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PREÂMBULO AO CÓDIGO DE CONDUTA DO GRUPO BPI. Entrada em vigor em Última actualização em

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PREÂMBULO AO CÓDIGO DE CONDUTA DO GRUPO BPI Entrada em vigor em 10-03-2006

Última actualização em 20-09-2011

Considerando que:

1º O Código dos Valores Mobiliários e o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

consagram normas de conduta profissional que deverão ser respeitadas pelos Colaboradores e membros dos Órgãos Sociais das Instituições de Crédito e demais Intermediários Financeiros;

2º As regras de conduta, de natureza ética e deontológica, constituem as linhas de orientação a respeitar pelos

respectivos destinatários no desempenho das funções que lhes estejam confiadas;

3º Estas normas têm carácter geral, são imperativas e o seu desrespeito constitui infracção passível de

procedimento disciplinar;

4º A Associação Portuguesa de Bancos adoptou um Código de Conduta, aprovado pela CMVM, de aplicação

obrigatória em todas as Instituições que daquela sejam associados;

5º A APFIPP – Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios adoptou um Código

Deontológico de aplicação obrigatória em todas as Instituições que daquela sejam associados;

6º As características do Grupo BPI justificam a consagração das regras de conduta que, baseando-se nas já

referidas, sejam especialmente adequadas à orientação da conduta profissional dos Colaboradores do Grupo BPI;

O Conselho de Administração decidiu aprovar as regras constantes do "Código de Conduta do Grupo BPI", cujo conteúdo deverá ser permanentemente respeitado por todos os Colaboradores e membros dos Órgãos Sociais de todas as Empresas integradas no Grupo BPI (adiante designadas por “Grupo BPI” ou simplesmente “BPI”).

Na admissão de novos Colaboradores, a Direcção de Recursos Humanos encarregar-se-á de transmitir ao novo Colaborador informação sobre a obrigatoriedade de leitura do Código de Conduta que se encontra disponível na Intranet.

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Código de Conduta do Grupo BPI

CÓDIGO DE CONDUTA DO GRUPO BPI

CAPÍTULO I

Âmbito e Objectivo Artigo 1º (Âmbito)

1. O presente Código de Conduta integra o conjunto das regras de natureza ética e deontológica a observar pelos membros dos Órgãos Sociais do Grupo BPI (doravante designado por BPI) e por todos os

Colaboradores, no desempenho das funções profissionais que, em cada momento, lhes estejam confiadas. 2. Os Colaboradores sujeitos ao regime do Código são aqueles que tenham celebrado com qualquer

Sociedade integrada no Grupo BPI, conforme anexo 1, um contrato de trabalho dependente ou de prestação de serviços, bem como os consultores externos permanentes.

Artigo 2º (Objectivos) As normas previstas no presente Código visam:

a) Garantir o cumprimento do disposto na lei no que respeita aos deveres profissionais que incumbem ao BPI e respectivos Colaboradores;

b) Assegurar que, para além de cumprir as regras e deveres que decorrem das disposições legais e

regulamentares aplicáveis, a actividade do BPI será prosseguida de acordo com rigorosos princípios éticos e deontológicos;

c) Contribuir para a afirmação de uma imagem institucional de rigor e competência.

CAPÍTULO II

Deontologia e Ética Profissional Artigo 3º

(Princípios Gerais)

A actividade profissional desempenhada pelos destinatários do presente Código deverá reger-se pelos seguintes princípios:

a) Respeito pela absoluta independência entre:

- Os seus interesses pessoais e os do BPI, dos Clientes e dos Fundos Autónomos sob gestão (Fundos de Investimento, Fundos de Pensões, Seguros Capitalização e outros);

- Os interesses destas Entidades (BPI, Clientes, Fundos Autónomos sob gestão) entre si; - Os interesses dos Clientes entre si;

- Os interesses dos Fundos autónomos sob gestão entre si. b) Idoneidade profissional;

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Artigo 4º

(Diligência e Competência Profissionais)

1. No desempenho das suas funções profissionais, os destinatários deste código devem observar os ditames da boa fé e actuar de acordo com elevados padrões de diligência, lealdade e transparência.

2. O exercício das atribuições profissionais deverá garantir aos Clientes do BPI e às Autoridades competentes, ressalvado o dever de sigilo, uma resposta rigorosa, oportuna e completa às solicitações apresentadas.

Artigo 5º (Sigilo)

1. Os destinatários do presente Código devem guardar e manter sob rigoroso sigilo:

a) Tudo o que respeite às operações efectuadas e aos serviços prestados aos Clientes do BPI;

b) Os factos e/ou informações respeitantes à vida do BPI, aos Fundos Autónomos sob gestão, aos Clientes ou a terceiros cujo conhecimento lhes advenha do desempenho das respectivas funções.

2. O dever de sigilo apenas cessará nas situações previstas na lei e manter-se-á para além da cessação das funções de membro de Órgãos Sociais e de Colaborador.

Artigo 6º

(Defesa dos Interesses dos Clientes)

1. As instruções recebidas de Clientes e, em geral, os serviços por estes solicitados, deverão ser executadas com respeito absoluto pelos seus interesses, correspondendo exactamente à vontade expressa.

2. Subsistindo dúvidas quanto à vontade dos Clientes, deverão ser tomadas as medidas que, no caso concreto, se revelem adequadas ao completo esclarecimento das mesmas.

Artigo 7º

(Igualdade de Tratamento)

1. Aos Clientes do BPI deverá ser assegurada igualdade de tratamento em todas as situações em que não exista motivo de ordem legal e/ou contratual para proceder de forma distinta.

2. A regra prevista no número anterior não impede a prática de condições diferenciadas, tanto na realização de operações activas e passivas como na prestação de serviços, tendo em conta o risco das operações, a sua rentabilidade e/ou a rentabilidade do Cliente.

Artigo 8º (Conflito de Interesses)

1. As situações de conflito entre os interesses de dois ou mais Clientes deverão ser resolvidas de forma transparente e com ponderação e equidade, de modo a assegurar um tratamento imparcial às partes envolvidas.

2. Os conflitos entre interesses de Clientes ou de Fundos Autónomos sob gestão, por um lado, e os do BPI ou dos seus Colaboradores e membros dos Órgãos Sociais e agentes vinculados, por outro, suscitados no âmbito da actividade corrente do BPI, devem ser resolvidos através da satisfação dos interesses dos Clientes ou dos Fundos Autónomos sob gestão, salvo nos casos em que exista alguma razão de natureza legal ou contratual para proceder de forma diferente.

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Código de Conduta do Grupo BPI

3. Os eventuais conflitos entre interesses resultantes de relações familiares, de património pessoal ou de qualquer outra causa, de qualquer Colaborador sujeito ao regime deste código, por um lado, e os do BPI por outro, deverão ser prontamente comunicados ao primeiro responsável da respectiva Direcção, se

Colaboradores, ou ao Conselho de Administração, se membros dos Órgãos Sociais e primeiros responsáveis atrás referidos, e serão por estes resolvidos com ponderação e equidade.

4. Em qualquer caso, a resolução dos conflitos de interesses deverá respeitar escrupulosamente as disposições legais, regulamentares e contratuais aplicáveis.

Artigo 9º

(Mandatos de Colaboradores)

1. Os Colaboradores do BPI não devem aceitar procuração ou outra forma de mandato que envolva a representação de terceiros, Clientes ou não, em negociações e contactos com o BPI.

2. Excepções à norma definida no número anterior, designadamente quando envolvam a representação de familiares ou se justificarem por razões comerciais fortes, deverão ser solicitadas por escrito, pelo Colaborador, indicando o tipo de representação e a extensão dos poderes que lhe são conferidos. Seguidamente, o

Colaborador deverá submeter o seu pedido a parecer prévio da respectiva hierarquia/Direcção, à qual incumbe apresentar o pedido ao Conselho de Administração. Da decisão do Conselho de Administração será dado conhecimento à respectiva hierarquia/Direcção e à Direcção de Recursos Humanos para registo no processo do Colaborador.

3. A autorização que, excepcionalmente, seja concedida a qualquer Colaborador, não derroga os deveres decorrentes do contrato de trabalho pelo que, em caso de conflito de interesses, ainda que potencial, do seu representado com os do BPI, o Colaborador deverá, de imediato, cessar a representação ou mandato que lhe tenham sido autorizados.

Artigo 10º

(Impedimento de Movimentação, Carregamento de Crédito ou Gestão de Contas Próprias) 1. Os Colaboradores com perfil de acesso à movimentação de contas através do sistema informático interno dos Bancos do Grupo estão impedidos de processar movimentos nas contas em que figurem como Titulares, Procuradores ou Representantes ou das quais sejam beneficiários ou herdeiros.

2. Os Colaboradores com perfil de acesso ao carregamento de limites de crédito em contas através do sistema informático interno dos Bancos do Grupo estão também impedidos de carregar limites de crédito em contas em que figurem como Titulares, Procuradores ou Representantes ou das quais sejam beneficiários ou herdeiros. 3. Eventuais excepções à regra definida nos números anteriores, nomeadamente quando não exista alternativa para o processamento, carecem de prévia autorização da respectiva hierarquia, a qual deverá ser expressa no documento suporte da operação.

4. Os Colaboradores estão igualmente impedidos de serem responsáveis pelo acompanhamento comercial (Gestor de Cliente) de quaisquer contas em que intervenham como Titulares, Procuradores ou Representantes ou das quais sejam beneficiários ou herdeiros, bem como de contas cujos Titulares, Procuradores ou

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CAPÍTULO III

Organização Interna Artigo 11º (Princípio Geral)

1. Com vista ao cumprimento do disposto neste Código de Conduta, devem os Colaboradores do BPI solicitar aos respectivos superiores hierárquicos as orientações que julguem necessárias, bem como o esclarecimento de quaisquer dúvidas que se lhes coloquem a propósito das matérias a que aquele se reporta.

2. Compete à respectiva Administração a resolução definitiva de situações a esclarecer. Artigo 12º

(Fiscalidade)

1. Todos os serviços prestados ou operações realizadas com Clientes deverão respeitar integralmente o disposto na lei e na regulamentação em vigor em matéria tributária (impostos ou taxas), devendo o BPI recusar a prestação de qualquer serviço ou a realização de qualquer operação, que envolva ou possa envolver,

manifesta ou dissimuladamente, a violação das referidas normas.

2. Para efeitos do disposto no número anterior os Colaboradores deverão, em caso de dúvida sobre a conformidade legal do serviço a prestar ou operação a realizar, reportar tal situação ao seu superior

hierárquico, por forma a obter o completo esclarecimento das mesmas, designadamente através da realização de consulta formal à Administração Fiscal.

Artigo 13º

(Branqueamento de Capitais)

1. De acordo com as normas estabelecidas tanto a nível nacional como internacional e com vista a evitar o uso do sistema financeiro para efeito de branqueamento de capitais, o BPI tem o dever de comunicar às

autoridades competentes a realização de operações que suscitem suspeitas neste domínio.

2. Tendo em vista o disposto no número anterior, devem os Colaboradores do BPI informar os respectivos superiores hierárquicos e/ou o órgão designado pelo Conselho de Administração ou pela Comissão Executiva do Conselho de Administração sobre as operações realizadas e/ou a realizar que, pela sua natureza, montante ou características, possam indiciar a utilização de valores provenientes de actividades ilícitas, de acordo com as normas internas sobre Prevenção do Branqueamento de Capitais em cada momento em vigor no BPI.

Artigo 14º

(Reclamações de Clientes)

1. As reclamações apresentadas por Clientes deverão ser prontamente transmitidas ao Órgão designado pelo Conselho de Administração ou pela Comissão Executiva do Conselho de Administração e de acordo com o Normativo Interno em vigor.

2. Compete ao Órgão responsável pelo tratamento das reclamações tomar as medidas que tiver por convenientes para que aquelas sejam apreciadas e para que seja transmitida uma resposta ao Cliente, conforme definido no Normativo Interno em vigor.

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Código de Conduta do Grupo BPI

Artigo 15º (Benefícios Ilegítimos)

1. Os Colaboradores do BPI não devem solicitar, receber ou aceitar de Clientes, de Fornecedores ou de terceiros quaisquer benefícios, recompensas, remunerações ou ofertas que excedam um valor meramente simbólico e que, de algum modo, possam ser relacionados com a actividade que os Colaboradores desempenham no BPI.

2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os Colaboradores devem declarar, por escrito, ao respectivo superior hierárquico, com conhecimento do Primeiro Responsável do órgão que reporta directamente ao Conselho de Administração, quaisquer ofertas recebidas de Clientes, de Fornecedores ou de terceiros.

Artigo 16º

(Comunicação de Irregularidades)

1. Os Colaboradores do BPI devem comunicar a qualquer dos Órgãos de Administração ou de Fiscalização quaisquer práticas irregulares que detectem ou de que tenham conhecimento ou fundadas suspeitas, de forma a prevenir ou impedir irregularidades que possam provocar danos, financeiros ou de imagem, ao BPI.

2. A comunicação referida no número anterior deve ser efectuada por escrito e conter todos os elementos e informações de que o Colaborador disponha e que julgue necessários para a avaliação da irregularidade. O Colaborador pode ainda solicitar tratamento confidencial quanto à origem da comunicação.

3. O destinatário da comunicação antes referida deve apreciar a situação descrita e determinar as acções que, perante cada caso concreto, entenda por convenientes.

Artigo 17º

(Relações com as Autoridades)

Nas relações com as autoridades de supervisão, Administração Fiscal e autoridades judiciárias ou órgãos de polícia criminal, devem os Colaboradores do BPI proceder com diligência, solicitando aos respectivos superiores hierárquicos o esclarecimento das dúvidas que, eventualmente, lhes surjam.

Artigo 18º

(Informação e Publicidade)

1. Toda a informação a prestar pelo BPI aos Clientes, às autoridades e ao público, em geral, assim como a publicidade que efectue, devem conformar-se com os princípios da legalidade, clareza, veracidade e oportunidade.

2. Os Colaboradores devem prestar aos Clientes, relativamente aos serviços oferecidos, que lhe sejam solicitados ou que efectivamente prestem, todas as informações necessárias para uma tomada de decisão esclarecida e fundamentada.

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CAPÍTULO IV

(Operações sobre Instrumentos Financeiros) Artigo 19º

(Operações Pessoais realizadas por Pessoas Relevantes)

1. Aos Colaboradores e Membros dos Órgãos Sociais do Banco BPI e do Banco Português de Investimento é exigido o respeito pelas regras do Código de Conduta da Associação Portuguesa de Bancos relativo à actividade de intermediação em valores mobiliários, constante do anexo 2.

2. Aos Colaboradores e Membros dos Órgãos Sociais da BPI Gestão de Activos, da Sofinac e da BPI Pensões é exigido o respeito pelas regras do Código Deontológico da APFIPP, constante do documento em anexo 3, e, em particular, aquelas que estão previstas nos artigos 11º e 12º desse código;

3. As Pessoas Relevantes envolvidas em actividades susceptíveis de originar um conflito de interesses ou que tenham acesso a informação privilegiada ou a outras informações confidenciais estão impedidas de realizar Operações Pessoais ou aconselhar ou solicitar a outrem a realização de operações em instrumentos

financeiros, que implique a utilização ilícita ou a divulgação indevida de informação privilegiada ou confidencial. 4. Sem prejuízo do exposto no número anterior deverão ainda ser observadas as seguintes regras e

procedimentos:

a) As Pessoas Relevantes deverão comunicar as Operações Pessoais sobre Instrumentos Financeiros admitidos à negociação em mercado regulamentado ou não admitidos mas que tenham por activo subjacente um Instrumento Financeiro admitido, ao Responsável pela Supervisão e Controlo no prazo de 24 horas após a sua realização, considerando-se que a realização da operação com a intermediação de um Banco integrado no Grupo BPI vale, para este efeito, como comunicação da operação.

b) Na realização de operações pessoais sobre instrumentos financeiros admitidos à negociação num mercado regulamentado, os Colaboradores afectos a actividades de intermediação financeira apenas podem:

i) Realizar operações nos mercados regulamentados em que os instrumentos financeiros se encontram admitidos à negociação;

ii) Realizar a operação através de um Banco integrado no Grupo BPI;

iii) Alienar os instrumentos financeiros que assim tenham adquirido após terem decorrido 10 dias de calendário sobre a data da sua aquisição, considerando-se, para este efeito que os instrumentos financeiros alienados são os, da mesma espécie, adquiridos há menos tempo.

c) Os Membros dos Órgãos Sociais e os Colaboradores da BPI Gestão de Activos só podem realizar operações sobre instrumentos financeiros admitidos à negociação em mercados regulamentados.

d) Os Membros dos Órgãos Sociais e os Colaboradores da Sofinac estão impedidos de transaccionar unidades de participação dos Fundos geridos por esta Sociedade.

5. Para efeitos do disposto no presente artigo consideram-se: a) Operações Pessoais, as que sejam realizadas:

· Pelo Colaborador ou membro dos Órgãos Sociais ou por alguém que actue por sua conta;

· Pelo cônjuge do Colaborador ou de membro dos Órgãos Sociais ou pessoa que com ele viva em união de

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Código de Conduta do Grupo BPI

· Por qualquer entidade que seja directa ou indirectamente dominada pelo Colaborador ou membro dos

Órgãos Sociais, constituída em seu benefício ou de que este seja dirigente;

· Por sociedade na qual o Colaborador ou membro dos Órgãos Sociais detenha, directa ou indirectamente,

pelo menos 20% dos direitos de voto ou do capital social;

· De sociedade em relação de grupo com sociedade dominada pelo Colaborador ou membro dos Órgãos

Sociais;

· Por pessoa cuja relação com Colaborador ou membro dos Órgãos Sociais seja tal que este tenha um

interesse material, directo ou indirecto, no resultado da operação, além da remuneração ou comissão cobrada pela execução da mesma.

b) Pessoas Relevantes, os Membros do Órgão de Administração e Colaboradores envolvidos no exercício ou fiscalização das actividades de intermediação financeira ou funções operacionais que sejam essenciais à prestação de serviços de forma contínua e em condições de qualidade e eficiência, como sejam:

· Administradores (executivos e não executivos);

· Colaboradores de categoria igual ou superior a Director;

· Colaboradores afectos a actividades de intermediação financeira;

· Colaboradores que se encontrem envolvidos na preparação dos documentos ou informações de prestação de

contas do Banco BPI;

· Colaboradores que se encontrem envolvidos no estudo e preparação de operações de emissão de acções

representativas do capital social do Banco BPI ou de títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direito;

· Colaboradores com acesso a informação privilegiada ou a outras informações confidenciais, designadamente

os envolvidos na organização e montagem de operações especiais e os responsáveis pela elaboração de recomendações de investimento.

A Direcção de Recursos Humanos mantém permanentemente actualizada, na respectiva Aplicação, informação acerca das Pessoas Relevantes, informando-as dessa sua qualidade.

c) Colaboradores afectos a actividades de intermediação financeira: os Colaboradores directamente afectos às actividades previstas nos artigos 289º a 291º do Código dos Valores Mobiliários.

d) Instrumentos Financeiros: os valores mobiliários e outros instrumentos financeiros referidos nas alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 2º do Código dos Valores Mobiliários;

e) Valores Mobiliários: os valores mobiliários que sejam como tal considerados nos termos do artigo 1º do Código dos Valores Mobiliários;

f) Mercado regulamentado: os mercados notificados às autoridades da União Europeia nos termos do artigo 16º da Directiva 93/22/CEE e, no caso de mercados de Estados não membros da União Europeia, os

mercados organizados que funcionem regularmente e que possuam características semelhantes aos primeiros; 6. O disposto neste artigo não é aplicável às operações realizadas por Intermediário Financeiro em execução de contrato de gestão discricionária de carteira celebrado com membro dos Órgãos Sociais ou Colaborador do BPI.

7. O cumprimento das regras previstas no número 4 poderá ser dispensado por decisão de um Administrador ou, estando em causa um membro de um Órgão Social, por deliberação do Conselho de Administração, tomada sobre requerimento escrito apresentado pelo interessado. A dispensa só será concedida quando a mesma não ponha em causa os valores subjacentes aos deveres de defesa do mercado e de prevenção de conflitos de interesse que estão previstos nas disposições legais, regulamentares e deontológicas aplicáveis e

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o cumprimento da regra cuja dispensa se solicita se apresente, em face das circunstâncias concretas do caso e daqueles valores, excessivamente onerosa para o interessado.

8. O disposto nas alíneas a), b) e c) do número 4 não é aplicável às obrigações emitidas por entidades com risco soberano ou equiparado, às unidades de participação em Fundos de Investimento e às transferências de instrumentos financeiros para outra conta do Colaborador, mesmo que estas transferências impliquem uma alteração parcial de titularidade.

9. O disposto no segundo parágrafo (ii) da alínea b) do número 4 não é aplicável aos Colaboradores a trabalhar no estrangeiro. Os Colaboradores que se encontrem nesta situação poderão efectuar transacções fora dos canais dos Bancos do Grupo BPI, mas devem elaborar e enviar ao Responsável pela Supervisão e Controlo, no início de cada mês, uma lista das transacções efectuadas no mês anterior.

10. O disposto no terceiro parágrafo (iii) da alínea b) do número 4 não é aplicável às acções do Banco BPI adquiridas através do exercício das opções atribuídas no âmbito do Programa de Remuneração Variável em Acções.

Artigo 20º

(Operações sobre Títulos Emitidos pelo Banco BPI)

1. As Pessoas Relevantes estão ainda impedidas de transaccionar acções representativas do capital do Banco BPI, bem como títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direitos:

a) No período compreendido entre o 15º dia anterior ao termo de cada trimestre, semestre ou exercício e a divulgação pública, qualquer que seja o meio para o efeito utilizado, dos correspondentes resultados;

b) No período compreendido entre a tomada de conhecimento da decisão dos órgãos competentes do Banco BPI de propor uma emissão de acções representativas do seu capital social ou de títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direito e a respectiva divulgação pública, qualquer que seja o meio para o efeito utilizado. 2. Relativamente aos Administradores não executivos o impedimento referido na alínea a) do n.º 1 apenas se aplica nos quinze dias anteriores à data de divulgação pública dos correspondentes resultados, qualquer que seja o meio utilizado para aquela divulgação pública.

3. Sempre que esteja em curso uma operação sobre o capital do Banco BPI que tenha dado lugar à publicação de prospecto, não se aplica o disposto nos números anteriores desde a data da publicação do prospecto até ao termo do período de subscrição ou aquisição dos valores abrangidos pela operação objecto desse prospecto. 4. Os impedimentos referidos nos números anteriores aplicam-se à transmissão de ordens durante os períodos de impedimento, bem como às ordens transmitidas fora deles mas cuja execução ocorra dentro dos mesmos.

Artigo 21º

(Impedimento de realização de operações com base em informação privilegiada)

1. Os destinatários deste Código que, por efeito das suas funções, tomem conhecimento de informações que não tenham sido ainda tornadas públicas e que possam influenciar os preços em qualquer mercado, devem guardar e manter essas informações sob rigoroso sigilo e abster-se de efectuar transacções sobre os instrumentos financeiros envolvidos até à divulgação pública daquelas informações.

2. Em especial, constituem matéria reservada, devendo ficar circunscritas aos serviços e aos Colaboradores da área a que respeitam bem como aos Membros dos Órgãos Sociais responsáveis por essas actividades:

a) As operações especiais - mercado primário, OPD’s e OPA’s -, até à sua divulgação pública.

b) As recomendações de investimento ou alterações de recomendação, até à data da sua divulgação aos Clientes.

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Código de Conduta do Grupo BPI

3. Os Colaboradores e Membros dos Órgãos Sociais envolvidos ou responsáveis pela organização e

montagem de operações especiais devem abster-se de efectuar transacções sobre os valores mobiliários das empresas ou sectores objecto da operação, desde o início dessa organização e montagem até à divulgação pública da operação.

4. Os Colaboradores e Membros dos Órgãos Sociais envolvidos ou responsáveis pela elaboração de estudos sobre empresas ou sectores devem abster-se de efectuar transacções sobre os valores mobiliários das empresas ou sectores objecto de estudo, desde o início desse estudo até à divulgação dos documentos. 5. Quando o BPI estiver envolvido em alguma operação de que resulte o conhecimento de informações privilegiadas, o Responsável por essa operação deverá elaborar uma lista dos Colaboradores com acesso às informações em concreto, avisá-los de que não podem usar essa informação e enviar essa lista à Direcção de Recursos Humanos.

CAPÍTULO V

Poder Disciplinar Artigo 22º

(Âmbito)

A violação pelos Colaboradores do BPI das normas que integram este Código constitui infracção passível de procedimento disciplinar e fica sujeita ao regime previsto no presente capítulo, sem prejuízo da aplicação de disposições de carácter civil e criminal.

Artigo 23º (Competência)

Compete à respectiva Administração o conhecimento e a decisão sobre situações de infracção ao Código de Conduta pelos Colaboradores.

Artigo 24º (Regime Disciplinar)

A infracção dos deveres previstos neste Código ou no Código de Conduta da Associação Portuguesa de Bancos, referido no nº 1 do artigo 19º, ou no Código de Conduta da APFIPP, referido no nº 2 do artigo 19º, será punida, nos termos da lei, consoante a gravidade da violação, o grau de culpa do infractor e as consequências do acto, mediante a aplicação de uma sanção que será graduada casuisticamente entre a repreensão verbal e o despedimento com justa causa.

Anexo 1 - Sociedades Integradas no Grupo BPI cujos Colaboradores estão sujeitos ao regime do Código de Conduta do Grupo BPI

Anexo 2 - Código de Conduta da Associação Portuguesa de Bancos

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ANEXO 1

SOCIEDADES INTEGRADAS NO GRUPO BPI

CUJOS COLABORADORES ESTÃO SUJEITOS AO REGIME DO CÓDIGO DE CONDUTA DO GRUPO BPI

Banco BPI, S.A.

Banco Português de Investimento, S.A.

BPI Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Sofinac - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, SA.

BPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A.

BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Inter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

BPI Rent – Comércio e Aluguer de Bens, Lda.

Eurolocação – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A. BPI Locação de Equipamentos, Lda.

BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A.

Douro – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

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CÓDIGO DE CONDUTA ELABORADO

PELA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE BANCOS (APB)

CAPÍTULO I

Objectivos gerais

Artigo 1.º

Âmbito de aplicação

As instituições de crédito (IC) associadas na APB ficam obrigadas, no exercício das suas

actividades de intermediação de valores mobiliários que a lei lhes permita, ao cumprimento das

normas de conduta estabelecidas no presente Código de Conduta.

Artigo 2.º

Natureza das regras deontológicas

As regras constantes do presente Código visam garantir a adopção por parte das IC de práticas e

condutas profissionais a observar nos mercados de valores mobiliários, em complemento das

demais disposições legais e regulamentares aplicáveis, nomeadamente das previstas no Código

do Mercado de Valores Mobiliários.

Artigo 3.º

Violação das normas deontológicas

A inobservância das normas de deontologia profissional fica sujeita à aplicação de sanções de

natureza disciplinar, nos termos previstos no presente Código.

CAPÍTULO II

Normas de deontologia profissional

Artigo 4.º

Probidade comercial

As IC devem abster-se de realizar ou participar em quaisquer transacções ou actuações

susceptíveis de pôr em risco a regularidade de funcionamento, a transparência e a credibilidade

do mercado de valores mobiliários.

Artigo 5.º

Competência

As IC devem dotar a sua organização empresarial dos meios técnicos e humanos necessários

para garantir a prestação de serviços segundo elevados níveis de qualidade e eficiência.

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Artigo 6.º

Deveres na execução das operações

e na prestação dos serviços de intermediação

As IC devem, na execução de quaisquer operações e na prestação dos demais serviços de

intermediação em valores mobiliários de que forem incumbidas, servir os seus clientes com

diligência, lealdade, neutralidade, discrição, respeito absoluto pelos seus interesses e,

designadamente:

a) Realizar as transacções nas melhores condições que o mercado viabilize, sem prejuízo

da rigorosa observância das instruções recebidas do cliente;

b) Cumprir com a maior rapidez as ordens recebidas dos clientes para a compra ou venda

de valores mobiliários, ou, se a ordem for discricionária quanto ao momento da sua

execução, na altura que considerem mais adequada;

c) Abster-se de realizar e de incitar os seus clientes a efectuarem operações repetidas de

compra e venda de valores mobiliários, quando essas operações se não justifiquem e

tenham como fim único ou principal a cobrança das correspondentes comissões ou

qualquer outro objectivo estranho aos interesses do cliente;

d) Abster-se de se atribuir a si mesmas valores mobiliários quando tenham clientes que os

hajam solicitado a preço idêntico ou mais alto;

e) Abster-se de vender valores mobiliários de que sejam titulares em vez de valores

idênticos cuja venda lhes tenha sido ordenada pelos seus clientes a preço igual ou mais

baixo.

Artigo 7.º

Igualdade de tratamento

As IC devem assegurar a todos os seus clientes igualdade de tratamento, não fazendo qualquer

discriminação entre eles que não resulte de direitos que lhes assistam por virtude da natureza ou

prioridade temporal das suas ordens ou em consequência de qualquer outra situação prevista em

disposições legais e regulamentares aplicáveis.

Artigo 8.º

Prevalência dos interesses dos clientes

As IC devem dar prioridade absoluta aos interesses dos clientes, quer em relação aos seus

próprios interesses, seja qual for a sua natureza, quer em relação aos interesses dos membros dos

seus órgãos sociais, do seu pessoal e demais colaboradores ou de terceiros.

Artigo 9.º

(14)

As IC devem procurar evitar que surjam conflitos de interesses entre os seus clientes, quer no

âmbito da mesma actividade, quer no âmbito de diferentes actividades de intermediação em

valores mobiliários que exerçam, e quando, apesar de tudo, tais conflitos se verifiquem, devem

solucioná-los de forma equitativa, sem privilegiar indevidamente qualquer dos clientes em

conflito.

Artigo 10.º

Conflitos de interesses entre as IC e os seus clientes

As IC não poderão, sem conhecimento prévio e autorização escrita dos seus clientes:

a) Actuar como contraparte nas operações que realizem de conta deles, excepto nos casos

consentidos por lei;

b) Subscrever em nome dos clientes, para carteiras de valores mobiliários de cuja gestão

estejam encarregadas, valores mobiliários de sua emissão ou que sejam objecto de

oferta pública de venda ou troca lançada por elas próprias;

c) Subscrever ou adquirir em nome dos clientes, para os fins referidos na anterior alínea,

quaisquer valores mobiliários objecto de oferta pública de subscrição ou de venda cuja

colocação hajam garantido ou tomado firme para efeitos de subscrição ou venda

indirectas;

d) Realizar, de conta dos clientes, quaisquer outras operações de natureza semelhante

geradoras de um conflito de interesses com aqueles.

Artigo 11.º

Organização e funcionamento internos

1. Com vista a obviar à ocorrência de conflitos de interesses entre as IC e os seus clientes ou

entre clientes de diferentes actividades de intermediação exercidas pela mesma IC devem

essas actividades, tanto quanto possível, ser organizadas e geridas de maneira autónoma, por

pessoal exclusivamente afecto a cada uma delas, sem interferência em qualquer outra ou de

qualquer outra com que possa haver os mencionados conflitos.

2. Em qualquer caso, e sem prejuízo dos regulamentos internos a elaborar nos termos do n.º 3

do art.662.º do Código do Mercado de Valores Mobiliários, devem as IC adoptar na sua

organização e funcionamento internos as providências necessárias para assegurar que:

a) Fiquem obrigatoriamente limitadas aos serviços ou às pessoas que directamente

intervêm em cada tipo específico de actividade ou operação as informações de que

tenham tomado conhecimento em virtude do exercício das suas funções e

designadamente as que, não tendo sido ainda tornadas públicas, possam, pela sua

natureza ou conteúdo, influenciar as cotações ou preços de transacção de quaisquer

valores mobiliários em bolsa ou fora dela;

b) As informações referidas não sejam utilizadas em operações em que intervenham a

própria IC, pessoas responsáveis pela sua administração ou gestão e fiscalização ou o

seu pessoal, ou em que estejam interessados os seus outros clientes ou terceiros;

(15)

c) Sejam instituídos mecanismos internos que permitam fazer uma apreciação justa das

reclamações dos clientes, dando-se a conhecer aos clientes a existência desses

mecanismos.

Artigo 12.º

Operações de membros dos órgãos sociais das IC e seu pessoal

1. Os membros dos órgãos sociais ou outros responsáveis pela gestão das IC e o seu pessoal,

nas operações de conta própria sobre valores mobiliários negociáveis em qualquer mercado

secundário que realizem, devem submeter-se escrupulosamente às regras, procedimentos e

normas aplicáveis aos clientes.

2. Os membros dos órgãos sociais das IC devem comunicar à IC a que pertencem todas as

operações de conta própria sobre valores mobiliários que realizem em qualquer mercado

secundário, quer efectuadas com intermediação da IC em que prestam serviço, quer

realizadas fora do âmbito desta.

3. As comunicações referidas no número anterior, identificando as operações, devem ser feitas

por escrito e dentro do prazo máximo de 15 dias a contar da sua realização ao órgão de

administração da IC respectiva, que as guardará pelo prazo legal estabelecido para

conservação da documentação.

Artigo 13.º

Pessoal afecto às actividade de intermediação

1. Só mediante autorização do órgão da administração da IC respectiva, poderá o pessoal afecto

às actividades de intermediação em valores mobiliários realizar operações de conta própria

sobre valores negociáveis em qualquer mercado secundário.

2. Para efeitos de assegurar o cumprimento do previsto no número anterior, deve cada IC

possuir um registo próprio do pessoal que considerar especificamente afecto a essas

actividades.

3. O pessoal referido nos números anteriores fica sujeito, quanto às operações de conta própria

que realize em qualquer mercado secundário, ao regime previsto nos n.ºs 2 e 3 do art. 12.º.

Artigo 14.º

Informação e publicidade

As IC devem em toda a informação, obrigatória ou facultativa, que prestem ao público, aos seus

clientes ou às entidades competentes e em toda a publicidade que façam sobre si mesmas ou

sobre as suas actividades e operações e respectivas condições conformar-se com princípios

rigorosos de legalidade, veracidade, objectividade, oportunidade e clareza.

Artigo 15.º

Informação aos clientes

(16)

1. As IC devem:

a) Fornecer aos seus clientes os esclarecimentos e informações de que estes careçam para

tomarem uma decisão fundamentada sobre o investimento ou transacção que

pretendam realizar e, nomeadamente, elucidá-los, tratando-se de operações que pela

sua natureza ou condições envolvam riscos especiais, sobre a existência e conteúdo

desses riscos e as consequências financeiras que a sua eventual concretização

implicará;

b) Informar claramente os seus clientes, antes da execução das operações ou da prestação

dos serviços em causa, de qualquer interesse próprio que tenham nessas operações ou

serviços, para além dos previstos no anterior art. 10.º;

c) Tratando-se da prestação do serviço de gestão de carteira de valores mobiliários,

informar os clientes sobre os riscos a que ficam sujeitos em consequência da gestão

tendo especialmente em conta os objectivos do investimento, o grau de

discricionariedade concedida ao intermediário e os serviços técnicos especializados

que este se encontre em condições de assegurar;

d) Informar prontamente os clientes quer da execução e resultados das operações que

efectuem de conta deles quer da ocorrência de dificuldades especiais ou da

inviabilidade dessa execução quer ainda de quaisquer factos ou circunstâncias de que

tomem conhecimento, não sujeitos a segredo profissional e susceptíveis de justificar,

quando for o caso, a revisão e alteração ou revogação das ordens correspondentes.

2. No cumprimento do que vem estabelecido no antecedente n.º 1, as IC devem ter em conta,

por um lado, o nível de conhecimento, experiência e profissionalismo dos clientes no

respeitante ao mercado de valores mobiliários e, por outro, a sua situação financeira e os

reflexos que nela possam ter, consoante o seu grau de risco, as operações ordenadas ou os

serviços a prestar.

Artigo 16.º

Segredo profissional

As IC devem guardar segredo profissional sobre tudo o que respeite às operações sobre valores

mobiliários efectuadas e serviços prestados aos seus clientes e, bem assim, sobre os factos ou

informações relativos aos mesmos clientes ou a terceiros e cujo conhecimento lhes advenha do

exercício das respectivas actividades, só cessando esse dever mediante autorização escrita da

pessoa a que respeitam ou nos casos e termos expressamente previstos na lei.

Artigo 17.º

Comissões

As IC devem publicar as comissões ou quaisquer outras remunerações que pratiquem ou,

quando as mesmas forem variáveis ou livres, os respectivos limites e ainda, relativamente a cada

operação ou contrato, informar o cliente sobre as comissões ou outras remunerações a que ficará

obrigado e quaisquer despesas que tenha de suportar, discriminando-as de forma clara.

(17)

Artigo 18.º

Relações com as autoridades competentes

As IC devem prestar às autoridades de supervisão e fiscalização a que se encontram sujeitas na

sua actividade de intermediação financeira e às entidades gestoras dos mercados de valores

mobiliários toda a colaboração ao seu alcance dentro dos limites legais, satisfazendo

prontamente as solicitações que as mesmas lhes façam no âmbito das suas competências

específicas e abstendo-se de levantar quaisquer obstáculos ao exercício das respectivas funções.

CAPÍTULO III

Do poder disciplinar

Artigo 19.º

Jurisdição disciplinar

1. As IC que sejam associadas da APB, bem como os membros dos seus órgãos sociais ou

outros responsáveis pela sua gestão, ficam sujeitos, relativamente às obrigações decorrentes

das normas previstas no presente Código, à jurisdição disciplinar dessa Associação, sendo o

poder disciplinar exercido pelo respectivo conselho de disciplina.

2. A perda da qualidade de associado da APB não faz cessar a competência disciplinar do

conselho de disciplina, desde que ocorra depois de instaurado o respectivo procedimento

disciplinar.

Artigo 20.º

Infracção disciplinar

A violação, dolosa ou culposa, por acção ou omissão, das normas deontológicas previstas no

presente Código constitui infracção disciplinar, punível nos termos dos artigos seguintes, sem

prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional, criminal ou civil a que os factos integrantes

dessa violação possam concomitantemente dar lugar.

Artigo 21.º

Concurso de infracções

1. A responsabilidade disciplinar é independente da responsabilidade civil, contra-ordenacional

e criminal.

2. Havendo, porém, concurso da infracção disciplinar com contra-ordenação para cujo

julgamento sejam competentes a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ou

o Banco de Portugal, ou com infracção criminal, o conselho de disciplina pode, se entender

que isso é compatível com a adequada e tempestiva defesa dos interesses em causa,

suspender o processo disciplinar até ser proferida decisão, ainda que sem trânsito em

julgado, no processo de contra-ordenação ou no processo penal.

(18)

Sanções disciplinares

1. A violação das normas previstas no presente Código é punível com as seguintes sanções

disciplinares:

a) Advertência;

b) Censura.

2. A advertência será simples, quando não implique anotação no respectivo cadastro

disciplinar, e registada, no caso contrário.

Artigo 23.º

Critérios na aplicabilidade das sanções disciplinares

1. As sanções disciplinares previstas no artigo anterior devem ser proporcionadas à gravidade

da infracção e ao grau de culpabilidade do infractor, tomando-se ainda em conta todas as

demais circunstâncias atendíveis.

2. A sanção de censura será especialmente aplicável quando os actos integrantes da infracção

disciplinar violarem gravemente os deveres de deontologia profissional estabelecidos no

presente Código.

3. Quando se verifique prática reiterada de infracções disciplinares passíveis de sanção de

censura ou desrespeito da censura aplicada, pode a sanção disciplinar de censura ser objecto

de publicidade que será efectivada mediante publicação do extracto da decisão nos boletins

de cotação da bolsa de valores.

4. Nas situações previstas no número anterior pode ainda o conselho de disciplina,

relativamente a infractor que mantenha a qualidade de associado da APB, propor a exclusão

de associado, observando-se para o efeito o estabelecido nos estatutos dessa Associação

quanto à perda da qualidade de associado por exclusão.

5. A deliberação que determine a publicidade referida no antecedente n.º 3 ou a proposta de

exclusão de associado prevista no n.º 4 carecem dos votos favoráveis, de, pelo menos, dois

terços de todos os membros que compõem o conselho de disciplina da APB.

Artigo 24.º

Responsabilidade disciplinar dos trabalhadores das IC

A violação, dolosa ou culposa, por acção ou omissão, por parte dos trabalhadores das IC dos

deveres decorrentes das normas previstas no presente Código integra infracção disciplinar,

punível nos termos do regime disciplinar geral aplicável aos trabalhadores da IC respectiva.

Artigo 25.º

Regime disciplinar

(19)

1. Compete ao conselho de disciplina aplicar no âmbito da sua jurisdição disciplinar as sanções

previstas no art. 22.º, observando-se na instauração, instrução e julgamento dos processos

disciplinares o estabelecido no Regulamento do Conselho de Disciplina.

2. As infracções disciplinares dos trabalhadores das IC ficam sujeitas ao regime disciplinar

geral aplicável aos trabalhadores da IC respectiva.

Artigo 26.º

Prescrição, interrupção e suspensão da prescrição

1. O procedimento disciplinar prescreve logo que haja decorrido o prazo de um ano sobre a

prática da infracção.

2. A prescrição do procedimento disciplinar interrompe-se:

a) Com a audição do infractor;

b) Com a comunicação ao infractor da nota de culpa;

c) Com a realização de quaisquer diligências de prova.

3. No caso de concurso de infracções, poderá ser suspenso o procedimento disciplinar nos

termos previstos no n.º2 do artigo 21.º.

4. O procedimento disciplinar quanto às infracções dos trabalhadores das IC prescreve,

suspende-se e exerce-se nos prazos e nos termos previstos no regime disciplinar geral

aplicável.

Artigo 27.º

Princípios a observar nos processos disciplinares

1. Nos processos disciplinares deve salvaguardar-se adequadamente:

a) O carácter confidencial do processo;

b) A defesa do arguido, tanto antes como depois da formação da culpa;

c) Os interesses essenciais do mercado de valores mobiliários e dos investidores.

2. Nas infracções a que corresponda a sanção de advertência simples dispensar-se-á a

instauração de processo disciplinar, que, com prévia audiência do infractor, será substituído

na comunicação escrita da sanção ao infractor pela especificação do facto ou factos que a

determinam e das normas infringidas.

3. Nos casos em que seja aplicada a sanção de censura com publicidade, será dado

conhecimento à CMVM, mediante remessa do extracto da decisão respectiva.

(20)

As IC, os membros dos seus órgãos sociais, os seus mandatários, cometidos e outras pessoas

que lhes prestem serviços a título permanente ou ocasional ficam obrigados a prestar todas as

informações que o conselho de disciplina lhes solicite, no âmbito da instauração de um processo

disciplinar, sobre a actividade de intermediação em causa.

CAPÍTULO IV

Outras disposições

Artigo 29.º

Aplicação do Código de Conduta a outras entidades

1. O presente Código de Conduta poderá ser tornado extensivo a outros intermediários

financeiros cuja adesão venha a ser imposta pela CMVM ou por qualquer outra entidade

para o efeito competente.

2. Nos casos previstos no número anterior, sempre que o intermediário financeiro aderente

esteja sujeito a um código de conduta aplicável à sua actividade principal, o presente Código

só lhe será aplicável no que respeitar especificamente à actividade de intermediação em

valores mobiliários.

Artigo 30.º

Concurso com outras regras de ética e deontologia profissionais

Sempre que o infractor violar simultaneamente normas previstas neste Código de Conduta e

regras de ética e deontologia profissionais a que esteja legalmente vinculado, o presente Código

de Conduta só será aplicável, quando as regras éticas e deontológicas a que o agente estiver

obrigado forem menos exigentes que as previstas neste Código de Conduta, desde que a isso se

não oponha o estatuto profissional do agente, nos casos em que o mesmo tenha força de lei.

Artigo 31.º

Entrada em vigor

(21)

CÓDIGO DEONTOLÓGICO DA

APFIPP – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE

FUNDOS DE INVESTIMENTO, PENSÕES E PATRIMÓNIOS

CAPÍTULO I

Âmbito de aplicação

Artigo 1º - Aplicação directa

Artigo 2º - Aplicação através dos regulamentos internos das sociedades gestoras

CAPÍTULO II

Princípios e deveres gerais

Artigo 3º - Princípios

Artigo 4º - Meios materiais e humanos

Artigo 5º - Organização empresarial

Artigo 6º - Gestão de activos

Artigo 7º - Garantia dos planos de pensões

Artigo 8º - Comissões e outras despesas

Artigo 9º - Publicidade e promoção de negócios

Artigo 10º - Uso de redes informáticas

CAPÍTULO III

Conflitos de interesses

Artigo 11º - Prevenção e resolução de conflitos de interesses com clientes

Artigo 12º - Proibição de intermediação excessiva

Artigo 12º - Segregação patrimonial

Artigo 14º - Prevenção e resolução de conflitos de interesses entre clientes

CAPÍTULO IV

Deveres especiais perante clientes e participantes, contribuintes e beneficiários

Artigo 15º - Informação aos titulares de carteiras individuais

Artigo 16º - Reserva da identidade do cliente

Artigo 17º - Conhecimento do cliente

Artigo 18º - Conselhos

Artigo 19º - Deveres de informação aos participantes em fundos de investimento

Artigo 20º - Informação a participantes, a contribuintes e a benficiários de fundos de pensões

CAPÍTULO V

Disposições finais

Artigo 21º - Reclamações e resolução de litígios

Artigo 22º - Infracções e procedimento disciplinar

Artigo 23º - Sanções disciplinares

Artigo 24º - Direito subsidiário

Artigo 25º - Aplicação no tempo

(22)

CAPÍTULO I

Âmbito de aplicação

Artigo 1º

Aplicação directa

1. O presente Código Deontológico aplica-se aos associados da APFIPP – Associação Portuguesa de

Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios, assim como aos titulares dos respectivos órgãos de

administração e de fiscalização e a quaisquer outras pessoas que efectivamente dirijam ou fiscalizem

as actividades exercidas por qualquer associado da APFIPP.

2. Mediante declaração de adesão dirigida à APFIPP, o Código pode ser também adoptado por

qualquer outra entidade cuja actividade, principal ou acessória, consista na gestão de carteiras

individuais de valores mobiliários, de fundos de investimento colectivo em valores mobiliários ou

imobiliários ou de fundos de pensões.

3. As sociedades gestoras de patrimónios, de fundos de investimento e de pensões, bem como as

restantes entidades vinculadas pelo presente Código Deontológico, são neste abreviadamente

designadas por “sociedades gestoras”.

Artigo 2º

Aplicação através dos regulamentos internos das sociedades gestoras

Os regulamentos internos adoptados por cada um dos associados da APFIPP e pelas entidades que

tenham aderido ao presente Código devem transpor ou desenvolver as regras nele contidas, sempre que

a sua efectiva aplicação esteja dependente de medidas de organização ou de comportamentos de

titulares dos órgãos de administração e de fiscalização, de trabalhadores e de outros colaboradores da

sociedade gestora.

CAPÍTULO II

Princípios e deveres gerais

Artigo 3º

Princípios

As sociedades gestoras devem observar os seguintes princípios:

1º Organização e actuação empresariais pautadas por elevados padrões de competência e de

profissionalismo;

2º Gestão das carteiras individuais, dos fundos de investimento e de pensões de modo diligente,

eficiente, honesto e prudente;

3º Prevalência dos interesses dos clientes, dos fundos de investimento e de pensões sobre os seus

próprios interesses, prevenindo os conflitos de interesses e resolvendo de modo equitativo aqueles que

surjam entre clientes;

4º Igualdade de tratamento dos clientes, fundos de investimento e de pensões, não estabelecendo, sem

justificação objectiva, qualquer diferença entre eles;

5º Sigilo, com salvaguarda dos limites legais, quanto aos dados que, no exercício da actividade

profissional, obtenham em relação aos seus clientes e às operações em que intervenham;

6º Prestação aos clientes, aos depositários de valores mobiliários, às autoridades de supervisão, às

entidades gestoras de mercados organizados e ao público em geral de informação completa,

verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, nas matérias e nas condições exigidas por lei, por

regulamento ou pelo presente Código Deontológico;

(23)

7º Contribuição para a eficiência dos mercados e para a dignificação e credibilidade das suas

actividades de gestão, com abstenção de quaisquer práticas que perturbem a regularidade de

funcionamento e a transparência dos mercados organizados;

8º Concorrência efectiva, sã e leal, em conformidade com os usos consagrados pela prática nacional e

internacional;

9º Cumprimento das leis e dos regulamentos emanados das entidades competentes, abstendo-se de

gerir bens de origem ilícita e de participar em actos que envolvam fraude por sua parte ou por parte de

clientes;

10º Colaboração com as autoridades de supervisão e com as entidades gestoras de mercados

organizados.

Artigo 4º

Meios materiais e humanos

1. As sociedades gestoras devem estar permanentemente dotadas com os meios financeiros, os

equipamentos, os sistemas de organização e o pessoal adequados para prestar os seus serviços em boas

condições de qualidade e de eficiência, de acordo com técnicas de gestão actualizadas.

2. As sociedades gestoras devem seleccionar o seu pessoal dirigente, executivo e técnico de acordo

com critérios tendentes à obtenção de elevados níveis de aptidão profissional, proporcionando

frequentes oportunidades de formação em exercício ou através da participação em acções de

especialização, aperfeiçoamento e modernização.

3. A subcontratação de serviços pelas sociedades gestoras não pode consistir na substituição integral

por terceiros, devendo a selecção e a vigilância destes obedecer a critérios que não afectem o conteúdo

e a qualidade da prestação dos serviços e da informação.

Artigo 5º

Organização empresarial

1. As sociedades gestoras devem organizar os seus serviços e a sua actividade de modo a evitar, a

detectar ou a reduzir conflitos de interesses e a impedir a divulgação de informação privilegiada.

2. Para atingir os objectivos referidos no número anterior, devem as sociedades gestoras tomar

medidas destinadas designadamente a:

a) restringir o âmbito das informações às pessoas que delas tomam conhecimento no directo e estrito

desempenho das suas funções;

b) atribuir a pessoas distintas as funções de decisão, execução, registo e controlo, salvo se tal for

dispensado por lei ou regulamento;

c) instalar sistemas de segurança da informação e de controlo da sua circulação.

3. As sociedades gestoras devem adoptar organigramas, processos de funcionamento, de registo

operacional e contabilístico, de arquivo e de controlo dotados da precisão e da clareza bastantes para

permitir a fácil reconstituição das ordens e instruções recebidas, das operações efectuadas e da fonte

das informações obtidas.

4. A contabilidade das sociedades gestoras deve obedecer não só às regras legais e regulamentares

aplicáveis mas também às normas técnicas e aos princípios mais apropriados para revelar de modo

rigoroso e claro os valores patrimoniais e os resultados de gestão.

5. A gestão e a contabilidade das sociedades gestoras devem ser periodicamente sujeitas a auditoria.

Artigo 6º

Gestão de activos

Na gestão de carteiras individuais, de fundos mobiliários, imobiliários e de pensões devem as

sociedades gestoras:

(24)

a) seleccionar criteriosamente os bens componentes dos patrimónios sob gestão, respeitando com rigor

os interesses dos investidores, os objectivos e o grau de risco definidos para a carteira ou para o fundo

e dando preferência a activos susceptíveis de transacção em mercados organizados e transparentes;

b) proceder à avaliação inicial e periódica desses bens de modo correcto, razoável e prudente, com

observância das normas legais e regulamentares aplicáveis;

c) tomar as iniciativas necessárias para obter a melhor rendibilidade, com respeito dos limites de

segurança e de risco apropriados à natureza, aos objectivos e às circunstâncias do investimento ou à

garantia dos planos de pensões;

d) tomar as medidas adequadas à cobertura de riscos;

e) cumprir as ordens dos titulares de carteiras individuais sem garantia de rendibilidade, advertindo-os

quanto a riscos especiais que a operação envolva;

f) fornecer aos investidores a informação exigida por lei, por regulamento, por contrato ou pelos

ditames da boa fé acerca das previsíveis relações entre risco e rendibilidade dos investimentos e acerca

do resultado das operações efectuadas ou frustradas.

Artigo 7º

Garantias dos Fundos de Pensões

1. As sociedades gestoras de fundos de pensões devem promover a manutenção de um nível de

recursos financeiros consentâneo com as responsabilidades assumidas e com a cobertura dos riscos

decorrentes da sua actividade.

2. Para garantir, em especial, o cumprimento dos planos de pensões devem as sociedades gestoras de

fundos de pensões:

a) proceder ao cálculo rigoroso das responsabilidades decorrentes dos planos de pensões, de harmonia

com as normas legais e as obrigações contratuais aplicáveis a cada caso e com as técnicas actuariais

internacionalmente aceites como mais apropriadas;

b) diligenciar, nos termos da lei e das normas regulamentares, para que seja assegurada uma adequada

margem de solvência em função do montante das obrigações resultantes dos planos de pensões.

Artigo 8º

Comissões e outras despesas

As comissões e outras despesas cobradas pelas sociedades gestoras devem ser razoáveis e

transparentes.

Artigo 9º

Publicidade e promoção de negócios

1. Nas acções publicitárias, na promoção de negócios e na prospecção de investidores, devem as

sociedades gestoras cumprir as leis e os códigos deontológicos aplicáveis, com rigorosa observância

dos princípios da identificabilidade, da verdade, da licitude, da leal concorrência e dos direitos dos

investidores, dos participantes, dos contribuintes e dos beneficiários de planos de pensões.

2. As sociedades gestoras devem assegurar-se de que os mesmos princípios são respeitados pelas

entidades que utilizam na prestação de serviços relacionados com aquelas actividades.

Artigo 10º

Uso de redes informáticas

1. O uso de redes informáticas, abertas ou restritas, com fins publicitários ou promocionais, para a

divulgação ou recolha de informações ou para a realização de operações não afecta nem limita os

princípios e os deveres a que estão sujeitas as sociedades gestoras.

(25)

a) apresentar-se com a sua identificação correcta e completa, incluindo a localização física da sede

social e do estabelecimento através do qual se processam as informações e as operações;

b) referir a entidade ou as entidades a quem compete a supervisão das suas actividades;

c) indicar um endereço electrónico e uma forma alternativa de contacto;

d) pôr à disposição dos interessados através do mesmo meio informático os elementos de informação

que, com referência àquela actividade, estão obrigados a prestar, incluindo a informação sobre as

comissões devidas;

e) assegurar aos investidores, aos participantes, aos contribuintes e aos beneficiários de planos de

pensões a fiabilidade e a confidencialidade dos dados transmitidos e a possibilidade de copiar, em

suporte electrónico ou em papel, esses dados e toda a informação recebida por aquele meio.

CAPÍTULO III

Conflitos de interesses

Artigo 11º

Prevenção e resolução de conflitos de interesses com clientes

1. Na prevenção e resolução de conflitos de interesses com os clientes, com os fundos de investimento

e de pensões, devem as sociedades gestoras abster-se de privilegiar não só os seus interesses directos,

mas também os interesses dos titulares dos seus órgãos de administração e fiscalização, dos seus

trabalhadores e colaboradores, os interesses de outras sociedades com as quais se encontrem em

relação de domínio ou de grupo e os interesses dos titulares dos órgãos de administração e fiscalização,

dos trabalhadores e dos colaboradores destas sociedades.

2. O regulamento interno de cada uma das sociedades gestoras deve, em relação aos titulares dos seus

órgãos e a outras pessoas que desempenhem funções de direcção, de execução ou de fiscalização,

enunciar eventuais incompatibilidades com o exercício de outros cargos, estabelecer proibições ou

limites de negociação por conta própria de bens com a natureza dos que são geridos pela sociedade ou,

pelo menos, definir os termos em que deve ser prestada informação sobre as transacções efectuadas.

Artigo 12º

Proibição de intermediação excessiva

1. As sociedades gestoras devem abster-se de efectuar por conta dos fundos de investimento e de

pensões ou dos seus clientes, ou de incitar a que estes ordenem, operações que tenham como fim

exclusivo ou principal a cobrança de comissões ou outro fim que seja estranho aos interesses do fundo

ou do cliente.

2. No cálculo da remuneração das pessoas referidas no artigo anterior não devem ser inseridos factores

que possam incentivar a intermediação excessiva ou que possam estar em conflito com os interesses

dos fundos ou dos clientes das sociedades gestoras.

Artigo 13º

Segregação patrimonial

1. Em todos os actos que pratiquem, assim como nos registos operacionais e contabilísticos, as

sociedades gestoras devem assegurar uma distinção rigorosa e clara entre os bens pertencentes ao seu

próprio património e os bens afectos aos fundos por si geridos ou pertencentes aos seus clientes.

2. As sociedades gestoras só podem alienar ou usar bens ou exercer direitos afectos aos fundos por si

geridos ou pertencentes aos seus clientes se tal for permitido por lei, por contrato ou pelo regulamento

de gestão do fundo.

3. Os bens adquiridos e os rendimentos cobrados por conta dos clientes ou dos fundos de investimento

e de pensões devem ser imputados ao respectivo património imediatamente após a aquisição ou a

(26)

4. O dinheiro e os valores mobiliários afectos aos fundos de investimento e de pensões ou pertencentes

aos clientes devem ser depositados ou registados em intermediários financeiros legalmente

autorizados, em contas com menção que permita a distinção nítida das contas próprias da entidade

gestora.

Artigo 14º

Prevenção e resolução de conflitos de interesses entre clientes

1. As sociedades gestoras devem definir, de modo explícito, critérios sobre a ordem de precedência ou

o rateio na compra e na venda de valores cuja aquisição ou alienação possa interessar a mais do que

um fundo ou cliente.

2. Se numa mesma conta de depósito ou de registo em intermediário financeiro estiverem agrupados

bens pertencentes a mais do que um cliente, deve a contabilidade da entidade gestora permitir a

destrinça clara e permanente dos que pertencem a cada um deles.

CAPÍTULO IV

Deveres especiais perante clientes, participantes, contribuinte e beneficiários

Artigo 15º

Informação aos titulares de carteiras individuais

1. Antes da celebração de qualquer contrato de gestão de carteira individual, as sociedades gestoras

devem prestar aos potenciais contraentes informação sobre:

a) os riscos a que o investidor fica sujeito em consequência da gestão, considerando em especial o

âmbito, a natureza e os objectivos dos investimentos e o grau da discricionaridade concedida à

sociedade gestora;

b) a existência de eventuais conflitos de interesses com a sociedade gestora e com qualquer das

pessoas mencionadas no número 1 do artigo 10º;

c) as cláusulas do contrato a celebrar;

d) os custos dos serviços a prestar.

2. Na vigência do contrato de gestão, as sociedades gestoras devem prestar ao cliente, com a

periodicidade adequada à natureza da carteira sob gestão ou imediatamente quando as circunstâncias o

justifiquem, informação sobre:

a) as operações efectuadas;

b) as ordens dadas pelos clientes que não tenham sido executadas;

c) o saldo das contas em dinheiro ou em valores mobiliários e a posição em operações a prazo;

d) as comissões e outras despesas cobradas pela sociedade gestora ou pagas por esta a outras entidades.

3. A extensão e a profundidade da informação prestada pelas sociedades gestoras aos seus clientes

devem ser tanto maiores quanto menor for o grau de conhecimentos e de experiência do cliente.

Artigo 16º

Reserva da identidade do cliente

Nas operações realizadas por conta dos seus clientes, a identidade destes só pode ser revelada a seu

pedido ou por força da lei.

Artigo 17º

Conhecimento do cliente

1. Sem quebra do respeito pela reserva da vida privada e do dever de confidencialidade, as sociedades

gestoras devem informar-se sobre a situação financeira, os objectivos e a experiência em matéria de

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