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Palavras-Chave: Transformações do mundo do trabalho; Trabalho precarizado; REUNI; Trabalho docente nas IFES

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TRABALHO DOCENTE NA EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: algumas considerações sobre as repercussões do REUNI na UFPA e na UFC.

Carla Vaz dos Santos Ribeiro carlavazribeiro@uol.com.br (UFMA) Evelyn Hellen Sousa Costa evelyn.costa18@hotmail.com(UFMA) Rodrigo de Oliveira Dantasrod_odantas@hotmail.com (UFMA)

EIXO 4 – Trabalho docente na expansão da educação superior

Resumo: Este texto analisa a expansão da educação superior, a partir das repercussões

do REUNI no trabalho docente, especialmente no contexto da UFC e UFPA. Realiza uma breve análise sobre as transformações do mundo do trabalho e seus impactos na classe trabalhadora, considerando o docente das IFES, como uma categoria, também, diretamente afetada pelas intensas mutações. Identifica o programa em questão como uma política de educação superior que busca o alcance de melhores resultados quantitativos referente ao aumento de vagas nas IFES, independente da qualidade de ensino e dos impactos nos segmentos dos discentes, técnicos e docentes. Reconhece a reestruturação organizacional imposta pelo REUNI, como um terreno fértil para a intensificação e a precarização do trabalho docente. Constata que mesmo as IFES com expansão na graduação abaixo da média de outras instituições, como a UFC e UFPA, estão sujeitas à elevação da demanda de serviços dos docentes, devido à representativa ampliação de alunos matriculados na pós-graduação e à diminuição do quadro de técnico-administrativos. Conclui sobre a importância de realização de mais estudos para o alcance e compreensão das repercussões do REUNI, em especial, no modo de trabalho e na saúde dos docentes.

Palavras-Chave: Transformações do mundo do trabalho; Trabalho precarizado;

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TRABALHO DOCENTE NA EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: algumas considerações sobre as repercussões do REUNI na UFPA e na UFC.

INTRODUÇÃO

Desde tempos remotos a categoria trabalho tem sido objeto de investigação por diversos pesquisadores, visto que filósofos clássicos, como Aristóteles e Platão, já faziam reflexões a respeito do tema. Atualmente, se realizarmos uma busca rápida lançando como palavra-chave o termo trabalho nos portais seguros que se dispõe, é possível verificar a extensa lista de materiais que fazem referência a tal construto, este aparece articulado com vários campos do saber que vão desde o olhar social que tem como finalidade verificar o modo como a atividade laboral impacta na vida das pessoas, em suas relações, perpassando por uma perspectiva psicológica das implicações no sujeito, até a visão médica tradicional com a preocupação da influência do trabalho na saúde física das pessoas. No entanto, por conta da dificuldade de se compreender as repercussões da atividade laboral na classe trabalhadora somente por uma ótica e frente ao iminente risco de reducionismo, a articulação de diferentes visões se torna imprescindível.

Em virtude disso, considera-se importante, estudos sobre o construto trabalho, pensando não somente em sua amplitude, mas nas especificidades que este concede aos que dele vivem. Nesse sentido, traçamos como objetivo central deste texto analisar as repercussões da expansão da educação superior no trabalho docente, com atenção especial, para duas universidades: a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal do Ceará (UFC).

Cabe informar que este estudo integra um projeto de pesquisa maior intitulado “TRABALHO DOCENTE NA EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: as repercussões do REUNI no trabalho docente e na cultura das IFES”, atualmente no início da pesquisa de campo. Trata-se de um estudo voltado para a investigação dos impactos do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) no trabalhador docente de 6 (seis) IFES – Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade de Brasília (UnB), UFPA e UFC.

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A seleção das instituições referidas ocorreu na direta dependência da análise dos dados extraídos do Relatório de Acompanhamento do REUNI (ANDIFES, 2010). Escolha essa orientada pelo percentual de aumento do número de vagas nos cursos de graduação presencial no período 2006/2010. Somente, a UFMA, não foi incluída neste critério, a sua seleção se deu por ser a instituição sede do grupo que integra a pesquisa. É importante esclarecer ainda, que, a escolha da UFPA e da UFC, para este texto, se deu pelo fato delas se encontrarem entre as IFES com menores índices de aumento do número de vagas nos cursos de graduação nas regiões nordeste e norte.

Para o alcance do nosso objetivo partimos de dois eixos: o primeiro que aborda as principais mudanças ocorridas no mundo do trabalho, sobretudo, na virada do século XX para o XXI, e seus impactos na classe trabalhadora, considerando o docente das IFES, como uma categoria, também, diretamente afetada pelas intensas transformações. E o segundo eixo que analisa o processo de expansão e reestruturação vivenciado pelas IFES e as suas repercussões no trabalho docente e apresenta, no final, análise de fontes documentais da UFPA e UFC fazendo um recorte focado, principalmente, na articulação das categorias trabalho docente e REUNI.

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1- AS MODIFICAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO E AS IMPLICAÇÕES NA CLASSE TRABALHADORA

Desde a antiguidade o trabalho assumiu diversas posições na vida do homem. Bem se sabe que mesmo antes de Cristo as atividades voltadas para a subsistência já estabeleciam uma função que dava sentido a cada um dentro do contexto familiar.

Com o decorrer dos anos, a própria definição de trabalho sofreu diversas modificações estabelecendo, assim, posições diferentes ao sujeito na sociedade. Podemos, por exemplo, citar que o trabalho mecânico, braçal para os filósofos da Grécia Antiga era considerado como algo degradante e inferior, que impedia as pessoas de possuir virtudes. Contrário a isso, as atividades políticas e intelectuais, das quais não se encaixavam na categoria trabalho, era considerado como um exercício enobrecedor do sujeito que o elevava a posição de cidadão na sociedade (BORGES; YAMAMOTO, 2004).

Porém, foi com o advento do sistema capitalista que as mudanças no mundo do trabalho começaram a tomar proporções mais abrangentes. A origem de tal sistema remonta a um processo de mudanças políticas, econômicas e sociais que transformou o modo de produção onde se busca como último fim a lucratividade e o acúmulo de capitais. Com isso, as mercadorias passam a ser valorizadas pela troca, não mais pelo valor de uso, havendo por parte do capitalista, uma busca por maior circulação de bens, pela retenção dos meios de produção e do produto final e por parte do trabalhador, uma procura pela remuneração salarial através da venda de sua força de trabalho.

No início do século XX, Frederick Taylor funda um movimento que teve como proposta substituir os métodos de produção tradicionais por métodos fundamentados em uma administração científica. O taylorismo, como foi denominado, parte da prerrogativa de que a especialização/fragmentação do trabalho leva a uma maior eficiência, como também, defende que na execução das atividades laborais “o trabalhador deve ser poupado de pensar para que possa repetir os movimentos ininterruptamente, ganhando rapidez e exatidão” (BORGES; YAMAMOTO, 2004, p. 35).

Ainda na primeira metade do século XX, Henri Ford se utilizando das ideias de Taylor, desenvolve um processo industrial em sua fábrica automobilística baseado nas linhas de montagens e na produção em série, onde o trabalhador se posicionava diante

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de uma espécie de esteira rolante realizando apenas uma etapa do processo de construção de automóveis.

Tais sistemas tinham como características em comum a rigidez na relação capitalista/trabalhador, uma constante vigilância e controle sobre os trabalhadores no exercício de sua função que era totalmente especializada, calcada na fragmentação das tarefas, levando o indivíduo à alienação laboral gerada por movimentos repetitivos e pelo desconhecimento do produto final que produzia.

Surge então, a partir da década de 70, o modelo toyotista, termo criado a partir da fábrica de automóvel Toyota de origem japonesa.

Na época de seu surgimento, o Japão vivia um processo de reestruturação devido a Segunda Guerra Mundial e o contexto internacional estava inserido numa crise de produção dos modelos taylorista/fordista ocasionada pela “1) destruição de parte dos meios de produção, 2) da busca de novas áreas de exploração lucrativa e 3) do aumento da exploração sobre o trabalho.” (LIMA, 2011, p. 1). Podemos ainda citar que o aparecimento de um novo modelo de produção se deveu a:

tendência decrescente da taxa de lucro decorrente do excesso de produção; o esgotamento do padrão de acumulação taylorista/fordista de produção; a desvalorização do dólar;a crise do Welfare State ou do “Estado de Bem-Estar Social”; a intensificação das lutas sociais (com greves, manifestações de rua) e a crise do petróleo que foi um fator que deu forte impulso a esta crise. (PEDROSO, 2004, p. 1)

Diante disso, os princípios do toyotismo, defendem um modelo de produção descentralizado, enxuto, camuflado pela ideia aparentemente positiva de polivalência. Em oposição à fábrica “gorda” do modelo taylorista/fordista, nasce a fábrica “magra” caracterizada por uma estrutura flexível e transparente capaz de absorver, com um número reduzido de pessoal, as flutuações quantitativas e qualitativas da demanda (CORIAT, 1994).

Em relação ao trabalhador, por um lado se percebe que o vínculo trabalhista torna-se mais flexível, há uma maior abertura para que o trabalhador participe da gestão da empresa. Por outro lado, essa abertura acontece porque a organização busca captar a subjetividade do trabalhador para, não somente aumentar a lucratividade, mas também exercer um controle e uma fiscalização disfarçada. Além disso, é exigido que o trabalhador tenha um domínio cada vez mais amplo da construção do produto, gerando competitividade entre os pares e ainda promovendo instabilidade quanto a sua permanência no cargo.

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Essas mutações no processo produtivo promovem, portanto, uma série de impactos decisivos na classe trabalhadora, como: exigências abusivas de produtividade, flexibilização dos contratos de trabalho, perda de direitos sociais importantes, níveis relativamente altos de desemprego estrutural e enfraquecimento do sindicalismo de classe com o amortecimento das ações de enfrentamento ao binômio intensificação/precarização.

Todo este receituário das mudanças no mundo do trabalho calcado na lógica da fábrica mínima, acompanhado de perto por um discurso que advoga a necessidade de enxugamento também das funções até então atribuídas aos Estados, atingem, profundamente, o serviço público. Ocorre, em muitos países, uma desmontagem do setor produtivo estatal, ondas de privatização tiram setores ainda considerados estratégicos da mão dos Estados nacionais.

A crise do Estado-providência dá lugar a um movimento reformista que tem como proposta básica a substituição do modelo de gestão burocrático pelo gerencial. O Estado passa a conviver com a gradativa incorporação da lógica e dos mecanismos que regem o mundo das empresas privadas com o objetivo de propiciar agilidade, eficiência e qualidade aos serviços.

O movimento em questão, conhecido como gerencialismo, disseminou-se em vários países do mundo e guarda uma estreita relação nas suas ações e valores com a reestruturação produtiva do pós-fordismo (PAULA, 2005).

No Brasil, esse movimento ganhou força no serviço público nos anos 90 do século XX, mais especificamente com a indicação de Bresser-Pereira para assumir o Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE), no governo de Fernando Henrique Cardoso. Em janeiro de 1995, o ex-ministro apresentou o Plano Diretor da Reforma do Estado, dando início ao processo de implantação da administração pública gerencial.

A referida reforma também conhecida como nova administração pública objetivava tornar a administração pública brasileira mais flexível, eficiente, com serviços de melhor qualidade e custos reduzidos, em contraposição à administração burocrática, caracterizada como rígida, onerosa, pesada, ineficiente e prestadora de maus serviços.

Contudo, no lugar de busca de redefinição e aprimoramento do serviço público diante das novas demandas que se apresentam, identifica-se uma tendência à ruptura, corte e substituição; ações bem representadas pelos processos de terceirizações, enxugamentos e privatizações.

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O quadro apresentado nas instituições federais de ensino superior (IFES) – instituições objeto de estudo desta pesquisa – fruto de um processo de reestruturação calcado em uma lógica produtivista importada do setor privado, exemplifica bem as consequências das reformas gerenciais implementadas pelo Estado.

“A idéia de uma universidade gerida nos moldes empresariais, trabalhando com uma semimercadoria no quase-mercado educacional está cada vez mais presente no discurso e nas práticas oficiais das políticas públicas de educação superior.” (SGUISSARDI, 2005, p. 215).

Fala-se em aumento de produtividade, cumprimento de metas inatingíveis, otimização de recursos humanos e de espaços físicos, um discurso todo permeado pela lógica empresarial. Defende-se a implantação de um modelo gerencial em substituição a um burocrático, sem levar em consideração as especificidades de uma instituição pública.

Busca-se implementar nas IFES um processo de reestruturação organizacional sem a imprescindível adequação da infraestrutura, como também, sem a nomeação de servidores em número suficiente para suprir o aumento da demanda de serviços. É a expansão com precarização, visando prioritariamente aumentar o número de vagas ofertadas e os indicadores de produtividade do ensino superior público, deixando de resolver a contento os problemas já existentes.

O REUNI, um plano de reestruturação e de expansão das universidades federais, que será abordado com maior detalhamento no próximo tópico, retrata bem a incorporação, pelo governo, de uma prática gerencialista do setor privado e o quanto as universidades públicas, em especial, o docente – sujeito do nosso estudo – estão sendo afetados por essa lógica mercantilista e produtivista tão característica do mundo do trabalho contemporâneo.

2. O PROGRAMA REUNI E AS REPERCUSSÕES NO TRABALHO DOCENTE 2.1 Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais

O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) foi instituído através do Decreto nº 6.096 pelo Ministério da Educação, em 24 de abril de 2007.

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Dentre os principais objetivos traçados pelo governo para o programa em questão, pode-se destacar: aumentar o número de vagas de ingresso e ocupar vagas ociosas nos cursos de graduação; elevar a taxa de conclusão média dos cursos de graduação para 90%; aumentar a relação professor-aluno nos cursos de graduação para dezoito estudantes por docente; e otimizar o aproveitamento dos recursos humanos e da infraestrutura física.

O programa priorizou dois indicadores de desempenho para a aferição das metas: a taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais e a relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor. Em contrapartida ao cumprimento das metas, o governo propôs um acréscimo nos recursos de custeio e pessoal de cada universidade, limitado a 20%, que seria repassado de forma gradativa durante os cinco anos de vigência do programa e um aumento nos recursos de investimento vinculado ao número de alunos matriculados – montante de matrículas ampliado, sobretudo, nos cursos noturnos, mais recursos alocados.

Nessa perspectiva, o governo implanta nas universidades um termo de pactuação de metas, fixando rígidas regras de desempenho para recebimento de recursos. A utilização do aumento do número de matrículas como condição para o repasse de mais verbas restringe a autonomia das IFES que, frente aos escassos recursos alocados pelo MEC, terminam por se submeter a um modelo de financiamento por contrato baseado em resultados e metas definidos unilateralmente.

Diante da gestão arbitrária de orçamento proposta pelo governo, parte significativa das instituições não visualiza alternativas de enfrentamento. Muitas terminam por “[...] se sujeitarem às imposições do REUNI em troca de verbas adicionais, mas insuficientes, [...] [transformando-se] de modo progressivo e irreversível em universidades de ensino e, saliente-se, oferecendo um ensino de baixa qualidade.” (LÉDA; MANCEBO, 2009, p. 59).

O montante de vagas se amplia, como também a insegurança frente a uma expansão sem um planejamento necessário e compromisso com a qualidade de ensino. Para o REUNI, primeiro eleva-se o número de vagas, depois buscam-se “soluções criativas” para a recepção dos novos alunos, enquanto se aguarda a conclusão das intermináveis obras e a burocrática e racionada nomeação de servidores, tanto técnicos, como docentes.

O improviso surge como regra e as IFES procuram caminhos alternativos para atenuar as repercussões de um programa que aumentou o número de vagas antes da

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indispensável estruturação de um espaço acadêmico para a recepção de um maior quantitativo de alunos. O governo rebate as críticas provenientes das incontáveis dificuldades experimentadas pelas instituições. A então Secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci em entrevista ao Jornal “Folha de São Paulo” em setembro de 2009 compara os problemas enfrentados com a implementação do REUNI com a reforma de uma casa:

[...] Primeiro tem aquela poeira, ninguém gosta. Mas quando você lembra que vai ficar bonito, você entende. Nesse caso, além da escola ficar mais bonita, ela vai ficar mais equipada, e o mais importante, receberá mais alunos. A poeira é um incômodo mínimo perto da melhoria promovida. (BUCCI, 2009).

Talvez o que a referida Secretária tenha esquecido é que a “poeira de obra” pode comprometer a qualidade da formação de muitos futuros profissionais, elemento que não pode ser considerado como “um incômodo mínimo perto da melhoria promovida”.

Os percalços relacionados à utilização dos recursos de investimento, não atingiu somente o andamento das obras e a entrega de novas salas de aula, mas a compra de equipamentos, a instalação de laboratórios, enfim, a estruturação de todo um espaço necessário para realização das atividades acadêmicas projetadas pela expansão.

Como mais um agravante, as situações adversas provocadas pela reestruturação traçada pelo REUNI não ficam restritas à falta e a inadequação de infraestrutura. Frente à meta de expansão do número de alunos matriculados nas IFES, a situação do já deficitário quadro de professores tende a ficar ainda mais crítica. Mesmo com a realização de novos concursos e a ampliação do efetivo de docentes prevista pelas diretrizes do programa, a carência desses profissionais não é atenuada. Conclui-se, que nessa perspectiva, o número já insuficiente de docentes tenha ficado proporcionalmente menor do que em 2008, ano de início da implementação do REUNI.

Diante do exposto, pode-se afirmar que, a reestruturação organizacional imposta pelo REUNI, configura-se como um terreno fértil para a intensificação e a precarização do trabalho docente, tema central a ser abordado no próximo tópico.

2.2 - A intensificação e precarização do trabalho docente em tempos de REUNI

Para uma melhor compreensão da intensificação e precarização do trabalho docente, torna-se essencial destacar que muito do que essa categoria vivencia atualmente é apenas reflexo de um contexto bem maior (LIMA, 2011).

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Desse modo, entendemos que o cotidiano laboral dos docentes nas IFES tem sido delineado pelo contorno de uma lógica mercantil que tem favorecido o aparecimento de uma nova cultura universitária. Esse processo de reestruturação produtiva traz consigo os moldes do setor privado para o contexto público através da flexibilização dos vínculos empregatícios, da ênfase no quantitativo e da forte exigência de cumprimento de metas produtivistas. (BORSOI, 2012).

LIMA (2011) alerta sobre os riscos gerados pelo aprofundamento da privatização interna das universidades públicas nos últimos anos, citando como exemplos: o problema da venda de “serviços educacionais” como cursos pagos (lato sensu) e a formação de parcerias entre universidades e empresas. A autora sinaliza que a entrada de recursos privados na instituição tem levado parte dos professores a garantir uma complementação salarial, contudo, esse acesso a um “dinheiro extra” esvazia as ações coletivas voltadas para a reivindicação de melhores condições de trabalho, salário e carreira. Além do que, para receberem uma remuneração razoável precisam assumir mais atividades, mais compromissos, caracterizando assimum movimento crescente de intensificação da atividade laboral, que demanda maior dispêndio de energia física e psíquica para dar conta do “plus”, de “mais trabalho” (ROSSO, 2008)

Uma tendência recorrente dessa reestruturação do ensino superior pode ser demonstrada no aumento considerável do número de alunos por professor, que fica dividido entre orientações de estágio, de trabalhos de iniciação científica, de conclusão de curso de graduação, dissertações e teses; fora outras atividades acadêmicas e administrativas.

Tal como se constitui o trabalho no campo privado, é possível perceber que a nova configuração estatal tem trazido aos professores das IFES uma “exigência desmedida de produtividade” (BORSOI, 2012, p. 88) que impõe um novo método de mensuração do valor do docente baseado na quantidade de publicações científicas (artigos, relatórios científicos, livros, outros).

Como fruto dessa primazia pelo quantitativo – que diferencia através de critérios questionáveis “docentes produtivos” de “docentes improdutivos” – a instauração da competitividade acaba por promover um ambiente de trabalho caracterizado por relações pessoais degradadas, somadas a uma visível naturalização da rivalidade entre os pares. Cria-se assim um terreno fértil para o surgimento das patologias da solidão, termo empregado por Christophe Dejours (2011) para designar um novo grupo de

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patologias relacionadas ao trabalho, acentuadas pela fragilização do coletivo e pela recusa de atos de apoio e solidariedade.

Tais questões retratam o contexto laboral do professor nas IFES, revelando um trabalho intensificado e precarizado que acarretam numa “superexploração do trabalho docente” (CISLAGHI, 2011, p. 165).

As consequências de todo esse processo são múltiplas para um professor universitário e, pelo menos três aspectos – intrinsecamente relacionados - merecem consideração: a precarização do trabalho, a flexibilização das tarefas e uma nova relação que se estabelece com o tempo de trabalho. (MANCEBO, 2007, p.77)

Além de ter que lidar com todas estas tendências citadas, tais profissionais ainda necessitam dividir seu tempo de trabalho com questões administrativas e burocráticas que acabam por trazer dificuldade em estabelecer o limite de seu horário de trabalho, gerando interferência em outras esferas de sua vida.

Borsoi (2012, p.83) aponta que o trabalho docente por sua natureza permite que os professores o realize também “fora do ambiente institucional [e] extrapole amiúde os limites específicos da jornada regimental contratada [...] um computador conectado à internet e um telefone são suficientes para que mantenham seu elo com a instituição, onde quer que estejam.” Nessa perspectiva, o trabalho noite adentro, nos finais de semana, férias e feriados, se confundem com o trabalho exigido pela jornada regulamentar, por vezes, o docente não percebe a invasão do seu tempo livre pelo tempo de trabalho, apontando como um dos pontos positivos da sua atividade profissional a flexibilidade de horários que possui para a realização de suas atividades.

Um fator que merece destaque é quanto ao reflexo dessa sobrecarga na saúde do trabalhador docente. Uma vez que levado pela lógica da produtividade, o aparecimento de doenças relacionadas ao trabalho – como, problemas vocais, aumento de pressão arterial, exaustão física, enxaquecas, estresse, burnout, depressão, dentre outras relacionadas a essa categoria – pode comprometer qualitativamente seu modo de trabalho, inclusive sem que este profissional reflita criticamente sobre as influências da sua atividade em sua saúde.

Cabe, portanto, serem analisados mais de perto contextos que possibilitem uma melhor investigação destas informações e que apontem ainda peculiaridades que venham a enriquecer o conhecimento acerca do trabalho docente.

Pensando nisso, partimos para a análise do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades – REUNI, elaborado pelo governo federal

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como medida de aceleração do crescimento, e as implicações deste nos docentes da Universidade Federal do Ceará – UFC – e da Universidade Federal do Pará – UFPA.

3 - O REUNI na UFPA e na UFC

A UFPA e a UFC se encontram entre as universidades, das regiões norte e nordeste, com menores percentuais de aumento do número de vagas nos cursos de graduação presencial no período 2006/2010 (ANDIFES, 2010). Elas apresentam como especificidade o fato de já serem, antes do REUNI, consideradas instituições de grande porte e com uma pós-graduação consolidada.

A UFPA, com os seus 56 anos de existência, sempre buscando desenvolver pesquisas, aproveitando as potencialidades da região, detém o maior centro de pesquisa sobre Amazônia do país. Em 2007, ano em que antecede a implantação do REUNI, ela era composta por 9 campi, 240 cursos de graduação e 55 cursos de pós-graduação. Existiam 3.406 alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu e 31.174 alunos matriculados na graduação. Para atender a demanda de trabalho, a universidade contava com o quadro de 1.776 docentes e 2.362 técnico-administrativos.

Já a UFC, com 58 anos de história, é considerada uma das instituições de ensino superior mais respeitada do Ceará e da região nordeste. Em 2007, a UFC era composta por 69 cursos de pós-graduações stricto sensu e 70 cursos de graduação distribuídos por 6 campi. Existiam 2.377 alunos matriculados na pós-graduação stricto sensu e 20.520 na graduação. Para atender as necessidades da universidade havia 1.749 professores e 3.437 técnico-administrativos.

Ainda que, essas duas universidades tenham crescido menos em relação às outras IFES da região norte e nordeste, é possível perceber que o número de alunos matriculados na graduação expandiu consideravelmente. Isso pode ser visto na tabela abaixo, que mostra o número de alunos matriculados durante o período do REUNI e o aumento percentual entre o início do programa e o ano de 2011:

2007 2008 2009 2010 2011 %

UFPA 31.174 30.297 30.445 32.169 34.525 10,7%

UFC 20.520 20.991 23.300 24.634 25.467 24,1%

Tabela 1: Crescimento do número de alunos matriculados (2007-2011) e a diferença percentual entre 2007 e 2011. Fonte: UFPA em números e UFC em números - base 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011

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O crescimento do número de alunos de graduação está relacionado com o grande número de cursos que foram abertos durante esse período, pois de 2007 até 2011, os cursos da UFPA passaram de 240 para 352, um acréscimo de 46%; já os cursos da UFC passaram de 70 para 101, significando um acréscimo de 44,2%.

O ideal seria que o aumento do número de discentes viesse acompanhado com o aumento em igual escala do número de servidores, para não se criar uma sobrecarga de trabalho para os técnicos e docentes da universidade. Entretanto, as tabelas abaixo mostram uma situação diferente do ideal:

2007 2008 2009 2010 2011 %

UFPA 1.776 1.858 2.097 2.154 2.266 27,5%

UFC 1.322 1.419 1.651 1.842 1.865 41,0%

Tabela 2: Crescimento do número de professores do quadro (2007-2011) e a diferença percentual entre 2007 e 2011. Fonte: UFPA em números e UFC em números - base 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011.

2007 2008 2009 2010 2011 %

UFPA 2.362 2.454 2.373 2.309 2.304 -2,4%

UFC 3.437 3.458 3.420 3.408 3.466 0,8%

Tabela 3: Crescimento do número de técnico-administrativos (2007-2011) e a diferença percentual entre 2007 e 2011. Fonte: UFPA em números e UFC em números - base 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011

As tabelas 2 e 3 retratam a mudança do número de professores e de técnicos, do ano de 2007 até o ano de 2011. Pode-se perceber que nas duas universidades o quadro de técnico-administrativos não cresceu de forma proporcional ao número alunos, e em relação a UFPA, o número de técnicos, ainda, decresceu

Outro elemento a ser considerado é a significativa expansão dos cursos de pós-graduação nestas instituições. Na UFPA o número de pós-graduações stricto sensu aumentou de 55 para 77, gerando um aumento de 40%; com a UFC o número de cursos passou de 69 pra 97, criando um aumento de 40,5%. Consequentemente, isso elevou bastante o número de alunos da pós-graduação, como mostra a tabela abaixo:

2007 2008 2009 2010 2011 %

UFPA 2.457 2.174 2.533 4.012 3.406 38,6%

UFC 2.377 3.172 3.610 3.568 4.700 97,7%

Tabela 4: Crescimento do número de alunos de Pós-graduação stricto sensu (2007-2011) e a diferença percentual entre 2007 e 2011. Fonte: UFPA em números e UFC em números - base 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011

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O representativo aumento de alunos na pós-graduação, somado com o número insuficiente de servidores técnicos e docentes, sobrecarregam ainda mais o já deficitário quadro de trabalhadores das IFES. É essencial sinalizar que os professores que estão na pós-graduação – assumem orientandos, disciplinas, publicam artigos, correm atrás de editais para conseguir financiamento para suas pesquisas – são responsáveis também, por atividades na graduação.

O docente que realiza uma boa articulação da graduação com a pós, é visto com bons olhos pela CAPES. É o trabalhador polivalente, multitarefas, é o professor “produtivo” bem alinhado com o modelo gerencialista importado do setor privado.

Essa tendência de intensificação de trabalho da categoria pode ser percebida no estudo feito por MEDEIROS (2012) sobre o REUNI na UFPA, onde alguns de seus entrevistados são ao mesmo tempo docentes da graduação e da pós-graduação, e relatam uma vida atravessada pela lógica da produtividade, após o inicio do REUNI: “além das aulas na pós e na graduação, [os professores] fazem orientação de dissertações e teses, fazem pesquisas, vivem elaborando projetos para concorrer a editais. Fazem relatórios, produzem artigos, livros, para atender a CAPES quanto a publicação.” (MEDEIROS, 2012, p.272).

Nessa perspectiva, o baixo número de técnico-administrativos nessas duas universidades contribui ainda mais para a intensificação do trabalho desses docentes, pois tarefas que antes eram realizadas pelos técnicos passaram a ser realizadas pelos professores.SILVA JUNIOR (2009) ao falar sobre as novas relações entre os técnico-administrativos e os professores, relata que muitas funções de competências dos técnicos foram repassadas, principalmente, para os professores pesquisadores e sinaliza que:

1) os muitos pareceres emitidos são feitos diretamente, via eletrônica, com agências de fomento ou com revistas, dispensando o trabalho dos funcionários técnico-administrativos; 2) o preenchimento de planilhas de notas de avaliação de alunos on-line; e 3) a apresentação do programa da disciplina on-line, por meio de formulários eletrônicos que “obrigam” o professor a apresentar com rigor seu objetivo e estratégias para o curso que ministrar (SILVA JUNIOR, 2009,p.167).

Desse modo, os dados aqui expostos sobre a UFPA e a UFC retratam um panorama diferenciado das outras universidades que aderiram ao REUNI, pois como já foi dito, elas apresentam um dos menores índices de crescimento de número de vagas de graduação da região norte e nordeste. Ainda assim, os dados revelam uma situação

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preocupante, pois estas universidades tiveram um aumento, seja nas atividades da graduação, como também da pós-graduação, sem que houvesse um aumento de mesma escala na contratação de servidores do quadro.

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisar as repercussões do REUNI tão próximo do seu término oficial, dezembro de 2012, constitui-se um grande desafio. Sobretudo, por se tratar de um programa implementado pelo governo federal, que dificilmente consegue – em função dos entraves burocráticos da máquina pública e do atravessamento de interesses políticos – cumprir a rigor prazos e metas determinados no seu planejamento.

Mesmo, com seus 5 anos para execução findados (2008 a 2012), a percepção de um REUNI inacabado ainda está bem presente nas IFES, seja, nos prédios ainda em construção, ou no aguardo de infraestrutura adequada para recepção de novos cursos e alunos, como: a instalação de laboratórios, bibliotecas e restaurantes. Esse traço do “inconcluso” fica mais evidente ainda nos novos campi do interior, que são diretamente afetados pelas condições improvisadas e precárias de funcionamento.

Fazendo um recorte para as IFES selecionadas para este estudo, é visível como esse processo está ainda em curso. Como exemplo, pode-se citar os dois novos campi da UFC, situados nas cidades de Cratéus e Russas, criados em 2012 e que sem dúvida enfrentarão, ainda, grandes desafios para se estruturarem.

Vale ressaltar que não se discorda da necessidade urgente da ampliação de acesso ao ensino superior público. O foco da nossa crítica não se dirige a expansão pura e simplesmente, mas ao modelo que a sustenta. Precisamos analisar os reais propósitos do REUNI e reconhecer que este programa não é apenas um plano de reestruturação e expansão, é muito mais que isto, representa uma política calcada em uma lógica mercantil, bem afinada com os princípios da administração gerencialista que visa prioritariamente reduzir custos e otimizar recursos.

Constitui-se, desse modo, uma política de educação superior que pragmaticamente busca o alcance de melhores resultados quantitativos referente ao aumento de vagas nas IFES, independente da qualidade de ensino e dos impactos desse processo nos segmentos dos discentes, técnicos e docentes.

Frente a relevância do problema, cabe, uma análise mais aprofundada das possíveis repercussões do REUNI no trabalho docente e na cultura das IFES, com

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atenção especial, para duas universidades em questão, a UFPA e a UFC. A etapa da pesquisa de campo prevista para se concretizar ainda neste semestre, comparece, assim, como imprescindível para uma melhor alcance e compreensão dos impactos do REUNI.

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Referências

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