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Gustavo da Silva Diniz Geógrafo UNESP/Rio Claro

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DINÂMICA REGIONAL E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS MUNICIPAIS EM CULTURA E DOS EQUIPAMENTOS CULTURAIS:

UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE CULTURA E DESENVOLVIMENTO NA REGIÃO ADMINISTRATIVA DE CAMPINAS.¹

Gustavo da Silva Diniz

Geógrafo – UNESP/Rio Claro – diniz@rc.unesp.br

Roberto Braga

Geógrafo, Doutor em Geografia Humana – rbragra@rc.unesp.br Chefe do Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento. UNESP-Rio Claro

INTRODUÇÃO

Em função da crise do pensamento econômico convencional do final do século XX, a cultura, juntamente com a dimensão social e política, passam a ocupar lugar central no debate sobre as políticas de desenvolvimento.

O desenvolvimento regional deve colocar em primeiro plano o desenvolvimento de sua população e suas potencialidades, levando em conta a satisfação de suas necessidades, suas aspirações e o exercício de seu gênio criativo. Concomitante a este enfoque, a análise de indicadores econômicos e financeiros possui vital importância para a compreensão da realidade regional, sendo que a cultura se constitui em um elemento chave na interação de aspectos econômicos e sociais.

O Estado possui vital papel na criação de condições de acesso, produção, difusão, preservação e livre circulação à cultura. Uma política cultural inclusiva, pluralista e democrática necessita, dentre outros fatores, dos investimentos públicos em áreas e expressões que pouca atração exercem sobre os capitais privados.

A República brasileira possui um regime político federativo no qual o Estado é organizado em três níveis de governo: União, Estados e municípios. O orçamento destinado ao setor cultural por parte da União e dos Estados é ínfimo, e o federalismo cultural brasileiro é frágil e acentuado por desigualdades regionais, sociais e econômicas.

O principal investidor e instância mais próxima dos modos de vida da população e do fazer cultural é o município. Os municípios brasileiros possuem acentuadas

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¹ Este trabalho apresenta resultados intemediários de pesquisa apoiada pela FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

diferenças em seu dinamismo econômico, potencial de receita, gasto tributário e também em seus aspectos demográficos. A cultura se desenvolve em relação ao território, e, em escala nacional, nota-se, no território brasileiro, a correlação entre concentração de renda e concentração dos equipamentos culturais e recursos municipais destinados ao setor cultural.

Nesta perspectiva, sabendo que cabe à ação política a modificação do atual modelo de desenvolvimento, torna-se interessante pensar estratégias de desenvolvimento cultural e estudos que mensurem e avaliem a citada correlação, e possivelmente subsidiem futuras políticas públicas destinadas ao setor, dentro da esfera

regional.

OBJETIVOS

O presente trabalho visa quantificar e espacializar os investimentos públicos municipais em cultura, os equipamentos culturais e também indicadores municipais econômicos, orçamentários e demográficos na Região Administrativa de Campinas, a partir da década de 1990. Pretende-se assim, compreender a evolução e distribuição espacial dos investimentos públicos municipais em cultura e equipamentos culturais, estabelecer sua relação com a dinâmica regional, correlacioná-los a distribuição do capital na região, e assim contribuir para compreensão da relação entre cultura e desenvolvimento na região em estudo.

CULTURA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A Região é uma estrutura complexa. Para Kayser (1980) trata-se de um espaço preciso, porém não imutável, inscrito, sobre a terra, em um quadro natural determinado, respondendo a três características essenciais: os laços existentes entre seus habitantes, sua organização em torno de um centro dotado de certa autonomia, e sua integração funcional em uma economia global.

Dentro da perspectiva do planejamento regional, Souza (1976) considera a região tendo limites a se reconhecer e não a inventar, um compartimento do espaço onde os homens vivem em solidariedade de economia e comportamento. Para Lencioni (1999) a região deve

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ser considerada como parte de um todo e, ao mesmo tempo, uma totalidade aberta e em movimento.

Por ser a região um organismo humano, seu estudo coloca em primeiro plano o conhecimento dos homens (KAYSER, 1980). Logo, o desenvolvimento de uma região deve se pautar pelo desenvolvimento cultural de sua população e de suas potencialidades, conforme coloca Furtado (2003, p.1):

A idéia de desenvolvimento está intimamente ligada ao desenvolvimento das potencialidades humanas, pelo que resulta natural que inclua uma mensagem positiva em si mesma. Uma sociedade se considera desenvolvida na medida em que seus membros podem satisfazer suas necessidades, expressar suas aspirações e exercitar seu gênio criativo. (FURTADO, 2003, p.1)

De acordo com Clemente (2000), é necessária uma visão abrangente na análise do desenvolvimento regional, considerando seus vários aspectos, entre os quais destaca o econômico, o social, o político e o cultural. Meira (2007) pontua que a cultura deve ter um lugar estratégico no processo de desenvolvimento social, político e econômico do Brasil. Para Kliksberg (2002, p.27) “as inter-relações entre cultura e desenvolvimento são de todo tipo, e é surpreendente a escassa atenção que lhes foi dada”. Segundo Valladao (2000 apud SCHIMDT 2003, p.219) mesmo com todas as ambigüidades que o termo cultura encerra, ele se constitui hoje o centro dos debates sobre desenvolvimento.

De acordo com Sen (2003), a cultura participa do desenvolvimento em três sentidos distintos, mas relacionados entre si. O primeiro refere-se ao papel constitutivo, que entende o desenvolvimento cultural como uma componente indissociável do desenvolvimento da economia em geral. Privar as pessoas da oportunidade de entender e cultivar sua criatividade, já seria por si só um obstáculo ao desenvolvimento. O segundo refere-se ao papel educativo, o qual entende que as coisas que valorizamos intrinsecamente refletem o impacto de nossa cultura. O terceiro papel é o instrumental que diz que, independente do objetivo que se pretende alcançar, sua busca estará influenciada pela natureza de nossa cultura e por nossa ética de comportamento. Por fim, também destaca que a cultura não pode se subordinar à objetivos de desenvolvimento econômico.

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Para Schmidt (2003) a dimensão regional está associada ou implícita em vários tópicos do debate acerca da dimensão cultural do desenvolvimento. Concordantemente a este raciocínio, Botelho (2007, p.238) ressalta que: “Cada vez mais se torna interessante pensar estratégias de desenvolvimento cultural em termos regionais. Isto dá maior força as ações bem como provoca um efeito de “contaminação” muito positivo”.

Portanto, concluí-se primordial a presença da dimensão cultural nas análises do desenvolvimento regional, devido a todas as inter-relações até aqui pontuadas, e já que, como coloca Kliksberg (2002), a cultura é um componente chave na correlação de aspectos sociais e econômicos.

POLÍTICA CULTURAL E QUESTÃO FEDERATIVA

A construção de uma política cultural inclusiva, pluralista e democrática, aberta às diferentes demandas sociais, necessita que o Estado medie as diferentes concepções políticas e estéticas que se cruzam na sociedade, garantindo às minorias sociais e grupos divergentes que suas matérias e formas de expressão culturais possam ter acesso ao canais de comunicação, e condições para preservação e livre circulação. (JUNIOR, 2007)

De acordo com Ferreira (2006) o Estado possui vital papel em criar condições de acesso, produção, difusão, preservação e livre circulação à cultura, regular as economias da cultura para evitar monopólios, exclusões e ações predatórias e democratizar o acesso aos bens e serviços culturais.

Segundo Furtado (1984), o objetivo central de uma política cultural deve ser a liberação das forças criativas da sociedade. Segundo o autor não se trata de o Estado monitorar a atividade criativa, e sim abrir espaço para seu florescimento.

A República brasileira possui um regime político federalista, organizado em três níveis de governo -União, Estados e municípios – tendo seus encargos mínimos e fontes de receita determinados constitucionalmente (SILVA, 1995). No tocante a política cultural brasileira, Botelho (2001) destaca que os recursos orçamentários dos órgãos públicos, nos três níveis de governo, são tão pouco significativos que suas próprias instituições concorrem com os produtores culturais por financiamento privado, sendo que a produção cultural brasileira hoje deve sua atividade basicamente às leis de incentivo fiscal federal, estaduais e municipais.

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Avaliando a localização dos investimentos em cultura e dos equipamentos culturais, Zaniratti (2007) cita a existência, no território brasileiro, de uma clara divisão de incluídos e excluídos que coincide com a distribuição do capital. Raciocínio este concordante ao de Barbosa (2007, p.11) que pontua que a cultura e o mercado de bens culturais se desenvolvem em relação aos territórios e à expansão das cidades, e que “a capacidade financeira desigual torna a oferta de bens culturais por meio do financiamento público acessível a poucos municípios, concentrados nas capitais e regiões metropolitanas mais pujantes economicamente.”

Segundo Barbosa (2007), o principal nível de governo responsável pelos investimentos em cultura é o municipal, sendo que os municípios brasileiros possuem acentuadas diferenças em seu dinamismo econômico, potencial de receita, gasto tributário e, consequentemente, no seu poder de investimento cultural, resultando, por exemplo, que 83% dos municípios brasileiros possuam baixa densidade de oferta de equipamentos culturais, sendo que, para o autor, as dificuldades encontradas em âmbito municipal, muito têm haver com os problemas estruturais enfrentados pelas instituições federais.

No tocante as transferências federais, Barbosa (2007, p.12) afirma que “esses recursos chegam a poucos municípios, não seguem diretrizes coerentes de alocação e nem estão integrados a objetivos políticos claramente enunciados”. Corroborando tal afirmação, Meira (2007) pontua que o federalismo cultural brasileiro ainda é frágil e acentuado pelas desigualdades regionais, sociais e econômicas.

METODOLOGIA

Na primeira etapa da pesquisa, buscou-se compreender a dinâmica regional da RA de Campinas. Deste modo, optou-se pela análise estatística, cartográfica e analítica de indicadores demográficos, econômicos e orçamentários dos 90 municípios da região em estudo, com vistas à compreensão da referida dinâmica a partir da década de 1990.

O indicador demográfico selecionado foi a população total, sendo que utilizou-se como fonte a Fundação SEADE, para os dados municipais e estaduais, e o IBGE para dados nacionais. Os indicadores econômicos escolhidos foram o PIB, os valores adicionados pelos setores agropecuário, industrial e de serviços, e o PIB per capita, tendo como fonte o IPEA (IpeaData). Já para os indicadores orçamentários foram analisados o total da receita

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municipal, receita municipal própria, receita municipal por transferências correntes, receitas municipais de capital e receita municipal total per capita, tendo como fontes a Fundação SEADE , a Secretaria do Tesouro Nacional e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Na segunda etapa da pesquisa objetivou-se a compreensão da distribuição espacial dos investimentos públicos municipais em cultura e dos equipamentos culturais na RA de Campinas, através de análises estatística, cartográficas e analíticas, com vistas à correlação com a dinâmica regional apresentada e à contribuir para a compreensão da relação entre cultura e desenvolvimento na região em estudo.

Os investimentos públicos municipais em cultura foram obtidos juntamente a Fundação SEADE e a Secretaria do Tesouro Nacional. No tocante aos equipamentos culturais foram selecionados os cinemas, teatros, museus, centros culturais e bibliotecas, sendo que as informações tiveram como fonte a Fundação SEADE e o IBGE.

Para mensurar a correlação dos indicadores selecionados estão sendo utilizados o coeficiente de correlação de Pearson - coeficente que mensura a direção e o grau da relação linear entre duas variáveis quantitativas - e também a sobreposição de dados geo-referenciados no software ArcGis 9.3 concomitante a análises interpretativas dos dados e mapas.

RESULTADOS

No tocante a dinâmica regional da população, a RA de Campinas apresenta crescimento populacional percentual acima do estadual e nacional, e também superior aos das demais regiões administrativas do Estado de São Paulo no período de 1991 a 2006. Os municípios que mais acresceram habitantes no período foram Campinas (1º), Piracicaba (2º), Indaiatuba (3º), Limeira (4º) e Jundiaí (5º), sendo que o único município a apresentar decréscimo populacional foi Rafard. Também foi possível observar uma diminuição do número de municípios com menos de 20.000 habitantes e o incremento de municípios de porte médio no período. As Regiões de Governo mais populosas no período de 1991 a 2006 são as de Campinas (1º), Jundiaí (2º), e Limeira (3º), podendo-se observar que a RG de Campinas está aumentando sua participação na população regional total, concentrando praticamente metade da população regional . Por fim pontua-se que o coeficiente de variação

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das populações municipais apresentou uma discreta queda, sinalizando uma ínfima desconcentração populacional entre os municípios da região.

Quanto à dinâmica econômica, no período de 1985 a 2006, a região apresentou uma variação percentual positiva de seu PIB acima da variação estadual e nacional, sendo que na comparação com o Brasil a diferença é mínima. Sendo assim, a participação da Região Administrativa de Campinas no PIB paulista aumentou. Ressalta-se, porém, que no período de 1985 a 1996 esta participação diminuiu, pois a Região Administrativa de Campinas chegou a apresentar recessão em seu PIB, diferentemente do Estado de São Paulo e do Brasil, recessão esta compensada pelo crescimento no período de 1996 a 2006. Dentre os municípios da região, no período de 1985 a 1996, 54 dos 83 existentes apresentaram queda do PIB. Já para o período de 1996 a 2006, apenas 6 municípios apresentaram queda em seu PIB. Na dinâmica econômica regional destaca-se também a grande variação percentual positiva do município de Louveira, enquanto no decréscimo o destaque fica para Morungaba. Quanto ao PIB per capita, a região apresenta um valor maior comparado ao paulista e brasileiro, porém, um menor crescimento no período do que o PIB per capita estadual e nacional. Como municípios com maior PIB per capita destacam-se Louveira e Paulínia, enquanto para o menor, destacam-se Pedra Bela, Vargem e Tuiuti.

No que se refere à estrutura econômica, mediante a análise de distintos setores, nota-se que no período de 1985 a 2006, os valores adicionados pelos setores agropecuário e industrial sofrem queda, acompanhando tendência nacional e estadual, enquanto o setor de serviços apresenta um notável crescimento, também observado em nível nacional e estadual, porém, de maior grau na RA Campinas. No setor de serviços e industrial paulista, a RA Campinas só perde em importância para a Região Metropolitana de São Paulo, sendo que no setor agropecuário é a região paulista que mais adiciona valor, já que concentra fortes produtores de laranja e cana-de-açúcar junto a um importante complexo agroindustrial.

Na dinâmica das receitas municipais, nota-se que a região apresenta crescimento, alcançando a marca de receita total de R$ 9.751.782.412 em 2006 (em R$ de 2008), sendo que o crescimento percentual da receita total regional, no período de 1991 a 2006, ultrapassa os 100% (101,41%). No mesmo período, é possível observar que os municípios que se destacam no aumento em números absolutos de sua receita total foram os de Campinas, Paulínia e Piracicaba. Para o crescimento percentual, destacam-se Louveira, Cordeirópolis e

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Cabreúva. Quanto a composição da receita dos municípios da região, observa-se que a maior porcentagem cabe as receitas de transferências correntes, seguidas pelas receitas municipais próprias, sendo de menor participação as receitas de capitais. Nota-se que para o referido período o único município a apresentar decréscimo em sua receita foi o de Sumaré, o que pode ser explicado pela criação do município de Hortolândia a partir de seu território, o que acabou por gerar perda em sua arrecadação. No tocante a receita municpal per capita, Paulínia e Águas de São Pedro se destacam pelo maior valor durante todo o período analisado. Já os municípios com menores receitas per capita variam, sendo que em 2006, as últimas posições cabem a Itobi, Várzea Paulista e Vargem Grande do Sul.

Quanto à análise da dinâmica dos investimentos públicos municipais em cultura e equipamentos culturais, ainda em vias de conclusão, os resultados apontam para uma baixa prioridade dada ao setor cultural nos orçamentos municipais, sendo que a média regional para os anos de 1992, 1999 e 2006, em nenhum momento chega a ultrapassar 0,8% do orçamento, e também uma baixa presença de equipamentos culturais, sendo que em 2006 apenas 14 municípios apresentavam todos os tipos de equipamentos pesquisados, ainda existindo 4 municípios que não possuiam nenhum.

Os resultados já obtidos indicam a confirmação da hipótese da existência de correlação entre concentração de capital (PIB) e concentração dos investimentos públicos municipais na RA de Campinas, já que o coeficente de correlação entre as citadas variáveis apresentado nos anos de 1992, 1999 e 2006 é sempre maior que 0,9, um valor considerado de grande correlação, sendo que um coeficiente de valor 0 significa a menor correlação possível, e o de valor 1 a correlação máxima. O mapa a seguir (FIGURA 1) exemplifica esta correlação sobrepondo indicadores econômicos e culturais para o ano 2006, no qual o coeficiente de correlação é de 0,918.

FIGURA 1. Região Administrativa de Campinas. 2006.

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CONCLUSÕES

À luz de todo raciocínio anterior, concluí-se que, no período analisado, a Região Administrativa de Campinas apresenta um vigoroso dinamismo populacional e econômico, tendo taxas de crescimento maiores que a estadual e nacional, uma estrutura econômica aonde o setor de serviços apresenta grande crescimento, enquanto os setores agropecuário e industrial registram decréscimos nos valores adicionados outrora apresentados, e um PIB per capita superior aos do Estado de São Paulo e do Brasil, porém, com variação positiva menor que a estadual e nacional.

Quanto aos aspectos orçamentários, nota-se que todos os municípios da região em estudo, com exceção de Sumaré devido à criação de Hortolândia a partir de seu território, tiveram crescimento em suas receitas municipais, sendo que para região como um todo, no período de 1991 a 2006, este crescimento alcança 101,41%. Quanto a composição da receita, verificou-se uma maior participação das receitas por transferências correntes, seguida pelas receitas municipais próprias e com menor participação as receitas de capital.

No tocante aos investimentos municipais em cultura e aos equipamentos culturais, já é possível verificar uma baixa prioridade dada ao setor cultural, demonstrada pela pequena porcentagem destinada à cultura nos orçamentos municipais e pela ausência dos equipamentos analisados em muitos dos municípios da região.

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Por fim, pontua-se que os resultados também apontam para a confirmação da hipótese da existência de correlação entre concentração de capital e concentração dos investimentos públicos municipais na RA de Campinas, demonstrando-se a necessidade do fortalecimento do federalismo cultural brasileiro para que se diminuam as desigualdades inter e intra-regionais da atuação pública no campo cultural.

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