Índice
Órgãos SociaisRelatório do Conselho de Administração Demonstrações Financeiras
Anexo às Demonstrações Financeiras
Inventário de Títulos e Participações Financeiras e Outros Anexos
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal, Relatório de Auditoria e Certificação Legal de Contas 3 4 27 34 199 221
Órgãos Sociais
Mesa da Assembleia GeralPresidente Secretário Conselho de Administração Presidente Vogais Conselho Fiscal Presidente Vogais Suplente Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
José Filipe de Sousa Meira Maria Isabel Toucedo Lage
Jorge Manuel Baptista Magalhães Correia Eugénio Manuel dos Santos Ramos José António Rodrigues Nunes Coelho Francisco Xavier da Conceição Cordeiro José Manuel Alvarez Quintero
António Manuel Marques de Sousa Noronha José Joaquim Berberan e Santos Ramalho
José Luís Saldanha Sanches José António da Costa Figueiredo Luis Manuel Machado Vilhena da Cunha João Manuel Gonçalves Correia das Neves Martins
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC, S.A. Representada por
1.
Relatório
O Conselho de Administração da Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A., em cumprimento dos preceitos legais e estatutários aplicáveis, apresenta o Relatório e Contas relativo ao exercício de 2009.
1. Enquadramento da Actividade
1.1. Enquadramento Macroeconómico Internacional
O ano de 2009 fica marcado por um contexto de crise económica, que se seguiu à crise financeira, que teve o seu período mais intenso em 2008, tendo a actividade económica internacional reflectido uma deterioração potenciada pela interacção entre variáveis financeiras e da economia real.
Assim, o PIB mundial, que tinha vindo a registar uma forte dinâmica de crescimento nos últimos anos, e que já tinha registado um abrandamento para cerca de 3% em 2008, deverá decrescer aproximadamente 1,1% em 2009, reflectindo o abrandamento na generalidade das economias mundiais, com excepção da China que manteve o ritmo de crescimento em torno de 9%.
O comércio mundial deverá ter registado uma queda sem precedentes de cerca de 12%, após um crescimento próximo de 3% em 2008, reflectindo, essencialmente, o adiamento de decisões de consumo e investimento devido à incerteza sobre a evolução económica.
Apesar de as taxas de juro de referência para empréstimos a empresas e particulares se terem mantido em níveis historicamente baixos, devido à intervenção dos Bancos Centrais, verificou-se uma maior dificuldade no acesso ao crédito reflectida na adopção, por parte das entidades bancárias, de politicas restritivas na concessão de crédito, dados os receios sobre a capacidade de cumprimento de obrigações por parte de empresas e particulares.
Os mercados accionistas evidenciaram uma forte subida no segundo semestre, terminando o ano, no entanto, em níveis ainda claramente inferiores aos do início da crise.
1.2. A Economia Portuguesa
A actividade económica nacional registou, em 2009, uma contracção de 2,7%, menos intensa do que o valor médio de -4% da zona Euro. Esta evolução interrompe o processo de divergência face aos países integrantes da moeda única europeia, e, na medida em que evidencie maiores níveis relativos de rigidez da economia nacional, pode indiciar o risco de Portugal não conseguir acompanhar os ritmos de crescimento que se esperam a partir de 2010.
Este risco é reforçado pela situação actual das contas públicas (défice superior a 9% do PIB) e do desemprego (cerca de 10%), bem como pelos elevados níveis de endividamento público e privado e pelo reduzido nível de qualificação da população activa.
O decréscimo da actividade económica proveio, essencialmente, do comportamento da procura interna (-3,2 pp.), reflectindo a redução do investimento e do consumo privado, enquanto a procura externa teve um efeito positivo de 0,5 pp., decorrente de uma evolução favorável das exportações líquidas, situação que contribuiu para a redução do défice conjunto das Balanças Corrente e de Capital para cerca de 8% do PIB.
A inflação, medida pelo IHPC, evidenciou um valor negativo de 0,9%, ficando abaixo das previsões iniciais, e reflectindo a evolução de preços dos bens energéticos e de matérias-primas, bem como a redução das margens de lucro e a evolução favorável do preço das importações, por via da manutenção de uma taxa de câmbio euro/dólar favorável.
As previsões económicas do Banco de Portugal para 2010, embora susceptíveis de serem negativamente revistas devido à conjuntura internacional, apontam para um aumento da actividade económica em 0,7%, liderado pela recuperação do consumo privado e pela menor queda nas variáveis de investimento. Em consequência da recuperação económica e da evolução esperada para os preços das matérias-primas (com destaque para o petróleo), a taxa de inflação deverá evoluir para um valor positivo de 0,7%. No que respeita à taxa de desemprego verificou-se, em 2009, um aumento da taxa média anual para 9,6%, com origem nos múltiplos encerramentos de empresas, quer por dificuldades económicas, quer por deslocalizações de unidades fabris de multinacionais, sendo previsível, para 2010, a manutenção de uma taxa de aproximadamente 10%, uma vez que o mercado de trabalho não deverá acompanhar a recuperação económica.
1.3. Evolução Geral do Mercado Segurador em Portugal
De acordo com os elementos divulgados pelo Instituto de Seguros de Portugal, o mercado segurador terá contabilizado, na sua actividade em Portugal, incluindo recursos captados via contratos de investimento, um valor próximo de 14,5 mil milhões de euros (cerca de 9% do PIB) de prémios de seguro directo, a que corresponde um decréscimo de 5,4% face a 2008.
Esta evolução decorre da redução verificada quer nos ramos Vida (-5,9%), que reflectiram a menor apetência dos clientes por produtos de perfil de risco mais elevado, quer nos ramos Não Vida ( -4,2%), marcados pela difícil situação económica e pela degradação do nível de preços. Tal facto fez sentir-se de forma mais intensa nos ramos Acidentes de Trabalho, Automóvel e Transportes, havendo a referir, pela positiva, o aumento da carteira de prémios dos ramos Doença, Multirriscos e Responsabilidade Civil.
No que respeita ao grau de concentração do mercado segurador, verificou-se um comportamento diferenciado nos ramos Vida e Não Vida. Assim, nos ramos Vida constatou-se uma ligeira diminuição dos níveis de concentração, uma vez que as alterações verificadas na estrutura do mercado (nomeadamente a aquisição da Global Vida pelo Grupo Banif/Açoreana) não foram suficientes para contrariar o decréscimo da produção evidenciado pelos 10 grupos mais representativos nesta área de negócio, que passaram a deter uma quota de 94% face a 94,7% em 2008.
Nos ramos Não Vida, a conjugação dos dois efeitos acima referidos teve o resultado contrário: ou seja, em termos de evolução de prémios os principais operadores evidenciam uma perda de representatividade, contudo as operações de concentração verificadas (nomeadamente a aquisição da Global pelo Grupo Banif/Açoreana e da Real pela Lusitânia) invertem esse movimento, tendo os 10 principais Grupos registado uma quota de mercado de 87,5% (face a 82,1% em 2008).
Em termos regulamentares, é de referir a entrada em vigor do novo Regime Jurídico do Contrato de Seguro, o que implicou uma revisão significativa dos clausulados e da documentação contratual e pré-contratual das apólices.
2. Actividade da Companhia
2.1. Aspectos Gerais
No exercício em análise prosseguiram os esforços de aperfeiçoamento organizacional e captação de sinergias com as restantes seguradoras do Grupo, bem como de adaptação aos novos aspectos de enquadramento legal e regulamentar, à evolução do mercado e das necessidades percebidas dos clientes.
2.1.1. Organização interna
No capítulo da organização interna, continuaram a ser implementadas, a par de diversas acções comerciais, medidas de natureza técnica, através de tarifários competitivos e de processos de subscrição eficientes. O reforço da rede de mediação e o incremento da vertente de proximidade ao cliente, procurou alcançar níveis mais elevados de relacionamento comercial, de qualidade de serviço e de satisfação e fidelização, de modo a preservar a base de clientes.
O melhor testemunho desta acção foi a reestruturação operada na rede comercial, respondendo desta forma aos novos desafios do mercado, de que são características diferenciadoras a sua eficiência e profissionalismo.
2.1.2. Mercado e clientes
No caso particular das agências de clientes e do contact center, foram desenvolvidas acções de formação específicas para o atendimento a Clientes, cuja eficácia foi aferida através da realização de estudos de satisfação a clientes, consubstanciados em visitas e telefonemas de cliente mistério, cujos resultados foram periodicamente dados a conhecer, permitindo a cada estrutura analisar a avaliação do seu desempenho e o estabelecimento de planos de melhoria.
Também no contact center foi autonomizada a área de atendimento a clientes com os inerentes investimentos em formação e a monitorização regular dos níveis de serviço.
Na vertente de sinistros, foi ensaiada a criação de um barómetro de satisfação de sinistrados do ramo Automóvel, a implementar de modo efectivo durante todo o próximo ano, numa base mensal, com vista a monitorizar uma das áreas que é tida por excelente quanto ao seu desempenho. Pretendeu-se, ainda, que esta qualidade de serviço seja percepcionada e confirmada como tal por parte dos clientes.
2.1.3. Enquadramento legal e regulamentar
Como vem acontecendo de anos anteriores, as novas obrigações legais e regulamentares foram abordadas como oportunidades de melhoria do serviço e do relacionamento com os clientes.
Desde logo, o início do ano de 2009 foi marcado pela entrada em vigor do novo Regime Jurídico do Contrato de Seguro (Decreto-Lei nº 72/2008 de 16 de Abril), o qual implicou uma revisão significativa dos clausulados e da documentação contratual e pré-contratual. Tentando criar sinergias com este processo, uniformizaram-se conceitos, definições e garantias, entre vários produtos. Esta harmonização de clausulados teve impactos fortes não só nos ramos de maior dimensão, como Multirriscos Habitação e Automóvel, mas também nos ramos com carteiras mais reduzidas, como, por exemplo, Responsabilidade Civil Familiar e Responsabilidade Civil Animais Domésticos.
Por outro lado, em 1 de Dezembro de 2009, ocorreu um aumento nos capitais mínimos obrigatórios do ramo Automóvel, o que implicou uma revisão de toda a documentação e sistemas relacionados com a operação deste ramo, para garantir uma correcta exploração técnica do mesmo ramo. Em paralelo com as alterações decorrentes das alterações de capitais, procedeu-se à harmonização dos clausulados de Assistência em Viagem e Protecção Jurídica de todos os produtos do ramo Automóvel a qual facilita o conhecimento dessas coberturas por parte das estruturas comerciais e agiliza o processo de regularização de sinistros.
2.1.4. Alargamento e melhoria da oferta de produtos e serviços
O processo de uniformização da oferta de produtos dos ramos Não Vida, que teve início em 2008, registou um novo passo em Maio de 2009, com o início da comercialização do “Seguro Casa”, um novo seguro de Multirriscos Habitação destinado às redes tradicionais, que se traduziu, numa oferta mais actual e competitiva, num posicionamento tarifário mais alinhado com a concorrência e na disponibilização de melhores ferramentas de gestão de contratos para os nossos mediadores. No contexto do lançamento do novo produto “Seguro Casa”, suportado por um sistema informático onde se investiu na automatização de validações sobre a aceitação de novos contratos e alteração aos existentes, foram divulgadas novas normas de subscrição e delegação de competências para os ramos de patrimoniais para particulares. Este foi o resultado de um trabalho de revisão profunda das normas anteriormente existentes, com vista a garantirem regras mais coerentes entre Multirriscos Habitação e Multirriscos Condomínio e a respeitarem as definições constantes da Política de Aceitação de Riscos. Por outro lado, o contacto permanente com a rede de mediação e com os clientes permitiu não só identificar áreas de melhoria dos níveis de serviço, mas também oportunidades de diversificação de produtos e serviços, de acordo com as necessidades do mercado.
Foi neste âmbito que se concretizou em 2009 o lançamento da Oferta Global de Saúde, através da qual os clientes passaram a dispor de um inovador conjunto de soluções: planos de saúde, sempre com a garantia da medicina preventiva; acesso directo a uma rede médica e hospitalar alargada; acesso a serviços complementares na área da saúde e do bem-estar; e linha de crédito da Caixa Geral de Depósitos.
2.1.5. Consolidação da oferta de produtos para a reforma
No que respeita aos ramos Vida, a área da poupança para a reforma continuou a ser o objectivo estratégico, comercializando-se um Plano de Poupança Reforma inovador, sob a marca ‘Leve’. Na sua continuidade, promoveu-se a criação do “Programa Consciência Leve”, um projecto do Grupo CGD que pretende constituir um estímulo definitivo para a criação de uma nova mentalidade e novos princípios de equilíbrio económico da reforma, através de um conjunto de iniciativas, da produção de conhecimento e da criação de meios de divulgação.
Ainda neste âmbito, ocorreu a entrega de prémios da 1ª edição do Prémio Inovação Reforma: um prémio de investigação que premeia projectos inovadores desenvolvidos sobre o tema da economia da reforma, que promove a criatividade e o optimismo económico e a procura de soluções com um impacto efectivo na sociedade.
2.2. Análise Económica
O resultado liquido da Império Bonança situou-se em -6,4 milhões de euros, o que representa uma redução face ao ano anterior, influenciado sobretudo pelo reconhecimento das imparidades no valor de 22,2 milhões de euros.
Por sua vez, o rácio de cobertura da margem de solvência subiu de 170,7%, no exercício de 2008, para 196,0% em Dezembro de 2009, tendo os elementos que constituem esta margem atingido um valor aproximado de 267 milhões de euros (cerca de 238 milhões em 2008), face a um valor exigível de cerca de 136 milhões de euros (140 milhões em 2008).
No quadro que segue contêm-se alguns indicadores relativos à actividade da Império Bonança, devendo salientar-se que, para efeitos de comparabilidade, todos os elementos contabilísticos relativos a 2007 são apresentados numa versão pró-forma, devido à introdução, em 2008, de um novo Plano de Contas para as empresas de seguros, que adoptou, na quase totalidade, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).
* Os montantes de produção Vida incluem os contratos de investimento.
Principais Indicadores 2009 2008 2007
(Pró-forma)
(Milhares de Euros)
PRÉMIOS DE SEGURO DIRECTO
Prémios de Seguro Directo - Actividade Total 552 831 623 581 643 095
Prémios de Seguro Directo - Actividade em Portugal 545 561 622 843 634 824
Vida * 138 487 146 762 121 970
Não Vida 407 074 476 081 512 854
QUOTA DE MERCADO EM PORTUGAL 3,8% 4,1% 4,6%
Vida 1,3% 1,3% 1,3%
Não Vida 9,9% 11,0% 11,7%
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -6 364 27 000 34 576
CUSTOS TÉCNICOS LÍQUIDOS DE RESSEGURO
Taxa de Sinistralidade Não Vida 58,0% 64,2% 64,3%
Loss Ratio Não Vida 67,8% 70,9% 70,5%
Expense Ratio Não Vida 37,7% 31,4% 32,4%
Combined Ratio Não Vida 105,5% 102,3% 102,9%
SOLVABILIDADE
Rácio de Cobertura da Margem de Solvência 196,0% 170,7% 176,0%
2.2.1. Seguro directo
A Império Bonança registou, em 2009, um montante de prémios de seguro directo de 552,8 milhões de euros (incluindo os recursos captados ao abrigo de contratos de investimento), o que equivale a um decréscimo de 11,3% face ao ano anterior.
* Total da Actividade (Portugal + Estrangeiro).
No que respeita à actividade em Portugal, atingiu-se um montante de prémios de 545,6 milhões de euros, o que representa, face ao ano anterior, um decréscimo de 12,4% e, consequentemente, implicou uma redução da quota de mercado em 0,3 pp. para 3,8%.
O ramo Vida contabilizou prémios no montante de 138,5 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 5,6%, decorrente, essencialmente, da comercialização de produtos de capitalização de taxa fixa. Por outro lado, a actividade Não Vida sofreu um decréscimo de 14,5%, apresentando um montante de prémios de 407,1 milhões de euros, tendência registada em praticamente todos os principais ramos Não Vida.
2009 2008 2007
(Pró-forma)
(Milhares de Euros)
Prémios de Seguro Directo * 552 831 623 581 643 095
Taxa de Crescimento -11,3% -3,0% -2,5%
Quota de Mercado:
no conjunto da actividade seguradora em Portugal 3,8% 4,1% 4,6%
Prémios de Seguro Directo
Ramos Império Bonança Total Mercado
Vida -5,6 20,3 0,8 -5,7 17,4 6,9 Contratos de Seguro -13,6 15,9 -20,3 -4,6 13,6 n.d. Contratos de Investimento 4,6 26,6 60,8 -6,6 19,7 n.d. Não Vida -14,5 -7,2 -4,7 -4,6 -1,3 0,5 Acidentes e Doença -21,6 -6,2 -0,5 -3,8 2,0 1,5 Acid. Trabalho -19,5 -2,8 -6,2 -9,1 -2,8 -1,6 Acid. Pessoais -9,1 -9,4 -10,2 -0,3 5,9 0,5 Doença -25,8 -10,0 9,3 3,2 8,9 7,8 Incêndio e Outros Danos -4,5 -6,3 -5,3 1,4 3,5 2,8 Automóvel -17,2 -6,3 -7,4 -7,4 -6,9 -2,9 Transportes -0,7 -0,8 -12,0 -5,9 -1,9 5,9 Responsabilidade Civil 3,7 -6,5 -5,7 0,7 0,9 11,2 Diversos 20,8 -45,6 6,1 -9,7 15,0 16,5 TOTAL -12,4 -1,9 -3,7 -5,4 11,5 4,8 2009 2008 2007 2009 2008 2007
A Império Bonança e o Mercado (Actividade em Portugal)
O conjunto dos ramos Vida, na Império Bonança, representa 26,4% da produção (+2,7 p.p. que no ano anterior), abaixo da média do sector, o que decorre do facto da companhia utilizar exclusivamente as redes profissionais de mediação e corretagem.
2.2.2. Sinistralidade e resseguro
As indemnizações de seguro directo contabilizadas em Portugal (incluindo valores de resgates e vencimentos relativos a contratos de investimento) atingiram o montante de 412 milhões de euros, menos 109 milhões de euros que em 2008.
O ramo Vida evidenciou um montante de 186 milhões de euros de indemnizações, relativo, essencialmente, a produtos de capitalização, enquanto que os ramos Não Vida processaram 226 milhões de euros de indemnizações de seguro directo, o que corresponde a um decréscimo de 25,9% face ao ano anterior, tendência registada em praticamente todos os principais ramos Não Vida.
Ramos 2009 2008 2007 (Pró-forma) Vida 145 757 -1,2 147 499 13,3 130 241 7,0 Contratos de Seguro 74 177 -11,0 83 355 6,8 78 055 -13,4 Contratos de Investimento 71 579 11,6 64 144 22,9 52 187 65,3 Não Vida 407 074 -14,5 476 081 -7,2 512 854 -4,7 Acidentes e Doença 124 549 -21,6 158 776 -6,2 169 199 -0,5 Acid. Trabalho 70 768 -19,5 87 921 -2,8 90 497 -6,2 Acid. Pessoais 6 427 -9,1 7 071 -9,4 7 803 -10,2 Doença 47 355 -25,8 63 783 -10,0 70 899 9,3 Incêndio e Outros Danos 77 089 -4,5 80 721 -6,3 86 114 -5,3 Automóvel 159 659 -17,2 192 835 -6,3 205 748 -7,4 Transportes 23 725 -0,7 23 883 -0,8 24 070 -12,0 Responsabilidade Civil 11 864 3,7 11 435 -6,5 12 234 -5,7 Diversos 10 189 20,8 8 431 -45,6 15 490 6,1
TOTAL 552 831 -11,3 623 581 -3,0 643 095 -2,5
Valor Var (%) Valor Var (%) Valor Var (%)
(Milhares de Euros)
Prémios de Seguro Directo por Ramos Actividade Total (Portugal e Estrangeiro)
* Excluíndo Custos de Gestão Imputados
A taxa de sinistralidade de seguro directo líquida de resseguro cedido dos ramos Não Vida situou-se em 58,0%, um valor inferior em 6,2 pp. ao registado em 2008, tendo beneficiado da menor sinistralidade Automóvel, bem como no agregado Acidentes e Doença.
Apesar da turbulência dos mercados financeiros e da envolvente económica internacional, o exercício em análise caracterizou-se por alguma estabilidade dos mercados de resseguro.
Não obstante a política de resseguro desenvolvida pela companhia ter sido de continuidade, há a realçar um ligeiro acréscimo dos custos associados ao mesmo, como consequência dos sinistros severos ocorridos na anterior anuidade.
2009 2008 2007 (Pró-forma) (%) Vida 133,2 146,8 184,6 Não Vida 58,0 64,2 64,3 Acidentes e Doença 74,4 87,3 81,6
Incêndio e Outros Danos 65,4 58,3 48,5
Automóvel 48,8 61,7 62,9
Transportes 23,0 -1,4 53,2
Responsabilidade Civil 50,5 -44,3 21,7
Taxas de Sinistralidade Líquidas de Resseguro
(Custos com Sinistros/Prémios Adquiridos - Actividade em Portugal)
Ramos Ramos 2009 2008 2007 (Pró-forma) Vida 185 979 -13,6 215 300 -3,9 224 019 7,0 Não Vida 226 435 -25,9 305 745 -2,8 314 504 -5,3 Acidentes e Doença 104 963 -23,0 136 300 0,2 136 045 1,4 Acid. Trabalho 53 922 -33,6 81 215 -0,2 81 398 7,2 Acid. Pessoais 1 282 -44,9 2 328 398,7 467 -78,8 Doença 49 759 -5,7 52 757 -2,6 54 180 -3,4 Incêndio e Outros Danos 39 739 -5,9 42 248 9,3 38 649 19,6 Automóvel 80 948 -31,4 118 069 -9,0 129 777 -5,0 Transportes -4 863 -162,4 7 798 49,4 5 221 -79,5 Responsabilidade Civil 4 506 2719,0 160 -92,6 2 169 -23,4 Diversos 1 143 -2,4 1 171 -55,7 2 643 549,3
TOTAL 412 414 -20,8 521 046 -3,2 538 523 -0,5
Valor Var (%) Valor Var (%) Valor Var (%)
(Milhares de Euros)
* Informação relativa aos ramos Não Vida e Vida Risco
2.2.3. Comissões e despesas de aquisição de seguro directo
As comissões e despesas de aquisição totalizaram 48 milhões de euros, tendo-se verificado um aumento da respectiva taxa na generalidade dos ramos Não Vida.
% dos respectivos Prémios de Seguro Directo.
Ramos 2009 2008 2007 (Pró-forma) Vida 1 659 1,1 1 820 1,2 2 199 1,7 Não Vida 46 331 11,4 53 280 11,2 51 750 10,1 Acidentes e Doença 14 249 11,4 16 454 10,4 15 946 9,4 Acid. Trabalho 8 689 12,3 10 280 11,7 10 231 11,3 Acid. Pessoais 926 14,4 754 10,7 698 8,9 Doença 4 635 9,8 5 420 8,5 5 017 7,1 Incêndio e Outros Danos 9 875 12,8 10 073 12,5 9 552 11,1 Automóvel 19 867 12,4 23 424 12,1 22 789 11,1 Transportes 960 4,0 1 000 4,2 647 2,7 Responsabilidade Civil 1 231 10,4 1 244 10,9 1 134 9,3 Diversos 149 1,5 1 084 12,9 1 682 10,9
TOTAL 47 990 8,7 55 100 8,8 53 949 8,4
Valor Taxa (%) Valor Taxa (%) Valor Taxa (%)
(Milhares de Euros)
Comissões e Despesas de Aquisição de Seguro Directo
2009 2008 2007
(Pró-forma)
(%)
Prémios R. Cedido Prémios S.Directo + R.Aceite
Comissões R. Cedido Prémios R. Cedido
Indemnizações R.Cedido Indemnizações S.Directo + R. Aceite
Indemnizações R.Cedido Prémios R. Cedido Rácios * 27,6 25,6 22,1 4,8 10,9 8,3 20,1 23,4 15,7 42,5 59,2 43,9
2.2.4. Custos por natureza a imputar
O total de custos por natureza a imputar, sem o efeito da variação de “outras provisões”, atingiu 109,6 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 11,8% face ao ano anterior, tendência registada em todas as rubricas com especial incidência nos Custos com Pessoal e Fornecimentos e Serviços Externos.
2.2.5. Rácio Combinado não Vida
A Império Bonança apresenta um rácio combinado Não Vida líquido de resseguro de 105,5%, o que representa um acréscimo face ao valor de 102,3% registado no ano anterior, que se encontrava positivamente influenciado pela evolução da Provisão para Riscos e Encargos.
2.2.6. Recursos humanos
Em 2009 reforçou-se a tomada de consciência do ritmo cada vez mais acelerado da mudança nas suas mais variadas vertentes, a exigir uma constante adaptação dos colaboradores da empresa.
Uma das estratégias adoptadas passou, assim, pelo aprofundamento da formação e desenvolvimento de quadros de elevado potencial.
As alterações quantitativas significam, no que se refere ao efectivo total, um decréscimo de 2,6% relativamente ao ano anterior.
Por outro lado, o recrutamento de 5 novos colaboradores para o quadro efectivo (dos quais, 2 para reforço da equipa comercial), pode considerar-se muito pouco significativo, já que representa apenas 0,4% do total do efectivo permanente. A idade média destas admissões foi de 31 anos.
2009 2008 2007 (Pró-forma) Custos com Pessoal 57 061 -5,7 60 506 -0,6 60 898 Forn. e Serviços Externos 41 884 -13,8 48 562 10,6 43 892 Impostos e Taxas 4 249 -20,3 5 333 -9,3 5 881 Amortizações 2 770 -22,6 3 578 90,5 1 878 Juros Suportados 2 824 -48,5 5 487 1,4 5 410 Comissões por Serv. Financeiros 853 -2,6 876 22,5 715
TOTAL s/Outras Provisões 109 640 -11,8 124 343 4,8 118 675 Outras Provisões 3 996 -126,9 -14 846 -3341,8 458 TOTAL 113 635 3,8 109 496 -8,1 119 133
Valor Var (%) Valor Var (%) Valor
(Milhares de Euros)
> = 65 60 - 64 55 - 59 50 - 54 45 - 49 40 - 44 35 - 39 30 - 34 25 - 29 20 - 24 Homens
Idades Mulheres Total
Estrutura Etária Ano 2009
Como resultado dos movimentos de entrada e saída de colaboradores, o quadro de efectivos da companhia registou uma redução liquida de 36 unidades.
Comparativamente a 2008, a idade e antiguidade médias dos colaboradores aumenta respectivamente de 44,2 para 44,8 e de 19,1 para 19,9. A moda etária mantém-se no escalão dos 35 aos 39 anos, sendo que 56,2% do total dos efectivos tem idade compreendida entre os 35 e 49 anos (55,1% no ano anterior).
Numa óptica de análise por agregados, com diferentes graus de habilitações académicas, verifica-se que 79,7% da população possui formação de nível secundário ou superior (78,6% em 2008), sendo que o estrato com formação média, licenciatura, mestrado ou pós-graduação representa 39,4% desse total (38,6% em 2008).
2009 2008 2007 Trabalhadores Efectivos 1 363 1 393 1 434 Trabalhadores com Contrato a Termo 2 8 10
TOTAL 1 365 1 401 1 444
No âmbito da actividade formativa são de destacar, para além das acções correntes de actualização e aperfeiçoamento técnico:
• O reforço do investimento em formação via e-Learning com a criação de novos cursos abordando diversas temáticas;
• O processo de transformação da rede da Direcção Comercial – Agências e Mediação, através da formação de metade da população total, nas vertentes comportamental (Agências de Clientes) e dos sistemas informáticos;
• A continuação do programa de Desenvolvimento de Competências, no âmbito do projecto de Gestão de Quadros de Elevado Potencial;
• O investimento na formação em gestão para os quadros da empresa, com a conclusão do ciclo de formação comportamental em Liderança, Negociação e Comunicação iniciado em 2008 e desenvolvimento de programa de “Coaching e Comunicação Estratégica para Chefes de Equipa” na Direcção de Sistemas de Informação.
2.2.7. Análise financeira
a) Cobranças
Durante o ano de 2009, foram concluídos os trabalhos de consolidação e saneamento de carteira nos ramos principais da companhia, com principal incidência no Saúde e Vida Risco, estando o seu reflexo evidenciado quer na redução no rácio de prémios em cobrança face à produção (também derivado da entrada do novo Regime Jurídico do Contrato Seguro), quer na redução do prazo médio de cobrança. No entanto e devido a estes mesmos trabalhos de saneamento, apesar de a base a provisionar ser menor, a percentagem a aplicar para cálculo dos ajustamentos para recibos por cobrar, decorrente da aplicação ipsis verbis da Norma Regulamentar do ISP foi exponencialmente superior face ao volume de anulações efectuadas.
* Apenas Ramos Não Vida
(1) Designada, no anterior Plano de Contas , de Provisão por Recibos por Cobrar
2009 2008 2007
(Pró-forma)
Recibos por Cobrar Prémios Seguro Directo
Ajustamentos p/ Rec. por Cobrar (1) Recibos por Cobrar
Prazo Médio Cobrança (dias) 25 42 31
Rácios
Indicadores de Cobrança * (Actividade em Portugal)
5,2% 7,8% 8,8%
b) Investimentos
O valor líquido do investimento realizado em 2009 foi negativo em 52 milhões de euros, reflectindo o decréscimo das responsabilidades de seguro directo e resseguro aceite.
A companhia cumpre igualmente os limites estabelecidos em relação a aplicações financeiras. c) Rendimentos
Os rendimentos atingiram o montante de 57,9 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 30,5% face ao ano anterior, consequência, sobretudo, da quebra da taxa de juro e redução do volume da carteira de investimentos.
2.2.8. Garantias financeiras
a) Evolução das responsabilidades técnicas
As responsabilidades técnicas de seguro directo e de resseguro aceite (provisões dos ramos Vida e Não Vida e responsabilidades por contratos de investimento) apresentaram, no final de 2009, um montante de 1,8 mil milhões de euros, correspondente a uma redução de 135 milhões de euros face ao ano anterior, essencialmente com origem nas provisões afectas aos ramos Não Vida.
2009 2008 2007
(Pró-forma)
(Milhares de Euros)
Títulos de Rendimento Fixo -47 520 -54 240 11 786
Títulos de Rendimento Variável -36 741 -678 93 193
Empréstimos -193 -4 -139
Depósitos em Instituições de Crédito 40 900 0 -66 785
Outros -42 813 -2 290 -2 363
Depósitos Bancários e Caixa 32 669 -73 104 -12 529
Imóveis -1 751 2 008 -820 Equipamento 3 072 4 122 1 536 TOTAL -52 376 -124 186 23 879 Investimentos Aplicações 2009 2008 2007 (Pró-forma) (Milhares de Euros) Rendimentos 57 938 83 321 86 294 Var. (%) -30,5 -3,4 10,7 Rendimentos
Na desagregação constante do quadro seguinte é possível verificar que a redução de responsabilidades técnicas advém da provisão para prémios não adquiridos e da provisão para sinistros do ramo Não Vida.
b) Representação das responsabilidades técnicas
Apesar da situação adversa dos mercados financeiros, a Império Bonança, terminou o exercício de 2009 com um montante de activos afectos à representação das responsabilidades técnicas de 1,9 mil milhões de euros (2 mil milhões de activos em 2008), atingindo um rácio de cobertura das mesmas de 110,7%, tendo um excesso de activos afectos de aproximadamente 188 milhões de euros (106 milhões em 2008).
Existe, ainda, um conjunto de activos não afectos, mas passíveis de representação destas responsabilidades, que aumentariam o rácio de cobertura para 114,4%.
2009 2008 2007
(Pró-forma)
(Milhares de Euros)
Vida - Contratos de Seguro 656 982 702 799 763 049
Vida - Contratos de Investimento 229 883 204 042 200 423
Não Vida 874 236 988 800 999 354
TOTAL 1 761 100 1 895 640 1 962 826
Responsabilidades de Seguro Directo e Resseguro Aceite
2009 2008 2007
(Pró-forma)
(Milhares de Euros)
Provisão para Prémios Não Adquiridos 97 150 120 325 132 162
Provisão Matemática Vida 612 373 659 942 716 217
Provisão para Sinistros 786 243 882 201 882 269
De Vida 24 485 25 307 25 734
De Não Vida 761 758 856 894 856 535
Provisão para Participação nos Resultados 17 048 13 058 16 521
Provisão para Desvios de Sinistralidade 7 036 6 541 5 975
Provisão para Riscos em Curso 8 523 5 303 5 029
Outras Provisões Técnicas 2 845 4 229 4 229
Passivos Financeiros - Contratos de Investimento 229 883 204 042 200 423
TOTAL 1 761 100 1 895 640 1 962 826
3. Actividade no Estrangeiro
Durante o exercício de 2009 a Sucursal no Luxemburgo registou um montante de 7,3 milhões de euros de prémios do ramo Vida, regressando a valores próximos dos registados em 2007.
2009 2008 2007 (Pró-forma) (Milhares de Euros) Títulos de Crédito 1 652 149 1 673 888 1 814 204 Acções 33 219 33 281 56 520 Outros 1 618 930 1 640 607 1 757 684 Imóveis 46 542 48 530 52 181 Empréstimos 1 363 1 600 1 260 Depósitos e Caixa 185 530 114 851 189 426 Outros Activos 63 372 162 403 123 982 TOTAL 1 948 956 2 001 272 2 181 053
PROVISÕES TÉCNICAS A REPRESENTAR 1 761 100 1 895 640 1 962 826
RÁCIO DE COBERTURA 110,7% 105,6% 111,1%
Cobertura das Provisões Técnicas
Activos de Representação das Prov. Técnicas
Actividade no Estrangeiro 2009 2008 2007 (Pró-forma)
SUCURSAL DO LUXEMBURGO Vida 7 270 885,7 738 -91,1 8 272 961,9 Contratos de Seguro 2 769 275,5 738 -89,1 6 766 835,6 Contratos de Investimento 4 501 0 -100,0 1 505 2594,2 Não Vida TOTAL 7 270 885,7 738 -91,1 8 272 961,9
Valor Var (%) Valor Var (%) Valor Var (%)
(Milhares de Euros)
4. Resultados e Capital Próprio
4.1. Resultado Líquido
O resultado líquido situou-se em -6,4 milhões de euros, influenciado pelo reconhecimento de imparidades no valor de 22,2 milhões de euros.
4.2. Capital Próprio
O capital próprio individual da Império Bonança atingiu, no final de 2009, o montante de 210 milhões de euros, superior em 8 milhões de euros face ao ano anterior, o que decorre da melhoria a nível das reservas de reavaliação e do menor valor na reserva para impostos diferidos.
4.3. Margem de Solvência
A margem de solvência mínima legalmente exigível era, no final de 2009, de 136,0 milhões de euros, enquanto os elementos constitutivos da mesma atingiram 266,5 milhões de euros, o que traduz um rácio de cobertura da margem de solvência de 196,0% (170,7% em 2008). Num enquadramento económico e financeiro difícil e volátil, a Império Bonança continuou assim a reforçar a sua confortável situação em matéria de solvência, proporcionando um elevado índice de segurança a todos os segurados e agentes económicos que se relacionam com a companhia.
5. Governo da Sociedade
O modelo de governo da sociedade, que assegura a efectiva segregação de funções de administração e de fiscalização, é composto, de acordo com os Estatutos da Sociedade, pelos seguintes órgãos sociais:
Mesa da Assembleia-geral
Presidente: José Filipe de Sousa Meira Secretário: Maria Isabel Toucedo Lage
Conselho de Administração
Presidente: Jorge Manuel Baptista Magalhães Correia Vogais: Eugénio Manuel dos Santos Ramos
José António Rodrigues Nunes Coelho Francisco Xavier da Conceição Cordeiro José Manuel Alvarez Quintero
António Manuel Marques de Sousa Noronha José Joaquim Berberan e Santos Ramalho
Conselho Fiscal
Presidente: José Luís Saldanha Sanches Vogais: José António da Costa Figueiredo
Luís Manuel Machado Vilhena da Cunha
Suplente: João Manuel Gonçalves Correia das Neves Martins
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
Deloitte & Associados, SROC, S.A, representada por Maria Augusta Cardador Francisco
Comissão de vencimentos
Caixa Seguros, SGPS, S.A., representada por Vitor José Lilaia da Silva e por Henrique Pereira Melo
Secretário da sociedade
Comités especializados
Deu-se continuidade ao modelo de governo definido pela companhia em 2008, que institucionalizou um nível intermédio de análise e decisão sectorial, através da criação de comités específicos, os quais consolidaram o seu funcionamento no ano de 2009.
Esta solução visou agilizar o funcionamento do Conselho de Administração e integrar mais a direcção de topo no processo decisório. Os Comités funcionam na base de competências delegadas pelo Conselho de Administração, sem prejuízo da posterior ratificação das suas decisões pelo órgão de gestão.
Sistema de gestão de riscos e de controlo interno
Em 2009 a Companhia prosseguiu o desenvolvimento destes sistemas através, nomeadamente, do início da utilização do conceito de capital económico nos processos de gestão, bem como da consolidação do sistema de gestão de risco operacional e da sistematização dos processos de controlo interno.
Ficam assim criadas as condições para uma ampla integração destes sistemas no modelo de negócio e para a criação de um processo de introdução de melhorias contínuas nos mesmos.
6. Perspectivas de Evolução
Prevê-se que a actividade da Império Bonança decorra, em 2010, num contexto de crise económica, caracterizada por elevados níveis de endividamento privado e por uma situação de desequilíbrio orçamental do Estado, cuja correcção acarretará diversos processos de ajustamento, designadamente a retirada de estímulos públicos e a redução de despesas.
Estes condicionantes fazem igualmente antecipar a manutenção de uma taxa de desemprego em torno de 10% e de reduzidos níveis de investimento.
De um modo geral, este enquadramento não deixará de ter repercussões negativas na actividade seguradora. Por outro lado, em períodos de dificuldade como o actual surgem oportunidades específicas que não devem ser desaproveitadas, seja em termos de aprofundamento de processos de reorganização interna, seja no que respeita a possibilidades de crescimento não orgânico, designadamente em mercados de interesse estratégico para o Grupo CGD.
As prioridades estratégicas da Império Bonança continuarão a ser orientadas para um objectivo de crescimento rentável, através da tomada de medidas específicas que permitam reforçar as vertentes de rentabilidade, posicionamento competitivo, reforço das marcas, inovação nos produtos, dinamização dos canais de distribuição, reestruturação interna e internacionalização.
Dadas as exigências acrescidas em matéria de gestão de riscos no negócio segurador, e em ligação com o Projecto Solvência II, a empresa prosseguirá, em 2010, a implementação de acções visando adequar a sua estrutura aos novos padrões de supervisão do mercado e optimizar a utilização de capital.
7. Proposta de Aplicação de Resultados
O resultado líquido individual do exercício de 2009 ascendeu a -6 364 035,36 euros, propondo-se que seja transferido para a rubrica resultados transitados.
8. Considerações Finais
Ao concluir o presente Relatório, o Conselho de Administração expressa o seu agradecimento a todos quantos contribuíram para o desenvolvimento e continuada afirmação da Companhia, salientando particularmente: • As autoridades de supervisão, em particular o Instituto de Seguros de Portugal, pelo especial acompanhamento do Sector e intervenção oportuna;
• A Associação Portuguesa de Seguradores, pelo esforço de representação das seguradoras em áreas de interesse comum;
• A Mesa da Assembleia-geral, o Conselho Fiscal e a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, pelo interesse, disponibilidade e empenho sempre presentes no acompanhamento e controlo da actividade da companhia;
• Os Agentes, Corretores e Resseguradores, pelo apoio prestado e pela confiança com que honram a Companhia;
• Os Colaboradores que, com profissionalismo, dedicação e competência, tornaram possível a contínua valorização da Companhia.
A todos os Clientes da companhia importa expressar um especial reconhecimento pela preferência com que distinguem a Império Bonança e pelo estímulo permanente no sentido da melhoria da qualidade de serviço.
Lisboa, 12 de Fevereiro de 2010 O Conselho de Administração
Jorge Manuel Baptista Magalhães Correia – Presidente Eugénio Manuel dos Santos Ramos
José António Rodrigues Nunes Coelho Francisco Xavier da Conceição Cordeiro José Manuel Alvarez Quintero
António Manuel Marques de Sousa Noronha José Joaquim Berberan e Santos Ramalho
Anexo ao Relatório de Gestão a que se Refere
o Artigo 448º, Nº4, do Código das Sociedade Comerciais
À data do encerramento do exercício de 2009, encontrava se na situação prevista no artigo 448º, nº 4, do Código das Sociedades Comerciais CAIXA SEGUROS E SAÚDE, SGPS, S.A., titular de 40. 401 080 acções representativas de 100% do capital social e dos direitos de voto da Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A.
2.
Demonstrações Financeiras
Balanços em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
(Valores em Euros)
2009
Valor Imparidade, Valor 2008
BALANÇO Notas Bruto depreciações / Líquido
amortizações ou ajustamentos
ACTIVO
Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 3 e 10 148 258 411 - 148 258 411 115 589 096 Investimentos em filiais, associadas e empreend. conjuntos 4 e 10 (anexo 1) 2 454 085 - 2 454 085 2 454 085 Activos financeiros detidos para negociação 5 e 10 6 533 899 - 6 533 899 6 013 335 Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo
valor através de ganhos e perdas 5 e 10 74 373 479 - 74 373 479 112 403 571 Activos disponíveis para venda 7 e 10 (anexo 1) 1 650 264 853 - 1 650 264 853 1 637 017 841 Empréstimos e contas a receber 10 42 693 733 - 42 693 733 44 787 691
Empréstimos concedidos 8 1 109 816 - 1 109 816 1 303 198
Depósitos junto de empresas cedentes 8 409 976 - 409 976 43 222 493
Outros depósitos 8 40 911 941 - 40 911 941 -
Outros 8 262 000 - 262 000 262 000
Terrenos e edíficios 10 57 968 525 (5 962 677) 52 005 848 53 285 461 Terrenos e edíficios de uso próprio 9 27 801 182 (5 962 677) 21 838 505 23 443 364 Terrenos e edifícios de rendimento 9 30 167 343 - 30 167 343 29 842 097 Outros activos tangíveis 10 e 11 20 217 909 (14 109 623) 6 108 286 5 744 111
Inventários 110 298 - 110 298 97 234
Outros activos intangíveis 12 6 335 280 (3 926 873) 2 408 407 2 239 934 Provisões técnicas de resseguro cedido 116 539 684 - 116 539 684 137 602 116 Provisão para prémios não adquiridos 13 28 699 743 - 28 699 743 33 642 197
Provisão para sinistros 13 87 839 941 - 87 839 941 103 959 919
Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 30 9 318 252 - 9 318 252 6 752 313 Outros devedores por operações de seguros e outras operações 163 526 172 (39 438 861) 124 087 311 218 783 817 Contas a receber por operações de seguro directo 14 100 456 942 (20 506 430) 79 950 512 108 786 743 Contas a receber por outras operações de resseguro 14 7 102 358 (3 199 159) 3 903 199 14 105 831 Contas a receber por outras operações 14 55 966 872 (15 733 272) 40 233 600 95 891 243
Activos por impostos 29 182 828 - 29 182 828 44 090 237
Activos por impostos correntes 15 300 517 - 300 517 5 557 596
Activos por impostos diferidos 15 28 882 311 - 28 882 311 38 532 641
Acréscimos e diferimentos 16 4 491 481 - 4 491 481 4 032 778
TOTAL ACTIVO 2 332 268 889 (63 438 034) 2 268 830 855 2 390 893 620
Balanços em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
(Valores em Euros)
BALANÇO Notas 2009 2008
PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO
Provisões técnicas 1 531 217 667 1 691 598 427
Provisão para prémios não adquiridos 17 97 149 768 120 324 680
Provisão matemática do ramo vida 17 612 373 218 659 942 015
Provisão para sinistros 786 243 358 882 201 262
De vida 17 24 485 022 25 307 486
De acidentes de trabalho 17 310 264 416 331 160 853
De outros ramos 17 451 493 920 525 732 923
Provisão para participação nos resultados 17 17 047 529 13 057 843
Provisão para compromissos de taxa 17 2 844 657 4 228 965
Provisão para desvios de sinistralidade 17 7 036 289 6 540 728
Provisão para riscos em curso 17 8 522 848 5 302 934
Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos
de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento 18 229 882 765 204 041 825
Outros passivos financeiros 113 071 834 116 886 583
Passivos subordinados 19 76 600 000 76 600 000
Depósitos recebidos de resseguradores 19 36 436 561 40 207 501
Outros 19 35 273 79 082
Outros credores por operações de seguros e outras operações 95 220 058 89 640 559 Contas a pagar por operações de seguro directo 20 64 181 461 68 217 336 Contas a pagar por outras operações de Resseguro 20 14 322 743 13 162 060
Contas a pagar por outras operações 20 16 715 854 8 261 163
Passivos por impostos 20 315 897 17 900 417
Passivos por impostos correntes 15 17 670 317 14 835 939
Passivos por impostos diferidos 15 2 645 580 3 064 478
Acréscimos e diferimentos 21 21 250 258 25 400 779 Outras Provisões 22 47 695 563 43 674 426 TOTAL PASSIVO 2 058 654 042 2 189 143 016 CAPITAL PRÓPRIO Capital 23 202 005 400 202 005 400 Reservas de reavaliação 24 (10 819 470) (66 294 497)
Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros 24 (16 196 060) (71 462 915) Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 24 5 376 590 5 168 418
Reserva por impostos diferidos 24 3 828 491 20 317 273
Outras reservas 24 (3 569 737) (6 369 737)
Resultados transitados 24 25 096 164 25 091 799
Resultado do exercício 24 (6 364 035) 27 000 366
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 210 176 813 201 750 604 TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 2 268 830 855 2 390 893 620
Nº de Identificação Fiscal: 500 069 468
Lisboa, 24 de Fevereiro de 2010
O Director de Contabilidade e Informação Financeira Carlos F. Tomé Silva Westerman
O Técnico Oficial de Contas Filipe A. da Silva Santos
O Conselho de Administração Jorge M. B. Magalhães Correia Presidente Eugénio Manuel dos Santos Ramos José António Rodrigues Nunes Coelho José Joaquim Berberan e Santos Ramalho
Francisco Xavier da Conceição Cordeiro José Manuel Alvarez Quintero António Manuel Marques de Sousa Noronha
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Contas de Ganhos e Perdas para os Exercícios Findos
em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
Conta de Ganhos e Perdas
(Valores em Euros)
2009 Técnica Técnica Não
Notas Vida Não Vida Técnica Total 2008
Nº de Identificação Fiscal: 500 069 468
Prémios adquiridos líquidos de resseguro 73 091 043 305 718 080 - 378 809 123 462 966 199 Prémios brutos emitidos 25 (anexo 4) 74 177 486 401 281 045 - 475 458 531 586 197 132 Prémios de resseguro cedido 25 (anexo 4) (1 117 453) (116 986 908) - (118 104 361) (136 149 417) Provisão para prémios não adquiridos (variação) 17 e 25 (anexo 4) 31 010 28 027 838 - 28 058 848 12 745 851 Provisão para prémios não adquiridos, parte resseguradores (variação) 25 (anexo 4) - (6 603 895) - (6 603 895) 172 633 Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos
contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de
prestação de serviços 26 177 869 - - 177 869 144 495
Custos com sinistros, líquidos de resseguro (133 390 147) (203 446 180) - (336 836 327) (417 352 775) Montantes pagos (134 192 748) (280 694 588) - (414 887 336) (417 144 875) Montantes brutos 27 (anexo 3) (134 392 474) (344 513 627) - (478 906 101) (499 060 794) Parte dos resseguradores 27 (anexo 3) 199 726 63 819 039 - 64 018 765 81 915 919 Provisão para sinistros (variação) 802 601 77 248 408 - 78 051 009 (207 900) Montante bruto 27 (anexo 3) 388 839 93 592 520 - 93 981 359 814 425 Parte dos resseguradores 27 413 762 (16 344 112) - (15 930 350) (1 022 325) Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 1 384 308 (3 715 476) - (2 331 168) (1 324 172) Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro 47 563 249 - - 47 563 249 57 987 993
Montante bruto 27 47 563 249 - - 47 563 249 57 987 993
Parte dos resseguradores 27 - - - - -
Participação nos resultados, líquida de resseguro 27 (2 150 698) - - (2 150 698) (6 202 321) Custos e gastos de exploração líquidos (13 831 163) (115 314 381) - (129 145 544) (129 667 936) Custos de aquisição 28 (10 424 194) (83 664 111) - (94 088 305) (117 019 385) Custos de aquisição diferidos (variação) 17 - (4 883 936) - (4 883 936) (908 185) Gastos administrativos 28 (3 406 969) (34 167 960) - (37 574 929) (26 604 841) Comissões e participação nos resultados de resseguro - 7 401 626 - 7 401 626 14 864 475
Rendimentos 28 996 072 26 201 319 2 740 721 57 938 112 83 321 343
De juros de activos financeiros não valorizados
ao justo valor por via de ganhos e perdas 31 25 919 227 23 516 867 2 152 156 51 588 250 75 011 579
Outros 31 3 076 845 2 684 452 588 565 6 349 862 8 309 764
Gastos financeiros (954 532) (3 719 702) (168 338) (4 842 572) (5 452 924)
Outros 28 e 32 (954 532) (3 719 702) (168 338) (4 842 572) (5 452 924)
Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados
ao justo valor através de ganhos e perdas (119 144) 6 294 289 771 967 6 947 112 8 914 578 De activos disponíveis para venda 33 5 012 443 6 294 289 771 967 12 078 699 11 798 825 De passivos financeiros valorizados a custo amortizado 33 (5 131 587) - - (5 131 587) (2 884 247) Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados
ao justo valor através de ganhos e perdas (3 935 953) (1 736 926) (111 344) (5 784 223) (21 131 904) Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação 34 (2 127 951) - - (2 127 951) 1 661 855 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no
reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas 34 (1 808 002) (1 736 926) (111 344) (3 656 272) (22 793 759)
Diferenças de câmbio 35 155 343 20 464 22 828 198 635 (520 703)
Ganhos líquidos pela venda de activos não financeiros que não estejam classificados como activos não correntes detidos para venda e unidades
operacionais descontinuadas 443 000 23 986 557 197 1 024 183 (392 807) Perdas de imparidade (líquidas reversão) (11 354 885) (6 946 157) (3 936 654) (22 237 696) (6 400 331) De activos disponíveis para venda 36 (10 973 888) (5 808 025) (5 123 201) (21 905 114) (10 544 469)
De outros 36 (380 997) (1 138 132) 1 186 547 (332 582) 4 144 138
Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro 37 10 628 4 206 565 - 4 217 193 1 623 298
Outros rendimentos/gastos 38 - - (2 301 542) (2 301 542) 9 292 167
RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS (13 915 010) 7 585 881 (2 425 165) (8 754 294) 35 804 200
Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos correntes 15 - - (1 137 226) (1 137 226) (5 815 044) Imposto sobre o rendimento do exercício - Impostos diferidos 15 - - 3 527 485 3 527 485 (2 988 790)
Demonstrações dos Fluxos de Caixa Para os Exercícios Findos
em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Fluxos operacionais antes das variações nos activos e passivos:
Prémios recebidos, líquidos de resseguro 357 354 170 450 047 715
Sinistros pagos, líquidos de resseguro (391 357 109) (397 511 057)
Comissões de contratos de seguro, de investimento e de prestação de serviços, líquidas (42 254 887) (51 054 072) Pagamentos de participações nos resultados, líquidas de resseguro - (623 926)
Resultados cambiais 198 635 (520 703)
Pagamentos a empregados e fornecedores (97 172 340) (102 963 219)
Contribuições para fundos de pensões (7 132 407) (655 000)
Outros (3 218 127) 4 455 581
(183 582 064) (98 824 681)
(Aumentos) / diminuições nos activos operacionais
Devedores por operações de seguro directo e resseguro 38 137 760 57 041 963
Devedores por outras operações 56 498 750 (80 378 598)
94 636 509 (23 336 636)
Aumentos / (diminuições) nos passivos operacionais
Passivos financeiros relativos a contratos de investimento 20 709 353 734 883
Depósitos recebidos de resseguradores (4 918 183) (2 212 993)
Credores por operações de seguro directo e resseguro (2 875 192) (69 040 941)
Credores por outras operações 8 454 691 (2 995 014)
Outros passivos (6 832 801) 79 082
14 537 868 (73 434 983)
Caixa líquida das actividades operacionais antes de impostos (74 407 687) (195 596 299)
Pagamentos de impostos sobre o rendimento 10 013 358 (15 421 083)
Caixa líquida das actividades operacionais (64 394 329) (211 017 382) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos resultantes da venda ou reembolso de:
Activos financeiros designados ao justo valor através de ganhos e perdas 42 559 143 45 007 791
Activos financeiros disponíveis para venda 516 635 784 836 448 256
Propriedades de investimento 452 000 1 140 400
Activos tangíveis e intangíveis 2 050 014 619 022
Rendimentos de activos financeiros 45 792 963 86 679 510
Outros recebimentos 6 403 493 8 319 171
613 893 397 978 214 150
Pagamentos resultantes da aquisição ou originação de:
Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas (3 403 403) (13 331 746) Activos financeiros disponíveis para venda (483 983 545) (815 340 445)
Propriedades de investimento - (3 489 746)
Activos tangíveis e intangíveis (3 341 579) (4 278 495)
Outros (260 089) (92 465)
(490 988 616) (836 532 897) Caixa líquida das actividades de investimento 122 904 782 141 681 252 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Juros de passivos subordinados (1 640 772) (3 767 571)
Distribuição de Dividendos (24 200 366)
-Caixa líquida das actividades de financiamento (25 841 138) (3 767 571)
Aumento (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes 32 669 315 (73 103 700)
Caixa e seus equivalentes no início do período 115 589 096 188 692 796 Caixa e seus equivalentes no fim do período 148 258 411 115 589 096
32 669 315 (73 103 700)
(Valores em Euros)
2009 2008
Demonstração de Variações no Capital Próprio nos Exercícios de 2009 e 2008
Capital Reservas de Reservas por Reserva Prémios de Outras Resultados Resultado do Total Social Reavaliação Impostos Diferidos legal emissão reservas transitados exercício
(Valores em Euros) Nº de Identificação Fiscal: 500 069 468
Outras Reservas
Saldos em 31 de Dezembro de 2007 202 005 400 (21 114 020) 7 789 037 14 218 379 13 063 978 (64 917 544) 21 721 890 34 576 367 207 343 487
Aplicação do resultado - - - 3 127 000 - 28 138 450 3 310 917 (34 576 367) - Ganhos líquidos por ajustamentos
no justo valor de activos financeiros
disponíveis para venda - (45 302 790) 11 588 410 - - - (33 714 380) Valorização de imóveis de uso próprio - 181 305 939 826 - - - 1 121 131 Alienação de imóveis de uso próprio - (58 992) - - - - 58 992 - - Resultado líquido do período - - - 27 000 366 27 000 366
Saldos em 31 de Dezembro de 2008 202 005 400 (66 294 497) 20 317 273 17 345 379 13 063 978 ( 36 779 094 ) 25 091 799 27 000 366 201 750 604
Aplicação do resultado - - - 2 800 000 - - - (2 800 000) - Distribuição de dividendos - - - (24 200 366) (24 200 366) Ganhos líquidos por ajustamentos
no justo valor de activos financeiros
disponíveis para venda - 55 266 855 (14 371 171) - - - 40 895 684 Valorização de imóveis de uso próprio - 212 537 (2 117 611) - - - (1 905 074) Alienação de imóveis de uso próprio - (4 365) - - - - 4 365 - - Resultado líquido do período - - - (6 364 035) (6 364 035)
Demonstração do Rendimento Integral para os Exercícios Findos
em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
(Valores em Euros)
2009 2008
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (6 364 035) 27 000 366
Variação em valias potenciais de activos financeiros disponíveis para venda:
Valor bruto 59 281 446 (52 631 366)
Participação dos segurados - vida com participação (4 014 591) 7 328 576
Imposto diferido (9 713 103) 5 299 987
Imposto corrente - produtos vida com participação nos resultados (4 658 068) 6 288 423 Variação em valias potenciais de imóveis de uso próprio:
Valor bruto 212 537 181 305
Imposto diferido (2 117 611) 939 826
RENDIMENTO RECONHECIDO DIRECTAMENTE NO CAPITAL PRÓPRIO 38 990 610 (32 593 249) TOTAL DOS RENDIMENTOS E GASTOS RECONHECIDOS NO PERÍODO 32 626 575 (5 592 883)
Nº de Identificação Fiscal: 500 069 468
3.
Anexo às Demonstrações Financeiras
1. Nota Introdutória
A Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A. ("Império Bonança" ou "Companhia") foi constituída através da fusão em 30 de Dezembro de 2000 da Companhia de Seguros Império, S.A., da Companhia de Seguros Bonança, S.A. e da Bonança Vida - Companhia de Seguros, S.A..
Nos exercícios de 2003 e 2004 a Companhia incorporou por fusão a Autogere - Companhia Portuguesa de Seguros, S.A. e a ICI - Companhia de Seguros Comércio e Indústria, S.A., respectivamente.
A Companhia dedica-se ao exercício da actividade de seguro e resseguro em todos os ramos técnicos. Tradicionalmente, o ramo não vida é o mais importante em volume de prémios, representando 86 % dos prémios emitidos durante o exercício.
Para a realização da sua actividade, a Império Bonança dispõe de uma rede de agências em todo o território nacional, centros de mediadores e agências de clientes. Adicionalmente, a Companhia possui Sucursais no Luxemburgo e em França (esta última em descontinuação).
As demonstrações financeiras da Império Bonança em 31 de Dezembro de 2009 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de Fevereiro de 2010. Estas demonstrações financeiras estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas. No entanto, o Conselho de Administração admite que venham a ser aprovadas sem alterações significativas.
2. Políticas Contabilísticas
2.1. Bases de Apresentação
As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009 foram preparadas de acordo com os princípios estabelecidos no Plano de Contas para as Empresas de Seguros (PCES), aprovado pela Norma nº 4/2007-R, de 27 de Abril, com as alterações introduzidas pela Norma nº 20/2007-R, de 31 de Dezembro, do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), e as restantes normas regulamentares emitidas por este organismo. O normativo consagrado no Plano de Contas para as Empresas de Seguros corresponde em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro, excepto no que se refere à aplicação da IFRS 4 – “Contratos de seguros”, relativamente à qual apenas foram adoptados os princípios de classificação do tipo de contrato de seguro.
2.2. Conversão de Saldos e Transacções em Moeda Estrangeira
As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data em que foram realizadas.
Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional com base na taxa de câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados ao custo histórico, incluindo activos tangíveis e intangíveis, permanecem registados ao câmbio original.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários registados ao justo valor, tal como acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.
2.3. Instrumentos Financeiros
a) Activos financeiros
Os activos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor. No caso de activos financeiros registados ao justo valor através de resultados, os custos directamente atribuíveis à transacção são registados na rubrica “Encargos com serviços e comissões”. Nas restantes situações, estes custos são acrescidos ao valor do activo. Quando do reconhecimento inicial estes activos são classificados numa das seguintes categorias definidas na Norma IAS 39:
i) Activos financeiros ao justo valor através de resultados Esta categoria inclui:
• Activos financeiros detidos para negociação, que correspondem essencialmente a títulos adquiridos com o objectivo de realização de ganhos como resultado de flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles que cumpram os requisitos de contabilidade de cobertura; e
• Activos financeiros classificados de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados (“Fair Value Option”). Esta designação encontra-se limitada a situações em que a sua adopção resulte na produção de informação financeira mais relevante, nomeadamente:
• Caso a sua aplicação elimine ou reduza de forma significativa uma inconsistência no reconhecimento ou mensuração (“accounting mismatch”) que, caso contrário, ocorreria em resultado de mensurar activos e passivos relacionados ou reconhecer ganhos e perdas nos mesmos de forma inconsistente; • Grupos de activos financeiros, passivos financeiros ou ambos que sejam geridos e o seu desempenho avaliado com base no justo valor, de acordo com estratégias de gestão de risco e de investimento formalmente documentadas; e informação sobre os mesmos seja distribuída internamente aos órgãos de gestão.
Adicionalmente, é possível classificar nesta categoria instrumentos financeiros que contenham um ou mais derivados embutidos, a menos que:
• Os derivados embutidos não modifiquem significativamente os fluxos de caixa que de outra forma seriam produzidos pelo contrato;
• Fique claro, com pouca ou nenhuma análise, que a separação dos derivados implícitos não deve ser efectuada.
Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do exercício, na rubrica “Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas”. ii) Empréstimos e contas a receber
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo. Esta categoria inclui depósitos junto de empresas cedentes, empréstimos concedidos, depósitos em instituições de crédito e ainda valores a receber pela prestação de serviços ou alienação de bens, registados em “Outros devedores por operações de seguros e outras operações”.
No reconhecimento inicial estes activos são registados pelo seu justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva.
iii) Activos financeiros disponíveis para venda
Esta categoria inclui os seguintes instrumentos financeiros aqui registados quando do reconhecimento inicial: • Títulos de rendimento variável não classificados como activos financeiros ao justo valor através de resultados, incluindo instrumentos de capital detidos com carácter de estabilidade;
• Obrigações e outros instrumentos de dívida aqui classificados no reconhecimento inicial; • Unidades de participação em fundos de investimento.
Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas resultantes da reavaliação são registados directamente em capitais próprios, na “Reserva de justo valor”. No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício, sendo registadas nas rubricas de “Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas” ou “Perdas de imparidade (líquidas de reversão)”, respectivamente.
Para determinação dos resultados na venda, os activos vendidos são valorizados pelo custo médio de aquisição.
Os juros relativos a instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados com base no método da taxa efectiva, sendo reconhecidos em “Rendimentos”, da demonstração de ganhos e perdas. Os dividendos de instrumentos de capital classificados nesta categoria são registados como proveitos na rubrica “Rendimentos”, quando é estabelecido o direito da Companhia ao seu recebimento. Justo valor
Conforme acima referido, os activos financeiros registados nas categorias de Activos financeiros ao justo valor através de ganhos e perdas e Activos financeiros disponíveis para venda são valorizados pelo justo valor.
O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou passivo financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes independentes, informadas e interessadas na concretização da transacção em condições normais de mercado.
O justo valor de activos financeiros é determinado por um órgão do Grupo independente da função de negociação, com base em:
• Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em mercados activos; • Relativamente a instrumentos de dívida não transaccionados em mercados activos (incluindo títulos não cotados ou com reduzida liquidez) são utilizados métodos e técnicas de valorização, que incluem: - Preços (bid prices) difundidos por meios de difusão de informação financeira, nomeadamente a Bloomberg e a Reuters, incluindo preços de mercado disponíveis para transacções recentes;
- Cotações indicativas (bid prices) obtidas junto de instituições financeiras que funcionem como market-makers;
- Modelos internos de valorização, os quais têm em conta os dados de mercado que seriam utilizados na definição de um preço para o instrumento financeiro, reflectindo as taxas de juro de mercado e a volatilidade, bem como a liquidez e o risco de crédito associado ao instrumento.
• Os restantes instrumentos de capital não cotados e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade (por exemplo, pela inexistência de transacções recentes) são mantidos ao custo, deduzido de eventuais perdas por imparidade.
b) Passivos financeiros
Os passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor, deduzido de custos directamente atribuíveis à transacção. Os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias:
i) Passivos financeiros ao justo valor através de resultados
Os passivos financeiros ao justo valor através de resultados incluem instrumentos financeiros derivados com reavaliação negativa. Estes passivos encontram-se registados pelo justo valor, sendo os ganhos ou perdas resultantes da sua valorização subsequente registados nas rubricas de “Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas”.
ii) Outros passivos financeiros
Esta categoria inclui passivos subordinados, depósitos recebidos de resseguradores e ainda passivos incorridos para pagamento de prestações de serviços ou compra de activos, registados em “Outros credores por operações de seguros e outras operações”.
Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado sendo os juros, quando aplicável, reconhecidos de acordo com o método da taxa efectiva.
c) Derivados e contabilidade de cobertura
A Companhia realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.
Subsequentemente, os derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: • Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash--flows descontados e modelos de valorização de opções.
Derivados embutidos
Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:
• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com as características económicas e os riscos do contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e • A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor com as respectivas variações reflectidas em resultados.