Segurança do paciente e do
profissional da área de saúde
Alessandra Mazzo amazzo@usp.br
Segurança do paciente
• problema global que afeta os países em todos os níveis de desenvolvimento, • esAma-se que milhões de pacientes sofram incapacidades, lesões ou morte, devido aos eventos adversos; • países desenvolvidos, um em cada 10 pacientes seja víAma de danos causados em ambientes hospitalares bem estruturados e tecnologicamente avançados (Leape, 2009; WHO PaAent Safety, 2009; World Health OrganizaAon, 2009; World Health OrganizaAon, 2011)Segurança paciente
• Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu formalmente em 2004 a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, atualmente denominada de Programa de Segurança do Paciente, • Brasil - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)Metas Joint Comission e OMS para
segurança do paciente
ü comunicação; ü melhorar a segurança dos medicamentos potencialmente perigosos; ü garanAr cirurgia no local certo, com o procedimento correto e no paciente certo; ü reduzir o risco de infecção associado com a assistência à saúde; ü e reduzir os riscos de danos aos pacientes em decorrência de queda.Segurança do paciente e do
profissional
Colocar segurança em risco
IMPERÍCIA
NEGLIGÊNCIA
Infecção
Transmissor Veículo de transmissão Hospedeiro susceAvel Microorganismo (patogênico) ⏎Higienização das mãos
Presença sujidade
Ignaz Semmelweis
Higienização das mãos
AGENTES ANTISSÉPTICOS
• São substâncias aplicadas à pele para reduzir o número de agentes da microbiota transitória e residente. • Entre os principais anAssépAcos uAlizados para a higienização das mãos, destacam-se: Álcoois, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan.
Definindo termos
Assepsia AnAssepsia Degermação
Esterelização Desinfeção (alto e baixo nivel)
Quadro 1: Espectro anAmicrobiano e caracterísAcas de agentes anAssépAcos uAlizados para higienização das
mãos
OUTROS ASPECTOS DA HIGIENIZAÇÃO
DAS MÃOS
• Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas, • Não use unhas posAças quando entrar em contato direto com os pacientes, • Evite uAlizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assisAr ao paciente, • Aplique creme hidratante nas mãos, diariamente, para evitar ressecamento na pele,
OUTROS ASPECTOS DA HIGIENIZAÇÃO
DAS MÃOS
• Lavatórios devem ter fácil acesso, • Quarto ou enfermaria: 1 (um) lavatório externo pode servir a, no máximo, 4 (quatro) quartos ou 2 (duas) enfermarias. • UTI: deve exisAr um lavatório a cada 5 (cinco) leitos de não isolamento. • Berçário: 1 (um) lavatório a cada 4 (quatro) berços. • Ambientes desAnados à realização de procedimentos de reabilitação e coleta laboratorial: 1 (um) lavatório a cada 6 (seis) boxes. • Unidade desJnada ao processamento de roupas:1 (um) lavatório na área “suja” (banheiro) e 1 (um) lavatório na área “limpa”.
Legislação
• NR32 • Jaleco……. roupa privaAva, • VesAmentas, • Imunização, • Acidentes dos profissionais,Risco Ocupacional
● Risco: probalidade de ocorrência de um evento não
desejado (acidente de trabalho)
● Ocupacional: relacionado aos procedimentos específicos à
profissão desempenhada
Risco Acidente Conseqüência
Incapacidade para trabalho Danos pessoais § lesão corporal § pertubação funcional § doença
● Estimativa anual de acidentes com AGULHA
Riscos de Doença Ocupacional
em Serviço de saúde
Agency for Toxic Substances and Disease Registry, Springfield, Va,1990
Lavanderia, higiene e limpeza 11.700 a 45.300 Auxiliares enfermagem 9.900 a 17.900 Enfermeira 2.800 a 4.300 Profissionais laboratório 800 a 6.500 Médico, denAsta e internos 100 a 400
● Estimativa de 600.000 a 800.000 acidentes com
pérfuro-cortantes / ano em hospital – EUA
● Verdadeira incidência é desconhecida
Riscos de Doença Ocupacional
em Serviço de saúde
Subnotificação
• CDC: National Surveillance System for Healthcare Workers - NaSH
236.000 acidentes percutâneos / ano 75% (177.000) = preveníveis
• Italian Study on Occupational Exposure to HIV - SIROH
compensação 439 acidentes percutâneos analisados (1 ano) 74% preveníveis (alteração do comportamento).
• No Brasil é semelhante aos observados em outros países
Acidentes com pérfuro-cortantes
GAO-01-60R Needlestick Prevention. 2000.
Castella A, et. al. J Hosp Infect, 55, 2003
SANTOS ; MONTEIRO ; RUIZ, 2002; DESTRA et al., 2002; NEVES; SOUZA, 1996; MARINO et al., 2001; CANINI et al., 2002).
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO ● HepaAte pelo vírus B 6-30 % (WERNER ; GRADY, 1982; BRASIL, 2003). ● HepaAte pelo vírus C 1,8-10 % (RAPPARINI ; VITÓRIA ; LARA , 2004; RIS CHITELLI et al., 2001; HENDERSON , 2003, JOVELEVITHS et al,2006). ● HIV 0,3% percutânea (CARDO et al., 1997; BELL, 1997)
HepaJte B
● Fatores de Risco Tipo de exposição Categoria profissional Tempo de trabalho ● Período de incubação: 45 -180 diasGrady, GF. J. Infect. Dis., 138: 625-638, 1978 ● Em profissionais da saúde
3 a 4 vezes maior população geral
Denes, AE. JAMA, 239: 210-212, 1978.
● Cirurgiões 13 - 18%
Short, LJ. Am. J. Infect. Control, 21: 343-350, 1993.
● Dentistas 12 - 27%
Hepatite B
• > 50% formas assintomáticas
• 90 - 95% = cura (adultos)
• 5 - 10% = forma crônica (adultos)
✔ CIRROSE HEPÁTICA
Profilaxia para HepaJte B
Vacina
3 doses (1 ml IM - deltóide) 0 - 1 - 6 meses
Comprovação de “viragem” sorológica após 2 meses da 3ª dose
Intervalos maiores não demandam mais doses Doses de reforço NÃO são necessárias
Vacina Hepatite B
• Contato com pacientes ou sangue
● Enfermeiros ● Médicos ● Dentistas ● Técnicos laboratório ● Estudantes à Anti-HBs pós vacina
Imunoglobulina
l Paciente Fonte HBsAg POSITIVO
l Até 72 horas após exposição
l dose 0,06 ml/Kg
Obs.: Fonte desconhecido com alto risco (paciente em hemodiálise, com cirrose, HIV+ usuários de droga e politransfundidos)
Profilaxia para HepaJte B
Situações indicadas para imunoglobulina
l Profissional não vacinado, ou vacinação incompleta
l Profissional vacinado sem resposta adequada (Anti HBs < 10 UI) l Profissional vacinado mas desconhece resposta
Profilaxia para HepaJte B
HepaJte C
• Identificado em 1989
• Período de incubação: 6 -7 semanas
● Prevalência
60 a 90% usuários de drogas e hemofílicos 20% pacientes em Hemodiálise
10% pacientes DST (não usuários de drogas) 0,5 a 2% em doadores de sangue
• Infecção aguda < 25% apresentam sintomas 30 a 70% evoluem para forma crônica
CIRROSE HEPÁTICA HEPATOCARCINOMA
Seguimento para HepaJte C
ü alanina aminotransferase [ALT] ü carga viral (cv)
Profilaxia para HepaJte C
A única medida eficaz para eliminação do risco de infecção pelo vírus da
hepatite C
HIV -
Fatores de risco potenciais● Acidente
tipo de Material biológico envolvido
lesão profunda
agulha calibrosa e oca quantidade de sangue inoculado
dispositivo visivelmente
contaminado com sangue e/ ou ter sido utilizado em
procedimento vascular ● Paciente estágio terminal carga viral alta uso de drogas an+retrovirais ● Profissional Quimioprofilaxia tardia.
Profilaxia para HIV
CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO Fonte: SinanNet 0 50 100 150 200 250 300 350 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Números absolutos de ocorrências Município de Bauru – 2010 a 2015
0 20 40 60 80 100 120 140 Acidentes notificados em 2015
CASOS NOTIFICADOS PELO RISCO BIOLÓGICO Fonte: SinanNet
Exposição a sangue e secreções origem do acidente
Tipo de exposição no município de Bauru / 2015
percutânea Mucosa pele íntegra
● Tranqüilizar o profissional de saúde
● Cuidados com área da lesão
Imediatamente após acidente, lavar o local com água e sabão ou soluções anti-sépticas
Exposição em mucosas - lavar com soro fisiológico
Não realizar a expressão do local - ⇑ exposição ao Material infectante
● Identificar paciente-fonte
testes de realização rápida
● Avaliação do risco do acidente
● Comunicar a chefia do Serviço - para a realização do CAT
(comunicação de acidente de trabalho)
● Realizar notificação do agravo – Ficha de notificação
● Adotar sexo seguro após o acidente
Bibliografia:
• ATTIA, S.; EGGER, M.; MULLER, M. et al. Sexual transmission of HIV according to viral load and antiretroviral therapy: systematic review and meta-analysis. AIDS, [S.l.], v. 23, p. 1397-1404, 2009.
• BAETEN, J. M. et al. Antiretroviral prophylaxis for HIV prevention in heterosexual men and women. The New England journal of medicine, [S.l.], v. 367, n. 5, p. 399-410, 2 ago. 2012. PubMed PMID: 22784037. Pubmed Central PMCID: PMC3770474. Epub 2012/07/13. eng.
• Ministerio da Saude. Secretaria de Vigilancia em Saude. Departamento de Vigilancia das Doencas Transmissiveis. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. 4. ed. Brasilia: Ministerio da Saude, 2014a.
• Ministerio da Saude. Secretaria de Vigilancia em Saude. Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de risco á infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais. Brasilia: Ministerio da Saude, 2017. Disponivel em: http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
protocolo_clinico_diretrizes_terapeuticas_profilaxia_exposicao_HIV_IST_hepatites_virais.pdf.
Tarefa
• AssisAr o vídeo de Lavagem das mãos no site do CECS.
• Postar um vídeo de Lavagem das mãos no