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EDITORIAL RECADO DOS REDATORES SUSTENTABILIDADE - AMBIENTE

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N° 3 / 1° Semestre de 2011

Publicação do Curso de Relações Públicas da UFG

Turismo sustentável

Reduzir, reciclar, reutilizar

A cidade mais

arborizada do Brasil

Ensino sustentável

Um novo modo de pensar e viver no mundo

Turismo e sustentablidade devem caminhar juntos em busca de um equilíbrio entre o la-zer do homem e a preservação dos recursos naturais. A área, se bem explorada, gera lu-ros para empresários que trabalham a idéia da preservação de culturas e de recursos naturais.

Página 8 e 9

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como fazer sua parte e colaborar com a preservação ambiental na prática. Confira algumas dicas sobre como reduzir a produção de lixo e cola-borar com a coleta seletiva e a reciclagem de resíduos em Goiânia.

Página 4 e 5

Trazendo benefícios inúmeros para a qua-lidade de vida da população, as árvores estão se espalhando pelas cidades. Ampa-rada pela Agência Municipal de Meio Am-biente, Goiânia se destaca como a cidade com mais área verde do país.

Página 6 e 7

Página 13 e 14

Sustentabilidade. Um conceito que, embora muito falado, ainda é pouco compreendido. São muitas as implicações de “ser sustentá-vel”. Saiba como é a vida de quem já está experimentando esse novo modo de pen-sar, agir e viver.

Página 3

580/2004-DR/GT

UFG

Correios

A terra pede ações sustentáveis...

Na politica, ensino, construção civil, negócios. Ou seja: no espaço do mundo que

engloba as ações do homem. Esta edição se dedica ao tema sustentabidade.

(2)

EDITORIAL

RECADO DOS REDATORES

SUSTENTABILIDADE - AMBIENTE

EXPEDIENTE

Esta é uma edição temática.

Es-colhemos falar sobre a

sustentabilida-de que significa usufruir dos recursos

naturais de forma racional, inteligente

e equilibrada, a fim de que a natureza

extra-humana continue sobrevivendo e

a natureza humana tenha qualidade de

vida.

A equipe, formada pelos alunos

do 5º período de Relações Públicas,

abraçou a proposta e trabalhou com

afinco e entusiasmo, mostrando que o

projeto de um mundo melhor começa

aqui e agora, especialmente no

planeja-mento e execução das nossas

ativida-des.

O que este PERSPECTIVA

pre-tende mostrar é que a sustentabilidade

é uma proposta para ser colocada em

prática no dia a dia das instituições, no

processo educacional, nas atividades

econômicas. Ou seja: cuidar do meio

ambiente é o caminho mais inteligente

e ético para se gerar dividendos

econô-micos e sociais.

Profª Draª Divina Marques

“Relações públicas no coração

do Brasil – construção e trajetória

do curso de RP da UFG” é o título da

obra que está sendo produzida pelo

co-letivo dos professores do curso de

Rela-ções Públicas da UFG.

A proposta da obra é resgatar a

história das relações públicas no

con-texto da UFG e do Centro-Oeste,

res-saltando, para tanto, os personagens

que foram sujeitos dessa construção. Os

mais de 30 anos do curso de RP na UFG

revelam uma história de construção

co-letiva na consolidação das relações

pú-blicas no coração do Brasil. O livro

pre-tende marcar essa trajetória e destacar a

importância da área na região

Centro-Oeste.

O livro, que simboliza a

con-tribuição da UFG nesse processo de

afirmação das relações públicas, tem o

lançamento esperado para o segundo

semestre de 2011.

Prof. Tiago Mainieri

Organizador da obra

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG Reitor: Edward Madureira Brasil

Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia - FACOMB Diretor: Magno Medeiros

Vice-diretora: Maria de Fátima Garbelini

Coordenador do curso de RP: Prof. Dr. Tiago Mainieri PUBLICAÇÃO DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS -

Perspectiva

Endereço para correspondência: Caixa Postal: 131 Campus II – Samambaia rpufg@hotmail.com

CEP : 74.001-970 – Goiânia-GO

Disciplinas: Produção de Texto Jornalístico II / Planejamento Gráfico

Visual

Orientadores: Profª. Dra. Divina Marques e Prof. Ms. Rafael Franco

Coelho

Projeto Gráfico: Profª. Caroline Magalhães

Diagramação: Prof. Ms. Rafael Franco Coelho e alunos 7º período de

RP / 2011

Editora Executiva: Profª. Dra. Divina Marques Editora: Samira França

Redação: Alunos 5º período de RP / 2011.

Capa: Ilustração do aluno de Bacharelado em Artes Visuais José

An-tônio Loures Custódio

Versão on-line: http://www.facomb.ufg.br/rp/

Sustentabilidade: pensar, agir e viver conscientemente

Em uma visão geral do termo, susten-tabilidade ambiental engloba todas as esferas constituintes do sistema social. É uma espé-cie de fio que faz a junção de todos os pontos responsáveis pelo tecer de um tecido, ou seja, propõe a coexistência produtiva dos ambien-tes: político, econômico e social. Para tanto, a sustentabilidade se vale de projetos que se dediquem ao bom desempenho das práticas organizacionais e governamentais em busca do desenvolvimento social saudável e menos destrutivo.

O prazer, o conforto e a satisfação são a mistura “perigosa” que resume o comporta-mento da época que estamos vivendo. Os gas-tos desnecessários e mal planejados resultam na escassez dos recursos naturais, e são uma demonstração do desinteresse social pelas questões ambientais.

É interessante ressaltar, que o susten-tável está diretamente ligado ao social, ou seja, o empenho precisa ir desde atitudes sim-ples até grandes aplicações por parte de quem tende a agredir com maior impacto o meio ambiente, como fábricas e grandes empresas, por exemplo. A questão é que se adequar ao processo não é tão difícil quanto parece. O que acontece é que não sabemos por onde começar e até que ponto nosso esforço pode ajudar na manutenção da vida.

ECOCENTRO: UM EXEMPLO PRÁTICO

DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Existem várias cooperativas que abra-çam a causa ambiental de maneira séria e muito bem estruturada. Seus projetos, além de serem movidos pela preocupação com o meio ambiente, a sociedade, são acessíveis às classes sociais menos privilegiadas.

Um caso que merece destaque tem raízes na cidade de Pirenópolis, interior de Goiás, onde foi instalado o Ecocentro IPEC – Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado. O Ecocentro desenvolve soluções sustentáveis para cinco áreas principais: mo-radia, água, saneamento, alimentação e ener-gia. Com a intenção de proporcionar a inser-ção e adequainser-ção a uma vida ecologicamente planejada, toda a matéria-prima proposta tem um custo acessível.

No tópico moradia, são sugestões inte-ressantes: o uso de tecnologias como supera-dobe, fardo de palha e taipa de pilo (mistura de solo e cimento dentro de fôrmas de ferro ou madeira). Estas matérias-primas dimi-nuem substancialmente os gastos, colaboram com uma acústica, aquecimento térmico e durabilidade avantajados da obra.

No quesito água, as propostas são a construção de cisternas ferrocimento com ca-pacidade de até quinhentos mil litros de água e captação da água da chuva através de calhas fixadas ao telhado que passam por filtros e desembocam em cisternas de ferrocimento.

Em relação ao saneamento são suge-ridos os sanitários secos, onde os dejetos hu-manos são transformados em recurso valio-so: tratamento biolítico, cujo processo utiliza minhocas que geram como resíduo húmus e água. Essa tecnologia é segura e pode ser fei-ta fei-tanto em residência quanto em indústrias.

No tocante à alimentação são apresen-tadas como soluções a criação de hortas do-mésticas e de pequenos animais para produ-ção de proteína saudável com menos impacto ao ambiente.

Quanto à energia, envolve o uso do aquecedor solar de baixo custo (ASBC), de-senvolvido com componentes de fácil acesso e aquisição, e a implantação de placas foto-voltaicas que transformam a luz do sol em corrente elétrica.

Para saber como você pode colocar em prática as sugestões do Ecocentro, acesse o site www.ecocentro.org.

ENTREVISTA

Em entrevista concedida ao Perspec-tiva, o coordenador dos projetos sustentáveis do IPEC, João Marcelo, abordou questões como problemas e soluções ambientais, o sig-nificado do termo sustentabilidade ambiental e a criação e manutenção do instituto.

Perspectiva: Como surgiu o IPEC e

com qual finalidade?

JM: O IPEC foi fundado pelo casal

André Soares (brasileiro) e Lucy Legan (aus-traliana), que, depois de ter viajado o mundo, conheceu a permacultura na Austrália. Em 1999, compraram um terreno totalmente

de-gradado no interior de Goiás, no cerrado bra-sileiro e fundaram o IPEC, com o objetivo de difundir o que eles tinham aprendido. Desde então, o instituto busca incentivar a criação de tecnologias sociais para a construção de espaços que respeitem a natureza e seus prin-cípios, tornando-as acessíveis a todos, princi-palmente à população de baixa renda. O sus-tento se dá a partir de visitações de escolas, cursos, entre outras atividades que ajudam a difundir o que o IPEC prega.

João Marcelo, responsável pela criação e coordenação dos projetos do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado

(IPEC)

Perspectiva: Pontue e descreva

al-guns projetos desenvolvidos pelo IPEC.

JM: O IPEC trabalha com tecnologias

sociais, e busca sempre que possível o contato direto com a comunidade. Desde projetos de designs de ocupação (loteamentos, ecovilas) até projetos de saneamento, uso e reuso da água. Temos vários exemplos, como um pro-jeto no interior do Ceará, onde construímos, em parceria com a comunidade, 200 fossas de bananeira e 200 cisternas para captação da água da chuva (www.deolhonaagua.org.br). Outro exemplo foi a construção de estrutu-ras para estação de tratamento biológico de esgoto em um festival de arte e música que acontece de dois em dois anos em Portugal, onde fomos responsáveis pelo tratamento do esgoto gerado por 25.000 pessoas durante

Dentre os vários problemas presentes na realidade social em que estamos inseridos, a questão

ambiental tem se sobressaído. Mas a responsabilidade ambiental não pode ser dispersa ou esporádica:

é necessário que o tema seja tratado sob o viés da sustentabilidade, um conceito que, embora muito

falado, é ainda pouco compreendido e praticado

Ao longo desses últimos meses, refletimos e produzimos sobre Susten-tabilidade para mais uma edição do Jor-nal Perspectiva. Falamos sobre susten-tabilidade social, econômica, ecológica, cultural, espacial, política e ambiental. Desenvolvemos textos tentando mostrar como uma escola pode contribuir para a construção da consciência ecológica na sociedade; como áreas arborizadas au-mentam a expectativa de vida, o índice de felicidade e reduzem a criminalidade; como o lazer do homem e a preservação dos recursos naturais devem se desenvol-ver juntos; a importância da responsabi-lidade social ser tratada como tarefa de ação coletiva; como a construção cívil tem buscado se adequar aos princípios da preservação ambiental; e como o ge-renciamento da água pode influenciar no seu aproveitamento. E mais, repensamos e trabalhamos sob a visão de sermos fu-turos profissionais de Relações Públicas que tem plena formação para organizar, elaborar e promover visibilidade a proje-tos de ações sustentáveis.

Estamos fazendo uma pequena contribuição e continuaremos propagan-do a ideia de sustentabilidade. Hoje nosso trabalho pode ser só uma reflexão, textos, um jornal. Mas esperamos que ele se tor-ne ações. Uma árvore plantada e cuida-da, um apoio, uma opinião. Tudo terá seu valor. “Se não puderes ser uma estrada, Sê apenas uma senda, Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela. Não é pelo tama-nho que terás êxito ou fracasso... Mas sê o melhor no que quer que sejas.” (Pablo Neruda)

Silvia Maria O ser humano é criativo, desde aqueles mais simples até os mais intelec-tualizados. O que é preciso é encontrar o ponto de toque de cada um que começa

pela sobrevivência, passa pela qualida-de qualida-de vida e vai até o sentido da própria existência humana - para isso é preciso preservar a vida em todas as suas formas: humanas e extra-humanas.

Sustentabilidade e Responsabilida-de. É isso o que está edição do Perspecti-va pretende demonstrar para o leitor, não de uma forma meramente dispendiosa ou caótica, mas de uma forma sucinta e fácil de se envolver. Por esta razão é que fo-ram incluídos na pauta temas ligados ao lazer, educação, construção civil, ques-tões ecológicas, turismo, coleta seletiva, arborização, responsabilidade social – en-fim, situações vivenciais, práticas.

No universo do ser humano reina o desejo de bem estar, de conforto, aspi-rações contextualizadas com a respectiva cultura e formas de vida individual. Nes-se contexto, certas situações aparecem como “monstros” do desconforto, carre-gados de formas desgastantes em relação a tudo que desejaríamos fazer, parecendo desagradáveis e totalmente contra o con-forto que tanto prezamos. Dentro dessa perspectiva, os Relações Públicas podem trabalhar para contextualizar e facilitar o entendimento de sustentabilidade como alternativa prática e transformadora.

O profissional de Relações Públi-cas pode ser o agente da harmonia, da simplicidade, do direcionamento agra-dável das estratégias de sustentabilida-de. Eles podem ser os especialistas em transformar o caos em situações simples potencializando os valores intrínsecos ao ser humano e simplificando as situações almejadas. Afinal, a sustentabilidade está presente em tudo, até mesmo no ato natu-ral da perspectiva de vida e de transfor-mação do ser humano em relação a tudo que toca e vivencia.

(3)

SUSTENTABILIDADE - AMBIENTE

Reduzir, reciclar, reutilizar

Lixo que não é lixo:

a prática da Coleta Seletiva

LIXO NO LIXO!

Para muitas pessoas, a única desti-nação que se dá ao lixo é jogá-lo num saco plástico, que depois será levado de casa até a lixeira da calçada e “desaparecerá”. No en-tanto, isto é apenas o princípio de um ciclo problemático e nada fácil de lidar. É claro que não podemos parar de produzir “lixo”, pois se trata de um processo atrelado à sobrevivência humana. Mas o que é possível – e necessário – é informar-se e mudar alguns hábitos, a fim de aumentar a reutilização e reciclagem do lixo e diminuir a quantidade de resíduos que vão para os aterros sanitários, cada vez mais onerosos ao poder público, ao meio ambiente e à população.

Hoje já se fala em preciclagem, que consiste em pensar na reciclagem antes mes-mo do consumes-mo. No ato da compra o consu-midor deve pensar na quantidade de resíduo que aquele produto vai gerar, dando preferên-cia a embalagens que podem ser recicladas ou que são de materiais biodegradáveis.

NOVAS TECNOLOGIAS, NOVOS

PROBLEMAS

O lixo eletrônico é considerado o mais inconveniente e difícil de ser recolhido e reci-clado. Segundo o StEP – Solving the E-Waste Problem, os resíduos elétricos e eletrônicos estão entre as categorias de lixo cuja

produ-ção mais tem crescido em todo o mundo, e em breve devem atingir a marca dos 40 milhões de toneladas anuais. O mais agravante é que a maior parte dos consumidores ainda não sabe qual a destinação correta para um computa-dor, celular ou aparelho de DVD que se torna inutilizável.

Em muitas embalagens de produtos eletrônicos e baterias, recomenda-se que o consumidor não descarte o produto em lixo comum, mas o encaminhe ao fabricante para que as devidas providências sejam tomadas. Porém, poucos lêem a embalagem antes da utilização e quando o fazem agem como se não tivessem lido, pelo “trabalho” que a de-volução costuma causar. A responsabilidade é de todos, mas quem fabrica deveria apresen-tar soluções mais práticas, disponibilizando e indicando locais de fácil acesso para o des-carte.

PNEUS: O QUE FAZER?

Considerando a dificuldade para des-cartar pneus, a população tende a abandoná-los em cursos de água, terrenos baldios e margens de estradas. Desta maneira, prati-camente todo pneu, em algum momento, se transformará em um resíduo potencialmente danoso á saúde pública e ao meio ambiente.

Para acabar com isso, soluções alter-nativas para a reutilização de pneus têm sido criadas, tais como aplicá-los: em obras de contenções nas margens de rios; como com-bustível em fábricas de celulose e papel, em fornos de cimento e em usinas termelétricas; na fabricação de móveis e de equipamentos para parques infantis; e, quando cortados e triturados, podem ser usados em misturas as-fálticas, em revestimentos de quadras e pistas de esportes, na fabricação de tapetes automo-tivos, adesivos, sandálias, etc. Para o consu-midor as principais alternativas são devolver os pneus inutilizáveis ao fabricante e entregá-los a catadores ou pontos de coleta seletiva autorizados.

dez dias de festival. Utilizamos tecnologias como o banheiro seco, tratamento biológico da água cinza com plantas, entre outros. Foi o único festival do mundo em que 99% dos ba-nheiros não utilizavam água (www.boomfes-tival.org).

Perspectiva: Para você, qual o

signi-ficado do termo sustentabilidade ambiental?

JM: Hoje existe um conceito universal

para a sustentabilidade que é “Durante a sua vida, armazenar ou gerar mais energia do que a necessária para estabelecê-lo e mantê-lo.”. Para nós, a sustentabilidade segue um princí-pio básico, norteado pela Permacultura, onde toda e qualquer criação e ambientes humanos devem ser produzidos em equilíbrio e harmo-nia com a natureza.

Perspectiva: Que medidas simples e

práticas podem e devem ser tomadas em prol de uma vida sustentável?

JM: Em primeiro lugar, querer mudar

é um grande e necessário passo. Não há sus-tentabilidade sem consciência. Todos podem ser sustentáveis, a começar pelas ações dentro de casa, desde a coleta de lixo, captação da água da chuva, até a educação de seus filhos. Hoje em dia, qualquer um pode ser sustentá-vel no seu trabalho, independente da sua área profissional, mas é essencial que queiram mudar conceitos e redescobrir valores.

Perspectiva: De que maneira os

impactos ambientais podem ser amortizados pela aderência aos projetos sustentáveis?

JM: É lógico que todo e qualquer

es-forço depende da massa. O aquecimento glo-bal, por exemplo, só será minimizado se uma grande maioria fizer um pedaço de um todo. É só assim que conseguiremos enxergar, na prática, resultados dos nossos e de tantos ou-tros projetos pelo mundo.

Perspectiva: Os materiais utilizados

nos projetos propostos pelo instituto são fa-cilmente encontrados no mercado? As tecno-logias são, de fato, acessíveis?

JM: Toda e qualquer tecnologia

de-senvolvida pelo IPEC deve obedecer ao prin-cípio básico de acessibilidade – materiais encontrados na região, mão-de-obra local, captação e uso da água da chuva e de energia solar. Enfim, todos os sistemas de constru-ção desenvolvidos pelo IPEC, usam recursos vindos da própria natureza; o que fazemos é apenas aproveitá-los de maneira simples e in-teligente.

Liliane de Almeida

A mudança de hábitos é essencial para a manutenção de um estilo

de vida sustentável, e não é tão complicada quanto parece. Aprender

a fazer a destinação adequada dos resíduos que geramos pode

ser um bom começo! Por isso, aqui vão algumas dicas simples e

aplicáveis sobre a redução, reciclagem e reutilização do lixo.

Sandália feita com pneu usado (Foto: Divulgação/Goóc Fine)

CUIDADO COM MATERIAIS TÓXICOS:

DESCARTE DAS LÂMPADAS “FRIAS”

Apesar das lâmpadas fluorescentes se-rem muito mais econômicas que as demais, elas contêm mercúrio, substância tóxica noci-va ao ser humano e ao meio ambiente. Quan-do elas quebram liberam vapor de mercúrio, que será absorvido por quem as manuseia ou contaminará o solo e o lençol freático.

Por isso é preciso tomar alguns cuida-dos no manuseio e no descarte dessas lâmpa-das, a fim de não quebrá-las. O mais indica-do é fazer o descarte em caixa de papelão ou protegê-las com jornal ou plástico bolha.

Nunca quebre uma lâmpada e, em caso de quebra acidental, o local deve ser limpo imediatamente. Além disso, os cacos devem ser coletados de modo a não ferir quem os manipula e colocados em caixas de papelão ou protegidos com jornal, evitando o rompimento das embalagens, que deverão ser bem fechadas em sacos plásticos para evitar contínua liberação.

Arnaldo Assunção, Fernanda Andrade e Yuri Alexander

A reciclagem diminui a retirada de recursos naturais, como árvores, minérios, ferro e petróleo; economiza água e energia; diminui a poluição do solo, ar e água; evita enchentes; ajuda a controlar transmissores de doenças como a dengue e a febre amare-la; aumenta a vida útil dos aterros sanitários e ainda gera emprego e renda aos catadores da cidade. No entanto, em todo o país, pouco mais de 7% dos municípios têm programas direcionados a esta área.

Poucas pessoas sabem, mas Goiânia é uma das cidades pioneiras no programa de Coleta Seletiva no Brasil. O Programa foi im-plantado pela Prefeitura Municipal em março de 2008, considerando a necessidade de criar, gradativamente, a cultura da separação dos resíduos sólidos urbanos. Se você ainda não conhece o programa, veja como participar.

TIPOS DE MATERIAIS E COMO

DEVEM SER SEPARADOS PARA A

COLETA SELETIVA EM GOIÂNIA

Materiais Recicláveis

Papel – Jornais, revistas, cadernos,

fotocópias, envelopes, caixas, cartazes, embalagens longa vida, papelão, etc.;

Plástico – Canos, tubos, baldes,

gar-rafas plásticas (pet), descartáveis, isopor, sacos e lonas;

Vidro – Garrafas, copos, vidros de

conserva, potes e embalagens; e

Metal – Tampas de garrafas e potes,

latas de alimentos e bebidas, potes, talhe-res, panelas, materiais de ferro, alumínio, cobre e outros metais.

O que NÃO separar:

Resíduos orgânicos – restos de

ali-mentos, podas de jardins, etc.

Outros – papéis carbono, de fax,

ve-getal e celofane, rejeitos sanitários (papéis higiênico e toalha, guardanapo, lenços de papel, fraldas descartáveis, absorventes), material sujo, com gordura, ou contamina-do com produtos químicos nocivos à saúde (latas de tinta), etiqueta adesiva, fita crepe, embalagens de papel ou plástico metaliza-do para alimentos, tocos de cigarro, foto-grafias, tubos de TV, monitores de compu-tador e embalagens tipo aerossol.

Antes de armazenar os materiais reci-cláveis para entrega é necessário certificar-se de que estes estejam certificar-secos e limpos, para então colocá-los em sacos retornáveis, saco-las plásticas ou caixas de papelão. Isso não significa que é preciso lavar, basta retirar o excesso do produto que resta na embalagem. No caso dos vidros, envolva-os com jornal ou papel, a fim de evitar acidentes.

Você poderá depositar os materiais em um PEV (Ponto de Entrega Voluntária) – um equipamento projetado para armazenamento temporário dos materiais recicláveis doados. Poderá também, colocá-lo em sua porta para que seja recolhido pelo caminhão da prefeitu-ra ou entregá-lo a um catador credenciado ao programa.

A prefeitura disponibiliza em seu site (www.goiania.go.gov.br) a tabela com os dias, horários e locais em que os caminhões fazem a coleta. No momento que o caminhão da Co-leta Seletiva está passando na porta da sua casa, ele emite um sinal sonoro (semelhante ao barulho de uma corneta) como alerta da sua presença.

Depois que é recolhido por um cami-nhão da coleta seletiva o material é separado e encaminhado para as Centrais de Triagem. Nas cooperativas o lixo é transformado ou encaminhado à transformação.

TERRACYCLE:

SUPERE O DESPERDÍCIO

A TerraCycle é uma organização que recolhe embalagens em todo o Brasil (via Correios), dando a elas uma nova utili-dade. Ao comprar embalagens usadas dire-to do consumidor e enviá-las às empresas fabricantes para a reutilização ou criação de artesanatos, a TerraCycle evita que se-jam encaminhadas para aterros, além de reduzir a fabricação de novas embalagens.

Para isso, a organização mantém parcerias com empresas, como a Nestlé e a Elma Chips, e compra embalagens usa-das dos consumidores pela internet por R$ 0,02 a unidade. Acesse o site www. terracycle.com.br, saiba mais sobre esse projeto e descubra como você pode ganhar dinheiro com a reutilização de embalagens de chocolate, salgadinhos, etc.

(4)

Existem dois motivos básicos para a água passar a ser não aproveitável para o consumo: a poluição e a contaminação. Mas o maior problema da falta de água em determinadas regiões, globalmente falando, está no gerenciamento das águas. Sistemas de distribuição ineficientes, ba-cias hidrográficas afastadas dos grandes centros urbanos, falta de tecnologia no processamento da água bruta e até mes-mo ausência de comunicação entre os ór-gãos responsáveis e a população.

A água no mundo não tem “de-saparecido”. O que acontece é que ela é mal utilizada e, o pior, sua utilização não é controlada, seja por falta de esclareci-mento, por cultura, maus hábitos, ou mes-mo pelo desejo de lucro.

A ÁGUA NO BRASIL

O problema da escassez de água no Brasil já deixou o Agreste nordesti-no, chegando ao Sul e Sudeste do país. Um estudo da ONU menciona conflitos pelo uso da água dos rios Paraíba do Sul, Piracicaba e Capivari – na Região Sudeste. Na região metropolitana de Porto Alegre, uma área que reúne 650 mil habitantes, a estiagem do verão faz a vazão do rio Jacuí cair 40%. Nos anos mais críticos, o Ministério Públi-co precisa intervir para garantir que o abastecimento priorize a população e não a atividade agrícola.

A maior cidade do país, São Pau-lo, está perto do limite. O volume de água de rios e represas disponível hoje é praticamente igual à demanda da po-pulação. A metrópole, de certa forma, já importa água. As represas da região metropolitana, abastecidas por nascen-tes, só dão conta de metade do consu-mo da cidade. O resto é bombeado da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, cujas águas naturalmente cor-reriam pelo interior do Estado.

Goiânia: a segunda cidade mais verde do mundo (Foto: http://boxxbrasil.blogspot. com/2010/04/cidade-verde.html)

O plantio de árvores traz consigo uma série de benefícios ambientais, como a pre-servação de cursos de água, matas ciliares, amenização da força do vento, conservação da biodiversidade, a restauração das espécies de flora e fauna, intercâmbio genético. Além disso, promove a conscientização da popula-ção juntamente com uma mudança de compor-tamento e geração de renda no campo. Uma boa arborização do ambiente traz incontáveis outros benefícios, principalmente para a saúde humana.

Segundo uma pesquisa da Universi-dade de Illinois, em Chicago, as pessoas têm relações mais felizes e melhor desempenho em testes quando vivem em bairros mais arbori-zados. O Professor Frances Kuo, responsável pela pesquisa, conduziu uma revisão de vários estudos sobre os efeitos de árvores e parques nas populações das cidades, e o resultado foi que ruas arborizadas também incentivam a uma menor taxa de criminalidade e de certa forma isto cria uma atmosfera mais civilizada. “Em nossos estudos, pessoas com menos aces-so à natureza mostram a atenção relativamente deficiente, função cognitiva baixa e má gestão das questões relacionadas a acontecimentos diários e baixo controle do impulso”, afirma Kuo. E acrescenta: “A relação entre o crime e a vegetação é muito clara: mais árvores, me-nos crimes. A vegetação incentiva as pessoas a utilizarem os espaços fora de suas casas, o que prevê uma forma natural de vigilância”. Ou-tros estudos mostraram que o nível de saúde pode ser previsto pela quantidade de espaço verde na região habitada pelos pesquisados.

Outra pesquisa, realizada no Japão, revelou que as pessoas tendem a viver mais quando suas casas ficam próximas a parques ou outros espaços verdes. Em uma conferência

Goiânia: a cidade mais arborizada do Brasil

da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Chicago, um estudo mostrou que a presença de árvores pode reduzir a crimina-lidade em até 7%. Crianças com transtornos de déficit de atenção também se comportaram melhor depois de uma caminhada em um par-que, em comparação com aquelas que se exer-citavam em espaços fechados ou em áreas sem árvores.

Dados como estes comprovam que viver perto de parques e outros espaços ver-des é essencial para o nosso bem estar físico, psicológico e social. Atentando-se para isto, há quatro anos a Agência Municipal de Meio Ambiente de Goiânia (AMMA) desenvolve o Programa Plante a Vida. Lançado em 2005, o programa consiste na distribuição de mudas de espécies nativas do cerrado para a população, dentro de um amplo programa institucional de rearborização da cidade de Goiânia. O Plante a Vida tem estimulado plantios voluntários, de-vidamente orientados por técnicos da AMMA, em calçadas de vias públicas, ilhas, fundos de vale, parques, bosques e praças da capital, além de plantios em quintais, chácaras e outras áreas particulares, despertando a consciência do cidadão para a preservação dos recursos naturais. De 2005 a 2009, já foram distribuídas mais de 1.200.000 mudas à população.

Mudas do Projeto Plante a Vida, no viveiro da AMMA, em Goiânia (Foto: Divulgação/AMMA)

O programa venceu o Prêmio CREA de Meio Ambiente, em 2006, na categoria de Ur-banismo, e foi citado pela secretária executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Julia Krause, como um modelo a ser seguido por outras cidades do mundo. Em entrevista ao Perspectiva, Krause explicou que o diferencial do Plante a Vida é que além de distribuir mudas de espécies nati-vas do cerrado, ele também reforça a responsa-bilidade que o cidadão precisa ter em relação à preservação ambiental.

PRESERVAÇÃO, UM TRABALHO DE

CONSCIENTIZAÇÃO

Em pesquisa realizada com três mil pes-soas que receberam as mudas, a agência consta-tou que em 81% dos casos os exemplares haviam se desenvolvido e estavam em bom estado de conservação. As espécies de mudas produzidas pela AMMA se adaptam bem ao clima e ao solo da capital, possibilitando a preservação e a di-versidade biológica do Cerrado, Bioma que hoje é considerado o segundo em degradação no país. “O viveiro da AMMA hoje é referência na pro-dução de mudas de espécies nativas do Cerrado e sua produção saltou de 120.000 para 400.000 mudas/ano, cultivando cerca de 70 espécies. As mudas são distribuídas em mutirões nos bairros, mutirões verdes, inaugurações, eventos técnico-científicos e outras ações que a Agência partici-pa”, afirmou Krause.

As estatísticas comprovam que progra-mas de arborização urbana realizados sem a participação da comunidade, têm altos índices de vandalismo, chegando a atingir 70% de mu-das depredamu-das. No Plante a Vida, esses índices são baixíssimos, visto que, o cidadão é quem planta e cuida da árvore e com o diferencial de poder escolher qual espécie quer na porta de sua residência.

PROJETO QUE VALE A PENA

O que o Projeto Plante a Vida acredita, basicamente, é que se cada um plantasse pelo menos uma árvore e dela cuidasse, assim as cidades alcançariam o número inacreditável de uma árvore per capita.

Vale ressaltar que o consumo de madeira no país é estimado em 300 milhões de metros cúbicos por ano. Desse total, apenas 75 milhões de metros cúbicos são supridos por plantios flo-restais. O saldo (74%) ainda provém de florestas nativas. Estimulados pela procura de árvores para o reflorestamento, produtores florestais es-tão apostando na produção de mudas de eucalip-to. Da árvore, que se adapta a qualquer tipo de solo, é possível aproveitar desde as folhas até a casca do tronco.

Segundo o presidente da AMMA, Cla-rismino Luiz Pereira Junior, uma das metas é melhorar a qualidade do ar da capital. “Quanto maior a concentração de vegetação, maior o ín-dice de umidade, o que reflete positivamente no micro-clima”, conclui.

Camila Brasileiro, Letícia Estrela, Luciana Lima

Sobram árvores, mas falta água

A Região Metropolitana de

Goi-ânia tem seus sistemas de

abasteci-mento dependentes, quase que

exclu-sivamente, do terço superior da bacia

hidrográfica do rio Meia Ponte e

me-tade inferior da sub-bacia do ribeirão

João Leite.

Goiânia tem a segunda maior

aglomeração urbana da Região

Cen-tro-Oeste do Brasil, de acordo com o

IBGE (2003). A cidade foi projetada

para 50.000 habitantes, mas a

popula-ção já superou 1,2 milhões de

habitan-tes. Com o crescimento populacional

sem planejamento, a região

metropo-litana enfrenta problemas de escassez

de água em períodos de seca, uma vez

que as vazões dos afluentes da bacia

hidrográfica da região sofrem um

pro-cesso de degradação e variação de

dis-ponibilidade que interferem no

abas-tecimento.

Segundo publicação da

Associa-ção de RecuperaAssocia-ção Ambiental (Arca),

da Pontifícia Universidade Católica de

Goiás, “Todos os cursos d’água que

cortam a malha urbana de Goiânia

es-tão parcialmente ou totalmente

com-prometidos, no que se refere à

qualida-de ambiental”.

A partir destes dados, o poder

público atentou-se para a necessidade

de investir na construção da barragem

do Ribeirão João Leite, que deverá

abastecer a população até 2025. As

obras são financiadas pelo BID

(Ban-co Interamericano de

Desenvolvimen-to), pela SANEAGO (Saneamento de

Goiás S/A), pelo Estado e pela União.

A SANEAGO é o organismo

responsável pelo abastecimento de

água e o saneamento básico no

esta-do de Goiás. A população da região

metropolitana de Goiânia reclama que

a companhia às vezes deixa de

cum-prir suas funções básicas. No dia 29

de setembro de 2010, o jornal Diário

da Manhã publicou uma matéria que

retrata a situação da falta de água em

muitos bairros da região

metropolita-na de Goiânia e prevê raciometropolita-namento

de água na região até 2015. Falta água

em vários setores de Goiânia, não só

nos mais afastados ou mais pobres, e

muitos dos episódios de falta de água

não têm um esclarecimento ou uma

justificativa.

A população desabafa:

“Fica-mos quase uma semana sem tomar

banho. Busco água na casa da vizinha

quando preciso cozinhar”, afirmou

uma moradora do Jardim Novo

Mun-do. “Essa falta de água já está virando

brincadeira... cada semana acontece

uma coisa para ficarmos sem água, e

o pior é que ficamos três, quatro dias

sem água e eu não vejo diferença na

conta”, reclamou o morador de

Apare-cida de Goiânia.

Parece ironia, mas em

Goiâ-nia, se chove, conseqüentemente falta

água. A justificativa da SANEAGO

é que a chuva provoca alteração das

características da água bruta. E mais

irônico ainda é o fato da SEPLAN –

Secretaria do Planejamento e do

De-senvolvimento do Estado de Goiás

– publicar estatísticas

internacional-mente dizendo que a população goiana

é bem atendida em relação ao

abaste-cimento de água e que os índices

goia-nos estão entre os melhores do Brasil.

Sendo assim, a situação do restante do

país deve ser, no mínimo, triste.

Elimara Rosa

Silvia Maria

SUSTENTABILIDADE - AMBIENTE

Trazendo benefícios inúmeros para a qualidade de vida da população, as árvores estão se

espalhan-do pelas cidades. Amparada pela Agência Municipal de Meio Ambiente, Goiânia se destaca como a

cidade com mais área verde do país.

Existe uma previsão de que a região metropolitana de Goiânia enfrente um racionamento até 2015.

Mas a população goianiense já está se queixando da falta d’água.

(5)

SUSTENTABILIDADE - ECONOMIA

Turismo sustentável

Em termos globais, Turismo é o

maior setor econômico no que se

re-fere ao faturamento e número de

pes-soas empregadas. Hoje, um em cada

dez postos de trabalho surge a partir

do turismo. Os números relacionados

a esta indústria são extraordinários e

tem crescido ano após ano devido à

globalização, estabilidade e

cresci-mento econômico mundial. Além da

grande movimentação de pessoas e de

divisas entre os países, o setor

movi-menta outros 50 setores em sua cadeia

produtiva.

Este cenário nos mostra que, ao

mesmo tempo em que o turismo pode

ser um importante instrumento

trans-formador de economias e sociedades,

promovendo a inclusão social,

opor-tunidades de emprego, novos

investi-mentos, receitas e empreendedorismo,

se mal administrado e planejado, pode

gerar impactos ambientais, sociais e

econômicos irreversíveis para o

pla-neta.

A educação e conscientização do

turista sobre estes impactos, somadas

a implementação de práticas

sustentá-veis e socialmente responsásustentá-veis com a

adoção de um código de conduta ética

nos destinos turísticos, são ações

im-prescindíveis para que o turismo possa

ter um desenvolvimento sustentável de

longo prazo.

Fonte: http://www.google.com.br/images

O TURISMO SUSTENTÁVEL NO BRASIL

Muitas polêmicas envolvem o

turismo em áreas naturais, um dos

diversos segmentos em crescente

ex-ploração e expansão não só no Brasil

como em todo o mundo.

O ecoturismo tem adquirido um

grande impulso, especialmente com

o mercado visando o incremento da

oferta turística com base no

patrimô-nio natural.

Neste século, a questão

ambien-tal vem integrando debates

governa-mentais e mobilizando a sociedade

civil.

Dentre diversos temas

aborda-dos pelos especialistas e estudiosos

das áreas relacionadas ao meio

am-biente natural, fala-se,

frequentemen-te, sobre preservação, aliada a um

planejamento minucioso e a

sustenta-bilidade. Amenização dos impactos,

envolvimento da comunidade local,

conscientização ambiental e

turísti-ca e conhecimento da legislação são

alguns dos assuntos constantemente

discutidos. Entretanto, o Brasil ainda

está muito atrás de países que também

trabalham com este segmento. O que

poderia estar errado?

O problema começa conceito de

preservação, nem todos sabem

exa-tamente o que significa isso. O novo

dicionário Aurélio define preservar

como: “Livrar de algum mal,

man-ter livre de corrução, perigo ou dano;

conservar. Livrar, defender,

resguar-dar”. À moda brasileira, entretanto,

aparentemente significa “manter

in-tacto”, “deixar como está”.

Fernando de Noronha é um

mo-delo de preservação nacional. Além

do controle de capacidade de carga, é

cobrada uma taxa de preservação, que

varia de acordo com o número de dias

que o turista permanecerá no

arquipé-lago. Esta taxa deveria ser usada para

estes fins, mas nem sempre é o que

ob-servamos.

Em Goiás, a cidade

Pirenópo-lis procura desenvolver um turismo

sustentável no local e, dentre diversas

medidas tomadas, existe a

preocupa-ção com a conscientizapreocupa-ção

ecológi-ca, através de palestras direcionadas

para turistas e moradores em Festivais

como o Canto da Primavera, onde a

cidade é mais procurada. Entretanto

das diversas cachoeiras existentes na

região, grande parte delas faz parte

de propriedades particulares, em que

os proprietários não cuidam bem das

trilhas nos caminhos das cachoeiras e

ainda cobram um alto preço por

pes-soa na entrada. E nada foi ou tem sido

feito para alterar a situação atual.

As trilhas esburacadas tipificam

esse conceito errôneo de preservação,

subentendido como abandono ou

des-caso, enquanto deveria ser sinônimo

de manutenção da condição já

existen-te, para que perdure ao longo do

tem-po. Quando não agimos, a natureza se

encarrega de reintegrar o que havia

sido modificado pelo homem.

O Parque Nacional da Serra

Geral, na divisa entre Santa Catarina

e Rio Grande do Sul, pode ser citado

como outro exemplo típico. Embora

constitua um ecossistema de rara

be-leza, até mesmo moradores da região

desconhecem seus atrativos. Além da

pouca divulgação, a total ausência de

infraestrutura do local e o acesso

agra-vam sobremaneira a situação. Para

vi-sitar os cânions é necessário percorrer,

no mínimo, 22 km de estradas de

ter-ra e pedter-ra em estado de conservação

muito precário.

Não restam dúvidas de que estes

fatores tenham colaborado para a

pre-servação do local, mas uma região tão

privilegiada parece esquecida.

Se o Brasil busca, de fato,

des-tacar-se como destino ecológico

inter-nacional, deve rever alguns “conceitos

básicos”, mas não menos importantes

relacionados ao meio ambiente natural.

Encarar o ato de preservar

consideran-do sua denotação primária, e

associá-la a processos de conscientização e

fiscalização, certamente atuará como

prerrogativa para o desenvolvimento

de um turismo sustentável e lucrativo.

Cachoeira em Pirenópolis

http://www.google.com.br/images

A tendência do futuro é que turismo e sustentablidade caminhem juntos em busca de um equilíbrio

entre o lazer do homem e a preservação dos recursos naturais. A área, se bem explorada pode gerar

fortunas para empresários que, visando o futuro, trabalham a idéia da preservação de culturas e de

recursos utilizando qualidade e economia.

10 princípios para o

desenvolvi-mento do Turismo de forma

sus-tentável segundo Enoque Fyall,

um dos autores do livro “Beyond

the rhetoric of sustainable

tou-rism?”. (conforme reproduzido

por Renata Barros, no artigo

tu-rismo sustentável).

1º - Usar os recursos com

sustentabilidade: a

conser-vação e o uso sustentável dos

recursos-naturais, sociais e

cul-turais – é crucial e faz sentido

mantê-los para o futuro da

ati-vidade.

2º - Reduzir o excesso de

consumo e o desperdício: a

re-dução do excesso de consumo e

desperdícios evita os custos de

restabelecer em longo prazo

da-nos ambientais e contribui para

a qualidade do turismo.

3º - Manter a

diversida-de: manter e promover a

diversi-dade natural, social e cultural é

essencial para o turismo

susten-tável duradouro, e cria opções

diversificadas para a atividade.

4º - Integrar o turismo ao

planejamento: o turismo é

inte-grado numa estrutura de

plane-jamento estratégico nacional e

local e que empreenda taxas de

impactos ambientais

aumentan-do a viabilidade em longo prazo

da atividade.

5º - Apoiar as economias

locais: o turismo que apoia em

largo alcance as atividades

eco-nômicas locais e que leva em

conta seus valores e recursos

am-bientais protege essas economias

e evita danos ambientais.

6º - Envolver as

comuni-dades locais: o total

envolvi-mento das comunidades locais

no setor de turismo, não só

be-neficia a elas e ao meio ambiente

em geral, mas também melhora a

qualidade da atividade turística.

7º - O poder público e

pri-vado: a articulação entre o trade,

as comunidades locais, as

orga-nizações e instituições ligadas ao

turismo é essencial para elas

tra-balharem integradas, buscando

solucionar conflitos e interesses.

8º - Qualificar

de-obra: a qualificação da

mão-de-obra integra o turismo

sus-tentável e práticas de trabalho,

na medida em que recruta

mão-de-obra local em todos os níveis,

melhorando a qualidade do

pro-duto turístico.

9º - Comercializar o

tu-rismo com responsabilidade:

o marketing que promove o

tu-rismo com ampla e responsável

informação aumenta o respeito

por ambientes naturais, sociais

e culturais das áreas receptoras

e aumenta a satisfação dos

visi-tantes.

10º - Desenvolver

pesqui-sas: a realização de pesquisas e

o monitoramento da atividade

através de dados e analises são

essenciais para ajudar a resolver

problemas e trazer benefícios

para os espaços receptores, para

o turismo e seus receptores.

(6)

De todas as atividades praticadas pelo ser humano, a construção civil é uma das que mais tem impacto no meio ambiente. No Brasil aproximadamente 40% da extração de recursos naturais têm como destino a indústria da construção. Fora isso, 50% da energia gerada são para abastecer o funcionamento das edifica-ções e 50% dos resíduos sólidos urbanos vêm das construções e de demolições.

Quase toda água que entra em nossas casas, sai sem ser reaproveitada e ainda, levando consigo algum tipo de poluente. Essa água segue o caminho e geralmente acaba indo para os córregos ou rios, isto porque, somente 75% da po-pulação brasileira têm coleta de esgoto em casa, e desse número apenas 32% do esgoto recebe tratamento.

Felizmente muitas pessoas, enti-dades, empresas e governos estão se or-ganizando para evitar que as construções sejam o pilar de um caos ambiental. Seja divulgando pesquisas e informações, promovendo padrões consistentes e edu-cando, seja desenvolvendo produtos, cer-tificando as construções sustentáveis ou agregando valor econômico ao espaço construído, estas organizações têm dado passos importantes. A Caixa Econômica Federal é um exemplo disso. No ano pas-sado a Caixa lançou uma metodologia de avaliação da sustentabilidade dos empre-endimentos, o selo Casa Azul. Mostrando assim, que o objetivo é incentivar a ado-ção de medidas socioambientais entre os trabalhadores e a comunidade onde o em-preendimento está inserido.

Muito mais que levar em conta a preservação ambiental, as construções sustentáveis prezam pela salubridade dos ambientes, sendo assim o que é sustentá-vel é saudásustentá-vel, protegendo os seus habi-tantes das enfermidades que o contexto externo pode trazer para dentro das edi-ficações.

É muito comum nos dias de hoje, principalmente nas grandes cidades,

en-contrar edifícios mal projetados, subuti-lizados, com uma série de precariedades, abandonadas e ou mal geridas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu e catalogou como Síndro-me do Edifício Enfermo (SEE) aquelas construções que se encontram com baixa e ineficiente dispersão de poluentes, alta umidade, má ventilação, descompensa-ção de temperatura, uma péssima ergono-mia e ou algum tipo de contaminação bio-lógica ou química. SEE é uma das causas para que 20% da população mundial pos-suam algum tipo de problemas respirató-rios, mal estar, irritações alérgicas nasais e ou oculares.

CONSTRUÇÕES INTELIGENTES ?

O Arquiteto e Urbanista John Mi-valdo da Coordenadoria de Educação do Crea discorda do termo “inteligente”, por entender que não pode ser admissível uma construção, uma arquitetura e, por conseguinte uma cidade que não seja in-teligente.

Segundo ele, toda arquitetura e construção deveria atentar aos princípios da sustentabilidade, quer sejam: raciona-lidade no uso da energia na sua execução e manutenção; aproveitamento de mate-riais locais ou regionais; maior aprovei-tamento dos materiais quer pelo reuso, reaproveitamento, reciclagem ou a pró-pria racionalidade de uso; observações e harmonia dos elementos físicos naturais na concepção do projeto como topografia, percurso solar, tipologia do solo, vegeta-ção e morfologia do sítio geográfico do terreno, paisagem local, etc.

“As características da arquitetura moderna do século XX (internacionalis-ta, fundamentada nos materiais novos da época como o aço, o concreto e o vidro, demasiado racionalista e revolucionária) – disse o arquiteto/urbanista - desviaram exageradamente a idéia de uma arquitetu-ra e uma cidade sustentável, ainda que no

campo do urbanismo ocorressem avanços consideráveis na cidade moderna em rela-ção à cidade antiga. Ainda assim o rompi-mento radical com o passado e arquitetu-ra vernacular ou regionalista não deixou de trazer prejuízos à sustentabilidade da arquitetura e do espaço urbano”.

Hoje, a arquitetura e a cidade con-temporânea, sem preconceito ao passado e ao antigo e ainda com os avanços da tec-nologia e o discurso ambientalista, pode-rão elevar os conceitos de uma arquitetura e uma cidade sustentável, complementou John Mivaldo.

Atualmente nos deparamos com práticas enganosas por empresas, insti-tuições públicas ou indivíduos que mas-caram suas ações com relação ao meio ambiente. John Mivaldo esclareceu de que maneira o Crea contribui no combate a essas práticas:

O Crea-GO mantem na sua gestão um programa de defesa do Consumidor em que qualquer consumidor(a) ao se sentir lesado por alguma empresa ou pro-fissional do Sistema Confea/Crea, poderá abrir processo de denúncia em desfavor dos mesmos. Uma vez analisada e aca-tada a denúncia, os profissionais respon-sáveis pelos serviços técnicos prestados responderão junto à Comissão de Ética pelos seus erros e poderão sofrer as pe-nalidades previstas por lei que vão desde a advertência reservada até a cassação da carteira. Portanto uma propaganda enga-nosa ou o não cumprimento contratual pode ser motivo de denúncia. Desta forma as empresas e os profissionais se apresen-tam mais vigiados pela sociedade. Este programa é importante porque legitima o papel do Conselho como sendo de defesa da sociedade e, por consequência, do bom profissional.

Giulia Ferreira Dutra e Nayara

Manzi Giani

SUSTENTABILIDADE - ECONOMIA

A nova era da construção civil

Responsabilidade Social: um viés

sustentável para as Relações Públicas

Responsáveis pelas Coordenadorias de Educação e Planejamento do Crea cedem entrevista ao

jornal Perspectiva mostrando a importância de um planejamento de construção e como o apoio de

entidades pode ajudar a preservar o meio ambiente. O grande desperdício dos recursos naturais, e

como as construções têm se adequado à preservação ambiental para evitar tal desperdício.

A importância da Responsabilidade Social nos ambientes corporativos

Responsabilidade social é um

concei-to relativamente recente que surge no Brasil no início dos anos 90, e que ganhou força devido ao apoio de organizações do terceiro setor pelo engajamento da iniciativa privada.

Estas ferramentas (responsabilidade social e sustentabilidade) devem ser vistas como imprescindíveis à imagem da organi-zação e como forma de agregar valor à esta, através de certificações de padrão de qualida-de e aqualida-dequação ambiental (como ISO 9001, SA8000 e AA1000). Como prova disto, pode-mos citar um estudo feito pelo IBMEC de São Paulo, divulgado no final de 2009, onde foi constatado que empresas que figuravam na listagem de qualidade do IDS (Índice de De-senvolvimento Sustentável), tinham um valor de mercado superior em ate 19%.

Assim, os projetos “ecologicamente corretos” se tornam viáveis economicamente e mantêm de forma eficiente as relações entre a sociedade e as empresas consideradas adep-tas da sustentabilidade. Isso torna os concei-tos de sustentabilidade e responsabilidade so-cial cada vez mais intrínsecos e dependentes ( de maneira que o primeiro visa manter os recursos naturais de maneira viável e o se-gundo, uma sociedade mais justa).

EM GOIÁS

No mercado goiano, podemos citar empresas que se importam com este viés sustentável e consciente quanto à situação do Planeta, como o Sebrae Goiás, que rea-lizou no final do ano passado a Semana da

Qualidade de Vida, evento que sediou o

lan-çamento do Programa de Responsabilidade Socioambiental do Sebrae. Esse programa en-globa ações dentro da organização de forma consciente em prol do “anti-desperdício” de materiais. Assim, começam a ajudar o planeta e a sociedade “de dentro” para fora, fazendo primeiro o que está ao alcance de suas mesas e Unidades, depois, da sociedade (incentivan-do as micro e pequenas empresas a trabalhar de forma “verde”) e, mais tarde, à sociedade em que estão inseridos (dando visibilidade aos programas vigentes dentro e fora da or-ganização).

Outro exemplo é o Cemitério e Crema-tório Vale do Cerrado, que tem como objetivo ser uma empresa conhecida como socio-am-bientalmente correta, desenvolvendo ações de marketing que trabalhem as vantagens

sociais e ambientais da empresa. Em função disso, patrocinam eventos ambientais e cul-turais como a Corrida Ecológica de Goiás, a Festa do Divino Pai Eterno e a Caminhada Ecológica Goiânia – Aruanã. Além disso, o Vale do Cerrado é o único cemitério que aten-de integralmente as novas regulamentações do CONAMA (o empreendimento priorizou materiais ecologicamente corretos).

COMPLEXO VALE DO CERRADO

O Complexo Vale do Cerrado –

Ce-mitério Parque e Crematório tem estrutura

arrojada, com área de quase 350 mil m². Edi-ficado às margens da GO-060, Rodovia dos Romeiros, próximo ao Km 7, via de pista du-pla, tem ampla visibilidade e fluxo rápido e tranquilo, além de uma localização estratégi-ca, permitindo acesso extremamente fácil aos usuários, tanto de Goiânia quanto dos muni-cípios vizinhos.

O empreendimento vem ao encontro das necessidades da população de Goiânia, em especial, o entorno da Região Oeste da ci-dade, que ainda não contava com esse serviço público em suas proximidades.

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO VALE

DO CERRADO

O Complexo Vale do Cerrado tem uma preocupação essencial com a responsabilida-de social que é gerada por meio responsabilida-de sua ativi-dade principal. Em qualquer lugar do planeta, o exercício das atividades funerárias é enca-rado como fator social preponderante, já que se trata de assunto muito superior à simples disposição de restos humanos, relacionando-se ao acervo de memórias, relacionando-sentimentos e sau-dade de entes queridos. Tendo esta responsa-bilidade como foco, a empresa atua na área social proporcionando a seus funcionários e à comunidade em geral um ambiente propício para que haja trabalho responsável e coopera-ção com as dificuldades sociais de cada um.

Pensando nisso, o Complexo Vale do Cerrado já desenvolveu alguns projetos de cunho social tais como: Campanha Natal Criança Feliz – TV Serra Dourada; doação de computadores à Associação de Moradores do Conjunto Vera Cruz e Associação de Mo-radores Arco Íris (Residencial Tempo Novo/ Tropical Ville/Jardim Real), para a montagem de escola de informática de uso da comuni-dade; doação de materiais de construção e patrocínio de publicações junto às comunida-des religiosas da região; e patrocínio de ati-vidades culturais e seminários informativos visando o aprofundamento das relações desta empresa com a cultura da região.

SUSTENTABILIDADE NO VALE DO

CERRADO

O Complexo Vale do Cerrado se pro-põe a trabalhar com dedicação à preservação do meio ambiente. Na construção de todas as suas edificações foram utilizadas madeiras oriundas de reflorestamento e as tecnologias utilizadas em seus serviços são inovadoras para o setor (crematórios e cemitérios par-ques), com método moderno de disposição final de resíduos, visando minimizar ou, até mesmo, anular o impacto que as inumações supostamente poderiam provocar no meio ambiente. Além disso, existe um programa de reflorestamento para todo o Complexo, com aproximadamente 70 mil m² de área destaca-dos de seu terreno principal e averbadestaca-dos em reserva legal, tornando-se referência para to-dos os projetos de cemitérios do Brasil. Ao final do processo, irá melhorar de forma sen-sível até mesmo a qualidade do ar.

O sistema de Jazigos contidos e imper-meabilizados adotado pelo Complexo Vale do Cerrado é desenvolvido para evitar em 100% o contato de resíduos com o solo. A implanta-ção do primeiro crematório de Goiânia

(7)

tam-bém traz a nossa cidade um dos métodos mais utilizado no mundo para disposição final de resíduos humanos, considerado ambiental-mente correto.

CREMATÓRIO

Um diferencial para o Complexo Vale do Cerrado é contar com o primeiro Crema-tório de Goiânia. O CremaCrema-tório vem agregar mais valor ao complexo e acrescentar mais uma opção sustentável aos seus serviços. O Crematório do Complexo Vale do Cerrado oferece:

• Cerimônia de despedida do corpo; • Sala climatizada com disposição para 70

pessoas e uma TV 50”;

• Transmissão online da cerimônia de cre-mação e despedida do corpo;

• Acondicionamento do corpo pelo perío-do mínimo determinaperío-do pela justiça; • Preparação do corpo para cremação; • Entrega de urna contendo as cinzas do

ente querido;

• Columbário para acondicionamento da urna, caso seja o desejo da família;

RP: O PROFISSIONAL IDEAL

Além de perceber a importância das “visões verdes” no mundo de hoje – objeti-vando preservar o Planeta para uma melhor qualidade de vida, tanto para esta, como para as próximas gerações -, percebemos que diante da necessidade de visibilidade quanto à imagem das organizações, vemos na Res-ponsabilidade Social e na Sustentabilidade amplos contextos de atuação para o profis-sional mais capacitado quanto à estratégias de comunicação e visibilidade para as orga-nizações que representam: o profissional de Relações Públicas.

Ao contrário do que o senso comum aponta, o estado de Goiás tem sim sediado empresas que desenvolvem projetos direta-mente ligados à Sustentabilidade (Complexo Vale do Cerrado), ou de forma indireta (exem-plo da Semana de Qualidade de Vida no Se-brae, e seu Programa de Responsabilidade Socioambiental “inaugurado” neste evento). Tais fatos, apontam a verdadeira possibilida-de possibilida-de conciliação entre três termos aborda-dos aqui: Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Relações Públicas. Tal profissional, além de ser capacitado para colaborar na ela-boração de projetos e programas sustentáveis (ponto positivo para o Planeta), pode dar vi-sibilidade a eles e à organização que os sedia (ponto positivo para as organizações).

Erica Silva, Luiza Carla, Raqueline Mendonça

O consumo mensal de óleo vegetal, só na cidade de Goiânia, está em torno de 2.601.928 litros. Cerca de 80% dos resíduos deste óleo – mais de dois milhões de litros mensais – é descartado em aterros sanitários e nas redes de esgoto. Um único litro de óleo pode contaminar até 100 mil litros de água. Isto prejudica diretamente a fauna e a flora, além de facilitar a ocorrência de enchentes, causando enormes gastos ao poder público e transtornos à sociedade em geral.

Talvez, como a maioria das pessoas costuma fazer, você descarte o óleo no lixo ou na pia da cozinha. E, como o programa Co-leta Seletiva ainda não possui logística para o recolhimento de resíduos líquidos, mesmo aqueles que são conscientes da necessidade de reciclar o óleo vegetal, podem continuar a descartá-lo de forma inadequada por falta de informação sobre alternativas sustentáveis para o problema.

Para os que se interessam em conhecer e aderir a ações práticas e simples de respon-sabilidade socioambiental, o PACO – Ponto Autorizado de Coleta de Óleo – pode ser uma excelente alternativa. O programa promove a coleta e reciclagem de óleo vegetal usado, visando à preservação do meio ambiente. Criado há mais de um ano pela Associação Fábrica Ação, o PACO disponibiliza galões e estrutura logística para a coleta de óleo em organizações públicas e privadas (especial-mente, em estabelecimentos do ramo alimen-tício), ONGs, sindicatos, escolas, universida-des, comunidades religiosas, condomínios, dentre outros.

A Fábrica Ação é uma instituição sem fins lucrativos que oferece capacitação pro-fissional prática para internos de casas de recuperação através do desenvolvimento de produtos e serviços que promovem a preser-vação do meio ambiente e a sustentabilidade de projetos sociais. O objetivo é gerar traba-lho e renda para ex-dependentes químicos que decidiram enfrentar o grande desafio de se recuperar, voltar ao mercado de trabalho e ter um convívio social saudável.

Os recuperandos são contratados pelo período de um ano e meio, para receber

ca-pacitação teórica e prática numa indústria-es-cola, em Aparecida de Goiânia. A produção de saneantes (sabão e derivados) a partir da reciclagem de óleo vegetal usado é a primeira experiência prática oferecida pela Fábrica Ação. Além da Fábrica de Saneantes, existem outros projetos que serão implantados futura-mente, como a construção de casas utilizando garrafas PET e resíduos da construção civil, a confecção de grades, portões e lixeiras com PVC reciclado e a elaboração de placas cole-toras de energia solar a partir do metal das embalagens Tetra Pak.

Contratado em abril de 2010, Luciano Cardoso, ex-usuário de crack e álcool, foi o primeiro recuperando beneficiado pelo proje-to. “A Fábrica Ação tem sido uma porta de

entrada para o mercado de trabalho, porque para nós é muito difícil arrumar um empre-go digno. Dificilmente alguém quer oferecer uma oportunidade para um ‘ex-drogado’. Com essa parceria entre a Casa de Recupe-ração e a Fábrica Ação, eu passei a ter uma perspectiva de vida melhor, porque estou me profissionalizando. Além de conseguir fazer boas amizades, a gente aprende muito sobre o trabalho em equipe e sobre a importância da parceria.”, compartilhou Luciano.

O lucro obtido na venda do sabão em barra, sabão líquido, sabão em pó, amacian-te de roupas e pasta saneanamacian-te fabricados na indústria-escola, juntamente com as doações feitas por parceiros e mantenedores, é inves-tido na manutenção e ampliação dos projetos socioambientais da associação.

SEJA UM PARCEIRO DESTE PROJETO!

Os interessados em se tornar parceiros da Fábrica Ação, indicar um PACO – Ponto

Autorizado de Coleta de Óleo – ou consultar

a disponibilidade dos pontos mais próximos, podem obter mais informações no site www. fabricaacao.org.br, enviar e-mail para conta-to@fabricaacao.org.br ou entrar em contato pelo telefone (62) 3549-8118.

Samira França

SUSTENTABILIDADE - SOCIAL

Óleo de cozinha:

matéria-prima para a reinserção social

Conheça a associação Fábrica Ação, uma entidade sem fins

lucrativos que promove a reinserção social de ex-dependentes

químicos através de cursos de capacitação baseados na

produ-ção e venda de produtos e serviços de qualidade, que colaboram

com a preservação do meio ambiente.

Inaugurada em janeiro de 2004, no Jardim Tiradentes, um dos bairros mais po-bres e violentos de Aparecida de Goiânia, a Escola Municipal de Educação Integral Mon-teiro Lobato atende 413 alunos com idades entre 06 e 13 anos, sendo que a maioria de-les vive em situação de risco e/ou pobreza. A escola conta com um espaço de 12.000m² de área construída, contendo: 12 salas de aula, quadra poliesportiva, campo de futebol, la-boratório de informática, lala-boratório de ciên-cias, biblioteca, auditório, refeitório, cozinha e estacionamento.

O objetivo principal da instituição é recuperar ambientalmente e utilizar de forma sustentável a área de confluência dos bairros. Através de ações de recuperação e conserva-ção da mata, nascentes e córregos existentes, o projeto visa à melhoria da qualidade de vida não só dos alunos, mas de toda a comunidade local. Além de criar espaços de integração es-cola/aluno/família e promover cidadania com atividades práticas de lazer, cultura, pesquisa e produção de artesanato, há uma preocupa-ção com a questão da acessibilidade para ido-sos e portadores de necessidades especiais, fortalecendo a relação entre comunidade, es-cola e natureza.

Por ser construída em uma área de preservação ambiental, a escola teve a inicia-tiva de cuidar deste espaço promovendo uma conscientização ecológica na comunidade. Antes, era comum a própria escola explorar os recursos naturais de maneira inconsciente, extraindo terra, areia, pedras e madeira. Os reflexos disto podem ser vistos hoje: os recur-sos já não são mais tão abundantes e há mui-tas erosões, desmatamentos e problemas com a fauna e a flora naquela região.

Vista aérea (acima) e fachada da Escola Monteiro Lobato, no Jardim Tiradentes

ESTRUTURA

As salas de aula são padronizadas, com excelente estrutura e estado de conserva-ção. A biblioteca da escola, apesar de peque-na, possui uma grande variedade de livros. A cozinha, o refeitório e a alimentação dos alu-nos e funcionários são exemplares. Além de um rigoroso processo de higienização e orga-nização dos materiais usados na produção das refeições, as cozinheiras utilizam produtos da horta orgânica que a própria escola cultiva em sua área externa. Os banheiros são adaptados para deficientes físicos, bem conservados e estão sempre limpos. A escola possui tam-bém uma quadra poliesportiva, que, infeliz-mente, foi depredada por atos de vandalismo de jovens da comunidade.

Apesar da amplitude e qualidade da estrutura, já faz cinco anos que a escola não recebe verbas para reformas. Ainda assim, as instalações chamam a atenção por sua exce-lente conservação e limpeza – um resultado do trabalho conjunto de professores, alunos e funcionários, que entendem a necessidade de preservar e ajudar na manutenção do espaço em que vivem.

Biblioteca e refeitório da escola; a estrutura é adequada para que as crianças passem o dia na escola, podendo inclusive

descansar após o almoço.

ENSINO INTEGRAL E DE QUALIDADE

Na Escola Monteiro Lobato as aulas são descontraídas e contam com a participa-ção de todos. Não há um professor específico para a Educação Física, pois todos os profes-sores realizam atividades que envolvem a mo-vimentação corporal e a prática de exercícios físicos.

Os educadores têm liberdade para preparar e ministrar suas aulas, tornando-as mais dinâmicas e divertidas, evitando a ro-tina, o que desenvolve nos alunos um perfil descontraído e interativo.

Os alunos são constantemente incentivados a praticar atividades físicas e culturais

PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Boa parte dos alimentos consumidos na escola vem de uma horta orgânica constru-ída e mantida por ela mesma. Além de evitar que a escola gaste na compra de alguns vege-tais, a horta se tornou auto-sustentável. Uma parte da produção abastece a escola e a outra é vendida na comunidade local a um preço acessível. A renda é investida na manutenção e melhoria da horta.

Os alunos são orientados por um pro-fessor a cuidar da horta. Eles aprendem todo o processo de plantação, cultivo e colheita dos alimentos, desde cuidados com o solo até

Um modelo de escola sustentável

Com um projeto inovador, a Escola Municipal Monteiro Lobato, localizada em Aparecida de Goiânia,

Goiás, é referência em educação ambiental, provando que sustentabilidade e educação devem andar

juntas e produzir conscientização socioambiental na comunidade.

Referências

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