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Indicadores antropométricos relacionados à obesidade em adolescentes e adultos jovens com fatores de risco para doenças cardiovasculares

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI

GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

GRACIELE PEREIRA DE SOUZA

INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS RELACIONADOS À OBESIDADE EM ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS COM FATORES DE RISCO PARA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

SANTA CRUZ – RN 2020

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GRACIELE PEREIRA DE SOUZA

INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS RELACIONADOS À OBESIDADE EM ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS COM FATORES DE RISCO PARA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

SANTA CRUZ – RN 2020

Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.

Orientador (a): Prof. Drª. Daline Fernandes de Souza Araújo Coorientador (a): Msª. Mariana Silva Bezerra

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi - FACISA

Souza, Graciele Pereira de.

Indicadores antropométricos relacionados à obesidade em adolescentes e adultos jovens com fatores de risco para doenças cardiovasculares / Graciele Pereira de Souza. - 2020.

56 f.: il.

Artigo Científico (Graduação em Nutrição) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi. Santa Cruz, RN, 2020.

Orientadora: Daline Fernandes de Souza Araújo. Coorientadora: Mariana Silva Bezerra.

1. Antropometria - Artigo Científico. 2. Composição Corporal - Artigo Científico. 3. Excesso de Peso - Artigo Científico. I. Araújo, Daline Fernandes de Souza. II. Bezerra, Mariana Silva. III. Título.

RN/UF/FACISA CDU 616-071.3

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GRACIELE PEREIRA DE SOUZA

INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS RELACIONADOS À OBESIDADE EM ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS COM FATORES DE RISCO PARA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Aprovado em: ____ de ___ de _____

BANCA EXAMINADORA

Prof. Drª. Daline Fernandes de Souza Araújo – Orientador (Presidente da Banca) Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Msª. Mariana Silva Bezerra – Coorientador (Membro da Banca) Nutricionista

Drª. Camila Xavier Alves - Membro da banca Nutricionista

Msª. Layanne Cristini Martin Sousa - Membro da banca Nutricionista

Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.

Orientador (a): Prof. Drª. Daline Fernandes de Souza Araújo Coorientador (a): Msª. Mariana Silva Bezerra

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Dedico este trabalho aos meus pais, por me incentivarem a alcançar meus objetivos.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por me permitir vencer mais uma etapa desta graduação.

A toda minha família, por estarem comigo desde o início desta jornada, apoiando-me e esforçando-se para a conclusão deste ciclo em minha vida.

A minha orientadora, professora Daline Fernandes, pela orientação e ensinamentos para a concretização desta produção acadêmica.

Às professoras Mariana Bezerra e Anna Beatriz pelas considerações para melhoria do trabalho.

À nutricionista Suamy Sales, e as colegas, Maria Helena, Shélida Carolaine e Rúbia Baracho pelas contribuições na coleta de dados.

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LISTA DE SIGLAS

AVE Acidente Vascular Encefálico CC Circunferência da Cintura

DCNT Doenças Crônica Não Transmissível FACISA Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi GC Gordura Corporal

IC Índice de Conicidade IMC Índice de Massa Corporal

IMC/I Índice de Massa Corporal por Idade PCB Prega Cutânea Bicipital

PCSE Prega Cutânea Subescapular PCSI Prega Cutânea Supra-iliaca PCT Prega Cutânea Tricipital RCE Relação Cintura Estatura RCQ Relação Cintura Quadril

SPSS Statistical Pakage for Social Sciences TALE Termo de Assentimento Livre e Esclarecido TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido WHO World Health Organization

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuição das variáveis antropométricas conforme faixa etária e sexo...16 Tabela 2 Classificação das variáveis IMC, CC, RCQ, RCE, IC e %GC, por sexo e faixa etária...17 Tabela 3 Correlações entre as variáveis IMC, CC, RCQ, RCE, IC e %GC em adultos jovens e adolescentes...19 Tabela 4 Correlações entre as variáveis IMC, CC, RCQ, RCE, IC e %GC em adultos jovens e adolescentes, por sexo...20

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 09 2 JUSTIFICATIVA ... 11 3 OBJETIVOS ... 12 3.1 OBJETIVO GERAL... 12 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 12 4 METODOLOGIA ... 12 5 RESULTADOS ... 16 6 DISCUSSÃO ... 21 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 27 REFERÊNCIAS ... 28

APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)...33

APÊNDICE B - Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE)...36

APÊNDICE C - Questionário aplicado na pesquisa ... 39

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INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS RELACIONADOS À OBESIDADE EM ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS COM FATORES DE RISCOS PARA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Graciele Pereira de Souza1 Maria Helena Cassiano Anna Beatriz Santa Luz Suamy Sales Barbosa Mariana Silva Bezerra Daline Fernandes de Souza Araújo

Introdução: A obesidade é um fenômeno de proporções globais e de prevalência crescente, com consequências sociais, psicológicas e físicas, sendo associada ao maior risco de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Avaliar indicadores antropométricos relacionados à obesidade em adolescentes e adultos jovens com fatores de risco para doenças cardiovasculares de Santa Cruz, Rio Grande do Norte. Método: Consiste em um estudo quantitativo do tipo transversal, realizado com 84 indivíduos com idade média de 19,07±2,63 anos. Foram avaliados o Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Relação Cintura Quadril (RCQ), Relação Cintura Estatura (RCE), Índice de Conicidade (IC) e Percentual de Gordura Corporal (%GC). Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences versão 23.0, com análise descritiva (média, desvio padrão, e percentual). O teste t de Student foi realizado para analisar a diferença entre as médias, e para as correlações entre indicadores antropométricos utilizou-se a correlação de Pearson, ambos com p < 0,05. Resultados: A prevalência maior foi do sexo feminino, 81,0% nos adolescentes e adultos jovens.ACC e RCE se mostraram maiores nos meninos e homens adultos (76,11 ± 8,36cm e 86,28 ± 14,08) e (0,78 ± 0,04cm e 0,83 ± 0,01), respectivamente. A obesidade foi predominante no sexo feminino entre os adolescentes, 14,7%, e no sexo masculino entre os adultos jovens, 28,6%. O IMC e %GC, nos adultos jovens, apresentaram correlação forte e moderada, respectivamente, com a CC (r=0,914-0,494, p<0,001) e RCE (r=0,739-0,391, p<0,05). Nos adolescentes o %GC se correlacionou moderadamente com a CC (r=0,407) e RCE (r=0,575), com p<0,05. Conclusão: A CC e RCE apresentaram correlações de forte a moderada com o IMC e %GC, refletindo melhor o excesso de peso na população estudada. Embora sejam medidas simples, podem ser utilizadas na prática clínica na ausência de outros instrumentos de avaliação da composição corporal, como o adipômetro.

Palavras-Chave: Antropometria. Composição Corporal. Excesso de Peso.

1 INTRODUÇÃO

A obesidade é um fenômeno de proporções globais e de prevalência crescente, sendo definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma

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doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal (MENSÓRIO; JÚNIOR, 2016). Isso implica em consequências sociais, psicológicas e físicas, sendo associada ao maior risco de mortalidade por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como as cardiopatias coronarianas, hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia (MATERKO; JÚNIOR, 2019). Observa-se, nas últimas décadas, o aumento intenso da obesidade em adolescentes e adultos jovens, e sua prevenção constitui um fator protetor para o desenvolvimento de morbidades (SICHIERI; SOUZA, 2008).

Dentre as DCNT, as doenças cardiovasculares são consideradas um importante problema de saúde pública, pois constituem as principais causas de mortes em âmbito mundial, e apresentam como principais fatores de risco o sedentarismo e a obesidade (MENDONÇA, 2016). Apesar das doenças coronarianas apresentarem um longo período de latência, observa-se que a exposição aos seus fatores de risco, como as alterações do metabolismo lípidico, sendentarismo, hipertensão arterial, resistência a insulina e obesidade, surgem precocemente na população em virtude da adoção de um comportamento alimentar e estilo de vida inadequados (COSTA et al., 2017).

Observa-se nos paises em desenvolvimento que a exposição aos fatores de riscos cardiovasculares acomete uma população cada vez mais jovem, resultando em constantes complicações e mortes prematuras (BORBA; LEMOS; HAYASIDA, 2015; LOUREIRA et al., 2020). No Brasil, verifica-se um aumento de sobrepeso e obesidade em todas as faixas etárias e níveis de renda, assim como em ambos os sexos (DIAS et al., 2017). Em 2010, 48,2% e 15,1% da população brasileira apresentava sobrepeso e obesidade, respectivamente, passando para 55,7% e 19,8% no ano de 2018 (BRASIL, 2019).

Informações sobre a gordura corporal são importantes para a avaliação e controle do excesso de massa corpórea (SANTOS, et al., 2017). Dentre os métodos de avaliação da composição corporal existe o método direto, que apresenta como única metodologia a dissecação de cadáveres; os indiretos, como a pesagem hidrostática, hidrometria e absormetria radiológica de dupla energia; e os duplamente indiretos que consistem em bioimpedância elétrica, interactância de raios infravermelhos e antropometria (SANT’ANNA; PRIORE; FRANSCESCHINI, 2009;

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A antropometria se destaca por ser um método simples, rápido e de baixo custo, podendo ser aplicado em grande número de indivíduos (PELEGRINI et al., 2015). A técnica antropométrica utiliza variáveis como a aferição das dobras subcutâneas, que se caracteriza por ser uma medida de duas camadas de pele e da gordura subcutânea adjacente, apresentando como vantagem o poder de mensurar a gordura corporal (FAGUNDES; BOSCAINI, 2014).

Muitos indicadores antropométricos têm sido apontados para identificar riscos à saúde em virtude do aumento da gordura corporal, sendo o mais utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC), apresentando importância em estudos tanto pela facilidade de execução como por permitir a classificação do estado antropométrico e de gordura corporal, todavia, este indicador apresenta limitações, pois não consegue diferir o peso procedente de tecido adiposo e de massa magra (PELEGRINI et al., 2015; ANDRADE et al, 2017).

Entre os indicadores mais empregados para avaliação da gordura corporal encontram-se ainda a Circunferência da Cintura (CC), Relação Cintura Quadril (RCQ), Relação Cintura Estatura (RCE) e Índice de Conicidade (IC), os quais são simples de identificação e importantes preditores da obesidade abdominal (CARVALHO et al., 2015). Esse tipo de obesidade é considerada a mais comum desordem nutricional, que predispõe o indivíduo a diversos fatores de risco cardiovasculares e, frequentemente, está associada a outras DCNT (OLIVEIRA; FILHO; BRADIM, 2017). Diante do exposto, o objetivo do estudo foi avaliar os indicadores antropométricos relacionados à obesidade em adolescentes e adultos jovens do município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte.

2 JUSTIFICATIVA

Poucas pesquisas foram realizadas na cidade de Santa Cruz/RN, com o propósito de conhecer o perfil nutricional das populações mais jovens da cidade com fatores de risco cardiovascular. Sabe-se que a análise do perfil nutricional de indivíduos jovens surge como uma estratégia para a prevenção de DCNT na fase adulta. A utilização dos indicadores antropométricos na avaliação nutricional mostra-se como ferramenta de fácil aplicação e interpretação dos resultados, permitindo conhecer a população estudada quanto a presença de fatores de risco para o

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desenvolvimento de DCNT, como a obesidade e as doenças cardiovasculares que se destacam nacionalmente pela alta prevalência.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

- Avaliar os indicadores antropométricos relacionados à obesidade em adolescentes e adultos jovens com fatores de risco para doenças cardiovasculares do município de Santa Cruz-RN.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar indicadores antropométricos relacionados a obesidade IMC, %GC, RCE, CC, RCQ e IC, conforme faixa etária e sexo;

- Classificar o público alvo com base na avaliação dos indicadores antropométricos; - Correlacionar o %CG e IMC com outros indicadores antropométricos relacionados a obesidade;

- Identificar quais indicadores que melhor refletem o excesso de peso na população.

4 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo quantitativo do tipo transversal, realizado com o público de adolescentes (16 a 19 anos) e adultos jovens (20 a 24 anos) atendidos na Clínica Escola de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – (FACISA), localizada em Santa Cruz-RN, e que apresentavam algum fator de risco para doenças cardiovasculares. O fluxograma descritivo do estudo está disposto na figura 1.

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Figura 1: Fluxograma descritivo do estudo.

A coleta de dados ocorreu no período de maio de 2018 a abril de 2019, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da FACISA (CAAE n°84944818.0.0000.5568 e parecer de aprovação 3.150.852). Para o cálculo da amostra considerou-se o número de habitantes da cidade de Santa Cruz/RN, na faixa etária estudada, correspondendo a 7391 indivíduos (N) (IBGE, 2014). Para o cálculo da amostra foi considerado um intervalo de confiança de 95% (Z), margem de erro de 10% (e) e prevalência de Excesso de Peso de acordo com Brasil (2019), de 32% para faixa etária entre 18 e 24 anos. A obesidade, dentre outros fatores, constitui um importante fator de risco para complicações cardíacas e cerebrovasculares (SBC, 2016). Deste modo, o número da amostra correspondeu a 84 indivíduos, de acordo com a equação 1 (FONTELLES et al, 2010).

Equação 1:

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n= Amostra calculada

Z= Variável normal padronizada associada ao nível de confiança N= População

p= Verdadeira probabilidade do evento e= Erro da amostra

Foram considerados aptos a participarem da pesquisa indivíduos com idades entre 16 e 24 anos, de ambos os sexos, com risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, em virtude da presença de histórico clínico ou familiar de diabetes, doenças do sistema circulatório, dislipidemia, hipertensão ou síndrome metabólica, e inaptos os que não deambulavam, amputados, aqueles que apresentavam doenças neurológicas, gestantes, com idade inferior a 16 e superior a 24 anos, e portadores de patologias que pudessem alterar o estado nutricional, como neoplasias ativas.

As medidas antropométricas foram coletadas para determinação de alguns indicadores antropométricos como o Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Relação Cintura Quadril (RCQ), Relação Cintura Estatura (RCE) e Índice de Conicidade (IC) durante atendimento ambulatorial com a utilização de formulário (Apêndice C) para a avaliação do estado nutricional.

O IMC foi obtido pela fórmula IMC = peso (kg) / altura2 (m), e classificado de acordo com os valores estabelecidos para adultos pela World Health Organization (WHO,1998) e para adolescentes pelas curvas de crescimento (BRASIL, 2007). O peso e a estatura foram realizados em balança mecânica Welmy® (2 a 150kg ± 0,1; D=100g), com estadiômetro acoplado (220 cm) com participante posicionado no plano de Frankfurt.

A CC foi mensurada utilizando o procedimento descrito pela WHO (2000), por meio de trena antropométrica inelástica Cescorf® (200cm), na metade da distância entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior (MUSSOI, 2014). Nos adultos jovens, para classificação da CC foram utilizados pontos de corte que apontam risco cardiovascular de acordo com a WHO (2000). Para adolescentes foram utilizados os pontos de corte do perímetro da cintura adotado por Taylor (2000) sem excesso de adiposidade abdominal < P80, e com excesso > P80.

O Perímetro do Quadril (PQ) foi aferido na região de maior perímetro entre a cintura e a coxa (MUSSOI, 2014). A RCQ foi calculada por meio da razão entre CC e

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PQ e classificada de acordo com os pontos de corte (WHO,1998). A RCE foi encontrada a partir da razão entre CC e estatura, ambas em centímetros, e considerados valores ≥ 0,52 para homens e ≥ 0,53 para mulheres (HAUN; PITANGA; LESSA, 2009). O IC foi obtido utilizando as medidas de peso (kg), estatura (m) e CC (m) (equação 2) (FONTELLA; WILKELMANN; VIECILI, 2017). Considerou-se ponto de corte de 1,25 para homens e 1,18 para mulheres (PITANGA; LESSA, 2004).

Equação 2:

Na avaliação da composição corporal foi usado plicômetro científico Cescorf® (precisão de 0,1mm). Para adolescentes foram utilizadas as dobras cutâneas tricipital (PCT) e subescapular (PCSE), e para adultos jovens acrescentadas dobra cutânea bicipital (PCB) e supra-ilíaca (PCSI). A partir dessas medidas, estimou-se a densidade corporal usando as equações de Durnin e Womersley (1974) em homens e mulheres adultos, e meninos e meninas adolescentes, conforme as equações 3, 4, 5 e 6, respectivamente, a qual foi combinada com a equação de Siri (1956), para a estimativa do percentual de gordura corporal (%GC) (equação 7). O percentual de gordura corporal foi classificado segundo Lohman (1988) para adultos e adolescentes.

Equação 3:

D = 1,1631 – 0,0632 log10 (tríceps + bíceps + subscapular + suprailíaca)

Equação 4:

D = 1,1599 – 0,0717 log10 (tríceps + bíceps + subscapular + suprailíaca)

Equação 5:

D = 1,162 – 0,063 log10 (tríceps + bíceps + subscapular + suprailíaca)

Equação 6:

(17)

Equação 7:

%𝐺𝐶 = ( 4,95

𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) − 4,50 𝑥 100

Para a análise estatística utilizou-se o software Statistical Pakage for Social Sciences (SPSS) na versão 23.0, com análise descritiva, sendo média, desvio padrão e percentual. A diferença entre os sexos foi avaliada pelo teste t de Student para amostras independentes. As correlações entre os indicadores antropométricos e o percentual de gordura corporal foram realizadas mediante aplicação dos coeficientes de correlação de Pearson. Foi estabelecido um nível de significância p<0,05.

5 RESULTADOS

A amostra foi constituída por 84 indivíduos, sendo 41 adultos jovens e 43 adolescentes. Destes, 60,7% (n=51) estava no ensino médio e 39,3% (n=33) na graduação. A população estudada apresentou risco hereditário de primeiro e segundo graus para doenças cardiovasculares, consistindo em 77,9% para hipertensão arterial, 75,6% para diabetes, 25,6% para dislipidemias, e 15,1% para Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou infarto. A descrição da amostra, de acordo com as variáveis antropométricas estudada e estratificada por sexo, está apresentada na tabela 1. Destaca-se a diferença entre a massa corporal, RCQ e %GC entre os sexos para adultos. Em adolescentes, verificou-se diferença significativa para altura, sendo maior nos meninos, e % GC maior nas meninas.

Tabela 1 – Distribuição das variáveis antropométricas conforme faixa etária e sexo, Santa Cruz-RN, 2020. Variáveis Meninas (n=34) Média ± DP Meninos (n=9) Média ± DP (P=)* Adolescentes (n=43) Idade (anos) 16,82 ± 1,00 16,44 ± 0,53 0,281 Massa Corporal (kg) 61,22 ± 15,75 66,55 ± 0,22 0,339 Altura (cm) 160,68 ± 5,66 174,72 ± 5,96 <0,001 IMC (kg/m2) 23,64 ± 5,61 21,87 ± 3,34 0,373 CC (cm) 75,53 ± 10,51 76,11 ± 8,36 0,880

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RCQ 0,76 ± 0,06 0,78 ± 0,04 0,254 RCE 0,47 ± 0,07 0,44 ± 0,05 0,169 IC 1,14 ± 0,20 1,14 ± 0,05 0,720 %GC 16,32 ± 3,98 11,51 ± 3,76 <0,001 Variáveis Mulheres (n=34) Média ± DP Homens (n=7) Média ± DP (P=)* Adultos (n=41) Idade (anos) 21,62 ± 1,35 21,00 ± 0,82 0,132 Massa Corporal (kg) 61,61 ± 15,14 78,71 ± 18,80 0,013 Altura (cm) 158,62 ± 6,20 168,00 ± 10,73 0,660 IMC (kg/m2) 24,30 ± 5,25 27,62 ± 4,55 0,129 CC (cm) 76,57 ± 12,05 86,28 ± 14,08 0,063 RCQ 0,76 ± 0,06 0,83 ± 0,08 0,025 RCE 0,48 ± 0,07 0,51 ± 0,08 0,208 IC 1,11 ± 0,11 1,13 ± 0,07 0,377 %GC 31,53 ± 6,19 22,57 ± 4,65 0,001

Legenda: IMC-Índice de Massa Corporal; CC-Circunferência da Cintura; RCQ-Relação Cintura Quadril; RCE-Relação Cintura Estatura; IC-Índice de Conicidade; %GC-Percentual de Gordura Corporal; ±DP=Desvio Padrão; *Teste t de Student, com diferença significativa para p<0,05.

Nos adultos, quanto ao estado nutricional, embora a maioria tenha apresentado eutrofia, 39% estavam com excesso de peso. O mesmo ocorreu para os adolescentes, 67,4% eutróficos, e 32,5% com excesso de peso (Tabela 2). Os resultados da classificação dos indicadores IMC/I, CC, RCQ, RCE, IC e %GC por faixa etária, podem ser visualizados conforme faixa etária e sexo na Tabela 2.

Tabela 2 - Classificação das variáveis IMC, CC, RCQ, RCE, IC e %CG, por faixa etária e sexo, Santa Cruz-RN, 2020.

Adolescentes Adultos

Variáveis Classificação Meninas (n=34) Meninos (n=9) Mulheres (n=34) Homens (n=7) IMC/I* IMC** Baixo peso 0% (n=0) 0% (n=0) 5,9% (n=2) 0% (n=0) Eutrofia 70,6% (n=24) 55,6% (n=5) 61,8% (n=21) 28,6% (n=2) Sobrepeso 14,7% (n=5) 44,4% (n=4) 20,6% (n=7) 42,8% (n=3) Obesidade 14,7% (n=5) 0% (n=0) 11,8% (n=4) 28,6% (n=2)

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CC* Excesso de adiposidade 64,7% (n=22) 77,7% (n=7) - - Sem excesso de adiposidade 35,3% (n=12) 22,2% (n=2) - - CC** Baixo risco - - 70,6% (n=24) 71,4% (n=5) Risco elevado - - 5,9% (n=2) 14,3% (n=1) Risco muito elevado - - 23,5% (n=8) 14,3% (n=1) RCQ Baixo Risco 97,1% (n=33) 100% (n=9) 94,1% (n=32) 100% (n=7) Risco elevado 2,9% (n=1) 0% (n=0) 5,9% (n=2) 0% (n=0) RCE Baixo risco 20,6% (n=7) 100% (n=9) 76,5% (n=26) 57,1% (n=4) Risco elevado 79,4% (n=27) 0% (n=0) 23,5% (n=8) 42,8% (n=3) IC Baixo risco 61,8% (n=21) 100% (n=9) 82,4% (n=28) 85,7% (n=6) Risco elevado 38,2% (n=13) 0% (n=0) 17,6% (n=6) 14,3% (n=1) %GC* Baixo 5,9% (n=2) 44,4% (n=4) - - Ótimo 58,8% (n=20) 55,5% (n=5) - - Moderadamen te alto 35,3% (n=12) 0% (n=0) - - %GC** Abaixo da média - - 8,8% (n=3) 0% (n=0) Média - - 5,9% (n=2) 14,3% (n=1) Acima da média - - 29,4% (n=10) 57,1% (n=4) Risco de doenças associadas à obesidade - - 55,9% (n=19) 28,6% (n=2)

Legenda: IMC-Índice de Massa Corporal; CC-Circunferência da Cintura; RCQ-Relação Cintura Quadril; RCE-Relação Cintura Estatura; IC-Índice de Conicidade; %GC-Percentual de Gordura Corporal. *Classificação para adolescentes; **Classificação para adultos.

Ao avaliar as correlações das variáveis IMC, CC, RCE, RCQ, IC e %GC entre si, em adultos e adolescentes (Tabela 3), observa-se a prevalência de correlações positivas com intensidade forte e moderada.

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Tabela 3 – Correlações entre as variáveis IMC, CC, RCQ, RCE, IC e %GC em adultos jovens e adolescentes, Santa Cruz-RN, 2020.

Variáveis IMC CC RCE RCQ IC

Adolescentes (n=43) IMC CC p-valor r=0,113 0,471 RCE p-valor r=0,120 0,444 r=0,939 <0,001* RCQ p-valor r=0,184 0,238 r=0,594 <0,001* r=0,407 0,007* IC p-valor r= -0,515 <0,001* r=0,765 <0,001* r=0,769 <0,001* r=0,288 0,061 %GC p-valor r=0,368 0,015* r=0,407 0,007* r=0,575 <0,001* r=0,070 0,656 r=0,228 0,142 Adultos (n=41) IMC CC p-valor 0,914 <0,001* RCE p-valor r=0,739 <0,001* r=0,753 <0,001* RCQ p-valor r = 0,374 0,016* r=0,459 <0,003 r=0,851 <0,001* IC p-valor r=0,239 0,133 r=0,798 <0,001* r=0,615 <0,001* r=0,473 <0,001* %GC p-valor r=0,571 <0,001* r=0,494 0,001* r=0,391 0,012 r=-0,300 0,853 r=0,345 0,270 Legenda: Legenda: IMC-Índice de Massa Corporal; CC-Circunferência da Cintura; RCQ-Relação Cintura Quadril; RCE-RCQ-Relação Cintura Estatura; IC-Índice de Conicidade; % GC-Percentual Gordura Corporal; r-Correlação de Pearson; *Significância estatística p<0,05.

Ao comparar os dados entre o público feminino e masculino das correlações entre os indicadores IMC e %GC e os demais indicadores de excesso de peso entre si (Tabela 4), observa-se na população adulta, a presença de correlação positiva forte e significativa nas mulheres entre o IMC vs CC, RCE e %GC, assim como o IC vs CC, RCE e RCQ. Nos homens, entre o IMC vs CC e %GC, o CC vs RCE e RCQ, e IC vs RCE, bem como entre o IC vs CC e RCQ, e entre a RCE vs RCQ, em ambos os sexos. No público adolescente, verificou-se correlação positiva forte e significativa entre o IMC vs CC, RCE e %GC, com o %GC vs RCE e CC, e entre o IC vs RCQ, nos meninos. Além de correlação positiva forte e significativa com a CC vs RCE, e entre IC vs CC e RCE em ambos os sexos. A RCQ apresentou fraca correlação entre IMC e %GC.

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Tabela 4. Correlações entre as variáveis IMC, CC, RCQ, RCE, IC e %GC em adultos jovens e adolescentes, por sexo, Santa Cruz-RN, 2020.

Variáveis IMC CC RCE RCQ IC

Meninas adolescentes (n=34) IMC CC p-valor r=0,371 0,026* RCE p-valor r=0,003 0,986 r=0,969 <0,001* RCQ p-valor r=0,207 0,240 r=0,585 <0,001* r=0,464 0,006* IC p-valor r= -0,573 <0,001* r=0,785 <0,001* r=0,801 <0,001* r=0,278 0,110 %GC p-valor r=0,347 0,044* r=0,638 <0,001* r=0,622 <0,001* r=0,355 0,040* r=0,320 0,065 Meninos adolescentes (n=9) IMC CC p-valor r=0,969 <0,001* RCE p-valor r=0,966 <0,001* r=0,950 <0,001* RCQ p-valor r=0,281 0,464 r=0,696 0,037* r=0,456 0,217 IC p-valor r=0,552 0,123 r=0,886 0,001* 0,737 0,023* r=0,881 0,002 %GC p-valor r=0,828 0,002* r=0,708 0,015* r=0,741 0,022* r=0,003 0,995 r=0,245 0,526 Mulheres adultas (n=34) IMC CC p-valor r=0,927 <0,001* RCE p-valor r=0,730 <0,001* r=0,705 <0,001* RCQ p-valor r=0,299 0,086 r=0,307 0,780 r=0,841 <0,001* IC p-valor r=0,178 0,312 r=0,813 <0,001* r=0,530 0,001* r=0,943 <0,001* %GC p-valor r=0,807 <0,001* r=0,778 <0,001* r=0,559 0,001* r=0,141 0,141 r=0,525 0,001* Homens adultos (n=7) IMC CC p-valor r=0,842 0,017* RCE p-valor r=0,713 0,072 r=0,918 0,004* RCQ p-valor r=0,449 0,312 r=0,843 0,017* r=0,906 0,005* IC p-valor r=0,391 0,391 r=0,796 0,032* r = 0,907 0,005* r = 0,987 <0,001* %GC p-valor r=0,968 <0,001* r=0,810 0,270 r=0,746 0,054 r=0,456 0,303 r=0,426 0,340

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Legenda: Legenda: IMC-Índice de Massa Corporal; CC-Circunferência da Cintura; RCQ-Relação Cintura Quadril; RCE-RCQ-Relação Cintura Estatura; IC-Índice de Conicidade; % GC-Percentual Gordura Corporal; r-Correlação de Pearson; *Significância estatística p<0,05.

6 DISCUSSÃO

A mudança no estilo de vida e padrão alimentar da população, brasileira e mundial, em virtude da transição nutricional, tem resultado no aumento significativo de sobrepeso e obesidade em indivíduos jovens (SILVA et al., 2017). Dentro desse contexto, destaca-se o estágio da adolescência que se caracteriza por uma fase de transição entre a infância e a vida adulta, com mudanças fisiológicas e do comportamento alimentar (SÁNCHEZ-MATA et al., 2017).

Os adolescentes são considerados um grupo nutricionalmente vulnerável quanto ao seu padrão alimentar e estilo de vida, pois são sujeitos a influências de hábitos familiares, amizades, preceitos sociais e culturais, socioeconômicos, além de suas próprias experiências. Diante disso, a alimentação nessa fase da vida é marcada pelo consumo de alimentos com alto teor calórico e de ultraprocessados, somado a uma prática reduzida de atividade física, podendo tais fatores contribuir para o excesso de peso nesta população (FULCO et al., 2016; TEIXEIRA et al; 2019).

No presente estudo, entre os indicadores antropométricos avaliados, observou-se que os valores de CC e RCE elevados foram mais frequentes no público adolescente, classificando os indivíduos com excesso de adiposidade 67,4% (n=29) e em risco cardiometabólico elevado 62,8% (n=27), respectivamente. Em relação ao estado nutricional pelo indicador IMC/I, a maioria estava eutrófica 67,4% (n=29), e 32,5% (n=14) com excesso do peso. Quanto à correlação entre os indicadores antropométricos observou-se que o %GC e IMC apresentaram menor associação com IC e RCE nas meninas, e IC e RCQ nos meninos.

No público adulto jovem verificou-se maior frequência de IMC ≥ 25 kg/m2 em 39,0% (n=16) dos indivíduos avaliados. Assim como nos meninos adolescentes, os indicadores IC e RCQ apresentaram menor associação com o %GC e IMC, em ambos os sexos, evidenciando que estes indicadores não refletiram o excesso de peso no público analisado pelo presente estudo. Já os indicadores que apresentaram boa correlação com o %GC e IMC foi a CC e RCE, refletindo melhor o excesso de peso da população em estudo.

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A CC é uma medida que reflete a obesidade abdominal e pode ser empregada de forma isolada para estabelecer o risco de alterações metabólicas e doenças cardiovasculares em crianças e adolescentes (FRAPORTI; ADAMI; ROSOLEN, 2016). Assim como a CC, a RCE é um importante preditor da obesidade abdominal e tem se destacado na avaliação de adolescentes por considerar a gordura central pela estatura, sendo esta avaliação apontada de relevância nesta população, levando em conta o processo de crescimento nesta fase da vida (FONTANA; GIANNINI, 2014).

Em estudo realizado por Morais, Miranda e Priore (2018), com 274 adolescentes em Viçosa-MG, verificou a RCE elevada como o fator de risco cardiovascular de segundo maior aparecimento na população e a CC elevada como o terceiro. Pereira et al. (2011) em estudo com adolescentes do sexo feminino, Viçosa-MG, observaram que a RCE elevada estava associada a maiores valores de insulina e pressão arterial. A relação entre RCE elevada e alterações metabólicas também foram encontradas por Chuang et al. (2016) que verificaram em 4068 adolescentes coreanos que a RCE elevada estava significativamente relacionada a pressão arterial, HDL-c, triglicerídeos e síndrome metabólica. Em relação a CC, Bauer et al. (2015) em estudo com 6097 adolescentes dos Estados Unidos, constataram que 74,7% dos individuos com CC elevada apresentavam risco de desenvolverem três ou mais doenças metabólica.

O IMC consiste no instrumento mais utilizado para se diagnosticar quantitativamente a obesidade, em virtude de sua boa correlação com a gordura corporal, sendo um dos mais fáceis e práticos indicadores antropométricos na predição da adiposidade corporal (MATERKO; JÚNIOR, 2019). A CC e a RCE são variáveis bastante utilizadas para avaliar o risco coronariano, por medir a obesidade central, e assim como o IMC, apresentam boa correlação com a gordura corporal (PELEGRINI et al., 2015; DUMITH et al., 2009).

Outro indicador antropométrico de predição de gordura na região abdominal é o IC, que vem sendo utilizado para avaliar o risco de alterações metabólicas e cardiovasculares (FONTELA; WINKELMANN; VIECILI; 2017). Em estudo realizado por Zhang et al. (2018) com 1365 adultos jovens chineses, observou-se que este indicador apresentou estreita relação com doenças metabólicas. No presente estudo 22,6% (n=19) dos indivíduos estavam com IC elevado, sendo este resultado semelhante ao obtido por Dantas et al. (2015) em estudo com 406 estudantes

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universitários brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em que 26,4% apresentavam IC elevada.

A RCQ é um dos indicadores antropométricos mais utilizados para estimar a gordura abdominal, que está associada significativamente com fatores de riscos cardiovasculares (SOUZA et al, 2018). Estudo de Ripka et al (2011) aponta que a RCQ pode vir a ter perda da sensibilidade como indicador de risco, tendo em vista que o quadril inclui a gordura subcutânea pélvica, a massa muscular e o tamanho do osso pélvico horizontal, portanto, uma alternativa é a aplicação da RCE, pois tem-se um reajuste da CC pela estatura. No presente estudo a RCQ foi o indicador de obesidade abdominal que menos identificou o risco cardiovascular na população estudada.

Lobato et al. (2014), em estudo da correlação entre indicadores antropométricos de obesidade com 34 adultos, em Belém-PA, verificaram correlação positiva forte e significativa entre o IMC e CC e da CC com a RCE e RCQ, e correlação positiva moderada entre o IMC com a RCE e RCQ, e da RCE com a RCQ. No presente estudo, foi constatado forte correlação entre o IMC e RCE (r=0,739; p<0,001), e da RCE com a RCQ (r=0,851; p<0,001).

Além disso, foi observado que na população adulta, em ambos os sexos, houve correlação positiva forte entre o IMC e CC (homens: r=0,842; p=0,017, mulheres: r=0,927; p<0,001) e entre CC e RCQ em homens (r=0,843; p=0,017), sendo que nas mulheres a CC e RCQ apresentaram correlação positiva moderada (r=0,307; p=0,780). Oliveira et al (2010), em adultos em Florianópolis-SC, apresentaram resultados semelhantes quanto as correlações do IMC e CC, em ambos os sexos, e CC e RCQ em homens, em que constataram correlação forte positiva e significativa entre o IMC e CC e entre a CC e RCQ.

Dessa forma, os indicadores antropométricos CC e RCQ se mostram importantes na avaliação nutricional em virtude de sua boa associação com a gordura intrabdominal, sendo esta relacionada a presença de fatores de riscos cardiovasculares na população. Nesse sentido, sugere-se a aplicação destas medidas antropométricas, pois representam medida de prevenção das doenças coronarianas e controle da obesidade.

Ademais, o presente estudo observou correlação forte entre o IMC e RCE (r=0,966; p<0,001) em meninos adolescentes, contudo o mesmo não foi observado nas meninas. Resultados diferentes foram encontrados por Dumith et al. (2018) em adolescentes de 13 a 19 anos em Caracol-PI, em que a correlação entre IMC e RCE

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foi forte nas meninas e moderada nos meninos. Quanto à correlação do IMC com a RCQ em meninas adolescentes, Pereira et al. (2015) obtiveram resultados semelhantes aos encontrados na presente investigação (correlação positiva e fraca).

Além disso, em estudo realizado por Santos et al. (2019) com adolescentes em São Paulo-SP, verificou-se correlação positiva forte entre a CC e IMC, e correlação negativa fraca entre a CC e RCQ, em ambos os sexos. Os resultados obtidos nesse estudo quanto à correlação da CC e IMC em meninos se assemelhou ao estudo em questão, sendo que para as meninas houve correlação positiva moderada entre a CC e IMC (r=0,371; p<0,05). Além disso, a presente investigação verificou correlação moderada positiva entre a CC e RCQ, em ambos os sexos (meninas: r=0,585; p<0,001; meninos: r=0,696; p<0,05). A CC tem sido bastante estudada, representando a distribuição da gordura corporal na região central, mais predominante em adolescentes. Na faixa etária estudada, a maioria dos adolescentes já completaram ou estão na fase final na puberdade, com excessão de alguns meninos que ainda podem completar seu estirão. Deve-se, portanto, realizar uma investigação dietética dos jovens, questionar sobre os hábitos alimentares e frequência no consumo de certos alimentos, a exemplo dos industrializados e com excesso de energia a fim de combater o aparecimento das DCNT, que muitas vezes aparece como primeiro fator de risco o excesso de peso.

Ao correlacionar o IC com os demais parâmentros de obesidade estudados, observou-se que apenas o IMC e %GC não apresentaram forte correlação com o IC nos adultos jovens e meninos adolescentes. Resultado similiar foi encontrado por Ribeiro et al. (2020) que analisando a correlação entre o IC entre outros indicadores antropométricos, encontraram que a CC, RCE e RCQ apresentaram correlação mais forte com o IC do que o IMC. Pelegrine et al. (2015) em estudo com adolescentes observou que o IMC, CC e RCE apresentaram maior capacidade de descriminar a gordura corporal em ambos os sexos em comparação com o IC. A fraca correlação do IC com o IMC e %GC pode ser em virtude destes indicadores melhor representarem a obesidade em âmbito geral e o IC a obesidade abdominal.

Semelhante ao presente estudo, Dumith et al. (2009) analisaram a correlação entre o % GC e IMC, CC, RCQ e RCE em adultos jovens, observando que o poder preditivo de cada um dos indicadores examinados diferiu entre homens e mulheres. Nas mulheres o %GC apresentou maior correlação com o IMC, seguido da RCE e CC. Enquanto que para os homens, a CC foi a variável mais correlacionada com o %GC,

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seguido da RCE e IMC. Para ambos os sexos, a RCQ apresentou a menor correlação com o %GC, sendo que entre as mulheres não houve correlação significativa.

A diferença nas correlações para cada sexo pode ser explicada pela diferença biológica na distribuição de tecido adiposo, tendo em vista que os homens tendem a acumular mais gordura na região abdominal, e as mulheres tendem a acumular mais gordura na região do quadril (DUMITH et al., 2009). Desta forma, a fraca correlação positiva entre o %GC e RCQ do sexo feminino, bem como a correlação positiva forte entre o %GC e PC para o sexo masculino são admissíveis.

Assim como o presente estudo, Fontana e Giannini(2014) observaram em adolescentes correlação moderada e significativa entre o %GC e RCE, CC e IMC. No estudo de Santos et al. (2019), em público adolescente, foi verificada correlação moderada positiva entre o %GC e CC, em ambos os sexos. O excesso de gordura corporal em adolescentes se relaciona com fatores de risco cardiovascular na vida adulta, sendo que a distribuição da gordura corporal exerce maior influência que a massa corporal total na presença de fatores de risco cardiovascular (OLIVEIRA et al, 2016). Diante disso, torna-se importante a aplicação de indicadores antropométricos de predição da gordura da região abdominal em adolescentes, como a RCE e CC, a fim de prevenir doenças associada a obesidade.

Diversos indicadores antropométricos têm sido apresentados para determinar a associação entre excesso de peso e fatores de risco cardiovasculares, servindo também como indicadores da obesidade, fazendo parte das estratégias usadas para prevenção e controle da obesidade, que tem como fatores determinantes alterações no padrão alimentar e de atividade física (LOBATO et al., 2014; LOUREIRA et al., 2020).

As ações apontadas como efetivas para a prevenção da obesidade são intersetoriais e englobam o fortalecimento de sistemas alimentares que promovam simultaneamente prosperidade, equidade, sustentabilidade ambiental e saúde; regulação de publicidade de produtos ultraprocessados; melhoria da rotulagem de alimentos; promoção de ambientes alimentares saudáveis e desenvolvimento de ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) (CASTRO, 2017). As ações de prevenção do excesso de peso devem ter atenção especial na população jovem, pois observa-se que o ambiente obesogênico atual contribui para que estes indivíduos adotem comportamentos alimentares prejudiciais à saúde, proporcionando o desenvolvimento de DCNT na vida adulta, e consequentemente, repercutindo em

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elevados gastos para a saúde pública (SÁNCHEZ-MATA et al., 2017; OLIVEIRA et al., 2016).

Sabe-se que as DCNT são um importante problema de saúde pública e a utilização de medidas de prevenção e controle dessas morbidades se fazem necessárias. Vistas a isso, a aplicação da técnica antropométrica se apresenta como uma medida de promoção de saúde e prevenção de agravos na população, que por ser de baixo custo, não invasiva e fácil aplicação, pode ser utilizada em larga escala no reconhecimento do perfil antropométrico de indivíduos, de forma a auxiliar na prevenção de DCNT como a obesidade e doenças cardiovasculares. Desta forma, a aplicabilidade da antropometria se mostra relevante na saúde da coletividade, podendo contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde mais direcionadas a realidade nutricional e antropométrica da população.

Diante desse cenário, as instituições acadêmicas apresentam papel fundamental na prevenção da obesidade, pois o ambiente escolar possibilita a inserção de conteúdos de EAN no currículo escolar, como proposto pela Lei 13.666 de 16 de maio de 2018 (BRASIL, 2018), e estimula a prática regular de atividade física (VARGAS et al, 2011). Além disso, as escolas públicas contam com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que oferece alimentação com parâmetros nutricionais adequados e ações de EAN aos estudantes (PNAE, 2020). Ademais, as instituições da rede pública de ensino contam com o Programa de Saúde na Escola (PSE), que tem como objetivo oferecer aos estudantes ações de promoção, prevenção e atenção à saúde visando enfrentar as vulnerabilidades que podem afetar o pleno desenvolvimento de crianças e jovens (BRASIL, 2018).

Enfatiza-se a importância do estudo de indicadores antropométricos e sua especificidade na predição de gordura corporal, de forma a auxiliar na identificação de obesidade e risco coronariano nos indivíduos. Entre as limitações do estudo pode-se destacar a diferença entre os grupos por sexos, em virtude da existência de um número reduzido de indivíduos do sexo masculino na população analisada, bem como a não avaliação dos estágios da puberdade no público adolescentes. Tal situação pode ter influenciado no resultado das correlações entre os indicadores antropométricos estudados.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os resultados deste estudo, foi possível observar que dentre os indicadores antropométricos analisados, os valores de CC e RCE elevados foram mais frequentes no público avaliado e apresentaram correlação de moderada a forte com o IMC e %GC, demonstrando que tais indicadores melhor refletiram o excesso de peso na população estudada.

Observa-se a importância dos indicadores antropométricos analisados neste estudo para a avaliação do estado nutricional, e classificação da obesidade, bem como do risco cardiovascular na população jovem, enfatizando a sua utilização na prática clínica, por serem métodos simples, de baixo custo e não invasivos. Diante da associação dos indicadores antropométricos na identificação dos fatores de risco cardiovascular, sua utilização possibilita o desenvolvimento de ações e estratégias na prevenção das doenças coronarianas e do controle da obesidade. Entre estas ações, tem-se programas de saúde, atenção à alimentação escolar e o estímulo da prática de atividade física na população jovem.

Ademais, os achados do presente estudo reforçam a necessidade de políticas públicas que sejam eficientes para a promoção da saúde e que incentivem hábitos de vida mais saudáveis, com atenção a educação alimentar e nutricional na população jovem, com o intuito de promover a prevenção do excesso de peso e suas consequências, como as doenças coronarianas.

ANTHROPOMETRIC INDICATORS RELATED TO OBESITY IN ADOLESCENTS AND YOUNG ADULTS WITH RISK FACTORS FOR CARDIOVASCULAR

DISEASES

Introduction: Obesity is a phenomenon of global and increasing proportion, with social, psychological and physical consequences, being associated with a higher risk of mortality from chronic non-communicable diseases. Objective: To evaluate anthropometric indicators related to obesity in adolescents and young adults with risk factors for cardiovascular diseases in Santa Cruz, Rio Grande do Norte. Method: This is a cross-sectional quantitative study of 84 individuals with a mean age of 19.07 ± 2.63 years old. Body Mass Index (BMI), Waist Circumference (WC), Waist Hip Ratio (WHR), Waist Stature Ratio (WSR), Conicity Index (CI) and Body Fat Percentage (% BF) were evaluated. Data were analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences software version 23.0, with descriptive analysis (mean, standard deviation and

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percentage). The Student’s t test was applied to analyze the difference between the means, and for correlations between anthropometric indicators used as Pearson's correlation, both with p <0.05. Results: The highest prevalence was female, 81.0% in adolescents and young adults. WC and WSR are higher in boys and adults (76.11 ± 8.36 cm and 86.28 ± 14.08) and (0.78 ± 0.04 cm and 0.83 ± 0.01), respectively. Obesity was predominant in females among adolescents, 14.7%, and in males among young adults, 28.6%. BMI and %BF, in young adults, correlated strongly and moderately, respectively, with WC (r=0.914-0.494, p<0.001) and WSR (r=0.739-0.391, p<0.05). In adolescents, %BF was moderately correlated with WC (r=0.407) and WSR (r=0.575), with p<0.05. Conclusion: WC and WSR showed moderate strong correlations with BMI and %BF, better reflecting overweight in the studied population. Although they are simple measures, they can be used in clinical practice in the absence of other instruments for assessing body composition, such as the adipometer.

Keywords: Anthropometry. Body Composition. Overweight.

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APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Você está sendo convidado a participar de um estudo denominado: Acompanhamento e Educação Nutricional de adolescentes e jovens adultos com fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que tem como pesquisador responsável a professora Daline Fernandes de Souza Araújo, cujos objetivos e justificativas são: Realizar acompanhamento nutricional e atividades de Educação Alimentar Nutricional de adolescentes e jovens adultos com fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O diagnóstico das doenças cardiovasculares tem sido realizado mais precocemente pois o acometimento de jovens tem sido mais frequente. Dessa forma, é de fundamental importância estudar os indicadores antropométricos em indivíduos jovens, bem como as ações promotoras de saúde, a fim de minimizar os fatores de risco para o aparecimento dessas doenças. A investigação do perfil nutricional na adolescência muito tem contribuído para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis na fase adulta. É sabido que as chances de um adolescente com excesso de peso tornar-se um adulto com obesidade existem e são reais. Neste sentido, estudos com esta faixa etária são imprescindíveis para a implantação de políticas públicas de saúde que vislumbrem a intervenção na adolescência como forma de prevenção para a fase adulta.

Sua participação no referido estudo será um atendimento individualizado pelo nutricionista com uma linguagem simples com aplicação de 1 questionário com várias sessões, com duração de 30 min: Sessão 1 - de dados sócio-econômicos, uso de medicações/ drogas/ suplementos, alergias alimentares, nível de atividade física. Sessão 2 – registrado de medidas antropométricas aferidas (Peso, altura, circunferência abdominal e do quadril, dobras cutâneas para composição corporal). Sessão 3: avaliação dietética (registro alimentar e questionário de frequência alimentar).. Sessão 4: Registro de pressão arterial e dos resultados dos exames bioquímicos solicitados. Após o atendimento será encaminhado para participar de atividades de educação alimentar e nutricional como apresentação do guia alimentar, noções de rotulagem de alimentos, noções de higiene e oficinas culinárias sendo elaboradas receitas que se aplicam a melhoria dos fatores de risco, com melhor qualidade de gordura, rica em fibras e sementes dentre outros. Cada atividade poderá ter duração média de 1-2 horas, em encontros semanais ou quinzenais. Ao final os participantes farão um relato voluntário da experiência de ter participado das etapas da pesquisa. As etapas serão realizadas em ambiente adequado e reservado garantindo a privacidade do participante, como a clínica escola de nutrição e o

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laboratório de técnica dietética da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi-Santa Cruz-RN.

Você foi avisado de que, da pesquisa a se realizar, pode esperar alguns benefícios, tais como: acompanhamento nutricional individualizado e participação de atividades de Educação Alimentar e Nutricional. Além disso da pesquisa a se realizar, os participantes irão receber um retorno sobre os resultados encontrados.

Por outro lado, você recebeu os esclarecimentos necessários sobre os possíveis desconfortos e riscos decorrentes do estudo, levando-se em conta que é uma pesquisa, e os resultados positivos ou negativos somente serão obtidos após a sua realização. Assim durante o atendimento a previsão de riscos é mínima, podendo haver um desconforto ou constrangimento na participação no momento da avaliação antropométrica, onde o participante necessita estar com roupas leves, no entanto o mesmo será atendido apenas pelo nutricionista em um ambiente individualizado. Assim como na realização dos exames bioquímicos, onde o participante será encaminhado para realizar pelo SUS, não havendo gastos. De modo que o participante não terá nenhum dano físico ou moral, cultural ou espiritual ao realizar a pesquisa. Nas oficinas culinárias não serão utilizados ingredientes contraindicados para aqueles que possuem alergia alimentar.

Em caso de algum problema que você possa ter, que seja comprovadamente relacionado com a pesquisa, você terá direito a assistência integral e gratuita que será prestada como o encaminhamento aos serviços de saúde acompanhado por um dos pesquisadores, e caso necessite realizar algum exame ou compra de medicamento estes custos serão de responsabilidade do pesquisador.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para o pesquisador responsável Daline Fernandes de Souza Araújo.(84) 99899-4846.Você tem o direito de recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Você também poderá interromper o atendimento e retornar a qualquer momento.

Os dados que você irá fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação para terceiros e de nenhum dado que possa lhe identificar.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

Os participantes não terão nenhuma despesa com o atendimento nem com a realização dos exames, caso tenha, ela será assumida pelo pesquisador e reembolsado para você.

Se você sofrer algum dano decorrente desta pesquisa, você tem direito a solicitar indenização.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), telefone (84) 9 9224 0009 ou mandar e-mail para cepfacisa@gmail.com ou cep@facisa.ufrn.br. O Comitê de Ética em Pesquisa - CEP da FACULDADE DECIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI - FACISA é um órgão Colegiado interdisciplinar e independente, constituído nos termos da Resolução no 466/2012

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do Conselho Nacional de Saúde – CNS, e criado para defender os interesses dos participantes de pesquisas em sua integridade e dignidade.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável Daline Fernandes de Souza Araújo, e as duas vias do TCLE devem ser rubricadas em todas as suas páginas.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa “Acompanhamento e Educação Nutricional de adolescentes e jovens adultos com fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares”, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar. Santa Cruz, _ de ___ 201__. _______________________________________ Assinatura do participante da pesquisa Impressão datiloscópica do participante _____________________________________ Assinatura do pesquisador responsável

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APÊNDICE B- Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE Menores de idade e adolescentes

Esclarecimentos

Estamos solicitando a você a autorização para que o menor pelo qual você é responsável participe da pesquisa Acompanhamento e Educação Nutricional de adolescentes e jovens adultos com fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que tem como pesquisador responsável a professora Daline Fernandes de Souza Araújo.

Esta pesquisa pretende realizar acompanhamento nutricional e atividades de Educação Alimentar Nutricional de adolescentes e jovens adultos com fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é que o diagnóstico das doenças cardiovasculares tem sido realizado mais precocemente pois o acometimento de jovens tem sido mais frequente. Dessa forma, é de fundamental importância estudar os indicadores antropométricos em indivíduos jovens, bem como as ações promotoras de saúde, a fim de minimizar os fatores de risco para o aparecimento dessas doenças. A investigação do perfil nutricional na adolescência muito tem contribuído para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis na fase adulta. É sabido que as chances de um adolescente com excesso de peso tornar-se um adulto com obesidade existem e são reais. Neste sentido, estudos com esta faixa etária são imprescindíveis para a implantação de políticas públicas de saúde que vislumbrem a intervenção na adolescência como forma de prevenção para a fase adulta.

Caso você decida autorizar, ele (a) deverá ter um atendimento individualizado pelo nutricionista com uma linguagem simples com aplicação de 1 questionário com várias sessões, com duração de 30 min: Sessão 1 - de dados sócio-econômicos, uso de medicações/ drogas/ suplementos, alergias alimentares, nível de atividade física. Sessão 2 – registrado de medidas antropométricas aferidas (Peso, altura, circunferência abdominal e do quadril, dobras cutâneas para composição corporal). Sessão 3: avaliação dietética (registro alimentar e questionário de frequência alimentar). Sessão 4: Registro de pressão arterial e dos resultados dos exames bioquímicos solicitados. Após o atendimento será encaminhado para participar de atividades de educação alimentar e nutricional como apresentação do guia alimentar, noções de rotulagem de alimentos, noções de higiene e oficinas culinárias sendo

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