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Angústia, pensamento e as compulsões contemporâneas.

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Academic year: 2022

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Angústia, pensamento e as compulsões contemporâneas.

Thais Klein

A presente exposição faz parte de uma pesquisa mais ampla desenvolvida pelo Núcleo de Estudos em Psicanálise e Clínica da Contemporaneidade (NEPECC)1. Nosso objetivo é explorar a articulação do pensamento e da angústia na psicanálise tendo como ponto de partida os sintomas compulsivos com que nos deparamos na clínica contemporânea.

Atualmente está em curso no NEPECC um estudo sobre as modalidades de padecimento psíquico encontradas sob a égide do diagnóstico psiquiátrico de Transtorno Obsessivo Compulsivo (codificado no DSM-IV-TR), bem como outros tipos de compulsão2. A metodologia denominada “Estudos de casos múltiplos em psicanálise” (VERZTMAN & VIANA, 2014) consiste, grosso modo, no atendimento psicanalítico por diferentes pesquisadores de pacientes com este perfil e supervisões clínicas em grupo. Cabe ressaltar que a intenção não é de comparar diferentes nosografias, como a psicanalítica e a psiquiátrica, mas de um aprofundamento no estudo das compulsões sob a ótica da teoria psicanalítica. Embora seja evidente que este corte amostral possibilite o encontro com uma série de configurações subjetivas distintas, o interesse dos pesquisadores do NEPECC está calcado principalmente na dinâmica psíquica de sujeitos que apresentam atos compulsivos desvinculados de pensamentos obsessivos. A hipótese é de que na contemporaneidade, o ato compulsivo se manifesta com frequência de maneira distinta da descrição clássica de compulsão articulada à neurose obsessiva. Seguindo as indicações de Rudge (2005), o pensamento depende da possibilidade de tolerar angústia, ou seja, de suporta-la. Portanto, ele é tributário do adiamento da descarga da angústia produzindo um intervalo de tempo no qual a compulsão não ocorre, intervalo no qual se pensa. “Pensar” serve como uma possibilidade de elaboração da angústia, retardando/adiando a descarga deste afeto. A angústia, pensada, não se torna avassaladora, mas um sinal de perigo. É nesta esfera que se encontra o neurótico obsessivo. Para Freud (1909/1977), a neurose obsessiva (Zwangneurose) é caracterizada pela hipertrofia do pensamento resultando em um conflito psíquico. O sujeito obsessivo erige uma dinâmica defensiva para se proteger do

1 O NEPECC, coordenado pelos professores Regina Herzog, Teresa Pinheiro e Julio Verztman, é resultado de uma parceria entre o Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica e o IPUB-UFRJ.

2 Faz-se importante ressaltar que as compulsões alimentares e drogadições foram retiradas do escopo do projeto.

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desejo e, também, da dimensão avassaladora da angústia, terminando por ficar enredado em um conflito psíquico que resulta no ato compulsivo (GONDAR, 2001). A compulsão, nesse sentido, diz respeito a uma peculiaridade de determinados sintomas obsessivos: trata-se de pensamentos ou atos movidos por uma força irresistível contra a qual o sujeito gostaria de lutar. Ou seja, o ato compulsivo na neurose obsessiva embora comporte um aspecto que escapa ao sujeito, se refere a um conflito inconsciente.

Diversamente desta configuração, as compulsões prevalentes no contemporâneo aproximam-se da descrição da noção de ato impulsivo proveniente do discurso psiquiátrico. No ato impulsivo, não há um esforço para resistir, ou mesmo justificativa para o ato. O que encontramos nesses casos é uma descarga sem mediação representacional. Paralelamente, pode-se dizer que a angústia que comparece nesses pacientes diz respeito a uma dimensão avassaladora deste afeto, uma vez que não pode ser elaborada pela via do pensamento. Com isso não pretendemos defender a ideia de que esses sujeitos não pensem, e sim investigar um tipo de pensamento distinto daquele descrito na neurose obsessiva.

Faz-se importante delinear melhor em que consiste a ideia de pensamento na teoria freudiana. Conforme nos aponta Gondar (2013), compreender o que é pensar é também compreender o que é sonhar. Em uma nota acrescentada em 1925 ao célebre capítulo VII da Interpretação dos sonhos, Freud declara: “No fundo os sonhos nada mais são do que uma forma particular de pensamento, possibilitada pelas condições do sono.” (FREUD, 1900/1972, p.466). Que forma de pensamento é esta? Um pensar característico do inconsciente? Conforme assegura Freud em 1915, para melhor compreender a distinção entre consciente e inconsciente é importante se ater aos pontos de vista tópico, dinâmico e econômico (id., 1915/1974). Nesse sentido, falar de um pensamento inconsciente é também estar atento a estas dimensões. Os pensamentos são processos que ocorrem de maneira dinâmica nestes sistemas. Cada um deles possui um modo próprio de funcionamento: enquanto o sistema inconsciente é caracterizado por um tipo de processamento, o processo primário, no qual a energia psíquica flui livremente através das representações desde o polo do estímulo ao da resposta; o sistema pré-consciente/consciente está relacionado à energia quiescente ou ligada, isto é, ao processo secundário. Neste, ao invés de escoar livremente, a descarga energética fica suspensa até que muitos caminhos associativos tenham sido percorridos. Espelham- se assim no aparelho psíquico as ações que devem ser executadas para que a descarga atinja seus objetivos de escoamento. Esses processos de pensamento, que nada mais são

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do que "ensaios para a ação", são típicos do sistema pré-consciente. Dessa forma, o pensamento, para Freud, é a contrapartida psíquica da ação, uma vez que ele corresponde a deslocamentos de energia psíquica que visam à descarga motora da excitação. No entanto, podemos dizer que o pensamento em psicanálise se restringe ao paradigma representacional?

A noção de pensamento na teoria freudiana vai além do pensamento consciente e inconsciente, resvalando numa questão crucial para a psicanálise, a saber: a maneira pela qual as intensidades se inscrevem no psiquismo. Essa problemática é central para a temática da angústia. Conforme destacamos anteriormente, o pensamento é justamente o processo que faz com que a angústia se torne tolerável, se torne uma defesa egóica, um sinal. Mas o que podemos dizer sobre a angústia automática, discutida por Freud em Inibições, Sintoma e angústia (FREUD, 1926/1976)? Esta é definida como um afeto que não pode ser elaborado psiquicamente e, por isso, torna-se traumático. É evidente, no entanto, que para a psicanálise o traumático não é considerado um mecanismo estritamente biológico, o que nos leva a crer que quando se afirma que o traumático não pode ser pensado, trata-se do pensamento entendido na sua relação com o paradigma representacional.

Já em Freud podemos vislumbrar outra forma de registro psíquico que não se restringe a representação. Remetemo-nos às proposições da Carta 52 (FREUD, 1950 /1977) que indicam a possibilidade de inscrição no aparato psíquico distinta, mas não oposta, daquela relacionada à representação. Trata-se da noção de Darstellung, impressões psíquicas que, ao não serem inscritas, deixam de ser inseridas na cadeia de representação tornando-se impossibilitadas de articulação a outras impressões mnêmicas. Forma-se, assim, uma espécie de enclave no aparato psíquico, corolário do fracasso do processo de representação. Aquilo que não se inscreve neste registro, não pode se associar a outras representações e acaba por se reproduzir literalmente. Este fenômeno foi observado por Freud através dos sonhos traumáticos, que são evidenciados pelo seu caráter de repetição idêntica. Conforme indicamos anteriormente, investigar o mecanismo do sonho é também se aprofundar na questão do pensamento.

Ferenczi é um autor que traz contribuições relevantes para a noção de sonho traumático. O escrito “Da revisão da interpretação dos sonhos” (FERENCZI, 1934/2011) se inicia com uma oposição à Freud. Se para o último os restos diurnos desagradáveis são uma espécie de empresário do sonho e se associam no sentido de expressarem a realização de desejo, para Ferenczi, os restos diurnos têm um papel

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fundamental no sonho. Em suas palavras: “o retorno dos restos diurnos já representa por si mesmo uma das funções do sonho” (ibid., p. 128). Para Freud, a realização de desejo é a principal função onírica e o sonho traumático consiste em uma exceção à regra, já Ferenczi, torna o traumático o próprio modelo do sonho (GONDAR, 2013).

Isto porque o sonho, segundo Ferenczi, possui uma função traumatolítica. Ou seja, a repetição daquilo que chamamos restos diurnos é, de fato, a repetição de traumas que não puderam ser inscritos na cadeia representacional. Aproximando-se da noção freudiana de Darstellung, esses restos são considerados “impressões sensíveis traumáticas, não resolvidas, que aspiram à resolução” (ibid., p. 129). Cabe frisar que para Ferenczi são as impressões sensíveis que fazem a matéria prima do sonho, e não os pensamentos latentes. Trata-se, portanto, da apresentação de impressões sensíveis e não de representações recalcadas. Os verdadeiros protagonistas do sonho são experiências traumáticas que se tornam impedidas de serem tratadas nos moldes do pensamento primário e secundário, ou seja, que não permitem uma inscrição psíquica, nem consciente, nem inconsciente, mas nem por isso deixam de ser registradas no psiquismo.

A função traumatolítica do sonho se articula à possibilidade de elaborar estas impressões. A elaboração acontece, segundo Ferenczi (1934/2011), devido a uma

“clivagem narcísica” (p. 130) que isola uma parte insuportável dessa experiência e “só permite acesso à percepção do que é suportável na forma e no conteúdo do sonho” (p.

130). Diferente das imagens oníricas reconfiguradas através dos processos de condensação e deslocamento, as imagens que aparecem nesses sonhos apresentam certa literalidade (id.,1934/2011). Na perspectiva de Ferenczi (1934/2011), o principal mecanismo de elaboração dos sonhos é o que poderíamos chamar de uma figuração onírica. Esses sonhos são uma espécie de atuação: dar forma a uma vivência traumática significa, primeiramente, figurá-la (GONDAR, 2013)

Faz-se importante destacar que as considerações de Ferenczi sobre os sonhos traumáticos estão intimamente articuladas à sua teoria do trauma que se distingue da concepção freudiana. O trauma para Ferenczi pressupõe a intervenção de um fator exógeno que exige uma reconfiguração do aparato psíquico (PINHEIRO, 2016). Esta reconfiguração pode ser estruturante, tal como a castração, ou desestruturante. É nesse segundo aspecto que Ferenczi traz considerações importantes para a teoria do trauma e consequentemente sua relação com o pensamento.

O traumático para Ferenczi não deixa de ser inscrito no aparato psíquico. Esse registro exige pensar outra forma de inscrição. Esta se dá a partir de uma nova forma de

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clivagem narcísica suposta por Ferenczi: um agressor se instala como posseiro no ego.

A clivagem consiste em uma divisão do aparato psíquico, na qual uma parte torna-se isolada. Faz-se importante destacar algumas considerações de Ferenczi (1990) sobre o que ele chama de “orfa” sem, no entanto, buscar um maior aprofundamento no momento. Seguindo as indicações de Smith (1999), este conceito foi elaborado, sobretudo a partir do caso paradigmático de Elizabeth Severn, descrito no Diário Clínico (FERENCZI, 1990) como uma espécie de inteligência pura de sobrevivência.

Trata-se de um elemento do aparato psíquico que se clivou e que auxilia esse mesmo aparato a se manter vivo devido a uma forma primitiva de inteligência fragmentária, protegida dos afetos traumáticos. Assim como Orfeu, esta inteligência tem acesso ao inferno, mas pode sobreviver a ele caso aceite a fragmentação (como o que ocorre com Eurídice no Hades). Nesse sentido, fica evidente que o traumático não pode ser entendido como o impensado, “orfa” aponta justamente para uma ideia de outro tipo de pensamento e uma hipertrofia desta dimensão. Mas qual seria a relação desse tipo de registro psíquico com o pensamento?

Seguindo as indicações de Pinheiro (1995), foi a teoria do trauma de Ferenczi que o levou a formulação de que na impossibilidade de uma inscrição representacional, o corpo guarda em si um registro sensorial. É nesse sentido que o autor afirma que “nos momentos em que o sistema psíquico falha, o organismo começa a pensar”

(FERENCZI, 1990, p.37). Conforme podemos observar, a palavra organismo aqui aparece como antagônica à noção de sistema psíquico. Se levarmos em conta somente esta citação, podemos concluir que na ausência de elaboração psíquica, o traumático se inscreve no corpo. Poderíamos opor de maneira tão clara psique e corpo? Seria a psicanálise herdeira da tradição moderna de cisão entre essas duas instâncias?

Uma indicação importante para responder a essas perguntas diz respeito à afirmação de Ferenczi (1926/2011) de que o trabalho do infans de explorar, sondar com atenção o seu ambiente, indica que o protótipo de todo o pensar encontra-se no fato de o bebê buscar o seio materno através do olfato. Esta correlação do pensamento com o ato de cheirar é explorada por Ferenczi tanto no texto “O problema da afirmação do desprazer” (id., 1926/2011), quanto em “Thalassa” (id., 1924/1933). Em ambos, o autor está preocupado em discorrer sobre o desenvolvimento do sentido de realidade, sendo o olfato um caminho importante na tarefa judicativa da realidade exercida pelo ego. A concepção de Ferenczi é original justamente por fazer o olfato e o pensamento se encontrarem. Isto porque, o autor abre espaço para, a partir da sua concepção

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“bioanalítica”, supormos a possibilidade de o corpo pensar.

Apesar disso, conforme aponta Roussillon (2006), é comum em psicanálise afirmar que o que vem do corpo tem má fama. Com frequência o corporal é entendido como aquilo que é indispensável, mas deve permanecer silencioso, uma vez que seus ruídos são desprovidos de sentido e, logo, de pensamento. É justamente sob essa perspectiva que os sintomas compulsivos contemporâneos e a angústia que se manifesta neles, muitas vezes em sintomas corporais, são entendidos como desvinculados ao pensamento.

Todavia, a partir das considerações de Freud e Ferenczi sobre a possibilidade uma outra inscrição do traumático – e consequentemente da angústia traumática – que não se restringe a representação, podemos nos aproximar dos atos compulsivos não apenas pelo negativo, pela ausência de pensamento, mas vislumbrar outras possibilidades de pensamento e, sobretudo, de sentido, para esses atos. Dessa perspectiva, Roussilon (2006) reconhece nas pulsões não somente um valor de descarga que visa satisfação, mas um valor “mensageiro”. A representância pulsional, isto é, a pulsão inscrita no psiquismo se desenvolve e se transmite conforme três “linguagens”

potencialmente articuladas entre elas: a linguagem verbal e as representações de palavras, a linguagem do afeto e, enfim, a linguagem do corpo e do ato e de suas diferentes capacidades expressivas (mímica, gestual, postura, ato). É justamente nestas duas últimas linguagens que podemos encontrar um caminho para pensarmos as compulsões no contemporâneo. Sob esta perspectiva, o afeto não é considerado como pura intensidade, mas como algo que resulta da maneira em que a pulsão se produz no psiquismo. A angústia em sua versão traumática, não pode assim ser entendida pela ideia de pura força pulsional, mas como um ator que é produtor e produto da realidade psíquica e que carrega em si a história de um trabalho de presentificação de uma força.

O afeto é, portanto, prova de um vivido, prova de um vivido que repete uma relação primitiva que se atualiza no psiquismo. A angústia traumática e os atos compulsivos não podem ser entendidos assim como desprovidos de elaboração psíquica, há alguma espécie de trabalho psíquico mesmo que este não seja nos moldes do pensamento inconsciente.

Na mesma direção, Freud desde 1913 aponta para a possibilidade de que os atos, mais especificamente as estereotipias observadas na demência precoce, não eram destituídos de sentido, mas apareciam como “relíquias de atos mímicos com sentido, mas arcaicos”. Para Roussillon (2006) esta hipótese é mais bem desenvolvida em 1938

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quando Freud trata do sintoma psicótico como narrador da história de um acontecimento visto ou ouvido numa época que precede a emergência da linguagem verbal devido à debilidade da capacidade de síntese do ego naquele momento. De certa forma, ele subentende assim que o que foi vivido numa época em que a linguagem verbal ainda não era capaz de dar forma à experiência subjetiva, tenderá a voltar sob uma forma não verbal, uma forma tão arcaica quanto a própria experiência. Trata-se de uma linguagem corporal, uma linguagem do ato.

Nesse sentido, é preciso considerar que as experiências arcaicas de uma época que precede o domínio da linguagem verbal tentam se expressar e buscam se comunicar através dos atos, como, por exemplo, os atos compulsivos. As experiências subjetivas primitivas são, portanto, reativadas, não sob a forma de uma representação, mas como uma figuração (Darstellung), assim como Ferenczi discute nos sonhos traumáticos; elas se apresentam como se tivessem estado sempre presentes. Isto faz com que elas sejam difíceis de serem percebidas como tais, uma vez que se misturam, se intrincam com as percepções atuais.

É somente assim que as experiências primitivas podem ser modificadas a posteriori (après-coup). Sob esta perspectiva, os atos compulsivos devem ser entendidos como linguagem endereçada, endereçada a si, maneira de se expressar, mas também endereçada ao outro, na expectativa talvez de que o que diz sem saber, sem dizer, seja entendido pelo outro e refletido por este. Logo, talvez não possamos dizer que estes atos possuem um sentido intrínseco, é a resposta do ambiente que, ao reconhecer o sentido como tal, lhe dá valor de mensagem, que o define como mensagem significante, como modo de narrativa. Caso não se encontre um interlocutor, este sentido se “degenera”, perde seu valor proto-simbólico potencial.

Diante desse quadro, não se pode dizer que os atos compulsivos com que nos deparamos com frequência na contemporaneidade são puramente intensivos. Dizer que estes são desprovidos de pensamento somente se aplica caso tratemos o pensamento como restrito ao paradigma representacional. Isto porque, os atos compulsivos, conforme procuramos defender, estão no âmbito de experiências primárias que muito embora não possam se expressar como linguagem, se inscrevem no psiquismo e se expressam como mensagens corporais. Seguindo as indicações de Maciel (2001), quando se trata de experiências limite, “pensar” se distingue de “representar” ou mesmo de “conhecer” e se aproxima de uma aposta que acaba por criar novas possibilidades de vida. Faz-se importante, portanto, não apenas ouvir esses sofrimentos a partir do

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negativo, pelo impensável, pelo corporal. Enquanto analistas, nosso papel é, sobretudo, escutar os ruídos corporais em conjunção com o pensamento em relação aos quais nossa sensibilidade não logrou suficiente familiaridade.

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