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CRÉDITO PARA NOVO BEM DEVE SER DE ATÉ R$ 9 BI

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CRÉDITO PARA NOVO BEM DEVE SER DE ATÉ R$ 9 BI - O Ministério da Economia quer limitar em até R$ 9 bilhões o valor do crédito extraordinário para a abertura de uma nova rodada do benefício emergencial (BEm), pago a trabalhadores que fizeram novos acordos para redução de jornada e salário ou suspensão de contratos. Entre editar uma Medida Provisória (MP) com crédito extraordinário para o pagamento do benefício e acionar o “botão” do estado de calamidade, a equipe econômica prefere a primeira opção para não dar um “cheque em branco” de aumento do endividamento público nessa nova fase da pandemia. O Estadão/Broadcast apurou que a estratégia é cancelar os restos a pagar (RAPs), despesas transferidas de 2020 para 2021, referentes a esse benefício, uma espécie de complemento de renda. O volume desses restos a pagar está em torno de R$ 7 bilhões, mas nem todo esse valor poderá ser cancelado porque há, inclusive, demandas judiciais referentes ao auxílio pago no ano passado. Esses RAPs são também de créditos extraordinários, que ficam fora do teto de gasto, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. O governo ainda não bateu o martelo do valor do crédito extraordinário para o pagamento do benefício para o trabalhador que tiver o salário reduzido ou o contrato suspenso pois ainda faz avaliação de quanto precisará reservar para o programa num cenário de incerteza. O governo estima que a nova rodada de reduções de jornada e salário ou suspensões de contrato deva alcançar entre 2,7 milhões e 3 milhões de trabalhadores com custo entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões. (OESP/AE)

COM VENDA REDUZIDA, VAREJO ADIA PEDIDOS - As medidas de lockdown decretadas nas principais cidades do País para conter o avanço da pandemia, com o fechamento de comércios não essenciais, já começa a ter impacto na indústria. Com as lojas físicas sem poder funcionar nos grandes mercados consumidores, os varejistas seguram novas encomendas e pedem para adiar as entregas e os pagamentos de pedidos já feitos. O temor do comércio é acumular estoques indesejados por falta de demanda. Diante dessa freada brusca no consumo que vinha se recuperando, indústrias correm o risco de reeditar o cenário que houve em abril do ano passado, quando a produção parou por causa da primeira onda de covid-19. “Desde a semana passada, o varejo já começou a segurar pedido para não acumular estoques”, afirma Marcelo Silva, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). A entidade reúne 73 varejistas, boa parte dos peso pesados do comércio. Juntas essas companhias faturam R$ 411 bilhões anualmente e têm cerca 34 mil lojas no País. Silva explica que as varejistas estão segurando os pedidos diante da falta de horizonte de quando a vacinação em massa vai ocorrer e a vida voltar ao normal. O comércio eletrônico, cuja participação no volume de vendas dobrou no último ano, é uma alternativa para o varejo continuar faturando, mesmo com a proibição de abertura das lojas físicas. No entanto, o executivo lembra que as vendas online ainda representam muito pouco do total do comércio. Antes da pandemia, o e-commerce respondia por cerca de 5% da receita de vendas do varejo e, no ano passado, atingiu 10%.(OESP/AE)

INDICADORES DE CONFIANÇA SÃO OS PIORES DESDE MAIO - O estrago da piora da pandemia sobre a atividade econômica começou a aparecer de forma mais clara nos indicadores de confiança do consumidor e de empresários, divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nos últimos dias. Os índices de confiança dos comerciantes e dos consumidores atingiram em

País Hora Indicador

Tendências Mercado

BR 05:00 Fipe: IPC (Q3 mar)

BR 08:00 FGV: sondagem da construção (mar)

BR 08:00 Banco Central: Relatório Trimestral de Inflação

BR 09:00 IBGE: IPCA-15 (mar) 0.94%

EUA 09:30 PIB (4º tri) 4.10%

EUA 09:30 Pedidos de auxílio-desemprego

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março o menor nível desde maio do ano passado. Com um tombo de 18,5 pontos ante fevereiro, o Índice de Confiança do Comércio (Icom) foi a 72,5 pontos, informou ontem a FGV. Um dia antes, na terça-feira, a entidade informou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 9,8 pontos em março, a 68,2 pontos. Menos afetada pelas restrições, a confiança da indústria poderá cair menos: a prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI) de março teve um recuo de 4,0 pontos em relação ao resultado fechado de fevereiro, para 103,9 pontos. Se confirmado, será o menor nível desde agosto de 2020. Recuar a níveis quase tão baixos quanto o de maio de 2020 significa se aproximar do fundo do poço da crise causada pela pandemia. Naquele mês, a crise estava no auge, com empresas e trabalhadores ainda lidando com o fechamento repentino das atividades econômicas, menos de dois meses após a chegada da covid-19 ao País. (OESP/AE)

Finanças públicas

GOVERNO ADIA IMPOSTOS NO SIMPLES E ACENA COM NOVAS MEDIDAS DE SOCORRO - O agravamento da pandemia de covid-19 e a adoção de medidas de isolamento social em Estados e municípios levaram o governo federal a acionar mais uma vez o botão das medidas de ajuda, seguindo um protocolo semelhante a março de 2020. Após a recriação do auxílio emergencial a vulneráveis, o Ministério da Economia anunciou ontem o adiamento do recolhimento de tributos para empresas do Simples Nacional. O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, que desde o ano passado tem a função de coordenar o grupo de monitoramento dos impactos econômicos da covid-19, disse que o cenário econômico está sendo constantemente avaliado. Ele deixou o caminho aberto para novas ações para evitar demissões de trabalhadores e garantir acesso das empresas a crédito. O anúncio foi feito no mesmo dia em que o País chegou à marca de 300 mil mortos pelo novo coronavírus. Até o momento, o governo não pediu ao Congresso Nacional nova decretação de calamidade. A recém-promulgada PEC emergencial prevê um relaxamento de regras fiscais quando é decretada calamidade nacional, justamente para o governo poder gastar e combater a tragédia. A equipe econômica, porém, tem manifestado preocupação com o quadro fiscal do País - com a dívida pública na casa dos 90% do PIB após gastos contra a covid-19 em 2020. (OESP/AE)

ABONO MUDA DATAS E LIBERA R$ 7,5 BI NO ORÇAMENTO DE 2021 - Uma mudança no calendário de pagamento do abono salarial deve liberar R$ 7,456 bilhões no Orçamento de 2021 e no teto de gastos. Governo e representantes de trabalhadores e empregadores decidiram, na terça-feira adiar o cronograma para que o pagamento do benefício, devido a trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos, seja feito dentro de um mesmo ano. Com isso, 23 milhões de trabalhadores com carteira assinada que preencheram os critérios do abono em 2020 vão receber o benefício a partir do fim de janeiro de 2022 e não mais a partir de julho deste ano. O abono é pago no valor de um salário mínimo (hoje em R$ 1.100 e previsto em R$ 1.147 para o ano que vem). Hoje, os repasses do abono salarial começam em julho de um ano e se estendem até junho do período seguinte. Mas um relatório preliminar da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou uma “inconformidade” nesse formato, uma vez que o governo divide o empenho dos recursos (a primeira fase do gasto, quando há o reconhecimento do compromisso de despesa) em dois anos. (OESP/AE)

DEZESSEIS GOVERNADORES PEDEM AUXÍLIO EMERGENCIAL DE R$ 600 - Em carta aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), governadores de 16 Estados pedem que o Congresso disponibilize recursos necessários para que os valores da nova rodada do auxílio emergencial sejam superiores aos estabelecidos pelo governo federal em medida provisória, de R$ 175, R$ 250 e R$ 375. Eles defendem que a reedição do socorro a vulneráveis na pandemia repita a quantia mensal de R$ 600 e os critérios de acesso adotados nos oito desembolsos feitos em 2020. Os governadores que assinaram a carta reforçam a dramaticidade do cenário no País com novos recordes de mortes diárias pela covid-19, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos para intubações de pacientes graves e esgotamento dos profissionais da saúde. Lembram, também, que o calendário de vacinação e a obtenção de novas doses dos imunizantes contra o coronavírus estão mais lentos do que as respostas necessárias para reverter o quadro atual. Os signatários apontam ainda que, não obstante sua reivindicação, entendem a importância de o País manter o compromisso com a responsabilidade fiscal para, “logo à frente”, voltar a uma trajetória de ajuste das contas públicas que compatibilize programas sociais com formas responsáveis de financiá-los. “É importante entender o esforço de mitigação da crise atual para os mais vulneráveis como extraordinário e

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temporário”, dizem. Dólar. O mercado, porém, não considerou essa última parte e logo após a divulgação da carta dos governadores o dólar, que já vinha em alta, ampliou esse movimento fechando o dia em alta de 2,25% valendo R$ 5,63. (OESP/AE)

NOVE ESTADOS E OITO CAPITAIS CRIAM AUXÍLIOS - Enquanto aguardam pelo início dos pagamentos da nova rodada do auxílio emergencial pelo governo federal, ao menos nove Estados e oito das 26 capitais do País anunciaram ou já estão administrando programas de transferência de renda próprios para mitigar os efeitos da pandemia, segundo levantamento do jornal Valor Econômico. Juntas, essas iniciativas locais devem distribuir este ano mais de R$ 1 bilhão. Em valores absolutos, o maior programa é o da cidade de São Paulo, que deve injetar R$ 500 milhões na economia do município. Em seguida, vem o programa da Bahia, de R$ 231 milhões. (VE/AE)

Setorial

COM COMPRA DO BIG, CARREFOUR CHEGA A R$ 100 BI DE RECEITA E AVANÇA NO ATACAREJO - A aquisição do Grupo Big pelo Carrefour Brasil, negócio de R$ 7,5 bilhões anunciado ontem, tem o potencial de expandir as operações da rede francesa no País em diferentes frentes, e coloca a companhia vários passos adiante na corrida do atacarejo, segmento que se tornou a joia da coroa das grandes varejistas no mercado nacional. Para analistas, é uma compra altamente estratégica por consolidar a liderança do Carrefour no Brasil. A ação da varejista encerrou o dia com alta de 12,77% na B3, e a empresa ganhou R$ 4,9 bilhões em valor de mercado. A transação envolverá um pagamento de 70% em dinheiro e de 30% em ações, que o Carrefour entregará aos atuais acionistas do Big - a gestora Advent e o Walmart. O negócio cria um grupo com faturamento combinado de R$ 100 bilhões, 137 mil funcionários e 876 lojas, segundo dados de 2020. A estimativa é de que as sinergias entre as duas empresas cheguem a R$ 1,7 bilhão anuais, valor que não se refere apenas a cortes de custo. O Carrefour quer fazer com que o Big venda mais e traga um fluxo maior de clientes a seu banco, parte importante do quebra-cabeças da companhia no Brasil. O País é hoje o maior mercado da varejista fora da França, com 45 milhões de clientes, número que subirá para 60 milhões com o novo parceiro. (OESP/AE)

PETROBRAS FECHA VENDA DE REFINARIA NA BAHIA - O conselho de administração da Petrobras aprovou ontem a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, para o Mubadala, fundo de investimento dos Emirados Árabes, que vai pagar US$ 1,65 bilhão pela fábrica de derivados de petróleo, como gasolina e óleo diesel. A estatal calcula que vai receber R$ 9,1 bilhões pelo ativo, considerando o dólar da última terça-feira. Mas esse valor ainda vai ser ajustado quando a transação for concluída, o que deve acontecer até o fim do ano. Foi a primeira operação de venda, de um total de oito refinarias que entraram na lista de privatização. Instalada no município de São Francisco do Conde, a Rlam responde por 14% de toda produção nacional de derivados de petróleo. A unidade quer expandir a fábrica, de olho no abastecimento do mercado do Nordeste. “Acreditamos que, a partir da conclusão do nosso investimento na Rlam, seremos capazes de atrair parceiros globais de negócios para o setor”, afirmou Oscar Fahlgren, diretor-executivo da Mubadala Capital no Brasil. A privatização da Rlam é uma vitória do atual presidente da empresa, Roberto Castello Branco, que deixa o cargo no mês que vem, após ser criticado e demitido pelo presidente Jair Bolsonaro por conta de sucessivos reajustes de preços. O mandato do executivo terminou há cinco dias, mas ele vai permanecer até a chegada do seu substituto, o general do Exército Joaquim Silva e Luna. Assim, Castello Branco conseguiu dar a largada num projeto idealizado em 2019 - o de ceder espaço da Petrobras no comércio de combustíveis a investidores privados. (OESP/AE)

RAPPI E OUTROS APPS REDUZEM TAXAS PARA RESTAURANTES DURANTE CRISE - A relação entre empreendedores e aplicativos de delivery ganhou mais um capítulo. Ontem, a startup Rappi anunciou que, diante do agravamento da pandemia do coronavírus e do fechamento de bares e restaurantes em várias regiões do Brasil, irá reduzir o valor das comissões cobradas dos estabelecimentos. O tema faz parte de reclamações recorrentes de empreendedores do setor em relação às plataformas de entrega, que chegam a cobrar 30% de taxa. A medida começa a valer a partir de 5 de abril e se aplica aos negócios que sejam associados à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e à Associação Nacional de Restaurantes (ANR). (OESP/AE)

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Mercados

DÓLAR AVANÇA A R$ 5,6396; ÍNDICE BOVESPA CAI 1,06% - A informação de que governadores de 16 Estados pediram ao Congresso recursos para um auxílio emergencial de R$ 600 mensais, com os mesmos critérios de acesso de 2020, reforçou ontem no mercado a preocupação com a política fiscal brasileira. A piora da pandemia, tanto no Brasil quanto na Europa, também contribuiu para que investidores buscassem segurança. Como resultado, o dólar à vista voltou a operar acima da faixa de R$ 5,60 e encerrou o dia em alta de 2,25%, cotado a R$ 5,6396. A incerteza em relação às contas públicas também prejudicou o desempenho da Bolsa brasileira, mesmo em um dia de alta acima de 5% do petróleo. O Índice Bovespa fechou em baixa de 1,06% ontem, aos 112.064,19 pontos, prejudicado pela deterioração do real. Em Nova York, Dow Jones caiu 0,01%, S&P 500 cedeu 0,55% e Nasdaq recuou 2,01%. O câmbio pressionado em meio à desconfiança com as contas públicas também fez com que a curva de juros agregasse mais prêmios ontem. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 avançou a 4,730%, de 4,685% no ajuste da véspera, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2027 subiu de 8,434% para 8,700%. (OESP/AE)

Política e Congresso

SOB CRÍTICAS, CONGRESSO VOTA ORÇAMENTO HOJE - O líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), criticou o patamar de investimentos dos militares do Orçamento de 2021. O projeto deve ser votado nesta quinta-feira pelo Congresso Nacional e há pressão por mais recursos para obras e saúde, em meio à pandemia de covid-19. A peça orçamentária destina R$ 8,3 bilhões para investimentos do Ministério da Defesa, um quinto (22%) do total para todo o governo federal, conforme relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC) apresentado ontem. O líder da minoria comunicou que o PT tentará reverter o cenário, apesar de não haver esse movimento em grupos fora da oposição. Os militares também são a única categoria que deve ser contemplada este ano com reajuste, o que deve consumir outros R$ 7,1 bilhões dos cofres públicos, enquanto todo o restante do funcionalismo está com o salário congelado até dezembro. Como o aumento é autorizado por leis anteriores, com aval do próprio Congresso Nacional, o orçamento é obrigado a considerar essa projeção. (OESP/AE)

DORIA AFIRMA QUE GABINETE DE CRISE É "ADULAÇÃO" A BOLSONARO - Os governadores não alinhados ao Palácio do Planalto receberam com ceticismo e criticaram a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de criar um gabinete de crise para combater a pandemia de covid-19. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou a medida de “comitê de adulação”. Já o governador do Piauí, que é coordenador do Fórum de Governadores, inicialmente elogiou a proposta, mas depois mudou o tom. A ideia foi apresentada ontem em Brasília em uma reunião com apenas sete governadores, sendo seis deles alinhados com o governo federal. O único oposicionista foi o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), que foi como representante do Nordeste. Pela proposta, o comitê será coordenado pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que marcou reunião com os 27 governadores para a próxima sexta-feira. Após a reunião, Doria criticou duramente o encontro, em entrevista coletiva. O tom destoou das declarações públicas dos colegas, mas a fala do tucano ecoa a opinião de outros governadores ouvidos pela reportagem. “Este comitê não nos representa. Não fomos convidados e aquilo que representa a saúde e a necessidade de proteção à vida dos brasileiros de São Paulo deve ser tratado com o governador do Estado de São Paulo, e não com representante”, disse Doria. “O Brasil quer vacinação, não quer comitê de adulação.” (OESP/AE)

ASSESSOR FAZ GESTO CONTROVERSO EM SESSÃO DO SENADO - O assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, fez um gesto considerado obsceno por parlamentares, ontem, durante sessão do Senado em que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, expunha as dificuldades para a compra de vacinas contra a covid-19. O líder da oposição na Casa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), chegou a pedir que Martins fosse conduzido pela Polícia Legislativa para fora das dependências da Casa. A atitude de Martins ocorreu durante uma manifestação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no início do debate. “Em uma sessão do Senado Federal, um senhor está procedendo gestos obscenos, ironizando o pronunciamento do presidente da Casa. Isso é inaceitável”, afirmou Randolfe, exaltado. “Já basta o desrespeito que este governo está tendo com mais de 300 mil mortos. Não aceitamos que um capacho do presidente da República venha ao Senado nos desrespeitar.” Sentado atrás e à

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esquerda de Pacheco, Martins havia juntado as pontas dos dedos indicador e polegar, como num sinal de “Ok”, estendendo os três dedos restantes e movimentando a mão para cima e para baixo. O gesto é usado por extremistas e associado a símbolos de ódio. Pacheco disse que solicitaria à Secretaria-Geral da Mesa Diretora e à Polícia Legislativa que identificassem o fato apontado pelo líder da oposição. (OESP/AE)

CÂMARA DE SP PROPÕE VACINAR SERVIDORES ANTES - Vereadores de São Paulo articulam a aprovação relâmpago de um projeto de lei que autoriza um grupo de até 300 mil pessoas a passar na frente na fila de vacinação na cidade e sejam imunizadas antes da população em geral. A autorização valeria para as cerca de 5 milhões de doses que a Prefeitura negocia com laboratórios privados. A ideia é que motoristas e cobradores de ônibus, pessoal de atendimento das subprefeituras, assistentes sociais, funcionários da limpeza urbana e professores e auxiliares de escolas e creches de todas as faixas etárias recebam o imunizante. Há pressão para que taxistas, feirantes e motoristas de aplicativo também entrem na lista prioritária. As discussões tomaram corpo no começo da semana, e prosseguiram mesmo após o governo anunciar que profissionais da educação, a partir de 47 anos, e da segurança pública serão vacinados a partir de abril. (OESP/AE)

"O BRASIL NÃO PODE DESTRUIR O COMBATE À CORRUPÇÃO", DIZ MORO - O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro disse ontem ter “absoluta tranquilidade” sobre as decisões tomadas por ele nos processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu o legado da operação no combate à corrupção. “O Brasil não pode retroceder e destruir o passado recente de combate à corrupção e à impunidade e pelo qual foi elogiado internacionalmente”, afirmou Moro, em nota pública. Moro se manifestou após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido, anteontem, que ele foi parcial ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá (SP), em uma das maiores derrotas da história da Lava Jato. Com o resultado do julgamento no colegiado, a ação do triplex terá de voltar à estaca zero e as decisões do então juiz relativas ao processo serão anuladas. “Todos os acusados foram tratados nos processos e julgamentos com o devido respeito, com imparcialidade e sem qualquer animosidade da minha parte, como juiz do caso”, afirmou Moro. Ainda de acordo com ele, suas decisões foram “todas fundamentadas”. A nota destaca, ainda, que a condenação de Lula na ação do triplex foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), e que ambas as instâncias rejeitaram as alegações da defesa do petista sobre a falta de imparcialidade de sua parte. A sentença de Moro, de julho de 2017, foi mantida pelo TRF-4 em janeiro de 2018. Em abril de 2019, a Quinta Turma do STJ confirmou, por unanimidade, a condenação do ex-presidente pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e fixou a pena em 8 anos e 10 meses de reclusão. (OESP/AE)

PGR E FACHIN VEEM CHANCE DE CASO IR A PLENÁRIO - A Procuradoria-Geral da República e o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, veem espaço para a Corte revisitar o tema da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na ação do triplex do Guarujá (SP). Isso porque o plenário do STF deve decidir, na primeira quinzena de abril, se confirma a anulação - determinada por Fachin - das condenações impostas na Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a decisão de Fachin passando pelo crivo dos 11 integrantes da Corte, os ministros vão avaliar todos os pontos levantados pelo colega: a anulação das condenações, o envio dos casos à Justiça Federal no DF e o arquivamento da suspeição de Moro. Quatro ministros do STF, ouvidos reservadamente, avaliaram que a tendência do plenário é confirmar a anulação dos processos de Lula. Já o arquivamento da suspeição de Moro enfrenta mais resistência. (OESP/AE)

BONAT SUSPENDE ENVIO AO DF DE DUAS AÇÕES CONTRA LULA - Horas após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) declarar a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá, o atual titular da 13.ª Vara Federal de Curitiba, Luiz Antônio Bonat, suspendeu o envio de outros dois processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - os relacionados ao Instituto Lula - à Justiça Federal no Distrito Federal. A remessa dos autos havia sido determinada pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, por entender que não tinham relação direta com os desvios de recursos na Petrobras. Em despacho assinado anteontem à noite - após a sessão da Segunda Turma, mas antes de comunicação formal sobre o julgamento -, Bonat registrou que, em princípio, o reconhecimento da parcialidade de Moro no caso do triplex, processo que resultou na primeira condenação de Lula, prejudica a

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declinação, à Justiça Federal no DF, de outras ações contra o petista na Lava Jato. O juiz não justificou sua decisão no despacho. (OESP/AE)

LAVA JATO ENFRENTA REAÇÕES DA ELITE, DIZ GEBRAN - O relator dos casos da Lava Jato na segunda instância, desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), disse em entrevista à Folha de S.Paulo que a operação agora enfrenta reações de pessoas que se sentiram ameaçadas por ela. “Não quero dizer que não pode ter havido algum erro. Mas esses erros são mínimos”, afirmou Gebran, que assegurou que as ações respeitaram os direitos dos réus. O desembargador disse ainda que o TRF-4 não agiu para prejudicar o ex-presidente Lula nos processos da Lava Jato. “(A operação) Não tem nenhuma preocupação política.” (FSP/AE)

Covid-19

301.087 MORTOS - O Brasil chegou ontem a 301.087 mortes em decorrência da covid-19, após pouco mais de um ano do início da pandemia do novo coronavírus no País. O número equivale a toda a população de Palmas, capital do Tocantins, e foi alcançado em um momento de emergência sanitária. Somente nesta semana, o Brasil foi responsável por 27% dos óbitos de todo o mundo, e especialistas dizem que nada aponta para um retrocesso em breve nesses números. A média diária de óbitos (que considera períodos de sete dias) ficou ontem em 2.279, o equivalente a três vidas perdidas a cada dois minutos. Passados 12 meses do início da maior crise sanitária da história, o presidente Jair Bolsonaro, após reunião com os chefes dos outros Poderes, criou um comitê para centralizar as ações de combate ao vírus. Apesar da medida, o presidente voltou a defender o tratamento precoce com uso de medicamentos sem eficácia comprovada e a criticar o lockdown, iniciativa apontada por cientistas como fundamental para frear as disseminação do novo coronavírus. As declarações descontentaram os políticos presentes à reunião. Sem citar a palavra impeachment, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse que o Legislativo não vai mais tolerar novos erros no enfrentamento da pandemia. “Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais”, afirmou o parlamentar. (OESP/AE)

APÓS QUEDA EM REGISTROS, GOVERNO RECUA EM MUDANÇA - Após o Ministério da Saúde passar a exigir dados adicionais obrigatórios no registro de casos de coronavírus no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), o que causou atrasos na notificação de óbitos, a pasta voltou atrás e tornou os campos dessas informações optativos. A mudança foi confirmada ao Estadão por usuários do sistema e, posteriormente, pelo próprio ministério. Em nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) informaram que fizeram um pedido ao Ministério da Saúde de retirada temporária da obrigatoriedade do preenchimento dos campos CPF ou Cartão Nacional de Saúde (CNS), nacionalidade e imunização do paciente internado no Sivep-Gripe já que isso “viabilizaria um período de transição para adequação do registro destas informações nos serviços de saúde”. O problema veio à tona em uma coletiva de imprensa concedida pelo governo de São Paulo no início da tarde desta quarta-feira. O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que a alteração foi feita sem aviso prévio e poderia causar nos próximos dias um “represamento de dados” sobre a pandemia, induzindo a um número artificial de mortes pela covid-19. (OESP/AE)

QUEIROGA PROMETE IMUNIZAR 1 MILHÃO POR DIA - No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 300 mil mortos pela covid-19, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que pretende acelerar a vacinação no País, saltando das atuais 300 mil aplicações para 1 milhão por dia. Em sua primeira entrevista após assumir o cargo, ele demonstrou alinhamento ao presidente Jair Bolsonaro e disse ser preciso evitar o lockdown, que inclui medidas como fechamento de escolas, comércio e restrições de circulação. “Quem quer lockdown? Ninguém quer lockdown.” A meta de vacinar 1 milhão de pessoas por dia depende mais da chegada das doses do que da capacidade da rede pública. Em 2019, por exemplo, foram vacinadas 5,5 milhões de pessoas contra a gripe no “dia D”, feito em maio. Já em 2010 a campanha de vacinação contra a H1N1 vacinou 81 milhões de pessoas em 3 meses. A expectativa do Ministério da Saúde é receber 38 milhões de unidades de imunizantes contra a covid-19 no mês que vem. Ao se opor a um lockdown nacional, Queiroga disse que uma comissão formada por representantes dos Estados e Congresso vai discutir “políticas de distanciamento social que sejam adequadas”. “O que nós

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temos, do ponto de vista prático, é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere a lockdown”, afirmou. Bolsonaro tem feito críticas a medidas mais rígidas para evitar a propagação do vírus, como lockdown e toques de recolher, e chegou a ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal contra restrições adotadas em três Estados. (OESP/AE)

ERNESTO ARAÚJO ACHA DIFÍCIL OBTER VACINA DOS EUA - O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou ontem que considera “difícil” o Brasil obter dos Estados Unidos a liberação para compra de milhares de vacinas da AstraZeneca/Oxford estocadas e ainda não aplicadas contra a covid-19 naquele país. Ao falar em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro também indicou que o Ministério da Saúde pode sofrer novos atrasos no fornecimento de doses do imunizante que são fabricadas na Índia. Ele não citou a quantidade exata. Mas disse que dificuldades na produção podem afetar o fornecimento de milhares de unidades já contratadas pelo governo federal. O chanceler disse que não poderia dar prazos para que o Brasil efetivamente receba uma parte das vacinas solicitadas ao governo norte-americano. Segundo Ernesto, apesar de apelos do Itamaraty e do Congresso ao governo Joe Biden, o excedente de vacinas “está se materializando devagar” nos EUA. Pressionada pela comunidade internacional, a Casa Branca anunciou ter 7 milhões de doses em estoque e já autorizou o envio de parte para o México (2,5 milhões) e o Canadá (1,5 milhões). Isso porque a vacina da AstraZeneca/Oxford ainda não obteve autorização de uso no território americano. “O Brasil está negociando para procurar receber uma parte desse excedente, mas por enquanto esse excedente é algo extremamente limitado, porque está sujeito à regulação dos Estados Unidos”, disse o chanceler aos deputados. Em paralelo, ele indicou que o governo tem “boa perspectiva” de conseguir “kits de intubação” e máquinas de produção de oxigênio nos EUA. (OESP/AE)

SP VACINARÁ PROFESSORES E POLICIAIS EM ABRIL - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou ontem o início da vacinação para professores e policiais. A vacinação de profissionais da segurança pública começará em 5 de abril e a dos profissionais de educação, a partir do dia 12. A imunização para idosos de 69, 70 e 71 começa amanhã, mas ainda não há data para as demais faixas etárias de 60 anos ou mais. A imunização de profissionais da educação básica vai abranger todos os professores, da rede pública e privada, a partir dos 47 anos. Essa primeira etapa abrangerá 350 mil professores, diretores de escolas, inspetores de alunos e outros profissionais que trabalham nas escolas das redes municipal, estadual e privada do Estado. Esse contingente corresponde a 40% dos profissionais. Para os profissionais da educação privada, o Estado vai exigir contracheques dos últimos 2 meses que comprovem o exercício da função, com o objetivo de evitar fraudes. Aqueles que forem terceirizados - como merendeiras e faxineiros - terão de preencher cadastro prévio que será validado pelo diretor da instituição. O governo ainda vai avaliar a vacinação dos professores para incluir outras idades no Plano Estadual de Imunização aos poucos. “A educação básica é nossa prioridade absoluta”, disse Rossieli Soares, secretário estadual da Educação. (OESP/AE)

QUATRO CAPITAIS JÁ NÃO TÊM UTIS LIVRES - Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que 19 capitais brasileiras estavam com mais de 90% de ocupação das UTIs dedicadas ao tratamento da covid-19 na segunda-feira, 22. A situação era mais grave em Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Velho - todas com 100% ou mais de ocupação. A situação não se aliviou nem com a criação de mais 1,3 mil UTIs no País na semana anterior. Na cidade de São Paulo, o índice de ocupação de UTIs era de 89% na segunda-feira. No Rio de Janeiro, era de 93%. (FSP/AE)

Internacional

BRIGA ENTRE UE E REINO UNIDO AFETA EXPORTAÇÃO DE VACINAS - A União Europeia decidiu ontem reforçar o controle da exportação de vacinas produzidas em seu território para garantir o abastecimento de doses aos habitantes do bloco, afetados pela terceira onda da pandemia do novo coronavírus. A medida foi tomada após o bloco europeu subir o tom na última semana contra o Reino Unido, a quem acusa de não agir com “reciprocidade e proporcionalidade” no fornecimento de imunizantes contra a covid-19. A UE exportou mais de 10 milhões de doses para o Reino Unido, mas os britânicos não enviaram nenhuma dose aos países do bloco. (OESP/AE)

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FAUCI DIZ ESTAR PREOCUPADO E PROMETE REUNIÃO COM O BRASIL - Responsáveis pela estratégia de combate à covid-19 no governo Joe Biden voltaram a falar ontem da preocupação com a situação da pandemia no Brasil. O principal infectologista do governo, Anthony Fauci, afirmou que terá reunião com autoridades brasileiras, quando os Estados Unidos poderão entender como ajudar o País, mas não se comprometeu com compartilhamento de vacinas. “Vamos nos reunir com autoridades brasileiras”, disse Fauci. “Estamos bem preocupados com a situação difícil do Brasil e discutiremos formas de ajudar o Brasil”, afirmou o infectologista. Fauci disse que não entraria em detalhes, porque aguarda ver o que os órgãos brasileiros informarão para, então, avaliar como os americanos poderão ajudar. O Itamaraty informou que está em contato com o governo americano desde o dia 13. (OESP/AE)

COALIZÃO DE EXTREMA DIREITA GANHA ESPAÇO EM ISRAEL - A coalizão Sionismo Religioso, formada por três partidos de extrema direita, superou as expectativas na eleição de Israel e deve obter entre seis e sete cadeiras no Parlamento de Israel, a Knesset. Antes da eleição, analistas políticos consideravam que a coalizão ficaria de fora do Parlamento. (OESP/AE)

Referências

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