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(1)

Departamento de Tecelagem Análise de Tecido

ANALISTA: ...

Moritz.

... DATA DE INÍCIO:.

..24.../...07.../...2002...

AMOSTRA N

°

: ...

01

...... DATA DO FIM: .

..30.../...07.../...2002...

I – DADOS INICIAIS NOME COMERCIAL: ...

Brim

... TIPO: ...

Sarja.

... 1. Largura do tecido acabado: a) em pol ...

35,75”

... b) em cm ...

90,8 cm.

... 2. Densidade: 3. Armações: Testes URDIMENTO TRAMA OURELA FUNDO Cm Pol Cm Pol 1

26

16

2

25

15

3

24

15

4

25

16

5

24

16

Média

25

16

4. Passamento por malha do fundo: ....

1

...

Passamento por malha da ourela: ....

2

...

5. Largura da ourela : ...

0,6 cm

... Fios da ourela: ...

32

...

6. Relação de densidade ourela/fundo: ...

53/25 = 2/1

... Passamento por pua do fundo : ...

2

...

Passamento por pua da ourela: ...

4

...

7. Percentagem de alongamento da trama = ___

10 ( 10,8 – 10 ) / 10

______ = ...

8%

...

Percentagem de alongamento do urdume = ___

10 ( 10,4 – 10 ) / 10

_____ = ...

4%

...

8. Largura do urdimento no pente = ___

90,8 ( 100 + 8 ) / 100

____________ = ...

98,06 cm

... 9. Puas totais = ___

25 x 90,8 / 2

________ = ...

1135

...

10. Número do pente = ___

1135 x 10 / 98,06

___ = ...

115, 7 = 116 / 10

... 11. Puas totais revisadas = ___

116 x 98,06 / 10

_ = ...

1137, 5 = 1138

... 12. Puas de ourela = __

32 x 2 / 4

______ = ...

16

... Puas de fundo = __

1138 - 16

________ = ...

1122

... 13. Fios de ourela = __

32 x 2

____________ = ...

64

... Fios de fundo = __1122

x 2

__________ = ...

2244

... 14. Fios totais = ___

2244 + 64

________ = ...

2308

... 15. Peso da amostra : ...

1,0281 g

...

(2)

Área da amostra : ...

100 cm

2... 16. Títulos : Ourela = ___________________________ = ...

Fundo = __

5 ( 100 + 4 ) x 0,59 / 100 x 0,102

__ = ...

30,07 = 30’s Ne

... Trama = __

5 ( 100 + 8 ) x 0,59 / 100 x 0,1595

_ = ...

19,97 = 20’s Ne

... 17. Tipo de torção : Urdimento : ...

Z

... Trama : ...

Z

...

URDIÇÃO

Conforme você já estudou, existem dois tipos de urdição, que são:

1 – Urdição Seccional 2 – Urdição Contínua

Cada tipo de urdição tem seu uso e a justificativa que define porque está sendo utilizada. Os principais objetivos deste processo são:

–Preparar o fio de urdume para que ele possa ser utilizado posteriormente na tecelagem.

–Consiste em reunir parte ou a totalidade dos fios de urdume necessários para se fazer um determinado tecido.

–Consiste em colocar parte ou todos os fios de urdume necessários paralelamente, em uma embalagem, chamada de rolo de urdume.

URDIÇÃO SECCIONAL

Este tipo de urdição têm como finalidade:

1. Reunir uma grande quantidade de embalagens, enrolando os fios em forma de seção, dispostos um ao lado do outro.

2. Produzir um rolo de urdimento que contenha todos os fios necessários ao tecido e com comprimento e largura pré determinados.

Neste tipo de urdideira, o urdume é produzido em seções que são chamadas de fitas. Cada fita, com um determinado número de fios, é enrolada lado a lado, sobre um tambor, até obtermos o número total de fios necessários ao tecido, e posteriormente são transferidos para o rolo do tear.

A urdição seccional é o processo industrial utilizado para a preparação de pequenas metragens de fios de urdimento, normalmente fios retorcidos, ou filamentos que não precisam engomar.

(3)

Os fios são agrupados em seções ou fitas perfazendo o número total de fios do rolo de urdimento, que se destinam à feitura de tecidos crus, listrados e xadrezes, mais usado para rolos com fios tintos e com padrões complexos.

Para este tipo de urdição as gaiolas tem capacidade menor, e permitem trabalhar com os mais diferentes tipos de fios. Nas gaiolas mais antigas era muito usado o carretel, cujo desenrolamento é perpendicular. Com a utilização de alta velocidade foi necessário trabalhar com o desenrolamento axial. Ainda hoje são encontradas urdideiras seccionais alimentadas com carretel, principalmente quando se trabalha com seda.

O tambor da urdideira seccional possui um conjunto de esquadros formando uma espécie de flange cônico. A fitas, ao serem enroladas sobre o tambor, tem um deslocamento lateral sincronizado com o enrolamento, e é regulável. Este deslocamento faz com que a primeira fita, que inicia na base dos esquadros, ao ser produzida é enrolada sobre estes esquadros, não permitindo que os fios das laterais caiam. As demais fitas, são enroladas sobre a conicidade formada pela fita anterior.

Os fio vindos da gaiola, além de passarem pelos tensores e parada automática por ruptura, passam também pelo pente de cruz e pente condensador.

Pente de cruz – Tem a finalidade de permitir a colocação de barbantes de cruz, que facilitam os processos seguintes.

Pente condensador – Tem a finalidade de estabelecer a largura da fita, proporcionando a densidade do urdume bem como a largura do rolo de urdume. Estes pente podem ter o formato em “V” ou paralelo.

Este tipo de urdideira é mais indicado para: 1. Fios retorcidos,

2. Pequenas metragens,

3. Listrados, principalmente com padrões complexos, 4. Filamentos contínuos,

(4)

5. Urdume que não necessita ser engomado.

Também pode ser usada para urdumes que necessitam de engomagem, e nestes casos, teremos que usar um pente de cruz apropriado.

A metragem máxima de urdume, produzido na urdideira seccional, é limitada pelo tipo de máquina que esta sendo utilizada, e pode chegar a aproximadamente 10.000 metros.

Para entender melhor o processo de urdição seccional, vamos utilizar o exemplo de um urdume com as características do tecido analisado na primeira folha da análise, onde temos:

FT = 2454 LUP = 98,06 cm

Título do urdume = 30’s Ne

A urdideira a ser usada tem uma gaiola com capacidade máxima de 400 cones. Isto quer dizer que cada fita terá o máximo de 400 fios.

Com isto podemos afirmar que, para produzir o urdume desejado, será necessário fazer 6 fitas com 400 fios e uma fita com 54 fios.

Esta condição de produção, acarreta alguns problemas, tais como:

- a diferença no número de fios que é prejudicial para a qualidade do enrolamento; - a sobra de tocos de cone no final da urdição, entre outros.

A fim de minimizar estes problemas é mais indicado que se trabalhe com uma quantidade de fios por fita o mais próximo possível, e com número par de fios, devido a formação da cruz, que será visto posteriormente.

Portanto teremos:

Ou seja: - 5 fitas com 384 fios e - 1 fitas com 388 fios.

Veja nas informações, a seguir, como será o processo de urdição destes urdume. A urdideira seccional possui um tambor, sobre o

qual o urdume será enrolado e em uma das extremidades deste tambor, existe um conjunto de esquadros que formam um cone, também chamados de facas.

(5)

A primeira fita será enrolada sobre o cone, começando o seu enrolamento no início dos esquadros (no início do cone) e, dependendo do comprimento do urdume, terminará em um ponto diferente sobre os esquadros.

Ao terminar o enrolamento da fita, com o comprimento desejado, cortamos o conjunto de fios e prendemos a ponta sobre a fita enrolada.

Quanto maior o comprimento do urdume, mais para o final do cone irá terminar o enrolamento da primeira fita.

Para orientar a posição de enrolamento da fita sobre o tambor, existe o pente condensador, que é deslocado automaticamente, em direção ao final do cone, à medida que o urdume vai sendo enrolado.

Com este deslocamento automático, um lado da fita monta sobre o cone do tambor e o outro lado forma um cone igual ao do tambor.

Após completada a primeira fita, de acordo com o comprimento do urdume desejado, passamos para o enrolamento da segunda fita.

A segunda fita começa a ser enrolada ao lado do início da primeira e, à medida que é enrolada, o pente condensador vai se deslocando na direção da primeira, montando a segunda fita sobre o cone formado pela primeira.

(6)

Como as duas primeiras fitas têm 384 fios cada, neste ponto da urdição, já teremos enrolado sobre o tambor um total de 768 fios do nosso urdume, lado a lado, e com o mesmo comprimento.

O restante das fitas continuam sendo enroladas, lado a lado, começando sempre ao lado do início da última fita produzida, montando sobre o cone formado pela última fita, e terminando com a mesma metragem das anteriores.

Ao final do enrolamento da sexta fita, teremos:

O próximo passo será a transferência do urdume, que está sobre o tambor, para o rolo do tear. Para isto, teremos que posicionar os flanges do rolo, dando a distância, entre flanges, igual a largura do urdume no tambor.

Colocamos o rolo do tear na máquina, prendemos as pontas das fitas neste rolo e acionando a máquina, o rolo irá receber um movimento de rotação, puxando o urdume do tambor e enrolando sobre o núcleo do rolo. O tambor possui um sistema de freio que se destina a dar tensão no urdume no momento da transferência. Esta tensão é dada de acordo com o tipo de urdume e a dureza desejada no rolo.

O rolo do tear recebe o movimento de rotação, para o enrolamento e um deslocamento automático, em sentido contrário ao do pente condensador, para compensar a posição das fitas à medida que vão sendo desenroladas.

(7)

Algumas máquinas apresentam o ângulo do cone fixo, e nestes casos o deslocamento preciso do pente condensador é controlado por Microprocessador.

Outros modelos de máquinas apresentam o cone regulável, isto é, podemos alterar a altura dos esquadros em função do urdume a ser produzido. Nestes casos diz-se que o Angulo do cone é regulável.

Cone fixo

Cone regulável

O angulo formado pelos esquadros (ângulo do cone) é alterado em função da densidade da fita, título do fio e deslocamento do carro ( deslocamento do pente condensador). Para obtermos o ângulo do cone adequado para o tipo de urdume, temos que calcular a altura das facas.

(8)

Como calcular a altura das facas?

Para calcular a altura das facas, em conseqüência o angulo do cone, utilizamos uma formula, indicada por um fabricante de urdideira seccional, que a seguinte:

Fios por centímetro na fita.

Este valor esta relacionado com o pente condensador usado e largura da fita.

Quando usamos pente condensador “Reto”, é indicado que o número do pente seja igual ao número do pente do tear, com o mesmo passamento por pua do fundo, usado no tecido.

Para o nosso exemplo teremos um pente 116/10 com passamento por pua igual a 2, o que nos dará uma densidade de 23,2 fios/cm.

Comprimento das facas.

Este dado deverá ser obtido na máquina, medindo o tamanho das facas que dependerá do modelo de máquina que esta sendo utilizada. Exemplo = 580 mm.

Título métrico.

Teremos que transformar o título do fio para o sistema métrico. Exemplo: Título do urdume = 30’s Ne

Título Nm = 30 X 1,693 = 50,8 ou 30 / 0,59 = 50,8 Avanço do carro em mm/volta.

Teremos que verificar qual o deslocamento do carro, no qual está fixado o pente condensador, para cada volta do tambor. Em alguns tipos de urdideira este deslocamento é único, em quanto que em outros ele pode ser modificado.

A máquina Comelato Roncato modelo P220A, possui uma tabela com vários deslocamentos, sendo que cada um tem um limite de metragem possível de ser enrolada, em função do número máximo de voltas do tambor.

(9)

Escala de deslocamento Mm por volta Total de voltas Comprimento do urdume 1 2,15 270 685 2 2,00 387 728 3 1,79 327 830 4 1,59 365 927 5 1,20 483 1226 6 0,81 716 1818 7 0,60 966 2453 8 0,40 1450 3683 9 0,18 3130 7950

Para a escolha de uma das escalas de deslocamento, teremos que considerar dois fatores importantes:

1 – A altura máxima das facas deve ser de aproximadamente 200 mm, devido ao espaço livre existente na máquina.

2 – O comprimento máximo de urdume que poderá ser produzido, conforme a tabela. Para o nosso exemplo teremos:

Escala de deslocamento 1 Escala de deslocamento 8 Escala de deslocamento 9

Observações:

1 - Na escala de deslocamento 1, poderemos trabalhar com um máximo de 685 metros de urdume. 2 - Na escala de deslocamento 8, poderemos trabalhar com um máximo de 3683 metros de urdume.

3 - Na escala de deslocamento 9, não poderemos trabalhar, pois a altura das facas ultrapassa o limite de espaço existente na máquina.

4 - Qualquer uma das escalas de deslocamento de 1 a 8, podem ser utilizadas para o nosso exemplo, onde teremos, apenas, que considerar o comprimento do urdume a ser produzido.

5 - Quanto maior a altura das facas, maior será a conicidade formada e, em função do tipo de fio em trabalho, isto poderá acarretar problemas na qualidade da urdição.

Após determinada a altura das facas, teremos que regular as mesmas, de acordo com a medida desejada, medindo na extremidade da faca.

(10)

O pente condensador, além de orientar o enrolamento das fitas sobre o tambor, também é o responsável pela largura das fitas.

Um dado importante na urdição é a largura total do urdume, ou seja, a largura que o total das fitas terá sobre o tambor, que deve ser no mínimo igual a LUP.

É recomendado que o rolo de urdume tenha uma largura maior que LUP.

Este aumento na largura do rolo de urdume tem a finalidade de fazer com que os fios de ourela não atritem no flange do rolo, quando o urdume é desenrolado no tear. Este aumento deve ser de no mínimo 5 centímetros.

Portanto teremos:

Largura do rolo de urdume = LUP + 5 cm

Considerando que o nosso exemplo tem um LUP = 98,06 cm, termos: Largura do rolo de urdume = 98,06 + 5 = 103,06 cm

Para que este conceito seja considerado, temos que verificar se o pente condensador é “Reto” ou com formado e “V”. Quando trabalhamos com pente “Reto”, será necessário calcular o número do pente condensador. Desta forma será alterado os dados utilizados no cálculo da altura das facas, pois o número de fios por centímetro na fita será alterado.

Considerando a alternativa indicada anteriormente, onde o pente condensador tem o mesmo número do pente do tear, com o passamento por pua igual ao do fundo, como ficará a largura do rolo de urdume:

Pente 116/10 com passamento por pua igual a 2, dará 23,2 fios/cm. Largura das fitas 1 a 5 = 384 / 23,2 = 16,55 cm

Largura da fita 6 = 388 / 23,2 = 16,72 cm Somatório total = (16,55 X 5) + 16,72 = 99,47 cm

Se compararmos o somatório, que será igual a largura do urdume sobre o tambor, com o LUP, verificamos que tivemos um aumento de largura, porém não chegou aos 5 cm desejados.

Para obtermos a largura desejada teremos que calcular o número do pente condensador. Cálculo do número do pente condensador:

Largura do rolo de urdume = 98,06 + 5 = 103,06 Total de fios a ser urdido = 2308

Fios por cm no rolo = 2308 / 103,06 = 22,4 fios/cm

Portanto, poderemos utilizar:

Pente 112/10 com passamento por pua = 2 Pente 74/10 com passamento por pua = 3 Pente 56/10 com passamento por pua = 4

Neste caso a quantidade de fios por fita continua sendo as mesmas calculadas anteriormente e, fios por centímetro na fita, para o cálculo da altura das facas, passa ser igual a 22,4.

(11)

Quando o pente condensador é Reto, a largura da fita depende da quantidade de fios por fita, do número do pente e do passamento por pua utilizado.

Exemplo:

- 5 fitas com 384 fios - 1 fita com 388 fios - Número do pente = 112/10 - Pass./pua = 2

- Fios/cm na fita = 22,4

- Largura das fitas 1 a 5 = 384 / 22,4 = 17,14 cm - Largura da fita 5 = 388 / 22,4 = 17,32 cm

- Largura do rolo = (17,14 X 5 ) + 17,32 = 103,02 cm

Importante - Sempre teremos uma pequena diferença na largura total, que não é prejudicial ao trabalho.

Quando trabalhamos com pente condensador de formato em “V”, teremos a largura das fitas em função de três pontos:

1 – O número do pente.

2 – O passamento por pua no pente. 3 – A variação de abertura do pente.

Neste caso é comum trabalhar com um único pente condensador, combinado-se o passamento por pua e abertura do pente, para obter a densidade da fita (fios/cm) desejada.

Para o nosso exemplo teremos que considerar: Largura do rolo de urdume = 98,06 + 5 = 103,06 cm Total de fios a ser urdido = 2308

Fios por cm no rolo = 2308 / 103,06 = 22,4 fios/cm

Se utilizarmos um pente de número 60/10, ou seja, 6 puas/cm totalmente aberto, teremos as seguintes densidades nas fitas:

(12)

Passamento por pua = 1, dará 6 fios por cm com o pente totalmente aberto. Passamento por pua = 2, dará 12 fios por cm com o pente totalmente aberto. Passamento por pua = 3, dará 18 fios por cm com o pente totalmente aberto.

Se considerarmos que o pente, com o máximo de fechamento possível, eqüivale a 20 puas em 10 cm, teremos as seguintes densidades nas fitas:

Passamento por pua = 1, dará 20 fios por cm com o pente totalmente fechado. Passamento por pua = 2, dará 40 fios por cm com o pente totalmente fechado. Passamento por pua = 3, dará 60 fios por cm com o pente totalmente fechado.

Este exemplo permite que se trabalhe com o número de fios/cm nas fitas, variando de 6 até 60 fios, alterando-se, apenas, o passamento por pua e a abertura do pente.

Para o exemplo de urdume utilizado até o momento, teremos que usar a alternativa onde o passamento por pua é 2. Neste caso a densidade da fita pode variar de 12 a 40 fios/cm.

Como a densidade da fita, para o urdume que desejamos produzir, é 22,4 fios/cm, resta calcular a largura da fita, para que possa ser regulada a abertura do pente “V”.

Considerando a primeira fita, que terá 384 fios, temos: Largura da fita = 384 / 22,4 = 17,14 cm

A abertura do pente deverá ser regulada para que os fios da fita ocupem um espaço de 17,14 cm.

Importante:

Esta regulagem não poderá mais ser alterada até o final da produção do rolo, ou seja, até o final do enrolamento da ultima fita.

Sendo a largura do rolo de urdume igual a 103,06 cm teremos:

Largura ocupada pelas fitas 1 até a 5 = 17,14 X 5 = 85,7 cm

Na sexta fita termos que colocar mais 4 fios e, por este motivo, ela terá uma largura um pouco maior, pois não poderemos alterar a abertura do pente.

Largura ocupada pela fita 6 = (388 / 22,4) = 17,32 cm

(13)

Novamente podemos observar que a largura não é exatamente a desejada, porém a pequena diferença existente, não acarretara problemas.

Os fios que vêm da gaiola da urdideira, antes de passar pelo pente condensador, passam por um pente chamado de “Pente de Cruz”.

O que é o pente de cruz?

O Pente de Cruz é um pente que possui puas totalmente abertas e puas com um ponto fechado. Este ponto fechado é obtido através de uma solda branca, ligando duas laminas do pente.

O pente de cruz poderá ser do tipo 1 X 1 ou formador de camadas.

O pente de cruz 1 X 1 se destina a formar uma cruz 1 X 1 entre os fios de urdume.

Parta formar a cruz 1 X 1, no início do enrolamento da fita, quando colocamos cruz intermediária, ou ainda no final do enrolamento, temos que interromper o enrolamento e mantendo os fios esticados, executaremos as seguintes operações:

(14)

1 – Levantar a camada de fios da fita até abrir os fios em dois grupos. 2 – Passar através, da abertura formada, na frente do pente condensador, um barbante. 3 – Abaixar a camada de fios da fita até abrir os fios em dois grupos. Agora os fios que estavam na camada de cima, passaram para baixo. 4 – Colocar outro barbante na abertura formada e na frente do pente condensador.

Feitas as operações teríamos a cruz 1 X 1 nos fios de urdume contidos em uma fita. Para as outras fitas, repete-se as mesmas operações.

O pente formador de camadas se destina a dividir o urdume em várias camadas. Este pente é usado quando o urdume, produzido na urdideira seccional, será engomado.

O número de camadas dependerá do número de divisórias das puas do pente1. Ele também permite que se faça a cruz 1 X 1.

Ex. : Pente para 4 camadas e cruz 1 X 1.

Neste tipo de pente, para formar camadas, basta que, com os fios esticados, levante-se a camada de fios da fita, formando tantas camadas quantas o pente permitir. Em cada abertura, coloca-se um barbante que será substituído por uma vareta de separação na engomadeira.

Comprimento do Urdume

Este item deve ser estabelecido em função da capacidade da urdideira ou de acordo com o pedido a ser atendido.

As urdideiras seccional, trabalham com relógios que controlam a metragem enrolada ou o número de voltas do tambor.

Quando o controle da metragem é feito pelo número de voltas do tambor, teremos que calcular o número de voltas necessário para uma determinada metragem. Este valor será calculado em função do comprimento de cada volta enrolada.

(15)

Comprimento de fio no cone

Temos várias alternativas para este item, onde podemos citar:

1 – Calcular o tamanho do cone em função da metragem a ser produzida. 2 – Limitar o tamanho do cone em função do espaço para o cone na gaiola. 3 – Trabalhar com cones de tamanho padrão da empresa.

4 – Trabalhar com cones de tamanho fornecido pelo estoque ou adquirido de outros fornecedores de fio, etc.

OBS.: Para os nossos trabalhos vamos limitar o tamanho do cone em 2 Kg. Exemplo:

- Comprimento do urdume = 1.000 metros - Título do fio = 30’s Ne

- Número de fitas = 6 Tamanho do cone:

Comprimento de fios no cone = 6 X 1.000 = 6.000 metros

Peso do cone ( em gramas) = ( K x C ) / T ⇒ ( 0,59 x 6.000) / 30 = 118 gramas.

OBS.: Como limitamos o tamanho do cone em 2 Kg, poderemos trabalhar com um único cone para todas as fitas. Número de cones necessários

O número de cones necessários será em função da quantidade de fios por fita e da metragem a ser produzida. Para o nosso exemplo, basta um número de cones igual ao maior número de fios por fita, isto porque cada cone terá a metragem de fio necessária para urdir todas as fitas.

Veja, a seguir, um exemplos de uma folha de Dados Para a Urdição Seccional, preenchida.

Trabalhando com pente condensador Reto, e igual ao pente do tear.

(16)

Departamento de Tecelagem

Dados para a Urdição Seccional

1. Capacidade máxima da gaiola = ....400 cones ... 2. Número de fitas = __ 2308 / 400 _____________ = ... 5, .... = 6 fitas ... 3. Total de fios por fita = __ 2308 / 6 ___________ = .... 384 + 4 fios ... 4. Largura do rolo de urdume = __ (( 384 / 23,2 ) x 5 ) + (( 388 / 23,2 )___ = ... 99,47 cm ... 5. Largura da fita = _ 1 a 5 = 384 / 23,2 = 16,55 cm e a 5 = 388 / 23,2 = 16,72 cm __ ... 6. Número do pente condensador = ... 116 / 10 ... 7. Pass./pua no pente condensador = .... 2 ... 8. Pente de cruz = ... 1 x 1 ... 9. Altura das facas = __ ( 23,2 x 580 ) / ( 50,8 x 0,40 x 4 ) _ = ... 165,55 mm ... 10. Títulos: Fundo = ... 30’s Ne ... Ourela = ... 30’s Ne ... ... 11. Comprimento do urdume = .... 3.000 metros ... 12. Comprimento de fio no cone = ... 18.000 metros = 354 gramas ... 13. Número de cones necessários = ... 388 ... 14. Esclarecimento sobre as ourelas = .... Será urdida juntamente com os fios de fundo... ...

.OBSERVAÇÕES:

Serão produzidas 5 fitas com 384 fios e 1 fita com 388 fios..

Peso do cone = ( 18.000 x 0,59 ) / 30 = 354 gramas

(17)

Departamento de Tecelagem

Dados para a Urdição Seccional

1. Capacidade máxima da gaiola = ... 400 cones... 2. Número de fitas = ___2308 / 400 __________ = ... 5,... = 6 fitas... 3. Total de fios por fita = ___ 2308 / 6 ________ = ... 384 + 4 fios ... 4. Largura do rolo de urdume = __ 98,06 + 5 __ = .... 103,06 cm ... 5. Largura da fita = ___ 384 / 22,4 = 17,14 cm e 388 / 22,4 = 17,32 cm___ = ... 6. Número do pente condensador = .... 60 / 10 - Variação de 6 a 20 puas/cm ... 7. Pass./pua no pente condensador = ... 2 ... 8. Pente de cruz = ... 1 x 1 ... 9. Altura das facas = ___ ( 22,4 x 580 ) / ( 50,8 x 0,60 x 4 )_ = ... 106,56 mm... 10. Títulos: Fundo = ... 30’s Ne ... Ourela = ... 30’s Ne ... 11. Comprimento do urdume = ... 2. 000 metros ... 12. Comprimento de fio no cone = ... 12. 000 metros = 236 gramas ... 13. Número de cones necessários = ... 388 ... 14. Esclarecimento sobre as ourelas = ... Será urdida juntamente com os fios de fundo... ...

.OBSERVAÇÕES:

Serão produzidas 5 fitas com 384 fios e 1 fita com 388 fios..

Fios / cm na fita = 2308 / 103,06 = 22,4 fios / cm

(18)

URDIÇÃO CONTÍNUA

Este tipo de urdição é apropriado para grandes metragens, seja fio singelo ou retorcido. É mais usada quando o urdume necessita ser engomado, pois o rolo, que sai da urdideira contínua, contém uma fração do total de fios de urdume.

A metragem de urdume que se pode enrolar em um rolo de urdideira contínua é variável de acordo com a quantidade de fios, o título do fio, a largura do rolo, diâmetro do núcleo e dos flanges do rolo.

Como exemplo, podemos citar: Largura do rolo = 140 cm Diâmetro do núcleo = 20 cm Diâmetro dos flanges = 80 cm Título do fio = 30’s Ne Número de fios no rolo = 420

Com estas características, qual será a capacidade máxima do rolo? Como calcular a metragem máxima possível para o rolo?

Primeiramente teremos que calcular a área do rolo que esta disponível para o enrolamento dos fios, que na realidade é o volume de um cilindro:

Fórmula = πh ( D2 - d2 ) / 4

ou πh ( R2 - r2 )

Para o nosso exemplo, teremos:

Área = π x 140( 802 -202 ) / 4 = 659.734,45 cm3

Ou π x 140( 402 -102 ) = 659.734,45 cm3

Sabendo-se, que em um rolo com densidade média, apresenta um relação entre volume e peso de: Para fio cru: 56 pol3 = 1 libra = 454 gramas

Para fio engomado: 60 pol3 = 1 Libra = 454 gramas

Para o fio cru, teremos:

1 pol3 = 0,016387 dm3

56 pol3 = 0,917672 dm3

0,917672 dm3 = 1 libra = 454 gramas = 0,454 Kg

1 dm3 = 454 / 0,917672 = 494,73 gramas

Para o nosso exemplo, teremos:

Peso do rolo ( peso de fio no rolo) = 494,73 g x 659,734 dm3 = 326390,2 gramas

(19)

Comprimento = T x P / K x n° de fios

C = 30 x 326390,2 / 0,59 x 420 = 39.514,55 metros

Para um urdume, com as características do exemplo da análise, o rolo tem uma capacidade de aproximadamente 40.000 metros.

Este cálculo serve como base parta a determinação da metragem máxima a ser colocada no rolo da urdideira contínua.

É importante lembrar que foi considerada uma densidade média no rolo, e outros fatores como a tensão de enrolamento, pilosidade do fio, dureza do rolo, etc., terão influência na metragem a ser enrolada.

Processo de urdição contínua

Este processo consiste em preparar o fio de urdume para que ele possa ser utilizado posteriormente na Tecelagem, reunindo parte dos fios de urdume necessários para se fazer um determinado tecido.

Consiste em colocar, parte dos fios de urdume necessários, paralelamente em uma embalagem, chamada de Rolo de Urdume, com grande capacidade de enrolamento.

Este processo é caracterizado por utilizar os cones ou bobinas como matéria-prima, reunindo assim o número de cones necessários para formar o rolo de urdume necessário. Este rolo deve ser enrolado com os fios de forma paralela e com a tensão de todos os fios o mais constante e uniforme possível. Os fios dos cones ou bobinas devem ter as mesmas condições em tamanho, dureza e núcleo.

A máquina que executa o enrolamento deste rolo de urdume é chamada de Urdideira Contínua. A urdideira é composta por diversos elementos, descritos abaixo:

Gaiola

Estrutura onde as embalagens (cones ou bobinas ) são colocadas para alimentar a máquina. As gaiolas podem ser do tipo e “V”, paralelas, com ou sem reserva.

Esta figura mostra um esquema do posicionamento dos cones em uma gaiola com reserva.

Esquema da gaiola

A capacidade da gaiola é definida como o número máximo de embalagens que podem ser colocadas para alimentar a máquina. As gaiolas possuem capacidade entre 300 e 1400 embalagens, devem ser sempre enrolados com o

(20)

mesmo comprimento, a fim de forma a rodada que irá alimentar a engomadeira. Esta capacidade é limitada pelos seguintes fatores:

Pelo espaço ( para gaiolas paralelas e gaiolas em “V” ) Pela variação de tensão

Pela manipulação por parte dos operadores Pinos sustentadores

Suportes onde são colocadas as embalagens para ocorrer o desenrolamento. As embalagens devem ficar firme sobre os mesmos. O prolongamento da linha axial das embalagens devem coincidir, exatamente, com o centro do olhal guia-fio dos tensores de saída. O mau alinhamento determina variações enormes no atrito do fio sobre o núcleo que se esvazia (embalagem alimentadora).

A distância dos pinos das embalagens alimentadoras é feita de modo a não haver interferência entre os balões do desenrolamento.

Mecanismos tensionadores

Os fios ao saírem da gaiola para serem enrolados no rolo de Urdideira, devem ter a sua tensão o mais uniforme possível, pois quanto mais uniforme for aquela tensão, mais perfeito será o desenrolamento dos fios dos rolos na gaiola da Engomadeira.

A tensão deverá ser igual para todos os fios. Os fatores que mais influenciam o valor da tensão de enrolamento são : tipo de fibra e fio, características da embalagem, características da gaiola, velocidade de urdição, distância entre a gaiola e a máquina , e a temperatura e umidade relativa da sala.

Guia-fios

Quanto maior a capacidade da gaiola, maior o número de travessas de guia-fios intermediários e maiores consequentemente, serão os atritos sobre os fios dispostos progressivamente mais distantes da frente da gaiola. Embora os atritos sejam maiores, e na proporção suas tensões, estas últimas flutuam menos.

Mecanismos Anti-estática

Elimina a eletricidade estática gerada pelo atrito do fio contra as partes da gaiola.

(21)

A parada automática por rotura de fio é fundamental na produção de um rolo de urdideira perfeito.

As paradas automáticas que estão localizadas mais próxima das embalagem tem um comprimento maior de fio entre o anúncio da quebra do fio pela parada e o rolo que se produz. Muitas máquinas, com gaiolas mais modernas possuem uma parada próxima a embalagem e uma na máquina, aliado é evidente, a um freio de funcionamento instantâneo.

Pente Extensível

È um pente colocado na zona de enrolamento da urdideira. Este pente é utilizado para ajustar a camada de fios com a largura do rolo da urdideira. O passamento por pua no pente extensível, é sempre igual a 1. Casos excepcionais poderá ser diferente de 1.

Cabeça ou Tambor de Enrolamento

É equipado com um mancal para sustentar o rolo de urdume e um motor para faze-lo rodar.

Cálculos para a Urdição Contínua

Neste tipo de urdição teremos que produzir vários rolos, cada um com uma fração do total de fios do urdume e reuni-los na engomadeira para formar o urdume total ( urdume final).

Como exemplo, vamos utilizar os dados do artigo analisado anteriormente, onde temos um total de fios de 2.308, de título 30’s Ne.

O número máximo de fios que poderemos colocar em um rolo, dependerá da capacidade máxima da gaiola da urdideira.

(22)

Considerando uma urdideira cuja capacidade máxima da gaiola é de 500 cones, teremos:

Neste caso teremos que produzir 5 rolos na urdideira, para reuní-los na engomadeira. Cada rolo deve ter o mesmo número de fios ou uma diferença de apenas 1 fio.

Logo:

Para o nosso exemplo teremos que produzir 2 rolos com 461 fios e 3 rolos com 462 fios. Ao conjunto de rolos que irá formar o urdume, chamamos de “Rodada”.

Outros dados devem ser informados para o setor de urdição, tais como, o comprimento da rodada, o tamanho do cone, etc.

O comprimento da rodada deve ser estabelecido em função do comprimento de tecido a ser produzido, ou em função da capacidade do rolo.

O tamanho do cone pode ser expresso em comprimento ou em peso. Este será determinado pelo espaço da gaiola ou em função do comprimento da rodada.

Exemplo:

Comprimento da rodada = 30.000 metros.

Tamanho do cone = 90.000 metros = 1.770 gramas

Veja, a seguir, o exemplo de uma folha de Dados Para a Urdição Contínua.

(23)

1. Capacidade máxima da gaiola = ...

500

... 2. Número de rolos = ...

2308 / 500 = 4,... = 5 rolos

... 3. Fios por rolo = ...

2308 / 5 = 461 fios + 3 fios

... 4. Disposição dos rolos :

CARACTERÍSTICAS

FIOS .TIT. COR TORÇ.

1

° Rolo

461

30’s

Cru

Z

2

° Rolo

461

30’s

Cru

Z

3

° Rolo

462

30’s

Cru

Z

4

° Rolo

462

30’s

Cru

Z

5

° Rolo

462

30’s

Cru

Z

6

° Rolo

7

° Rolo

8

° Rolo

9

° Rolo

10

° Rolo

11

° Rolo

12

° Rolo

5. Fios totais = ...

2308

... 6. Comprimento da rodada = ...

30.000 metros

... 7. Comprimento de fio no cone = ...

90.000 metros = 1.770 gramas

... 8. Pass./pua no pente extensível = ...

1

... 9. Esclarecimento sobre as ourelas = ...

Será urdida juntamente com os fios de fundo..

... ... ... OBSERVAÇÕES:

Peso do cone = 90.000 x 0,59 / 30 = 1.770 gramas

Serão utilizados 461 cones para urdir os 2 primeiros rolos, e mais 462 cones para os

outros três rolos, onde teremos uma sobra de 461 cones com 30.000 metros de fio.

Referências

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