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Penitenciária Estadual

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(1)

· , \

,

EDITORIAL

Não se

pode

afirmar que esta

edição

de ZERO foi concebida dentro dos

padrões

normais do

jornalísmo

gráfico.

Elaseproces­ soudeumaforma

completamente

atípica

por inúmeras razões que

contextualizamo atualmomento

da Universidade. As oito

páginas

deste tablóide concentram o es­

forço

deumgrupo de alunosque cursa a sexta fase do Curso de Jornalismo da UFSC.

Refletem,

acima de

tudo,

o

background

ad­

quirido

desde as

disciplinas

da

primeira

fase - uma

trajetória

marcada por diversas greves e

transformações

as

quais

a U ní­

versidade

experimentou.

A

execução

prática

deum

jor­

nal

gráfico,

a

princípio

delimi­

tada aduasfases, acabou tendo trêseatéquatro

etapas

por

força

das

interrupções

que fizeram com que-a UFSC tivesse, entre

1984/85 a mais

atípica

passagem

deanoqueseconhecedesdeasua

fundação.

Além de düiculdades quase

intransponíveis

que tive­ ram deser

ultrapassadas,

ZERO quase

capitulou junto

com afra­ cassada greve de90dias dospro­

fessores das Universidades Fede­ rais.

Ilustre

produ

to

germinado

na

época

-em que a

política

educa­

cional

equivocadamente

foimar­

cada

pela criação

indiscriminada de novos cursos acreditava-se que, no futuro, os novos cursos em

implantação

teriam os mes­ mos estímulos dados aos

exis­ tentes

-ode Jornalismoatraves.. sa umadesuasmaiores crises.

Chegamos

aníveis taisondeum

departamento

de rádio recebe

um mísero

jogo

de

pilhas

como

dotação

de materialpara

todo

um semestre.

Acresça-se

o crônico

problema

de falta de espaço fí­

sico,

que até

hoje impediu

queo

Curso de Jornalismo reunisse

numa só

dependência

todas as suasturmas,semcontararepen­

tinae inacreditável rotatividade

de

professores

quepromoveude­

fecções

profundas

no grupo ini­

cial dos docentesqueneletraba­

lham desdeasua

implantação.

Mas nem tudo está

perdido.

Graças

ao

esforço

coletivo dos

professores

e oentusiasmovoca­

cional dos

estudantes,

que nas

salas de aula ensaiam seus

pri­

meiros passosrumo aomercado

de trabalho, o Curso de Jorna­

lismo da UFSC é cotado entreos

dez melhores do

País, segundo

uma

pesquisa

de âmbito nacio­

nal. Foiuma

conquista

que ain­

competência

dos burocratasque

administrama

Educação

e aCul­ tura nestePaíseasuatão conhe­

cida má vontade paracom oEn­

sino Publico não

conseguiu

ofus­

car.

Mas mesmo diante deum con­ texto tão desalentador sabe-se

que muitacoisa

pode

serfeita in­ ternamente. Uma

proposta

real­

mentedemocráticaquenos des­

taca anível nacional

precisa

de

uma

reinjeção

deânimoque po­

larize estudantes e

professores

-rumo

àquilo

que todos

deseja­

mos.Adecolocarna ruaturmas

de formandos

capacitados

a

ponto

de serem absorvidos

pelo

mercado de trabalho, e não de engrossarem as fileiras de de­

sempregados

de nível

superior.

Jornalista quer escrever, não

quervender

cachorro-quente.

.. .. ..

Até bempouco

tempo

a Coor­

denação

do Curso de Jornalismo aindanãodavacerteza queotra­

balho executado

pelos

alunos da

sextafase seria

impresso,

ou

seja,

chegaria

àsuaforma final. E isso

somente foi

possível

graças ao

empenho

da

direção

do Centro de

Comunicação

e

Expressão,

a

cargo das

professoras

Maria EH­ sabeth Mendes de

Albuquerque

e

Regina

Carvalho

Pacheco,

dire­

tora e vice,

respectivamente.

O

CCb assumiu r(iS dificuldades fi­

nanceiras do curso e bancou a

impressão

das

edições.

EXPEDIENTE

Reportagem,

Redação,

fotogra­

fia,

diagramação

e

edição:

Avanir Luciane

Herzmann,

João Martim

Debétio,

Marcos

Heise,

Maria Isa­ bel Orofino Schaefere Vânia

Apare­

cida Mattozo. Orientadores: Cesar

Valente, professor

da cadeira de Técnicas de

Edição

e

Ilustração;

Ayrton Kanitz,

Carmen Rial e Luiz

Lanzetta,

professores

da cadeira de

Jornalismo Gráfico. Colaboradores: Alemão

Bayer,

Jucélia

Fernandes,

Orestes

Araújo,

Pedro Antonio de

Melo,

Sandro

Shiguefuzi.

,

Valen-tina

Nunes,

eJosé

Augusto

Custó­ dio. Jornal da turma 683-B e683

nas

disciplinas

coorespondentes

da

sexta fasedo

Curso

de Jornalismo da UFSC.

Página

3

Penitenciária

Estadual

tem

remoção

garantida

para

São

José ainda

no atual

Governo

A rotina do

HU:

filas,

I'

.falta

de

-espaço

tisico,

..

carência de

lunéionários

e excesso

de burocracia

Página

7

(2)

2

MARÇO/85

�---80AVIDA---Ancoradosob avelha

ponte

Hercílio Luz,

próximo

ao histórico Fortede Santana, o barco "Lendário decoraaindamais a

paisagem

local.

BEBEL SCHAEFER.

Os turistas que visitam

à

Ilha de

SJ.nta Catarina, e também as pes­ soas que nela vivem, contam

hoje

com ma.s uma

opção

de

passeio

de

lazer.Trata-sedeum

grande

e

antigo

veleiro, presente de alto nível que

Fpolis

recebeu, da classe Schunnar, que está ancorado sobaPonteHerCÍ­ lia Luz, no

antig<?

cais do barco Flo­ mar.

Este veleiro, chamado "Lendá­ rio", tem o tamando de 65

pés

e a

idade de40anos,efoi trazido paraa

Ilha de SantaCatarina para realizar

passeios

nas baías Norte e SuL

"charters"para ilhas costeiras,visi­

tação

à Fortaleza de Anhatornírim.

passeios

para balneários

próximos

como Canasvieiras. Porto Belo e

Armação.

Além disso, funciona a

bordo um bar

requintado

e bem

equipado,

queservebebidasestran­

geiras

e apresenta som ao vivo. Mas ointeressantenão é só isso. Estebarco carrega

consigo

umahis­ tória

mágica,

cheia de mistério e misticismo. Trazido ao Brasil por umafamília holandesa que deixara seu

país

pormotivodeperseguições aliadoao medoda

Segunda

Guerra

Mundial, depois

de 15 dias à deriva,

semlemee sem rumodeterminado, o barco

chegou

à costa

paulista

no anode 1')48. Desdeentão,oLendá­

rio ficou abandonado e

esquecido

noestaleiroGuara.na

praia

deGua­

ratuba. litoral parariaense. durante

quase 30 anos.

Atualmente Nina

Lupion.

netado

ex-governador

paranaense

-pes­

soa que comprou a

embarcação

quando

chegara

aoBrasil- desco­ briu queinvestire restaurar obarco

seria um

negócio

rendoso, além de

divertido.Juntodeseumarido João

Chaves Neto, deu início ii um tra­

balho de

recuperação

do material

pertencenteaobarco que havia sido

extraviado durante o tempo que

este ficou abandonado em Guara­

tuba.ParaNina,o nomedobarco

define sua história: "Ele é

mágico,

cheio de lendasemistérios",ela ga­

rante.

Em estilo holandês, o Lendário

tem seu casco todo de ferro,

dispõe

de5 cabines paracasal,emaisuma

grande

cabine na proa com 3 beli­ ches..Conta ainda com um

amplo

salãode festas de 20m2,com umbar e com uma cozinha muito bem

equipada.

''Restaurarobarco foicomovoltar

atrás no tempo e na história", diz Chaves Neto.

Segundo

ele, obarco

quando chegou

ao Brasil. era

equi­

pado

somentecom material de alto

luxo,

pois

afamília queo trouxera era

riquíssima.

"Eles são atualmene osdonos da Batavoe Brasolanda". Ninacontaque a

louça

eratoda de

porcelana

chinesa, os

pés

de mesa eram

golfinhos

esculpidos

em

m�­

deira de lei,escotilhas de bronze,VI­

drosbizotados.

faqueirós

deprata e

copos de cristal."No entanto,oque é de

original

pouco temos",garante

Chaves Neto. Isto porque no pe­

ríodo em que ficou adernado e

abandonado,aspessoasque ficaram BebeiSchaefer

para cuidar daembarcaçãoseencar­ regaram de levaroque ele tinha de

riquezas.

Segundo

Nina

Lupion

ele era

todo

pintado

em

Flamengo,

o que

nadécada de 50 seriam obras dearte

de

grande

valor, e também o seu ínterior todo

esculpido

a mão com

detalhes belíssimos. "Não haveria

hoje,

dinheiro que pagasse ovalor

queestebarco

possuía",

ela afirma.

Paraocasal,otrabalho derecons­

trução

está relativamente fácil. "A batalha mais dura está sendo exa­

tamentea

recuperação

deste mate­

rial extraviado", afirma Nina. Se­

gundo

ela, a

equipe

de

carpinteiros

liderada porumfrancês, estátendo

grande

preocupação

emremontaro

barcoo mais fielmente

possível,

se­

guindo

o estiloelinha queestepos­

sui desdesua

chegada.

"Omaterial extraviado não pertence a nin­

guém,

esimaobarco". Chaves Neto

informou ainda que vários exem­

plares

que

pertenciam

ao Lendário

foram localizados. "O

antigo

timãoé atualmentelustrena casade umapessoa de

projeção

em Guara­

tuba". "O

faqueiro

deprataestáem

Fpolis.

na

residência

de um casal

que há anos atrás "cuidou" da em­

barcação"

.

Florianópolis

foi escolhida para receberoLendário porter umverão

agitado

e

precisar

demais

opções

de

lazer. Parao futuro, Nina e Chaves Neto

pretendem

terminar de

equipá-lo

e quem sabe levá-lo para o litoral

paulista

ou carioca: Se­

gundo

eles,afrasequemelhor iden­

tificaum

velejante

é: "Não sei". Se o barco ficará

aqui

por um ano ou

dois, seserá levado

para

o Norte,se

darão a voltaao mundocomele, os

bonsventos dirão.

(3)

A

nova

Penitenciária

deve

sair

ainda

no

atual

governo

perto

da Colônia

Santana

� �

POLíCIA

M_A_R_ÇO_/_8_5�3

Com

um

prédio

construído

153

anos e

abrigando

286

detentos,

a

penitenciária

da

Capital

terá

em

breve

novas

instalações.

Numa

área

comum

milhão

e

meio

de

metros

quadrados,

em

São

José,

o

Governo do Estado

construirá

a nova

penitenciária.

O

terreno

onde

hoje

está instalado

o

presídio

está avaliado

em

torno de

Cr$

250 mil

o

metro

quadrado.

Nesta

obra

em

São

José,

será construído

um

presídio

feminino,

uma

solução

considerada

definitiva para

mulheres presas

e

espalhadas

por Cadeias Públicas

do Estado

de Santa

Catarina.

AVANIR LUCIANE HERZMANN Ainda dentro do mandato doGover­

nadorEsperidiãoAmina Penitenciária da Capital será transferida para uma área de um milhão e meio de metros

quadrados,fazendopartedeumaobraa serconstruídapeloGovernodo Estado.

Estaárealocaliza-sebem

próximo

à Co­ lôniaSantanano

município

de São José e oprojeto-

já aprovado

por lei

-que está sendo encaminhadopelaSecretaria daJustiçaencontra-seemfase inicial de levantamen todascondiçõesdoterreno.

Esteprojeto, segundoinformouodi­ retordaCoordenaçãodasOrganizações Penais do Estado EvaldoVilela,

prevê

a

construção de um

presídio

masculino com

capacidade

para500detentos,uma

prisão feminina para 100 mulheres condenadas a penas mais longas, um

Hospital de CustódiaeTratamentoPsi­

quiátrico

com 150 leitos abrigandoala feminina e masculina,um Centropara

menores infratores de alta

periculosi­

dadecom

capacidade

para50.menores e

ainda, ressalta Vilela "se sobrar di­ nheiro"um

presídio

para presosemfla­

grante, emprisão preventiva e conde­ nadosemgrau derecurso ouseja,uma

espécie

de Cadeia Pública.

O

prédio

da atual penitenciáriaserá demolido

após

ser aprovada uma lei para asua desativação. A extensa área

-que nemo Diretorda Penitenciária Amauri Vieira e nem Evaldo Vilela· sabemprecisarotamanho- será

nego­ ciada com uma firma empreiteira que em troca do terreno construirá a obra em São José. A firma construtora que ficarcom oterrenoterá bons lucrospois,

OrestesAraújo

\

aquelaárea esta avaliada em'torno de

Cr$250.000ometroquadrado.Perma­

necerá nolocalaCadeiaPÚblicae aCasa doAlbergado, recém construída.

APENITENCIARIADE

FLORIANÓPOLIS

Dãs trêspenitenciáriade Santa Cata­

rina, a de Florianópolis é a que conta com maior número de detentos, 286. Com 152 funcionários einstalada num

prédioconstruído há 153 anos,apeni­ tenciária da

Capital

possuiumesquema defuncionamentovoltada paraaLabor­

terapia- a

terapia através do trabalho

- onde os

presos prestamserviçosin­ ternosou externos

ganhando

um

pecú­

lio mensal eadquirindoumaprofissão.

O chamado Departamento Industrial(

(.lerviçosinternos) possui

tipografia

een­

cadernação,marcenaria.acolchoariae es­

tofaria, vassouraría. sapataria (convênio

comBolas Globo de Blumenau) e alim­ peza de telefones (convênio com a Te­

lese). Ainda dentro do mesmo

departa­

mentoháosserviçosdeApoioAdminis­ trativo como o almoxarifado,

limpeza

e

conservação,

padaria

e cozinha.

conservação,

padaria

ecozinha. O dinheiro arrecadado através da venda a particularesdo que foi

produ­

zido, como por

exemplo

vassouras e

colchões, ou através dos convênios mantidos com empresas, vai para o Fundo Rotativoe serveparaaconstru­

çãode pequenas obras dentro do

presí­

dio que não poderiam ser realizadas apenas com a verba recebida do Go­

vernodo Estado.

Há, dentro dos serviços externos, a

recuperaçãode engradados debebidas

Cola e com a Coca-Cola. As empresas dão todoomaterial. inclusive ferramen­

tas,enestesetortrabalham 35homens.

Emnovembro doanopassadoaarreca­

dação foi de Cr$ 2.148.543, sendoCr$

580.934distribuídosentre ospresose o restante revertido para oFu ndo Social que, entre outras coisas, serve para a compra depresentesna

época

de Natal.

.

aquisiçãodenovaaparelhagemdesom etc.

A penitenciária tem ainda o Serviço

de UtilidadePública, com turmasfixas que prestam serviçosnoeIc,BaseAé­ rea,Reitoriada UFSC, RefloresceSecre­ taria deTurismo.

Na área dealimentaçãoa

penitenciá­

ria contacomcincohortas queajudam

noabastecimentodiário,masnão sãoo suficiente. Háum

cardápio

formalizado trimestralmentee umaequipede deten­ tosfica

responsável

pelacozinha.

A estatística penitenciária informa que na Capital 68% dos crimes são contra o

patrimônio

(estelionato,

roubo, latrocínio,etc) e envolvimento comtóxicos. A incidência de homicídios é de apenas 10%)

De,40em40 diasmaisoumenos,são feitas reuniões dosdetentoscom odire­ tor.São chamadoscincopresos, sempre diferentes dos que compareceram à ul­ timareunião, não havendo assim repre­

sentação com característica de lide­

rança. Nesteencontroeles fazem recla­

maçõese reivindicaçõesque são discu­ tidas eàsvezesatendidas, foio casode umareivindicação feita naúltimareu­

nião, que os detentos

pediram,

pa�a quem pudesse adquirir,apermissãode televisores noscubículos.

çãoapenitenciária deFlorianópolis éa

construção

de uma'casa para encontros

conjugais.Aobra estasendo construída

pelos próprios

presoseestaraprontaem breve.

Composta

por

quatro

aparta­ mentos de 12 metrosquadrados,a casa

,

de encontros conjugais servirá de ins­ trumentode incentivo à

disciplina

e as

,

regras deutilizaçãoainda serãoestuda­

das.

Cinqüenta

e

duas

mulheres

-esperam

penitenciária

feminina

Cinquentaeduas mulheres condena­

das a cumprirem pena em penitenciá­ rias estãoespalhadasem cadeiaspúbli­

cas peloEstado, pois não há em Santa

Catarinapenitenciária feminina.

Uma área,onde hoje é atual Cadeia Pública deBiguaçu,foisugeridae estu­ dadapelaSecretariadeJustiçamasficou fora decogitaçãopor motivos não sabi­ dos. Outra solução seria a construção dentro do terreno da penitenciária da

Capital.mas a

hipótese

foi descartada por falta de espaço físico.

A última solução encontrada foi a transferência para aColônia Penal.em

Canasvieiras que encontra-se desati­

vadaeemtotal abandono. Seestasolu­

çãonãofor colocadaem

prática,

restaa estas cinqüenta e duas mulheres a es­ pera demaisunsdoisanos atéa cons­

(4)

5

MARÇO/85

�---UNIVERSIDADE---,

Apufsc

e

Asufsc

em

discussão

Diferenças

de

atuação

causam

atrito

VÂNIA

MATIOZO

Uma

associação

independente

de

vínculos com a

administração

uni­

versitáriaou com

partidos

políticos,

que tem por

objetivo

o encami­ nhamento das

questões

docentes,

além de fornecer assistência básica

(convênios

de saúde e

comerciais)

aos seusassociados. Essaé adefini­

ção

da APUFSC

(Associação

dos Professores da

UFSC)

como enti­

dade,dada

pelo

seu

presidente,

pro-. lessor Hamilton Carvalho de Abreu, que .acrescenta: "Somos uma

entidade-massa, democrática, que está abertaatodasastendênciaspo­ líticas,

cujo

único

compromisso

é

coln

as suasinstâncias deliberativas, a saber:

Conselho

de

Representan­

tesdos

Departamentos

e as Assem­

bléias Gerais".

Abreu concluique a consciência

política

dosassociadosé muitoboa,

sinal disso é o

grande

compareci­

mentoàsassembléias

gerais

convo­

cadas e o

reconhecimento,

a nível

nacional, da

associaçao

como uma

entidade combativa. "Na maioria das vezes, existe

unanimidade

de

opinião

quanto a movimentos rei­ vindicatórios e posso dizer que somos tidos como uma

associação

efetivamente atuante"

-afirma.

Oposições

internas existem, mas os

principais

eixos de luta são co­ muns:

reivindicação

pelo

ensino

público

e

gratuito, pelos

direitos dos docentes e

pela

democratização

da

universidade.Eforamestaspropos­

tas, além da

pretensão

de aumentar

aparte

assistencial,

que formaramo

programa de

ação

da

chapa

empos­ sada nas

eleições

realizadas em

agosto de 84. "Pela

primeira

vez na

história dessa

associação

concorre­ ram duas

chapas.

Foi uma

eleição

bem

disputada

eficocontente,

pois

as

eleições

que se caracterizavam

pela chapa

única. agora revelaram maior interesse de

participação

dos

professores.

A APUFSC está alcan­

çando

seus

objetivos",

afirma o

atual tesoureiro Luiz

Henrique

Westphal

Verani. também presente à entrevista.

APUFSC

E

ASUFSC

Abreu

I�ão

nega que existam

atri-Abreu

e

Verani

creditam

a

Apufsc

como uma

associação

independente

tos entre as duas

associações

e co­

loca o por que desses

problemas:

a

atitude

independenge

da APUFSC. Ele cita um

exemplo

recente como

ilustração:

"Uma

publicação

nobo­

letim da ASUFSC taxou de disso­

nante da cerimônia o discurso

feito"

por nós no dia da posse dos novos

diretores de centro. Nesse discurso levamos a nossa

posição

de que a

comunidade universitária deve ser

ouvida e os eleitos devidamente

empossados,

o que não ocorreu no centro de Ciências

Biológicas.

Por isso levamos o nosso protesto ao

fato de o

poder

não ter acatado o

princípio

que norteou a

eleição

do

reitore dos outros oitocentrosque

realizaram

eleições.

Seisso

desagra­

dou aASUFSC, nósnão sabemoso

porquê".

O

presidente

assegura queaasso­

ciação

não

pretende responder

atais

provocações,

"porque

não temos outro

compromisso

anãoser com a

representatividade

democrática e

mesmo porque não

pretendemos

entrar em

polêmicas

vazias".

Contudo,

Abreu acha que exis­

tem lutas comuns que

podem

tor­ nar viáveluma

ação conjunta,

mas

descarta a

criação

de uma entidade única: "Os interesses sãodiferentes

e os

problemas

específicos

dascate­

gorias

devem ser encaminhados

pela

sua

respectiva

associação".

SERViÇOS

DE

ASSIST�NCIA

A APUFSC, criada há nove anos e com

1.330

sócios,está procu­ rando

ampliar

também a sua atua­

ção

dentro da comunidade universi­

tária, através da

criação

de mini­

associações.

"Elas deverão terativi­ dades

próprias

e uma certa auto­

nomia, mas sempre com o

apoio

do

núcleo". afirma o tesoureiro,

pro-fessor Verani. Essas rmrn­ asso

ciaçôes

compreenderão

a

APUFSC-Tour, destinada a facilitar a compra de passagens e

"apoiar

o

lazere trabalho dos

professores";

o

.

Jornal

J�

que está sendo reeditado

com uma

tiragem

de2mil

exempla­

res e o Sistemade

Compras

Comu­ nitárias que

pretende,

através do

Cheque-APUFSC,

facultaraos asso­

ciados a

aquisição

de bens de con­ sumo. Essas novas medidas virão

.

suprir

a falta de uma

cooperativa

que,

segundo

Verani, é muito dis­

pendiosa.

"Criar

uma

cooperativa

é anti

econômico, pois

onívelde salá­ rio dos

professores

é baixo e isso dificulta a

manutenção

da infra­

estrutura.Nãoadiantacriarmosum

sistema

dependente

de outros". Inéditas na história da APUFSC,

que sempreprocurou

proporcionar

apenas medidas deassistência

polí­

tica,essas

mini-associações

atende­

rão -"s necessidades econômicasdos

associados, como há muito tempo

fazaASUFSC. Anovamedidafez-se

necessária desde que o salário dos

docentes não atendeu mais às suas

necessidades básicas. "Atualmente,

emvista das

circunstâncias,

a preo­

cupação

da

J\PUFSC

deixou de ser

apenas

políticas,

apesar de

conti-nuar

sendo de'

ímportáncía

funda­ mental

pela

inexistênciadeumsin­

dicato, voltou-setambém

parao as­

pecto

assistencial",

dizVerani.

Para tanto,a

associação

pretende

ampliar

suaredepara

abrigar

todas

as

mini-associações

quecriar,

que aatual nãocomportamaisosservi-' ços necessários. "Pretendemos nos

mudar para uma sede funcional e sem

ostentação,

pois

aentidade não é rica", assegura o tesoureiro que

citaos fatos como provas: "Afinal,

os

1.330

sócios contribuem apenas

com uma mensalidade

regulamen-

. tada

pelo

estatuto, que

prevê

uma

reduzida porcentagem do

salário,

ou

seja,

hoje

os

professores

pagam

Cr$

7.081,00

pelo

direito de

partici­

par dos Convêniso de saúde e co­

merciais, e a

partir

desse ano, das outras

mini-associações

que serão

criadas".

A necessidade de

ampliação

da sedesedeu

junto

com anecessidade de

ampliação

deseus

objetivos

assis­

tenciais,

principalmente depois

do

malogro

daúltimagreve,emqueos

professores

não

conseguiram

ter

suas

reivindicações

atendidas. "A

atual saúde econômica da APUFSC é um

espelho

do nível salarial dos

docentes das Universidades Fede­

rais", desabafaVerani.

entre

as

duas

entidades

do

campus

VÂNIA

MATIOZO

"Naoéverdadedizer queaAsufsc

é atrelada à

Reitoria,

Nósprocura­

mos ser

independentes,

mas não

podemos

fugir

de uma

ajuda

que

estamos reivindicando. Geral­

mente,

conseguimos

o que

quere-,

mos porque não

agredimos.

E se o

.

Reitor sempre nos atende, por que

vamos

agredir?"

Essa

declaração

é

de Pedro Geraldo Batlsta, vice­

presidente

da Asufsc

(Associação

dos Servidores

da

UFSC)

queacres­ centa quequem fala mal da admi­

nistração

universitáriasão

professo­

res de fora. "Pode ver que quem

critica o Reitor são

professores

de

outros estados, são

estrangeiros

ou

são

simpatizantes

do PT". E asse­

gura, convicto: "Esses

professores

defora sãoum

problema.

São caras

que desconhecem a realidade cata­

rinense e que vêm

aqui

para des­ truira nossa

universidade,

não

sig­

nificando assimconcorrênciaparaa

universidade da terra deles".

AAsufscsempreteve

caracter

as­

sistencial:

o

více-presídente

acha

que não

poderia

deixardeser

assim,

A

Asufsc

acredita

em

diplomacia.

para

dirigir

suas

reivindicações

uma vez que os associados, na

maioria,

sãofuncionários carentes:

"Justamente por lidar com funcio­

nários debaixa renda é que somos

mais

paternalistas

do que

políticos.

Temos que dar assistênciaa muitos que,àsvezes,não

têm

oquecomer em casa. Então não

podemos

ser como a

Apufsc,

queé, basicamente,

política.

nhuma. Além das vantagens dos

nossos

convênios,

nóstrabalhamos

em

equipe,

discutindo comos asso­

ciados os

problemas".

O

vice-presidente

tambémfez crí­ ticas á

Apufsc

afirmando

que a as­

sociação

nãoprotestaa

ocupação

de cargos administrativos por

profes­

sores: "Exceto aschefiasdeensino, achamosisso errado. Elestemmedo de que

sejam

contratados técnicos

administrativos para esses

lugares

porque sabem que os horários de trabalho vão ser cobrados.

Porque,

agora, é assim:

ninguém

cobraho­ rário de

professor,

mas cobra de

funcionário.

Aliás,

em determina­ dos setores,funcionário é criadode

professor"

-protesta veemente e

exernplifica

a

discriminação:

"Um

professor

tematendimentomaisrá­

pido

no

Departamento

de Pessoal do queumfuncionário.

queremverresultados

logo,

por isso

as assembléias

gerais

sempre se es­

vaziam. Além disso, sabem o que umagreve

pode

cau sar etêm medo

disso".

.

Isso

justifica

a

atuação

da enti­

dade: "Souafavordos movimentos de luta, mas deve haver

pondera­

ção.

Sou

pela

reivindicação

diplo­

mática, pois

greve é

ilegal

e se le­ vada àsúltimas

consequências pode

trazer

problemas".

Batista citaapo­

sição

do reitor Rodolfo Pinto da Luz,

.

naúltimagreve,como

exemplo:

"A

atitudedo reitor de

pedir

para volta­

rem aotrabalhofoi muito bem pen­

sada.

Ele.

pensou no servidor, por­ que se acontecesse uma interven­

ção

haveriademissão em massa e e nossa

associação

ia por

água-abaixo".

-Por esses motivos, a

associação

prefere

não se arriscar: "Só entra­

mos

com

reclamação

trabalhista

quando

temoscertezadavitória".E

frisou:

"Porque

pensamosnoservi­ dor".

ASUFSC

E

APUFSC

Batista nega que

haja

rivalidade,

a.nívelde

associação,

entreaAsufsc

e a

Apufsc

(Associação

dos Professo­ res da

UFSC)

e assinala que o que

existemsão

antipatias pessoais.

"Eu não tenho nada contra a

Apufsc.

Atéacho que seria bom se a gente

pudesse

trabalharem

conjunto"

-afirma.Contudo, acha que existem

diferenças

de programas entre as

duas entidades: "O

pessoal

da

Apufsc

subestima os servidores,

tanto é que existem

associações

se­

paradas.

Nósnãofazemos

dístínç.o

funcional,

inclusive temos muitos

professores

entre os' associados e

elesvêmparacá,reclamando quea

Apufsc

não dá assistência

ne-CONSCIÊNCIA

POLiTICA

Segundo

Batista, os

servidores,

porserem namaioriatrabalhadores

de baixarenda, nãotêmconsciência

política

e são imediatistas: "Eles

Vánia Malozo

•.•

i' ...

�;.

_. > _'_(-,o(.> ... . ••...J&� Batista afirma quenãoexiste esclarecimento

politico

entre

osassoeiados

SERViÇOS

DE

ASSISTÊNCIA

A Asufsc existe há 15 anos e do

Quadro de sócios constam 3.138

pessoas,

que pagam taxa unica de

mensalidade:

Cr$

2.100,00.

A

associação

oferece convênios

com cercade 20

lojas,

supermerca­ dos e farmácias e mantêm perma­

nente assistência médico­

odontológica

através do

Hospital

Universitário, do Posto de Atendi­

mentode

Odontologia

noCentrode Ciências daSaúdeetambém de pro­

fissionais

independentes.

Além

disso, os filhos dos associados tem

direitoà

jardim

de infânciae os

pró­

prios

associados têmassessoria

jurí­

dica, atravésdedois

advogados

con­

tratados

pela associação.

A sede, situada no começo do

Córrego

Grande, oferece

opções

de lazercomo sinuca,

serviço

de bare

salão de festas e reuniões. Com o

término do

pagamento

da constru­

ção

da sede, a diretoria

pretende

ampliar

as

instalações

comumsalão

de beleza, uma barbearia,

quadras

polivalentes

econstruir urnparque

infantilparaosfilhosdosassociados

na áreaverde

próxima'

à

sede.

Verani, oatual tesoureiro

da APUFSC, afirmaquea

associação

está

atingindo

(5)

i

I'

Dentro desseobjetivo,encontra-se o

papel

iconoclastade Canabarro: ele não aceita o mito de quecerâmicapara ser

artístíca

precisasercozidaa 1.300graus.

"Isso é bobagem. Então uma peça de

arte

fugir

dessa regra vai deixar de ser arte? Nunca". Porjustamente ser uma nova proposta, o

publico

que assiste .às

exposições

tem reações diferentes,

porém

dentro das

expectativas:

surpresa

e indagaçao. Issoacontece porque, ge­

ralmente,setem

umaconcepçáo

muito restrita decerâmica: ouela éestrutural

(telhas, tijolos)

ou é cerâmica utensílio

(vasos,etc).Outro motivo é quesóagora

as pessoas estão tomando conheci­ mento daartemoderna. Canabarrodiz que aindafalta muito para que come­ cem a enteder esse tipo de arte:"So­ mente, agora,aspessoas estãoaceitando que Salvador Dali é, realmente, um ar­ tista. Imagine

pretender

que aceitem

de caraa arte contempóraneal".

OS PLANOS DO

GRUPÔ

revitaliza

arte

dos

oleiros

Grupo

de

Santa Catarina.

...

VÂNIA

MATIOZO

Os oleiros de Santa Catarina estão se

extinguindo.

Essa é a constatação de Luis Carlos Csnabarro Machado, pro­ fessor e um dos componentes do grupo

NHA'Ú, pioneira

na criação de uma nova Arte-Cerâmica. Canabarre

supõe

queo

NHA'O,

queemtupi-guaraniquer dizer

argila,

seja pioneiro também a

nível

nacional, uma vezque ele desco­ nhece a

'existência

de outros grupos que trabalham da mesma forma.

Canabarro, como

prefere

ser cha­ mado poruma

questão-de identificação

("Canabarro

lembra barro e eu estou muito

ligadoa cerâmica")

afirmou que

Florianópolis em condições de ser um centro de cerâ mica, mas não existe apaio financeiro,

principalmente,

para os ceramistas. Além do que a índtistria está contribuindo para o desapareci­ mento da cerâmica artesanal. Falando

isso, o artista ironizou: "Os filhos de oleiros em vez de seguirem a

profissão

dos pais

preferem

conseguir um em­ prego

público,

trabalharnaAssembléia

Legislativa

e arranjaruma

aposentado­

ria

precoce".

OTRABALHODO GRUPO

Apoiado

no

grande pontencial

catari­ nense, em termos de

matéria-prima,

o grupo NHA'U está reformulando a idéia

dt cerâmica artística. Pregos, tijolos,

cacos de telha,

parafusos,

sucata indus­

trial, tud<Pé material para ostrabalhos do grupo que écompostoporoutrosdez artistas.

Um dos objetivos do grupo é fazer umaartemaissocial,menos,

particulari­

zada. Eles não aceitam ficar sujeitos.à boa vontade do mercado de arte nem

tampouco

expostos

às

pressões

decom­

petíçoes

profissionais.

A arte que de­ senvolvem concretiza-se em trabalhos que

pretendem

ser uma viagem

plena

de

indagações

esurpresa. Porissoode­ sapego à cerâmica bem

comportada.

BEBEL SCHAEFER'

O mercado artístico está sofrendo

uma séria retração em decorrência da crise econômica que estamos atraves­

sando, e os mais

prejudicados

comesta

situaçãosãoosartistasnovos,que estão

fazendoseus "nomes".

Segundo

Janga João Otávio Neves

Filho,artista

plástico, professor

deartes e

presidente

da

Associação

dos Artistas Plásticos de SantaCatarina,a criseeco­ nômicaatinge duascategoriasde artis­

tas, ede maneira diferente. Os artistas .que

eramconhecidosouqueaparece­ ram durante este

período,

têm toda

condiçãodesobreviver.

Principalmente

porque artecontinua sendo-um inves­ timento muitobom.Em

contrapartida,

os artistas que estão

começando,

não

têm oapoiodos donos de

galerias,

pois

seustrabalhosnão sãoconsideradosre­ torno certo,'e muitas vezes não têm onde expor, ficando num "beco sem

saída".

Janga afirma ainda que as obras de arte valorizaram muito nos últimos a nos."Mesmocomtodaestacrise,cer­ tostrabalhos de artistas famososvalori­

zaram mais de4000'X" istoé, valoriza­ rammaisdoque

qualquer

açãonaBolsa

MARÇO/85

6

��---ARTE---Essepioneirismoacarretaum

grande

esforço

pessoal

de cada componente,

pois

fora

ajudas

esparsas dogovernodo estado e da Udesc. o grupo é que se

autofínanca.

Cana, como o ceramista

também é conhecido, afirma que o

NHA'Ú

está se

organizando

para dar maisumpasso adiante:conseguirsere­

gistrarcomoum grupo de

extenção

da

Udesc.poisamaiorpartedos artistas são

professores

dessa falculdade, onde se encontra o ateliê do grupo. Com isso serámaisfácilconseguirverbase

adqui­

rir maiscredibilidade.

Outro

plano

nessesentido será

parti­

cipar,agoraem 1985, deuma Bienalde ArtesPlásticas,em Firenze,naItália."E

assimmesmo: nós sóvamosservalori­ zadosaquinoBrasil,se oformosláfora"

-assegurao ceramista.

As

pretenções

do

NHA'Ú

vãoadiante.

A idéiaé construirumaFundaçãocom

escola,oficinaeindústriaceramistaque

de Valores, Caderneta de Poupança ou bem

ímovel",

O

problema

reflete exa­

tamente nos artistas que estão come­

çando.

Afinal decontaséaclassemédia

quem realmenteadquireobras denovos artistas. A classe alta se preocupa so­

mentecom aaquisiçãode"medalhões". "Quem sempre comprou casacos de vison continua

comprando,

acrise não

reflete nem um pouco", afirmaJanga. Mascomoo

poder

aquisitivoda .lasse

média está

completamente

dim!.iuído,

isto resulta na

impossibilidade

de um artista novoviversóde arte. '

Fiz meu

pé-de-meia

antesde vir para Florianó­

polis",

declara Janga.Ele ar..rnaquese tivesse que viver só dearte.iãosobrevi­

veria. "Acredito queesta situação seja

igual

para muitos artista;'.

Arealidadeé queaqu.emSantaCata­ rina, são poucosospí- toresque vivem sóde arte. Paraa gre nde maioria é ne­

cessáriooutrafontede renda.Jangade­ clara que muitas vezes os artistas têm

que fazer o jogo das

galerias,

isto é, realizar propostas que não apresentam

nada denovo, que sãomeramente de­ corativas. "Tivemosaquinasede da

As-.

sociaçáo

um leilão onde apresentamos trabalhosótimos de bonscolegas.

Traba-PedroAntclniode Melo

o

primeiro

trabalho

exposto pelo

artista no Rio Grande do Sul

fator de esvaziamento dos elementos

culturais. O mais recente trabalho foi

expostona

Fundação

ArmandoÁlvares

Penteado

(FAAP)

em SãoPaulo,e desta vez foi montado um escritório em ta­ manhonormal,com

objetos

eduas

figu­

rashumanas,tudo issomodelado em ar­

gila.

O

objetivo

eramostraratravésdeum caso isolado (um

escritório)

osistema de

atendimentoburocrático,ondeo serhu­ manopassaateromesmovalor servil das coisas queorodeiam.

O trabalho mais ousado, em termos

detécnica,éoquevemsendo estudado:

produzir

umacerâmica leve,que possa I

seratadaaumpregoequeflutue, da!o nomedecerâmica-balão. Canabarro diz·

que "ainda estamos pesquisando. Serão

feitos muitos estudos científicos que possamviabilizaresseprojeto".

IS50 comprova o que está

intrínseco

aogrupo;aartenãoestagnar.Canacon­ firma issoaodizer que"afinal,a arteé

lumadas poucas atividades que vairestar

'para

o homem,nofuturo".

estar a venda, avisitação foiintensa e houve ótima

comercialização.

"O pro­

pósito

foi exatamente

lançar

no mer­

cada", garante Blaine.

No entanto,o fato dea amaioria dos artistas nãotercolocadoseustrabalhos à

venda, demonstra a insegurança em queosnovosartistas vivem

hoje

emdia.

Para SimoneFreitas,"marchand du ta­ blau" colocaropreçonostrabalhos seria estarcorrendo risco.Istorefleteo receio que osartistasnovostêm em

relação

a venda de seus trabalhos. "O .que sus­ tentaoartistaéavenda deseutrabalho,

é a

aprovação popular.

Isto é que faz

com que ele cresça e renove sua arte", afirma SimoneFreitas, concluindo que "é muitofácil afirmar que não vendeu

um

quadro

porque este não estava à

venda".

Omelhor caminho paraosque estão

começando

éaparticipação emsalõese

exposíçóes coletivas, onde seus traba­ lhos possamseranalisadoseseleciona­ dos. Quanto aissoaAssociaçãotemse

empenhado

na realização de eventos para que os jovens que estão aí, mos­ trem suavontadedecriar, mudar,me­ lhorare

enriquecer

nossaculturae nos­ sasvidas.

Atual

crise

econômica sufoca

novos

artistas

aproveite a

matéria-prima

catarinense

"argila)quee tartaedeótimaqualidade O

próprio

Canabarro afirma que isso e

um sonho e acrescenta com ar con­ fiante: "Vamosver seconseguimos".

OS TRABALHOSEXPOSTOS

O

primeiro

deles,

quando

ogrupoera formado somente por Canabarro, sua assistente,

Clntia.

emaistrêsartistas que

contribuíram com uma "pinelada". fOI "CaoseCriação",expostonoIVSalão de Cerâmica do Rio Grandedo Sul,em1980. "Caos e Criação" era composto porum

girau.de

onde

pendiam

peçasde

cerâmica

amarradasa um fio,sendo que também

foramconfeccionados

azulejos

e

dispostos

em situação criativa ecaótica. Seu

obje­

tivo era levar o

espectador

ao

quesgionamento

dos valores estéticos

predominantes

na cerâmica.

O

segundo

trabalho.."Alie naAção",

expostono3"JovemArte-SulAmérica,

compunha-se

de ruínas do que teria sido um casarão colonial, denunciando'

osconceitos errados deprogresso_coJIlQ

lhospelos quaisaspessoasnãopagariam

Cr$ 10 mil. não

pagariam

nem a mol­

dura,poiselas não teriamem casa

algo

que as fizessem pensar,

algo

que as

questionassem".

Tendo consciência do

problema

que os novos artistas Vê"'l enfrentando. a

Associação dos Artistas Plásticos de SantaCatarinatem

procurado

dar todo o apoio necessário

àqueles

que estão iniciando sua carreira artística. Como

exemplo

disso temos a Exposição Re­ sumo85, que reuniumaisde70artistas,

entre

fotógrafos,

pintores,desenhistas, ceramistas,

gravadores,

criadores de

propostase

perforrnaticos.

que reunidos

pela

primeira vez tiveram a oportuni­ dade demostrarseustrabalhosemelhor que isto,tiveramachance de conhece­ rem,de

compreenderem

sua

produção.

ParaElaineWalter, Coordenadorada

Associação dos Artistas Plásticos de SantaCatarina,a

exposição

Resumo 85, queaconteceu noPrédioda

Alfândega,

sede daAssociação, foium sucesso em todos os sentidos. "Mesmo tendo sido

realizadapara finsculturaisenão lucra­

tivos, alcançamos um bom índice de

vendas",ela afirma.Apesarda maiori. .

(6)

SAÚDE

M_AR_Ç_O_/_85

7

Previdenciários

sofrem

com

'a

burocracia

do HU

VANIAMATTQZO

Um dos

problemas

do

Hospital

Universitário é o excesso de buro­ cracia. Isso éoqueseconstatacon­

versando com

previdenciários

que

dispõem

do atendimento do HU.

Exemplo

disso é o caso de João

Klein, um senhor de meia-idade,

paralítico,

vindo do interior do es­

tado e que estava com consulta marcadacom um

urologista

paraas 8horas da manhã.

Às

10:30 ele não haviasidoatendidoainda.Suamu­

lher, Helena,

após

tirar

informações

numdos

guichês

do SAME

(Serviço

de Atendimento Médico­

Estatístico)

ficou sabendo que o

médico não viria.

A maior demanda de

previden­

ciários vem do interior do estado,

inclusive do extremo oeste catari­

nense,

pois

o HU é oúnico

-hospltai

da

capital

quetemconvênio com o

Funrural. Quase sempre eles têm que

esperar.

aliás, essa parece ser a

rotina para quem recorre ao HU:

esperar paramarcarconsulta,espe­

rarpara

consultar,esperar

para fazer exames.

Dentro de cada

especialidade,

existe um determinadonúmero de

consultas por dia e muitas pessoas,

que têm

algum

problema

grave,

têmqueesperar diasou semanasaté

conseguir

marcar umaconsulta. Se

a consulta

·foi

marcada,

o

previ­

denciário

pode

se defrontar com outro

problema:

demora ou o não

comparecimento

do médico.

E

Irma,umaestudantede

Serviço

So­

cial, quem diz: "Já me ocorreu de ter consulta marcada para às 14

horas e sair

daqui

às 16 horas sem

ter sido atendida". Isso não é tão grave para Irma, que mora no

centro de

Floianópolis,

masoé para

previdenciários

quevêmdo interior doestadocomoJoãoKlein,uma vez

que sãopessoas de pouco recurso e

procuramo HUemextremo casode

necessidade.

Quanto ao atendimento dos mé­

dicos, Lilian.enfermeira dosetorde

emergência,

afirma que "o HU

prima

pelo

atendimento

personali­

zado". Essa

afirmação

é contestada por outra enfermeira:

"E pratica­

mente

impossível

se

conseguir

um

atendimento

personalizado

num

hospital

que atende dezenas de pes­

soas por dia". Outra

reclamação

constante é a inexistência de um

guichê

de

informações.

Grande

partedas pessoas,

principalmente

as

que vêm dointerior,fica rodando

pelos

corredores durante um

longo

tempo atéacharasala que está procu­

rando.

Todasessas

reclamações

ficamno

ar,

pois

o

SAME(Serviço

de Aten­

dimento

Médico-Estatístico),

área

principal

de atendimento e para

ondeconvergem

previdenciários

do

Inamps.

Finsocial e Funrural, não

deu seu

parecer

sobreesses

proble­

mas; O motivo é

simples:

paracon­

seguir

uma entrevista com uma

funcionária do SAME é

preciso

en­

caminhar um ofício ao Diretor do

hospital,

contendo todas as infor­

mações

que se quer saber e ficar

esperando

até

conseguir

ser ten­

dido.

OUTRAS

AREAS

DE

ATENDIMENTO

-O

Serviço

de

Atenção

Primária é

Novo

tratamento

para quem

sofre

de

doenças

renais

De agora em diante as pessoas que sofrerem dedoençasrenaistêmnaCapi­ tal uma

oportunidade

de tratamento que irá,

segundo

os médicos, modificar totalmentesuasvidas. .E'queo

Hospital

Celso Ramos acaba de

implantar

um novo métodoque substituiahemodiá­ lise com êxito. Trata-se do métodoco­ nhecido por DiálisePeritonalContínua.

Comestenovométodo,opacienteao

invésde ficar de4a5horasnum

hospi­

tal para fazera

limpeza

do sangue

pela

hemodiálise, poderá fazê-lo em casa

pessoalmente.

De acordocom aenfermeira respon­

sável

pela

operação, Rosanea Maciel

Vieira, é necessário

primeiramente

a

implantação

de um cateter, através de umacirurgia abdominal,a

adaptação

de umequipo

-que será trocadoumavez por mês- e de uma bolsa

comum de

plástico,

para coleta de material, que deve ser trocada quatrovezes aodia.

Este processoconhecido como DPC,

foi

implantado

no Brasilem 1980,

pelo

médico Riella. de Curitiba, e até

hoje

159

t;\\!lcientes

de todo o

país

- entre

eles trêsem Santa'Catarina- estãofa­

zendo estetipo de tratamento.

Para o médico Silvio Schrnidtz, res­

ponsável pela

diálise do

Hospital

Celso

Ramos,"este tratamentofacilitaa vida do

paciente, já

que

possibilita

maiorli­ berdade

para

o'

mesmo, ao contrário da

hemodiálise,emqueodoente teria que vir quasediariamente ao

hospital

para

limpar

o sangue, além de baratear o custopara o Inarnps".

Estenovotratamentoé muitoimpor­ tanteparaospacientesresidentesno in­ terior do Estado, quepraticamente te­ riam que morar emBlumenau ouFlo­

rianópolis

paratratamentode hemodiá­ lise que,senãofor

regular

ebem feito,

pode vira ser fa tal.

VâniaMattozo

outra àrea de

atendimento,

mas

somentepara alunosefuncionários

da UFSC. O atendimento é feito por ordem de

chegada

e destina-se a casos de pouca

gravidade

que não

exijam

um

especialista.

Se,

após

uma consulta, forconstatada a ne­

cessidade deum

especialista,

apes­ soa

será

encamirihada ao SAME para

seguir

tratamento.Novamente

se entra na fila de espera. Sendo

urgenteounão,apessoa

poderá

es­

perar dias até

conseguir

uma con­

sulta

com um

especialista.

O atendimento no

Serviço

de

Atenção

Primária étido, por alunos

e funcionários, como bom, mas a

reclamação

é sempreaespera.

Ana"

uma das técnicas de

enfermagem,

explica:

"Nós

atendemos.quase

no­ venta pessoas por dia. A maioria é de estudantes que têm pressa

por-Nos

corredores,

o tempo

perdido

que têm aula e mio

podem

esperar.

Só que há uma

sobrecarga

em de­ terminados horários e a espera se

faz necessária".

O setor de

Emergências

também enfrenta

problemas.

Diariamente são atendidas, em média, 60 pes­ soas.Amaior

parte

são pessoas que

vêmdo interior. Umadas reclama­

ções, aqui,

também é a espera. Li­

Iian, enfermeira desse setor, afirma que há falta de

pessoal:

"Em

alguns

turnos,

principalmerite

da noite, há

somente três pessoas para atender

aos casosde

emergência".

Outradeficiênciadosetoréaárea física. A

emergência

ocupa um es­

paço

reduzido,

quase todo ele divi­ dido em pequenas salas, onde as

funcionárias mal têm espaço para

circularentremacas e o

pessoal

que

espera paraser atendido.

Carência

de

córneas

no

.Banco

de

Olhos

da

Capital

Em

Florianópolis,

12pessoas- entre

elasumacriança de quatro anos e um senhor de 52 anos- estãoa

espera da

doação de uma córnea.

HánoBrasilumacarênciade 100 mil doadores e no Banco de Olhos de Flo­

rianópolis

estão inscritos 2.050. Atual­

mente,milhares de pacientes precisam

ficar numa lista de espera e, têm de

aguardar pelo

menosI Ianospara fazer um

transplante.

Não há limite de idade para ser doador ou beneficiado. E

mesmo quem tem

alguma

deficiência

nos olhoscomo miopia,

astigmatismo,

catarataououtrasdoenças,

poderá

fazer sua doação de

qualquer

forma, pois apenas-a córnea é

aproveitada

para o

transplante',

sendo o restante utilizado

em

pesquisas

dedoenças oculares.

Em Santa Catarina, há bancos de olhos em

Florianópolis,

Joinville, Blu­ menau. Criciúma,

Chapecó,

Itajaí.

São sociedades civis sem fins lucrativos e

estãoàdisposiçãodedoadores,

voluntá-riose

pacientes

quequeiramseinscre­ vercomofuturosbeneficiados.O Banco de Olhos de

Florianópolis, especifica­

mente, não tem finalidade

cirúrgica,

mas está incumbido de conseguir as

doações e cedê-las aos cirurgiões res­

ponsáveis pelos transplantes.

Estereco­ lhimento e sua

distribuição

são total­ mente gratuitos.

_

Para ser doador é muito

simples:

basta

preencher

eassinaraficha de ins­

criçãofornecida

pelo

Bancode Olhos.A

retirada dos olhossó érealizada

após

a

constataçãoda morte, feita

pelo

médico. A família dodoador deveráestarprepa­ rada para avisaro Bancode Olhos ime­

diatamente poisos olhos poderãoser re­ tiradossomenteaté quatrohoras

depois

de seu falecimento.

Muitas pessoas vão ao Banco de

Olhos,

pedem informações

sobre como serdoador,conversamcom asecretária e saemdizendo que voltam mais tarde, masdesistem daidéiatalvez por falta de um preparo

psicológico

anterior.

(7)

'MARÇO/85

8

�---�---RESSACA---A

medicação

indiscriminada

MARCOSHEISE

Passar uma noite

seguindo

lite­

ralmenteorefr.ío do famoso samba

do mestre Luís Antônio - "Eu bebo! sim!Estouvivendo/Tem

�ente

que

nao-

bebe e está morrendo" -imortalizado na voz de Elizeth

Cardado,quase sempre acabaráem

ressaca.

É

umestado de

indiposição

dobêbedo

apos

a curadabebedeira,

que leva cada vez mais pessoas a

procurarem medícarnento- de

quaisquer

origens

nasfarmácias.

,

A pessoa com ressaca

perde

o senso) de humor- ficaintratávele de mal com o mundo. Normal­

menteelanãosabe que duranteesta

fase o seu

or,ganismo

está procu­

rando normalizar a

situação.

Há quem

diga

quearessaca éum

estado de

espírito.

Cabeao

atingido

saber sair dela com

galhardia.

A

classe médicatemosseus

diagnósti­

cos e a indústria farmacêutica se

apruma para colocar um nú-•merosempre maior de medicamen­

toseatenderaesse

tipo

de

freguês.

Tudo indica que a ressaca virou

um

negócio

muito lucrativo. Isso

pode

serconstatato tantoemfarmá­ cias

halopáticas

( remédios

quími­

cos)

como nas

homeopaticas

(reme­

dias

naturais).

A dor de ca­

beça

e a ressaça

levam o mesmo

numero de pessoas aos balcões de

farmácias. Normalmente as duas

coisas andam

juntas.

A nível de

homeopatia,

um dos

ramos mais emergentes na area da

medicação,

a

grande coqueluche

do

I momento é o alcachofra. Bem ins­

truídos, os vendedores asseguram serem infalíveis aos efeitos desta

planta

em cima da bebida alcoólica

em excesso.

Mas o receituário

homeopático

não se limita a um único

produto.

Indica-se chá deboldo,de

jurubeba

e outros

tipos

de

plantas

em forma

de ervas,

soluções

e elixires. Na

ânsia de se verem livres9 mais ra­

pido

possível

dos efeitosda ressaca os consumidores misturam ervas

tidas como desintoxicantes a

produ­

tos

químicos

da

halopatia.

inclusive.

A rede de farmácias

halopáticas

tem um

naipe

variadíssimo de

opções

aquern procurar alívio para as

sensações

tão conhecidas

após

um

"porre".

Vende-se mais

Epo­

eler.

Eparec,

Olina.

Hepatovis.

Es­

tornanol. Estornazil. Sonrisal. Sal de Frutas,

Engov.

E costumeiro os

clientes solicitarem

associações

entre dois e até três

produtos

dife­

rentes.

prevalece

ao

bom

senso

recomendado

pelos

médicos

Eu

BEBOjiM}

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11/

) " .

S�t1ó.(o.

Ressaca, ao que parece, virou moda. Ela serviu inclusive de mo­ tivopara queumarede de televisão criasse um

quadro

em programa

humorístico.

Quem

passou por este pro­ blema uma ou mais vezes adota

medidasde

prevenção

paraevitara ressaca, ou recorre ao folclore

criado

pelos

bebedores assíduos e

boêmios, o tão conhecido manual

que corre de boca em boca epre­

tende ensinar a se beber bem e a

sair-se

igualmente

bem no dia se­

guinte.

Na parte de

prevenção,

recomenda-se muito um

estômago

"calçado"

com

alimentação

gordu­

rosa, ou, ficar na mesma bebida a noite inteira, sem misturar entre

bebidas fermentadas e destiladas. Senada disso dercerto,osbebedo- .

resmais assíduos recomendam ain­

gestão

de mais doseou

garrafa

nodia

seguinte.

Consta do folclore criado

emtomodaressecaqueeste

l'>rocesso

significa

"tirar o mercedinho da

lenta", ou

seja,

a tremedeira das

mãos.

Outros

preferem

dividir a ressaca emtrês

estágios.

O

primeiro

é

quando

.

se acorda e se "desconfiá"

que o

organismo

vai mal. O se­

gundo

é

quando

apessoa vai paraa rua e assume que estácom ressaca. Eoterceiroedefinitivo

corresponde

a uma nova

.

incursãoem um bar para promover o rebate.

Os médicos concluem que a inci­ dência de distúrbios

orgânicos

cau­

sada

pela

ingestão

excessiva deálcool

parte da

premissa

de que o

álcool é uma droga SOCialmente

aceita. Bebe-se muito na nossa so­

ciednde. Nos inúmeros aconteci­

mentos do meio e que envolvem

reuniõesde pessoashaverá bebidas alcóolicas

disponíveis.

Outra

cans-o

tatação

agora,na

psicologia:

beberé

uminíciode maturidade e de

F8.1s­

culinidade.

O que realmente influi se uma

pessoasofrerácom uma ressacapar­

te'do quanto ela vai consumire se o

organismo

tem

condições

de absor­

ver a

quantidade

debebida

ingerida

sem alterar emdemasia o fluxo de funcionamento normal dos

órgãos

viscerais.

Uma coisa é certa: os médicos acentuamque não existe. muita di­

ferença

entreasbebidas destiladase

fermentadas. Quatrodoses de

uísque

equ.ivalem

a uma

garrafa

de

vinho.,

Nestecaso,obebedordevinho tera

um pouco menos

problemas

intes­

tinais e estomacais,

pois

os fermen­ tados são menos irritantes da mu­ cassa

intestinal.

A nível interno, o processo que

deixará ,uma pessoacom ressacaéo

seguinte:

1)

o consumodeuma

quantidade

demasiadade álcool

implicará

dire­ tamente num

desequilíbrio

do fun­ cionamento de dois

órgãos:

estô­

mago e intestino.

2)0

álccoltemumatendênciavo­

látil bastante altae

penetra

nacircu­

lação

com muita facilidade. Antes

de

chegar

aocérebro,passa

pelo

fi­

gado,

órgão

encarregado

de promo­

ver a

filtragem.

.

3)0

fígado

tentarálivrar o orga­

nismo das

partículas

deálcool

jun­

tamente com orim. A

ingestão

ex­

cessiva altera o fluxo

energético

e

compromete as

funções

destes ór­

gãos.

4)Ainda

o mesmo

fígado

tem a

função

de promover a

quebra

das

moléculas doálcoolafim de criaros

sub-produtos

que serão elimina­ dos

pelo

rimevesícula. Eenquanto

ele não normalizar este processo a

pessoa permanece com a resssaca.

Quando

a boemia recomenda se

tomar "mais uma"

simplesmente

vai ocorrer a continuidade do pro­

cesso, ou

seja,

o

sujeito

torna a

embriagar-se prolongando

a

ação

ex­

cepcional

das vísceras.

É

muito mais interessante

que,'

após

a

ingestão

excessiva deálcool­

dizem os médicos

-se alimente o

organismo

de frutas e verduras em seuestado natural. Elas atuarão dire­

tamenteno

estágio

da

quebra

demo­

léculas, influindo numa compensa­

ção

mais favorável ao

organismo

da

Referências

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