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Ingrid Paulliany Bezerra Dantas

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO EM DUAS PRAIAS DO RIO GRANDE DO NORTE (PRAIA DO MEIO E PIRANGI DO NORTE): RELAÇÃO COM O USO DA

PRAIA.

Ingrid Paulliany Bezerra Dantas

NATAL, RN DEZEMBRO DE 2015

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i Ingrid Paulliany Bezerra Dantas

AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO EM DUAS PRAIAS DO RIO GRANDE DO NORTE (PRAIA DO MEIO E PIRANGI DO NORTE): RELAÇÃO COM O USO DA

PRAIA.

Orientadora: Profª. Drª. Maria Christina Barbosa de Araújo

Natal, RN 2015

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ecologia.

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ii UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE ECOLOGIA

A monografia: AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO EM DUAS PRAIAS DO RIO GRANDE DO NORTE (PRAIA DO MEIO E PIRANGI DO NORTE): RELAÇÃO COM O USO DA PRAIA.

Elaborada por INGRID PAULLIANY BEZERRA DANTAS e aprovada por todos os membros da Banca examinadora foi aceita pelo Curso de Ecologia e homologada pelos membros da banca, como requisito para obtenção do título de:

BACHAREL EM ECOLOGIA

Natal, 07 de dezembro de 2015

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iii AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por ter me capacitado em toda essa jornada de curso, obrigada Senhor pela sua bondade infinita e amor incondicional!

Aos meus familiares, em especial minha “mãe vó” Maria Bezerra Dantas e meu tio Cláudio Bezerra Dantas, vocês foram minha base para ter chegado até aqui.

Aos meus amigos de curso e os amigos da vida pela presença e força.

Ao meu namorado Francisco Neto, pelo apoio e incentivo nos momentos difíceis da reta final.

À minha orientadora Christina Araújo, pelos seus ensinamentos, paciência e dedicação.

À minha colega de laboratório, Daniela Teixeira pela ajuda nas minhas análises. A todos aqueles que contribuíram de forma indireta, que me acompanharam em minhas coletas e deram apoio moral. Todos vocês foram essenciais para a realização deste trabalho de conclusão de curso.

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iv LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa com localização da área de estudo... 4

Figura 2: Imagens do local de estudo (Praia do Meio e Pirangi do Norte)... 5

Figura 3: Ilustração da realização da contagem dos usuários... 6

Figura 4: Ilustração do transecto amostral... 7

Figura 5: Momento da coleta de água... 8

Figura 6: Gráfico da representação do número de usuários nas duas praias... 11

Figura 7a: Imagens dos usuários em Pirangi do Norte... 11

Figura 7b: Imagens dos usuários na praia do Meio... 12

Figura 8a: Lixo em Pirangi do Norte... 13

Figura 8b: Lixo na praia do Meio... 13

Figura 9: Representação do número de itens de plástico comparado com as demais categorias de lixo para a praia de Pirangi do Norte... 14

Figura 10: Representação do número de itens de plástico comparado com as demais categorias de lixo para a praia do Meio... 15

Figura 11: Gráfico representando o total de itens de lixo... 15

Figura 12: Gráfico do número de resíduos de acordo com cada fonte... 17

Figura 13: Gráfico do número de itens de lixo em relação aos usuários de Pirangi do Norte... 17

Figura 14: Gráfico do número de itens de lixo em relação aos usuários da praia do Meio... 18

Figura 15a: Gráfico dos valores mensais da concentração de nitrato (NO3) em mg/L (Pirangi do Norte)... 20

Figura 15b: Gráfico dos valores mensais da concentração de amônia (NH3) em mg/L (Pirangi do Norte)... 20

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v Figura 16a: Gráfico dos valores mensais da concentração de nitrato (NO3) em

mg/L (Praia do Meio)... 21

Figura 16b: Gráfico dos valores mensais da concentração de amônia (NH3) em mg/L (Praia do Meio)... 21 Figura 17: Tubulações de lançamento de água servida nas duas

praias... 22 Figura 18a: Banheiros improvisados na praia do Meio... 25 Figura 18b: Banheiros construídos na Praia do Meio... 25

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vi LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Classificação das fontes (usuário, doméstica, mista e pesca)... 7 Tabela 2. Localização geográfica dos pontos de coleta de água... 8 Tabela 3. Dados de balneabilidade (Programa Água Azul)... 24

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vii RESUMO

O uso intensivo e desordenado das praias promove efeitos negativos como o acúmulo e deposição de resíduos sólidos e descarte de água servida, comprometendo a qualidade do ambiente e a saúde dos frequentadores. A pesquisa teve por objetivo avaliar a poluição de praias do Rio Grande do Norte por resíduos sólidos e água servida relacionando-a com o uso da praia. Foi realizada mensalmente em um final de semana por volta das 13h (horário de maior frequência), a contagem dos usuários presentes em um trecho de 300m, considerando todos que estavam na areia e também na água. A amostragem dos resíduos sólidos foi realizada também no mesmo trecho de 300 metros de extensão por 10m de largura, na região do nível máximo de preamar (linha do deixa). Os resíduos foram classificados de acordo com a composição e a fonte mais provável. Amostras de água servida foram coletadas através das tubulações e da água marinha situada em frente às saídas de esgoto para análise de nitrato e amônia, indicadores de poluição orgânica. Durante o período amostral foi registrado um total de 2.996 pessoas para a praia de Pirangi do Norte e 6.233 pessoas para a praia do Meio, indicando que a praia do Meio recebe mais que o dobro de visitantes em relação à Pirangi. Foi registrado um total de 13.442 itens de resíduos sólidos ao longo dos três meses para as duas praias. Embora os tipos de resíduos tenham sido semelhantes entre as praias, a quantidade variou de forma bastante evidente (3.481 itens em Pirangi e 9.961 na praia do Meio). O plástico foi a categoria de itens mais abundante em ambas as praias, somando um total de 5.302 itens para a praia do Meio e 1.856 em Pirangi do Norte, comparado com as demais categorias. O mês de janeiro destacou-se por apresentar maior quantidade de resíduos comparado com os meses de novembro e fevereiro. Com relação à origem mais provável dos resíduos, os itens relacionados aos usuários da praia foi o mais abundante, corresponderam a 83 % dos 3.794 itens para a praia do Meio e 89% dos 1.346 itens para Pirangi do Norte. Os valores de nitrato e amônia, foram superiores aos determinados pela resolução CONAMA 357/2005 apenas para a água descartada por tubulações na areia das praias. Com relação à balneabilidade, a praia de Pirangi foi classificada como própria em todas as datas avaliadas; já a praia do Meio apresentou a condição de imprópria em um período de fevereiro. Em relação ao aspecto qualidade da água, os dados indicam que aparentemente as praias analisadas são consideradas boas na maior parte do tempo. Estudos de variabilidade temporal e espacial da poluição em praias podem resultar em um melhor entendimento quanto à qualidade ambiental desses locais, servindo de subsídios a ações de gestão costeira.

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viii ABSTRACT

The intensive and uncontrolled use of beaches promotes negative effects such as the disposal and accumulation of solid waste and wastewater, compromising the environmental quality and health of users. The research aimed to evaluate the pollution of Rio Grande do Norte beaches by solid wastes and wastewater and its relation to the use of beaches. Monthly on a weekend (around 13h), was held the count of users present on a 300m stretch, considering everyone on the sand and also in the water. Sampling of solid waste was also carried out on a stretch of 300 meters long by 10 meters wide, at the strandline (maximum level of high tide). The items were ranked according to the composition and the most likely source. Water samples were collected in water outlets served and in the sea (front of the outlets) for analysis of nitrate and ammonia. During the sample period has registered a total of 2,996 people to the Pirangi do Norte beach and 6.233 people to the Meio beach, indicating that the Meio beach receives more than twice as many visitors compared to Pirangi. A total of 13.442 items of solid waste over the three months to the two beaches was recorded. Although the types of waste were similar between the beaches, the amount ranged from quite evident (3,481 items for the Pirangi and 9.961 for the Meio beach). Plastic was the category most abundant in both beaches, for a total of 5.302 items for the Meio beach and 1,856 in Pirangi do Norte, compared to other categories. January stood out due to a higher amount of waste compared to the November and February months. Regarding the most likely origin of the waste, the items related to the users were the most abundant, accounted for 83% (3,794 items) for the Meio beach and 89% (1,346 items) for Pirangi do Norte. The values of nitrate and ammonia were higher than those determined by CONAMA Resolution 357/2005, only for wastewater in the Pirangi beach. With respect to bathing, Pirangi had adequate condition in all evaluated dates; already Meio beach had improper condition for a week in February. With regard to water quality, the data appears to indicate that the analyzed beaches have good condition most of the time. Studies of spatial and temporal variability of pollution on beaches can result in a better understanding about the environmental quality of these locations, serving subsidies coastal management actions.

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ix SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 1 2 OBJETIVO GERAL... 3 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 3 3 MATERIAIS E MÉTODOS... 3

3.1 CONTAGEM DOS USUÁRIOS... 5

3.2 3.3 3.4 AMOSTRAGEM DOS RESÍDUOS SÓLIDOS... ANÁLISE DA ÁGUA... BALNEABILIDADE... 6 8 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 10

4.1 CONTAGEM DOS USUÁRIOS... 10

4.2 4.3 4.4 4.5 AMOSTRAGEM DOS RESÍDUOS SÓLIDOS... ANÁLISE DAS FONTES... ANÁLISE DE ÁGUA... ANÁLISE DA BALNEABILIDADE... 12 16 19 23 5. CONCLUSÕES... 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 27

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1 1. INTRODUÇÃO

Atualmente, a maior parte da população mundial vive na zona costeira ou muito próxima dela. Estima-se que por volta do ano 2020, a quantidade de pessoas vivendo nas áreas costeiras pode chegar a ¾ da população mundial (www.nos.noaa.gov). A tendência atual é do aumento dessa população. Quase um quarto da população brasileira (mais de 36 milhões de habitantes) se concentra em cerca de 400 municípios costeiros (SILVA et al., 2009 apud FILET, 2001).

Segundo Cavalcanti (2000), com o desenvolvimento das atividades humanas, os mares e oceanos, e por sua vez, os ambientes costeiros, têm suportado pressões de grande relevância, muitas vezes superiores à capacidade de assimilação dos sistemas naturais, exercendo ameaça no ambiente ou produzindo vários impactos negativos.

As interações entre os diversos usos dessas zonas costeiras são frequentemente complexas, multidimensionais e conflitantes. O limitado espaço físico disponível por pessoa, aliado à presença de ecossistemas sensíveis, e múltiplos interesses econômicos e sociais, eleva o potencial para conflitos que podem provocar o desequilíbrio no sistema como um todo. (ARAÚJO, 2008).

Atualmente, com o aumento da demanda recreacional e lazer, as praias sempre vêm ganhando destaque como destino turístico mais procurado, por se tratar de ambientes naturais que proporcionam bem estar à população tanto por questões culturais ou socioeconômicas. O intenso uso desse ambiente pode promover efeitos negativos como o acúmulo e deposição de resíduos sólidos e líquidos descartados de forma inadequada pelos próprios usuários, e comprometer a qualidade da água marinha através das descargas de esgotos domésticos e equipamentos turísticos. Kay & Alder (1999), também defende a ideia de que o uso intensivo das praias pode promover a sua contaminação por resíduos sólidos, gerando desvalorização ecológica, estética, social e econômica dos recursos disponíveis.

A pressão de uso sobre as zonas costeiras e os seus efeitos sobre o equilíbrio dos ecossistemas têm sido um assunto frequentemente abordado na literatura científica (TAGLIANI, 2003), é, portanto, cada vez maior a tendência de se avaliar questões que envolvem a estimativa do número de usuários da praia e sua distribuição espacial, a fim de se calcular, tanto os serviços necessários e a infraestrutura mais adequada, como para

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2 determinar a capacidade de suporte da área, de forma a prevenir danos ambientais (DE RUYCK ET AL. 1997; SAVERIADES, 2000; DA SILVA, 2002).

São considerados usuários da praia, aqueles que usufruem de alguma forma do ambiente. Desde o banhista, que vai tomar banho de sol/mar, encontrar-se com os amigos, praticar esporte; os ambulantes e outros comerciantes da orla; os próprios moradores do bairro; o poder público, a iniciativa privada e o terceiro setor. Todos esses atores transformam a qualidade ambiental da praia. Em decorrência desse diversos usos a que o ambiente de praia está sujeito, a pressão sobre o mesmo aumenta, contribuindo na geração de impactos, entre eles a produção de resíduos sólidos (DIAS-FILHO, et al., 2011; SILVA et al.,2013).

O litoral do Rio Grande do Norte possui um cenário de atividades econômicas e concentração populacionais consideráveis, local este que vem se alterando com a intensificação dos processos degradantes da paisagem, como a produção de lixo e processos erosivos (CHAVES et al., 2012). Apesar da questão econômica importante, o turismo desenfreado é um dos principais responsáveis pela degradação do ambiente e, consequentemente, pela mudança da paisagem costeira no estado. Rodrigues (1999), diz que é indispensável que o turismo e o ambiente sejam estudados estreitamente vinculados para assegurar a compatibilidade entre o desenvolvimento do turismo e a proteção do meio, em seu aspecto físico, econômico, social e cultural.

As praias do Rio Grande do Norte possuem grande potencial turístico pelas suas belezas naturais e atratividades, são bastante visitadas nos períodos de alta estação. De acordo com Araújo et al., (2011), as praias centrais de Natal apresentam alto nível de utilização tanto por usuários locais como por turistas praticamente durante o ano todo e apresenta uma elevada atividade comercial, fato que potencializa a geração de lixo.

Não somente os resíduos sólidos, mas toda a água servida que escoa diretamente na areia da praia, pode estar comprometendo a balneabilidade da água do mar. Esses cenários refletem diretamente na falta de gestão do poder público que tem por obrigação dispor de uma infraestrutura básica de lixeiras e um sistema eficaz da coleta de resíduos. A associação destes aspectos de falta de planejamento urbano, nos leva a fazer uma sucinta reflexão da importância de se conhecer a atual situação dessa gestão.

Programas de monitoramento ambiental de praias são fundamentais não somente para tomar medidas de conservação desse ecossistema, mas também garantir a saúde dos frequentadores e comunidades que dependem destes recursos e auxiliar na tomada de decisões políticas sobre o gerenciamento de praias turísticas.

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3 O Programa Água Azul, realiza o monitoramento das condições de balneabilidade de praias do Estado do Rio Grande do Norte, além de verificações periódicas de parâmetros de qualidade de água para promover uma investigação passivo ambiental, decorrente de outros fatores. Entre outras ações, destaca-se a avaliação da qualidade de efluentes líquidos industriais ou sanitários que são lançados em corpos hídricos (PROGRAMA ÁGUA AZUL, 2015).

Diante deste contexto, outras questões também são relevantes quando se pretende avaliar as condições de qualidade ambiental de praias, entre elas, pode-se destacar: o uso intensivo da praia compromete sua qualidade ambiental? Praias mais frequentadas são mais poluídas? A água marinha pode ser contaminada pelos detritos lançados na areia?

Buscando responder a essas questões, o presente trabalho foi desenvolvido de forma a avaliar a atual situação das praias estudadas e contribuir em futuras ações de gestão costeira.

2. OBJETIVO GERAL

Avaliar a poluição de praias do Rio Grande do Norte e sua relação com o uso da praia.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Avaliar a quantidade e o tipo de lixo presente no ambiente praial emerso (estirâncio), e pós praia, nas praias estudadas, a fim de determinar sua principal fonte;

• Realizar a análise de parâmetros indicadores de poluição orgânica (amônia e nitrato) na água descartada nas praias e na água marinha adjacente;

• Relacionar o grau de poluição com o uso da praia (através da estimativa do número de usuários presentes) e dados de balneabilidade.

3. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado em duas praias turísticas do Rio Grande do Norte: Pirangi do Norte, pertencente ao município de Parnamirim, litoral sul do estado, distando 23 km da

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4 capital, e Praia do Meio, pertencente ao município de Natal, zona leste da capital do estado (Figuras 1 e 2).

Figura 1: Localização das áreas de estudo no litoral do Rio Grande do Norte, Praia do Meio e Pirangi do Norte. Fonte: Google Earth, 2014.

A praia do Meio localiza-se entre duas praias, ao norte a Praia do Forte, e ao sul a Praia dos Artistas. É uma praia com uma extensão aproximada de 800m e possui em sua maior parte linhas contínuas de recifes com formação de várias piscinas naturais. Segundo Cunha (2005), sua morfologia consiste numa superfície plana, com cotas máximas entre 4 e 6 metros acima do nível atual do mar. Possui um ambiente praial relativamente estreito nas marés altas. Seu sistema praial apresenta uma grande descaracterização em decorrência do uso e ocupação desordenados, que ocorre desde a faixa do estirâncio a pós praia.

A praia de Pirangi do Norte possui cerca de 1,8 km de extensão e localiza-se no município de Parnamirim, ao sul da capital Natal. Seu principal ponto turístico é o Maior Cajueiro do Mundo, uma árvore que cobre uma área de aproximadamente 8.500 m² e

RN

Natal

Brasil

N

3km 1,5cm

Natal

Praia de Pirangi Oceano Atlântico 5 41’45,37” S / 35 12’ 07,49” O 5 58’00,87” S / 35 08’ 24,49” O Praia do Meio 5 46’38,69” S 35 11’31,20” O 5 57’52,43” S 35 08’27,99” O Praia do Meio Latitude: 5º46’38,69” S Longitude:35º11’31,20” O

Praia de Pirangi do Norte Latitude: 5º57’52,43” S Longitude: 35º08’27,99” O

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5 produz cerca 2,5 toneladas de cajus por safra. Além disso, outro ponto turístico são os Recifes de Corais de Pirangi, onde são realizados mergulhos que chamam muita atenção de apreciadores desse tipo de turismo. Pirangi possui uma faixa de pós praia relativamente larga comparando com a Praia do Meio.

Praia do Meio (Natal-RN)

Praia de Pirangi do Norte (Parnamirim-RN) Figura 2: Imagens da praias. Fotos: Ingrid Dantas, 2015.

As amostragens ocorreram durante um período de três meses de alta estação (novembro de 2014, janeiro e fevereiro de 2015). Já que as praias possuem dimensões diferentes, para padronizar a extensão das áreas estudadas nas duas praias, foram realizados um reconhecimento prévio para averiguar onde ocorre a maior concentração dos usuários, em seguida, estabelecido um trecho de 300 metros lineares em cada local de maior concentração.

3.1 Contagem de usuários

Foi realizada mensalmente em um final de semana (sábado e domingo) por volta das 13h (horário de alta frequência) em todo o ambiente praial (areia e água) no trecho preestabelecido (300m), sendo contados todos os usuários presentes, desde banhistas à pessoas que utilizavam-se de mesas e cadeiras. A contagem foi feita através de caminhamento utilizando-se contadores manuais por dois pesquisadores que percorriam a

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6 praia lado a lado no mesmo tempo. Enquanto um contava todos os usuários presentes nas barracas e guarda-sóis (mesas e cadeiras) o outro contava todos as pessoas da faixa de areia próximo a linha d’água (estirâncio) e todos os que estavam dentro da água (Figura 3). Após cada contagem foi realizado o somatório das pessoas contadas por cada pesquisador e calculado uma média ao final.

Figura 3: Ilustração do caminhamento feito por dois pesquisadores representados pelas linhas pontilhadas, onde foram realizadas as contagens de todos os usuários dentro do trecho (300m) para cada praia. Fonte: Google Earth, imagem da Praia do Meio, 2014.

3.2 Amostragem dos resíduos sólidos

Foi realizada mensalmente em um final de semana (sábado e domingo) em um transecto de 300m de extensão por 10m de largura (Figura 4) cujo centro é a "linha do deixa" (nível máximo da preamar), região próxima à pós-praia, onde normalmente ocorre a maior concentração de resíduos. As amostragens ocorreram durante a baixa-mar.

Todos os itens visíveis e fragmentos (>3cm) foram contados visualmente através de caminhamento e registrados em uma planilha específica para classificação de acordo com a composição predominante: plástico, metal, papel, madeira, vidro e orgânico. Em seguida efetuada a identificação da fonte mais provável: usuário, doméstica, mista e pesca (Tabela 1).

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7 Figura 4: Esquema do transecto amostral sobre a “linha do deixa” (pontilhado preto) para a contagem dos resíduos (Ilustração por Francisco Neto).

Todos os itens identificáveis foram classificados com base na fonte mais provável dentro de quatro categorias: usuário, doméstica, mista (cuja origem pode ser tanto do usuário como doméstica) e pesca (Tabela 1).

Tabela 1: Classificação dos itens do lixo, de acordo com a fonte mais provável. Adaptado de ARAÚJO & COSTA, 2006.

Fonte mais provável Itens

Usuário

canudos, garrafas de água, pratos, talheres, copos e palitos plásticos, embalagens de alimentos, bronzeadores/ água oxigenada, fraldas, sandálias, espátulas/palitos de madeira, pontas de cigarro, latas/tampas metálicas de bebidas, garrafas de vidro, quentinhas de alumínio, restos de alimento.

Doméstica

potes de remédio, borracha, cotonetes, garrafas de produtos de limpeza, frascos de shampoo/desodorante, potes de margarina, espuma, papelão.

Mista

anéis de garrafa, tampas plásticas, preservativos, absorventes, rolhas, sacos e folhas plásticas, brinquedos, seringas, garrafas PET, embalagens longa vida.

Pesca

fios e fitas de nylon, redes, isopor, light stick, linhas de pesca.

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8 3.3 Análise da água

Mensalmente amostras de água foram coletadas em frascos limpos e levadas ao laboratório para congelamento até o momento da análise. Foram coletados amostras da água servida que escoa diretamente na areia da praia (Figura 5) denominadas de “língua negra” quando presentes, e da água marinha, todos, em três pontos dentro do local de estudo (300m) em cada praia (Figura 1). Para a praia de Pirangi, a denominação "A" representa as amostras de água servida e a "B" água marinha. Na praia do Meio, não ocorreram escoamentos de água servida no período amostral, portanto só a água marinha foi coletada. (Tabela 2).

Tabela 2: Localização geográfica dos pontos de coleta para as duas praias estudadas. As letras representadas em “A” são representadas pela água servida que escoava das tubulações, as representadas em “B” da água marinha.

Local Pontos de Coleta Coordenadas

Praia de Pirangi do Norte

1A 5º 58’ 39,04” S / 35º07’ 26,97” O 1B 2A 5º58’ 33,67” S / 35º 07’ 26,97” O 2B 3A 5º 58’ 28,54” S / 35º 07’ 29,15” O 3B Praia do Meio 1 5º 46’ 41,24” S / 35º 11’ 36,44” O 2 5º 46’ 35,39” S / 35º 11’ 37,08” O 3 5º 46’ 31,33” S/ 35º 11’ 36,84” O

Figura 5: Momento da coleta de água servida em um dos pontos da praia de Pirangi do Norte. Foto: Ezequiel Nascimento, fevereiro 2015.

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9 Os parâmetros amônia e nitrato foram analisados em laboratório por fotocolorimetria, que consiste em um método biofísico de análise de substâncias tendo como principal objetivo a determinação da concentração de soluções. Esse método baseia-se na relação existente entre a absorção de radiações eletromagnéticas e a concentração da substância analisada. Os valores resultantes foram comparados com o que determina a Resolução do CONAMA Nº Nº357/2005 para águas salinas Classe I (destinadas à recreação de contato primário).

Como não existe um valor padrão para nitrato e amônia pela Resolução do CONAMA/2015 relativo à água servida, optou-se por considerar os mesmos valores utilizados para a água marinha, já que no caso de valores acima do permitido, pode ocorrer comprometimento da balneabilidade da praia e contaminação da areia com matéria orgânica (fonte dos compostos nitrogenados).

3.4 Balneabilidade

Para análise da balneabilidade, foram utilizados dados obtidos no site do Programa Água Azul (www.programaaguaazul.rn.gov.br) que classifica as praias em próprias ou impróprias, de acordo com o número de Coliformes termotolerantes presentes na água marinha. Os dados obtidos foram analisados segundo o que determinada a Resolução CONAMA Nº 274/2000 a qual estabelece os limites de Coliformes para águas consideradas próprias para uso de recreação de contato primário.

O período dos dados analisados se refere ao mesmo período amostral da pesquisa (novembro, janeiro e fevereiro) nos mesmos dias que foram coletados a água marinha e a água servida.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Contagem de usuários

Durante o período amostral foi registrado um total de 2.996 pessoas para a praia de Pirangi do Norte e 6.233 pessoas para a praia do Meio, indicando que a praia do Meio recebe mais que o dobro de visitantes em relação à Pirangi (Figura 6). Esse fato já era esperado em virtude da localização da praia do Meio, que fica no centro de Natal, sendo portanto, uma opção mais próxima para a população da capital, muitas pessoas dos bairros mais próximos se deslocam à pé para a praia. De acordo com Vaz (2008), a proximidade é um fator importante em praias urbanas, podendo evitar ou reduzir o tempo de deslocamento no percurso residência-praia. Outro fator que provavelmente pode justificar uma maior concentração dos usuários está relacionado com as características dessa praia, a qual é protegida por uma larga barreira de arenito (Figura 2) que permite nas marés baixas, a formação de uma grande piscina natural, propícia ao banho de mar seguro.

Estudo realizado por Aires (2013) detectou que na praia do Meio, 70% dos usuários são locais, ou seja, a maior parte dos frequentadores dessa praia é da própria cidade. Já para Pirangi do Norte, o estudo de Azevedo (2014) indicou que a maioria dos usuários vem de outros estados. Pirangi tem a seu favor dois atrativos turísticos, o cajueiro e os parrachos (recifes) cartões postais do estado. Centenas de pessoas visitam essas atrações mensalmente, muitas delas, após os passeios, permanecem na praia utilizando a infraestrutura local do bar Marina Badauê, ou das barracas da praia. Como esperado, aos domingos, a quantidade de usuários nas duas praias foi maior do que aos sábados (Figura 6).

Aos domingos há uma diferenciação no comportamento do público que frequenta Pirangi, além das pessoas que normalmente se instalam nas barracas à beira mar, muitos grupos chegam à praia e se instalam na areia em tendas alugadas (Figura 7a). Essas pessoas trazem alimentos e bebidas de casa, em quantidade suficiente para passar o dia, sem precisar consumir dos bares. Ao final do dia ocorre o descarte de uma grande quantidade de embalagens de alimentos, descartáveis, garrafas de água e refrigerantes na areia, contribuindo para o acúmulo de resíduos na praia. Um aspecto positivo de Pirangi é a extensão do ambiente praial, que nas marés mais baixas permite um amplo espaço para os usuários. Na praia do Meio, ao contrário, a faixa de praia é estreita, mesmo na maré baixa,

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11 e a presença de barracas que utilizam mesas, cadeiras e guarda-sóis, torna o espaço ainda mais reduzido para o público (Figura 7b). Mesmo assim, esse fator parece não interferir na quantidade de pessoas que utilizam essa praia, como mostram os dados coletados.

Figura 6: Número de usuários nas duas praias em um final de semana de cada mês.

Figura 7a: Grupo de usuários instalado em tenda fazendo piquenique na praia de Pirangi do Norte. Foto: Christina Araújo, 2014.

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Sábado Domingo Sábado Domingo Sábado Domingo

NOV JAN FEV

N ú m e ro d e u s u á ri o s Pirangi do Norte Praia do Meio

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12 Figura 7b: Usuários da praia do Meio em um domingo a tarde. Foto: Ingrid Dantas, 2015.

4.2. Amostragem dos resíduos sólidos

Foi registrado um total de 13.442 itens ao longo dos três meses para as duas praias. Embora os tipos de resíduos tenham sido semelhantes entre as praias, a quantidade variou de forma bastante evidente. Em Pirangi foram 3.481 itens e na praia do Meio 9.961, ou seja, quase três vezes maior. Uma grande diversidade de tipos de resíduos se acumula principalmente na “linha do deixa”. Silva (2012), também encontrou uma elevada quantidade de lixo em seis meses de amostragem na praia do Meio, foram 14.517 itens em um transecto de 300m2, sendo um final de semana para cada mês. Se na amostragem atual, em apenas três meses se obteve quase 10 mil itens, fica evidente que de 2012 a 2015 a quantidade de lixo encontrada na praia do Meio aumentou consideravelmente.

Do total de lixo encontrado para a praia de Pirangi do Norte, mais de 12% foram de fragmentos e para a praia do Meio, um total de 10%. Fragmentos menores do que 3cm que não estavam dentro da amostragem, foram também observados em abundância na praia do

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13 Meio, tanto na “linha do deixa” como fora do limite amostrado. Esse fato comprova que os resíduos sofrem intensa fragmentação, gerando dificuldade no seu recolhimento e risco para a biota aquática.

Todavia, o impacto visual do lixo nessas praias é facilmente perceptível e tem comprometido não somente do ponto de vista da qualidade ambiental que pode acarretar vários problemas como riscos à saúde humana. A perda estética da praia para o turismo pode causar perdas econômicas e prejudicar outras atividades comerciais (Figuras 8a e 8b).

Figura 8a: Acúmulo de lixo ao longo da linha do deixa na praia de Pirangi do Norte. Foto: Christina Araújo, 2015.

Figura 8b: Acúmulo de lixo ao longo da linha do deixa na praia do Meio. Fotos: Ingrid Dantas, 2015.

Em um estudo de percepção realizado por Aires (2013) na praia do Meio, 60% dos entrevistados alegaram observar lixo com frequência na areia. Mais de 50% dos usuários destacaram o plástico o tipo de lixo observado com mais frequência. Na mesma pesquisa, o problema mais citado com relação à poluição da praia por lixo foi o risco de doenças para

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14 os usuários. Segundo os usuários, ocorre uma deficiência da coleta de lixo em algumas praias, como também a falta de lixeiras fixadas na areia, o que poderia diminuir, na opinião deles, a contaminação da mesma.

Em um estudo semelhante realizado por Azevedo (2014) em Pirangi, 49% responderam que observavam lixo na praia eventualmente. Entre 25 e 35% dos usuários afirmaram que notavam lixo com frequência. Quase 50% disseram que viam mais plásticos e 20% disseram que viam mais restos de alimento.

O plástico foi a categoria de itens mais abundante em ambas as praias, somando um total de 5.302 itens para a praia do Meio e 1.856 em Pirangi do Norte, comparado com as demais categorias (Figura 9 e 10). Com relação à maior representatividade dos plásticos, o resultado seguiu a tendência já observada em outros trabalhos (ARAÚJO, 2003; ARAUJO & COSTA, 2006; DIAS-FILHO et al., 2011; SANTOS, et al., 2003).

Embalagens plásticas vêm tomando lugar dos outros materiais por apresentar baixo custo de fabricação e flexibilidade de formas. Aliado a este fato, o plástico é extremamente durável, de difícil degradação e de fácil flutuação o que favorece a sua dispersão nos ambientes.

Figura 9: Representação do número de itens de plástico comparado com as demais categorias de lixo para a praia de Pirangi do Norte.

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Plásticos Metal Vidro Papel Madeira Orgânico

Pirangi N ú m e ro d e ite n s Novembro Janeiro Fevereiro

(25)

15 Figura 10: Representação do número de itens de plástico comparado com as demais categorias de lixo para a praia do Meio.

Os resíduos sólidos poluem o meio ambiente tanto em escala local, como em escala global, pois podem viajar longas distâncias afetando o meio ambiente em curto e em longo prazo, como também podem ficar aprisionados nos recifes, comprometendo atividades de turismo, como mergulho, causando danos aos ambientes recifais e aos animais marinhos. Segundo Nucci (2010), os plásticos estão entre os principais causadores da morte de animais marinhos, tanto por estrangulamento ou ingestão, que causam sufocamento, obstrução e/ou diminuição do volume funcional do trato digestivo, além de adsorverem compostos químicos tóxicos. Por serem bioacumuláveis, podem levar à deficiência do sistema imune, alterações no sistema endócrino; por serem substratos inertes, suas substâncias possuem prolongada persistência e restrito controle ambiental.

Com relação ao período da pesquisa, na maior parte das amostragens, o mês de janeiro destacou-se por apresentar maior quantidade de resíduos comparados com os meses de novembro e fevereiro (Figura 11). Mesmo sendo considerado período de alta estação para os três meses, janeiro é um mês tipicamente propício à ida às praias, principalmente porque corresponde ao período de férias escolares, apresentando, portanto, uma maior quantidade de usuários nas praias. Outro fator que pode explicar a quantidade enorme de resíduos, é que, a praia do Meio é protegida por recifes contínuos que atua como uma barreira física, dificultando os resíduos serem levados pela correnteza.

0 300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400

Plásticos Metal Vidro Papel Madeira Orgânico

Praia do Meio Novembro Janeiro Fevereiro N ú mero d e i ten s

(26)

16 Figura 11: Total de itens de lixo encontrados em um final de semana de cada mês para as duas praias.

4.3 Análise das fontes

Sobre a origem mais provável dos resíduos, os itens relacionados aos usuários da praia corresponderam 83% (3.794 itens) para a praia do Meio e 89% (1.346 itens) para Pirangi do Norte. De acordo com esses resultados, fica evidente que os usuários são os principais responsáveis pela poluição da praia, descartando inadequadamente seu lixo na areia (Figura 12). Em um estudo que avaliou a presença de resíduos sólidos em uma praia deserta no litoral de Pernambuco por Araújo & Costa (2007), embora a quantidade de resíduos tenha sido bastante elevada, a contribuição de itens relacionados com usuários foi muito pequena, indicando que a utilização da praia está relacionada com a poluição. Nesse caso, os itens predominantes tiveram origem doméstica, provavelmente pelo descarte inadequado em lixões próximos ao rio que desemboca na praia.

A grande quantidade de itens de lixo encontrada com origem nos usuários locais reflete a falta de educação das pessoas, representada pelo descaso nos espaços públicos e o desrespeito com o meio ambiente. O comportamento do ser humano sobre o descarte dos resíduos no meio, faz pensar que é um ato mais intencional do que acidental, enquanto a impunidade e a falta de educação ambiental prevalecerem, a importância sobre a preservação dos ecossistemas costeiros nunca será compreendido por toda a população.

0 300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400

Pirangi Praia do Meio Pirangi Praia do Meio

SÁBADO DOMINGO Novembro Janeiro Fevereiro Núme ro de it ens

(27)

17 O fato não é restrito apenas às praias analisadas. Segundo Araújo & Costa (2006), praias urbanas ou de intenso uso turístico têm frequentemente suas areias comprometidas por grande quantidade de resíduos, principalmente de origem plástica, deixado pelos usuários.

Figura 12: Número de resíduos de acordo com cada fonte determinada.

Dos itens relacionados com usuários, seis se destacaram em ocorrência e quantidade (Figuras 13 e 14); destes, cinco foram comuns às duas praias. Para a praia de Pirangi do Norte, pontas de cigarro foram os mais abundantes, com um número de itens semelhantes ao de canudos (Figura 13). Na praia do Meio, os canudos foram os mais abundantes, seguidos de palitos (de sorvete, espetos, pirulitos e picolé) (Figura 14).

Figura 13: Número de itens mais frequentes relacionado com usuários da praia de Pirangi do Norte.

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Usuário Doméstica Mista Pesca

Pirangi Praia do Meio 0 50 100 150 200 250 300 Pontas de cigarro Canudos Panfletos de papel Palitos Latas de bebidas BOOP Núme ro de it ens por fonte Núme ro de it ens Pirangi do Norte

(28)

18 Figura 14: Número de itens mais frequentes relacionado com usuários da Praia do Meio.

Muitos desses resíduos possuem baixo poder de degradação no ambiente e outros não servem para fins de reciclagem, como pontas de cigarro e BOPP metalizado (embalagens de biscoitos, salgadinhos e sorvetes) por exemplo. Portanto não há interesse em seu recolhimento, o que potencializa os efeitos. Embora com maior poder de degradação do que os plásticos, as pontas de cigarro são um grande problema, seu tamanho diminuto e coloração, facilitam sua mistura com a areia, dificultando o recolhimento pelos garis, com consequências óbvias para o meio ambiente (UNEP, 2009).

No mundo, a maioria das praias públicas arenosas em áreas de turismo está repleta de pontas de cigarros. Em eventos da Limpeza Costeira Internacional (ICC), realizados entre 2002 e 2006 em praias no Mediterrâneo, 57.810 voluntários coletaram mais de 222 mil filtros de cigarros, o que corresponde a quase quatro filtros de cigarro por voluntário (UNEP, 2009). Em uma pesquisa na costa da Espanha, as pontas de cigarros foram também o item mais abundante, correspondendo a 46% dos objetos observados na alta estação turística (UNEP, 2009).

Os itens mais frequentes em cada fonte podem ser usados como referência para investigação da origem da poluição por lixo em outras praias, de forma a reduzir o tempo gasto com identificação de todos os itens do lixo. Como Pirangi é consideradauma praia turística, a gestão dos resíduos oriundos do uso da praia, poderia ser mais eficiente, conhecendo-se os itens mais comuns.

0 100 200 300 400 500 600 700

Canudos Palitos Pontas de

cigarro

Cocos BOOP Latas de

bebidas Núme ro de it ens Praia do Meio

(29)

19 4.4 Análise de água

Os níveis de nitrato e amônia permitidos pela Resolução do CONAMA/2015 são de no máximo 0,4 mg/L para águas recreacionais de contato primário (Classe 1), quando a

utilização da água para imersão acarreta risco de ingestão, a exemplo do banho de mar. Mesmo não havendo risco de ingestão diretamente da água servida, de certa forma, as pessoas estão em contato com ela, pois utilizam o mesmo espaço onde as águas escoam das tubulações diretamente na areia da praia formando-se “línguas negras” e esta pode ocorrer contaminação por matéria orgânica, que são fontes de compostos nitrogenados.

No entanto, sabe-se que compostos nitrogenados são oriundo da decomposição da matéria orgânica. Se esses compostos estão presentes em valores elevados na água, significa que a área onde a água é lançada pode estar recebendo descarte de matéria orgânica de origem desconhecida, o que poderia provocar a contaminação da areia por micro-organismos patógenos que utilizam a matéria orgânica, como fungos, por exemplo (ARAÚJO et al., 2015).

Nos resultados (Figuras 15 e 16) as amostras designadas por "A" representam água servida e "B" água marinha. Valores de nitrato e amônia acima do permitido foram encontrados quase que exclusivamente na água servida descartada na praia de Pirangi do Norte, indicando que recebem matéria orgânica.

Esperava-se que a água do mar coletada à frente de cada tubulação pudesse apresentar valores alterados, no entanto isso não ocorreu, indicando provavelmente que há um grande poder de diluição pelo oceano, o que elimina o efeito da poluição por nitrato e amônia.

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20 Figura 15a: Concentração de nitrato para os seis pontos de coletas de água da praia de Pirangi.

Figura 15b:Concentração de amônia para os seis pontos de coletas de água da praia de Pirangi.

0 0,4 0,8 1,2 1,6 2 2,4 2,8 3,2 3,6 4 4,4

Ponto 1A Ponto 1B Ponto 2A Ponto 2B Ponto 3A Ponto 3B

Co n ce n tr ão d e N O3 e m m g/ L

Novembro Janeiro Fevereiro Resolução CONAMA

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2

Ponto 1A Ponto 1B Ponto 2A Ponto 2B Ponto 3A Ponto 3B

Co n ce n tr ão d e N H3 e m m g/ L

(31)

21 Figura 16a: Concentração de nitrato para os três pontos de coletas de água da praia do Meio.

Figura 16b: Concentração de amônia para os três pontos de coleta de água da praia do Meio.

Ao longo da praia de Pirangi podem ser observadas algumas tubulações que provavelmente estão sendo utilizadas de forma inadequada, pelos estabelecimentos comerciais para destinar clandestinamente seus efluentes, permitindo que sejam despejados in natura na praia. No trecho analisado, há três dessas saídas, duas delas na área de maior concentração de usuários (Figura 17). Nesses locais é perceptível mau cheiro e aspecto

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

Co n ce n tr ão d e N O3 e m m g/ L

Novembro Janeiro Fevereiro Resolução CONAMA

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45

Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3

Co n ce n tr ão d e N H3 e m m g/ L

(32)

22 escuro da areia, formando línguas negras algumas vezes. O mau cheiro percebido nos pontos de saída das tubulações pode indicar contaminação da água por esgotos, o que pode afetar as condições sanitárias da praia, já que nas marés mais altas a água marinha se comunica com a água que escoa pelas tubulações.

Os usuários conseguem observar essa situação e assim ficam receosos com relação à qualidade da água marinha. Em um estudo de percepção ambiental com usuários da praia de Pirangi realizado por Azevedo (2014), 16% dos respondentes avaliaram a qualidade da água como “provavelmente contaminada por esgoto”. Mas para alguns, este fato parece fazer parte de um cenário comum, ou falta o conhecimento sobre o risco de contaminação que correm quando elas ficam bem próximos ou até mesmo vizinhos ao lançamento da água servida.

Pirangi do Norte. Foto: Campos, 2015. Praia do Meio. Foto: Christina Araújo, 2014. Figura 17: Descarte de água servida na areia da praia mostrando que Pirangi tem um fluxo mais intenso.

Na praia do Meio nas marés baixas, formam-se piscinas nas barreiras de recifes, e muitos usuários utilizam o local para banho. Em um domingo do mês de janeiro, foram contados um total de 1.480 pessoas dentro do trecho de 300 metros e nenhum banheiro público funcionando no local (os quais foram implantados somente em julho de 2015). É provável que as pessoas utilizem a própria praia para fazer suas necessidades. Embora os valores para nitrato e amônia tenham dado abaixo do limite do CONAMA, a utilização do mar como banheiro, pode comprometer sua balneabilidade pela acumulação de patógenos liberados nos excretas.

(33)

23 4.5 Análise da Balneabilidade

Balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário (natação, mergulho, esportes aquáticos), onde a possibilidade de ingerir quantidades apreciáveis de água é elevada. A água adequada para utilização recreativa não deve apresentar mau cheiro, resíduos de óleos, lixo, nem micro-organismos patógenos.

O parâmetro indicador básico para a classificação das praias quanto a sua balneabilidade em termos sanitários é a densidade de coliformes fecais. Muitas espécies de bactérias que normalmente habitam o trato digestivo humano têm sido sugeridas como bioindicadoras de poluição fecal recente: Escherichia coli, Streptococcus fecalis e Clostridium perfrigens. E. Coli é, entretanto, a mais usada no mundo, inclusive no Brasil. Ela pertence ao grupo de bactérias Coliformes. Neste grupo, existem também bactérias não-fecais, as quais estão presentes em ambientes naturais como Enterobacteraerogenes. Os termos “coliforme fecal” e “coliforme total” englobam todo o grupo de bactérias coliformes e não apenas aquelas específicas para o trato digestivo de animais de sangue-quente. E.coli ocorre exclusivamente em fezes de animais de sangue-sangue-quente. Desta maneira, ela satisfaz o requisito de um bom indicador de poluição fecal recente. Bactérias são bons bioindicadores desde que exista um método de rotina de detecção e quantificação bem estabelecido. Elas têm rápida resposta a mudanças do ambiente, podem ser facilmente amostradas e possibilitam índices de contaminação baseados na contagem de células ou colônias (ARAÚJO, 2008).

Segundo os critérios estabelecidos pela Resolução CONAMA nº. 274/2000, as praias são classificadas em quatro categorias diferenciadas, quais sejam, Excelente, Muito Boa, Satisfatória e Imprópria, de acordo com as densidades de coliformes fecais ou E. coli resultantes de análises feitas em cinco amostragens consecutivas. As categorias Excelente, Muito Boa e Satisfatória podem ser agrupadas em única classificação denominada Própria. Pelo critério adotado, densidades de coliformes fecais superiores a 1000 NMP/100 ml em duas ou mais amostras de um conjunto de cinco amostragens consecutivas, em um período igual ou inferior a cinco semanas, caracterizam a impropriedade da praia para recreação de contato primário. Sua classificação como IMPRÓPRIA, indica um comprometimento na qualidade sanitária das águas, implicando

(34)

24 em um aumento no risco de contaminação do banhista e tornando desaconselhável a sua utilização para o banho (ARAÚJO, 2008).

A praia de Pirangi foi classificada como própria em todas as datas avaliadas no site (www.programaaguaazul.rn.gov.br), já a praia do Meio apresentou a condição de imprópria em um período de fevereiro. Os dados indicam que aparentemente as condições das praias analisadas são consideradas boas na maior parte do tempo (Tabela 3).

No entanto, em uma pesquisa de percepção sobre a qualidade da praia realizada por Azevedo (2014), em Pirangi do Norte, 12,5% dos entrevistados avaliaram a qualidade da água como “provavelmente contaminada por esgoto”. Essa opinião provavelmente reflete a preocupação dos usuários em relação às condições da água servida que escoa pela areia em direção ao mar.

Tabela 3: Dados de balneabilidade coletados através do monitoramento do Programa Água Azul, nos dias amostrados.

Em um estudo de percepção realizado entre 2012 a 2013 por Aires (2013) em algumas praias do nosso litoral, inclusive a praia do Meio constatou que essa praia é frequentada principalmente por usuários de baixa renda, comparado com a praia de Pirangi. O estudo destacou também a ausência de infraestrutura de apoio ao usuário como banheiros públicos. Os comerciantes locais improvisam banheiros que de forma alguma poderiam ser utilizados (Figuras 18a e 18b). Foram construídos banheiros públicos na praia em 2014, mas até junho de 2015 ainda estavam sem funcionamento, só foram ativados em julho do presente ano.

Data Praia do Meio

Estação NA-11

Pirangi do Norte

Estação PA-03 Data

Praia do Meio Estação NA-11

Pirangi do Norte

Estação PA-03 Data

Praia do Meio Estação NA-11

Pirangi do Norte Estação PA-03

6/11 própria própria 8/1 própria própria 5/2 própria própria

13/11 própria própria 15/1 própria própria 12/2 imprópria própria

20/11 própria própria 23/1 própria própria 19/2 própria própria

27/11 própria própria 29/1 própria própria 26/2 própria própria

Fevereiro Janeiro

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25 Figura 18a: Banheiros improvisados na Praia do Meio. Fonte: AIRES (2013).

Figura 18b: Banheiros construídos na Praia do Meio. Fotos: Ingrid Dantas, 2015.

A insuficiência de banheiros públicos nas praias pode acarretar a contaminação da água por dejetos humanos. No caso de praias com circulação mais restrita, onde se formam piscinas naturais, podem ocorrer riscos para os banhistas, como é o caso da praia do Meio.

(36)

26 5. CONCLUSÕES

Ambas as praias apresentam uma expressiva poluição por lixo, sendo que a maior contribuição vem dos próprios usuários. Ou seja, quanto mais pessoas, mais resíduos são descartados inadequadamente.

Outra constatação é a presença de efluentes lançados in natura na praia de Pirangi do Norte e também na praia do Meio, fato observado em outros dias fora do momento da pesquisa. Esses efluentes são despejados juntamente com as águas pluviais do sistema de drenagem, que provavelmente possui ligações clandestinas de esgotos domésticos, pois durante a pesquisa não houve período de chuvas e das tubulações saiam grandes volumes de efluentes.

Pode-se considerar que a quantidade de lixo encontrada nas duas praias e o lançamento de esgotos, são bons indicadores de poluição. As praias estudadas são fortemente frequentadas, mas não possuem infraestrutura adequada para demanda recebida. Os banheiros públicos não funcionam, há ausência ou baixa quantidade de lixeiras, a limpeza pública das praias é deficiente, há também falta de conscientização dos comerciantes locais e preocupação com o ambiente coletivo por parte de todos os usuários. A praia do Meio, por se tratar de uma praia central e mais visitada, merece uma atenção maior do poder público, pois esses fatores deixam a desejar.

Estudos de variabilidade temporal e espacial podem resultar em um melhor entendimento quanto à avaliação ambiental das praias e o seu grau de poluição, o controle da poluição das praias do Rio Grande do Norte, está inteiramente ligado à gestão ambiental, onde estes estudos servirá de subsídio para o gerenciamento da zona costeira, desde que a população tenha uma participação efetiva para as ações de gestão em diferentes formas de organizações.

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27 REFERÊNCIAS

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