• Nenhum resultado encontrado

REVISTA ELETRÔNICA ESTÁCIO SAÚDE - ISSN (on line)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "REVISTA ELETRÔNICA ESTÁCIO SAÚDE - ISSN (on line)"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

90 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

DESAFIOS ENFRENTADOS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA EM UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR RESUMO

Objetivo de conhecer os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem na reanimação cardiorrespiratória em unidade de emergência. Pesquisa de abordagem qualitativa do tipo exploratório-descritivo, realizada na emergência geral de um hospital público, de referência em politrauma, localizado em São José, Santa Catarina. Os sujeitos da pesquisa são 15 enfermeiros e 24 técnicos e auxiliares de enfermagem. Os resultados mostraram que fatores determinantes como conhecimento dos profissionais, processo de trabalho e a ambiência são essenciais para o sucesso da reanimação cardiopulmonar. Conclui-se que é imprescindível a capacitação e treinamento da equipe para atuar em condições de extrema emergência, cabe à equipe, com apoio da instituição estar treinada e capacitada. Lembramos que a responsabilidade é dos profissionais na busca do conhecimento e atualização.

Descritores: Parada cardíaca; Ressuscitação cardiopulmonar; Equipe de enfermagem.

CHALLENGES FACED BY THE NURSING TEAM IN CARDIOPULMONARY RESUSCITATION IN AN EMERGENCY HOSPITAL UNIT

ABSTRACT

Aim to meet the challenges faced by nurses in cardiopulmonary resuscitation in the emergency department. qualitative research of exploratory and descriptive, held in the general emergence of a public hospital of reference in polytrauma, located in San Jose, Santa Catarina. The subjects are 15 nurses and 24 technicians and nursing assistants. The results showed that factors such as being aware of the professional work process and the ambience are essential to the success of cardiopulmonary resuscitation. We conclude that training and staff training is essential to act in extreme emergency conditions, it is up to the team, with the support of the institution to be trained and qualified. We recall that the responsibility lies with the professionals in the search for knowledge and updating.

Decriptors: Heart arrest; Cardiopulmonary resuscitation; Nursing, Team.

DESAFÍOS QUE ENFRENTA EL EQUIPO DE ENFERMERÍA DE LA RESUCITACIÓN CARDIOPULMONAR EN UNA UNIDAD HOSPITALARIA DE EMERGENCIA RESUMEN

Tiene como objetivo comprender los desafíos que enfrentan las enfermeras en la reanimación cardiopulmonar en el servicio de urgencias. Se trata de un estudio cualitativo de carácter exploratorio y descriptivo. Se llevó a cabo en el aumento general de un gran hospital público de tamaño con politraumatismos de referencia en San José, Santa Catarina. Los sujetos son 15 enfermeras y 24 técnicos y auxiliares de enfermería que trabajan en períodos de emergencia del día y de la noche. Los resultados mostraron que la determinación de factores como el conocimiento de los profesionales, el proceso de trabajo y el ambiente, son esenciales para el éxito de la reanimación cardiopulmonar y representan un reto a superar constantemente. La responsabilidad profesional es la búsqueda del conocimiento y la actualización sobre el tema.

Descriptores: Paro cardíaco; Resucitación cardiopulmonar; Grupo de enfermería.

Cladis Loren Kiefer Moraes1, Giordana Machado Acosta de Paula2,Josiane Rosa da

Silva3, Milene Custodia Lucio Rodrigues4

1Enfermeira. Especialista em Terapia Intensiva. Mestre em Neurociência e Comportamento. Doutora em Farmacologia

pela Universidade Federal de Santa Catarina. Docente do Curso de Graduação e Pós Graduação no Centro Universitário Estácio de Sá de São José. Florianópolis/SC/Brasil.

2

Enfermeira. Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário Estácio de Sá de São José. Responsável Técnica do Residencial Geriátrico Nosso Lar. São José/SC/Brasil.

3

Enfermeira. Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário Estácio de Sá de São José. São José/SC/Brasil.

(2)

91 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

INTRODUÇÃO

Profissionais de saúde

frequentemente tem se deparado com situações que exigem uma ação imediata e rápida, para evitar risco de vida ao paciente. A Parada Cardiorrespiratória (PCR) pode ser citada como exemplo, e uma ação eficaz possibilita uma sobrevida cada vez maior dependendo do ritmo cardíaco inicial e do início

precoce da reanimação. A

sobrevida geral, considerando todos os ritmos de PCR, é de 18%(1).

A prontidão eficiente,

inteligente e coesa da equipe é

crucial no momento em que

qualquer detalhe despercebido ou erro pode agravar as chances de morte ou sequelas de um paciente.

O déficit de conhecimento técnico-científico pode gerar falhas que tornam cada vez mais frequentes a ocorrência de iatrogenia, e com isso o atendimento prestado deixa de ser

sistematizado e qualificado(2). A

indefinição das funções da

enfermagem e demais profissionais da saúde pode resultar em um

atendimento desorganizado,

conflituoso, diminuindo a eficácia do

atendimento em reanimação

cardiopulmonar (RCP)(3).

O treinamento contínuo e a uniformidade das manobras de RCP

são habilidades diretamente

relacionadas à atuação do

enfermeiro enquanto profissional capacitado para treinar, instruir e desenvolver ações de planejamento e execução durante o atendimento

da Parada Cardiorrespiratória

(PCR)(3). Notadamente sublinha-se

que no contexto geral, a rotina da

unidade de emergência é

vivenciada de forma assinaladora a diversos fatores de risco tais como ambiente físico inadequado, ritmo

acelerado, fadiga, instalações

sanitárias insuficientes para o

número de pacientes internos(4).

Assim como a rapidez, competência

e, sincronismo da equipe de

enfermagem são fatores que

contribuem para o sucesso da RCP

e sobrevida do indivíduo(5).

É função prioritária do

enfermeiro, prestar assistência ao paciente grave, porém sua função frente a uma RCP é bem mais extensa, devendo dar suporte à equipe, providenciando recursos materiais e treinamento continuado, visando a adequadas condições de

(3)

92 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016 atendimento em qualquer âmbito

hospitalar.

Nessa ótica, a liderança é um instrumento gerencial fundamental para o trabalho do enfermeiro, pois é ela quem faz a coordenação do trabalho de enfermagem e a intermediação entre os diferentes profissionais da equipe de saúde. Ela pode ser compreendida e

desenvolvida, desde que haja

interesse e iniciativa(6).

Durante o período da

graduação com a inserção de acadêmicos de enfermagem nos campos de estagio foi possível observar a dinâmica do atendimento ao paciente com PCR. A partir da observação do atendimento feito

pelos profissionais da saúde

despertou o interesse pelo tema, motivando a investigação científica a fim de identificar as facilidades e dificuldades dos profissionais no atendimento ao paciente em PCR.

Diante do exposto, o objetivo do estudo é conhecer os desafios enfrentados pelos profissionais de

enfermagem na reanimação

cardiorrespiratória em unidade de emergência. Para o alcance do objetivo foi necessário inicialmente identificar os modos de fazer o

atendimento de parada

cardiorrespiratória da equipe de enfermagem assim como identificar

o perfil e qualificação dos

profissionais de enfermagem que atendem os pacientes em PCR.

METODOLOGIA

É uma pesquisa de

abordagem qualitativa do tipo

exploratório-descritivo que segundo Minayo(7), consiste na atividade da ciência que visa à construção da realidade, mas que também se preocupa com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode ser quantificado. Realizada na Emergência geral de um Hospital público de grande porte com referência em politrauma localizado no município de São José em Santa Catarina.

Os sujeitos da pesquisa foram Enfermeiros, Técnicos de

Enfermagem e Auxiliares de

Enfermagem, que atuam na

emergência nos períodos diurno e noturno. Participaram da pesquisa 8 enfermeiros e 10 profissionais da equipe de enfermagem do nível médio.

(4)

93 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

Os critérios de inclusão são: idade superior a 18 anos, todos os gêneros, encontrar-se ativo na escala mensal de trabalho e aceitar fazer parte da pesquisa com aceite no Termo de Consentimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Os critérios de exclusão são aqueles que não atendem os critérios estabelecidos. Os dados foram coletados a partir de um questionário semiestruturado que foi aplicado no local de trabalho, porém

sem interferir nas atividades

assistenciais.

A análise dos dados foi feita pela Análise do Conteúdo na modalidade temática proposta por Bardin(8). Por se tratar de uma

pesquisa com pessoas, foram

observados os preceitos éticos conforme Resolução 466/12 do Ministério da Saúde, e aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa nº 802.028.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em atendimento ao objetivo proposto em nosso estudo, os

resultados foram analisados e

categorizados como: Conhecimento,

Processo de trabalho e Estrutura, que serão discutidos abaixo. Quanto ao perfil foi possível constatar que o gênero feminino prevalece, com tempo de atuação na área entre 2 e 24 anos e idade entre 26 a 58 anos de idade.

CONHECIMENTO

Quanto ao conhecimento

sobre a identificação de uma PCR

foi possível observar que há

determinado nível de compreensão pela equipe de enfermagem como observado nas falas:

Falta pulso, quando monitorizado aparece assistolia. (Ametista)

Ausência de pulso central, nível de consciência, ausência de respiração. (Jade)

Quando a gente não vê os sentidos ou não tem batimentos. (Turquesa)

É de extrema importância o

conhecimento pela equipe de

enfermagem a identificação de uma PCR para colaborar no prognóstico do paciente. O reconhecimento da PCR parte da tríade: perda abrupta

da consciência, ausência da

respiração e ausência do pulso

central. Representa uma

emergência extrema, cujos

resultados serão a lesão cerebral irreversível e a morte, caso as

(5)

94 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

restabelecer o fluxo sanguíneo e a respiração mão forem realizados.

Pode ser reconhecida pela

monitoração dos sinais vitais pelos

profissionais que atuam em

situações de emergência(9).

A equipe de enfermagem necessita estar preparada para

atendimentos de emergência

extrema e para tanto é necessário

ter o conhecimento

teórico-prático(10). Além da educação

permanente com atualizações, os protocolos institucionais também representam uma boa iniciativa visando uma assistência segura,

organizada e uniformizada,

contribuindo para redução de

iatrogenias.

As instituições de saúde

devem favorecer treinamento

continuado aos profissionais, a fim de capacitá-los para estarem aptos a desenvolverem procedimentos altamente técnicos em situações de emergência(10). Ainda é grande a carência de conhecimentos da equipe no atendimento a parada cardiorrespiratória, e, vários são os fatores que podem estar interferindo

no adequado atendimento ao

paciente, porém, todos direcionam a

uma questão primordial, a

necessidade de qualificação

profissional de toda a equipe para que haja um atendimento de qualidade, coeso e efetivo(4). PROCESSO DE TRABALHO

Esta categoria tem como

propósito identificar o processo de trabalho e o relato dos sujeitos da pesquisa quanto aos procedimentos

realizados pelos profissionais

envolvidos na dinâmica da

assistência ao paciente na vigência de uma PCR.

No momento que chega em PCR, puncionamos uma veia, iniciamos massagem de compressão torácica para reanimação, ambuzar, monitorizar, chamamos exames

complementares.(Ônix)

Desobstruir vias aéreas, acesso venoso para iniciar medicações. (Pérola)

Massagem cardíaca, ambuzar, acesso venoso e medicação. (Topázio)

Identificar quem da equipe está responsável, organizar o mais rápido possível, deixar material pronto no carrinho de emergência, medicação, entubação, chamar o médico, iniciar as manobras o mais rápido possível. (Jade)

Diante de um paciente em PCR, os profissionais de saúde devem iniciar as manobras de reanimação previstas na AHA(9). A RCP precoce é muito importante para a minimização de sequelas e

(6)

95 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

alívio do sofrimento e preservação

da vida. Ela corresponde ao

conjunto de medidas realizadas com

agilidade para promover a

circulação de sangue oxigenado ao coração, cérebro e outros órgãos vitais, até que as funções cardíacas e ventilatórias sejam restabelecidas espontaneamente(3).

As diretrizes da American Heart Association/AHA para RCP e

atendimento cardiovascular de

emergência enfatizam a

necessidade de um processo de Reanimação de alta qualidade, que

inclui uma frequência de

compressão de 100-120/min, com profundidade de 5 cm em adultos com retorno total do tórax após cada compressão e minimização das interrupções da mesma.

No que se refere ao processo compressão-ventilação, recomenda-se que para cada 30 compressões, se realize 2 ventilações, devendo

evitar a hiperventilação. As

manobras iniciam-se com C-A-B (compressões torácicas, via aérea, respiração), de forma a promover um aporte sanguíneo para os

órgãos, primeiramente para o

coração, cérebro, e rins(9).

Ainda quanto ao processo de

trabalho quanto à dinâmica do

atendimento, identificamos as

seguintes falas:

Cada pessoa tem uma função, um na medicação, acesso venoso, outro auxilia na entubação e outro fica fora controlando o tempo. (Jade) Geralmente a gente fica em três técnicos, 1 enfermeiro, o médico entuba, 1 na medicação, 1 no acesso venoso.(Topázio)

O médico vai entubando e ambuzando e a gente vai fazendo a massagem e o enfermeiro auxilia na medicação. (Turquesa)

A enfermeira auxilia o médico, um na medicação e outros revezam na massagem. (Ametista)

O atendimento exige

agilidade, habilidade, competência e atitude da equipe de enfermagem e demais profissionais da saúde. A rapidez, competência e, sincronismo da equipe de enfermagem são fatores que contribuem para o sucesso da RCP e sobrevida do indivíduo(5). Assim como a presença do enfermeiro é fundamental em uma RCP, para tanto, é necessário que o mesmo tenha conhecimento técnico científico atualizado para o atendimento a PCR. Compete ao enfermeiro a liderança da equipe de enfermagem e a motivação dessa equipe de uma forma harmoniosa e profissional onde o maior foco é o

(7)

96 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

paciente(11).

Os resultados, obtidos com relação ao papel de liderança do enfermeiro no momento da PCR, refletiram nas falas:

Não tem uma liderança, porque todos trabalham junto, cada um já sabe o que fazer. (Turquesa)

Geralmente é o médico, ele que coordena. (Topázio) Nem sempre acontece, pois quem lidera fica de fora organizando, mas não é uma coisa automática. A equipe já sabe o que fazer. (Jade) Não predominantemente todos, mas todos tem um papel diferenciado e cada um à sua maneira consegue exercer sua liderança perante este processo. (Ônix)

O papel de líder requer uma

visão ampla e sistêmica das

diversas situações que enfrenta em seu processo de trabalho, por isso o enfermeiro deve se preparar, inovar e buscar novas formas para o exercício da liderança. A maneira como o líder conduz a equipe

influencia diretamente em um

sistema de cuidado comprometido, ou não, com as necessidades das

pessoas. A liderança é um

instrumento gerencial fundamental para o trabalho do enfermeiro, pois é ela quem faz a coordenação do trabalho de enfermagem e a intermediação entre os diferentes

profissionais da equipe de saúde, ela pode ser compreendida e

desenvolvida, desde que haja

interesse e iniciativa(6). O enfermeiro

representa o elo de apoio para a equipe, tanto no que se refere à educação como a coordenação do serviço, pois tem a responsabilidade de estimular o desenvolvimento do potencial coletivo, o que irá interferir

diretamente na qualidade da

assistência. ESTRUTURA

A estrutura física é a terceira categoria que emergiu da síntese do conteúdo e está relacionada à área física, déficit de equipamentos entre outros.

Para um atendimento eficaz e seguro ao paciente em PCR, o

espaço físico adequado,

disponibilidade de materiais e

medicamentos integram um

importante conjunto de medidas determinantes ao seu sucesso. É

importante a identificação dos

fatores que dificultam a ação da equipe de enfermagem, na sua

conduta durante uma parada

cardiorrespiratória, pois contribui

para melhorias na assistência

prestada ao paciente. Neste

(8)

97 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

encontrada:

Espaço físico e falta de material, a gente dá um jeito, improvisada. (Pérola)

Acesso de pacientes, o espaço é para quatro pacientes por ter quatro monitores e geralmente tem seis a sete pacientes. Quando chega paciente em PCR tem quer empurrar maca para um lado e maca para outro, e fica pior quando tem duas paradas ao mesmo tempo. (Ônix) Estrutura, temos dois carrinhos de emergência, mas não utilizamos porque não tem check list, a única coisa que funciona é o desfibrilador e a medicação não tem no carrinho. (Jade)

Falta de material, só um ambú ou dois que às vezes não funciona, aspirador não funciona, esses dias faltou fio guia para a entubação, o centro de material não entregou, a máscara do ambú não encaixava. (Ametista)

Dentre os inúmeros

ambientes hospitalares, as unidades de atendimento de emergência,

necessariamente, precisam dar

respostas eficazes aos seus

usuários. Cabe ao enfermeiro manter a organização e adequação dos equipamentos, assim como promover o atendimento eficaz livre de danos, imperícia ou imprudência. A inadequada previsão e provisão de materiais causa grande estresse na equipe de enfermagem em uma situação de emergência(4).

Estudos mostram que o bom

desempenho das manobras e

sucesso da RCP esta relacionado ao espaço físico adequado, a

disponibilidade de materiais e

medicamentos e o apoio

institucional. É importante a

identificação dos fatores que

dificultam a ação da equipe de

enfermagem, na sua conduta

durante uma parada

cardiorrespiratória, pois isso

contribui para melhorias na

assistência prestada ao paciente(12).

Para uma assistência segura e eficaz ao paciente em PCR a ambiência, ou seja, o espaço físico, as tecnologias e as relações

interpessoais são fundamentais

para o processo de trabalho na

saúde especificamente na

prestação do cuidado de

enfermagem.

CONCLUSÃO

A PCR é uma situação de extrema urgência que exige uma equipe especialmente capacitada visando evitar os possíveis danos e riscos inerentes à condição dos

pacientes e favorecidos pela

infraestrutura e pelo processo de trabalho.

(9)

98 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

Os resultados apresentados possibilitam identificar o alcance dos objetivos propostos pelo estudo,

uma vez que apresentou os

aspectos que dificultam o

atendimento durante uma PCR. Constatou-se por meio dos

questionamentos que o

desempenho na realização de um atendimento correto é propiciado por diversos fatores que influenciam diretamente no resultado desejado. Notadamente o aspecto relacionado ao conhecimento sempre se faz presente nesta e nas pesquisas

citadas, no entanto uma

característica interessante deste

estudo é a identificação de

dificuldades no processo de

trabalho e na ambiência ou

estrutura física.

Os resultados desta pesquisa visam contribuir com a área da saúde, pois possibilitam apontar a

necessidade da autonomia e

preparo da equipe através de um processo contínuo de capacitação para agir de maneira eficaz durante uma PCR. E revelam que os profissionais conseguem identificar a ocorrência de uma PCR, no entanto parece imprescindível a

capacitação e treinamento da

equipe para atuar em condições de extrema emergência.

De acordo com os preceitos

legais e éticos é dever do

profissional da saúde manter-se

atualizado sobre temas

relacionados às atividades

exercidas.

Cabe à equipe, com apoio da instituição e através da sua própria responsabilidade profissional, estar treinada e capacitada para realizar procedimentos altamente técnicos em situações de emergência. Tal preparo culminará na eficácia e efetividade das manobras de RCP. O sucesso do atendimento ao

paciente vítima de parada

cardiorrespiratória é alcançado

através da integração de esforços da equipe, com envolvimento e interesse de cada profissional.

Destaca-se a importância da liderança e responsabilidade ética e

profissional exercida pelo

enfermeiro, pois a partir destas tanto o processo de trabalho quanto a estrutura poderão ser viabilizadas

oferecendo segurança da

(10)

99 Revista Eletrônica Estácio Saúde - Volume 5, Número 1, 2016

REFERÊNCIAS

1- Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de

Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia. [Internet]. 2013[citado 13 mai 2016];101(2) Supl.3:1-240. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013 /Diretriz_Emergencia.pdf

2- Almeida AO, Araújo IEM, Dalri MCB, Araújo S. Theoretical knowledge of nurses working in non-hospital urgent and

emergency care units concerning

cardiopulmonary arrest and resuscitation. Rev. Latino-am. Enfermagem.

2011(19);2:1-8.

3- Alves FG, Maia FSS. Importância do treinamento PCR e RCP para os

profissionais de enfermagem em unidade de terapia intensiva. Revista Recien. 2011(1);2:11-16.

4- Felipe MEC, Cardoso AL. Conhecimento da equipe de enfermagem no atendimento a pacientes em parada cardiorrespiratória. Revista UNINGÁ. 2013(37);3:47-58. 5- Alves CA, Barbosa CNS, Faria HTG. Parada Cardiorrespiratória e enfermagem: O Conhecimento acerca do suporte básico de vida. Cogitare Enferm. 2013(18);2:296-301.

6- Santos LP, Rodrigues NAM, Bezerra ALD, Souza MNA, Feitosa ANA, Assis EV. Parada Cardiorrespiratória: Principais desafios vivenciados pela enfermagem no serviço de urgência e emergências. Revista Interdisciplinar em Saúde. 2016(3);1:35-53. 7- Minayo MCS. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 20 ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 2002.

8- Bardim L. Análise de Conteúdo. Lisboa (PO): Edições 70; 2009.

9- American Heart Association. Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care.

Destaques da atualização das Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE. Texas (EUA): American Heart Association; 2015. 10- Araújo LP, Silva AL, Marinelli NP, Posso MBS, Almeida LMN. Conhecimento da equipe de enfermagem sobre o

protocolo ressuscitação cardiopulmonar no setor de emergência de um hospital público. Revista Univap. [Internet]. 2012[citado 10 mai 2016];(18)32:66-78. Disponível em:

www.revista.univap.br/index.php/revistauniv ap/article/view/106

Referências

Documentos relacionados

Na doença em estágio mais avançado, o debate focou no câncer oligometastático e na importância da avaliação multidisciplinar e das terapias dirigidas utilizando cirurgia

1. O Código de Conduta é parte integrante do sistema de normas internas do CaixaBI, a respeitar por todos os Colaboradores. O cumprimento das regras do presente Código não

Membro do Conselho de Administração da Lojas Americanas S.A desde abril de 2005, onde também atua como especialista financeiro nos Comitês Financeiro e de

Objetivo de determinar o número de casos e a positividade para a frequência de parasitoses oportunistas causadas por Cryptosporidium spp., Cyclospora Cayetanensis

Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram utilizadas bases de dados da Secretaria de Educação (SEDUC), a fim de se obter a quantidade de estudantes participantes do

Neste texto, procuraremos observar um destes caminhos através da ação das instituições de caridade ligadas à Igreja Católica que, neste momento, passaram a auxiliar a

Não houve diminuição no tempo de ventilação, nem diminuição no tempo de internação dos pacientes, porém os que não desenvolveram pneumonia associada à

DIDÁTICO- PEDAGÓGICOS INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PERÍODO ATIVIDADE INDIVIDUAL/ PONTUAÇÃO ATIVIDADE COLABORATIV A/ PONTUAÇÃO CARGA - HORÁRIA (h/a) 1 2020.2 1