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LOGÍSTICA REVERSA DAS EMBALAGENS DE ÓLEO EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL

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LOGÍSTICA REVERSA DAS EMBALAGENS DE ÓLEO EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL

Jéssica Dynael Birkholz¹ Giovana Souza Freitas²

RESUMO

O tema central da pesquisa é a logística reversa que é desenvolvida na Abastecedora Vinte e Oito Ltda. que atua no setor de comércio de combustíveis, em Santa Cruz do Sul. Considerando a temática abordada, o problema central do estudo é: Verificar como é realizada a logística reversa das embalagens de óleo em um posto de combustível. Nesta perspectiva, estudar a logística reversa das embalagens em um posto de combustível é o objetivo central da investigação. Para tanto, foi realizado um estudo de caso para responder os objetivos da pesquisa através da visão dos diversos autores que estudaram o tema (dados secundários) e da aplicação de um questionário (dados primários) junto aos clientes do posto. A realização do trabalho mostra que a logística reversa deve ser implantada em todas as empresas do setor para reduzir a geração de resíduos altamente poluentes, faltando para isso uma maior conscientização das pessoas envolvidas no processo. .

Palavras-chave: Logística reversa, posto de combustível, embalagens de óleo.

ABSTRACT

The subject of the study is Revers Logistics which is developed by Abastecedora Vinte e Oito Ltda which works as an Trade in Fuels, in Santa Cruz do Sul. Considering the addressed subject, the central problem is: Check how is the perform in the Revers Logistics of packagaing oil in gas station. Under this perspective, study an Revers Logistics of packagaing oil in a gas station, is the main objective of this research. T do so, as study case to answer the research objectives throught the views of various authors who studied the subject (secondary data) and the application of a questionnaire (primary data) from customers of the post. The completion of the work shows that Revers Logistics must be implemented in every business sector to reduce waste generation of highly pollution, missing for this of a greater awareness oh people involved in process.

Key-words: Revers logistics, gas station, packagaing oil.

1 Introdução

¹ Graduanda em Administração de Empresas da Faculdade Dom Alberto.

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O meio ambiente está sendo destruído pelas forças humanas, pois as pessoas acreditam que a mínima fração de irresponsabilidade que possuem perante o ambiente não causará grandes danos ao mesmo. Porém, os impactos estão cada vez mais notórios colocando em risco a disponibilidade dos recursos naturais no longo prazo. Para controlar e melhorar o descarte dos resíduos, as empresas devem aplicar a logística reversa em seus processos, mantendo uma postura responsável perante os seus stakeholders e o meio ambiente.

Diante da realidade, percebe-se que os meios logísticos para o transporte de mercadorias existem, mas devem ter atenção especial de todas as pessoas para que se encontrem formas cada vez mais inteligentes de realizar a entrega do produto na hora, no lugar, no tempo, e nas condições certas ao consumidor final (LEITE, 2003).

Baseado nas idéias do autor, “as empresas operam dentro de um ambiente que muda constantemente, devido aos avanços tecnológicos, às alterações na economia e na legislação, e à disponibilidade de recursos” (BALLOU, 2010).

O autor ainda afirma que,

“A logística reversa estuda o fluxo do produto, fazendo com que seu ciclo de vida seja eficiente e não termine no momento da entrega do produto ao consumidor. Esta é indispensável em todas as empresas, pois com ela, o produto vendido não será descartado no ambiente, evitando assim um aumento da poluição” (LEITE, 2003).

Baseado nas idéias de Leite (2003), a logística reversa vem proporcionar maior segurança entre as partes (produtor-consumidor) para a preservação da natureza, pois mostra ser uma atividade que contribui para a redução de lixos em locais inadequados e rios poluídos e assegura a estrutura do ecossistema.

O autor ainda defende a idéia de que a logística reversa também intervém positivamente no meio empresarial, possibilitando economias significativas através da redução de energia e do custo de aquisição de matérias-primas, de forma que toda a produção seja projetada tanto para o fluxo direto como reverso (LEITE, 2003). A Abastecedora Vinte e Oito trabalha com vários tipos de resíduos que são descartados para empresas especializadas, tais como, embalagens vazias, óleo, água e areia da caixa separadora. A partir daí, foi verificada a importância de

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analisar apenas um destes resíduos, as embalagens vazias já utilizadas nos serviços realizados pelo posto.

Baseado nestas informações e analisando a grande quantidade de resíduos gerados em postos de combustíveis e o grau elevado de poluição gerado nestes, foi verificada a necessidade de verificar as práticas de logística reversa de um destes estabelecimentos que já aplica a logística reversa em seus processos. Sendo assim, o problema existente nesta pesquisa é: Verificar como é realizada a logística reversa das embalagens de óleo em um Posto de Combustível.

O objetivo geral deste artigo é: Estudar como é praticada a logística reversa das embalagens de óleo em um posto de combustível. Para tanto, tem-se como objetivos específicos deste trabalho: analisar e descrever as práticas de descarte de resíduos existente na Abastecedora Vinte e Oito; observar como estas práticas de descarte de resíduos impactam na redução dos mesmos; verificar se há entendimento por parte dos agentes que freqüentam o posto quanto à logística reversa.

Nessa perspectiva, é importante salientar que a realização do estudo pode trazer algumas contribuições. Uma refere-se à empresa, uma vez que o estudo pode agregar valor e aumentar a qualidade desta, tendo uma melhora contínua nos seus processos e serviços. Outra contribuição está ligada ao meio ambiente pois, aplicando a logística reversa, aprende-se que é preciso valorizar o ambiente em que se vive, colaborando para a redução de resíduos e efluentes que prejudicam o meio ambiente.

2. Logística Reversa

Nos dias atuais, a preocupação com o meio ambiente e o descarte de resíduos deve ser constante nas empresas, pois estas devem agir de tal forma que seus processos sejam otimizados, gerando menos resíduos e evitando a poluição.

O fluxo reverso dos produtos e dos resíduos nas suas diversas formas, surge a partir da necessidade de relacionar a logística diretamente com as questões ambientais e econômicas (PEREIRA, PAVANELLI e SOUZA, 2008).

Segundo Tachizawa (2005), os tempos modernos são caracterizados por terem uma postura rígida dos clientes, direcionadas para interagir com organizações éticas, e que possuem responsabilidade ambiental.

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O autor defende a idéia de que uma empresa que possui responsabilidade ambiental é uma empresa que possui efetividade; (TACHIZAWA, 2005). Ou seja, quando é socialmente responsável com o meio ambiente, pois assim ela atinge a satisfação das pessoas e o atendimento de projetos sociais, econômicos e culturais (TACHIZAWA, 2005).

Diante da poluição do meio ambiente e do grande número de resíduos que um posto de combustível gera, surge a necessidade de analisar a logística reversa, verificando as etapas do produto após o seu consumo final.

Baseado nas idéias de Leite (2003, p.71), “A logística reversa agrega valor ao operacionalizar o fluxo desde a coleta dos bens pós-consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos logísticos de consolidação, separação e seleção, até a reintegração do ciclo”.

Leite (2003, p.73) defende a idéia de que “o objetivo da logística de pós-venda é agregar valor a um produto que é devolvido por erros no transporte, no processamento de pedidos, na garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento”.

Já a logística de pós-consumo tem como objetivo agregar valor a um produto que ainda tem condições de utilização, por produtos que já atingiram o fim da vida útil ou por resíduos industriais (LEITE, 2003).

Figura 1 – Processo de logística reversa

Fonte: Leite (2003)

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Para as empresas possuírem um bom relacionamento com seus clientes, elas devem ter qualidade nos seus produtos e serviços, e processos logísticos eficientes, pois os clientes procuram empresas que lhe ofereçam rapidez no atendimento, confiabilidade nas entregas e disponibilidade de estoques.

Conforme Leite (2003, p.206), “a logística reversa de pós-venda é a específica área de atuação que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e das informações logísticas, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeira de produção direta”.

Para as empresas que desejam destinar os resíduos que geram em seus processos, pode-se fazer por algumas formas: Venda no mercado primário; reparações e concertos; doação; desmanche; remanufatura; reciclagem industrial e disposição final (LEITE, 2003).

2.2. Logística reversa dos bens pós-consumo

Os bens de pós-consumo são os produtos que já passaram por todas as etapas do seu ciclo e estão no final da vida útil, podendo ser prolongada se outras pessoas encontrarem utilidade no mesmo, mantendo-o em seu ciclo por mais tempo (PEREIRA, PAVANELLI e SOUZA, 2008).

Baseado nas idéias dos autores, “em geral, os fabricantes e distribuidores varejistas não se sentem responsáveis por seus produtos após o consumo. A maioria dos produtos usados é descartada ou incinerada com consideráveis danos ao meio ambiente” (PEREIRA, PAVANELLI e SOUZA, 2008, p. 04).

Os bens e os materiais que constituem esses bens, após o término de sua vida útil, transformam-se em produtos de pós-consumo e são encaminhados aos destinos finais, como incineração ou aterros sanitários, que são confiáveis para estocagem e eliminação (LEITE, 2003).

Conforme Leite (2003), os bens pós-consumo, podem ser divididos em Bens Descartáveis que possuem vida útil de algumas semanas; Bens Duráveis que possuem vida útil de alguns anos até algumas décadas; e os Bens Semi-duráveis que possuem vida útil de alguns meses e dificilmente ultrapassam dois anos.

Conforme o autor, “outra divisão importante acerca do canal de distribuição reverso é se ele é de ciclo aberto, quando o bem gerado pelo material reciclado é

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diferente do original e de ciclo fechado, quando a reciclagem produz um produto similar ao de origem” (LEITE, 2003, p. 208).

2.3. Política Nacional de Resíduos Sólidos

No início do mês de agosto de 2010, foi sancionada a Lei n° 12.305, que trata sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a qual atinge fortemente a logística reversa nas empresas.

Esta lei tem como objetivo a não-geração, redução, reutilização e tratamento dos resíduos sólidos, não bastando apenas eliminar o resíduo, mas ter educação ambiental, utilizar produtos recicláveis e destiná-los para locais corretos (SILVA, 2010).

Além disso, com a aplicação da logística reversa será reduzida a poluição e o desperdício de materiais, substituição de insumos por outros que não degradem o meio em que vivemos, entre outros.

Para melhor entendimento serão levantados os dados do ciclo de vida de cada produto, seus aspectos e impactos ambientais ligados à saúde e a qualidade de vida, a obtenção de matérias-primas, ao destino dos resíduos.

Com esta lei, as empresas que geram os resíduos deverão apresentar um Plano de Atuação para Resíduos Sólidos, o qual deverá constar os resíduos gerados, objetivos e metas para descarte destes resíduos, procedimentos para este descarte, ações preventivas no caso de manejo incorreto.

A partir de então, ficará proibido a queima de resíduos a céu aberto e lançamento dos mesmos na água e solo, fazendo com que a população e os empresários se eduquem ambientalmente e evitem a poluição (SILVA, 2010).

3. Metodologia

A partir do referencial teórico sobre o tema, das observações da autora acerca da realidade existente e dos dados primários coletados através da aplicação de questionários é que se pretende responder os objetivos propostos neste trabalho e contribuir para melhorar o desempenho da unidade pesquisada (objeto da pesquisa) quanto à maneira de realização dos aspectos de logística reversa.

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Nesta pesquisa será utilizado o método qualitativo e quantitativo, ao analisar as práticas de descarte de resíduos das operações de logística reversa que a Abastecedora Vinte e Oito possui e a aplicação de um questionário aos clientes do posto servirá como instrumento para a coleta de dados primários.

Com base nos procedimentos técnicos utilizados, esta pesquisa é classificada como um estudo de caso, pois este permite identificar o tipo de problema, um controle possível, o real evento comportamental e o foco na atualidade (MARCONI e LAKATOS, 2007).

A operacionalização deste trabalho foi realizada da seguinte forma: primeiramente, foi aplicado um questionário à equipe gerencial do posto. No entanto, o retorno foi pouco significativo para fins desta pesquisa. Verificou-se que a maior parte dos entrevistados possui pouco conhecimento da importância das ações realizadas no dia-a-dia de trabalho em prol do meio ambiente. Sendo assim, posteriormente, este questionário foi redirecionado aos clientes da Abastecedora Vinte e Oito. Este questionário foi aplicado e serviu de subsídio para realizar a análise nesta pesquisa.

A partir dos dados obtidos no questionário e das observações e conversas informais que a autora teve no posto analisado, pôde-se concluir quais as práticas de logística reversa que a Abastecedora Vinte e Oito possui e como as mesmas podem ser melhoradas, a fim de diminuir a poluição ambiental.

4. Análise e Descrição dos dados

4.1. Análise a partir dos processos do posto de combustível

A partir do estudo feito nos processos da Abastecedora Vinte Oito, pôde-se concluir que a mesma possui logística reversa nas embalagens de óleo que utiliza e que esta vem sendo realizada a partir da realização das seguintes práticas de descarte, apresentadas na figura 2.

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Figura 2 – Logística reversa da Abastecedora Vinte e Oito

Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa.

Conforme a figura acima, verifica-se que o posto possui duas formas de comercialização das embalagens de óleo. As embalagens que são vendidas ao consumidor, posteriormente serão descartadas no meio ambiente, pois estes não dispõem de informações a ponto de que consigam dar o destino correto ás mesmas.

Porém, quando o posto troca o óleo no veículo do consumidor, encaminha as embalagens vazias para empresas autorizadas que reciclam as mesmas, transformando-as em novas embalagens.

Pode-se verificar, a partir desta análise, que o posto possui a logística reversa nos seus processos, porém o que falta é a conscientização das pessoas quando adquirem embalagens com produtos perigosos. Estas devem saber que descartar as embalagens no meio ambiente pode causar danos irreversíveis ao mesmo.

4.2. Análise a partir do questionário aplicado

Para a coleta de dados foram utilizadas questões de múltipla escolha com os clientes do posto para se obter informações sobre os processos existentes e a poluição que geram ao meio ambiente.

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Gráfico 1 - Conhecimento sobre o grau de poluição

Foi questionado aos entrevistados qual era o grau de poluição de um posto de combustível. A maioria destes informaram que o posto possui um alto grau de poluição, totalizando 62,5%. No entanto, 29,2% informaram que o grau de poluição de um posto de combustível é baixo e 8,3% não sabiam qual era o grau de poluição que o mesmo gera.

Conforme o questionário aplicado na Abastecedora Vinte Oito, há um item bem relevante que informa que 29,2% dos entrevistados acreditam que o grau de poluição de um posto é baixo. As pessoas devem ser educadas ambientalmente, pois acreditando que o grau de poluição de um posto de combustível que trabalha com material altamente inflamável (resíduos Classe I – Perigosos) é baixa, demonstram não terem informação correta sobre a atividade e o impacto que causa ao meio ambiente.

Conforme Donaire (2006), uma empresa que possui um grau de poluição elevado deve ter uma estratégia e uma avaliação constante da mesma para que possa sobreviver, preservando sua imagem perante os consumidores e se adequando às exigências dos órgãos ambientais.

Gráfico 2 - Destino dos resíduos

Quando questionado aos entrevistados qual era o destino dos resíduos gerados no posto, 33,3% afirmaram que os resíduos eram enviados para empresas

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especializadas que faziam o tratamento dos mesmos e 29,2% afirmaram que os resíduos são enviados para lugares distante das cidades onde não causem poluição ao meio ambiente.

O fator preocupante foi referente à grande maioria das pessoas, totalizando 37,5% (conforme gráfico 3).que não sabem qual é o destino dos resíduos do posto. Este fator faz com que o posto de combustível alerte-se para a divulgação e educação ambiental dos seus clientes referente à logística reversa existente no mesmo.

Muitas pessoas que não sabem para onde os resíduos são destinados, acabam não colaborando para a redução dos mesmos e rompendo o ciclo da logística reversa que existe no posto.

Diante disso, a população deve ter educação ambiental, pois com isso aprenderão sobre o ambiente, a fim de ajudar na sua preservação e utilização sustentável dos recursos. A preocupação com a educação ambiental surge a partir das grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas.

Diante da posição atual do descarte de resíduos do posto de combustível, deve-se conscientizar e educar as pessoas para alcançar a qualidade de vida, esperada por todos. Deve-se, a partir disso, implantar programas de educação ambiental.

Gráfico 3 - Importância do tratamento de resíduos

Outro questionamento feito aos clientes entrevistados foi referente à importância do tratamento dos resíduos. Conforme demonstrado no gráfico acima, 91,7% afirmaram ser importante o tratamento dos resíduos e 8,3% afirmaram que não é importante.

Neste item pôde-se verificar que a educação ambiental é um fator que precisa ser melhorado entre os clientes e a Abastecedora Vinte Oito, pois todas as pessoas deveriam conhecer a importância do tratamento dos resíduos, para que a poluição possa ser evitada.

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Donaire (2006) defende a idéia de que se a poluição gerada pela organização é alta, a sua estratégia tem uma importância vital e deve ter uma avaliação constante para que a organização consiga sobreviver.

Para o autor, uma empresa deve trabalhar a fim de evitar a poluição do meio ambiente, utilizando produtos reciclados, com o objetivo de alcançar a poluição zero, sem nenhuma geração de resíduos e risco para os trabalhadores (DONAIRE, 2006).

Gráfico 4 - Conhecimento sobre a logística reversa

A maioria dos entrevistados, quando questionados sobre o que é a logística reversa, informaram saber ou já ouviram falar sobre a mesma, o que é demonstrado no gráfico 6. Apenas 29,2% não sabem e nunca ouviram falar sobre logística reversa.

Segundo Leite (2003), existem diversos fatores que influenciam para o aumento da preocupação das empresas em relação ao retorno de resíduos para reciclagem, sendo o principal deles a conscientização das pessoas em relação a geração de resíduos.

Gráfico 5 - Importância da logística reversa

Quando questionados sobre a importância da logística reversa, 70,8% dos entrevistados afirmaram que a logística reversa é importante, pois reutiliza os produtos, fechando o ciclo do mesmo e, conseqüentemente, evitando a poluição que os produtos de um posto de combustível causam ao meio ambiente.

Alguns dos entrevistados, totalizando estes 25% (conforme demonstrado no gráfico 7), afirmaram que a logística reversa é importante porque não causa a poluição e organiza as tarefas e setores dentro de uma organização. A minoria

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(42%) dos clientes entrevistados ainda afirmou que não sabe qual é a importância da logística reversa para o posto de combustível.

Segundo as idéias de Leite (2003), a logística reversa é importante, pois agrega valor aos processos, desde a coleta de todo o resíduos até a finalização do ciclo (envio para empresas especializadas, reciclagem, origem de novo produto).

Além de ser importante, pois otimiza o descarte dos resíduos, também fideliza os clientes que utilizam os serviços do posto, melhorando a satisfação dos clientes em relação à Abastecedora Vinte e Oito.

Segundo Ballou (2010, p. 22), “a missão da logística é dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas, ao mesmo tempo em que fornece a maior contribuição à empresa”. Além de realizar as atividades logísticas, a empresa deve buscar a satisfação do seu cliente.

Gráfico 6 - Realização da logística reversa

Foi perguntado aos clientes da Abastecedora Vinte e Oito se o posto possui e realiza a logística reversa em seus processos. Verificou-se que 25% dos entrevistados reconhecem que o posto realiza a logística reversa e 16,7% afirmaram que o posto não realiza a mesma em seus processos, o que está demonstrado no gráfico 8.

Um fator crítico deste questionamento feito foi de que 58,3% das pessoas não sabem se o posto possui logística reversa em seus processos, fazendo com que seja revisto a falta de educação ambiental dos clientes deste posto.

A educação ambiental têm como objetivo despertar a peocupação das pessoas com o meio ambiente, fazendo com que haja uma consciência crítica e estimulação para enfrentar as questões ambientais¹.

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¹ Disponível em: http://www.tasa.com.br/site/index.php/component/content/article/36-artigos/62-educacao-ambiental

Gráfico 7 - Atitudes para a redução da poluição

Finalizando o questionário, os clientes entrevistados responderam o que eles fazem para reduzir a poluição, o que está apresentado no gráfico 9. Dentre eles, 25% afirmaram apenas separar o lixo na sua residência para que este possa ser encaminhado para destinos corretos. Já 75% destes afirmaram que fazem outras coisas para reduzir a poluição como não jogar lixo no chão, devolver as embalagens ao posto, entre outras.

Pode-se verificar a partir daí que os clientes necessitam de educação ambiental, melhor divulgação da logística do posto e reconhecer a forma como todos devem contribuir para que se possa evitar ou reduzir a poluição.

5. Considerações finais

A partir do desenvolvimento deste trabalho, pode-se concluir que a logística reversa é um item que vem sendo aplicado nas embalagens de óleo da Abastecedora Vinte e Oito.

Pode-se verificar que o posto possui logística reversa nas embalagens de óleo, pois destina as mesmas para empresas especializadas que, por sua vez, reciclam estas embalagens e as transformam em outros produtos, voltando ao mercado consumidor.

Existem alguns pontos positivos na Abastecedora Vinte e Oito que devem ser levados em consideração, ligados à poluição e logística reversa, uma vez que o posto trabalha dentro das normas legais e exigências específicas de órgãos ambientais, o que faz com que seus funcionários possuam treinamento e estejam aptos a manusear produtos perigosos.

Além de manusear os produtos de forma correta, encaminha-os para destino adequado, em empresas especializadas, evitando a poluição do meio ambiente.

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Este destino dos resíduos faz com que se complete o ciclo da logística reversa nos processo do posto.

A maioria dos clientes do posto sabem o que é a logística reversa e qual a sua importância para evitar a poluição. Muitos deles têm consciência ambiental nas suas casas e reconhecem que o posto de combustível trabalha com matérias perigosas às pessoas e ao meio ambiente.

Há também alguns itens negativos, pois sendo os produtos do posto de combustível altamente perigosos, qualquer falha pode prejudicar todos a sua volta e qualquer erro pode gerar grandes prejuízos ao meio ambiente e às pessoas que residem próximas ao posto.

Um dos itens a serem melhorados no posto é o conhecimento da parte gerencial e funcionários sobre a logística reversa, bem como a contribuição que pode trazer para o meio ambiente e para o posto. Muitas pessoas que trabalham lá, sabem apenas que as embalagens de óleo são destinados para empresas especializadas, porém não reconhecem os demais benefícios que a logística reversa possibilita.

Estes devem reconhecer que a logística reversa também auxilia na fidelização dos clientes, pois os mesmos procuram os serviços do posto por saberem que ele age de forma ambientalmente correta e isso contribui para a satisfação dos clientes.

Um ponto relevante é que a maioria dos entrevistados não sabe se o posto possui logística reversa nos seus processos, muitas vezes deixam de colaborar, para evitar a poluição, por não terem esta informação referente a Abastecedora Vinte e Oito. A educação ambiental é um fator crítico neste estudo, sendo um dos pontos mais carentes de atenção e necessidades de melhorias, pois todos os clientes que utilizam o serviço do mesmo precisam ter a consciência de que a logística reversa é necessária em um posto de combustível.

Acredita-se que, para melhorar a educação ambiental, tantos dos funcionários como dos clientes, deve-se fazer uma divulgação maior nos meios de comunicação, referente aos perigos que os processos que geram resíduos causam ao meio ambiente e investir em cursos para a parte gerencial e funcionários do posto.

A Abastecedora possui descarte de resíduos para empresas especializadas, a qual encaminha para reciclagem e, posteriormente, estes produtos retornam ao mercado consumidor como novas embalagens, sendo eficiente para a diminuição da poluição e viável economicamente para o posto.

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Percebe-se que o posto de combustível preocupa-se com a reciclagem, redução e reutilização dos resíduos gerados. Estes são importantes enfoques que caracterizam as tecnologias limpas, consideradas fundamentais para uma eficiente gestão ambiental dos empreendimentos.

6. Referências

BALLOU, Ronaldo H. Logística empresarial: transportes, administração de

materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2010.

CONSCIENTIZAÇÃO DO DESCARTE DE RESÍDUOS. Disponível em:

http://www.tasa.com.br/site/index.php/component/content/article/36-artigos/62-educacao-ambiental. Acesso em 30 de agosto de 2010.

DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. São Paulo: Editora Atlas, 2006.169 p.

GONÇALVES, Carlos Alberto, MEIRELLES, Anthero de Moraes. Projetos e

Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Editora Atlas, 2004. p.199.

LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Editora Prentice Hall, 2003. 250p.

MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Editora Atlas, 2007. 289 p.

PEREIRA, Robiney Davi Araujo, PAVANELLI, Giselle, SOUZA, Maria Teresa Saraiva. Um estudo dos canais reversos em uma empresa de embalagens

cartonadas. Rio de Janeiro. Outubro 2008.

SILVA, Marina. Política de Resíduos Sólidos. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/sileg/integras/501911.pdf>. Acesso em 06 de setembro de 2010.

TACHIZAWA, Takeshy. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social

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