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AUDITORIA INTERNA E CONTROLE INTERNO NO SETOR PÚBLICO COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE DE GESTÃO: ESTUDO DE CASO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

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AUDITORIA INTERNA E CONTROLE INTERNO NO SETOR PÚBLICO COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE DE GESTÃO: ESTUDO DE CASO NA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

Marcos Norelle Ferreira Victor

Universidade Federal do Ceará – UFC manofevic@gmail.com

Ruy Ferreira Lima

Universidade Federal do Ceará – UFC ruyflima@gmail.com

RESUMO

A auditoria interna é uma ferramenta de controle para asseverar e conservar o patrimônio, evitando futuros prejuízos, elevando a confiança das instituições contábeis. O controle interno é constituído por processos que mostram como cada atividade deve ser realizada, para que o ciclo da organização seja eficaz, se resguardando de erros e procedimentos irregulares. Visando analisar os procedimentos de auditoria interna e do controle interno na gestão administrativa da Universidade Federal do Ceará conforme as regras apresentadas na NBC T 16.8, este estudo é uma pesquisa descritiva por meio de um estudo de caso e com abordagem qualitativa. O trabalho de campo visou um conhecimento na área da Auditoria Interna quanto ao mérito dessa como ferramenta de gestão. Aplicou-se um questionário para demonstrar se a UFC possui algum tipo de controle interno, suas finalidades e se estes contribuem na tomada de decisão. Com o propósito de analisar os procedimentos de auditoria interna e do controle interno na gestão administrativa da UFC constatou-se que a auditoria realiza um relevante trabalho na busca do bem-comum. Assim, a auditoria é essencial na gestão pública, ao dar aos gestores condições de gestão, e a segurança à população de que os serviços são utilizados com retidão quanto aos recursos públicos.

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1. INTRODUÇÃO

Com o progresso e o rápido avanço nas organizações, crescem igualmente as exigências no controle interno, tornando-se imprescindível a criação e divisões dos departamentos e a transparência desses, tendo em vista à importância contábil e financeira das instituições, com a finalidade de apresentar àqueles que precisam de informações confiáveis, precisas e de grande legitimidade. Com esse fim, surgiu a Auditoria que legitima a realidade financeira e patrimonial das organizações.

A auditoria interna é uma notável ferramenta de controle para asseverar e conservar o patrimônio da instituição, evitando futuros prejuízos, aumentando a confiabilidade das instituições contábeis. A auditoria define as regras que devem ser seguidas a fim de que os sistemas de informação tenham a capacidade concreta e independente de registrar em trilhas de auditoria as ações executadas, com êxito ou erro, ao longo do processamento, armazenamento ou transmissão da informação, da mesma forma que os respectivos responsáveis por tais eventos. Assim, a auditoria objetiva ampliar a confiabilidade e a credibilidade das instituições e, portanto, melhora a relação de confiança com as partes interessadas por meio de suas práticas de responsabilidade social.

Pereira (2009), informa que a auditoria se preocupa igualmente com a conservação desses sistemas financeiros para se ajustar satisfatoriamente às normas da lei em vigor, reduzindo sugestões para possíveis desvios de incompatibilidade com a legislação. De acordo com Attie (2011, p. 25) “A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.

Controlar vem a ser fiscalizar, monitorar, algo ou alguma atividade. Controle interno é contrapor os resultados alcançados com os almejados.

O controle interno de uma organização é constituído por processos que mostram como cada atividade deve ser realizada, para que todo o ciclo da organização seja eficaz, se resguardando de erros e procedimentos irregulares. Quando estes controles são fiscalizados regularmente, a maior parte desses processos com erros são identificados pelos próprios servidor no momento da realização de suas atividades diárias, quando não são identificados, é necessária uma auditoria interna.

Isso mostra que sistema de controle interno possibilita a manutenção de um procedimento rápido e atualizado de informações gerenciais, tornando eficiente e segura à tomada de decisões e garantindo maior segurança ao gestor em relação aos atos praticados em sua gestão, com o importante propósito não de “punir, mas antes de tudo, prevenir, proteger e acautelar” (PACINI, 1995, p.128) sua atuação e de seus subordinados; além de se constituir num excelente mecanismo gerencial, de transparência e de efetivação da cidadania, uma vez que dificulta a adoção de práticas clientelistas e vincula o gestor à prestação de contas constante ao cidadão.

Há vários tipos de controle interno, cada organização com sua particularidade deve buscar o que melhor se adequa para seu ramo de atividade, tamanho, custo/benefício. Dentre os vários, os mais frequentes são: os controles contábeis e os administrativos.

Um sistema de controle interno empregado corretamente auxiliará a análise minuciosa no exame de anormalidades. Podemos citar como modelos de controles contábeis e administrativos: “sistema de conferência, aprovação e autorização; segregação de funções;

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3 controles físicos sobre ativos; auditoria interna; análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos e controle de qualidade”. (ALMEIDA, 2009, p. 42).

Silva (2004, p. 208) apresenta que desde 1922 havia no Brasil uma atenção com o controle no setor público. Naquele momento, o controle interno agia no exame e na validação das informações no que concerne aos aspectos da legalidade e da formalidade. Essa atenção tinha o intuito de atender aos órgãos de fiscalização externa, não à avaliação do modo como os administradores agiam na execução dos serviços públicos.

Nesse sentido, reforça Castro (2010, p. 291) no momento em que diz que o controle interno administrativo procura assegurar que as ações alcancem seus objetivos no menor custo e na melhor forma, apoiando os atos praticados pelos administradores ou se relacionando com as metas da organização, ao mesmo tempo que os contábeis pretendem comprovar os números registrados e divulgados nas demonstrações contábeis.

Em se tratando de Administração Pública, o mesmo autor afirma que os conceitos geralmente difundidos sobre controle interno são insuficientes para esclarecer o assunto, pois o controle interno compreende o conjunto de métodos e procedimentos adotados pela entidade, para salvaguardar os atos praticados pelo gestor e o patrimônio sob a sua responsabilidade, conferindo fidedignidade aos dados contábeis e segurança das informações deles decorrentes.

A consequência disso é uma efetiva proteção dos recursos públicos contra o desperdício, o abuso, os erros, as fraudes e as irregularidades o que, segundo Attie (2011, p. 117-118) demanda que tenha na organização a segregação de funções, o funcionamento de um sistema de autorização e aprovação, a determinação de funções e responsabilidades, a rotação de funcionários, cartas de fiança, a manutenção de contas de controle, seguros, observação da legislação, contagens físicas e independentes e alçadas progressivas.

Visando atingir o propósito estabelecido de analisar os procedimentos de auditoria interna e do controle interno na gestão administrativa da Universidade Federal do Ceará, doravante UFC, conforme as regras apresentadas na NBC T 16.8, este estudo se caracteriza como uma pesquisa descritiva por meio de um estudo de caso e com abordagem de cunho qualitativa.

Observa-se que são múltiplos os papéis representados pelo controle interno que vão rumo a uma função macro, na qual ele possa servir de base informativa segura e oportuna para o processo decisório no que concerne a gestão dos negócios.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. ASPECTOS E CONCEITOS DO CONTROLE INTERNO

Conforme as informações dadas por Calixto e Velázques (2015), o controle interno foi outorgado ao Poder Executivo, ao mesmo tempo que o controle externo foi outorgado ao Poder Legislativo.

Segundo Rocha (2001), estudos feitos a respeito do controle interno na gestão pública constituem um dos instrumentos mais relevante por ser uma atividade fundamental a todo interesse em busca dos objetivos pretendidos e determinados, uma vez que, se esse não existisse, com certeza a gestão pública não teria como aferir o cumprimento de metas nem a

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4 execução de orçamentos, pelo descumprimento de um dos elementos característicos da gestão e/ou administração. Assim, o controle interno em uma organização tem papel importante e apresenta como objetivo capital, a proteção de todo o patrimônio, se manifestando deste modo, como resultado, e assim, sendo uma ferramenta de apoio a contabilidade, por isso a importância de estudos nesta área, considerando a importância de um sistema de controle interno que destaque indicadores de excelência na realização das políticas públicas estabelecidas (ROCHA, 2001).

Para Almeida (2009, p. 42), “controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa”.

Logo se verifica que o controle interno acontece em função dos aspectos administrativos e contábeis no contexto das organizações. No mesmo sentido, as ideias de Almeida (2011, p. 50) mostram que é o conjunto de procedimentos, métodos e rotinas com objetivos de proteger os ativos e produzir dados confiáveis é o objetivo dos controles contábeis. Dessa forma, contribuir com a administração na condução ordenada dos negócios se torna o propósito maior dos controles administrativos.

De acordo Castro (2010), com o tempo os controles se segmentaram em controle prévio que precede a operacionalidade do ato. Sua técnica empregada é a contabilidade. Controle concomitante que verifica a realização do ato para aferir a regularidade de sua formação. Nele a fiscalização é empregada sendo técnica de trabalho. Finalizando, há o controle subsequente que acontece depois conclusão do ato, com o objetivo de corrigir possíveis defeitos ou declarar sua nulidade ou dar-lhe eficácia e, nesse cenário, é utilizado a auditoria.

No centro dos controles na administração pública está o gestor público, elemento central responsabilizado formalmente pelas imprecisões e erros cometidos na realização das atividades cujas instituições públicas são incumbidas. Embora, a organização à qual o gestor está vinculado sofrerá igualmente as consequências das imprecisões e erros exercidos, tais como: a desconfiança da sociedade e a impossibilidade de parcerias público-privadas. Logo, o aperfeiçoamento da gestão pública e o êxito na melhoria da qualidade na administração pública estão relacionados com os conhecimentos daquela figura (BRESSER-PEREIRA, 2012).

A palavra auditoria, que é de origem latina (origina-se de audire), foi empregada pelos ingleses para classificar a tecnologia contábil da revisão (auditing), que neste momento apresenta um sentido mais amplo.

Observemos a definição de Auditoria, segundo Crepaldi:

De forma bastante simples, pode-se definir auditoria como o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade. (CREPALDI, 2002, p. 23).

A auditoria é classificada de duas formas, segundo os serviços e a forma de intervenção. Ela se divide em interna e externa. Uma e outra tratam de assuntos concernente a área da contabilidade. É importante destacar que o auditor interno e o auditor externo trabalham regularmente no mesmo área.

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Um sistema efetivo de controle interno para salvaguardar o patrimônio da empresa e que este sistema esteja funcionando satisfatoriamente e dentro das normas legais e internas da empresa;

Um sistema contábil capaz de fornecer os dados necessários para permitir a preparação de demonstrações contábeis que reflitam com propriedade a posição contábil e o resultado das operações da empresa.

Nas seções que se seguem, apresentamos uma visão geral breve dos conceitos teóricos sobre os procedimentos de Auditoria Interna e Externa.

2.1.1. Auditoria Interna

Consiste no conjunto de procedimentos que visa examinar a integridade, adequação e a eficácia dos controles internos, e de todas as informações contábeis, das operações financeiras e das atividades operacionais.

Segundo Crepaldi (2013, pág. 65):

A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que se destina a revisar operações, como um serviço prestado à administração. Constitui um controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação da eficiência de outros controles. É executada por um profissional ligado à empresa, ou por uma seção própria para tal fim, sempre em linha de dependência da direção empresarial.

Segundo Padoveze (2010), como noção básica, a auditoria interna deve ter a menor estrutura possível, visto que em essência, é uma atividade que refaz tarefas e procedimentos dentro da empresa, almejando a máxima eficiência e eficácia, logo, a auditoria deve ser minimizada ao máximo, sob pena de serviços e tarefas sendo realizada repetidamente.

A auditoria interna é uma ação que deve se associar diretamente com a administração, dando-lhes recomendações, análises e comentários relacionados às atividades examinadas, visando assistir os membros do setor administrativo. O auditor interno é aquele que acompanha os negócios da empresa continuamente, portanto é alguém de alta confiança dos dirigentes e deve estar vinculado à organização por contrato trabalhista. Ele age em todas as atividades da organização, principalmente na verificação permanente dos controles internos, como funcionam e são executadas as rotinas administrativas, assim como são manipulados os recursos financeiros.

2.1.2. Auditoria Externa

Consiste no conjunto de procedimentos técnicos visando emitir um parecer no que concerne as demonstrações contábeis da organização. Pretende saber a real situação e a posição patrimonial e financeira da entidade, o resultado das operações e as mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado. O auditor externo certifica as demonstrações e emite parecer se a organização auditada está de acordo com as normas brasileiras de contabilidade.

Segundo Crepaldi (2013, pág. 74):

Auditoria externa é o processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstrações financeiras representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da empresa. Assim, o principal objetivo é emitir um parecer sobre as demonstrações contábeis de uma entidade,

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quanto à sua adequação consoante os princípios de contabilidade e as normas brasileiras de contabilidade.

A auditoria externa, conhecida igualmente como auditoria independente, é aquela realizada por profissionais ou empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação com a empresa auditada, dando deste modo uma opinião independente sobre o que foi analisado.

Ribeiro e Ribeiro (2011, p. 97) anunciam que:

A auditoria externa é realizada por auditores independentes contratados pela organização para examinar as suas demonstrações contábeis e expressar opinião por intermédio do relatório de auditoria, com o propósito de aumentar o grau de confiança dos usuários das respectivas demonstrações.

A auditoria externa sempre é feita por um profissional independente, quer dizer, não tem vínculo empregatício com a organização auditada. Ele deve ser registrado no IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil). Ele deve realizar sua função com competência profissional, preservando seu grau de independência perante a organização, não podendo ter nenhum interesse ou vantagem sobre o trabalho exercido. Da mesma forma não pode ser conivente em atender às pretensões da organização.

3. METODOLOGIA

Visando atingir o propósito estabelecido de analisar os procedimentos de auditoria interna e do controle interno na gestão administrativa da Universidade Federal do Ceará, doravante UFC, conforme as regras apresentadas na NBC T 16.8, este estudo se caracteriza como uma pesquisa descritiva por meio de um estudo de caso e com abordagem de cunho qualitativa.

Descritiva, pois seu processo visa à identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo. Esse tipo de pesquisa pode ser compreendido como um estudo no qual se realiza a análise das relações entre as variáveis para, posteriormente, determinar os efeitos resultantes (PEROVANO, 2014).

Qualitativa, visto que a pesquisa pode ser definida como a que se fundamenta principalmente em análises qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela não utilização de instrumental estatístico na análise dos dados (VIERA; ZOUAIN, 2006; BARDIN, 2011).

Quanto aos procedimentos técnicos trata-se de um estudo de caso uma vez que foram coletadas informações junto à UFC, e analisá-las à sob teoria para satisfazer as normas vigentes através da atividade de controle. A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, descritiva e qualitativa. De acordo com Yin (2005, p. 32), “o estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto da vida real [...]”. Cervo et al. (2007, p. 62) acrescenta dizendo que o estudo de caso “é a pesquisa sobre determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja representativo de seu universo, para examinar aspectos variados de sua vida”.

A amostra da pesquisa foi constituída de servidores auditores lotados na Divisão de Controle Interno e na Coordenadoria Geral de Auditoria, escolhida de forma intencional e por acessibilidade as informações, que possibilitassem a realização deste estudo.

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7 A coleta das informações aconteceu por meio da aplicação de questionário semiestruturado, elaborado com base na obra de Attie (2011), sendo composto por 23 (vinte e três) questões das quais 14 (quatorze) objetivas e 9 (nove) discursivas, enviadas aos servidores das Divisão de Controle Interno e Coordenadoria Geral de Auditoria, conforme disposto no Quadro 1. Destaca-se que este instrumento de pesquisa foi encaminhado aos servidores para análise de suas respostas aos questionamentos elaborados.

Quadro 1 – Instrumento de pesquisa

Fonte: dados da pesquisa

Na seção seguinte apresenta-se, portanto, os resultados obtidos na pesquisa e logo após uma análise dessas informações, bem como suas conclusões decorrentes.

4. RESULTADOS

A estrutura organizacional resulta da estratégia, não existindo, por conseguinte, um arquétipo que responda todas as instituições do mesmo modo. Sabe-se que para a estrutura da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração da Universidade Federal do Ceará, pretende-se um modelo ajustável, que retrate o funcionamento dos seus órgãos e o relacionamento

Item Questionamento

1. A UFC possui órgão de controle interno? Sim/não 2. Quando foi criado o órgão de controle interno?

3. Qual o instrumento legal que cria e estabelece as atribuições do controle interno? 4. Está vinculado diretamente à reitoria? Sim/ não

5. Quantas pessoas trabalham exclusivamente com o controle interno? 6. Há dedicação total ao controle interno? Sim/não

7. O chefe do órgão de controle interno é investido de mandato? Sim/não

8. O período do mandato do chefe de controle interno é coincidente com o do reitor? Sim/não 9. Os servidores do controle interno são servidores efetivos da universidade? Sim /não 10. Os integrantes do controle interno têm outras atribuições na universidade? Sim/não 11. Pelo menos um dos integrantes do controle interno possui formação superior? Sim/não

12. Os servidores do controle interno receberam capacitação e treinamento específico para atuar na área? Sim/não

13. Existe um planejamento de atividades a serem desempenhadas pela unidade de controle interno? Sim/ não

14. A universidade da publicidade na internet? Sim/não

15. A Auditoria Geral da UFC (AUGER) recebe as informações dos outros setores da UFC para produzir o Relatório de Auditoria Anual de Contas da Universidade Federal do Ceará – UFC? Sim/ não

16. O controle interno acompanha as atividades dos diversos setores da UFC e a respectiva execução orçamentária? Sim/ não

17. O controle interno está atuando como ferramenta de auxílio à gestão universitária? Sim/ não 18. Quais as principais limitações para o efetivo exercício do controle interno?

19. Quais as principais atividades realizadas pelo controle interno?

20. Como encontra-se estruturada o controle interno da UFC e quais as principais atividades desenvolvidas?

21. Como a auditoria interna serve de instrumento de controle de gestão da universidade?

22. Existe a designação de comissão, composta de membros estranhos a atividade dos setores fiscalizados, para inventariar, ao final de cada exercício financeiro, os bens patrimoniais, incluindo bens moveis e imóveis?

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8 hierárquico e funcional entre esses, auxiliando o alcance dos objetivos institucionais e o cumprimento da missão da instituição.

A Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD) consiste numa unidade da Administração Superior da instituição responsável pela elaboração, gestão e avaliação do planejamento, orçamento, modernização administrativa e estatística. Notadamente, a gestão do orçamento decorre da execução orçamentária dirigida à realização das demandas das unidades acadêmicas e demais unidades administrativas, compreendendo, também, gestão de contratos firmados com terceiros e a Imprensa Universitária (IU).

Integra-se a PROPLAD a Assessoria Geral a qual se incumbe a realização de atividades de assessoramento nas áreas de desenvolvimento, controle interno, criação e atualização de manuais, fluxos, rotinas e procedimentos, assim como na execução de atividades tais que: análise da conformidade da instrução de processos licitatórios e de contratação direta e realização de procedimentos inerentes ao Programa Institucional de Bolsas de Inovação (PIBI).

Encontra-se na Assessoria Geral a Divisão de Controle Interno cujas atribuições são: i) Acompanhar as demandas da Auditoria Geral e dos órgãos externos, promovendo o controle qualitativo e o gerenciamento dos prazos das respostas encaminhadas pelos setores da PROPLAD; ii) Analisar a viabilidade de implantação de controles internos, junto à Divisão de Manuais e Normas, em atendimento às demandas de auditoria ou de outros setores da PROPLAD; iii) Prestar assessoramento direto e imediato nos assuntos relativos a controle interno; iv) Dar suporte às atualizações dos Manuais de Gestão de Riscos e de Acompanhamento de Controles Internos; v) Analisar o preenchimento de documentos e processos de licitação, dispensa e inexigibilidade de licitação, promovendo os encaminhamentos para solucionar eventuais irregularidades quanto à instrução processual; vi) Administrar o conteúdo do sítio eletrônico da PROPLAD, dando publicidade aos documentos oficiais emitidos; vii) Efetuar o cadastramento e controle de senhas das impressoras; viii) Realizar o cadastramento de usuários nos Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) e no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI); ix) Realizar levantamento diário de normas aplicáveis aos processos da Pró-Reitoria; e x) Executar outras atividades afins ou correlatas no âmbito de sua competência.

Segundo o resultado da aplicação do instrumento de pesquisa, constatou-se que a UFC possui órgão de controle interno apesar de os servidores não saberem quando esse foi criado. No que concerne ao instrumento legal de criação do órgão, percebe-se que os respondentes remetem à informações apresentadas na estrutura organizacional da PROPLAD sem indicar onde essa se localiza. Sabe-se que a PROPLAD está diretamente vinculada à reitoria e que o número preciso de pessoas que trabalham exclusivamente com o controle interno é igual a cinco. O chefe do órgão não é investido de mandato e, por conseguinte, não há relação com o mandato do reitor. Todos os servidores do órgão de controle interno são servidores efetivos da Universidade e não são responsáveis por nenhuma outra atribuição na Instituição.

A respeito da formação dos servidores do controle interno, dados revelaram que pelo menos um deles possui nível superior e que todos receberam preparação para o exercício de suas atividades. Tais atividades obedecem a um planejamento e o resultados do trabalho do órgão torna-se público pela Internet, contribuindo assim, para a transparência do orgão. A AUGER (Auditoria Geral) recebe informações de outros setores da UFC para produzir seu relatório anual. É de real responsabilidade do controle interno o acompanhamento das atividades e a devida execução orçamentária dos diversos setores da instituição.

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9 Entende-se que o controle interno é uma ferramenta de gestão universitária imprescindível e que a falta de servidores para o funcionamento do setor é apontada como um grande entrave, conforme relato abaixo:

Uma das principais limitações para o exercício efetivo do controle interno é a falta de servidores pois atualmente trabalham exclusivamente com o controle interno apenas cinco pessoas. (Respondente DCI)

Destaca-se como principais atividades desenvolvidas pelo setor o acompanhamento de demandas dos relatórios de auditoria, bem como dos órgãos reguladores (TCU e CGU), a análise da documentação dos processos licitatórios da UFC, a atualização do sítio da PROPLAD e o suporte a divisão de manuais e normas.

Foi identificado que o controle interno está vinculado à Assessoria Geral e que além das principais atividades mencionadas anteriormente analisa a documentação relativa aos processos de compra dando encaminhamento a alguma irregularidade no sentido de saná-la. Observou-se que a auditoria interna serve de instrumento de controle de gestão da universidade mediante observação de alguma falha sinalizando o erro de modo que a gestão possa não cometa novamente o mesmo equívoco, conforme mostra o relato abaixo.

Por meio da verificação de qualquer falha, a auditoria interna aponta o erro de forma que a gestão possa não mais incorrer na mesma falha. (Respondente DCI)

Buscou-se averiguar a existência da designação de comissão, composta de membros estranhos a atividade dos setores fiscalizados, para investigar, ao final de cada exercício financeiro, os bens patrimoniais, incluindo móveis e imóveis, porém não foi possível uma conclusão a este respeito visto que não se obteve resposta ao item. Constata-se agora que as principais atribuições da auditoria interna para a melhoria da gestão da universidade é apontar as falhas para a Instituição não mais cometê-las.

5. CONCLUSÃO

A intenção do trabalho de campo foi permitir um maior conhecimento na área da Auditoria Interna no que concerne à relevância dessa como ferramenta de gestão dentro da Universidade Federal do Ceará. Aplicou-se um questionário para demonstrar se a UFC possui algum tipo de controle interno, suas finalidades e se estes contribuem na tomada de decisão.

O questionário foi composto por 23 (vinte e três) questões das quais 14 (quatorze) objetivas e 9 (nove) discursivas, enviadas aos servidores das Divisão de Controle Interno e Coordenadoria Geral de Auditoria. Servidores de ambos setores responderam ao questionário e os devolveram de forma rápida e com prontidão.

O controle interno apresenta-se como uma ferramenta gerencial a serviço do gestor público e, dessa forma, deve ser entendida e utilizada para o alcance do seu objetivo maior de prover o correto uso dos recursos públicos.

Intentando atingir o propósito estabelecido de analisar os procedimentos de auditoria interna e do controle interno na gestão administrativa da UFC conforme as regras apresentadas na NBC T 16.8 constatou-se que a auditoria realiza um relevante trabalho na busca do bem-comum. O auditor afere os resultados das políticas públicas evitando que aconteçam situações, assegurando resultados sociais das ações do governo, e programando

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10 situações sociais. O trabalho do auditor garante ao cidadão o direito de uma gestão eficiente dos recursos públicos.

Os administradores públicos probos e honestos, que buscam viabilizar o melhor gerenciamento estão sempre preocupados na adequada utilização dos recursos, e esta preocupação é oportuna ao passo que regularmente a mídia divulga casos nos quais o poder público se serve inadequadamente dos recursos retirados da população e que deveriam ser empregados em benefício da mesma. Viabilizar que as relações financeiras, contábeis e econômicas sejam transparentes é outra missão da auditoria, e mais um aspecto no qual a auditoria é uma ferramenta da gestão pública.

Assim, a auditoria é essencial na gestão pública, ao tornar possível aos gestores melhores condições de gestão, e a segurança a população de que os serviços estão sendo utilizados com responsabilidade em relação aos recursos públicos, que proporciona também bem-estar ao gestor que trabalha dispondo da auditoria para assegurar o melhor gerenciamento e o que propiciará a adequada aplicação da verba pública.

Como proposta para uma próxima pesquisa, pode-se fazer uma pesquisa quantitativa, apresentando o resultado da auditoria no funcionamento da gestão pública e sua aplicabilidade. Ou ainda pesquisando em fontes secundárias investigar mais detalhadamente o trabalho segundo os métodos empregados para a execução de auditorias governamentais.

REFERÊNCIAS

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BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Reforma Gerencial do Estado, Teoria Política e Ensino da Administração Pública. Revista Científica do Curso de Direito da Faculdade Estácio de

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PACINI, Mário. O sistema de controle. Revista do Tribunal de Contas da União, Brasília, Edição Comemorativa 25 anos, 1995.

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Referências

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