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Elaboração de um plano de negócio para ampliação de uma loja de confecções

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Academic year: 2021

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

BRUNA LOPES JANTSCH DE FREITAS

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA AMPLIAÇÃO

DE UMA LOJA DE CONFECÇÕES.

(Trabalho de Conclusão de Curso)

IJUÍ, (RS)

2013

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BRUNA LOPES JANTSCH DE FREITAS

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA AMPLIAÇÃO

DE UMA LOJA DE CONFECÇÕES.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Prof.ª. Orientadora: Euselia Paveglio Vieira

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Representação das Despesas Mensais Atualmente ...58

Figura 2: Representação das Despesas Fixas Mensais...89

LISTA DE QUADROS Quadro 1: Comparação entre a Contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira...19

Quadro 2: Causas de fracasso das startups americanas...25

Quadro 3: Estrutura de Plano de Negócios...26

Quadro 4: Composição do Custo de Aquisição de Mercadoria...32

Quadro 5: Exemplo de cálculo de Mark-up multiplicador...35

Quadro 6: Segmento dos Produtos oferecidos...50

Quadro 7: Levantamento do Perfil dos Clientes...50

Quadro 8: Política adota pela empresa...51

Quadro 9: Investimento Fixo da Loja Atualmente...52

Quadro 10: Volume de Estoque Inicial para o Mês...53

Quadro 11: Custo de Reposição dos Estoques Atualmente...54

Quadro 12: Estoque Final com Dados Atuais da Loja...55

Quadro 13: Investimento Inicial com Dados Atuais...56

Quadro 14: Cálculo de Custo de Depreciação Mensal Atual...57

Quadro 15: Levantamento de despesas fixas mensais...58

Quadro 16: Precificação com Margem Atual...60

Quadro 17: Precificação do Preço Mínimo Atual...61

Quadro 18: Comparativo dos Preços Calculados...62

Quadro 19: Margem de Contribuição pelo Preço Simulado...63

Quadro 20: Margem de Contribuição pelo Preço Praticado...64

Quadro 21: Margem de Contribuição pelo Preço Mínimo...65

Quadro 22: Ponto de Equilíbrio com Preço Simulado...66

Quadro 23: Ponto de Equilíbrio com Preço Praticado...67

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Quadro 25: Margem de Segurança com Preço Praticado...69

Quadro 26: Cenário de Vendas com Preço Simulado...70

Quadro 27: Cenário de Vendas Preço Praticado...71

Quadro 28: Custo das Mercadorias Vendidas...72

Quadro 29: Custo das Mercadorias Vendidas...72

Quadro 30: Demonstração do Resultado com o Preço Simulado...74

Quadro 31: Demonstração do Resultado com Preço Praticado...75

Quadro 32: Demonstração do Resultado no Cenário Pessimista...76

Quadro 33: Fluxo de Caixa no Cenário Otimista...77

Quadro 34: Fluxo de Caixa no Cenário Pessimista...78

Quadro 35: Balanço Patrimonial do Mês 1...79

Quadro 36: Novo Segmento de Produtos...81

Quadro 37: Novo Perfil de Clientes...81

Quadro 38: Nova política a ser adotada...82

Quadro 39: Estimativas de Investimento Fixo para Ampliação...83

Quadro 40: Investimentos Pré-operacionais...84

Quadro 41: Estoque Inicial Projetado...84

Quadro 42: Custo de Reposição do Estoque Projetado...85

Quadro 43: Estoque Final Projetado...86

Quadro 44: Projeção total dos investimentos...86

Quadro 45: Projeção de Despesa de Depreciação...87

Quadro 46: Projeção Despesas de Funcionário...88

Quadro 47: Projeção de Despesas Fixas Mensais...89

Quadro 48: Nova Formação do Mark-up...91

Quadro 49: Formação do Mark –up do Preço Mínimo Projetado. ...91

Quadro 50: Formação do Preço de Venda Projetado...92

Quadro 51: Margem de Contribuição Preço Orientativo Projetado...93

Quadro 52: Margem de Contribuição Preço Mínimo Projetado...94

Quadro 53: Ponto de Equilíbrio Projetado...94

Quadro 54: Margem de Segurança Operacional Projetada...95

Quadro 55: Estimativa de Vendas Projetadas...96

Quadro 56: Tributos Projetados sobre Vendas...96

Quadro 57: Apuração do Custo de Mercadorias Vendidas...97

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Quadro 59: Projeção DRE no Cenário Pessimista...99

Quadro 60: Fluxo de Caixa Projetado...100

Quadro 61: Fluxo de Caixa Projetado no Cenário Pessimista...101

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SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ... 3

INTRODUÇÃO ... 9

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 11

1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 11

1.2 Caracterização da Organização ... 11 1.3 Problematização do Tema ... 12 1.4 Objetivos ... 14 1.4.1 Objetivo Geral ... 14 1.4.2 Objetivos Específicos ... 14 1.5 Justificativa ... 14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 16 2.1 Contabilidade ... 16 2.2 Contabilidade Gerencial ... 18 2.3 O Contador Gerencial... 20 2.4 O Empreendedor ... 21 2.5 Plano de Negócios ... 23

2.5.1 O que é um plano de negócios? ... 23

2.5.2 Porque elaborar um plano de negócios? ... 24

2.5.3 Estrutura de Plano de Negócios... 26

2.5.3.1 Sumário Executivo ... 27

2.5.3.2 Descrição da empresa ... 28

2.5.3.3 Plano de Marketing ... 29

2.5.3.4 Plano Financeiro ... 30

2.6 Atividade Comercial ... 31

2.6.1 Custos de Aquisição no Comércio ... 31

2.6.2 Despesas Comerciais ... 33

2.6.3 Formação de Preço de Venda ... 33

2.7 Indicadores Gerenciais ... 35

2.7.1 Margem de Contribuição ... 36

2.7.2 Ponto de Equilíbrio ... 37

2.7.3 Margem de Segurança ... 38

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2.8.1 Tempo de Retorno –Payback ... 39

2.8.2 Valor Presente Líquido – VPL ... 40

2.8.3 Taxa Interna de Retorno – TIR... 41

2.9 Fluxo de Caixa ... 42

2.9.1 Estrutura de Fluxo de Caixa ... 42

2.9.2 Métodos de Geração de Fluxo de Caixa ... 43

3 METODOLOGIA DO TRABALHO ... 45

3.1 Classificação da Pesquisa ... 45

3.2 Coleta de dados ... 47

3.3 Analise e interpretação dos dados ... 48

4 ANALISE DOS RESULTADOS ... 49

4.1 Levantamento dos Dados Atuais ... 49

4.1.1 Levantamento de Dados Internos e Externos da Loja ... 49

4.1.2 Levantamento dos Valores Investidos Atualmente ... 51

4.1.3 Levantamento das Despesas Mensais Atuais ... 56

4.1.4 Vendas e Formação de Preço ... 59

4.1.5 Analise dos Resultados Atuais ... 73

4.2 Levantamento dos Investimentos para Ampliação ... 80

4.2.1 Novos Fatores Internos e Externos ... 81

4.2.2 Projeção dos Investimentos Necessários ... 83

4.2.3 Projeção das Despesas Mensais ... 87

4.2.4 Projeção de Vendas e Formação de Preço ... 90

4.2.5 Projeção dos Resultados ... 97

CONCLUSÃO ... 104

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RESUMO

O presente estudo consiste na elaboração de um plano de negócios para uma loja de confecções, na cidade de Panambi, região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, sendo uma empresa familiar de pequeno porte atuante no comercio da cidade. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a partir de um plano de negócios a reestruturação e ampliação desta loja, analisando a viabilidade desta ampliação. Para fundamentar o trabalho foram abordados conceitos relacionados a: contabilidade gerencial, empreendedorismo, plano de negócios, custos de aquisição no comércio, formação de preço de venda, indicadores gerenciais, métodos de analise de investimentos e fluxo de caixa. A metodologia utilizada quanto a classificação da pesquisa, esta classifica-se como aplicada, já do ponto de vista de seus objetivos uma pesquisa exploratória e descritiva, quanto a abordagem do problema a mesma classificou-se como qualitativa, e referente aos procedimentos técnicos, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, documental e um estudo de caso. A partir da analise dos resultados obtidos neste estudo, demonstra-se a importância do plano de negócios para avaliar os ambientes internos e externos da empresa, verificar as necessidades de investimentos e ampliações do negócio, e principalmente analisar a viabilidade dos investimentos confrontando-os com o desempenho da entidade atualmente com o desempenho projetado.

PALAVRAS CHAVE: Contabilidade Gerencial, Plano de Negócios, Analise de Investimentos.

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INTRODUÇÃO

Atualmente o mundo dos negócios vem seguindo um ritmo acelerado. Frente a isso, decisões precisam ser tomadas com urgência e cautela, pois a alta competitividade e o avanço da tecnologia aceleraram os processos e negociações no cotidiano das empresas. Desta forma, a contabilidade vem a somar na tomada de decisões das organizações, sendo que ela é a fonte de informações das empresas. Assim, a mesma fornece não apenas dados, mas sim possibilita a tomada de decisão coerente, agilizando as negociações no dia a dia dos gestores.

Neste enfoque, a contabilidade gerencial é a área contábil destaque para o fornecimento de relatórios e informações gerenciais que embasam a tomada de decisões dos administradores e empresários. Isso porque ela fornece as informações contábeis para elaborar os mais variados indicadores e relatórios gerenciais, demonstrando desta forma as vantagens e ameaças numa organização.

Porém a contabilidade gerencial não trabalha apenas com informações atuais, a mesma também é utilizada para fazer projeções e estimativas, bem como, traçar planos de ações futuros para o bom desempenho das organizações. Para os gestores que queiram se lançar no mercado de trabalho, a contabilidade gerencial fornece informações e indicadores através de um importante instrumento chamado plano de negócios.

O plano de negócios é considerado a ferramenta gerencial eficaz para traçar um caminho seguro para que os empreendedores possam projetar com segurança o seu novo empreendimento. Este instrumento tem sua relevância por analisar os riscos de mercado, apurar a viabilidade do negócio e também proporcionar ao gestor uma visão em relação a seus clientes, seus fornecedores e também a seus concorrentes analisando suas necessidade e potencialidades frente aos mesmos.

Com isso, o presente Trabalho de Conclusão de Curso apresenta um plano de negócios para ampliação, reestruturação de uma loja de confecções em operação, bem como analisar a viabilidade do investimento proposto.

Primeiramente, o estudo apresenta a contextualização do estudo, apresentando a área de conhecimento contemplada, a caracterização da organização para que se possa conhecer melhor a mesma, após descreveu-se a problematização do tema em estudo, assim como também é explorado os objetivos e a justificativa que contém esta pesquisa.

Na sequência deste trabalho, apresenta-se a revisão bibliográfica da mesma, onde buscam-se o embasamento teórico necessário para desenvolver o trabalho, embasamento este que tive como base livros de diversos autores, artigos, revistas e sites da internet.

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Na sequência o trabalho apresenta a metodologia utilizada para desenvolver este estudo, constando a classificação da mesma, a coleta dos dados a serem apresentados no Trabalho de Conclusão de Curso, assim como também a análise e interpretação dos dados.

No capítulo quatro deste trabalho, apresenta-se a aplicação e analise das informações apuradas, assim como a elaboração dos demonstrativos realizados, contemplando a analise da viabilidade, lucratividade e rentabilidade do negócio. Finalizando este trabalho, a conclusão do estudo desenvolvido e as referencias bibliografias que se utilizou no decorrer deste relatório.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Na contextualização do estudo buscam-se situar os aspectos relevantes da pesquisa realizada, onde apresenta ao leitor a visão da área em que se tem maior conhecimento e a caracterização da empresa que foi realizado o estudo. Assim como também apresenta a problematização do tema proposto para estudo, especificando ainda os objetivos gerais e específicos, e também sua justificativa.

1.1 Área de Conhecimento Contemplada

O trabalho apresentado tem como tema central a elaboração de um plano de negócio para ampliação de uma loja de confecções. Este plano de negócio tem como principal função nortear e projetar ações futuras de forma mais segura, permitindo que ajustes no empreendimento possam ser efetuados de modo preventivo.

Desta forma o tema deste estudo é a elaboração de um plano de negócio para a ampliação de uma loja de confecções.

1.2 Caracterização da Organização

O presente estudo realizou-se em uma loja de confecções situada na cidade de Panambi, região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A empresa tem dois sócios sendo que apenas um atua nas atividades da loja. A empresa não conta com quadro funcional e está enquadrada no regime de tributação do simples nacional.

A área de atuação da empresa é comércio, e a mesma disponibiliza uma variada linha de produtos, sendo estes: roupas femininas, roupas masculinas, roupas infantis, lingeries, bijuterias, cosméticos e bazares em geral.

Tendo como os seus principais clientes pessoas da classe média, a empresa busca fornecer produtos de qualidade, entre eles confecções de malharias vindas do estado de Santa Catarina e Paraná, visando assim, sobressair sobre os seus concorrentes que são lojas de confecções, loja de varejos e lojas de marcas especializadas.

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1.3 Problematização do Tema

Atualmente o Brasil é um dos países que tem maior número de empreendedores, isso porque é um dos países que tem maior número de empresas recentes no mercado.

Segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil possui a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) em 2010 (17,5%), quando comparado aos 59 países que participaram da pesquisa. A TEA média brasileira de 2002 a 2010 é de 13,38%. TEA é a proporção de pessoas na faixa etária entre 18 e 64 anos na condição de empreendedores de negócios nascentes, ou seja, com menos de 42 (quarenta e dois) meses de existência. Os dados demonstram a vocação empreendedora dos brasileiros, que já somam 21,1 milhões de empreendedores – número que só fica atrás da China, em indicadores absolutos. Conforme (www.brasil.gov.br/empreendedor/empreendedorismo-hoje).

Diante destes dados, mostra-se a necessidade da contabilidade abrir sua visão para atender a essas pequenas e novas empresas, cabe ao Contador saber auxiliar e direcionar o novato empresário quanto à tomada de decisão na sua recente empresa. Para isso a contabilidade gerencial vem para consolidar os contadores nesse desafio que esta cada vez maior.

O Contador precisa estar atento a gestão da empresa, contribuindo na gestão de custos, na gestão financeira e apurar indicadores de desempenho, para então avaliar o crescimento da e nortear as decisões dos empreendedores, assim como também o próprio Contador pode atuar como gestor de seus negócios atrelando os conhecimentos técnicos aos gerenciais construídos na sua formação para fundar sua própria empresa.

A contabilidade gerencial se faz necessária para os contadores frente as novas empresas, por meio dela se obtêm o conhecimento de uma importante ferramenta de gestão para direcionar os novos empreendimentos, o plano de negócios, essa ferramenta gerencial é de grande valia na elaboração e planejamento de uma empresa. Isso porque com ele é possível descrever os objetivos do negócio e quais os passos que se deve fazer para que esses objetivos sejam alcançados, minimizando assim os riscos e as incertezas do negócio, permitindo identificar possíveis erros no papel ao invés de realiza-los no mercado.

Da mesma forma em que, o plano de negócios é indispensável para implantação de uma entidade, o mesmo se torna fundamental para a consolidação das empresas no mercado, pois essa ferramenta também é utilizada para a ampliação de organizações, para investimentos nas empresas, incrementos de novos produtos e até mesmo como forma de captar maiores recursos para as entidades na hora de fazer financiamentos ou buscar investidores.

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Esta ferramenta gerencial pode ser utilizada não somente em implantações de empresas, mas na continuidade de qualquer organização, isso ocorre pelo fato de que há vários concorrentes disputando a mesma fatia de mercado, e permanece quem tem a visão do ambiente interno e externo do seu negócio e um bom gerenciamento é claro. Por esta razão é que o plano de negócios é relevante para os empreendedores, porque muitas vezes há apenas a vontade de empreender, porém falta a visão de mercado e a experiência gerencial.

Hoje os empreendedores, se lançam no mercado muitas vezes não pelo fato de ter um produto revolucionário ou pela experiência em gestão, mas sim pela vontade de conduzir um negócio próprio. Conforme Carvalho e Miyazaki (2012, p.38), a maior parte dos empreendedores investe no comércio varejista e dentre o comércio, três são as principais iniciativas de negócios: “1) comércio de produtos farmacêuticos, artigos médicos e ortopédicos; 2) vestuário e tratamentos de beleza; e 3) comércio eletrônico.”

Atualmente, o ramo de vestuário, impulsionado pela indústria da moda e a tendência do consumismo, tem transformado o comércio em uma grande oportunidade de negócio. Isso se justifica pela baixa complexidade operacional do segmento, mas que também acaba se constituindo em uma ameaça, pois vários novos empreendedores acabam ingressando neste trabalho, disputando a mesma fatia de mercado.

Desta forma, profissionais que atuam neste ramo convivem com empresas altamente profissionalizadas que avaliam cuidadosamente seus custos e preços, como há também empresários que pelo desconhecimento de gestão acabam colocando em risco o seu negócio e o desequilíbrio do mercado.

Com isso torna-se cada vez mais importante uma profunda análise de todos os fatores críticos que podem fazer com que o negócio prospere ou venha a inviabilizar-se.

Levando em consideração os pontos levantados, este estudo apresenta uma empresa que já esta em operação, buscando assim, analisar a ampliação de suas atividades sem que isso comprometa a rentabilidade da mesma, e sim explorar dados atuais e projetar dados futuros.

Diante disso, a questão de estudo é: Qual a contribuição de um plano de negócios na definição da estrutura, ampliação e viabilização de uma loja de confecções já existente?

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1.4 Objetivos

A necessidade de se definir os objetivos de um estudo está nas diretrizes e nortes que se quer dar para se ter um foco de abordagem e finalização, por estas razões que apresenta-se o objetivo geral e os objetivos específicos deste estudo.

1.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste estudo é avaliar a partir da elaboração do plano de negócio, a reestruturação e ampliação de uma loja existente, bem como analisar a viabilidade da mesma.

1.4.2 Objetivos Específicos

- Realizar uma pesquisa bibliográfica sobre contabilidade gerencial e plano de negócios; - Apurar os dados existentes da empresa;

- Pesquisar as necessidades para a reestruturação envolvendo o modelo de plano de negócio;

- Levantar os investimentos necessários para ampliação da atividade;

- Simular o plano financeiro da empresa com os dados atuais e com os dados projetados; - Avaliar os indicadores da viabilidade contábil financeira do investimento realizado.

1.5 Justificativa

Nos dias atuais as empresas atuam em um meio de trabalho competitivo, onde cada organização deve ficar atenta as mudanças de mercado e as novas necessidades de seus clientes para manter-se atuante. Muitas empresas tem essa dificuldade, perceber as mudanças do mercado e as atuais necessidades de seus clientes, por vezes essas mesmas empresas talvez não foram concebidas por um plano de negócios, ou no seu andamento nunca tiveram um planejamento para expansão, apenas ingressaram no mercado pelo “feeling” de seus administradores.

Muitos destes empresários não tiveram a oportunidade de executar um plano de negócio, por não terem o conhecimento desta ferramenta, outros por não saberem que o plano de negócio é um plano estratégico, dinâmico e contínuo para determinar os objetivos e ações das empresas, que o plano de negócios é um instrumento relevante para enfrentar as

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constantes mudanças do meio interno e externo da organização, e que o mesmo concilia a estratégia planejada com a realidade do mercado.

Mas atualmente não está sendo mais viável executar ações impensadas, pois o mercado está esmagando essas empresas que não tem um gerenciamento, um planejamento e um plano de ação para atender as novas mudanças e necessidades de seus clientes. Neste sentido o plano de negócio vem para demonstrar que se deve olhar para o ambiente em que se está inserido, que deve ser feito um planejamento traçando os passos até o caminho em que se quer chegar. O plano de negócio proporciona uma visão ao gestor de um retrato do mercado, do produto, dos clientes e da concorrência, proporciona maior segurança para criar condições ao ampliar ou inovar o negócio da empresa.

Assim, como este trabalho apresenta que o plano de negocio serve também para ampliação de um negócio já existente e analises para todo tipo de investimento que se queira realizar em uma organização, frente a isto, este estudo contribuiu não somente para os pequenos empreendedores, mas também para outros gestores no mundo empresarial.

Também se torna relevante para a universidade, porque por meio dele pode-se utilizar como fonte de pesquisa para novos alunos que queiram aprender mais sobre o assunto, é de importância também para o Curso de Ciências Contábeis para explorar os conteúdos de salas de aulas e estimular os alunos de forma prática e poderem presenciar a realidade em estudos aplicados, permanece também como uma pesquisa que pode instigar novos pesquisadores a explorar o tema sobre outros pontos de visão, auxiliando ao nível critico dos acadêmicos do Curso de Ciências Contábeis ou áreas afins desta instituição.

Para a autora, enquanto concluinte do Curso de Ciências Contábeis, foi de grande valia a realização deste estudo, por proporcionar um aprendizado pratico atrelando ao um estudo aprofundado e embasado em bibliografias. Permitindo uma visão pratica de estudo, agregando assim conhecimento e experiência no assunto, além de estar atingindo o objetivo fim de cursar a universidade, a formação acadêmica, proporcionando uma possível oportunidade de trabalho nesta área.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica é o embasamento teórico para elaboração do trabalho, também é a sustentação da pratica a ser realizada no Trabalho de Conclusão de Curso. É por meio da revisão bibliográfica, dos modelos propostos pelos autores, é que foi estruturado o plano de negócios para a ampliação e reestruturação da empresa, utilizando-se assim dos modelos que a bibliografia disponibiliza para apurar os indicadores, e definir os nortes para propor a empresa.

2.1 Contabilidade

A contabilidade surgiu juntamente com o desenvolvimento econômico da sociedade, através da criação da moeda conseguiu-se mensurar os valores comercializados de forma padronizada, podendo assim registrar as riquezas de seus proprietários. Conforme a sociedade foi evoluindo mostrou-se a necessidade de identificar as variações dessas riquezas geradas, dando assim o surgimento de técnicas para se apurar os lucros e gastos das negociações dos administradores da época.

Com o desenvolvimento econômico cada vez mais fortalecido a contabilidade se tornou essencial para as negociações das empresas, uma vez que esta ciência se dedica a registrar todo e qualquer fenômeno que ocorra nas instituições. Segundo Sá (2002, p.59) “Tudo o que se relaciona com os elementos que são utilizados para suprirem as necessidades das empresas, interessa à Contabilidade como matéria de análise sistemática”.

Esses elementos transformam-se em fenômenos gerando assim as riquezas, estas por sua vez agregam ao patrimônio das entidades, neste sentido Sá (2002, p.59) também define que “Os fenômenos que ocorrem com o patrimônio, como riquezas das células sociais, são o objeto de estudos da ciência contábil”.

A contabilidade também pode ser considerada com um conjunto de conhecimentos e técnicas, que esta ciência aplica para controlar o seu objeto de estudo. Basso conceitua esta ciência da seguinte forma:

Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem

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como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira, Basso ( 2005, p.22).

Todas essas técnicas e métodos para catalogar, registrar e coletar dados são importantes para atingir o objetivo fim da contabilidade, que é gerar informações e relatórios para os seus usuários conforme as suas necessidades. Basso (2005, p.24) também observa que “a finalidade fundamental da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento”.

Por meio dessa finalidade a contabilidade tem como principais usuários de suas informações: administradores, diretores, executivos, sócios, acionistas, bancos, financiadores, investidores, fornecedores, governo federal, estadual e também municipal. Estes por vezes exigem cada vez mais de informações, corretas, coerentes, precisas e ágeis, e juntamente com as modernas tecnologias da informação se tornou imprescindível essas informações para a tomada de decisões e analises destes usuários.

Pode-se dizer então que, a contabilidade é a fornecedora de informações que se referem a variações e fenômenos ocorridos nas organizações, e com isso a mesma é utilizada para sustentar a tomada de decisões dos executivos responsáveis pelas definições numa entidade. E neste âmbito, Souza (2002, p.35) define que: “As informações geradas pela contabilidade visam subsidiar o processo decisório dos administradores das empresas.”

Todavia as informações contábeis ou seus relatórios e demonstrações não fornecem diretamente algumas informações que os administradores solicitam para determinada avaliação. Sendo assim Sá (2002, p.95) expõem o seguinte: “ Como informações contábeis, por si só, são inexpressivas como orientação, sendo necessárias explicações e interpretações sobre o que é informado, sobre o que precisa da ajuda de analistas.”

Já Malacrida, Yamamoto e Paccez (2011, p.6) comenta que:

Em função de as necessidades dos usuários serem distintas, a contabilidade se divide em tipos diferentes para atender a todos. Dentre as principais divisões existentes na contabilidade podem-se citar a Contabilidade Societária, a Contabilidade de Custos, a Contabilidade Gerencial, a Contabilidade Tributária e a Contabilidade Social.

Contudo entende-se que a contabilidade é uma Ciência Social que estuda as variações ocorridas nas organizações, tendo como seu objeto de estudo o patrimônio das entidades. A mesma tem como finalidade gerar informações confiáveis a seus usuários onde estes são os mais variados, que por esta razão a informação contábil por si só não consegue atender a necessidade de todos os usuários.

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Em razão disso, foi necessário haver uma divisão de áreas para que as informações sejam direcionadas conforme a necessidade de cada usuário. Neste enfoque a área contábil que elabora informações para a tomada de decisão dos administradores e executivos é a contabilidade gerencial, é esta divisão da contabilidade que se preocupa em explorar e apresentar as informações de forma que estes usuários consigam ter um norte para terminar as ações das organizações em que atuam.

2.2 Contabilidade Gerencial

Da mesma forma em que a contabilidade tem por finalidade gerar informações a contabilidade gerencial também tem este fim, porém ela tem como diferencial auxiliar os empresários das organizações nas tomadas de decisões. Segundo Iudícibus apud Padoveze (2010, p.33).

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

Para entender melhor esse diferencial da contabilidade gerencial em fornecer suas informações, for classificado as diferenças entre a contabilidade financeira ou societária da contabilidade gerencial. Frezatti (2009) exemplifica essa diferenciação com uma metáfora dizendo que se separa as contabilidades por interesses, segregando os usuários que estão “dentro” da entidade e os que estão “fora” da entidade, tendo diferentes públicos e diferentes necessidades.

Os usuários de “dentro” da entidade são os usuários internos que necessitam de informações mais detalhadas para desempenhar sua gestão na empresa ou seus papeis funcionais, para isso a informação precisa ser tratada de forma flexível, pois a necessidade da mesma é para a tomada de decisão. Já os usuários de “fora” da entidade são credores, investidores, fornecedores, concorrentes e a comunidade, que exigem a disponibilidade de informações baseadas em regulamentações, leis e normas vigentes.

Frezatti ainda relata que:

Dessa maneira, a contabilidade “da porta para dentro da organização” é denominada contabilidade gerencial e a contabilidade “da porta para fora da entidade” é denominada de contabilidade financeira. Dependendo da forma como a empresa entenda essas demandas, elas podem ser atendidas por meio dos mesmos números,

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mesma base de dados, ou seja, ao se falar da contabilidade gerencial ela seria a contabilidade financeira da empresa, com detalhes, Frezatti (2009, p.6).

Padoveze também concorda com essa exemplificação conceituando as duas contabilidades da seguinte forma:

A contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações para os administradores – isto é, aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações. A contabilidade gerencial pode ser contrastada com a contabilidade financeira, que é relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros que estão de fora da organização, Padoveze (2010, p.38).

Para evidenciar as principais diferenciações entre essas duas áreas apresenta-se um quadro comparativo entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira.

Quadro 1: Comparação entre a Contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira

Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Usuários dos relatórios Externos e internos Internos

Objetivo dos relatórios Facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos

Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente.

Forma dos relatórios

Balanço Patrimonial, Demonstração dos Resultados, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Orçamentos, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão.

Frequência dos relatórios Anual, trimestral e ocasionalmente

mensal. Quando necessário pela administração Custos ou valores

utilizados Primariamente históricos (passados) Históricos e esperados (previstos) Bases de mensuração

usadas para quantificar os dados

Moeda corrente

Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeira - moeda forte, medidas físicas, índices etc.).

Restrições nas informações fornecidas

Princípios Contábeis geralmente aceitos

Nenhuma restrição. Exceto as determinadas pela administração Arcabouço teórico e

técnico Ciência Contábil

Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional.

Características da informação fornecida

Deve ser objetiva (sem viés), verificável, relevante e a tempo.

Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão

Perspectiva dos relatórios Orientação histórica

Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato).

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Focando apenas na contabilidade gerencial, Padoveze (2010, p.40) levanta o seguinte ponto de vista, “Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação, não um existir. Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração”. O autor também defende que não existe contabilidade gerencial em uma entidade assim como existe a contabilidade financeira ou de custos de forma visível, ressaltando ainda que essas áreas são tratadas de forma isoladas, não tendo um enfoque integrado com as demais áreas, isso porque não há didática para tal acontecimento, é ai que entra o papel da contabilidade gerencial.

Por este papel que a contabilidade gerencial desempenha, Padoveze (2010, p.39) defende que “O ponto fundamental da Contabilidade Gerencial é o uso da informação contábil como ferramenta para a administração”. Para ele a contabilidade gerencial deve utilizar-se das técnicas já desenvolvidas pelas outras disciplinas porque essas técnicas são aprofundadas, porém não se deve esquecer o objetivo da contabilidade gerencial que é focar essas técnicas no processo integrado para a tomada de decisão.

2.3 O Contador Gerencial

O profissional contábil gerencial também conhecido como controller, é um profissional conhecedor de todas as informações da empresa, ele é responsável por tratar as informações contábeis, produzir relatórios e analises que forneça apoio e sustentação a tomada de decisão dos sócios e empresários de uma organização.

Nesta mesma percepção Frezatti descreve que:

O controller é o profissional que, geralmente, possui informações monetárias, físicas e operacionais de todas as áreas da organização e, portanto, geralmente tem condições de possuir uma visão ampla da empresa como um todo. Sua posição lhe permite enxergar o sistema (a empresa) e seus subsistemas (as divisões, os departamentos etc.); daí o seu potencial privilegiado para compreender as inter-relações entre as partes e, assim, contribuir para a otimização do resultado global. Porém, isso só não basta: é necessário, também, que ele compreenda o negócio, e isso requer uma visão ainda mais ampla, externa à empresa, alcançando clientes, fornecedores, concorrentes etc, Frezatti (2009, p.37).

O contador gerencial também deve saber gerir, pois é ele quem irá fazer as analises de desempenho da Companhia, o mesmo deve conhecer o processo da empresa e distinguir quais processos devem ser melhorados, uma vez que ele tem conhecimento de todos os indicadores gerenciais da empresa, podendo assim fazer uma gestão global da mesma. Frezatti enfoca o seguinte conceito:

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Um controller deve possuir conhecimentos de gestão, para que possa compreender e participar do processo de planejamento e controle. O domínio de conceitos de contabilidade, custos e despesas, tributos, tecnologia de informação etc., é fundamental. Além disso, noções básicas e fundamentais de economia, sociologia, psicologia e estatística também ajudam no desempenho das suas funções, Frezatti (2009, p.37).

Da mesma forma, em que o controller tem que ter aptidões técnicas também é necessário que ele tenha habilidades pessoais e comportamentais, pois este profissional tem um destaque gerencial perante a organização, é preciso que ele tenha um diferencial em seu perfil pessoal e profissional. “É fundamental que o controller tenha várias competências e habilidades, tais como um bom raciocínio lógico, alto nível de energia, maturidade no tratar os problemas, que seja perspicaz e dinâmico, que tenha iniciativa, aptidão e gosto pelo que faz. Além disso, deve ter postura proativa e saber olhar para o futuro,” Frezatti (2009, p.38).

Além de comparar, analisar desempenhos, identificar as causas dos desempenhos e seus responsáveis, o contador gerencial deve ter uma boa comunicação perante toda a organização, pelo fato de ele ser o responsável por estas evidenciações por vezes insatisfatórias para as outras áreas da empresa, este profissional deve desenvolver bem esta competência comportamental. “A postura de um fiscal apontando culpados normalmente não é bem vista nas organizações. O contrário, isto é, adotar o papel de facilitador, consultor, assessor e conselheiro nos assuntos de sua competência, faz mais sentido e gera melhores resultados.” Frezatti (2009, p.38)

Por meio dos conceitos apresentados, percebe-se que o contador gerencial é um profissional com uma grande visão da empresa, desenvolvedor de habilidades técnicas e comportamentais, assim tendo que estar em constante aprendizagem sobre os temas internos e externos da organização.

2.4 O Empreendedor

Muitas pessoas imaginam que um empreendedor é uma pessoa dona do próprio negócio, ou um inventor de um novo produto, mas ser um empreendedor é muito mais que isso. O empreendedor é uma agente de mudanças, seja qual for o ambiente social em que ele viva, ele sempre irá inovar e aproveitar as oportunidades independente da sua área de atuação.

Para Dornelas (2008) “O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipam aos fatos e tem uma visão futura da organização.” O empreendedor é um ser social, que idealiza seus sonhos e busca alcançá-los de forma organizada e bem planejada, isso quer

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dizer que, o empreendedor pode inovar tanto numa empresa em que ele atue transformando uma nova forma de se organizar, ou um novo processo, como também elaborar novos produtos e serviços que vise melhorar o meio em que ele vive.

Para Filion e Dolabela (2004, p. 25) “o empreendedor é uma pessoa que empenha toda sua energia na inovação e no crescimento, manifestando-se de duas maneiras: criando sua empresa ou desenvolvendo alguma coisa completamente nova em uma empresa preexistente.” Pelo fato de que esse fenômeno ter nascido nas empresas, geralmente se tem a definição do empreendedor como um empresário, porém o empreendedorismo é uma tendência para todas as atividades humanas. No entanto, o ambiente político e econômico do país estão favorecendo os empreendedores que sonham em ter o seu próprio negócio, talvez pelo governo e a sociedade acreditarem como Dolabela (2008) que hoje o empreendedor seja o “motor da economia”, um agente de mudanças.

A importância que o empreendedorismo tem para a sociedade é descrita por Dolabela (2008, p.24) “o empreendedor é o responsável pelo crescimento econômico e pelo desenvolvimento social. Por meio da inovação, dinamiza a economia”. Isso porque os novos empreendimentos geram receitas aos cofres públicos e geram novos empregos para a sociedade melhorando a qualidade de vida da população, pois conforme a definição de Dolabela (2008, p.24) “O empreendedorismo é a melhor arma contra o desemprego”.

Referente a isso, pode-se dizer que os empreendedores são os administradores com uma característica a mais, os empreendedores são visionários, estes profissionais estão sempre a frente, atentos aos fatos da atualidade visando possíveis oportunidades de ganhos futuros não somente para as empresas para também para a sociedade com um todo.

Estes profissionais precisam desempenhar uma visão ampla, analisando tanto os ambientes externos como a sociedade, clientes, concorrências e fornecedores, quanto os ambientes internos de uma organização dentro da sua departamentalização. Desta forma, o empreendedor precisa se preocupar com as seguintes dimensões de negócios: orientação estratégica, análise das oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial.

Para o empreendedor conseguir ter uma visão de todas essas dimensões que são necessários para a abertura de uma nova empresa, ou para manter uma empresa atuante, é necessário fazer o uso de informações e ferramentas gerenciais. Segundo Dolabela (2008, p.31) “o conjunto que compõe o instrumental necessário ao empreendedor de sucesso – o know-how tecnológico e o domínio de ferramentas gerenciais – é visto como consequência do processo de aprendizado de alguém capaz de atitudes definidoras de novos contextos”.

(23)

Desta forma, para o empreendedor avaliar e identificar seu potencial de negócios e também gerenciar de forma eficaz sua empresa é preciso desenvolver um plano de negócios para simular suas ações e desenhar-se no mercado de trabalho.

2.5 Plano de Negócios

Assim como a contabilidade gerencial se utiliza das informações contábeis como ferramenta para o processo decisório dos gestores, o plano de negócios também se define como um instrumento norteador para planejar o nascimento de uma empresa, dando assim suporte aos empreendedores.

2.5.1 O que é um plano de negócios?

Para se realizar uma atividade complexa é preciso analisá-la e pensar qual o melhor modo de executá-la com a maior possibilidade do resultado final dar certo, tentando minimizar os riscos de erros acontecerem. Pensando dessa forma, o plano de negócios é o processo em que o empreendedor pensa, pesquisa, analisa, planeja e então elabora suas estratégias para colocar sua empresa no mercado, afim de que seus resultados deem certo ou se viabilizem, nesta mesma percepção Filion e Dolabela distinguem o plano de negócio:

O plano de negócios é, antes de tudo, o processo de validação de uma ideia, que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa. Ao prepará-lo, terá elementos para decidir se deve ou não abrir a empresa que imaginou, lançar um novo produto que concebeu, proceder a uma expansão, etc. A rigor, qualquer atividade empresarial, por mais simples que seja, deveria se fundamentar em um Plano de Negócio, Filion e Dolabela (2004, p.164).

Deste modo, o plano de negócios é uma ferramenta de gestão, que visa elaborar um planejamento detalhado da construção de uma nova empresa, como também da ampliação de uma empresa existente. O mesmo tem como objetivo simular a realidade de mercado da nova organização fazendo analises externas como também internas da organização, explorando detalhadamente as ações que o empreendedor deve tomar, desta forma, Rosa também define o plano de negócios:

Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado, Rosa (2007, p.8).

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A elaboração do plano de negócio é restrita ao empreendedor da nova empresa, podendo haver algumas colaborações externas. Porém as informações elaboradas no plano de negócio podem ser analisadas por outras pessoas de fora do negócio. Essa ferramenta pode ser analisada por futuros sócios, empregados, financiadores, incubadoras, clientes, fornecedores, bancos etc. O plano de negócios para Dolabela: “É um instrumento para obtenção de financiamentos, empréstimos, peça de persuasão de novos sócios, de controle interno, de integração da equipe e envolvimento dos empregados e colaboradores”, Dolabela (2008, p.76) Mas qual é o objetivo de descrever um negócio? Porque há necessidade de detalhar as ações futuras da empresa e seus planejamentos? O objetivo e a necessidade de descrever e detalhar uma empresa, é poder visualizar o potencial do negócio da mesma, ou também pode mostrar a viabilidade ou inviabilidade do novo empreendimento.

2.5.2 Porque elaborar um plano de negócios?

A elaboração de um plano de negócios mostra-se cada vez mais importante na abertura ou a elaboração do plano de negócio é restrita ao empreendedor da nova empresa, podendo haver algumas colaborações externas. Porém as informações elaboradas no plano de negócio podem ser analisadas por outras pessoas de fora do negócio. Essa ferramenta pode ser analisada por futuros sócios, empregados, financiadores, incubadoras, clientes, fornecedores, bancos etc. O plano de negócios para Dolabela: “É um instrumento para obtenção de financiamentos, empréstimos, peça de persuasão de novos sócios, de controle interno, de integração da equipe e envolvimento dos empregados e colaboradores”. Dolabela (2008, p.76) Mas qual é o objetivo de descrever um negócio? Porque há necessidade de detalhar as ações futuras da empresa e seus planejamentos? O objetivo e a necessidade de descrever e detalhar uma empresa, é poder visualizar o potencial do negócio da mesma, ou também pode mostrar a viabilidade ou inviabilidade do novo empreendimento.

A ampliação de um novo negócio, isso porque o plano de negócios força o empreendedor a pensar no futuro da organização, força o administrador a planejar suas ações e desta forma torna o caminho a ser perseguido mais coerente, do que apenas prosseguir suas ações sem alguma meta ou alvo a atingir. Mas também há outros fatores que influenciam na decisão de executar um plano de negócios antes de abrir uma entidade, fatores esses que são: índices de mortalidade de micro e pequenas empresas, inexperiência, falta de conhecimento do mercado e também a falta de gestão.

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Segundo Dornelas (2008) o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas brasileiras nos seus primeiros anos de vida atingem um percentual de 70%, e isso ocorre também em outros países como os Estados Unidos, onde o empreendedorismo é referência mundial, a taxa de mortalidade lá é de 50% das chamadas startups. Na pesquisa do SBA (small Business Administration), órgão do governo americano de auxílio às pequenas empresas apresentou algumas índices que justificam a mortalidade das startups.

Quadro 2: Causas de fracasso das startups americanas (SBA, 1998)

Incompetência gerencial 45% Inexperiência no ramo 9% Inexperiência em gerenciamento 18%

Expertise desbalanceada 20%

Negligência nos negócios 3%

Fraudes 2%

Desastres 1%

TOTAL 98%

Apenas 2% são fatores desconhecidos

Fonte: Dornelas (2008, p.80)

O autor também traz a situação brasileira para as micro e pequenas empresas recém abertas, e a nossa situação não é muito diferente nos norte americanos.

No caso brasileiro, várias pesquisas realizadas pelo SEBRAE-SP anualmente revelam que os fatores de mortalidade das empresas nacionais não são muito diferentes. A falta de planejamento aparece em primeiro lugar como a principal causa para o insucesso, seguida de deficiências de gestão (gerenciamento do fluxo de caixa, vendas/comercialização, desenvolvimento de produto etc.), políticas de apoio insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais (problemas de saúde, criminalidade e sucessão), Dornelas (2008, p.80).

O que se pode observar é que apesar de se ter outros fatores como políticas de apoio insuficientes e a conjuntura econômica, há também semelhanças entre os dois países para a mortalidade das empresas que são os fatores relacionados ao planejamento e gestão da empresa. E é neste ponto que deve-se trabalhar, o empreendedor deve buscar constantemente o planejamento para suas ações na sua empresa, deve buscar também ter conhecimento em todas as áreas da empresa, não apenas conhecimento do produto ou serviço, pois as vezes os empreendedores são ótimos técnicos, mas o que falta para eles é ter um pouco de

(26)

conhecimento de marketing, finanças, planejamento, vendas, fluxo de caixa, formação do preço de venda, margem de contribuição e faturamento.

Por isso da importância do plano de negócios na abertura da empresa, contudo não basta planejar somente na etapa inicial do empreendimento, pois o plano de negócios é uma ferramenta muito eficaz, mas deve ser atualizado conforme as expectativas de mercado e de gestão que vão ocorrendo juntamente com a empresa, ele deve ser um norte constante e não um lembrança de como começou a empresa.

2.5.3 Estrutura de Plano de Negócios

No entendimento de Dornelas (2008) não há um padrão definido de estrutura de plano de negócios, pois a estrutura pode variar de acordo com o ramo de atividade de cada empresa. Mas há uma sequência mínima de seções para que se possa ter um entendimento de como a empresa é organizada, como é sua situação financeira, quais são seus produtos, suas estratégias de marketing, isso tudo para que se tenha uma sequência lógica de entendimento da organização. Portanto, apresenta-se uma estrutura de plano de negócios sugerida por Dolabela (2008, p.134):

Quadro 3: Estrutura de Plano de Negócios

1. Sumário executivo

1.1 Enunciado do projeto

1.2 Competência dos responsáveis 1.3 Os produtos e a tecnologia 1.4 O mercado potencial 1.5 Elementos de diferenciação 1.6 Previsão de vendas

1.7 Rentabilidade e projeções financeiras 1.8 Necessidades de financiamento 2. A empresa

2.1 A missão

2.2 Os objetivos da empresa

2.3 Estrutura organizacional e legal

2.4 Síntese das responsabilidades da equipe dirigente 2.5 Plano de operações

2.6 As parcerias 3. O plano de marketing

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O setor O tamanho do mercado Oportunidades e ameaças A clientela Segmentação A concorrência Fornecedores 3.2 Estratégia de marketing O produto A tecnologia Vantagens competitivas

Planos de Pesquisa & Desenvolvimento Preço

Distribuição

Promoção e propaganda

Serviços ao cliente (venda e pós-venda) Relacionamento com os clientes

4. Plano financeiro

4.1 Investimento Inicial 4.2 Projeção dos resultados 4.3 Projeção de fluxo de caixa 4.4 Projeção de balanço 4.5 Ponto de equilíbrio 4.6 Análise de investimento

Tempo de retorno do investimento – Payback Taxa interna de retorno

Valor atual líquido Fonte: Dolabela (2008, p.134)

Apresenta-se a seguir as características das seções mínimas que um plano de negócios deve ter assim como sua relevância para o plano de negócios.

2.5.3.1 Sumário Executivo

O Sumário executivo deve descrever resumidamente o plano de negócios como um todo. Esta parte do plano de negócios deve dar uma pequena noção de como é a empresa, o porquê da elaboração do plano de negócios e quais as vantagens de se abrir o negócio, ou seja, deve apresentar a empresa sucintamente atraindo o leitor para que ele queira ler todo o plano elaborado.

(28)

Conforme Filion e Dolabela o sumário executivo é:

O Sumário Executivo é decisivo: ele é um momento de “venda” da ideia, do negócio. Importantes leitores de Plano de Negócios, tais como capitalistas de risco, diretores de agências de financiamento e bancos somente encaminham os Planos de Negócios à suas assessorias técnicas se estiverem convencidos de seu potencial através da leitura do Sumário Executivo, Filion e Dolabela (2004, p.167).

Já para Dornelas (2008, p.114) “O Sumário Executivo é a principal seção de seu plano de negócios e deve expressar uma síntese do que será apresentado na sequência, preparando e atraindo o leitor para uma leitura com mais atenção e interesse.”

Uma dica importante para ajudar ao escrever o sumário executivo é dada por Rosa (2007), ao descrever o sumário executivo deve-se fazer um breve relato, procurando responder as seguintes questões:

 O que é o negócio;

 Quais os principais produtos;  Quem serão os principais clientes;  Onde será localizada a empresa;  O montante de capital a ser investido;  Qual será o faturamento mensal;  Qual o lucro que se espera ter;

 Qual o tempo de retorno do capital investido.

Desta forma, é importante também descrever o sumário executivo por ultimo, após a elaboração completa do plano de negócios, já que esta seção deve abranger todo o plano é preciso ter o conhecimento de todo o plano de negócios para descrevê-lo.

2.5.3.2 Descrição da empresa

Nesta seção deve-se descrever o funcionamento da empresa, tanto funcionamento legal quanto operacional, deve-se também dar a ideia ao leitor de como a empresa se organiza, qual a sua história, quais são as suas características, seu diferencial no mercado e também qual os objetivos e missão da empresa. Dornelas aconselha descrever essa seção da seguinte forma:

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Descreva a empresa procurando mostrar o porquê de sua criação, qual o seu propósito, a natureza dos serviços ou produtos fornecidos, como ela se desenvolveu ou se desenvolverá, qual é o seu modelo de negócios e seus diferenciais. Apresente sua razão social/nome fantasia, qual o porte da empresa e como está enquadrada na legislação: micro, pequena ou média empresa, sociedade civil limitada, sociedade anônima etc., Dornelas (2008, p.116).

Para Filion e Dolabela (2004) nesta seção também se deve escrever sobre a estrutura organizacional e legal da empresa, fazer uma síntese das responsabilidades da equipe dirigente, elaborar um plano de operações onde mostra a forma em que a empresa se organiza internamente e executam suas atividades rotineiras, também se deve descrever as parcerias estabelecidas com outras organizações que agregam valor a empresa.

Pode-se entender que na descrição da empresa, deve-se falar de como a empresa se organiza, qual sua missão e visão, como será seu direcionamento interno, suas características legais e também estruturais. Assim como também descrever os produtos da empresa, bem como seus diferenciais de mercado, para que o leitor tenha uma ideia clara do que é o negócio do novo empreendimento.

2.5.3.3 Plano de Marketing

O plano de marketing tem como objetivo demonstrar como a empresa pretende vender seus produtos ou serviços e de que forma ela pretende conquista o mercado, quais são suas estratégias para atingir seus clientes potenciais.

Segundo Dornelas (2008), as estratégias de marketing estão ligadas aos 4Ps (quadro pês): produto, preço, praça e propaganda. Deste modo, a empresa deve fazer um descritivo de como irá abordar esses itens, ou seja, deverá descrever como é seu produto, quais são suas características, modelos, tamanhos, etc., definir seus preços, seus prazos de pagamento, os descontos a serem concedido. Praça, neste item a empresa deve descrever quais são seus canais de distribuição, sua logística, bem como prazos de entrega. Para a propaganda a empresa deve definir sua política de relações com clientes, sua comunicação, sua forma de fazer publicidade do seu negócio e suas formas de abordagem de vendas.

Outro fator importante a ser descrito nesta seção é abordado pelos autores Filion e Dolabela, que é a análise de mercado. “A análise de mercado é voltada para o conhecimento de clientes, concorrentes, fornecedores e do ambiente em que a empresa vai atuar, tendo por objetivo saber se o negócio é realmente viável.” Filion e Dolabela (2004, p.172).

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Deste modo, o plano de marketing é um estudo interno e externo da empresa, interno porque a empresa deverá estudar a forma em que ela deseja que o mercado a veja, e pra isso terá de trabalhar algumas definições como produto, preço, etc. E externa porque a empresa precisará estudar quais são seus clientes, avaliar as suas necessidades e também avaliar de forma a empresa pode trabalhar pra suprir essas necessidades, deve estudar e conhecer seus concorrentes para que esteja sempre se atualizando no mercado em que atua, e também deve estudar seus fornecedores e parceiros para assim manter uma relação comercial estável.

2.5.3.4 Plano Financeiro

O plano financeiro, é a seção em que o empreendedor mostrará através dos números a forma que pretende trabalhar com o seu negócio. E é por meio desse plano que se analisa a viabilidade, lucratividade e rentabilidade do empreendimento. Nesta percepção Filion e Dolabela definem o plano financeiro da seguinte forma:

A parte financeira do Plano de Negócio é um conjunto de informações, controles e planilhas de cálculos que, sistematizadas em diferentes documentos contábeis, compõem as previsões referentes à operação e servem como ferramentas gerenciais para o planejamento financeiro da empresa. Ela é utilizada também como documento para divulgar a empresa, convencer parceiros, investidores, captar capital de risco. É uma boa ferramenta para fornecedores e instituições bancárias fazerem a análise de crédito da empresa,Filion e Dolabela (2004, p.172).

Segundo o entendimento de Dornelas (2008) esta seção para a maioria dos empreendedores é mais difícil, isso porque ela deve refletir em números tudo o que foi escrito no plano de negócios. Dessa forma, o autor sugere para aqueles empreendedores que tem maiores dificuldades recorrem a uma assessoria contábil e financeira para ajudá-lo a executar esta seção do plano. O autor ainda destaca que não se deve fazer a adequação do plano aos dados financeiros, e sim o contrário, pois os objetivos e metas do negócio, bem como as estratégias e projeções de vendas e despesas é que geram as planilhas financeiras do plano de negócios.

Os principais demonstrativos a serem apresentados no plano financeiro são: Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Resultados e Demonstrativo de Fluxo de Caixa, esses devem conter uma projeção mínima de três anos, mas se aconselha a projetar os primeiros cinco anos da organização. Em função desses demonstrativos é efetuado as analises de viabilidade do negócio, para tal analises se utilizam os seguintes métodos: análise do ponto de equilíbrio, payback, TIR (taxa interna de retorno) e VPL (valor presente líquido). Dornelas (2008).

(31)

Entende-se então, que o plano financeiro é uma seção muito importante, pois é através deste plano que se está analisando a viabilidade do negócio, pois o plano financeiro apresentará em números os retornos que o empreendedor terá, qual a sua lucratividade, irá mostrar onde as despesas projetadas estarão afetando, se o faturamento projetado estará cobrindo os riscos do negócio, por isso da relevância da elaboração do plano financeiro no plano de negócios.

2.6 Atividade Comercial

A atividade comercial não provem apenas dos dias atuais, esta técnica de mercado ocorre a séculos, onde já na Idade Média os burgueses interessados no enriquecimento encontraram no comércio uma forma de lucrar, e na medida em que essas relações tornaram-se mais intensas popularizou-tornaram-se o próprio comercio. Nesta mesma percepção, Iudícibus e Marion definem o que é o comércio:

Basicamente, entende-se por comércio a troca de mercadorias por dinheiro ou de uma mercadoria por outra. A atividade comercial é inerente à natureza e às necessidade humanas, pois todos temos necessidades e, se não existisse moeda, trocaríamos bens que temos em excesso por outros que não possuímos. A atividade comercial é das mais importantes, pois permite colocar à disposição dos consumidores, física ou economicamente delimitados, grande variedade de bens e serviços, necessários à satisfação das necessidades humanas, (Iudícibus e Marion, 2010, p.03).

Nesse aspecto, Souza (2002) define que do ponto de vista econômico, o comércio é um meio de circularização das riquezas de forma mais intensa, e isto ocorre pelo fato de que o comerciante recebe do produtor ou indústria o que este produz e transfere ao consumidor sempre visando o seu lucro, o que é um grande estímulo ao desenvolvimento econômico.

Desta forma, será tratado então sobre conceitos e definições sobre a atividade comercial, bem como a contabilidade gerencial deve trata essa atividade e quais os métodos que se deve utilizar para se trabalhar contabilmente com este ramo de atividade.

2.6.1 Custos de Aquisição no Comércio

Ao observar a atividade comercial operacionalmente vê-se que este ramo de atividade opera de forma diferenciada da indústria ou de uma prestadora de serviços, por esta razão é

(32)

preciso tratar de forma diferenciada contabilmente o comércio, isso porque pela forma de operação os conceitos se diferenciam das demais atividades.

Dentre esses conceitos está a forma de identificar os seus custos, pois segundo Wernke (2011) na indústria é preciso calcular o custo unitário de fabricação, calcular a matéria-prima, a energia, o material de consumo e entre outros itens para formar o custo total do produto através de métodos de custeio como o Absorção, ABC e UEP, já no comércio não é necessário utilizar métodos de custeio para apurar o custo unitário das mercadorias. O custo unitário deve ser calculado considerando somente os itens relacionados com a compra da mercadoria para revenda.

Wernke conceitua os custos no comércio da seguinte forma:

No caso de uma loja, como Custos devem ser classificados apenas os valores diretamente ligados ao custo de aquisição da mercadoria a ser revendida. Ou seja, os gastos relacionados com o valor pago ao fornecedor e demais fatores que estejam intrinsecamente vinculados à compra daquela mercadoria, como o frete e o seguro pago para o transporte da mercadoria até a loja, além dos tributos inerentes à nota fiscal de compra e outros fatores, Wernke (2011, p.28).

Para melhor exemplificação, apresentar-se a seguir um quadro da composição do custo de aquisição de mercadoria:

Quadro 4: Composição do Custo de Aquisição de Mercadoria

Item Operação Descrição Observação

a) (+) Custo da mercadoria na

fatura (valor constante na nota fiscal) b) (-)

Descontos dados na fatura

(incondicionais, mencionados no corpo da nota fiscal de compra)

c) (+) Despesas acessórias da compra

(fretes, seguros, despesas aduaneiras e outros itens vinculados à aquisição)

d) (+) Impostos não recuperáveis

fiscalmente (conforme a legislação tributária pertinente) e) (-) Impostos recuperáveis

fiscalmente (conforme a legislação tributária específica) f) (=) Custo de Aquisição da

mercadoria (f=a-b+c+d+e) g) (/) Quantidade física comprada (em unidades) h) (=) Custo Unitário de compra da

mercadoria (h=f/g

Fonte: Wernke (2011, p.48)

O mesmo autor relata que o valor das embalagens se forem relevantes e possível atribuir valores de forma individualizada, também podem ser atribuídos ao custo da mercadoria, caso contrário deve ser considerado como despesa da loja. Os demais gastos com as atividades

(33)

operacionais da loja não devem ser considerados como custo, e sim como despesas. Para entender melhorar essa diferenciação das despesas apresentando os conceitos para a despesa no comércio no capítulo a seguir.

2.6.2 Despesas Comerciais

Como já foi mencionado, a atividade comercial tem suas particularidades das demais atividades, e tratando-se de despesas para a atividade comercial as despesas também tem o seu conceito diferenciado para esta atividade.

As despesas no comércio são todos os gastos que envolvem a atividade operacional da loja, são todos os gastos relacionados a administração, as vendas, as finanças e demais funcionalidades do empreendimento.

Wernke descreve três tipos de despesas comerciais:

 Despesas Administrativas: gastos com aluguel da sala comercial, energia elétrica da loja, material de escritório, salários e encargos sociais dos funcionários do departamento administrativo, etc.;

 Despesas Financeiras: gastos com juros pagos por atraso de duplicatas, tarifas de manutenção de conta bancária, folha de pagamento do setor financeiro, etc.;

 Despesas de Venda: gastos com propaganda, brindes, comissão de vendas, remuneração dos empregados da área comercial, etc. Wernke (2011, p.28).

Desta forma, pode-se fazer uma diferenciação clara de custos e despesas no comércio, para a atividade comercial custo é todos os gastos efetuados com relação a aquisição das mercadorias para a revenda, já as despesas são todos os gastos envolvidos no ambiente da loja, seja esses nas áreas comerciais ou administrativas.

2.6.3 Formação de Preço de Venda

Sabe-se que a concorrência na atividade comercial é grande, pois há vários empreendimentos dos mais variados produtos, sem contar com os preços baixos e condições de pagamentos que as empresas maiores conseguem praticar que acabam esmagando os pequenos comerciantes.

(34)

Diante disso, é extremamente necessário que o empreendedor saiba forma seu preço de venda, e não apenas analisar o preço da concorrência tentando entrar no mercado com o mesmo preço, é dessa forma que muitos acabam com o seu negócio, pois não sabem ao certo o custo do seu produto e não estipulam um percentual de ganho e quando percebem estão tento prejuízos nas vendas ao invés de lucro por causa do preço praticado.

Nesta mesma percepção Padoveze (2010) comenta que o pressuposto básico é que o mercado esteja disposto a absorver os preços de venda determinados pela empresa, que estes por sua vez são calculados com base em seus custos reais, porém sabe-se que na verdade isso nem sempre ocorre.

Mas o mesmo autor ainda destaca que: “De qualquer forma, é necessário um cálculo em cima dos custos, tendo em vista que, através dele, pode-se pelo menos ter um parâmetro inicial ou padrão de referência para análises comparativas.” Padoveze (2010, p.426).

Desta forma, sera trabalhado com base nos custos reais para a formação do preço de venda, através da taxa de marcação, também conhecida como Mark-up, que é um índice aplicado sobre o custo de compra da mercadoria adquirida para ter então o preço de venda. Segundo Wernke (2011, p.53), “no cálculo do Mark-up podem ser inseridos todos os itens que se deseja cobrar no preço de venda da mercadoria, desde que sob a forma de percentuais.”

Dentre esses itens podem estar relacionados, Wernke (2011, p.53):

 Tributos incidentes sobre vendas;

 Comissão dos vendedores;

 Taxa de franquia cobrada pela franqueadora

 Taxa cobrada pela administração do cartão de crédito nas vendas com essa ferramenta;

 Margem de lucro desejada para cada mercadoria;

 Frete pago para entrega da mercadoria a clientes;

 Descontos para facilitar a negociação;

 Outros percentuais sobre vendas.

Quanto ao cálculo do mark-up, este pode se dar de duas formas, pelo mark-up divisor e pelo mark-up multiplicador, os dois métodos chegam ao mesmo resultado, a única diferenciação é forma de cálculo. A seguir exemplifica-se um cálculo do mark-up multiplicador a seguir:

Referências

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