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O fluxo de caixa contribui para o gestor nas decisões financeiras da empresa, pois através dele o gestor pode planejar as necessidades de recursos financeiros a serem captados com terceiros, afinal a organização precisa de capital de giro para sua funcionalidade. Segundo o autor Zdanowicz, o fluxo de caixa é um instrumento como comenta a seguir:

O fluxo de caixa pode ser também conceituado como: o instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o objetivo de apurar o somatório de ingressos e de desembolsos financeiros da empresa, em determinado momento, prognosticando assim se haverá excedentes ou escassez de caixa, em função do nível desejado de caixa pela empresa,(ZDANOWICZ, 1995, p. 24).

O fluxo de caixa é também um controle gerencial para a empresa, pois através dessa ferramenta a empresa pode planejar e tomar ações com base nas informações contidas no fluxo de caixa. Dornelas (2008, p.155) comenta: “Assim, ao analisar o fluxo de caixa de sua empresa, o empresário poderá saber se é viável vender produtos a prazo, dar descontos ou eliminar estoques para fazer caixa, por exemplo.”, o que torna o fluxo de caixa também em uma ferramenta estratégica, onde o empreendedor pode tomar decisões no dia a dia como também planejar ações para o futuro da empresa.

Pela relevância que o fluxo de caixa tem como controle gerencial nas empresas é apresentado a seguir, sua estrutura e também os métodos de geração de fluxo de caixa.

2.9.1 Estrutura de Fluxo de Caixa

A estrutura apresentada pode ser utilizada por qualquer tipo de organização e ramo de atividade. Isso porque essa estrutura apresenta quatro grandes grupos que podem ser similares a demais entidades.

Disponibilidades: abrange o dinheiro em caixa, o saldo das contas correntes nos

bancos e as aplicações financeiras em CDBs, fundos de investimentos, cadernetas de poupança e outras aplicações financeiras assemelhadas, com prazo de vencimento em até três meses da data da aplicação.

Atividades Operacionais: geralmente, envolvem a produção e entrega dos bens e a

prestação de serviços. Corresponde às contas da demonstração de resultados.

Atividades de Investimentos: aplicações financeiras (com prazo de vencimento

maior que três meses), empréstimos concedidos, participações em controladas/coligadas ou em outras empresas, terrenos, obras civis, móveis – utensílios – instalações, máquinas – ferramentas – equipamentos, veículos de uso, equipamento de processamento de dados, software/aplicativos de informática.

Atividades de Financiamentos: empréstimos bancários, financiamentos/leasing,

recursos próprios, (-) dividendos pagos, inclui os recursos de terceiros e os recursos próprios recebidos, Campos Filho (1999, p.25, 26,27)

Segundo, Iudícibus e Marion (2010) os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais são originados das principais atividades geradoras de receita da empresa, apontando que os fluxos de caixa das operações da empresa são suficientes para cobrir amortizações de empréstimos, manter a capacidade operacional e fazer novos investimentos sem utilizar fontes externas de financiamento. Já os fluxos de caixa das atividades de investimento, representam desembolsos de recursos realizados pela entidade com a finalidade de gerar resultados e fluxos de caixa futuramente.

Dessa forma, percebe-se que a estrutura do fluxo de caixa, através da sua classificação por atividade, fornece informações importantes aos gestores, onde estes podem avaliar os impactos de cada atividade sobre a situação financeira da empresa.

2.9.2 Métodos de Geração de Fluxo de Caixa

Existem dois grupos que podem gerar a demonstração de fluxo de caixa, o método direto e o método indireto.

Para Campos Filhos, o método direto consiste em: “classificar os recebimentos e pagamentos de uma empresa utilizando as partidas dobradas. A vantagem desse método é que permite gerar as informações com base em critérios técnicos, eliminando, assim, qualquer interferência da legislação fiscal.” Campos Filho (1999, p.29).

Já para o outro método o mesmo autor diz que: “consiste em demonstrar os recebimentos e pagamentos operacionais indiretamente, ajustando o lucro líquido para reconciliá-lo ao fluxo de caixa líquido das atividades operacionais, ele toma por base o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados.” Campos Filho (1999, p.41).

Ainda Campos Filho, apresenta as vantagens e desvantagens desses dois métodos de geração de fluxo de caixa:

Método Indireto – Vantagens

 Apresenta baixo custo. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e do final do período), a demonstração de resultados e algumas informações adicionais obtidas na contabilidade;

 Concilia lucro contábil com o fluxo de caixa operacional líquido, mostrando como se compõe a diferença.

Método Indireto – Desvantagens

 O tempo necessário para gerar as informações pelo regime de competência e só depois convertê-las para regime de caixa. Se isso for feito uma vez por ano, por exemplo, podemos ter surpresas desagradáveis e tardiamente;

 Se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, e geralmente há, o método indireto irá eliminar somente parte dessas distorções.

Método Direto – Vantagens

 Cria condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos e pagamentos siga critérios técnicos e não fiscais.

 Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja introduzida mais rapidamente nas empresas;

 As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.

Método Direto – Desvantagens

 O custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos;

 A falta de experiência dos profissionais das áreas contábil e financeira em usar as partidas dobradas para classificar os recebimentos e pagamentos. Campos Filho (1999, p.48).

A utilização do método indireto é mais aconselhável para fins gerenciais, pois demonstra detalhadamente a geração do fluxo de caixa operacional pela entidade. Porém o método direto é o mais utilizado nas pequenas e médias empresas pela facilidade de sua elaboração. Cabe salientar que cada empresa deve analisar qual é o melhor modo de elaborar o seu fluxo de caixa e também a melhor forma gerenciar essas informações.

3 METODOLOGIA DO TRABALHO

Para a elaboração deste estudo utilizam-se uma metodologia de pesquisa, para tanto nos tópicos a seguir trata-se a forma em que esta metodologia foi aplicada ao estudo apresentado.

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