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Grupo EDP. Frota de ligeiros eletrificada até D O S S I E R F I S C A L Como o IVA e a Tributação Autónoma condicionam as escolhas

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Academic year: 2021

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N.º 48

MARÇO 2021 | TRIMESTRAL | ANO XII 3,50 EUROS GESTÃO DE FROTA E MERCADO AUTOMÓVEL PROFISSIONAL fleetmagazine.pt

Grupo

EDP

Frota de ligeiros

eletrificada

até 2030

DOSSIER FISCAL

Como o IVA e a

Tributação Autónoma

condicionam as escolhas

Automóvel como

rendimento em espécie:

quanto ganha a empresa?

O TCO dos elétricos

e plug-in é mais reduzido.

Saiba porquê

(2)
(3)

Hugo Jorge

DIRETOR

hj@fleetmagazine.pt

Editorial

DIRETOR Hugo Jorge (hj@fleetmagazine.pt)

EDITOR Rogério Lopes (rl@fleetmagazine.pt) REDAÇÃO David Santos (ds@fleetmagazine.pt) PUBLICIDADE Carina Dinis (cd@fleetmagazine.pt)

ASSINATURAS E EVENTOS Carina Dinis (cd@fleetmagazine.pt)

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SEDE DE REDAÇÃO R. Alberto Oliveira, 2, 1.º Drt 1700-070 Lisboa

COLABORAM NESTA EDIÇÃO Elsa Marvanejo da Costa, Hélder Pedro, Nelson Lage, Miguel Vassalo, Pedro Miranda, Renato Carreira, LeasePlan Portugal, Viseeon Portugal

FOTOS Augusto Brázio, Micaela Neto, Fleet Magazine PAGINAÇÃO Pedro Marques

PERIODICIDADE Trimestral ASSINATURA ANUAL 14 euros (4 números) IMPRESSÃO DPS - Digital Priting Solutions MLP, Quinta do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva Cacém – Tel: 214 337 000 N.º REGISTO ERC 125.585 DEPÓSITO LEGAL 306604/10 TIRAGEM 3500 EXEMPLARES

ESTATUTO EDITORIAL DISPONÍVEL EM WWW.FLEETMAGAZINE.PT/QUEM-SOMOS

© COPYRIGHT: NOS TERMOS LEGAIS EM VIGOR é TOTALMENTE INTERDITA A uTILIzAçãO Ou A REPRODuçãO DESTA PuBLICAçãO, NO SEu TODO Ou EM PARTE, SEM A AuTORIzAçãO PRéVIA E POR ESCRITO DA “FLEET MAGAzINE”.

Do

8 ao 80

T

al como acontece nos jogos de ténis, fomos apanhados em contrapé neste início de ano.

Esperava-se que as empresas vol-tassem ao normal, que a rotina entre os colaboradores regressasse e que, já agora, os automóveis, ou melhor dizendo, a mobilidade, voltasse a fazer parte da nossa vida.

Infelizmente, nada disso aconteceu. Os discursos de comiseração regressaram e o deses-pero das empresas continuou. Mas, ao mesmo tempo, há alguma esperança e um prazo mais ou menos previsto para que tudo volte ao normal. No entanto, uma ideia recorrente é que, depois da pandemia, nada voltará a ser como era. No nosso sector, isso reflete-se de várias formas.

Uma delas é que as compras de automóveis vão cair em flecha. Como estes meses passados vieram a provar, é possível ter modelos de trabalho híbridos em que os colaboradores das empresas passam uma parte da semana em casa e outra na empresa. Isto diminui as deslocações e assim o carro deixará de ser necessário. As empresas terão menos necessidade de entregar carros aos seus colaboradores, dado que a necessidade não será tão óbvia.

Por outro lado, as reuniões por Zoom tam-bém vieram mostrar que muitas deslocações são desnecessárias. Mais uma vez, a necessidade de

ter carro para deslocações profissionais deixa de estar tão presente.

No entanto, eu acho que o carro vai continuar a ser uma ferramenta de trabalho muito impor-tante, mesmo sem contar com as viaturas opera-cionais ou de vendas. Se a fiscalidade se mantiver como está, as empresas e os colaboradores terão interesse em que o automóvel continue a fazer parte dos benefícios do pacote salarial. Mesmo que o carro passe a andar apenas metade da dis-tância, continua a ter um peso psicológico muito importante na vida das pessoas. Obviamente, esta realidade vai trazer algumas alterações. As quilo-metragens contratadas em renting vão diminuir e talvez seja este o momento do carsharing, mas continuaremos a contar com o carro. Se fossem precisos dados concretos, pensem em como as instituições utilizam as deslocações das pessoas para tomar decisões sobre o confinamento ou como o mercado de usados chegou a ter falta de carros para vender no último trimestre do ano passado.

O mundo que vem a seguir a isto vai ser pouco diferente do que conhecemos. E vai ser diferente para melhor. Não estamos a meio de uma revolução. Estamos só num intervalo que não quisemos fazer.

O carro vai continuar

a ser uma ferramenta de

trabalho muito importante.

Se a fiscalidade se

mantiver como

está, as empresas e os

colaboradores terão

interesse em que o

automóvel continue a fazer

parte dos benefícios do

pacote salarial

(4)

6 Notícias

8 Mercado automóvel

12 Prémios Fleet Magazine

Os vencedores em 2020

14 Opinião, Nelson Lage

MOVE+ aliado da descarbonização

16 Prémios Fleet Magazine

Apresentação do Júri de 2020

22 Opinião, Hélder Pedro

Falta de estratégia para a Mobilidade Elétrica

27 Opinião, Renato Carreira

O caminho da eletrificação

36 Opinião, Elsa Marvanejo da Costa

O valor residual das viaturas

38 Custos de Utilização

Gasóleo ou Híbridos Plug-In?

40 Opinião, Pedro Miranda

Mobilidade elétrica, uma certeza irreversível

42 MOON: A eletrificação integrada e sustentável

44 BusUp

Mobilidade empresarial sem automóvel

46 Opinião, Miguel Vassalo

Evolução revolucionária na distribuição automóvel

48 Destaque Marca

LEXUS

50 Destaque Modelo

Mercedes-Benz Classe C

52 Entrevista: Francisco Morais, diretor de marketing e vendas da MAXUS

54 Novidades

VW Caddy Opel Mokka Nissan Qashqai

58 Ensaios

Seat Leon PHEV Volkswagen Golf 2.0 TDI Audi e-Tron

Ford Kuga 2.0 MHEV

Índice

24

António

Oliveira

Martins

LeasePlan: resposta rápida à Covid-19

N.º 48

MARçO 2021 fleetmagazine.pt

29

Dossier

Fiscal

Guia completo para poupar com a frota

18

Frota

Grupo EDP

Prémios Frota do Ano e Frota Verde em 2020

(5)
(6)

Notícias

COMPORTAMENTO DO RENTING

E DO LEASING EM 2020

A aquisição de veículos em renting caiu 27,5% em 2020. As

aquisições somaram apenas 27.115 veículos (22.451 ligeiros

de passageiros e 4.664 comerciais ligeiros), quebrando a

trajetória de crescimento verificada nos últimos anos.

Dados da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e

Renting (ALF) indicam uma diminuição de 26,8% no valor de

produção anual, para 557,3 milhões de euros.

A frota total gerida pelas empresas de renting contraiu

apenas 2,4% em número de viaturas (total de 118.805

viaturas), valendo 1,91 mil milhões de euros – um recuo de

1,1% face a 2019.

Estes números resultam do prolongamento dos contratos

que terminavam em 2020.

Quanto ao leasing, registou-se uma queda de 22,3% no total

da produção, quando comparado com 2019.

Em 2020 foram investidos 1,04 mil milhões de euros na

contratualização de viaturas em leasing, o que corresponde

a 33.411 contratos. Foram aplicados 795 milhões de euros

em viaturas ligeiras: 553 milhões contratualizados por

empresas, 241 milhões por clientes particulares.

Os restantes 249 milhões de euros couberam a viaturas

pesadas.

47,1%

QuEDA DO COMéRCIO DE LIGEIROS DE PASSAGEIROS, EM PORTuGAL, NOS PRIMEIROS DOIS MESES DE 2021. FOI O MERCADO QuE REGISTOu A CONTRAçãO PERCENTuAL MAIS ELEVADA ENTRE OS PAíSES DA uE

—O Europcar Mobility Group lançou novas soluções de aluguer flexível de automóveis para clientes profissionais. As-sentes numa subscrição mensal fixa, estas soluções visam substituir o aluguer com termo fixo e mesmo a posse do veículo. Com três produtos – Flex, Superflex e DuoFlex – existe um período inicial de teste de um mês de aluguer. Após esse período, a empresa gere a sua subscrição de acordo com as suas necessidades, sem compromissos, pré-pagamento ou taxas de cancelamento.

Estão disponíveis diversos veículos e opções de quilometragem, sendo que a manutenção, segurança e pneus também estão incluídos no produto.

A Free2Move disponibilizou uma solução de aluguer flexível Car On Demand.

Construída à medida do cliente profis-sional ou particular, a solução permite usufruir de um veículo ao longo de vários meses, assumindo ou não um compromisso em termos de duração. O Car On Demand contempla duas op-ções: uma assinatura sem fidelização ou restrições, com seguro incluído, a partir de 350 euros/mês ou um contrato com uma duração média de seis ou 12 meses, a partir de 299 euros/mês.

Através da plataforma da Free2Move, o cliente subscreve a opção mais adequada às suas necessidades e escolhe um dos vários modelos disponíveis, entre as várias opções com motor de combustão, híbrido ou 100% elétrico.

(7)

FISCALIDADE AUTOMÓVEL PARA EMPRESAS

E ENI EM DEBATE ONLINE

VIATURAS ELéTRICAS: MENOS INCENTIVOS

PARA EMPRESAS

FINLOG COMEMORA 28 ANOS E OFERECE

BICICLETA ELéTRICA

A Fleet Magazine e a Viseeon Portugal vão promover encontros regulares para discutir o tema da fiscalidade, junto de gestores de frota e responsáveis de compra de viaturas para empresa.

A Fiscalidade Automóvel para empresas será debatida nas suas várias vertentes, da aquisição e utilização dos veículos aos modelos de tributação e de alívio fiscal, da sua aplicação na transição energética da frota ao uso da mobilidade multimodal, por exemplo.

O evento é gratuito e os convidados podem interagir em direto ou através de mensagem. As conversas vão ficar depois disponíveis na plataforma Youtube da Fleet Magazine e da Viseeon.

O primeiro encontro online vai decorrer dia 8 de abril de 2021, a partir das 17 horas.

Os interessados em acompanhar e participar nas discussões devem enviar um email para rl@fleetmagazine.pt, com indicação do nome, identificação da empresa e dimensão da frota.

O incentivo fiscal para empresas na aquisição de comerciais ligeiros elétricos triplicou em relação a 2020, passando de dois mil para seis mil euros por veículo.

Em 2021, as empresas deixam de poder contar com o mesmo incentivo na aquisição de ligeiros de passageiros 100% elétricos, estando este apoio reservado apenas para clientes particulares. Outra novidade do Despacho n.º 2535/2021 publicado em Diário da República a 5 de março,

com o Regulamento para a atribuição do Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões para 2021, é o aumento do valor monetário destinado à aquisição de bicicletas de carga, no sentido de apoiar a atividade de distribuição urbana sem emissões.

Em 2021, a verba total de incentivos à aquisição de 100% elétricos é de quatro milhões de euros.

A 28.º aniversário da Finlog é comemorado com a oferta de uma bicicleta elétrica a quem escolher uma das viaturas da campanha renting BMW ou Fiat 500.

A oferta, válida até 9 de abril, não é acumulável com cartão Caetano Go e contempla os seguintes modelos híbridos: Fiat 500, BMW 330e, BMW

330e Touring, BMW 530e, BMW X1 e BMW X2. Em mês de aniversário, a Finlog pretende assim fomentar a mobilidade dos seus clientes com a oferta de uma bicicleta que, equipada com um pequeno motor elétrico, ajuda nas deslocações e na manutenção da mobilidade.

A LeasePlan estabeleceu uma parceria com a Turiscar para promover a experiência da condução elétrica. Através desta parceria, os clientes Lease-Plan terão disponíveis veículos elétricos de substituição para imobilizações de curta duração (até 24 horas).

A Turiscar está responsável pela entrega e receção dos veículos, sendo solicitada uma avaliação da experiência no final da utilização do carro elétrico. Todos os veículos abrangidos por esta inicia-tiva estão equipados com dístico verde, cartão de carregamento elétrico na rede pública e cabos de carregamento para uso doméstico e ligação à rede de carre-gamento pública.

A partir de 2023 a Mitsubishi vai produzir novos modelos para a Europa em cooperação com o grupo Renault. O acordo celebrado permitirá à marca adaptar a oferta ao gosto do cliente eu-ropeu e cumprir com as normas ambien-tais comunitárias. Desconhece-se ainda que carros da Mitsubishi serão fabrica-dos nas unidades fabris da Renault.

Até 2030, a Volvo será um fabricante de automóveis exclusivamente elétricos e vai remover gradualmente a sua gama de motores a combustão interna, onde se incluem os híbridos.

Já em 2025, a marca sueca espera que 50% do volume de vendas sejam mode-los 100% elétricos. A Volvo vai também aumentar o investimento nos canais digitais e passar a vender os seus veículos elétricos exclusivamente online.

ARVAL FAZ PARCERIA COM O AMBIENTE

A Arval e a ClimateSeed uniram forças numa

parceria ambiental mundial.

O objetivo desta parceria é acompanhar os clientes da Arval ao longo do seu percurso rumo às emissões carbono zero e, ao mesmo tempo, oferecer contribuições climáticas às empresas que estejam comprometidas com o processo de descarbonização da sua frota.

Isso é conseguido através da disponibilização de um catálogo de projetos certificados e centrados na redução carbónica.

A parceria consiste em cinco etapas: — Elaboração de um plano de redução das emissões de CO2 para a frota dos clientes Arval; — Cálculo da nova pegada de carbono da empresa; — Os clientes Arval passam a ter acesso gratuito à plataforma ClimateSeed

— Podem selecionar e contribuir para projetos certificados de redução de CO2 através da plataforma da ClimateSeed;

— Entrega de um kit de comunicação externa e interna para mostrarem as ações realizadas.

(8)

MERCADO

Radiografia

2020

(Dados ACAP/ACEA)

LIGEIROS DE PASSAGEIROS

Mercado Unidades Quota Variação VLP Anual União Europeia 9.942.509 — 23,7% Alemanha 2.917.678 29,35% -19,1% França 1.650.118 16,6% -25,5% Itália 1.381.496 13,89% -27,9% Espanha 851.211 13,89% -32,3% Portugal 145.417 1,46% -35% Restante mercado 2.965.589 30,14% -32,75% Ligeiros de passageiros

Sem o Reino Unido, a expressão dos qua-tro maiores mercados europeus (Alemanha, França, Itália e Espanha) manteve-se estável em 2020. Caiu 0,6% em 2020 para 68,4%. Quase sete em cada dez matrículas aconteceram num destes quatro mercados.

Comerciais ligeiros

Sem o Reino Unido, a quota dos restan-tes quatro maiores mercados europeus cresceu 0,67%, face a 2019, para os 68,56%. França e Alemanha fizeram quase metade das matrículas do segmento.

COMERCIAIS LIGEIROS

Mercado Unidades Quota Variação VCL Anual União Europeia 1 .439. 427 — -17,6% Alemanha 267. 832 18,61% -12,2% França 401. 154 27,87% -16,1% Itália 159. 709 11,10% -15% Espanha 158 .198 10,99% -26,5% Portugal 27. 578 1,92% -28,3% Restante mercado 424. 956 29,52% -21,04%

MERCADO CARROS NOVOS PORTUGAL

(Variação face a 2019)

145.417

Ligeiros de passageiros (- 35%)

27.454

Comerciais ligeiros (-28,3%)

CARROS NOVOS UNIÃO EUROPEIA

9.942.509

Ligeiros de Passageiros (-23,7%)

1.429.427

Comerciais Ligeiros (-17,6%)

PRODUÇÃO AUTOMÓVEL PORTUGAL

211.281 unidades

Ligeiros de passageiros (- 25,1 %)

49.855 unidades

Comerciais ligeiros (-14,3 %)

IDADE MÉDIA DO PARQUE AUTOMÓVEL (2019)

12,7 anos

Ligeiros de passageiros

13,8 anos

Comerciais ligeiros

RANKING MARCA E MODELOS

(Variação face a 2019)

PORTUGAL

TOP 10 marcas. Passageiros

1. Renault -35,8% 2. Peugeot -33% 3. Mercedes-Benz -17% 4. BMW -24,5% 5. Citroën -41,1% 6. Nissan -28,5% 7. Fiat -53,1% 8. Seat -37,6% 9. Volkswagen -32,8% 10. Ford -27,3%

TOP 10 modelos. Passageiros

1. Renault Clio -25,4% 2. Mercedes-Benz Classe A -23,7% 3. Peugeot 2008 -4% 4. Renault Captur -42,8% 5. Peugeot 208 -31,1% 6. Citroën C3 -41,1% 7. BMW Série 1 -2,9% 8. Renault Megane -46,3% 9. Fiat 500 -37,6% 10. Fiat Tipo -54,5% TOP 10 elétricos 1. Tesla Model 3 2. Renault ZOE 3. Nissan LEAF 4. Hyundai Kauai 5. Peugeot e-208 6. Smart fortwo 7. Peugeot e-2008 8. Jaguar I-Pace 9. Mini Cooper SE 10. Mercedes-Benz EQC TOP 10 marcas. Comerciais

1. Peugeot -23,5% 2. Renault -48,8% 3. Citroën -20,9% 4. Fiat -33,4% 5. Opel -11,9% 6. Ford -22,3% 7. Toyota 12,7% 8. Mercedes-Benz -33,1% 9. Volkswagen -3,9% 10. Iveco -28,8%

(9)

Proporção das vendas de ligeiros de passageiros segundo tipo de mecânica e respetiva variação do volume de matrículas face a 2019. 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Gasolina 29,8% 32,5% 34,3% 39,3% 49,2% 44,2%

Gasóleo 67,5% 64,5% 60,8% 53,3% 39,9% 32,8%

Gasolina/GPL 0,4% 0,5% 0,8% 0,8% 0,9% 1,0% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Elétricos 0,4% 0,5% 0,7% 1,8% 3,1% 5,4%

Híbridos Elétricos Convencionais 1,7% 1,5% 2,1% 3,2% 4,2% 8,2%

Híbridos Elétricos Plug-in 0,3% 0,5% 1,1% 1,7% 2,8% 8,2%

9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0%

TOP 10 modelos. Comerciais

1. Peugeot Partner -29,6%

2. Citroën Berlingo -20,2%

3. Renault Kangoo Express -46,1%

4. Opel Combo -17,6% 5. Fiat Doblò -46,2% 6. Renault Master -20,8% 7. Toyota Hilux -9,1% 8. Iveco Daily -28,4% 9. Peugeot Boxer 26,3% 10. Fiat Ducato -7,1% UNIÃO EUROPEIA TOP 10 marcas. Passageiros

1. Volkswagen -24,6% 2. Renault -22,9% 3. Peugeot -22,9% 4. Mercedes-Benz -14,2% 5. Škoda -14,9% 6. Toyota -12,5% 7. BMW -15,6% 8. Ford -30,6% 9. Audi -19,1% 10. Fiat -24,9%

TOP 10 ligeiros de passageiros

1. Renault Clio -19,8% 2. Volkswagen Golf -30,4% 3. Peugeot 208 -11,9% 4. Škoda Octavia -13,6% 5. Renault Captur -21,6% 6. Dacia Sandero -26,6% 7. Opel Corsa -9,5% 8. Toyota Yaris -17% 9. Volkswagen Tiguan -33,9% 10. Fiat Panda -20,4% TOP 10 elétricos 1. Renault ZOE 118% 2. Tesla Model 3 -9%

3. Volkswagen ID.3 novo

4. Hyundai Kauai 112%

5. Volkswagen e-Golf 18%

6. Peugeot e-208 novo

7. Kia Niro 208%

8. Nissan LEAF -5%

9. Audi e-tron 45%

10. BMW i3 -27%

ENERGIA

Em contraste com os motores a gasóleo (-46,6%) e a gasolina (-41,7%), o aumento do número de modelos eletrificados, 100% elétricos (+13,8%) e, sobretudo, das mecânicas híbridas plug-in (+104,7%), é muito devido às compras feitas por empresas.

Nos híbridos (+26,3%) incluem-se as mecânicas mild-hybrid. Os gráficos dos últimos cinco anos (em baixo) evidenciam o declínio do gasóleo e o crescimento do mercado dos eletrificados, estimulado pela Reforma da Fiscalidade Verde.

(10)

MERCADO

RaC recua 70%

A queda de 70% deste canal contribuiu bastante para a redução de 35% do mercado de ligeiros de passageiros. O que se constata no facto da quota do RaC nas compras desse segmento ter descido para 13,54% em 2020, em contraste com os 29% registados em 2019.

Por segmento, os modelos mais adquiridos foram o Fiat 500 (A), Renault Clio (B), Renault Megane (C), Peugeot 5008 (D) e BMW Série 5 (E). MERCADO RENT-A-CAR (Matrículas/Variação face a 2019)

19.692 unidades

Ligeiros de passageiros (-69.7 %)

3.031 unidades

Comerciais ligeiros (-44,9%)

Radiografia

2020

(Dados ACAP/ARAC/INDICATA)

TOP 10 marcas. Ligeiros de passageiros (Variação face a 2019) 1.º Renault(-70%) 2.º Peugeot (-53%) 3.º Opel (-79%) 4.º Nissan (-65%) 5.º Mercedes-Benz (-56%) 6.º Volkswagen (-71%) 7.º Citroën (-65%) 8.º BMW (-76%) 9.º Fiat (-87%) 10.º Seat (-63%)

TOP 10 Marcas. Ligeiros de passageiros

(Variação face a 2019) 1.º Peugeot (-23,38%) 2.º Renault (-36,73%) 3.º Mercedes-Benz (24,20%) 4.º BMW (21,56%) 5.º Audi (-18,96%) 6.º Citroën (-27,56%) 7.º Volkswagen (-28,40%) 8.º Mini (-19,63%) i 9.º Volvo (-43,64%) 10.º Nissan (-34,58%)

Usados importados crescem

proporcionalmente

Apesar de ter descido de 79.422 para 58.080 o número de importações de viaturas ligeiras de passageiros usadas, a redução acentuada do comércio de veículos novos gerou um aumento da dimensão deste mercado.

Valeu quase 40% do número de novas matrículas em 2020, 4,5% mais do que tinha realizado em 2019.

O início da pandemia fez com que Portugal sofresse uma das maiores quebras de vendas de usados a nível europeu, atingindo o seu ponto mais baixo em Abril de 2020, com -64,4% em relação ao mesmo mês de 2019, de acordo com os dados do Observatório INDICATA. Ainda que após o desconfinamento o mercado de usados tenha rapidamente recuperado e em grande parte do ano estado acima do que tinham sido os números do ano anterior, acaba por fechar 2020 com uma queda de 2,8%.

A venda de usados elétricos e híbridos esteve em destaque em 2020 e as motorizações a gasolina levaram

vantagem em relação aos diesel, de acordo com os dados apresentados pela mesma fonte. A escassez de stock de usados para venda, aliada a um nível de procura saudável, caracterizaria o ano de 2020.

O desequilíbrio entre a oferta e a procura resultante, durante grande parte de 2020, permitiu que os preços de retalho não fossem afetados, mantendo-se estáveis e superando o declínio natural do ciclo de vida do produto, esperado para a amostra constante e consistente de veículos utilizada pelo Observatório INDICATA.

MERCADO DE USADOS IMPORTADOS

(Matrículas/Variação face a 2019)

58.080 unidades

Ligeiros de passageiros (-26,9%) (39,9% do mercado de veículos novos)

Os preços de retalho mantêm-se fortes no mercado português. O “salto” observado na passagem do ano deve-se à alteração do ano da amostra (veículos com 3 anos) que passou de 2017 para 2018 (Fonte: Observatório INDICATA).

Evolução do preço por retalho Portugal 2020/2021 (index 100)

Um ano de altos e baixos no mercado de usados

100,0 100,2 97,7 98,0 98,2 98,5 98,6 98,4 98,5 99,9 98,2 100,2 99,9 100,1 99,8 100,0

(11)
(12)

EVENTOS

PRÉMIOS FLEET MAGAZINE

Os carros e as

empresas

premiadas

—— Com a singularidade dos prémios Frota do Ano e Frota Verde terem sido ganhos pela mesma empresa, estes são os vencedores da edição 2020 dos Prémios Fleet Magazine, iniciativa que contou com o apoio da ADENE e patrocínio exclusivo da VERIZON CONNECT

BMW 330e Touring PHEV

Carro de Empresa (VLP)

Carro de Empresa de 27.500 euros a 35 mil euros

Ao obter a maior pontuação entre todos os mo-delos concorrentes, o BMW 330e Touring PHEV Corporate Edition venceu a categoria “Carro de Empresa”. O preço, a qualidade de construção, a posição de condução e o enquadramento na frota de uma empresa foram os fatores mais apreciados pelo júri.

VW Golf 2.0 TDI

Carro de Empresa até 27.500 euros

Na categoria com mais carros a concurso, o Volkswagen Golf 2.0 TDI Life destacou-se com a pontuação mais elevada em sete das nove questões avaliadas (a mais alta na condução e desempenho dinâmico), recolhendo 87% dos votos possíveis na soma dos nove critérios votados pelo júri.

Kia e-Niro

Carro Elétrico de Empresa

Concorrente único ao escalão acima dos 35 mil euros (preço para frota, em 2020, de 36.430 euros + IVA), a ausência de adversários impediu o Kia e-Niro de receber o prémio da categoria. No entanto, ao obter a maior pontuação entre todos os modelos elétricos a concurso, venceu automaticamente a categoria “Carro Elétrico de Empresa".

(13)

VERIZON CONNECT É

PATROCINADORA EXCLUSIVA DOS

PRÉMIOS FLEET MAGAZINE

Em 2020, os Prémios Fleet Magazine contaram com o patrocínio exclusivo da Verizon Connect, empresa especializada em sistemas de localização de veículos e soluções avançadas na gestão de frotas através de GPS. Esse patrocínio foi renovado para 2021.

"Patrocinar os prémios Fleet Magazine é para nós uma oportunidade única de poder apoiar um projeto inovador no sector de frotas português. Ao premiar não apenas viaturas mas também projetos de mobilidade responsáveis e sustentáveis no sector das frotas, a Fleet Magazine marca a diferença e contribui para que haja um maior conhecimento sobre o que de melhor se faz neste sector em Portugal", refere Mónica Dias, diretora de Marketing da Verizon Connect no nosso país.

A digitalização da gestão da frota, com recurso à telemática para a recolha de métricas essenciais para a identificação de tendências de utilização das viaturas, é essencial para identificar focos de ineficiência e oportunidades para melhorar o rendimento da frota.

Volkswagen e-Crafter

Carro Comercial de Empresa

O primeiro furgão com emissões zero da Volkswagen Veículos Comerciais recolheu o maior número de votos. As pontuações mais elevadas do Volkswagen e-Crafter foram alcançadas nas categorias “Capacidade de carga/ versatilidade profissional” e “Enquadramento na frota de uma empresa”.

EDP

Frota do Ano Frota Verde

O movimento de transição energética da frota da EDP e o desenvolvimento de soluções internas de melhoria de eficiência e de processos foi razão comum que levou a empresa a distinguir-se das restantes competidoras, justificando a dupla conquista da EDP. Com duas ações distintas: a atri-buição do Prémio Frota do Ano foi da responsabilidade de um júri de elementos das seis principais gestoras de frota em Portugal, que analisou os projetos a concurso; já o Prémio Frota Verde resulta da avaliação da ADENE – Agência para a Energia, que utilizou a metodologia MOVE+ para certificar a frota vencedora

LeasePlan

Gestora de Frota

Foi a sexta vez que a LeasePlan conquistou este prémio. Porém, é o primeiro ano em que o vencedor obtém a classificação mais elevada em todos os critérios votados. A LeasePlan conquistou 83,3% dos pontos possíveis na avaliação dada pelo júri em 2020.

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Nelson Lage

PRESIDENTE DA ADENE

Opinião

A aposta no transporte público é uma das mais importantes medidas de descarbonização e, com o aumento da procura, a resposta terá de passar pelo aumento da oferta, com recurso a veículos de baixas emissões.

Na batalha pela descarbonização, importa repensar as cidades e os seus modelos organizacio-nais, privilegiando as soluções de menor impacto ambiental. Esta mudança passa pelo reforço na mobilidade elétrica e nos biocombustíveis, bem como veículos movidos a hidrogénio, como parte de um processo que vise a substituição progressiva da mobilidade individual pela mobilidade coletiva. Mais importante que o investimento tecno-lógico, será o investimento no comportamento humano por via da formação, promovendo-se a adoção de práticas mais eficientes através da eco condução, introduzindo comportamentos de mobilidade sustentável.

A ADENE quer ajudar os stakeholders do sector a cumprir os desafios colocados. Juntos, levaremos a cabo uma das transformações mais radicais no setor energético. Contamos com a FLEET MAGAZINE e com os gestores de frota e de mobilidade para dar corpo a esta ambição.

N

as próximas décadas, o setor dos transportes, e o rodovi-ário em particular, vai sofrer uma mudança radical. Hoje representa mais de um ter-ço do consumo de energia final em Portugal, mas os objetivos traçados no Roteiro para a Neutralidade Carbónica e no Plano Nacional de Energia e Clima 2030 apontam para uma redução de 98% das emis-sões de dióxido carbono até 2050, face a 2005. O desafio é gigantesco já que, numa década, teremos de repensar e otimizar soluções e tecnologias.

A ADENE – Agência para a Energia procura contribuir para a transição energética na mobi-lidade, começando pela melhoria da eficiência na gestão de frotas automóveis. Há pouco mais de três anos, a ADENE tornou-se parceira da FLEET MAGAZINE, participando na atribuição do Prémio Frota Verde. Com uma metodologia pioneira de avaliação e classificação do desem-penho energético de frotas, selecionámos os vencedores do Prémio Frota Verde e atribuímos o certificado energético de frota: Samsung em 2018, Beltrão Coelho em 2019 e EDP em 2020.

Em 2019, este sistema de avaliação foi con-solidado na iniciativa MOVE+ e lançado na Conferência de Gestão de Frotas, com o apoio da FLEET MAGAZINE Desde então, a certificação MOVE+ é feita em contexto de mercado, por au-ditores independentes, formados e reconhecidos pela ADENE. Em 2020, o MOVE+ conseguiu, no primeiro ano de operação, certificar 22 frotas, num total de mais de 4.000 viaturas.

A ADENE sabe que as organizações são parte da solução para o desafio de uma mobilidade mais eficiente, sustentável e descarbonizada. Em conjunto com parceiros, como a Fleet Magazine, queremos contribuir para a transferência de co-nhecimento, apontando soluções e partilhando boas práticas.

O objetivo da ADENE é continuar a pro-mover a certificação de frotas, melhorando as ferramentas disponíveis às frotas MOVE+,

alargando o seu âmbito de aplicação. Em 2021, além do alargamento à certificação de frotas de viaturas pesadas, pretendemos, ampliar o âmbito de aplicação do MOVE+. A nossa ambição passa por classificar o desempenho das organizações e de territórios em práticas de gestão da mobilidade nas suas diferentes dimensões e meios, indo do transporte auto-móvel à mobilidade suave.

Em linha com o cumprimento da promoção da mobilidade sustentável, cumprindo as metas do PNEC2030, queremos promover a utiliza-ção de fontes de energia renovável em frotas de transporte, a promoção dos veículos elétricos na micrologística urbana e a implementação de pontos de carregamento de veículos elétricos nos edifícios privados.

Porque os ganhos ambientais e de eficiência serão de grande relevância na próxima década, a ADENE pretende dinamizar a mobilidade partilhada como o carsharing, bike sharing e carpooling, contribuindo para a diminuição do uso de combustíveis fósseis, que serão, pro-gressivamente, substituídos por eletricidade, biocombustíveis e hidrogénio.

A certificação MOVE+ é feita em contexto de mercado, por

auditores independentes, formados e reconhecidos pela

ADENE. Em 2020, o MOVE+ conseguiu, no primeiro ano de

operação, certificar 22 frotas, num total de mais de 4.000

viaturas

MOVE+

aliado da

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(16)

João Pedro Ganchas

Grupo ISQ

Responsável Departamento de Frota

Em parque no final 2020: • 520 Ligeiros de Passageiros • 130 Comerciais Ligeiros Renovações em 2020: • Não existiram

Renovações/aquisições planeadas para 2021: • 6 Ligeiros de Passageiros

• 100 Comerciais Ligeiros Modelo predominante: • Renting

Desafios 2020:

1. Definição de escalões de atribuição de viaturas 2. Negociação

3. Fiscalidade

4. Definir melhor TCO 5. Sinistralidade Desafios 2021:

1. Definição de escalões de atribuição de viaturas 2. Fiscalidade

3. Definir melhor TCO 4. Negociação

5. Sinistralidade Avaliação:

Os Prémios Fleet Magazine são de extrema impor-tância, particularmente para o segmento de frota empresarial, ao realçar e evidenciar as análises e pontos de vista diferenciados das diversas organiza-ções. Promovem ainda a avaliação de produtos de diferentes marcas de acordo com a sua perspetiva empresarial, contribuindo para um conhecimento mais pormenorizado das viaturas no mercado.

Franquelim Ribeiro Lima

DIA Portugal

Gestor de Frota Em parque no final 2020: • 274 Ligeiros de Passageiros • 52 Comerciais Ligeiros Renovações em 2020: • Não existiram

Renovações/aquisições planeadas para 2021: • 100 viaturas

Modelo predominante: • AOV

Desafios 2020: 1. Negociação

2. Definir melhor TCO

3. Definição de escalões de atribuição de viaturas 4. Fiscalidade

5. Sinistralidade Desafios 2021: 1. Negociação; 2. Definir melhor TCO

3. Definição de escalões de atribuição de viaturas 4. Fiscalidade

5. Sinistralidade Avaliação:

Iniciativa de extrema importância, com um nível de excelência elevado, para o mercado das Frotas e Mobilidade. Serve também de barómetro para pequenas e médias empresas analisarem as melhores opções para as suas necessidades de mobilidade. Ou para as muitas pequenas empresas que não têm um gestor de frota alocado que lhes permita efetuar a gestão interna do seu parque.

EVENTOS

PRÉMIOS FLEET MAGAZINE

Um júri de

decisores

—— Conheça os elementos que testaram e avaliaram os

automóveis a concurso e que votaram para o Prémio de melhor Gestora de Frota. Quem são, quantos carros gerem, quantos vão renovar em 2021 e os desafios que esperam enfrentar este ano

Alberto Lameiro

Banco Credibom

Gestor de Frota Em parque no final 2020: • 99 Ligeiros de Passageiros Renovações em 2020: • 13 Viaturas

Renovações/aquisições planeadas para 2021: • 100 viaturas

Modelo predominante: • Renting

Desafios 2020: 1. Negociação

2. Definição de escalões de atribuição de viaturas 3. Definir melhor TCO

4. Fiscalidade 5. Sinistralidade Desafios 2021: 1. Fiscalidade;

2. Definir melhor TCO; 3. Negociação;

4. Definição de escalões de atribuição de viaturas; 5. Sinistralidade

Avaliação:

Boa oportunidade para um conhecimento mais aprofundado de diferentes viaturas no enquadra-mento empresarial. Excelente iniciativa e profissio-nalismo da FLEET MAGAZINE na organização e promoção dos Prémios.

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Rute Figueiredo

Konica Minolta Portugal

Accounting, SCM, Fleet & Facilities manager

Em parque no final 2020: • 80 Ligeiros de Passageiros • 59 Comerciais Ligeiros Renovações em 2020: • Não existiram

Renovações/aquisições planeadas para 2021: • 80 Ligeiros de Passageiros • 12 Comerciais Ligeiros Modelo predominante: • AOV Desafios 2020: 1. Fiscalidade

2. Definir melhor TCO 3. Negociação

4. Sinistralidade

5. Definição de escalões de atribuição de viaturas Desafios 2021:

1. Fiscalidade

2. Definir melhor TCO 3. Negociação

4. Sinistralidade

5. Definição de escalões de atribuição de viaturas Avaliação:

A participação como júri nestes Prémios permitiu-me conhecer, através do “saber de experiência feito”, novas marcas e tecnologias. Considero a interação com as marcas envolvidas muito positiva, assim como a decorrência do concurso, que me permitiram aprender muito mais, deixando-me melhor prepa-rada para os desafios que esta função contempla.

Luís Lobato

Randstad Portugal

Facility & Supply Chain Manager

Em parque no final 2020: • 225 Ligeiros de Passageiros • 1 Comercial Ligeiro Renovações em 2020: • 158 viaturas

Renovações/aquisições planeadas para 2021: • 180 viaturas

Modelo predominante: • Renting

Desafios 2020: 1. Fiscalidade

2. Definir melhor TCO 3. Negociação

4. Sinistralidade

5. Definição de escalões de atribuição de viaturas Desafios 2021:

1. Fiscalidade

2. Definir melhor TCO 3. Negociação

4. Sinistralidade

5. Definição de escalões de atribuição de viaturas Avaliação:

Excelente iniciativa da Fleet Magazine, ainda mais num ano tão desafiante como o de 2020. A atribuição dos Prémios permite ao júri realizar a avaliação, com base num modelo transparente e profissional, de marcas e modelos enquadrados com as necessidades das organizações, não esquecendo as locadoras. Julgo que. num futuro breve, além da avaliação de viaturas e locadoras, seria interessante a avaliação de outras soluções de mobilidade que não as tradicionais.

Sónia Escaleira

Eurest

Assistente de Direção, Direção Compras

Em parque no final 2020: • 99 Ligeiros de Passageiros • 105 Comerciais Ligeiros Renovações em 2020: • 39 Ligeiros de Passageiros

Renovações/aquisições planeadas para 2021: • 40 Ligeiros de Passageiros • 11 Comerciais Ligeiros Modelo predominante: • AOV Desafios 2020: 1. Negociação

2. Definir melhor TCO 3. Fiscalidade

4. Definição de escalões de atribuição de viaturas 5. Sinistralidade

Desafios 2021: 1. Negociação

6. Definir melhor TCO 7. Fiscalidade

8. Definição de escalões de atribuição de viaturas 9. Sinistralidade

Avaliação:

Os Prémios Fleet Magazine vêm proporcionar uma experiência mais aprofundada de cada modelo. Permite comparações de comportamentos em estra-da, que são muito importantes para uma avaliação final. Num momento em que o mercado automóvel está numa fase de adaptação para atingir melhorias ambientais e aposta noutro tipo de soluções, as em-presas têm, nesta fase, de perceber como antecipar e adaptar as suas necessidades a estas novas realidades.

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REPORTAGEM

FROTA GRUPO EDP

Um

pacto

com

o ambiente

—— Com uma frota de cerca de três mil viaturas, 21% das quais são modelos elétricos ou híbridos plug-in, a EDP segue uma política rígida no que se refere ao compromisso assumido pela empresa: eletrificar 100% da sua frota ligeira, em todas as geografias do grupo, até 2030

O

grupo EDP venceu as categorias Frota Verde e Frota do Ano da edição 2020 dos Prémios Fleet Magazine. Denominador comum na conquista dos dois troféus, atribuídos por diferen-tes júris, é o trabalho que está a ser feito pela empresa no domínio da transição energética da frota, com apoio de ferramentas de melhoria de eficiência do seu uso que foram desenvolvidas internamente.

Ana Cardoso, atual responsável da frota do grupo em Portugal, explica o modelo seguido e a razão de algumas escolhas, realçando que os mecanismos de comunicação criados para facilitar a interação entre os utilizadores das viaturas e os respetivos departamentos de controlo são fundamentais para a melhoria da eficiência dos processos de gestão de um parque automóvel tão diversificado e disperso pelo país.

Como está constituída a estrutura de de-cisão em relação à frota automóvel? Qual o modelo de gestão e como se processa a des-centralização da gestão das viaturas por cada uma das empresas ou área geográfica?

A gestão de frota está centralizada na EDP Global Solutions, empresa do grupo EDP res-ponsável pelos serviços corporativos e partilhados. Esta área é responsável por adquirir e gerir todas as viaturas do grupo EDP.

O modelo de gestão prevê um alinhamento com todas as empresas do grupo, de forma a se identificarem anualmente as necessidades de compra. O ciclo de vida é gerido de acordo com regras definidas e previstas na política de gestão das viaturas de serviço.

Qual é o modelo de decisão quer de atri-buição de viaturas, quer de negociação?

A atribuição é gerida com base na política de gestão de viaturas de serviço. A sua

negocia-ção é efetuada através de uma consulta anual ao mercado gerida pela Unidade de Procurement Global da EDP e de acordo com a política de compras existente no grupo.

Sendo que as viaturas são adquiridas para propriedade, qual é o modelo de alienação após o período da sua utilização?

As viaturas são alienadas após cumprirem os requisitos definidos na política de gestão das viaturas de serviço, de acordo com a idade da viatura, os quilómetros e a sua tecnologia.

Qual o grau de autonomia dos utiliza-dores das viaturas, nomeadamente na gestão de operações de rotina como manutenção preditiva, troca de pneus ou outra, como apresentação de despesas com a viatura? Possuem ferramentas de comunicação neste sentido, quer internas (utilizador/EDP), quer outras, por exemplo entre o utilizador e a gestora, por exemplo?

A EDP revolucionou o seu modelo de co-municação com os colaboradores em 2018, com a implementação de uma plataforma de pedidos de serviço, desenvolvida à medida das necessidades da área de frota.

Esta plataforma permite a total disponibi-lização dos serviços de frota ao colaborador em self-service.

Conseguem medir o resultado da criação desses automatismos, que foram uma das ra-zões que justificou o voto para Frota do Ano por parte do júri dos Prémios Fleet Magazine?

Esta forma de aproximar a relação com o colaborador tem demonstrado resultados muito positivos:

• 95% de pedidos da frota em 2020 com um feedback positivo por parte dos colaboradores;

• 96% dos pedidos da frota geridos dentro do tempo definido nos níveis de serviço.

(19)

O que vendemos, acima

de tudo, é mão de obra

especializada

Ana Cardoso

é responsável da frota do Grupo EDP

Marta Belo

assumiu há cerca de dois anos e meio a Direção dos Serviços Corporativos, da qual a Gestão de Frota é uma das áreas de negócio. A direção faz parte da EDP Global Solutions, responsável pelos serviços partilhados e transversais aos vários negócios do grupo.

(20)

REPORTAGEM

FROTA GRUPO EDP

A utilização de veículos

elétricos de forma diária

e por colaboradores

com funções distintas

permite à empresa ter

uma visão fundamental no

desenvolvimento de novos

produtos e soluções:

a visão do cliente

Eletrificação da frota

O que desencadeou o processo de ele-trificação da frota e que desafios tiveram de enfrentar?

A EDP assumiu o compromisso de ser líder na eletrificação da economia. Perante este ob-jetivo, definiu um conjunto de metas, entre as quais se inclui o compromisso de eletrificação de 100% da sua frota ligeira, em todas as geografias do grupo, até 2030.

Paralelamente, e alinhado com este propósito, a EDP assinou o Compromisso Lisboa Capital Verde 2020 – Ação Climática Lisboa 2030 e aderiu ao Pacto de Mobilidade Empresarial para a Cidade de Lisboa. Ambos com objetivos defi-nidos para a eletrificação das frotas das empresas. Com a evolução do mercado automóvel, no que se refere ao segmento dos elétricos, nome-adamente com maiores níveis de autonomia, foi possível aumentar o número de viaturas de serviço. Por isso, desde 2018 que temos superado a meta anual definida.

Houve algum tipo de formação para os utilizadores?

Para além de ações de promoção das via-turas elétricas (nomeadamente, através de eventos em parceria com as marcas que dis-ponibilizaram modelos para test-drive nas instalações da EDP), está em curso um plano de comunicação sobre as viaturas elétricas e respetivas vantagens.

A EDP tem também um programa para a mobilidade sustentável, com um comité respon-sável pela implementação de diversas iniciativas na vertente da mobilidade elétrica, das quais destacamos a possibilidade de os colaborado-res virem a ter um desconto na aquisição e na

Outro fator destacado pelo júri foi a eficá-cia do sistema interno de partilha de veículo. Podem explicar como se processa, o grau de recetividade e quantificar o resultado dessa decisão?

O “Car Fleet Sharing”, a plataforma interna para gestão das viaturas partilhadas, foi criada com os objetivos não só de melhorar a experi-ência dos nossos colaboradores na reserva de viaturas partilhadas, mas também para obter indicadores relativos à utilização das viaturas e promover a partilha da utilização das viaturas entre colaboradores da EDP.

Esta solução está integrada na app mobile disponível para os nossos colaboradores, assim como na intranet da EDP. Os resultados apre-sentados na aplicação mostram que é privilegiada a utilização de viaturas elétricas, assim como a partilha de viagens entre colaboradores. Quando o colaborador pesquisa uma viatura, é apresentada por default uma viatura elétrica.

B.I.

>Número de veículos: Cerca 3.000

viaturas, dispersas geograficamente por todo o país. Sensivelmente 70% da frota afeta à E-REDES, a anterior EDP Distribuição

>Marca(s), modelo(s) e tipologias de ligeiros predominantes: Principais

modelos ligeiros de serviço: Renault Clio (17%), Toyota Auris (13%) e Fiat Grand Punto (12%). Mais de 620 do total da frota são viaturas elétricas ou plug-in

>Idade média da frota: ligeiros de

passageiros em média com seis anos; comerciais ligeiros em média com sete anos. Viaturas técnicas (pequeno furgão, grande furgão, pick-ups, chassis cabine, entre outros) têm, em média, nove anos

>Modelo de aquisição habitual: Em

Portugal, atualmente é aquisição para propriedade

>Requisitos que geralmente constem no caderno de encargos das aquisições: seguindo uma estratégia de

sustentabilidade e de promoção de boas práticas ambientais, todas as viaturas adquiridas têm como requisito um número máximo de emissões de CO2. São também considerados critérios de TCO e um limite mínimo de autonomia, no caso de viaturas elétricas ou híbridas plug-in. Viaturas de serviço técnicas com especificações ao nível do tipo de equipamentos e de características técnicas essenciais para cumprimento das funções

>Política de frota: Existem políticas

internas de utilização de viaturas do grupo EDP em Portugal. Têm como objetivo definir normas que promovam a segurança dos condutores, das viaturas e de terceiros, assim como garantir uma gestão de frota eficiente

>Frota decorada? Para que modelo/ função de viaturas?

Todas as viaturas de serviço da EDP em Portugal estão decoradas com a marca e logótipos das empresas nas quais são utilizadas

(21)

instalação de “Chargers EDP” nas suas casas, uma iniciativa que será implementada ainda neste semestre.

Em termos operacionais, como é feita a análise da distribuição das viaturas elétricas pelas diferentes áreas geográficas?

Através de uma análise das necessidades de cada área do grupo EDP e da autonomia dos veículos e do seu tempo de carregamen-to, foram identificadas as necessidades que poderiam ser garantidas com a utilização de viaturas elétricas.

Há desafios que ainda se colocam neste ou noutro âmbito relativamente à mobilidade elétrica? Nomeadamente a falta de oferta de viaturas para determinadas operações…

Há desafios num mercado que ainda está em

No “Car Fleet Sharing”,

a plataforma interna

para gestão das

viaturas partilhadas,

quando o colaborador

pesquisa uma viatura, é

apresentada por default

uma viatura elétrica

Prémio Frota do Ano

Marta Belo explica desta forma a importância do reconhecimento do projeto de melhoria dos processos com a gestão das viaturas, que conduziu à atribuição do Prémio Frota do Ano:

“Este prémio é um reconhecimento do caminho que estamos a construir com a nossa frota, para nos posicionarmos no que de melhor se faz em Portugal nesta área, com uma gestão de frota eficiente e um nível de excelência no serviço ao cliente.

Este prémio reflete igualmente o trabalho que temos vindo a desenvolver, bem como o plano de melhoria contínua, orientado para o cliente e desenhado para o futuro. Foi uma surpresa muito positiva a atribuição deste prémio e o sentimento é de orgulho e de agradecimento pelo reconhecimento e classificação atribuída ao nosso modelo de gestão de frota, perante um júri de excelência e de elevada referência neste sector”.

Prémio Frota Verde

Ana Cardoso destaca na participação dos Prémios Fleet Magazine uma mais-valia importante, além da vitória do troféu Frota Verde: a interação com a ADENE no decorrer do processo de avaliação foi útil para identificar as melhores práticas no sentido de atingir os objetivos traçados para a frota do grupo EDP.

“O compromisso do grupo EDP para eletrificar totalmente a frota ligeira até 2030 reflete-se na atuação e compromisso de toda a equipa na promoção de iniciativas e soluções que permitam atingir esse resultado.

As interações com a ADENE traduziram-se sempre numa mais-valia, pois permitiram importar para a nossa gestão as melhores práticas que ajudam a consolidar a nossa visão de futuro e que otimizam a gestão da frota.

A atribuição do certificado MOVE+ representa um estímulo adicional para toda a equipa que diariamente gere cerca de 3.000 viaturas, vindo igualmente dinamizar a migração que queremos fazer para o elétrico.”

crescimento. No caso concreto das operações da EDP, destacaríamos a falta de oferta de viaturas com autonomia superior a 500 quilómetros, o preço das viaturas e, também, as opções no segmento técnico. Nomeadamente as pick-up e os furgões grandes.

Com que apoios puderam contar?

Com o incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões (2020).

Que balanço pode ser feito desde o início do processo, nomeadamente em termos de redução de custos ou poupança de emissões?

Estimamos que, até 2025, sejam reduzidos mais de quatro milhões de euros na gestão da nossa frota, em comparação com 2018.

Já sobre as emissões de CO2, este indica-dor é reportado anualmente no Relatório de Sustentabilidade da EDP: em relação à frota, em 2019, as emissões de CO2 foram de 15 kt, uma redução de 3 kt face a 2016.

A experiência da EDP na utilização de veículos elétricos é de alguma forma útil para a atividade do grupo, enquanto fornecedor de soluções para a mobilidade elétrica?

A EDP tem a ambição de liderar o cres-cimento da mobilidade elétrica em Portugal, estando continuamente a desenvolver soluções de carregamento público e privado, de forma a tornar a utilização de um veículo elétrico cada vez mais fácil e integrada.

Assim, a utilização de veículos elétricos de forma diária e por colaboradores com funções distintas permite à empresa ter uma visão funda-mental no desenvolvimento de novos produtos e soluções: a visão do cliente.

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Hélder Pedro

SECRETáRIO-GERAL ACAP

Opinião

Falta de estratégia para

a

mobilidade elétrica

veículos eletrificados. Portugal deve seguir a ten-dência definida a nível europeu, aumentando para um milhão em 2024 e para 3 milhões em 2029. Na versão apresentada pelo Governo, o ponto referente à mobilidade sustentável apenas prevê o alargamento da rede de metropolitano em Lisboa e Porto. Não tendo nada contra esta medida, consideramos que é claramente insuficiente quando estamos a falar da mobilidade sustentável do país no seu conjunto.

De igual modo, aquela proposta nada diz no que se refere à necessária renovação de um dos par-ques mais envelhecidos da Europa. Contrariando, até, aquilo que a Comissão Europeia apresenta como propostas para uma mobilidade “clean, smart and fair” e nas suas “guidelines”, para os planos de recuperação nacionais. Assim, a ACAP propõe, de novo, a inclusão da criação de um incentivo ao abate de veículos com mais de dez anos, substituindo-os por veículos novos com emissões muito mais redu-zidas ou mesmo sem emissões. Contribui-se assim, também, para uma maior segurança rodoviária, ao fomentar a utilização de veículos equipados com tecnologias modernas e mais seguras.

Este plano de renovação do parque circulante permitirá retirar de circulação veículos com emissões médias de 170 gramas de CO2/km, substituindo-os por veículos com emissões médias de 95 gramas. Segundo os nossos cálculos, um plano que abranges-se 40 mil veículos, levaria a uma redução de 10.800 toneladas de CO2 e uma poupança energética de 3,2 milhões de litros de combustível/ano. Equivalente a 33.200 barris de petróleo.

Em conclusão, a recente proposta de PRR, as-sim como o Despacho sobre incentivos à compra de elétricos, demonstram uma falta de estratégia do Governo no que respeita à mobilidade elétri-ca em Portugal. Se a proposta de PRR não for alterada, como a ACAP propõe, esta será uma oportunidade perdida.

N

o âmbito da transição climá-tica, a indústria automóvel é uma parte da solução para a redução das emissões po-luentes e de gases de efeitos de estufa. É a que mais tem investido em I&D na União Europeia, o que permitiu, em 20 anos, uma descida de 45% nas emissões de CO2 dos veículos automóveis. É também o sector económico que mais reduziu as emissões nos últimos anos. Além de melhorar o desempenho ambiental nas fases de produção e de utilização, os fabricantes de automóveis têm promovido, em parceria com os operadores de reciclagem, uma utilização mais circular dos mate-riais presentes no automóvel. Quando este atinge o fim de vida, os veículos são reaproveitados, sob a forma de material ou energia, em mais de 95%. E em termos de diversidade, a indústria passou a ter uma oferta bastante alargada de veículos, em termos de tipo de energia, sempre com foco em modelos de baixas emissões.

Em 2020, as vendas de veículos elétricos repre-sentaram 5,4% do mercado português e o conjunto de veículos eletrificados constituiu 13,4%, valor que compara com 11,9% na União Europeia.

O sector automóvel tem um forte peso na economia nacional, representando 15% das ex-portações totais. O automóvel é o produto mais exportado. Adicionalmente, representa 21% do total de receitas fiscais. No entanto, foi um dos sectores mais afetados por esta crise pandémica, com o mercado automóvel de ligeiros de passa-geiros a sofrer uma queda de 35% face ao ano de 2019. Foi a terceira maior queda percentual, não só em todos os 27 países da União Europeia, mas também em comparação com o Reino Unido.

No mês de Janeiro, e só em parte em vir-tude do confinamento, o mercado automóvel caiu 31%, quando a contração média da União

Europeia foi de 24%. Em Fevereiro, com todo o mês em confinamento, a queda foi de 59%.

A mudança no comportamento dos consu-midores, o aumento da consciência ambiental, o peso da apertada regulamentação europeia, assim como a concretização do “Green Deal”, poten-ciam um ecossistema de mobilidade sustentável, onde o automóvel desempenha um papel crucial na transição energética e no desejado processo de descarbonização. Assim, a aposta em veículos eletrificados é fundamental para o cumprimento dos referidos objetivos de redução de emissões, na próxima década. Adicionalmente, é necessário que todos os estados-membros da União Europeia contribuam de forma harmonizada e holística para atingir estas metas.

Por conseguinte, os governos desempenham um papel crucial nesta transição energética, no apoio à mobilidade elétrica e no relançar da eco-nomia. Todavia, a proposta de programa nacional de recuperação e resiliência (PRR), nada propõe, lamentavelmente, a este respeito. Acresce um fator muito penalizador: a publicação do despacho sobre veículos elétricos, onde os incentivos à compra destes veículos foram reduzidos drasti-camente para as empresas, em contraciclo com políticas seguidas noutros estados-membros, que reforçaram os apoios à sua aquisição. Termina, assim, para as empresas a vantagem comparativa relativamente a veículos do mesmo segmento a combustão interna, especialmente no momento de forte incerteza que atravessamos.

No que respeita ao referido PRR, a ACAP apresentou uma proposta no âmbito do processo de discussão pública. Propusemos que, no ponto referente à mobilidade sustentável, seja previsto um programa específico de apoio à mobilidade elétrica, por forma a incentivar a percentagem destes veículos no mercado. Deve, também, ser previsto o reforço dos pontos de carregamento de

(23)
(24)

ENTREVISTA

ANTÓNIO OLIVEIRA MARTINS, DIRETOR-GERAL DA LEASEPLAN PORTUGAL

Os tempos que

vivemos pedem

respostas

ágeis

e flexíveis

—— As contingências geradas pela Covid-19 obrigaram a LeasePlan a desencadear mecanismos de resposta para garantir tranquilidade aos seus clientes, que foram rápidos de implementar devido à flexibilidade inerente ao produto renting. 2020 confirmou também o crescimento da procura de veículos elétricos e plug-in por parte de empresas e particulares

quisemos retirar a ansiedade aos nossos clientes, que não sabem como vai ser o seu dia de amanhã ou como vão estar daqui a quatro anos. Do ponto de vista operacional, embora tivéssemos mudado vários aspetos internamente, nada se alterou na habitual resposta que damos aos nossos clientes.

Foi uma oportunidade para reforçar a aposta em soluções flexíveis? Que nível de adesão houve para esse tipo de oferta?

Os tempos que vivemos, marcados pela incerteza e pela enorme dificuldade em fazer previsões, pedem respostas ágeis. Foi por isso que criámos o FlexiPlan, um produto que se enquadra nas nossas soluções flexíveis e que tem a vantagem de incluir todos os serviços numa renda mensal, com a possibilidade de ser um aluguer de curto prazo.

Vocacionado para PME, particulares e tam-bém para empresas de grande dimensão, esta proposta comercial da LeasePlan tem tido uma ótima aceitação. Daqui a algum tempo vamos perceber qual a real duração destes contratos, já que a flexibilidade é total e se o cliente já não precisar do carro, entrega-o e não tem qualquer custo de penalização.

É um produto disponível também para clientes particulares? Com o mesmo tipo de utilidade?

O FlexiPlan é um produto transversal. Cobre as necessidades de mobilidade das PME, das grandes empresas e também dos particulares.

Sentiram que o contexto influenciou a procura por parte de clientes particulares?

A Covid-19 causou um enorme impacto nos hábitos de mobilidade em todo o mundo, o que gerou um aumento na procura de soluções de

A

Covid-19 desencadeou altera-ções profundas na mobilidade dos cidadãos e das empresas. Com a atividade económica reduzida por efeito da pan-demia, as incertezas quanto às necessidades de renovação de frota e as dificulda-des na entrega de viaturas por parte das marcas obrigou as gestoras a procurar soluções para ultrapassar as dificuldades dos clientes, desen-volvendo respostas mais flexíveis para enfrentar uma fase cujas consequências ainda persistem.

A LeasePlan foi ágil nesse domínio, quer através de propostas de extensões de contrato de viaturas, na produção de relatórios de tendências e de estudos comparativos dos custos de utilização de vários modelos de viatura, apoiando e contri-buindo com soluções para a tomada de decisões. Isto mesmo pareceu refletir-se na votação do júri dos Prémios FLEET MAGAZINE 2020, que atribuíram a vitória à LeasePlan na cate-goria Gestora de Frota. Com o feito inédito de ter obtido a classificação máxima em todos os critérios escrutinados, de acordo com a avaliação dos gestores de frota que compunham o painel.

Como decorreu a atividade da LeasePlan em 2020?

Sentimos uma quebra grande na produção de novos contratos, fruto do contexto, mas

sobretudo da nossa política de prolongamento de contratos. Por outro lado, em termos de frota gerida, pelas mesmas razões, conseguimos manter um número estável que muito nos satisfaz.

O cenário de redução dos serviços da rede de concessionários e o fecho temporário de muitas fábricas na Europa e no resto do mundo também gerou dificuldade em disponibilizar prazos de entrega precisos aos nossos clientes. Em face disso, a solução encontrada pela LeasePlan também passou por continuar a garantir a mobilidade dos seus clientes procedendo à extensão dos contratos. À luz da incerteza atual, fez mais sentido, na nossa perspetiva, estender os contratos por 12 meses, tendo assim espaço para a reavaliação de decisões no futuro próximo.

Que outras ações desenvolveram para en-frentar as dificuldades?

Esta não é a primeira crise com que lidamos e isso deu-nos alguma experiência para encarar esta situação. Em renting e em tempos de crise, do ponto de vista comercial, pode existir uma maior dificuldade em assumir compromissos de médio e longo prazo.

O que fizemos foi criar soluções mais flexíveis, como por exemplo para as datas de final de contra-to. Incentivámos o seu prolongamento, para que o cliente não fosse forçado a tomar decisões para as quais tem pouca informação. Como já disse,

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aquisição de veículos, nomeadamente por parte dos particulares. Isso mesmo é confirmado nas conclusões da edição 'Novo Normal' do Mobility Insights Reports, que a LeasePlan, em conjunto com a Ipsos, lançou no final de dezembro de 2020, que mostram que a maioria dos condu-tores prefere agora a segurança e o conforto do seu próprio automóvel ao transporte público.

No que se refere ao renting, o contexto pan-démico acelerou a transição de muitos particulares para um modelo que privilegia a utilização em detrimento da posse.

E o renting também pode ajudar estes consumidores a fazer a transição para um automóvel híbrido ou mesmo 100% elétrico? Que tipo de apoio a LeasePlan pode dar?

Na LeasePlan acreditamos que nos diferen-ciamos por sermos parceiros e consultores dos

nossos clientes e não apenas simples prestadores de serviços. Temos disponibilizado serviços de consultoria e estudos de mercado cada vez mais especializados, que se centram na identificação de oportunidades de redução ou otimização de custos. A LeasePlan quer continuar a proporcionar a estes clientes – a maioria deles novos no ren-ting – uma ótima primeira experiência. Por este motivo, as nossas ofertas incluem tipicamente todos os serviços, garantindo que o cliente fica “livre de preocupações”.

Com a crescente procura pela mobilidade elétrica iremos continuar a desenvolver estudos que demonstram quais os fatores que tornam os carros elétricos ou híbridos mais interessantes do que os automóveis tradicionais. Temos também uma solução elétrica, que é muito completa, o “Start Electric”, que vai para além dos aspetos relacionados com o veículo, mas inclui também o carregador,

A LeasePlan tem

conhecido um aumento

na procura de veículos

elétricos e híbridos

plug-in em detrimento dos

automóveis a diesel.

Também a ganhar

expressão estão os

carros a gasolina,

muito alavancados pelo

segmento dos particulares,

que tem cada vez mais

peso no renting

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ENTREVISTA

ANTÓNIO OLIVEIRA MARTINS, DIRETOR-GERAL DA LEASEPLAN PORTUGAL

satisfação dos nossos clientes é a nossa priorida-de e ser reconhecido por alguns dos principais players na gestão de frotas é para nós motivo de um enorme orgulho.

Nesse caso o que podemos esperar da LeasePlan em 2021?

Esperança, otimismo, resiliência e foco nos objetivos. É com estas palavras que encaramos o ano que temos pela frente, um tempo muito desafiante. Serão tempos de rigor e de contí-nua adaptação a uma nova realidade, mas serão também tempos de dar as mãos, de acreditar na capacidade das nossas equipas e das nossas organizações em superar os desafios com que esta pandemia nos surpreendeu.

É também um tempo de a LeasePlan re-afirmar o seu compromisso com a qualidade, espírito inovador e competitividade da nossa proposta de valor. Nesse sentido, continuaremos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir a qualidade dos serviços que prestamos e não nos pouparemos a esforços para apoiar o percurso de todos os nossos clientes e parceiros ao longo dos próximos meses.

veículo a combustão para necessidades extra e um cartão a partir do qual o utilizador pode fazer os carregamentos, seja em casa ou na rede pública.

E para clientes profissionais que tipo de apoio podem prestar na transição energética da frota? Nomeadamente ajudar a encon-trar as melhores soluções para cada caso/ necessidade?

A questão ambiental é um forte motivador para as empresas transitarem para os veículos elétricos e as soluções de frotas sustentáveis estão a ganhar cada vez mais importância. Com uma maior consciencialização de como as frotas das empresas podem contribuir para a redução das emissões, temos vindo a desenvolver uma abordagem diferente da gestão de frotas no que diz respeito à sustentabilidade.

Na LeasePlan encorajamos as empresas a encontrar o equilíbrio certo para as suas frotas e a introduzir opções mais responsáveis para chegarem às zero emissões.

Nesta medida, será um processo progressivo. O papel da LeasePlan é sempre o de acompanhar de perto as tendências do mercado, garantir que oferecemos as melhores soluções aos clientes e que fazemos, em paralelo, um trabalho de consultoria e acompanhamento, que garanta que à medida que estas alterações surgirem, conseguimos identificar as soluções mais in-dicadas para o tipo de utilização do cliente.

E para as empresas que hesitam justifican-do-se com a imprevisibilidade fiscal?

Em relação à fiscalidade, o maior problema é a incerteza do contexto fiscal no futuro de curto/ médio prazo, quando os impostos sobre a utili-zação são elevados, como é o caso da tributação autónoma que incide sobre todos os custos do automóvel, desde renda financeira, ao

com-bustível, no caso de automóveis de passageiros. Mudar as regras a meio do jogo é agravar custos para as empresas, o que é particularmente grave num contexto como o que vivemos.

Em todo o caso os automóveis ligeiros de passageiros com motor a gasóleo estão a perder expressão na frota da Leaseplan…

A frota da LeasePlan tem conhecido um aumento na procura de veículos elétricos e hí-bridos plug-in em detrimento dos automóveis a diesel, acompanhando a tendência do mercado. Também a ganhar expressão estão os carros a gasolina, mas, neste caso, muito alavancados pelo segmento dos particulares que tem, cada vez mais, um peso maior no renting.

Os acontecimentos de 2020 geraram tam-bém algum efeito sobre o negócio dos usados?

Devido ao período de pandemia que estamos a viver temos assistido a uma forte valorização do transporte individual, algo que se tem manifesta-do positivamente no nosso negócio manifesta-dos usamanifesta-dos.

E num ano tão complexo quanto foi o de 2020, que sentimento houve ao ver re-conhecido o vosso trabalho por quem está no terreno?

Foi com enorme satisfação que recebemos o prémio atribuído pela Fleet Magazine e que tanto nos prestigia. A distinção confirma o nosso empenho e enorme compromisso na prestação de serviços de excelência aos nossos clientes e na liderança do mercado de renting, no sentido de criar produtos e serviços mais inovadores.

Em 2020, a LeasePlan adaptou-se ao novo cenário, manteve-se presente e funcional e ga-rantiu o nível de serviço minimizando impactos para os seus clientes e parceiros no mercado. A qualidade dos nossos produtos e serviços e a

Esperança, otimismo,

resiliência e foco nos

objetivos. É com estas

palavras que encaramos

o ano que temos pela

frente, um tempo muito

desafiante. Serão tempos

de rigor e de contínua

adaptação a uma nova

realidade

Gerir o trabalho à distância

Com o aumento do trabalho à distância, ou com equipas em regime de trabalho misto, que soluções digitais a LeasePlan desenvolveu para apoiar o trabalho de gestão de frota?

Uma das preocupações da LeasePlan é desenvolver projetos que melhorem as ofertas e serviços para os nossos clientes. Ao desenvolvermos soluções e ferramentas online para gestores de frota e condutores estamos a tornar a gestão de frotas o mais acessível possível.

Nesse sentido, temos vindo a investir no digital para ajudar a aumentar a eficiência, melhorar a segurança dos condutores e criar novos modelos de negócio e serviços que permitam gerir a frota à distância de um clique.

Exemplo disto, é o lançamento em 2020, do “My Fleet”, um novo portal para os gestores de frotas, com “reporting” online da frota, que simplifica a gestão e dá aos clientes maior autonomia e controlo sobre os dados da sua frota. Temos também a app LeasePlan, uma ferramenta completa de self-service que disponibilizamos desde 2018. É um ponto de contacto único para tudo o que esteja relacionado com assistência, manutenção e serviços automóvel.

E ainda o “Photo Tool”, uma nova funcionalidade para descomplicar o processo de envio de toda a informação necessária em caso de sinistro, deixando de ser necessária a deslocação a uma oficina para fazer a peritagem.

Referências

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