• Nenhum resultado encontrado

4 OBJETIVOS GERAIS DO PLANO ANUAL DE ENSINO

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Plano de Ensino é um dos instrumentos essenciais para o desenvolvimento do trabalho docente, sem ele não se torna possível sistematizarmos de maneira clara e objetiva todas as nossas intencionalidades nas salas de aula, de modo pensado e refletido para ser executado em longo prazo, durante o período de um ano. No percurso de um ano, muitas mudanças que interferem nesse processo podem ocorrer, cabe a nós professores, fazermos os ajustes necessários, caso estas mudanças surjam. Por lado, também é necessário que tenhamos sempre uma saída alternativa ao plano de aula, caso este não seja possível executar. Essa alternativa segura o próprio professor, e o andamento do trabalho que foi organizado em etapas, consequentemente o percurso do processo de ensino aprendizagem.

Em nosso Plano de Ensino estão colocados nossos anseios como professores, atitudes a serem concretizados na prática de ensino, que a nosso ver são coerentes com determinadas correntes de pensamento. O modo como será desenvolvido o trabalho ao longo do ano requer que sigamos este cronograma para que ao final da jornada, possamos fazer as devidas avaliações sobre as nossas intenções levadas para sala de aula. O que deu certo e foi positivo para o aprendizado dos alunos, e também o que não foi positivo, e como pode ser melhorado de acordo com as condições que nos é dada em sala de aula.

A elaboração do Plano se fez a todo momento num exercício de atender aos objetivos do ensino e aprendizagem para o Ensino Médio. O esforço por construir uma prática educativa concretizada neste plano, em um constante diálogo, entre professor e aluno, destacando neste processo de ensino temas bastante relevantes e pouco socializados em nossa sociedade, seja pela escola, universidades, entre outras instituições comprometidas com a formação educacional de crianças e jovens brasileiros.

Discutir a temática política nas escolas pode ser visto, por alguns olhos, como algo sem importância, que não faz sentido, por justificarem que aquela não se relaciona com nossa vida na prática. Por outro lado, outros olhos, entendem que levar os debates sobre a temática política para a sala de aula, como algo um tanto “perigoso”, principalmente, quando nos encontramos numa conjuntura política como a que vivenciamos atualmente.

Os objetivos definidos para o novo Ensino Médio brasileiro, definição esta, concretizada a partir da LDB de 1996, nos traz como princípio norteador das práticas

educativas destinadas ao Ensino Médio, a formação cidadã de todos aqueles que se encontram no referido nível de ensino. Mas o que seria de fato esta tão falada formação cidadã? A formação cidadã é aquela na qual, seja proporcionado aos seus alunos, um ensino que contribua para sua atuação e sua reflexão como pessoa integrante de uma sociedade, ou seja, que os jovens, que hoje encontram-se no Ensino Médio desenvolvam, por meio dos conteúdos estudados na escola, sua capacidade de discussão, reflexão, criticidade e reelaboração das problemáticas sociais presentes em seu contexto de vida. Que tais conteúdos contribuam para sua formação como cidadão membro de uma sociedade, com consciência do seu papel como cidadão e dos seus direitos.

REFERÊNCIAS

PINTO, Morena Marcio. A legitimidade do poder político revisitando as teorias contratualistas. Disponível em: https://marciomorena.jusbrasil.com.br/artigos/121944028/. Acessado em 02 de Fevereiro de 2017.

CARLOS, Jairo Gonçalves. Interdisciplinaridade no Ensino Médio: desafios e potencialidades. Programa de Pós-Graduação da CAPES. 2006. Disponível em: www.webartigos.com/artigos/a-interdisciplinaridade-na-escola. Acessado em 12 de julho de 2016.

CABRAL, João Francisco Pereira. "Os Regimes políticos e as Formas de governo segundo Aristóteles”; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/os- regimes-politicos-as-formas-governo-segundo-aristoteles.htm>. Acesso em 31 de agosto de 2016.

Cidadania: o que eu tenho a ver com isso? Sociologia-Ens. Médio-Telecurso. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JAvnKzqDsc4. Acessado em 07 de Fevereiro de 2017.

Democracia no Brasil- professor Dr. Dejalma Cremonese-Cientista Político. Disponível em: www.capitalsul.com.br. Acessado em 25 de agosto de 2016.

Direitos Políticos. Disponível em: www.infoescola.com/direito/direitos-politicos. Acessado em 31 de agosto de 2016.

LIBÂNEO, José Carlos: Didática. São Paulo: Cortez, 1991.

Módulo 1º-Disciplina 3. Especialização em Ensino de Sociologia.

PANDOLFI, Dulce. Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 1999. 345 p.

SILVA, Geraldo Bastos. A educação secundária: perspectiva histórica e teórica. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969. v.94. (Atualidades Pedagógicas).

Sociologia Mudança Social. Disponível em: www.todamateria.com.br/mudanca-social. Acessado em 30 de agosto de 2016.

Sociologia/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2ª ed. 2006- 266p.

Regime/ Ditadura/ História. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=CRbZwM7fjYM. Acessado em 28 de agosto de 2016.

Parâmetros Curriculares Nacionais mais Ensino Médio- Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. 2000

Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. 2000.

Anexos: Aulas 1º Bimestre

Aula 1: Questionário:

1-O que é poder para você?

2-De que modo podemos perceber a existência de poder entre as pessoas?

Texto base:

As famílias- a família é o ponto de partida, o primeiro grupo social a que pertencemos. É uma instituição social básica cuja estrutura pode variar tanto na forma quanto no conteúdo, no tempo e no espaço. Enquanto instituição, de maneira geral, tem por função a regulamentação das relações de parentesco, da procriação, das relações sexuais, da manutenção e da socialização dos seus membros.

Quando pensamos em educação, pensamos na escola. Essa associação imediata não é errada. Mas devemos ressaltar que a educação é mais abrangente que a escola.

Pensar e analisar a escola enquanto instituição é entendê-la como um espaço de regras, normas, costumes, entrecruzamento de culturas específicas e, evidentemente, marcado por tensões nas relações sociais ali estabelecidas. Por tudo isto, a escola pode ser pensada também como lugar de disputa de poder. Essa disputa se mostra em vários momentos: na eleição da direção, na duração do intervalo entre as aulas, na escolha dos horários e das turmas, nas relações com os dirigentes e os alunos, na escolha dos currículos, entre outros...]

O estado

Nascemos, crescemos e envelhecemos e morremos dentro do Estado. É praticamente impossível fugir dessa instituição. É provável que você já tenha parado para observar quantos documentos nos são cobrados nos mais variados momentos de nossa trajetória de vida: certidão de nascimento, carteira de identidade, CPF, certificados de reservista, carteira de motorista, certidão de casamento, título de eleitor, entre outros. Pense no número de impostos que pagamos direta ou indiretamente todos os anos: imposto de renda, IPVA, previdência, ICMS, IPTU, etc. Pense, também, em quantas leis que, estando de acordo ou não com elas, somos obrigados a obedecer.

Suponhamos então que, num dia qualquer, uma pessoa acorde e decida simplesmente rasgar todos os seus documentos, não pagar os impostos e, ignorando as leis existentes, fazer o que lhe der na cabeça. Você consegue imaginar o que provavelmente poderá acontecer com ela?

Retirado: Curso de Especialização em Ensino de Sociologia para o Ensino Médio. Aula 3. Relações de poder no interior das instituições.

Aula 2:

Roteiro para a pesquisa sobre as relações de poder existentes na escola. 1-Quais são as regras existentes na escola?

2-Explique a finalidade de cada uma delas.

3-Comente como estas moldam diretamente nosso comportamento durante nossa estadia na instituição escolar.

Aula 4:

A política consiste no conjunto das relações de poder vividas na sociedade. Ela está em toda parte, está presente em todas as relações sociais. Na família, somos geralmente orientados pela afetividade e autoridade dos pais; na escola, pela dedicação e autoridade dos professores, que ensinam e decidem sobre o nosso saber por meio de avaliações; no trabalho, os empregados se submetem à disciplina, horários e técnicas para manter ou aumentar a produtividade; no hospital, os médicos decidem sobre o que é melhor para a nossa saúde; nas igrejas, padres e pastores orientam a vida dos fiéis. Enfim, todas as situações que vivemos envolvem relações de poder que engendram e mantêm a ordem social. Portanto, a Política não se restringe à atividade de desenvolvimento no âmbito do Estado (Foucault, 2005).

A palavra “Política” vem do grego polis, que significa “cidade”. Na polis grega os cidadãos participavam ativamente das decisões e definiam os destinos da cidade. Nesse sentido, o termo Política está relacionado à sociedade como um todo, ao elemento de interesse público ou da coletividade. Um caso particular pode ou não caracterizar-se como um fato político, dependerá da dimensão tomada por esse caso. Se a mulher agredida pelo marido, ao invés de ameaça-lo pessoalmente resolver reunir outras mulheres na mesma situação, para juntas, buscarem a modificação desse comportamento social, essa mulher estará exercendo uma atividade política (Ribeiro,1996).

O processo decisório rapidamente identificado com a Política são as eleições. Acontece que, anterior à votação, já ouve a definição dos candidatos, as disputas internas nos partidos, a propaganda político-eleitoral, as práticas com objetivos eleitorais, as representações e julgamentos dos eleitores (Ribeiro, 1996).

Então quer dizer que Política não envolve apenas discursos promessas, eleições ou, como se diz, “muita sujeita”. Ela diz respeito à condução de nossa própria existência coletiva, com extensão sobre nossa existência coletiva, ou pobreza, educação ou falta de educação, felicidade ou infelicidade. Os indivíduos, membros da sociedade civil, têm sua vida afetada por decisões políticas tomadas pelo poder institucional, que elabora as leis que regulam a sociedade. Daí a importância de conhecermos o processo político e dele participarmos, pois todas as decisões de nossos representantes no Parlamento nos atingem direta ou indiretamente (Ribeiro, 1996).

Aula 5:

Participação política

O que é participação política?

A participação política envolve a possibilidade de influenciar de forma efetiva as políticas locais, regionais, nacionais e internacionais. Calcada a partir da ação intencional para

impactar na agenda pública, na participação legal do sistema representativo, a partir do voto, nas campanhas, nas eleições e na estrutura legislativa.

A participação política ocorre também pela participação nas estruturas, atividades e no trabalho partidário, em grupos organizados e em manifestações orientadas a exercer influência na pauta dos atores políticos e institucionais dos governos.

É muito comum se ouvir comentários de que a juventude hoje não se interessa por política, que é uma geração apática, alienada e consumista que passa a maior parte do seu tempo na frente da TV.

Além disso, há inúmeras comparações da atual geração de jovens com aqueles que viveram os anos de ditadura no Brasil na década de 1960 e 1970. Com um tom de saudosismo se diz que a juventude já não é como antes, que saía às ruas para protestar contra a repressão do governo e se arriscava em associações clandestinas para lutar pela liberdade de expressão e pela democracia.

Aqueles que estão convencidos de que isso é verdade, podem se surpreender. Em novembro de 2005, o IBASE e o Instituto Polis lançaram o resultado da pesquisa Juventude Brasileira Democracia: participação, esferas e políticas públicas que ajuda a desmitificar essa apatia da juventude. Foram entrevistados oito mil jovens em 07 regiões metropolitanas brasileiras. Alguns dados interessantes:

28,1% dos(as) 8 mil jovens entrevistados faziam parte de algum grupo; 85,8% dos jovens afirmaram se informar sobre o que aconteceu no mundo;

89% dos jovens acreditam que as pessoas devem se unir para defender seus interesses; 85% dos entrevistados disseram que é preciso abrir canais de diálogo entre cidadãos(ãs) e governo.

É fato que muitos jovens que desejam participar mais não sabem como fazer. Participação política pode ser bem mais do que votar em uma eleição. Esta é apenas uma das formas, por isso é muito importante tornar público quais os espaços já existentes e de que maneira é possível participar!

Você sabia?

A Constituição brasileira de 1988 assegura o direito ao exercício da cidadania ativa pela garantia, por exemplo, dos seguintes instrumentos legais: do plebiscito, do referendo, da iniciativa popular de leis, a ação popular, do mandato de segurança coletivo, da ação popular, da ação civil pública?

Algumas instituições estão legitimadas na própria Constituição Federal para serem partes ativas e constitutivas deste processo: as associações, os sindicatos, os partidos políticos, assim como o próprio Ministério Público.

Espaços e formas de participação

Eleições- o voto é obrigatório para maiores de 18 anos e facultativo para os maiores de 16, de 70 anos e aos analfabetos. Para obter o título, é preciso ir ao Cartório Eleitoral mais próximo do endereço de moradia e preencher o requerimento de alistamento eleitoral. Não e necessário pagar nada. Documentos necessários para emissão do título: Certidão de nascimento ou carteira de identidade ou passaporte, comprovante de residência.

Questões:

1- Existe hoje, atualmente, grande envolvimento dos jovens nos partidos políticos? 2- Existe interesse, por parte dos partidos, na participação da juventude em suas

discussões e políticas?

3- Até que ponto os partidos se interessam pela participação efetiva dos jovens em suas estruturas?

Aula 6:

Modelo do Trabalho Escrito Nome da Escola:

Professor(a): Alunos:

Título do Trabalho:

Introdução: nome do bairro, quantidade de habitantes, localização geográfica, e explanação do tema a ser discutido no trabalho.

Desenvolvimento: quais os canais de participação política existentes no bairro? Como os moradores os utilizam? Tais canais são ativos ou não? Se ativos de quais maneiras vem atuando? Se não são ativos, investigue o porquê? Os moradores se interessam em participação dessas formas de atuação política a nível local?

Considerações finais: apresentem a importância deste trabalho para sua formação como cidadão e por que é importante estudar as formas de participação política em nossa sociedade? Aula 6:

OS REGIMES POLÍTICOS E AS FORMAS DE GOVERNO SEGUNDO

Documentos relacionados