Augusto Severo, assumi o estágio numa turma de 9º ano. Nessa ocasião, a experiência foi

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totalmente diferente. Enfrentei muitos problemas, desde a não colaboração da professora com meu trabalho, e certa resistência dos alunos, pelo fato de não se disporem tanto a fazer as atividades propostas em sala de aula durante o tempo do estágio.

Ao final desse estágio III acabei levando outras experiências importantes proporcionadas pela sala de aula. Lidar com a resistência dos alunos, pelo fato dos mesmos encararem a professora estagiária com um método de trabalho totalmente diferente do apresentado pela professora da turma.

Esse episódio acabou me fortalecendo no sentido de enfrentar tal situação com mais maturidade, e enxergar determinados aspectos presentes na relação entre professor e aluno mais de perto. Essa nova experiência também contribuiu para que eu pudesse exercitar melhor o diálogo durante a prática docente com os alunos, questioná-los sobre o porquê de determinadas atitudes, e analisar aspectos de conjuntura familiar, desigualdade social, fortemente presente na vida dos alunos que frequentavam a Escola Estadual Augusto Severo. Essa etapa foi mais uma responsável para a formação da minha identidade como professora, e analisar meu papel diante do mundo, ao me enxergar de maneira mais crítica como profissional da educação. Concluída mais uma etapa dos estágios, me encaminhei para o último estágio para a formação de professores de História.

No estágio IV, mais uma vez mudei de escola. Fui para uma escola com um contexto social bastante diferente dos encarados até então. Mudei de bairro, e consequentemente, pela necessidade, busquei uma escola nas proximidades. Iniciei o estágio IV na Escola Estadual Berilo Wanderley. O Berilo Wanderley é uma escola estadual reconhecida por desenvolver um trabalho mais efetivo com os alunos no sentido de desenvolver projetos relevantes destinados a comunidade escolar. Por ser também uma escola bastante equipada em termos estruturais receptora de alguns projetos desenvolvidos em parceria com a UFRN, a prática na escola foi muito positiva. O trabalho está sendo desenvolvido com uma turma de 1º ano do Ensino Médio.

No primeiro dia de aula a turma se mostrou um tanto empolgada pelo fato de haver uma estagiária que iria acompanhá-los durante um bimestre. Nesse primeiro dia de aula, preparei uma aula mais leve, para buscar maior aproximação com a turma. A partir da leitura pelos alunos em sala de aula, intercalando breves discussões sobre as mesmas. Sempre tentando relacionar a leitura com a nossa sociedade atual. Tudo fluiu muito bem. Consegui cumprir os objetivos estabelecidos para aula. O medo nesse primeiro dia de aula foi quase

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inexistente. Mas todas as vezes que entro em sala de aula o frio na barriga sempre vem, mas aos poucos se vai. Ser professor também nos traz sensações muito particulares.

Nesse estágio IV consegui amadurecer mais ainda diversos aspectos presentes na escola, na sala de aula, na relação entre professores, e comunidade escolar como um todo. O dia a dia da sala de aula é complexo e requer do professor sempre uma motivação que lhe impulsione a estar com os alunos e permanecer com eles. E aos mesmo que esta motivação seja desenvolvida nos próprios alunos a estarem em sala de aula.

Se o professor durante sua formação, e ao longo do seu exercício docente não encontrou ou não busca refletir sobre o que lhe move na jornada docente, seu percurso docente acaba se perdendo. O professor acaba perdendo sentido nesse trajeto. O ser professor é uma construção a cada dia, a cada novo momento em sala de aula, a cada nova situação que nos aparece. Essas experiências nos estágios supervisionados serviram, sobretudo, para quebrar alguns preconceitos, e formas de ver a sala de aula, sem mesmo nunca ter entrado em uma, na condição de educador, antes dos estágios supervisionados. Mesmo considerando a estadia na escola como muito curta. E, além disso, para que fosse me descobrindo como docente, identificando minhas dificuldades, comemorando minhas superações, e buscando motivar os alunos a cada novo dia para estarem na escola, em sala de aula, construindo conhecimentos e ao mesmo tempo reelaborando-os.

Comte, Durkheim, Weber e Marx, os assim chamados clássicos da Sociologia, preocuparam-se o tempo todo com a elaboração de métodos e técnicas de pesquisa social, que lhes permitissem entender e explicar a realidade social. Ao mesmo tempo, procuraram estabelecer alguns dos conceitos básicos do conhecimento sociológico de sua época, tais como, os conceitos de fato social, de ação social e de classe social (PCNmais,p.84).

A sociologia contemporânea está, atualmente, muito empenhada em oferecer, tanto ao estudioso, quanto ao estudante, a melhor compreensão possível das estruturas sociais, do papel do indivíduo na sociedade e da dinâmica social, isto é, das possibilidades reais de transformação social, na procura de uma sociedade mais justa e solidária.

Dessa forma, um dos conceitos estruturadores da Sociologia atual é o de cidadania. Para a elaboração desse conceito é fundamental uma pesquisa que considere as relações entre indivíduo e sociedade; as instituições sociais e o processo de socialização; a definição de sistemas sociais; a importância da participação política de indivíduos e grupos; os sistemas de poder e os regimes políticos; as formas do Estado; a democracia; os direitos dos cidadãos; os

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movimentos sociais, entre outros princípios. Desta maneira, o conceito de cidadania pode-se dizer que é aquele mais importante e fundamental na construção e elaboração deste plano de ensino, pois por meio deste, uma variedade de possibilidades e temas podem ser investigados. Além disso, o grande objetivo do Ensino Médio brasileiro é pensar numa formação cidadã dos jovens para sua atuação em sociedade.

O plano de ensino está estruturado em quatro bimestres, cada bimestre composto por oito aulas ou nove quando necessário para realizar as atividades propostas. Ele compreende ao todo 32 aulas anuais de Sociologia para o 3º ano do Ensino Médio, com uma aula por semana dentro do eixo temático Política e Sociedade onde trataremos de subtemas relacionados a essa temática.

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2 JUSTIFICATIVA PARA O ESTUDO DO EIXO TEMÁTICO POLÍTICA E SOCIEDADE

Os quatro eixos temáticos mantêm uma estreita vinculação com os conceitos estruturadores da Sociologia (cidadania, trabalho e cultura) e foram pensados para permitir variados recortes e colagens durante a prática docente. Pensando na nova proposta assumida pelo Ensino Médio na vida escolar e nos demais papeis a serem incorporados pela escola nessa sociedade do século XXI, determinados temas e assuntos, cada vez mais ganharam destaques na sociedade brasileira. Podemos considerar que há quase dois anos começou a ocorrer um movimento de reconfiguração da sociedade em termos de participação em temas pouco discutidos no Brasil. Em determinadas partes do nosso país, surgem manifestações diversas, muitas destas, chamando nossa atenção para assuntos muitas vezes esquecidos pela nossa sociedade ou “adormecidos”, deixados de lado pela própria escola com um ensino demasiadamente voltado aos interesses capitalistas. Tudo isso está acabando por deixar de lado, sobretudo, do seu papel social para com os indivíduos em processo de formação.

Podemos considerar essas transformações em função dos enormes avanços nos meios de comunicação, do maior acesso à informação pela sociedade, possivelmente há muito tempo, ou quase, nunca falou-se tanto nos termos política, democracia, esquerda, direita, igualdade de gênero, violência contra a mulher, corrupção, entre outros. Termos estes muitas vezes tendo suas discussões restritas aos espaços acadêmicos e por lá mesmo sendo arquivados em suas respectivas bibliotecas. De certo modo, com essa postura, o próprio acadêmico acaba por se isolar da sociedade. Mas hoje, esse movimento de discussão e participação social nos temas mais polêmicos, pode ser mais visualizados, e aos poucos concretizados em diversos movimentos surgidos pelo Brasil à fora, do ano de 2013 até então.

Diante das argumentações expostas tomamos este Eixo Temático; Política e Sociedade, como importante para construirmos um espaço escolar cada vez mais comprometido com a discussão e esclarecimento dos mais diversos assuntos presentes na vida de nossa sociedade brasileira, mais especificamente, o temas ligados à política, ou seja, trazer tais temas para o mais próximo possível do cotidiano dos alunos da escola. De certo modo, tais temas, muitas vezes não ficam tão claro para eles, em função da ausência de análises sobre tais assuntos.

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O Eixo Temático: Política e Sociedade se mostra extremamente relevante no sentido de ampliar as possibilidades de pensarmos em contribuir para a formação de jovens capazes de refletir e problematizar suas formas de participação na política de sua cidade, estado e país. Buscar com que estes percebam a importância de sua participação nas diversas esferas sociais. E também passarem a compreender como em todos os espaços sociais se permeiam as relações de poder. Contribuir, sobretudo, para a transformação dos olhares sobre os mais diversos espaços dos quais participamos direta ou indiretamente.

Durante o Ensino Médio há habilidades específicas a serem aprofundadas pelos alunos. Dentre elas destacamos as seguintes: a formação da pessoa, de maneira a desenvolver valores e competências necessárias à integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa; o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; a preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do trabalho, com as competências que garantam seu aprimoramento profissional e permitam acompanhar as mudanças que caracterizam a produção no nosso tempo; o desenvolvimento das competências para continuar aprendendo, de forma autônoma e crítica, em níveis mais complexos de estudos. (PCNEM, 1999, p. 22).

Segundo, o PCEM, “o estudo das Ciências Sociais no Ensino Médio tem como objetivo mais geral introduzir o aluno nas principais questões conceituais e metodológicas das disciplinas de Sociologia, Antropologia e Política”. (p. 317).

Os alunos ingressantes no Ensino Médio brasileiro, concluem o Ensino Fundamental I e o Ensino Fundamental II, na etapa dos estudos no Ensino Médio, os professores sabem que nessa etapa escolar, os alunos devem ampliar, aprofundar e consolidar todos aqueles conhecimentos que foram desenvolvidos ao longo das trajetórias escolares anteriores.

Tais competências estão claramente definidas nos chamados Parâmetros Curriculares Nacionais. Para o Ensino Médio, elas estão divididas em três campos:

O primeiro campo trata-se da representação e comunicação; no segundo campo, investigação e compreensão e no terceiro campo, contextualização sociocultural.

Para nosso plano de ensino nos interessa o terceiro campo, pois no mesmo se inclui o Eixo Temático: Política e Sociedade. Neste terceiro campo as competências a serem buscadas são:

• Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação exigida, gerados por mudanças na ordem econômica.

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• Construir a identidade social e política de modo a viabilizar o exercício da cidadania plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que haja, efetivamente, uma reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e o cidadão e, também, entre os diferentes grupos.

As contribuições conceituais e metodológicas do Direito, da Economia e da Política reforçam os conhecimentos da Sociologia. Levantar, analisar e debater as inúmeras questões que envolvem o mundo do trabalho em nossa e em outras formações sociais, tanto no tempo quanto no espaço, é uma tarefa que deve aliar professor e aluno.

A contextualização do sistema social brasileiro, estruturado em classes sociais, excludente e concentrador de renda e de poder, vai permitir a elaboração de variadas atividades pedagógicas. O aluno poderá, por exemplo, recolher do seu entorno diversos exemplos de exclusão social, econômica e política: histórias de vida, fotografias, vídeos e filmes, matérias jornalísticas etc. A simples justaposição dessas “pesquisas de campo” aos textos científicos explicativos já seria, em si, um trabalho escolar muito rico. Mas, o professor e o aluno poderão avançar ainda mais, se forem criadas oportunidades de atuação cidadã, isto é, se o aluno puder protagonizar a mudança, mesmo que pequena, viabilizando o exercício da cidadania dentro ou fora da Escola.

Propostas de ações democráticas no interior da Escola (análise das relações de poder envolvendo a Direção, o Grêmio Estudantil, a APM etc.), encaminhamento de propostas para solucionar problemas da comunidade para as Câmaras Municipais ou associações de bairro (questões ecológicas, poluição visual e sonora, por exemplo) são possibilidades de atuação do aluno. Dessa forma, todo o trabalho a ser desenvolvido pelo professor de Sociologia e seus alunos deverá enfatizar uma investigação do social a partir das questões do cotidiano.

Os temas dessa investigação, que devem ser de interesse do educando, receberão a orientação e o encaminhamento teórico e metodológico do professor. Qualquer que seja a escolha temática do aluno ou, melhor ainda, dos grupos de alunos, caberá ao professor definir, determinar e pôr em movimento as competências e habilidades a serem desenvolvidas em Sociologia. Finalmente, professor e aluno devem executar suas tarefas de maneira inovadora, rompendo a tradição da entrega de trabalhos escritos. É importante a utilização dos mais diferentes suportes para a apresentação dos resultados das pesquisas: seminários, apresentações de música e outras expressões artísticas coletivas, oficinas de fotografia, produção de textos, teatro etc. O professor não pode se esquecer de que a integração da informática às atividades pedagógicas é um recurso que, de certa forma, facilita a interação de todos os outros suportes (PCNMAIS, p.91).

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Assim, a partir do trabalho com Eixo Temático: Política e Sociedade, alguns caminhos podem ser delineados para a formação dos estudantes. Os debates e as atividades pedagógicas realizadas em torno das relações entre política e sociedade deve ter como finalidade ampliar a concepção que o aluno tem de política. Essa ampliação passa pela necessidade de ultrapassar as concepções criadas pelo senso comum para definir política.

O educando tem de perceber a política como uma rede de interesses e de acordos estabelecidos pelos seres humanos, em um processo de tomadas de decisões que gira em torno de valores sociais e de relações de poder. É tarefa do aluno entender e identificar a presença da política no agir cotidiano de indivíduos, grupos e instituições. Aqui, uma série de atividades práticas de observação e levantamento de dados poderia ser realizada e exposta pelos alunos, sob a forma de relatos orais de casos e histórias de vida, por exemplo. (Relatos sobre as relações de poder na família, no trabalho, no namoro etc.). Finalmente, valorizar a política enquanto prática social, que implica a participação do cidadão nos destinos da sociedade, é uma atividade que deve ser realizada durante as aulas.

Já o estudo do conceito de Estado, de sistemas de poder e de regimes políticos permitirá a análise e a comparação das diversas teorias sobre suas diferentes origens, formas e finalidades. O estudo do Estado brasileiro e dos regimes políticos que se sucederam no país possibilitará a contextualização necessária à apropriação dos conceitos da Ciência Política.

A comparação entre períodos democráticos e autoritários da história política brasileira pode gerar seminários, a realização de entrevistas e a exposição de histórias de vida. É possível até mesmo levar pessoas que viveram os tempos difíceis das ditaduras para dar testemunho. Filmes e vídeos também podem servir de suportes para as atividades programadas. As possibilidades de trabalhos conjuntos de Sociologia e História são evidentes. Levar o aluno a perceber o caráter científico das teorias e dos conceitos da política deve ser um objetivo sempre presente nas aulas de Sociologia. Além disso, o educando deverá compreender os fatores que levam à mudança, identificando os movimentos sociais e seu poder de intervenção nas estruturas. Escolher e investigar um determinado movimento social vai permitir a realização de inúmeras atividades pedagógicas. Movimentos Sociais das minorias sexuais, étnicas e religiosas, dos pacifistas, dos ecológicos e dos estudantes, dos sem terra e dos favelados, dos operários e dos jovens urbanos etc., são exemplos que vão motivar os grupos de alunos a realizar pesquisas científicas de investigação do entorno social. (A contextualização e a questão do cotidiano estão sendo contempladas nesse processo.) Aproveitando a oportunidade, o professor poderá introduzir a discussão sobre o processo eleitoral como fator que pode promover mudança.

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Valorizar o exercício da democracia, a legalidade e a legitimidade do poder, a cidadania, os direitos e deveres do cidadão, os movimentos sociais e as outras formas de participação é um dos objetivos fundamentais de todo o trabalho pedagógico. Ao término deste eixo temático, o professor, juntamente com seus alunos, terá realizado um trabalho que, com raras exceções, somente pode se desenrolar no espaço da escola: a construção da identidade social e política do educando.

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3 METODOLOGIA DA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO ANUAL PARA A DISCIPLINA SOCIOLOGIA NO 3ºANO DO ENSINO MÉDIO

Para elaborarmos nosso Plano de Ensino Anual, vamos utiliza de uma diversidade de materiais, que irá proporcionar inúmeras formas de trabalho com os alunos. Na elaboração do Plano Anual de Ensino, a princípio definimos o eixo temático, posteriormente selecionamos os conteúdos dentro deste eixo temático e os principais instrumentos de trabalho.

Os materiais bibliográficos utilizados foram o livro didático, textos da internet, questionários elaborados pela professora - como instrumentos para realização de trabalhos. Para, além disso, também destacamos a importância dos recursos tecnológicos para o andamento e execução do nosso Plano de Ensino, dentre eles o uso de Data Show, para a exposição dos vídeos e ideias discutidas pela professora em sala de aula em acordo com tema a ser trabalhado. A utilização da própria internet como ferramenta de trabalho para os alunos desenvolverem as pesquisas encaminhadas em sala de aula se mostra como mais um meio a ser explorado pelo professor por meio dos conteúdos trabalhados. Os recursos tecnológicos no processo de ensino aprendizagem são necessários para a exploração do conteúdo trabalho de diversas formas, e como mais uma ferramenta de trabalho disponível para o professor.

A seleção dos conteúdos a serem estudados a partir do Eixo Temático se deu a partir de uma escala de importância criada durante a construção deste plano de ensino e a relação destes conteúdos com a vida prática dos alunos. Essa escala, teve como pontuação de 1 até 5 para a escolha dos conteúdos a serem estudados. Portanto, como critério de seleção dos conteúdos, aqui fixados no plano de ensino, tomamos uma escala de importância, levando em consideração como fator relevante, a relação destes conteúdos com a vida prática do aluno -seu cotidiano, o contexto social da escola e dos próprios alunos. Acreditamos que tais critérios de seleção são essenciais, pois os conhecimentos a serem apreendidos pelos alunos em sala de aula devem possuir relações diretas ou indiretas com sua vida, e por outro lado, levando em consideração, sobretudo, o principal objetivo, traçado para o Ensino Médio, a formação cidadã de meninos e meninas no ambiente escolar.

As unidades de ensino criadas dentro do plano estão relacionadas a cada tema trazido pelo Eixo Temático. Portanto, os temas e subtemas tratados pelo Eixo Temático foram recortados em Unidades de Ensino. Partimos do primeiro tema destacado no Eixo Temático até o último tema, buscando trabalhar em cada Unidade de Ensino, os temas de modo

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conceitual e ao mesmo prático, por meio de atividades que demandem mais participação dos alunos no seu processo de realização, como, por exemplo, um trabalho proposto pela professora demandando uma investigação no âmbito dos bairros de cada aluno, para levantamento de dados da própria realidade social dos alunos da turma.

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4 OBJETIVOS GERAIS DO PLANO ANUAL DE ENSINO

Nos conteúdos a serem trabalhados buscaremos atingir objetivos tanto gerais e específicos no processo de ensino aprendizagem. Para este plano traçamos alguns objetivos, divididos entre geral e específicos.

Objetivo Geral:

Compreender a importância do conhecimento acerca do tema política e a relação desta com a vida prática dos alunos, seja de modo direto ou indireto, visando problematizar com os alunos o que de fato venha a ser política para eles, e como esta pode ser percebida no cotidiano dos mesmos, nas mais variadas relações sociais que se estabelecem entre os indivíduos dentro da sociedade, de modo direto ou indireto;

Objetivos Específicos:

Investigar sobre o que venha a ser política; este objetivo está relacionado diretamente ao que o Eixo Temático: Política e Sociedade que vem nos propor em seus temas e subtemas. Ao propormos uma investigação sobre o que se entende sobre o conceito de política, atendemos às exigências do eixo temático, pois buscamos essas respostas investigando no cotidiano dos alunos a política, as ações políticas e as relações de poder, como elemento integrante das práticas políticas brasileiras;

Refletir de modo crítico com relação ao sistema político brasileiro vigente; essa reflexão crítica acerca do sistema político também atende ao que nos solicita o eixo, pois ao quando fazemos uma reflexão do como está estabelecido nosso sistema político, os alunos poderão perceber suas incoerências, gargalos e problemas que podem afetar de modo negativo seus cidadãos;

Pensar modos diferentes de participação política em nossa sociedade (comunidades, bairros, cidades, entre outros); esse objetivo tem o intuito de levar a importância da participação do povo na política, nas decisões que são tomadas por instancias superiores, que acabam interferindo diretamente na vida dos cidadãos, e ao mesmo expor o quanto a participação dos cidadãos nas decisões que envolvem sua comunidade, seu futuro, seu bem estar social, é algo essencial para a vida em sociedade. Se vivemos em sociedade é essencial que todos tenham oportunidade de participar de decisões que interferem diretamente no seu modo de vida. Analisar vantagens e desvantagens acerca das formas de participação política reconhecidas em nossa atualidade; por meio deste objetivo será possível avaliarmos os canais de

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participação política disponíveis aos cidadãos na atualidade, como estas canais são explorados pelos cidadãos, como eles fazem uso deste para a tomada de decisões importantes para a coletividade, pensamos neste objetivo para atendermos aquilo solicitado no eixo do tema Política e cidadania.

Estes são alguns objetivos traçados para a execução do Plano de Ensino a ser colocado em prática no 3º ano do Ensino Médio. Como todo plano quando colocado em prática, podem ocorrer imprevistos que impeçam sua finalização em etapas definidas, determinadas situações podem exigir uma reformulação do plano ou seu enxugamento, diante de tantos fatores externos que interferem a condução do plano, se houver por parte dos alunos o desenvolvimento mínimo de reflexão em torno do tema, teremos iniciado um jornada na busca pelo conhecimento muito importante. E esperamos com estas bases construídas na introdução deste tema, tenhamos contribuído para a formação dos jovens na intenção de termos futuros cidadãos mais conscientes do seu papel social, e consequentemente do seu exercício de cidadania plena.

Na Unidade I começaremos a discutir de modo mais conceitual o que são as relações de poder vigentes entre os indivíduos. Após, vamos discutir e adentrar mais objetivamente no conceito de política.

Compreendidos os principais conceitos trabalhados neste momento inicial já teremos esclarecido alguns equívocos sobre o que talvez eles entendessem sobre política e relações de poder, e assim teremos contribuído para uma mudança inicial do modo de ver determinados movimentos ao redor deles. Em seguida, na Unidade 2 ingressaremos numa discussão mais próxima ao nosso contexto de Brasil, e buscaremos entender como se deu a formação política de nosso país e suas particularidades até o momento atual. Os alunos poderão relacionar conceitos estudados na primeira unidade com elementos estudados nesta segunda unidade.

Na Unidade 3 os alunos terão a oportunidade de compreender como dentro de determinados regimes políticos os indivíduos conseguem ter sua participação legitimada e os pontos positivos e negativos apresentados por cada um daqueles estudados.

Por fim, na Unidade 4, os alunos terão capacidade de elaborar suas reflexões por meio da criação de vídeos, e espera-se que ao final do curso, nesta última unidade, eles consigam perceber suas reais formas de participação política na sociedade seja no âmbito da escola, dos seus bairros, na sua cidade, estado e país.

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5 DETALHAMENTO DO PLANO ANUAL DE ENSINO

5.1 Identificação

Escola Escola Estadual Professora Calpúrnia Caldas de Amorim Ano do Ensino Médio 3º Ano do Ensino Médio

Carga horária total 08 horas-aula Período letivo 2017

Professor (a) Kaline Faria de Araújo

5.2 Detalhamento das UnidPades Didáticas

5.2.1 Unidade I (1° Bimestre) Descrição da Unidade

Nesta unidade vamos iniciar o trabalho sobre a temática das relações de poder que permeiam as relações na sociedade. O discente deve compreender como todas as relações que mantemos com os indivíduos ao nosso redor se estabelecem a partir dos sujeitos detentores do poder.

Também ingressaremos nossos estudos referentes ao conceito de Política e as formas de participação política em nossa sociedade, articulando o objetivo desta primeira unidade com nosso objetivo maior que é buscar que os alunos compreendam a importância dos conhecimentos sobre políticas e a relação desta de modo indireto e direito com a vida dos discentes. Faremos tanto atividades práticas, de atuação nas comunidades dos próprios alunos, quanto atividades que envolvam leitura e reflexões acerca dos temas estudados em cada etapa do curso.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos de aprendizagem: Eixo Temático:

Política e Sociedade

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01 As relações de poder no cotidiano e as concepções sobre política (Família, Escola, Igreja, Estado e Empresas).

Identificar as relações de poder estabelecidas nesses espaços dos quais os alunos fazem parte no cotidiano.

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Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

02 As relações de poder no cotidiano e as concepções sobre política

(Família, Escola, Igreja e Estado). Realizar caracterização das relações de podernos espaços em que os alunos são parte.

03

As relações de poder no cotidiano e as concepções sobre política (Família, Escola, Igreja e Estado).

Compreender as diferentes concepções teóricas sobre o conceito de política.

04 A importância das ações políticas Compreender a importância das discussões e participações de nós cidadãos em decisões que envolvem os interesses coletivos.

05 A importância das ações políticas Perceber, no âmbito do bairro que residem, os canais de participação disponíveis para si e para os chefes de família, no caso, os responsáveis por eles.

06 As diferentes formas de Estado Assimilar os principais sistemas políticos existentes no mundo, dentre eles o sistema político brasileiro.

07 As diferentes formas de Estado Identificar as principais diferenças dos sistemas políticos levantados na aula anterior.

08 As diferentes formas de Estado Compreender as principais vantagens e desvantagens presentes nos sistemas políticos selecionados para os estudos do tema.

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Aula nº 1: As relações de poder no cotidiano e as concepções sobre política (Família, Escola, Igreja, Estado e Empresas).

Duração: 50h aula.

Foco: Descobrir as impressões dos alunos sobre poder. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 1.

No primeiro momento da aula, a professora irá levantar as principais informações que os alunos possuem sobre o que é poder por meio da aula expositiva; com o auxílio de um questionário. No segundo momento da aula, com base nas informações colhidas dos alunos, a professora distribuirá a turma em grupos de trabalhos com 4 componentes, para a realização de leitura de textos impressos trazidos por ela. No último momento da aula, os grupos de trabalho, devem elaborar um resumo das ideias presentes no texto recebido para a atividade.

Aula nº 2: As relações de poder no cotidiano e as concepções sobre política (Família, Escola, Igreja e Estado).

Duração: 50h aula.

Foco: Iniciar os alunos na observação do âmbito escolar e o uso das novas tecnologias. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 2.

No primeiro momento da aula a professora haverá uma explicação sobre a sistemática de aula. Os alunos devem entrar em um novo grupo de trabalho e fazer uma caracterização das relações de poder vivenciadas pelos alunos no âmbito da escola. Em seguida iniciarem a escrita das caracterizações. Ao final da aula os grupos de trabalho devem apresentar a professora um esboço do que fizeram. O trabalho elaborado em sua versão final será apresentado em slides, pelos grupos de trabalho, em outra aula.

Aula nº 3: As relações de poder no cotidiano e as concepções sobre política (Família, Escola, Igreja e Estado).

Duração: 50h aula.

Foco: Compreender as relações de poder dentro da escola Tipo de aula: Expositiva-dialogada

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Procedimentos metodológicos para a Aula nº 3.

Nesta aula os grupos de trabalho devem apresentar os trabalhos encaminhados na aula anterior. Esta apresentação será realizada através de slides para que o resultado da pesquisa seja compartilhado com os demais colegas.

Aula nº 4: As concepções sobre política (Família, Escola, Igreja e Estado). Duração: 50h aula.

Foco: Compreender diferentes concepções sobre política. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 4.

No primeiro momento da aula, serão repassadas as orientações gerais. Em seguida, os grupos de trabalho receberão textos impressos de autores da Sociologia tratando da perspectiva de cada um deles acerca do conceito de política. Os discentes devem fazer esta leitura em sala de aula, dentro de seu respectivo grupo. Ao final da aula, cada componente do grupo deve produzir um pequeno texto sobre as discussões feitas no grupo e elaborar o conceito de Política com base nas ideias do texto, mencionando um exemplo de decisão política que atingiu de modo polêmico algum grupo de pessoas.

Aula nº5: A importância das ações políticas Duração: 50h aula.

Foco: Compreender a importância da participação política em decisões de interesse coletivo Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 5.

Nesta aula discutiremos a importância da nossa participação política em diversos espaços da sociedade. Será distribuído para os alunos um texto base, e em grupo eles farão a leitura e discussão em grupo dos principais aspectos do texto. Os alunos devem responder algumas questões presentes no texto.

Aula nº 6: A importância das ações políticas Duração: 50h aula.

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Foco: Levantar no âmbito do bairro em que residem os canais de participação disponíveis para si e para os chefes de sua família.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 6.

Inicialmente retomaremos, de forma breve, a discussão da atividade realizada na aula anterior. Em seguida, haverá uma explicação sobre o que deve ser feito na segunda aula deste tema. Na qual eles irão colocar em prática por meio de uma investigação local, no seu próprio bairro, os canais de participação existentes e quais as possibilidades de participação por parte dos interessados.

Os alunos irão utilizar a aula para tirar as dúvidas relacionadas ao desenvolvimento da atividade em campo. Na própria aula, dentro do seu grupo de trabalho, devem pensar e organizar as formas de atuação para o desenvolvimento desta atividade. O trabalho escrito, contendo as informações colhidas, deve ser entregue na aula seguinte. O modelo de trabalho será encaminhado para o Email da turma, onde todos poderão ter acesso.

Aula nº 7: As diferentes formas de Estado e Regimes Políticos Duração: 50h aula.

Foco: Levantar os principais sistemas políticos existentes no mundo. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 7.

A professora fará breves questionamentos sobre os conhecimentos prévios dos alunos relativos as diferentes formas de poder para identificar a noção dos alunos sobre o assunto. Posteriormente, será entregue um texto para leitura em sala de aula.

Aula nº 8: As diferentes formas de Estado e Regimes Políticos Duração: 50h aula.

Foco: Identificar as principais diferenças dos sistemas políticos levantados na aula anterior. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 8.

A professora retomará as discussões abordadas no texto entregue na aula anterior, feito isto, cada aluno deve escolher dois regimes políticos, levantados na aula anterior, apontar as diferenças entre eles e registrar isso no próprio caderno.

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Aula nº 9: As diferentes formas de Estado e Regimes Políticos Duração: 50h aula.

Foco: Analisar as principais vantagens e desvantagens presentes nos sistemas políticos estudados.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 9.

Será encaminhado um pequeno trabalho em duplas onde os alunos irão organizar as vantagens e desvantagens dos sistemas políticos estudados. A construção desse trabalho deve ser iniciada na aula. O trabalho deve ser entregue na aula seguinte. Para este trabalho os alunos podem utilizar diversas fontes, como livros, internet, jornais e outros. O trabalho deve ter no máximo três laudas.

Sistemática de Avaliação para a Unidade I

A forma de avaliação colocada em prática durante esta Unidade I consistirá no processo de avaliação contínua, ao longo das atividades, aulas, apresentações, texto coletivos e individuais, cada aluno terá seu progresso escolar observado com ajuda de alguns instrumentos avaliativos. Para nossas observações acerca do desenvolvimento de cada aluno em sala de aula, devemos tomar como instrumentos essenciais os seguintes: ficha individual de avaliação, com as informações sobre o aluno, nesta ficha, serão anotados os progressos alcançados por eles, quanto à participação nas aulas, presença em sala de aula, organização das ideias em textos escritos em provas, trabalhos e etc. Para cada trabalho proposto será atribuído um peso para a composição da nota final de cada aluno.

5.2.2 Unidade II (2° Bimestre)

Nesta unidade estudaremos sobre a formação política do estado brasileiro. A partir de leituras orientadoras, eles poderão ter contato com leituras que os ajudem a compreender a formação do nosso estado brasileiro e que assim possam entender como esta ocorreu por meio da articulação das relações entre indivíduos mais influentes da sociedade e se afirmassem por meio dessas relações os interesses comuns entre os grupos mais poderosos. Neste 2º bimestre trabalharemos direcionando nossas atividades para o livro didático. Os alunos deverão desenvolver mais familiaridade com seu livro e entendê-lo como uma fonte

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de informação também importante durante as aulas. Também trabalharemos com vídeos relacionados ao tema desta unidade de ensino.

B) Cronograma Geral dos Conteúdos e seus respectivos objetivos:

Aula Conteúdos Objetivos de Aprendizagem

01 O Estado brasileiro e os regimes políticos

Identificar os regimes políticos que existiram no Brasil.

02 O Estado brasileiro e os regimes políticos

Compreender o processo de instauração da Democracia no Brasil.

03 O Estado brasileiro e os regimes

políticos Compreender o processo de instauração daDitadura no Brasil.

04 Mudanças sociais, reforma e revolução

Entender como ocorrem as mudanças sociais em nossa sociedade.

05 Mudanças sociais, reforma e revolução

Compreender as mudanças sociais identificadas no trabalho e apresentá-las.

06 Mudanças sociais, reforma e revolução

Descrever a mudança social que mais chamou a atenção.

07 Movimentos sociais no Brasil Identificar a origem dos Movimentos Sociais. 08 Movimentos sociais no Brasil Conhecer os principais Movimentos Sociais

existentes no Brasil.

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Duração: 50h aula.

Foco: Compreender a Formação do Estado Moderno Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 1.

Nesta aula os alunos irão utilizar o livro didático como instrumento principal para a aula. A professora solicitará aos alunos que abram o livro na página 208 para uma leitura coletiva. Será sorteada a ordem de leitura. Os alunos escolhidos no sorteio devem ficar atentos à ordem de leitura. No andamento da leitura os demais alunos que não ficaram responsáveis por ler anotam os aspectos mais importantes da leitura. Essas anotações serão questionadas na aula seguinte. E expostas pelos alunos que ficaram com tal tarefa, para toda a turma.

Aula nº 2: As diferentes formas de Estado e Regimes Políticos Duração: 50h aula.

Foco: Compreender a instauração da Democracia no Brasil. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 2.

Nesta aula será apresentado um vídeo curto sobre as considerações do professor Dr. Dejalma Cremonese, Cientista Político. Esta aula servirá de base para a elaboração de uma pesquisa encaminhada ao final da aula, presente no livro didático, na página 214. O vídeo está disponível em: www.capitalsul.com.br. E poderá ser acessado pelos alunos em outros momentos fora da sala de aula.

Aula nº 3: As diferentes formas de Estado e Regimes Políticos Duração: 50h aula.

Foco: Compreender a instauração da Ditadura no Brasil. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 3.

Inicialmente deverão ser entregues as pesquisas realizadas pelos estudantes e encaminhadas na última aula. Em seguida, os alunos deverão assistir a um vídeo sobre a instauração da Ditadura no Brasil. Esse vídeo será iniciado nesta aula e concluído na aula seguinte. Cada aluno receberá uma ficha a ser preenchida sobre as informações principais discutidas no vídeo. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=CRbZwM7fjYM. Regime/Ditadura Militar / HISTÓRIA.

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Aula nº 4: As diferentes formas de Estado e Regimes Políticos Duração: 50h aula.

Foco: Compreender a instauração da Ditadura no Brasil. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 4.

Nesta aula será dada continuidade na apresentação do vídeo. Ao final do vídeo os alunos devem entregar as fichas preenchidas com as informações solicitadas nas mesmas.

Aula nº 5: Mudanças sociais, reforma e revolução Duração: 50h aula.

Foco: Entender como ocorrem as mudanças sociais em nossa sociedade. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 5.

Em dupla os alunos devem realizar a leitura do texto entregue pela professora para a introdução do novo conteúdo. Ao final da leitura cada dupla deverá mencionar uma mudança social observada por eles na sociedade, seja na sua comunidade, na escola, ou em qualquer outro espaço a escolha das duplas.

Aula nº 6: Mudanças sociais, reforma e revolução Duração: 50h aula.

Foco: Apresentar as mudanças sociais identificadas por cada dupla de trabalho. Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Procedimentos metodológicos para a Aula nº 6.

Nesta aula, os alunos, em suas próprias cadeiras, sem necessidade de ir à frente da sala, deverão expor as mudanças sociais destacadas por cada dupla ao final da leitura do texto introdutório ao tema.

Aula nº 7: Mudanças sociais, reforma e revolução Duração: 50h aula.

Foco: Descrever quais mudanças sociais mais chamou a atenção dentre as mencionadas na turma.

Tipo de aula: Expositivo-dialogada

Referências

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