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Dados Bibliográficos: Claudia Lima Marques e Beate Gsell (orgs.). Novas tendências do Direito do Consumidor. São Paulo: Ed. RT, 2015.

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iragem Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Presidente

do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon). bmiragem@uol.com.br

DaDos bibliogrÁfiCos: Claudia Lima Marques e Beate Gsell (orgs.). Novas tendências do Direito do

Consu-midor. São Paulo: Ed. RT, 2015.

Recebi, honrado, o convite das Professoras Claudia Lima Marques, da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil), e Beate Gsell, da UniUni-versidade de Munique (Alemanha), para prefaciar a obra intitulada “Novas tendências do direito do consumidor”, que agora resenho. Trata-se de resultado do extraordi-nário trabalho desenvolvido pelos pesquisadores da Rede Alemanha–Brasil de Pesquisas em Direito do Consumidor” (‘Forschungsnetz Deutschland-Brasilien

Verbraucherschutz’) DAAD/Capes, lançado em 13.11.2015, em evento da Rede

na UFRGS, em Porto Alegre. Como seria de esperar de uma obra sobre o tema, percebe-se que a promessa do título, indicando as novas tendências do direito do consumidor não é mera retórica, senão resultado plenamente alcançado pelos trabalhos que integram a coletânea. Todos os vinte e dois capítulos ex-pressam o mais avançado estado da arte do direito do consumidor no Brasil e na Alemanha, versando com profundidade sobre questões atuais e desafios futuros da proteção do consumidor nestes dois países.

É do resultado das pesquisas que integram este livro que me permito refle-tir sobre dois traços característicos da espécie de trabalho desenvolvido pela Rede Alemanha-Brasil de Pesquisas em Direito do Consumidor, decisivos – a meu ver – para a qualificação da pesquisa científica, e melhor compreensão do direito do consumidor no mundo contemporâneo. Em primeiro lugar, a óbvia consideração – porém nem sempre percebida – de que o exame do direito do consumidor exclusivamente centrado na legislação existente, como se está se estabelecesse como fenômeno separado do processo histórico e, não estivesse continuamente desafiada pelas intensas transformações do mercado de consu-mo pouco contribui para sua efetividade.

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A velocidade das mudanças sociais e econômicas, que se operam, sobretudo no mercado, onde se promove o comércio de bens e serviços, e consequen-temente, a produção e circulação de riqueza, desafia o Direito ao aperfeiçoa-mento constante de sua legislação. O que só é possível pela disposição em reconhecer, conceitualmente, a insuficiência da lei para disciplinar todos os fatos relevantes, assim como pelo estudo da experiência de outros sistemas jurídicos. O direito do consumidor assume, assim, caráter cosmopolita. Tanto por uma razão de fato, que é a aproximação dos mercados, a existência de

pla-yers globais e crescente internacionalização de diversas relações de consumo,

quanto por uma razão ético-jurídica, que o situa, no quotidiano da vida do homem comum, como importante instrumento de proteção da pessoa humana e limite ao poder privado – em especial, do poder econômico.

Um segundo aspecto a ser considerado diz respeito às iniciativas como esta em que toma parte a Rede Alemanha-Brasil de Pesquisas em Direito do Con-sumidor, de cooperação científica entre países distintos, buscando identificar quais as contribuições relevantes para bem compreender virtudes e insuficiên-cias do seu próprio sistema, assim como um olhar sobre contribuições possí-veis no futuro. A cooperação entre a Alemanha e o Brasil tem laços notórios e profundos.1 No âmbito da pesquisa, isso é largamente evidenciado.2

Em relação ao objeto específico da pesquisa da qual resulta esta obra, a vo-cação do nosso tempo para a proteção internacional do consumidor é realidade que desafia os países à construção de soluções comuns, por intermédio da har-monização de normas e incremento dos modelos de cooperação.3 Em diferen-tes graus, é o processo a que se submete a Alemanha, há décadas, no tocante à harmonização do seu direito interno e de outros países da União Europeia, por intermédio dos instrumentos de direito comunitário. No Brasil, iniciativas diversas, primeiramente no âmbito do Mercosul – e com as dificuldades de evolução institucional deste processo de integração – no âmbito da Organi-zação dos Estados Americanos e outros organismos multilaterais, sinalizam o propósito de avançar no tema.

1. Veja-se, dentre outros: loHbaueR, Christian. Brasil – Alemanha (1964-1999): fases de uma parceria. São Paulo: Fundação Konrad Adenauer/Edusp, 2000.

2. Interessante, a respeito, o panorama traçado na obra organizada por moniz bandeiRa, Luiz Alberto; PinHeiRo guimaRãeS, Samuel. Brasil e Alemanha: a construção do futuro. Brasília: Fundação Alexandre Gusmão, 1995.

3. Em outra perspectiva, mas que ilustra a importância da cooperação internacional também para a efetividade do direito, destaquem-se os importantes avanços em ma-téria de cooperação processual internacional previstos no novo Código de Processo Civil brasileiro, promulgado em 2015 (arts. 26 a 41).

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No âmbito acadêmico, são históricas as vinculações entre o direito brasi-leiro e o direito alemão. No âmbito do direito privado, mesmo antes do surgi-mento e consolidação do direito do consumidor, a doutrina alemã foi decisiva na introdução de conceitos hoje fundamentais do direito brasileiro, como por exemplo, a boa fé e a proteção da base do negócio jurídico,4 e a eficácia dos direitos fundamentais às relações entre particulares,5 mais recentemente, no próprio direito do consumidor brasileiro, a influência da doutrina e legisla-ção alemã é percebida, em especial nos estudos de Claudia Lima Marques,6 Antônio Herman Benjamin,7 Nelson Nery Junior,8 dentre outros destacados juristas. Há na doutrina alemã contemporânea, o reconhecimento da mudança de paradigma na forma de legislar o direito econômico, direito civil e direito comercial em razão da necessidade de contemplar-se o direito de proteção dos consumidores, fator de grande relevância na Alemanha e nos países membros da União Europeia.9 O mesmo sustentamos no direito brasileiro, a luz do

4. Em especial os trabalhos de Clóvis do Couto e Silva (A obrigação como processo, 1964), e Orlando Gomes (Transformações gerais do direito das obrigações, 1967), inspirados nos estudos, dentre outros alemães, de Karl Larenz (Lehbruch des schul-drechts, 1953 (Bd. 1), 1956 (Bd. 2), e antes, Vertrag und Unrecht, 1936/1937). 5. De bibliografia extensa, tem especial repercussão no direito brasileiro os estudos de

Claus-Wilhelm Canaris (em especial a tradução portuguesa Direitos fundamentais e direito privado, Coimbra: Almedina, 2003) e Konrad Hesse (sem sua tradução espa-nhola HeSSe, Konrad. Derecho constitucional y derecho privado. Trad. Ignacio Gu-tierrez GuGu-tierrez. Madri: Civitas, 1995. Em relação aos autores brasileiros, destaque--se, dentre outros, os estudos de Gilmar Ferreira Mendes (Direitos fundamentais e controle de constitucionalidade. 2. ed. 1999), e Ingo W. Sarlet (A eficácia dos direitos fundamentais. 6. ed. 2006), dentre outros.

6. De grande impacto no direito brasileiro, em especial, Contratos no Código de Defesa do Consumidor, tendo sua primeira edição em 1992, pela editora Revista dos Tribunais, e atualmente na 7. edição (2014).

7. O reconhecido jurista, atualmente Ministro do STJ, não apenas participou da comis-são que redigiu o anteprojeto do Código de Defesa do Consumidor, como também contribuiu decisivamente, após a promulgação desta lei, para sua aplicação no direito brasileiro. Dentre os estudos reconhecidamente, sua participação nos Comentários ao Código de proteção do consumidor, organizado por Juarez Oliveira, de 1991, onde faz expressas referências a doutrina de Von Hippel.

8. Da variada obra do professor Nelson Nery Junior, mencione-se no ponto, especial-mente, sua participação na obra coletiva Código de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto, publicado pela Editora Forense Universitária (8. ed., 2005), na qual refere, dentre outros, os estudos de Larenz e Von Hippel.

9. RöSleR, Hannes. Europäisches Konsumentenvertragsrecht. Munique: Beck, 2004. p. 91 e ss.

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pel transformador que o direito do consumidor exerceu – e ainda exerce – em relação ao direito privado em geral.10

A experiência da pesquisa comum entre Alemanha e Brasil, sobre o tema do direito do consumidor, tem todas as condições para apresentar os melhores resultados. A construção do direito do consumidor brasileiro tem inspiração em diferentes fontes, de matriz europeia e norte-americana, estabelecendo um sistema singular, dotado de fundamento constitucional e forte vinculação aos direitos fundamentais. O sistema alemão, de sua vez, se define a partir de ele-mentos já presentes na evolução do direito privado – como a proteção da con-fiança e da boa-fé nos negócios em geral – mas profundamente demarcado pela proteção que no âmbito europeu se confere aos consumidores, e a necessidade de incorporação do conteúdo das diretivas comunitárias ao direito interno.11

A intervenção no conteúdo dos contratos e o dirigismo contratual, decor-rentes do reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor na sociedade de consumo contemporânea, são noções fundamentais. Neste sentido, o desen-volvimento do direito alemão, inclusive com a incorporação das normas re-lativas ao direito do consumidor no Código Civil, a partir da reforma do BGB de 2002,12 é um horizonte importante a ser mirado pelo jurista brasileiro. Es-pecialmente em tempos nos quais a imensa quantidade de demandas judiciais relativas ao direito do consumidor no Brasil anima o ressurgimento de teses obtusas que pretendem imputar aos consumidores o aumento da litigiosidade, e não à necessidade de elevar-se o padrão de qualidade, não apenas dos produ-tos e serviços em si, mas também no atendimento dispensado por fornecedores em sua atuação cotidiana.

Mais recentemente, no âmbito governamental, as delegações alemã e brasi-leira13 atuaram de forma harmoniosa nos debates envolvendo a revisão das

10. miRagem, Bruno. Curso de direito do consumidor. 5. ed. São Paulo: Ed. RT, 2014. p. 39 e ss. maRqueS, Claudia Lima; miRagem, Bruno. O novo direito privado e a proteção dos vulneráveis. 2. ed. São Paulo: Ed. RT, 2014. p. 96.

11. Sobre a influência do direito comunitário no direito interno dos países europeus em matéria de proteção dos consumidores, veja-se: duboiS, Louis; blumann, Claude. Droit matériel de l’Union européenne. 6. ed. Paris: Montchrestien, p. 167 e ss.

12. Sobre a Gesetz zur Modernisierung des Schuldrechts, de 26.11.2011, veja-se: zimmeR -mann, Reinhard. El nuevo derecho alemán de obligaciones. Barcelona: Bosch, 2008, p. 31 e ss. noRdmeieR, Carl Friedrich. O novo direito das obrigações no Código Civil ale-mão – A reforma de 2002, mimeo, Porto Alegre, UFRGS, 2004.

13. Nestes debates, tivemos a possibilidade, em distintas oportunidades, de testemunhar a atuação articulada das delegações brasileira e alemã, participando como expert da delegação brasileira, chefiada pelo Ministério da Justiça.

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retrizes das Nações Unidas, sobre proteção do consumidor, inclusive exercen-do a copresidência de um exercen-dos comitês da 7.ª Conferência de Revisão (2015), do que resultou projeto de resolução a ser submetido em breve à Assembleia Geral da ONU. Na versão final do projeto de resolução, é de se destacar o reconhecimento do papel das universidades na promoção do direito do con-sumidor (III, 10), bem como o fomento à cooperação internacional (VI) e a criação de grupo intergovernamental permanente, para ocupar-se da proteção internacional do consumidor, à Comissão de Desenvolvimento da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD (VII). Da mesma forma, há temas objeto de preocupação comum que sinalizam exata-mente os novos desafios da sociedade de consumo, como a proteção de dados pessoais, atualmente objeto de projeto envolvendo Brasil, Alemanha e China sob coordenação da Agência de Cooperação Alemã (Gesellschaft für

Internatio-nale Zusammenarbeit – GIZ). Na redação final do projeto de revisão das

dire-trizes das Nações Unidas, consta, com apoio comum da Alemanha e do Brasil que “as empresas devem proteger a privacidade dos consumidores por meio de uma combinação de mecanismos de controle, segurança, transparência e consentimento adequados relativos ao recolhimento e utilização de seus dados pessoais” (IV, 11, e).

Esta série de iniciativas comuns tem nesta obra mais uma importante con-tribuição. Sua divisão em três partes demonstra bem o propósito de constituir--se em relevante referencial teórico no estudo comparado do direito do consu-midor. Na primeira parte, sobre as “Visões da vulnerabilidade e da necessária proteção dos consumidores nos mercados”, tem-se o exame do fato que justi-fica sua disciplina pelo direito, a vulnerabilidade do consumidor e a necessi-dade de intervenção do Estado em sua proteção. Na segunda parte, intitulada “Modelos de proteção do consumidor e a atualização do direito do consumidor no Brasil e na Alemanha”, tem-se o modo como se dá esta intervenção estatal. A terceira parte, sobre “Processo civil e proteção internacional dos consumido-res”, ocupa-se, então, da efetividade desta intervenção tanto no plano interno, quanto, sobretudo, internacional, considerando a realidade crescente do con-sumo internacional.

Da apresentação do livro lê-se: “(...) a primeira parte será dedicada às Visões

da vulnerabilidade e da necessária proteção dos consumidores no mercado, com

textos de Stephan Grundmann (Humboldt-Universität, Berlin, Alemanha) e tradução de Laura Schertel Mendes sobre a proteção funcional do consumidor e as teorias mais recentes na Europa. Segue-se o estudo inédito de Claudia Lima Marques, da UFRGS, sobre a vulnerabilidade dos analfabetos e dos ido-sos na sociedade de consumo brasileira, realizando uma análise sobre a figura

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do assédio de consumo na Europa e no Brasil. Após, um texto do professor da Universidade Federal de Uberlândia, Fernando Rodrigues Martins, sobre a busca de um modelo global de proteção aos vulneráveis e o papel do Direito do Consumidor nesta pauta humanitária. Reproduz depois o artigo do professor Jan Schapp da Universidade de Giessen sobre o caso da Bürgschaft, intitulado “A concretização das cláusulas gerais pelo juiz a partir do exemplo da ofensa aos bons costumes na fiança prestada por parentes próximos”, que foi publi-cado na Revista de Direito do Consumidor. Segue-se texto inédito do advogado italiano radicado no Brasil, Dr. Andrea Marightetto (Roma I/UFRGS,JBS, São Paulo) sobre a função social do contrato e o que ele denomina “funcionalismo” no sistema brasileiro de proteção e defesa do consumidor. O tema tratado pelo professor da UFRGS, Dr. Cesar Santolim, é o de seu pós-doutorado na Europa, qual seja a “Behavioral law and economics” e a teoria dos contratos, em espe-cial dos contratos de consumo. Esta sessão finaliza com o capítulo inédito de Laura Schertel Mendes sobre a vulnerabilidade do consumidor quanto ao tra-tamento dos dados pessoais, acentuando as lições do direito alemão no tema. A segunda parte do livro reúne estudos sobre os modelos de proteção dos

consu-midores e a atualização do direito do consumidor no Brasil e na Alemanha. Inicia

com estudo da professora de Munique, Beate Gsell, sobre o Direito Europeu Comum Facultativo da Compra e Venda (Common European Sales Law, CESL), em tradução de alunos da Universidade de Heidelberg na UFRGS e revisão de Claudia Lima Marques. Após, o professor da PUC-RS, Adalberto Pasqualotto, analisa o tema da publicidade e de seu regime jurídico, enquanto o colega ale-mão da Univerisdade de Würzburg, Jan Dirk Harke analisa a responsabilidade por culpa in contrahendo como instrumento da defesa do consumidor na Eu-ropa. Marcelo Schenk Duque, professor no PPGD da URI, Santo Ângelo (RS) homenageia Erik Jayme analisando a teoria do diálogo das fontes como um caminho para a proteção jurídico-fundamental do consumidor. O professor da PUC-RS, Ingo Wolgang Sarlet, analisa os modelos de “Liberdade de Expressão e Publicidade na Jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal da Alema-nha”. Segue-se a precisa análise do Prof. Dr. Markus Artz da Universidade de Bielefeld sobre o direito de arrependimento do consumidor na Alemanha, em tradução de Ardyllis Soares, discente do PPGDir UFRGS, Ann-Cathrin Maier e revisão de Claudia Lima Marques. O superendividamento e a necessidade de atuação legislativa no Brasil é tema do professor da PUC-PR, Antônio Carlos Efing, de Gabriele Polewka e de Olenka Woolcott Oyague. Para a Alemanha, publica-se texto traduzido para o espanhol pela professora Juana Pulgar do professor emérito da Universidade de Hamburgo, Udo Reifner, sobre o “Con-curso responsável”. O professor da UFRGS, Augusto Jaeger Junior, e a discente do PPGDir UFRGS, Daniela Copetti Cravo, estudam como na união Europeia

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o Direito da Concorrência é usado para reparar os consumidores. A terceira e última parte do livro é dedicada aos estudos sobre processo civil e proteção

in-ternacional dos consumidores. O primeiro texto traduz a aula de Habilitação do

Prof. Dr. Christoph Kern da universidade de Heidelberg, que foi publicada na

Revista de Direito do Consumidor vol. 100 (2015), sobre o processo europeu de

pequenas causas e as normas europeias gerais de processo. Do lado brasileiro, Paulo Valério Dal Pai Moraes e Márcia Amaral Correa de Moraes, professores da Fundação Ministério Público FMP-RS, analisam as regras sobre Mediação, Conciliação e Arbitragem nas Relações de Consumo. O terceiro texto é a tra-dução, pela Profa. Dra. Fabiana D´Andrea Ramos da UFF e agora da UFRGS, da apresentação no Workshop de 2014 da Profa. Dra. Caroline Meller-Hannich, da Universidade de Halle sobre defesa coletiva e individual dos consumidores na União Europeia e na Alemanha. Finalizam a obra, dois trabalhos sobre a proteção internacional do consumidor e as novidades trazidas pelo novo Có-digo de Processo Civil no Brasil. A Profa. Dra. Nadia de Araujo, da PUC-Rio, analisa a proteção do consumidor nos contratos internacionais e a necessidade de regulamentação específica se torna realidade no Brasil e demais países do Mercosul, e o Prof. Dr. André de Carvalho Ramos, da USP, analisa as regras sobre jurisdição internacional sobre relações de consumo no novo Código de Processo Civil.

Impressiona, ademais, a diversidade dos pesquisadores envolvidos nas pes-quisas publicadas, originários de oito universidades alemãs e doze instituições brasileiras. Este traço revela a pluralidade de orientações das pesquisas desen-volvidas no âmbito da rede, o que deve ser objeto de registro.

Cumprimento, por fim, os autores dos estudos ora publicados e, especial-mente, as organizadoras da obra, pela iniciativa. Trata-se de exemplar do que de melhor vem se produzindo em termos de pesquisa científica no direito do consumidor no ambiente acadêmico brasileiro. Que produza bons frutos no aperfeiçoamento e compreensão do direito do consumidor contemporâneo.

Referências

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