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3° estágio_CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE-2012-1

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CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL III PROFESSOR: ANTONIO MARCOS ALMEIDA SEMESTRE: 2012/1

PLANO DE AULA 3 - CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS 2- CONTROLE DIFUSO

3- CONTROLE CONCENTRADO 4- QUESTÕES DE REVISÃO

5- ANEXOS – LEI 9882/99 E LEI 9868/99 6- GABARITO DAS QUESTÕES

1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL – INTRODUÇÃO  Efetividade dos direitos fundamentais pela via processual  Meios processuais de defesa dos direitos fundamentais

 Ações tipificadas na Constituição: HC, MS, MI, AP, ACP, ADI, ADC, ADPF.

 Procedimento célere. Outros meios previstos na legislação infra- constitucional (CPC, etc.)

 ESPECIES DE CONTROLE

Preventivo: Tem por fim evitar a produção de uma norma inconstitucional.

CONTROLE

Repressivo: Tem por fim retirar uma norma inconstitucional do ordenamento jurídico.

PREVENTIVO Legislativo: Comissões de Constituições e justiça e plenário Executivo: veto jurídico (art. 66 §1º)

(2)

REPRESSIVO Judiciário: (em regra)

Poder Legislativo (exceção) – art. 49, V; art. 62

CRITÉRIOS E VIAS DE CONTROLE REPRESSIVO

Critérios de Concentrado – Somente o órgão de cúpula do judiciário realiza o controle

Controle Difuso – Todos os órgãos do Poder Judiciário realizam o controle.

Vias de Incidental ou concreto: O Controle é instaurado diante de uma controvérsia, com fim de afastar a aplicação da lei ao caso.

Controle

Principal ou abstrato: O controle é instaurado em tese, na defesa do ordenamento jurídico.

2- CONTROLE DIFUSO

 Reconhecimento da Inconstitucionalidade de um ato normativo por qualquer componente do Poder Judiciário (Juiz ou Tribunal) em face de um caso concreto submetido a sua apreciação.

 Ao apreciar a questão constitucional, como antecedente necessário e indispensável ao julgamento do mérito do caso em exame, o juiz ou tribunal estará realizando o denominado controle difuso.  A controvérsia sobre a constitucionalidade representa uma questão acessória (um incidente).

 Controle difuso = incidental, incidenter tantum, por via de exceção, por via de defesa, concreto ou indireto.

 LEGITIMAÇÃO ATIVA  As partes do processo

 O representante do Ministério Público atuante no processo  O juiz ou tribunal, de ofício.

 COMPETÊNCIA

 Qualquer órgão do Poder Judiciário

 Os tribunais só poderão declarar a inconstitucionalidade das leis apenas pelo voto da maioria absoluta dos seus membros do respectivo ou pela maioria absoluta dos membros do respectivo órgão especial (art. 97, CF) (Reserva de Plenário: apenas para a 1ª controvérsia)  A controvérsia constitucional poderá ser levada, em última instância, ao conhecimento do

STF, por meio da interposição de recurso extraordinário.

(3)

 NO SENADO FEDERAL (art. 52, X):

 Somente em face de decisão definitivas proferidas pelo STF.

 No âmbito da Administração Público Federal, os efeitos são “ex tunc” (decreto nº 2.346/97)  Ampliação dos efeitos, mediante a suspensão da execução da lei havida por

inconstitucionalidade da lei pelo STF, no âmbito do controle difuso;  A competência do Senado alcança leis federais, estaduais e municipais.  A competência para suspensão da execução é a resolução.

 NO PODER JUDICIÁRIO

 Só alcança as partes do processo (eficácia inter partes) -> com efeitos retroativos (ex tunc)

3- DO CONTROLE CONCENTRADO

CONTROLE ABSTRATO A NÍVEL FEDERAL:  Noções Preliminares

 Introduzido no Direito brasileiro pela Emenda nº 16 de 1965 (CF. 1946).  Origem na Europa, na Constituição da Áustria, de 1920 (Hans Kelsen)

 Efetivado em tese com o objetivo de expelir do sistema a lei ou ato normativo inconstitucional.

 Competência:

 STF : AFERIÇÃO DAS LEIS EM FACE DA CF  TJ : AFERIÇÃO DAS LEIS EM FACE DA CE

1) NO PODER JUDICIÁRIO “INTERPARTES” “EX TUNC” 2) NO SENADO FEDERAL “ERGA OMNES”

“EX NUNC” (EM REGRA)

(4)

 Legitimação

 O direito de propositura da ação ou da argüição de inconstitucionalidade é limitado a algumas entidades e/ou órgãos definidos na constituição.

 A instauração do controle concentrado por um dos legitimados ativos não impede a possibilidade de controle difuso.

 Ações do Controle Concentrado Brasileiro 1) Ação direta de inconstitucionalidade

2) Ação direta de inconstitucionalidade por omissão 3) Ação declaratória de constitucionalidade

4) Argüição de descumprimento de preceito fundamental 5) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva

 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE GENÉRICA

INTRODUÇÃO

o Ação típica do controle abstrato brasileiro.

o Finalidade: Retirar do ordenamento jurídico lei ou ato normativo incompatível com a ordem constitucional.

o Apreciação, na esfera federal, da constitucionalidade, em tese, de lei ou ato normativo, federal ou estadual, em face das regras e princípios constantes da CF.

o A inconstitucionalidade é declarada em tese, sem que esteja sob apreciação qualquer caso concreto.

o Cuida-se de instrumento de defesa da Constituição.

o Não será possível a instauração do controle abstrato em face de Constituições anteriores. o No âmbito federal, compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar ADIN de

lei ou ato normativo federal ou estadual em face da CF (art. 102, I, “a”). o Previsão normativa: Lei 9.868/1999

LEGITIMAÇÃO ATIVA

o Anteriormente à CF/1988 apenas o Procurador-Geral da República poderia propor a ADIN. o Podem propor o ADIN (CF/88, art. 103, I a IX):

1. Presidente da República 2. Mesa do Senado Federal

3. Mesa da Câmara dos Deputados

4. Mesa da Assembléia ou Mesa da Câmara Legislativa do DF 5. Governador de Estado ou do DF

6. Procurador-Geral da República 7. Conselho Federal da OAB

8. Partido político com representação no Congresso

9. Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional

o Segundo a jurisprudência do STF, se o partido político perde a representação antes do julgamento da ADIN a ação prossegue.

(5)

o Atualmente as associações de âmbito nacional que sejam compostas exclusivamente por pessoas jurídicas (associações de associações) tem legitimidade ativa (inciso IX –entidade de classe). (ADI AgR 3.153/2004).

o A mesa do Congresso Nacional não possui legitimidade para propositura de ação direta de inconstitucionalidade.

o Pertinência Temática:

1) Legitimados universais: podem impugnar qualquer matéria. (1,2,3,6,7,8). 2) Legitimados especiais: somente poderão impugnar matérias que tenham

relação com as funções exercidas pelo órgão ou entidade.  OBJETO

o Apreciação da validade de lei ou ato normativo federal ou estadual, desde que editados posteriormente à promulgação da CF.

o Atos que possuam generalidade e abstração.

o Atos e normas que afrontam diretamente a CF (não se admite ADI para “atos regulamentares”. A ofensa não pode ser indireta/reflexa)

o Leis e atos que estejam em vigor.

o Nem todas as leis federais e estaduais podem ser objeto de ADIN perante o STF. Requisitos:  1º) Ser pós-constitucional

 2º) Possuir abstração, generalidade, normatividade (ex.: contrário: lei que declare de utilidade pública o imóvel “x” para fim de desapropriação, uma lei que conceda indenização por perseguição política a “José da Silva”).

 3º) Ofender diretamente a Constituição (ex: decreto regulamentador não pode).  4º) Estar vigente no momento da apreciação da ação. Ex.: Leis e atos normativos

revogados.

o Podem ser impugnados em ADIN, por exemplo:

o Emendas à Constituição Federal, bem como dispositivos da Constituição dos estados-membros.

o Tratados e convenções internacionais.

o Leis federais e estaduais e do DF quando no desempenho da competência estadual. o Medidas provisórias federais e estaduais

o Decretos legislativos / decretos do Presidente da república que promulgam os tratados e convenções internacionais.

o As súmulas dos Tribunais não podem ser objeto de ADI, tendo em vista a ausência de caráter normativo.

PROCESSO E JULGAMENTO

o Norma Constitucional parâmetro: na petição inicial deve constar o texto constitucional parâmetro supostamente violado pela norma que se impugna.

o Causa de pedir aberta: o STF pode declarar a inconstitucionalidade com base em dispositivo constitucional diferente daquele apontado pelo autor.

o Petição inicial: deve indicar o dispositivo da lei ou ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido. Deve ser subscrita por advogado apenas para Partido político com representação no Congresso e Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. o Impossibilidade de desistência: uma vez proposta a Ação o autor não poderá mais desistir

(pedir extinção sem resolução do mérito), por se tratar de processo objetivo.

o Admissibilidade de amicus curiae (amigo da corte): entidades e órgãos que não são legitimados ativo poderão requerer ao relator para se manifestarem sobre as questões discutidas.

(6)

o Atuação do Procurador-Geral da República e do Advogado-Geral da União: PGR (CF. ART.103,VI, §1º AGU (CF, ART. 103, § 3º) - Atua na defesa da CF.

- Atuação independente: poderá opinar pela constitucionalidade ou pela

inconstitucionalidade da norma. - Atua em todas as ações

- È legitimado ativo (pode propor todas as ações de controle concentrado)

- Pode opinar nas ações por ele proposta (inclusive pela improcedência)

- Atua como defensor de norma impugnada, assegurando o contraditório no controle abstrato.

- Atuação vinculada: só pode opinar pela constitucionalidade da norma

- Não atua em ADECON.

- Não é legitimado ativo nas ações diretas. - Sua atuação alcança leis federais e estaduais.

o Possibilidade de Medida cautelar: o STF poderá apreciar liminarmente o pedido do autor desde que presentes os requisitos do fumus boni júris (fumaça do bom direito) e do periculum in mora( perigo da demora).

 A mediada cautelar suspende a eficácia da norma até o julgamento do mérito.  Efeito “ex nunc” (será “ex tunc” se o STF determinar), “erga omnes” e vinculante.  Aprovação por maioria absoluta, salvo no período de recesso do Tribunal (Presidente do

Tribunal).

DECISÃO DEFINITIVA EM ADIN

o Deliberação: para instalação quorum especial de pelo menos 8 ministros. Para que seja proferida a decisão de mérito: 6 ministros

o Natureza dúplice: a decisão de mérito proferida em ação direta de inconstitucionalidade produz eficácia jurídica num ou noutro sentido, seja quando é dado provimento à ação, seja na hipótese em que lhe é negado provimento.

o Efeitos da decisão: Em regra: “erga omnes” : contra todos;

 “ex tunc” : retroativo a data da publicação da Lei ou ato normativo (Pode ser “pro futuro” - exceção).

 Efeito vinculante: Terá que ser observada pelos demais órgãos do Poder Judiciário e do Poder Executivo.

 Segundo a jurisprudência do STF, o efeito vinculante da decisão proferida em ação direta não alcança o próprio STF (ADI 2.675/PE, 26.11.2003). Não alcança também a atividade normativa do Poder Legislativo, que não fica impedido de editar nova lei com igual conteúdo (Rcl MC 5.442/PE, 31.08.2007).

o Efeitos repristinatórios: A lei anterior que foi revogada pela norma declarada inconstitucional volta a viger.

(7)

o Modulação dos efeitos temporais: preenchidos os requisitos legais – presença de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público e decisão de 2/3 dos seus membros -, poderá o STF:

 Restringir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade  Conferir efeitos não retroativos (ex nunc) à sua decisão  Fixar outro momento para o início da eficácia de sua decisão

o Transcendência dos motivos determinantes: o efeito vinculante refere-se também aos fundamentos da decisão que julgou a ADI, podendo alcançar outros órgão que não sejam aqueles envolvidos diretamente na ação.

 Ex: Na ADI 2.868/PI, o STF entendeu que o estado-membro, ao definir “obrigação de pequeno valor” (art. 100, § 3º c/c § 5º, da CF), poderá fixar valor àquele definido no art. 87 da ADCT que é de 40 SM. Se outro Estado fixa valor inferior a 40 SM. Não há que se questionar novamente a constitucionalidade dessa norma. ALERTA: contudo a aplicação dessa teoria ainda não está pacificada na jurisprudência do STF (foi negada em julgado recente- Rcl 3.014/SP).

o Inconstitucionalidade por arrastamento: a declaração da inconstitucionalidade de um dispositivo da lei é estendida a outro (ou outros), em face da existência de alguma correlação entre eles ou de conteúdo análogo.

 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO

INTRODUÇÃO

 Introduzida no direito brasileiro pela CF/88

 Cabível em face de omissão na edição de providência de caráter normativo.

 Omissões relacionadas com as normas constitucionais de eficácia limitada, em que a sua efetiva aplicabilidade está condicionada à ulterior edição dos atos requeridos pela constituição.

 Compete ao STF processar e julgar a ADIN por omissão.

 Poder propor a ADIN por omissão os mesmos legitimados para o ajuizamento de ADIN (art. 103-I a IX).

Legitimação passiva: órgão ou autoridade que não cumpriu o dever que lhe foi imposto pela Constituição de editar a norma prevista para concretização do direito constitucional. Observar o poder de iniciativa da lei.

 Não é obrigatória a citação do AGU no processo. O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias.

 Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência  Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da

maioria absoluta de seus membros, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias ( Lei 12.063/2009)

(8)

o Declarada a inconstitucionalidade por omissão será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias.

o Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

 INTRODUÇÃO

o Introduzido no sistema de controle de constitucionalidade abstrato brasileiro pelo EC nº3 de 17/03/1993.

o Visa diretamente a obtenção da declaração de que o ato normativo é constitucional. o Objetiva abreviar o tempo para obtenção de declaração do STF sobre a constitucionalidade de certo ato que esteja sendo objeto de controvérsia nos juízes inferiores.

o Pressupõe a existência de controvérsia judicial relevante que esteja pondo em risco a presunção de constitucionalidade da lei ou ato normativo.

o Não é obrigatória a citação do AGU no processo.  OBJETO

o Leis ou atos normativos Federais.

o Diferentemente da ADIN que abrange leis e atos normativos federais e estaduais em face da CF.

 LEGITIMAÇÃO (ART.103)

o Podem propor os mesmos legitimados ativos da ADIN o Antes da EC 45:

1) Presidente da República 2) Mesa do Senado

3) Mesa da Câmara dos Deputados 4) Procurador-Geral da República  EFEITOS DA DECISÃO

Eficácia “erga omnes” (contra todos) Efeitos

Efeito vinculante,(PJ e Adm. Pública) ( art.102, §2º)

o O provimento cautelar também tem os mesmos efeitos da decisão de mérito.

o O art. 21 da lei 9.868/1999, que estabelece o prazo de 180 dias para o STF proceder ao julgamento do mérito não tem sido aplicado na prática.

(9)

Previsão constitucional: art. 102, § 1º, norma de eficácia limitadaRegulamentação: Lei 9.882/1999

Novidade: questões que não passíveis de ADIN e ADECON passará a ser objeto de controle concentrado.

o Ex: 1) atos normativos municipais em face da CF;

o Ex: 2) controvérsia envolvendo direito pré-constitucional.

Objeto: evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de qualquer ato do Poder Público (normativo ou não).

Preceito fundamental: princípios ou normas que possam ser qualificadas como fundamental. Compete ao STF identificar as normas que devem ser consideradas preceitos fundamentais decorrentes da CF.

Subsidiariedade da ADPF: não será admitida ADPF quando alguma ação do controle abstrato puder sanar a lesividade do ato. A ADPF pode ser autuada como ADI, por exemplo.

Competência: exclusiva do STF.

Legitimação: Podem propor os mesmos legitimados ativos da ADIN Erga omnes

Efeitos: Vinculante (geral, inclusive o Poder Legislativo)

Decisão: Cabe medida liminar em ADPF. As decisões de mérito em sede de ADPF produzem efeitos imediatos (não dependem de publicação do acórdão)

 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA.

Noção Geral: É cabível quando a lei ou ato normativo estadual é contrário aos princípios sensíveis da CF, assim chamados em razão de acarretarem a punição política mais grave. São eles: a) forma republicana; b) regime democrático; c) sistema representativo; d) direitos da pessoa humana; e) autonomia municipal; f) prestação de contas; g) aplicação do mínimo exigido em saúde e educação.

Finalidade dúplice: declarar a inconstitucionalidade do ato e decretar a intervenção federal no Estado-membro ou Distrito Federal. Possui efeito erga omnes.

Natureza da Intervenção: Julgada procedente a ADIN Interventiva e transitada em julgado a decisão, o STF comunica ao Presidente para fins de decretação da intervenção, pois esta é um ato essencialmente político.

Legitimação: Será ajuizada pelo Procurador-Geral da República. Nos Estados, pelo Procurador-Geral de Justiça.

DECISÕES NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

MODALIDADES DE DECISÕES: A aferição da constitucionalidade de uma lei ou ato normativo pode levar as seguintes decisões:

o Declaração de nulidade total o Declaração de nulidade parcial

(10)

 A compatibilidade de uma norma jurídica com a Constituição passa, necessariamente, pela técnica de interpretação.

 Quando alguma das interpretações possíveis resultarem em incompatibilidade com a CF faz-se necessário a chamada “interpretação conforme”.

 Significa que se deve optar pela interpretação da norma que mais se adequa à CF.

 A decisão do STF declara a constitucionalidade de uma lei “desde que” dada a ela determinada interpretação.

 Exemplo: “Por essa razão, deu-se interpretação conforme à Constituição, no sentido de que o § 1º do art. 17 da CF, com a redação dada pela EC 52/2006, não se aplica às eleições de 2006, remanescendo aplicável a estas a redação original do mesmo artigo. (ADI 3.685, Rel. Min. Ellen Gracie, Informativo 420)”.

BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE: conjunto de disposições, regras e princípios e valores constitucionais. Por exemplo, princípio da razoabilidade, proporcionalidade, segurança jurídica, interesse público, boa-fé, dentre outros.

4. TESTES DE REVISÃO

Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F)

1) É obrigatória a oitiva do advogado-geral da União nas ações diretas de inconstitucionalidade por omissão.

2) A administração pública indireta, assim como a direta, nas esferas federal, estadual e municipal, fica vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade.

3) Em razão do princípio da subsidiariedade, a ação direta de inconstitucionalidade por omissão somente será cabível se ficar provada a inexistência de qualquer meio eficaz para afastar a lesão no âmbito judicial.

4) São legitimados para propor ação direta de inconstitucionalidade interventiva os mesmos que têm legitimação para propor ação direta de inconstitucionalidade genérica.

5) Dadas as repercussões de caráter geral e abstrato da decisão proferida na argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), o STF vem entendendo ser inadmissível a concessão de medida liminar no respectivo processo.

6) É cabível reclamação ao STF contra decisão de primeiro grau de jurisdição, para assegurar efeito vinculante das decisões proferidas tanto em ação declaratória de constitucionalidade (ADC), quanto em ação direta de inconstitucionalidade (ADI).

7) Na Petição inicial da ADI o autor deve indicar o dispositivo da lei ou ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido, devendo ser subscrita por advogado apenas quando o autor da ação for Partido político com representação no Congresso e Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

8) Reconhecida a inconstitucionalidade por omissão, deve o tribunal notificar o Poder competente para adotar as providências necessárias em 30 dias, sob pena de decretação de intervenção.

9) A liminar na ação direta de inconstitucionalidade tem, de ordinário, efeito ex nunc, podendo, porém, ser atribuído pelo Tribunal efeito ex tunc.

10) O controle de constitucionalidade não abrange normas constitucionais originárias, mas pode incidir sobre normas constitucionais derivadas.

(11)

11) A declaração de inconstitucionalidade pelo controle concentrado importa no efeito repristinador erga omnes da lei revogada pela reconhecida inconstitucional.

12) Dado o caráter objetivo do processo de controle concentrado de constitucionalidade, não há necessidade de existência de prévio litígio sobre a aplicação da norma que se pretende conforme a Constituição em ação declaratória de constitucionalidade.

13) A ação direta de inconstitucionalidade está inserida no âmbito do chamado controle abstrato de normas, cujo objetivo não é a tutela de um interesse pessoal juridicamente protegido que esteja sofrendo lesão ou ameaça de lesão.

14) Segundo entendimento do STF, a legitimação ativa para a instauração do controle abstrato contempla, também, o poder de interpor recursos em face das decisões proferidas no feito, desde que o legitimado integre a respectiva ação, como requerente ou requerido.

15) Segunda a jurisprudência do STF, a aferição da legitimidade para propor a ADI deve ser feita no momento da propositura da ação, sendo assim a perda superveniente de representação do partido político no Congresso Nacional desqualifica-o como legitimado ativo para a ação direta de inconstitucionalidade.

16) Para que um Governador de Estado impugne em ADI lei oriunda de outro estado da Federação, deve ele comprovar que a lei tem reflexos sobe a sua respectiva unidade federada, é chamada pertinência temática que é extensível ao Conselho Federal da OAB e à Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

17) Se a lei federal é de efeito concreto, ou seja, se possui destinatário certo e determinado, sendo desprovida de abstração e generalidade, não pode ser questionada em ADI.

18) Se o Presidente da República edita um decreto meramente regulamentar, para fiel execução de certa lei, é certo que esse ato regulamentar não poderá ter a sua validade questionada em ação direta de inconstitucionalidade perante o STF.

19) Segundo jurisprudência do STF, não se admite a impugnação em ação direta de inconstitucionalidade de medida provisória já rejeitada pelo Congresso Nacional.

20) Segundo entendimento do STF, as sentenças normativas da Justiça do Trabalho e as convenções e acordos coletivos do trabalho, podem ser impugnadas em ação direta de inconstitucionalidade.

21) Em se tratando de controle concentrado de constitucionalidade, o STF é livre para declarar a inconstitucionalidade da norma não apenas pelos motivos indicados pelo autor da ação direta, mas também pode fazê-lo tendo como fundamento qualquer outro parâmetro constitucional.

22) A função do Advogado da União no controle abstrato é a defesa da presunção de constitucionalidade da norma, independentemente de sua origem, se federal ou estadual.

23) A concessão de medida cautelar em ADI só é possível por decisão da maioria absoluta dos membros do STF, devendo estar presentes na sessão, pelo menos oito Ministros.

24) Além de suspender a vigência da norma impugnada até o julgamento do mérito, a concessão da medida cautelar implica a repristinação provisória de eventual norma revogada pela lei atacada, restabelecendo temporariamente sua vigência, exceto se houver manifestação expressa do STF em sentido contrário.

25) A inconstitucionalidade por arrastamento ocorre quando a declaração da inconstitucionalidade de um dispositivo da lei é estendida a outros dispositivos, em razão da existência de uma correlação, conexão ou dependência entre eles.

26) Segunda previsão legal, é possível a hipótese de ADPF preventiva que tem como objeto qualquer ato ou omissão do Poder Público que acarrete ameaça a preceito fundamental decorrente da Constituição Federal, visando evitar tal lesão.

27) A ADI Interventiva tem finalidade dúplice, quais sejam declarar a inconstitucionalidade do ato e decretar a intervenção federal no Estado-membro ou Distrito Federal, sendo assim, as decisões em sede de ADI Interventiva não possui efeito erga omnes.

(12)

5. ANEXOS

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999.

Mensagem de Veto

Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da

ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. CAPÍTULO II

DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Seção I

Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade

Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: (Vide artigo 103 da Constituição

Federal)

I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal;

III - a Mesa da Câmara dos Deputados;

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;

(13)

VI - o Procurador-Geral da República;

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Parágrafo único. (VETADO)

Art. 3o A petição indicará:

I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;

II - o pedido, com suas especificações.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo

impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão

liminarmente indeferidas pelo relator.

Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato

normativo impugnado.

Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.

Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de

inconstitucionalidade. § 1o (VETADO)

§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes,

poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.

Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da

União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias.

(14)

Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os

Ministros, e pedirá dia para julgamento.

§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória

insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.

§ 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais

federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição.

§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão

realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. Seção II

Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade

Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.

§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral

da República, no prazo de três dias.

§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos

representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.

§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a

audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato,

observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.

§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo

se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.

§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo

expressa manifestação em sentido contrário.

Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das

informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.

(15)

Capítulo II-A

(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Seção I

(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de

constitucionalidade. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Art. 12-B. A petição indicará: (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa; (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

II - o pedido, com suas especificações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a alegação de omissão. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Art. 12-C. A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 1o Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o

objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 2o O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser

encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 3o O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo,

(16)

Seção II

(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 1o A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo

questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 2o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-Geral da República, no prazo de 3

(três) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 3o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos

representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Art.12-G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Seção III

(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 1o Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas

no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 2o Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, o

disposto no Capítulo IV desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). CAPÍTULO III

(17)

Seção I

Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal: I - o Presidente da República;

II - a Mesa da Câmara dos Deputados; III - a Mesa do Senado Federal; IV - o Procurador-Geral da República. Art. 14. A petição inicial indicará:

I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; II - o pedido, com suas especificações;

III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de

constitucionalidade.

Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.

Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência. Art. 17. (VETADO)

Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade.

§ 1o (VETADO)

§ 2o (VETADO)

Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador-Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias.

(18)

Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.

§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória

insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.

§ 2o O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais

federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição.

§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão

realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. Seção II

Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na

determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.

Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia.

CAPÍTULO IV

DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.

Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.

Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.

Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.

(19)

Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato.

Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.

Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.

Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fica acrescido dos seguintes parágrafos: "Art. 482. ...

§ 1

o O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato

questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no Regimento Interno do Tribunal.

§ 2

o Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se,

por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos.

§ 3

o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá

admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades."

Art. 30. O art. 8o da Lei no 8.185, de 14 de maio de 1991 , passa a vigorar acrescido dos seguintes

dispositivos:

"Art.8o ...

I - ... ...

(20)

n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica;

...

§ 3o São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade:

I- o Governador do Distrito Federal; II - a Mesa da Câmara Legislativa; III - o Procurador-Geral de Justiça;

IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal;

V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais;

VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa.

§ 4o Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de

Justiça do Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições:

I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade;

II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das providências necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias;

III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar.

§ 5o Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação direta de inconstitucionalidade de

lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal."

Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de novembro de 1999; 178o da Independência e 111o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO José Carlos Dias

(21)

___________________________________________________________________________________ ________________

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999.

Mensagem de Veto Dispõe sobre o processo e julgamento da argüição de descumprimento de preceito fundamental, nos termos

do § 1o do art. 102 da Constituição Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o

Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.

Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:

I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;

II – (VETADO)

Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental:

I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; II - (VETADO)

§ 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a

propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo.

§ 2o (VETADO)

Art. 3o A petição inicial deverá conter:

(22)

II - a indicação do ato questionado;

III - a prova da violação do preceito fundamental; IV - o pedido, com suas especificações;

V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de

argüição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta.

§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver

qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.

§ 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco dias.

Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá

deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.

§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso,

poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.

§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como

o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias. § 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento

de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada.

§ 4o (VETADO)

Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades

responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias.

§ 1o Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a

argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria.

§ 2o Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por

(23)

Art. 7o Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os

ministros, e pedirá dia para julgamento.

Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.

Art. 8o A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será

tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos Ministros. § 1o (VETADO)

§ 2o (VETADO)

Art. 9o (VETADO)

Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental.

§ 1o O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o

acórdão posteriormente.

§ 2o Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte

dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. § 3o A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do

Poder Público.

Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de

descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória. Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno.

Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 3 de dezembro de 1999; 178o da Independência e 1 11o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO José Carlos Dias

(24)

______________________________________________________________ 6. GABARITO DO TESTE DE REVISÃO

1F 2V 3F 4F 5F 6V 7V 8F 9V 10V 11V 12F 13V 14V 15F 16F 17V 18V 19V 20F 21V 22VV 23F 24V 25V 26V 27F

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