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Os indicadores gerenciais são importantes ferramentas utilizadas pela contabilidade gerencial, os mesmos visam auxiliar o processo decisório no gerenciamento da empresa, onde

FASES PARA DETERMINAÇÃO DO MARK-UP MULTIPLICADOR

a) Listar todos os percentuais incidentes sobre o preço de venda (%PV): Tributos incidentes sobre as vendas = 12%

Comissões sobre as vendas = 8% Lucro desejado = 5%

b) Somar todos os percentuais incidentes sobre o preço de venda (%PV): (12% + 8% + 5% = 25%)

c) Partindo de "100%", subtrair a soma dos percentuais incidentes sobre o preço de venda (PV%): (100% - 25% = 75%)

d) O Mark-up multiplicador é obtido dividindo "100" pelo resultado da fase anterior (c): (100/75 = 1,3333)

e) O preço de venda orientativo é calculado multiplicando o custo unitário de compra da mercadoria pelo Mark-

up multiplicador:

admitindo que o custo unitário é de $ 400, ao multiplicar esse valor por 1,3333 obtém-se o preço de venda de $ 533,33.

estes indicadores evidenciam análises relacionadas a custo, volume e resultado que ajudam na tomada de decisão dos gestores da organização.

2.7.1 Margem de Contribuição

A margem de contribuição tem por função mostrar a capacidade das empresas em cobrir seus custos, ela é calculada a partir das receitas, deduzidas de seus custos variáveis e então analisado o montante total, se o mesmo é possível cobrir os custos fixos da entidade. Segundo Wernke (2011, p.82) “A expressão “margem de contribuição” designa o valor resultante da venda de uma unidade após serem deduzidos, do preço de venda respectivo, o custo unitário de compra e as despesas variáveis (tributos incidentes sobre a venda, comissão dos vendedores etc.) associadas à mercadoria vendida.” O mesmo autor ainda esclarece que: “A margem de contribuição pode ser conceituada como o valor que cada unidade comercializada contribui para inicialmente, pagar os gastos fixos mensais da loja e, posteriormente gerar o resultado final do período.” Wernke (2011, p.82)

A margem de contribuição pode ser unitária ou total assim como descreve Vieira a seguir:

Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e o custo e despesas variáveis de cada produto ou serviço; é o valor com que cada unidade contribui para o pagamento dos custos e despesas fixas e para a formação do lucro. A margem de contribuição pode ser: unitária ou quando a contribuição é oriunda de uma só unidade de produto; ou total quando provém de diversas unidades de produto e indica quantitativamente a importância do produto no desempenho global da empresa. Vieira (2010, p.38)

Segundo Vieira (2010, p.39) o cálculo da margem de contribuição unitária é dado pela seguinte formula:

Mcu = Pvu – Cvu – Dvu

Onde:

Mcu = margem de contribuição unitária; Pvu = preço de venda unitário;

CVu = custos variáveis unitários; Dvu = despesas variáveis unitárias.

Já a margem de contribuição total é calculada pela formula:

Onde:

MC total = margem de contribuição total; Mcu = margem de contribuição unitária;

Tanto para a margem de contribuição total quanto unitária, é preciso analisar se a margem de contribuição é positiva, nula ou negativa. Nos casos em que a margem de contribuição apresentar-se positiva significa que o produto ou linha está cobrindo os custos variáveis e contribui para cobrir os custos fixos e gerar lucro, se caso a margem de contribuição for nula, o produto apenas está cobrindo os custos variáveis e não está contribuindo para a geração de lucros e também não está cobrindo os custos fixos, porém se a margem de contribuição for negativa é porque o produto não cobre nem mesmo os próprios custos variáveis, assim tão pouco cobrirá os custos fixos e tão pouco gerará lucros para a empresa.

2.7.2 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio conforme Wernke (2011) é o nível de vendas em unidades ou em valor para que a empresa opere sem prejuízo ou lucro, ou seja, são as unidades mínimas que a empresa tem que comercializar para não ficar com prejuízos, e a partir desse nível de vendas que ela começará a gerar lucros. Já para Vieira, o ponto de equilíbrio é:

O ponto de equilíbrio é o ponto de produção e vendas em que os custos se igualam às receitas. Refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízos, em que existe o equilíbrio entre as receitas totais e as despesas e custos totais. Através desta análise chega-se a quantidade de unidades que serão necessárias para suprir os gastos fixos. Se a empresa operar acima desse nível, passa a ter um resultado positivo (lucro), abaixo desse nível o resultado é negativo (prejuízo),Vieira (2010, p.40).

Há três tipos de ponto de equilíbrio, o ponto de equilíbrio contábil, o ponto de equilíbrio econômico e o ponto de equilíbrio financeiro. Segundo Wernke (2011), o ponto de equilíbrio contábil informa o número de quantidades de mercadorias necessárias para o resultado seja zero. Por meio da seguinte fórmula tem-se o ponto de equilíbrio contábil:

Já o ponto de equilíbrio financeiro para Wernke (2011, p.115), “A diferença básica em relação às formulas do ponto de equilíbrio já comentadas é que neste tipo se exclui do montante de despesas/custos fixos o valor relativo à depreciação, tendo em vista que esta não representa um pagamento.” A formula utilizada para este ponto de equilíbrio financeiro é a seguinte:

PEF = Despesas e Custos Fixos ($) – Depreciação ($) + Dívidas do período ($) / Margem de Contribuição Unitária ($).

Para o ponto de equilíbrio econômico, Wernke (2011, p.116) diz que: “Para calcular o ponto de equilíbrio econômico basta incluir a variável “lucro desejado” na formula.” Observa- se a seguir a formula do ponto de equilíbrio econômico:

PEE = Despesas e Custos Fixos ($) + Lucro Desejado ($) / Margem de Contribuição Unitária ($).

O mesmo autor também fala que: “Se sua empresa quer fixar metas de vendas que proporcionem um determinado valor de lucro, o gestor lojista pode utilizar o ponto de equilíbrio econômico para calcular o volume de vendas a ser conseguido,” Wernke (2011, p.116).

De um modo geral, pode-se entender que o ponto de equilíbrio é um bom indicador de volume de vendas, através do ponto de equilíbrio a empresa pode estabelecer metas de vendas, e também pode efetuar indicadores dessas metas e ir acompanhando o desempenho por linhas de produtos, além desse indicador suprir as necessidade de informações para a tomada de decisão.

2.7.3 Margem de Segurança

A margem de segurança é o terceiro indicador gerencial, este indicador compõe assim como os demais apresentados as informações mínimas que os gestores devem ter para a tomada de decisão referente a custo, volume e lucro. Segundo Wernke (2011, p.137) “A

margem de segurança representa o volume de faturamento que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa o nível de redução no faturamento que a loja suportaria sem que passasse a operar com prejuízo.”

A fórmula para o cálculo da margem de segurança é dada por Vieira (2010, p.46):

MSO = Quantidade vendida – Quantidade no ponto de equilíbrio

Para Bruni e Famá (2004, p.262) “ a margem de segurança consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa, representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízos, podendo ser expressa em quantidade, valor ou percentual”.

Por essas razões entende-se que a margem de segurança é relevante para a tomada de decisão dos gestores referente ao volume de vendas, podendo este indicador estar sendo monitorado, desempenhando assim um controle mensal para o desempenho das vendas da entidade.

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