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Apenas mais um instante. Isabella Cunha Lopes

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Academic year: 2021

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(1)

Apenas mais um

Apenas mais um

Apenas mais um

Apenas mais um

instante.

instante.

instante.

instante.

(2)

Às vezes deixamos de dizer o que pensamos e o que

Às vezes deixamos de dizer o que pensamos e o que

Às vezes deixamos de dizer o que pensamos e o que

Às vezes deixamos de dizer o que pensamos e o que

sentimos...

sentimos...

sentimos...

sentimos...

Às vezes ocultamos uma verdade

Às vezes ocultamos uma verdade

Às vezes ocultamos uma verdade

Às vezes ocultamos uma verdade

Às vezes nos escondemos, nos omitimos

Às vezes nos escondemos, nos omitimos

Às vezes nos escondemos, nos omitimos

Às vezes nos escondemos, nos omitimos

Enquanto deveríamos apenas falar..

Enquanto deveríamos apenas falar..

Enquanto deveríamos apenas falar..

Enquanto deveríamos apenas falar... Aproveitar a

. Aproveitar a

. Aproveitar a

. Aproveitar a

oportunidade

oportunidade

oportunidade

oportunidade

(3)

Capítulo I – A noite em que o conheci.

Um amor não escolhe hora nem lugar para começar... Às vezes

ele quase passa por cima de você...

Não era uma noite bonita, o tempo estava chuvoso, as estrelas encobertas por extensas nuvens pretas...

A rua estava vazia, no cruzamento nenhum carro passava... Abri minha sombrinha, e decidi atravessar a rua. Estava tão distraída que quase não vi o carro chegando perto de mim...

O motorista freou bruscamente a poucos metros de mim ... Estava

assustado e eu mais ainda... Naquele momento fiquei paralisada... Ele saiu do carro e veio correndo até mim

- Hey! Você tá bem? – disse se abaixando e pegando a sombrinha que eu havia deixado cair no chão

- Sim... Eu só me assustei um pouco – Eu sorri,e ele colocou uma mão em meu ombro.

- Tem certeza? – Os olhos dele refletiam uma enorme ternura e seu cabelo cacheado, molhado, lhe dava um ar angelical.

- Sim...- eu pensei um poço- Tenho que ir agora... –comecei a andar - Espera... – ele veio correndo atrás de mim – Deixa eu te levar em casa... Está chovendo muito

- Não precisa... Moro logo ali... – apontei para o fim da rua, após o semáforo

- tudo bem então... – ele parou de andar, mas logo falou – Hey! Não vai me dizer seu nome?

- Bárbara – eu disse olhando pra trás e sorrindo - Até mais Bárbara...

Eu continuei andando na chuva... Já havia me molhado demais para me importar.

Quando cheguei em casa tomei um banho demorado, e logo fui me deitar.

...

- Bom dia– Eu disse sorridente envolvida pelos braços dele

- Bom dia linda... – Ele me beijou e se levantou – O dia está tão bonito! - Está sim... Mas você é mais... – eu me levantei e fui abraçar ele que estava em frente à janela.

- Obrigado... – ele sorriu e se virou para me abraçar – Eu te amo – disse baixinho, como se aquelas palavras tivesse escapado pela boca dele - Oi? – eu sorri

(4)

- Eu.... – eu engasguei

- Não precisa dizer nada agora... Sei que é cedo ainda... Mas ainda vou fazer essas palavras escaparem da sua boca... – ele me beijou

...

- Ohh.... – Acordei suada, abraçada em meu travesseiro, com o sol batendo em meu rosto.

Que coisa estranha... Sonhar com alguém que nem conheço direito... Aquele acidente deve ter mexido comigo...

(5)

Capítulo II - A sombrinha vermelha.

O amor é um sentimento estranho... Chega e eu não sei da onde

vem, acontece eu não sei o porquê e ama simplesmente por

amar...

Me levantei da cama, e fui andando lentamente até a porta... Abri... Ele estava apoiado na parede em frente à porta

- Oi... – ele disse sorrindo e levantando minha sombrinha – Você esqueceu isso comigo ontem... Fiquei preocupado, pode chover , e você não pode ficar sem sombrinha! – ele riu se desapoiando e chagando mais perto de mim

- Desculpa... Me dá um minuto... Acho que ainda estou dormindo, vou ali acordar e já volto... – eu fechei a porta, mas de sobressalto abri novamente – Eu não to dormindo né...

- Até aonde eu sei não... – ele disse confuso

- Desculpa – eu sorri sem graça – Como você soube meu endereço?

- bom, eu vim na direção que você falou ontem... E perguntei aonde mora “ a Bárbara”, depois de algumas Bárbaras, acabei te achando

- Entendi...

- Vim lhe entregar isso – ele estendeu a sombrinha - Obrigada... – eu peguei

- Até mais? - até mais...

- Isso quer dizer que vou te ver mais uma vez?

- Se for nosso destino – eu sorri – Vamos deixá-lo cuidar disso - tudo bem... Tchau

-Tchau – eu fechei a porta, e fui até a cozinha, mas logo a campainha tocou novamente – Oi? – eu atendi, era ele novamente

- Será que o destino já não fez muito deixando a sua sombrinha comigo? - Como assim?

- Pensa... Se não fosse o seu destino me ver, eu não teria ficado com sua sombrinha. E se não fosse o meu destino te ver, eu não teria te achado nesse bairro que deve ter no mínimo umas 10 Bárbaras...

- Estou te acompanhando...

- Então, pra que dar mais trabalho para o destino? Você está me vendo, certo? – ele perguntou levantando uma das sobrancelhas e dando uma voltinha

- Estou – Que menino doido...

- Eu também estou te vendo... Então, essa já e a “próxima vez” que eu perguntei se iria te ver, isso quer dizer que, mesmo querendo não dar trabalho pro destino, eu vim aqui por que é nosso destino nos vermos mais vezes...

(6)

- Eu me perdi no meio da sua explicação... Mas, não seria mais fácil você simplesmente dizer : “você quer sair comigo?”

- Você quer sair comigo? – ele perguntou receoso, chegando mais perto de mim

- Essa hora da manha? – eu ri – Vamos ter um café da manhã a luz de velas?

- Faz o seguinte... Vem comigo, e se você não gostar do seu dia eu nunca mais te procuro

- E se eu gostar?

- Bom... Aí você me diz o que quer depois

- Parece justo. Bom, tenho que me trocar... Vamos aonde? - Surpresa!

- Ok... Entra, fico pronta em alguns minutos...

Demorei mais que alguns minutos no banheiro... Não tinha ideia do que vestir... Que loucura! Nunca saí com um desconhecido assim... Mas sinto que posso confiar nele...

- Pronto... – eu saí, havia colocado um short jeans e uma blusa preta - Está linda... – ele disse desviando o olhar dos porta-retratos e olhando para mim

- Obrigada – eu disse envergonhada – Posso te fazer uma pergunta? - Só se eu puder fazer uma depois

-Hmm... Ok, eu gostaria de saber seu nome... Ou também é uma surpresa?

- Me chamo Alex...desculpa não ter me apresentado - tudo bem – eu sorri

- Minha vez né... Então, você gosta de crianças? - Crianças... hum, sim, gosto

- Então vamos...

Que dia maluco... Primeiro eu e ele tomamos café em um bar muito estranho... E que estranhamente a comida era ótima... Depois fomos a um bairro bem longe de onde eu moro, e eu descobri que lá, ele era como um “herói” para todas as crianças... Ele as ensinava a jogar futebol, todos o adorava... Até eu joguei um pouco... Passamos a tarde ali, a cada instante eu me encantava mais por aquele lugar... e por ele...

- Hey artilheira, vamos? – ele disse depois que voltou de dentro de uma casa

- Vamos... – eu sorri e limpei o suor da minha testa - Então, como foi o seu dia?

- Foi ótimo – eu disse me aproximando dele

- Quero que você conheça um lugar antes da gente ir embora...

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Capítulo III – A noite em que te perdi

Não perca a oportunidade de dizer algo para alguém... Você pode

ter outra oportunidade de dizer, ou não...

Ele pegou na minha mão e me levou pra dentro de uma casa ali perto. Não estava mobiliada...

- Aqui que eu cresci – ele disse olhando em volta - Oh... É bem bonito...

- É simples... Mas pra mim, quando menor, era como se fosse um palácio...

- Era o seu palácio... – eu sorri e entrei, nos fundos da casa tinha uma varanda pequena com uma vista linda, ele me seguiu

- Sim, o meu palácio... Essa – disse se referindo a paisagem vista pela varanda – Era a coisa mais bonita que eu havia visto... Até ontem - ele me abraçou pelas costas – Hoje, com você aqui, vejo que não tem como essa vista ficar mais linda...

- Eu sei um jeito... – eu disse me virando pra ele, e desviando meu olhar - Me diz então...

- Prefiro te mostrar... – eu beijei de leve seu lábio inferior, e depois o superior... Ele me puxou para mais perto e me beijou intensamente... - Realmente – e beijou meus lábiosd e leve – Assim fica tudo mais bonito... – eu sorri envergonhada – Acho melhor a gente ir, tá tarde

- Então vamos... – nós fomos nos despedir das crianças e logo ele me levou até em casa.

- Boa noite linda – ele me levou até na porta e me beijou

- Espera... Agora é a minha vez de te mostrar uma coisa... Vem comigo - Me mostrar?

- Ahan...

Nós subimos até o terraço da minha casa, ele estava meio confuso. - Então... Legal o terraço... – ele disse rindo

- Eu não vim te mostra isso seu bobo, - eu peguei uma coberta e abri no chão - Você hoje me mostrou aonde você ia quando era menor... Agora vou te mostrar uma coisa que eu adorava fazer... – eu me sentei na coberta – senta aqui...

- Ok...

- Olha pro céu... – eu me deitei – Eu ficava trilhando caminhos nas estrelas... Tinha medo de me perder...

- Medo de se perder? – ele se deitou também, coma cabeça apoiada em uma das mãos

- Sim... Sabe aquela estrela ali? – eu apontei – aquela bem pequena? - Sei...

(8)

- Então, eu sempre gostei dela... Toda noite subia aqui pra ver se ela estava lá... Estranho não é?

- Muito estranho – ele sorriu – Tá vendo aquela estrela do lado dessa? - Aquela maior?

- Ahan... Então, agora é a minha estrela... Toda vez que você vier procurar a sua, estarei perto dela...

- Vou vir procurar mais vezes então

- Você não vai precisar... Sempre que quiser estarei com você... - Sempre... – eu repeti enquanto ele se aproximava para me beijar...

(...)

- Bom dia– Eu disse sorridente envolvida pelos braços dele

- Bom dia linda... – Ele me beijou e se levantou – O dia está tão bonito! - Está sim... Mas você é mais... – eu me levantei e fui abraçar ele que estava em frente à janela.

- Obrigado... – ele sorriu e se virou para me abraçar – Eu te amo – disse baixinho, como se aquelas palavras tivesse escapado pela boca dele - Oi? – eu sorri

- Te amo...

- Eu.... – eu engasguei - Espera... Você sabe que é cedo pra eu dizer isso, mas...

- Mas ainda vou fazer essas palavras escaparem da sua boca... – ele disse estranhando – Você sabia exatamente o que eu ia dizer...

- Eu sonhei com isso...

- Sonhou comigo? – ele sorriu e me abraçou – Bom sinal... Vou na padaria comprar algo pra gente comer... Estou com fome...

- Ok... – eu o beijei – Eu...Eu te espero - Te amo linda...

Cinco minutos depois ouvi uma movimentação na rua... Todos gritavam, da janela pude ver um corpo no chão, enquanto que um carro estava parado mais a frente...

Não... Não podia ser!

Eu desci correndo, quando cheguei lá em baixo uma ambulância estava chegando na rua... Passei por todos e cheguei perto dele...

- Alex... – eu disse chorando e me ajoelhando ao lado dele - Bárbara... Não chora ... Por favor – ele disse com dificuldade – Obrigado... – Seu olhar logo ficou fixo, eu não podia sentir seu coração pulsar... Havia perdido muito sangue.

- Alex... Alex! Não amor... Por favor... Não faz isso – eu o puxei para meu colo – Eu te amo...

(9)

Os paramédicos chegaram e tentaram reanimá-lo, mas nada

adiantou... eu queria voltar naquela noite... Nessa manha... Pra ter apenas mais um instante... Ter a oportunidade de dizer o que realmente sentia... Dizer que o amava...

Referências

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