• Nenhum resultado encontrado

Desigualdade e Desenvolvimento Socioeconômico Graduação Profa. Valéria Pero

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Desigualdade e Desenvolvimento Socioeconômico Graduação Profa. Valéria Pero"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

_________________________________________________________________________________________________________________________

Desigualdade e Desenvolvimento Socioeconômico Graduação 2018.01 – Profa. Valéria Pero

___________________________________________________________________________________________________________________

Objetivo

O curso tem como objetivo apresentar aos alunos tópicos relacionados à desigualdade de renda e bem-estar, com uma ênfase dupla. Por um lado, apresentará artigos recentes, teóricos e empíricos, sobre os determinantes da desigualdade, sua persistência ao longo do tempo e as políticas públicas para redistribuição da renda. Por outro lado, buscará capacitar os alunos para a realização de pesquisa econômica aplicada, a partir da implementação de métodos empíricos para análise da desigualdade e dos efeitos de políticas públicas nas desigualdades socioeconômicas.

Programa O programa do curso está estruturado em 3 eixos temáticos:

1. Desigualdade de oportunidades e mobilidade intergeracional

O Brasil tem uma das maiores desigualdades de renda do mundo, sendo a maior parte explicada pelas diferenças de escolaridade, que tem sua raiz na desigualdade de oportunidades no acesso e na qualidade da educação entre famílias ricas e pobres. Esse eixo abordará a dinâmica da desigualdade de oportunidades a partir da evolução da mobilidade social entre gerações (educacional, ocupacional e de renda) e sua relação com a desigualdade de renda. Em seguida, será apresentado o debate sobre políticas públicas para inclusão no ensino superior, como os programas para expansão de vagas nas universidades públicas e privadas e financiamento para estudantes e o sistema de cotas.

2. Mercado de trabalho e desigualdade

A maior parte da queda da desigualdade de renda no Brasil no início dos anos 2000 é explicada pela diminuição da desigualdade nos rendimentos do trabalho. A proposta aqui é analisar o desempenho do mercado de trabalho e a evolução das desigualdades salariais no Brasil. Essa análise enfatizará a discussão sobre o impacto do aumento do salário mínimo, a informalidade e a persistência da diferença salarial entre homens e mulheres para a desigualdade. Tratará ainda da elevada desigualdade de renda nas metrópoles, expressa na questão da mobilidade urbana pelo custo – em termos de tempo e de dinheiro – relativamente alto para os mais pobres com os deslocamentos de casa ao trabalho e para o acesso aos serviços de saúde, educação, cultura e lazer.

3. Políticas públicas no combate à pobreza e à desigualdade

Esse eixo temático trata das políticas públicas de combate à pobreza e redistribuição de renda, com ênfase na discussão sobre a economia política do Bolsa Família, de forma a compreender os dilemas que o programa enfrenta atualmente na estratégia de combate à pobreza. Para tanto, serão abordados os seguintes pontos: i) Perspectiva histórica da dinâmica econômica e político-institucional para análise da evolução recente das políticas públicas de combate à pobreza através de programas de transferência condicionada de renda; ii) Desempenho do programa tendo em vista os aspectos relacionados aos gastos sociais e à redistribuição; e iii) Discussão sobre oportunidades e desafios para sustentabilidade do programa.

Horário: 3as e 5as feiras, 11.10h às 12.50h Avaliação: 1 prova escrita e 1 trabalho prático

Pré-requisitos: Teoria Microeconômica I e Estatística II

(2)

Bibliografia preliminar

Esta é uma lista de leitura preliminar e incompleta do curso. Ela será atualizada todas as semanas. A prioridade de leitura é crescente com número de asteriscos.

1. Desigualdade em perspectiva histórica

***Alvaredo, F., A. Atkinson, T. Piketty, e E. Saez. (2013). The Top 1 Percent in International and Historical Perspective. The Journal of Economic Perspectives, 27(3): 3-20.

**Atkinson, A. (2015). Desigualdade. O que pode ser feito? São Paulo: LeYa. (Parte I)

Bénabou, R. (2000). Unequal Societies: Income Distribution and the Social Contract. American Economic Review, 90 (1), pp. 96-129.

Forbes, K. J. (2000). A Reassessment of the Relationship between Inequality and Growth. American Economic Review, 90 (4), pp. 869-887.

***Galor, O. (2005, Seções 1 e 2). From Stagnation to Growth: Unified Growth Theory. In: P.

Aghion e S.N. Durlauf (eds). Handbook of Economic Growth, v1, part 1, North Holland, Amsterdam, 178-219.

Jones, C. (2015). Pareto and Piketty: the Macroeconomics of Top Income and Wealth Inequality.

The Journal of Economic Perspectives, 29(1): 29-46.

**Piketty, T. (2014). Capital in the Twenty-First Century. The Belknap Press of Harvard University Press.

(Introdução, capítulos 7 e 8).

Wilkinson, R. e Pickett, K. (2010). The Spirit Level: Why Equality is Better for Everyone. Penguin Books, UK.

2. Desigualdade de Oportunidades e Mobilidade Intergeracional

*Becker, Gary, Scott Duke Kominers, Kevin Murphy, and Jorg L. Spenkuch. (2015) "A Theory of Intergenerational Mobility." Working Paper.

*BELLER, E. (2009) Bringing Intergenerational Social Mobility Research into the Twenty-first Century: Why Mothers Matter. American Sociological Review, v. 74, n. 4, p. 507-528.

Bourguignon, F., Ferreira, F. e Menendez, M. (2007). Inequality of Oportunity in Brazil. Review of Income and Wealth, Series 53, Number 4, December 2007

FERREIRA, S. G. e VELOSO, F. A. (2003) Mobilidade Intergeracional de Educação no Brasil.

Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 33, n. 3.

***Fox, Liana, Torche, Florencia, and Waldfogel, Jane. Intergenerational Mobility. The Oxford Handbook of the Social Science of Poverty Edited by David Brady and Linda M. 2016.

**Gaer, D. van de, Schokkaert, E. e Martinez, M. Three Meanings of Intergenerational Mobility.

Economica, v. 68, n. 272, p. 519-537, 2001.

**Korupp, S. E., Ganzeboom, H. B. G. e Lippe, T. V. der. Do Mothers Matter? A Comparison of

Models of the Influence of Mothers’ and Fathers’ Educational and Occupational Status on Children’s

Educational Attainment.” Quality and Quantity, v.36, p.17–42, 2002.

(3)

Pero, V. e Szerman, D. (2008). Mobilidade Intergeracional De Renda No Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 38, n. 1.

**Piketty, T. (2000). Theories of Persistent Inequality and Intergenerational Mobility. In: A. Atkinson e F. Bourguignon, Handbook of Income Distribution, vol. 1, North Holland, 429-76.

Ribeiro, C. A. C. (2017) Tendências da desigualdade de oportunidades no Brasil: mobilidade social e estratificação educacional. Mercado de trabalho: conjuntura e análise, n. 62, p. 49-65.

**Roemer, John E. (2002). Equality of opportunity: A progress report. Social Choice and Welfare,19:

455–471.

**Torche, F. Intergenerational Mobility and Inequality: The Latin American Case. Annual Review of Sociology, v. 40, p. 619–642, 2014.

3. Discriminação, Identidade e Desigualdade

***Akerlof, G. e Kranton, R. (2000). Economics and Identity. The Quaterly Journal of Economics, Vol.115(3), pp. 715-753.

Akerlof, G. e Kranton, R. (2010). Identity Economics: How Our Identities Shape Our Work, Wages And Well-Being. Princeton University Press, Princeton.

**Antonovics, Kate and Knight. Brian G. (2009). A New Look At Racial Profiling: Evidence From The Boston Police Department. The Review of Economics and Statistics, Vol. 91, No. 1 (February 2009), pp. 163-177

**Bertrand, Marianne and Mullainathan, Sendhil (2004). Are Emily and Greg More Employable than Lakisha and Jamal? A Field Experiment on Labor Market Discrimination. The American Economic Review, Vol. 94, No. 4 (Sep., 2004), pp. 991-1013.

*Bertrand, M., E. Kamenica, and J. Pan (2015). Gender Identity and Relative Income within Households. The Quarterly Journal of Economics 130 (2), pp. 571-614.

*Blau, Francine D. and Lawrence M. Kahn (2000). Gender differences in pay. Journal of Economic Perspectives, Vol. 14, No. 4, Fall, 25-46.

***Goldin, Claudia (2014). A Grand Gender Convergence: Its Last Chapter. American Economic Review 104(4): 1091–1119.

*Goldin, Claudia (2014). A Pollution Theory of Discrimination Male and Female Differences in Occupations and Earnings. In: Human Capital in History: The American Record. Editors: Leah Platt Boustan, Carola Frydman, and Robert A. Margo. Publisher: University of Chicago Press.

4. Educação e Desigualdade

**Brown, S.. e Sessions, J. (2004). Signalling and Screening. In: International Handbook on the Economics of Education.

Carneiro, P., Heckman, J. e Vytlacil, E. (2011). Estimating Marginal Returns to Education. The American Economic Review, Vol. 101, No. 6, pp. 2754-2781.

***Hanushek, E. e Woessmann, L. (2008) The Role of Cognitive Skills in Economic Development.

Journal of Economic Literature, Vol. 46, No. 3, pp. 607-668.

(4)

***Psacharoupoulos, G. e Patrinos, H. (2004). Human Capital and Rates of Returns. In: International Handbook on the Economics of Education.

Spence, M. (1973). Job Market Sinaling. Quarterly Journal of Economics, 87 (3) pp. 355-374.

5. Mobilidade Urbana e Mercado de Trabalho

***Alois Stutzer e Bruno S. Frey (2008). Stress that Doesn’t Pay: The Commuting Paradox! The Scandinavian Journal of Economics, 110(2), 339–366.

**Eva Gutiérrez-i-Puigarnau, Jos N. van Ommeren (2010). Labour supply and commuting. Journal of Urban Economics, v.68, p.82–89.

Cervero, R. Onésimo, S. & Landis, J. (2002). Transportation as a Stimulus of Welfare-to-Work.

Private versus Public Mobility. Journal of Planning Education and Research. Association of Collegiate Schools of Planning.

***Glaeser, E. (1998) Are Cities Dying? The Journal of Economic Perspectives, Vol.12 (2), pp. 139-160.

Quigley, J. M. (1998) Urban Diversity and Economic Growth. Journal of Economic Perspectives, v12(2), pp 127–138.

Simpsom, W. (1992). Urban Structure and the Labour Market: Worker Mobility, Commuting and Uunderemployment in Cities. Oxford University Press.

**Wasmer, E. & Zenou, Y. (2002). Does City Structure Affect Job Search and Welfare? Journal of Urban Economics 51.

Zenou, Y. (2009). Urban Labor Economics. Cambridge University Press.

6. Imigração e impactos no Mercado de Trabalho

*Bodvarsson, Ö. B., e Van den Berg, H. (2013, Caps 1, 5 e 6). The Economics of Immigration: Theory and Policy. New York: Springer.

**Friedberg, R. M., e Hunt, J. (1995). The Impact of Immigrants on Host Country Wages, Employment and Growth. The Journal of Economic Perspectives, 9(2), 23-44.

**Borjas, G. (2003). The Labor Demand Curve is Downward Sloping: Reexamining the Impact of Immigration on the Labor Market. Quarterly Journal of Economics, 118, 1335–1374.

Borjas, G., Grogger, J., & Hanson, G. (2008). Imperfect Substitution Between Immigrants and Natives: A Reappraisal. NBER WP n.13887.

**Friedberg, R. (2001). The Impact of Mass Migration on the Israeli Labor Market. Quarterly Journal of Economics, 116, 1373–1408.

Ottaviano, I., & Peri, G. (2008). Immigration and National Wages: Clarifying the Theory and the Empirics. NBER WP n.14188.

**Ottaviano, I., & Peri, G. (2012). Rethinking the Effect of Immigration on Wages. Journal of the European Economic Association, 10, 152–197.

7. Pobreza e políticas públicas

(5)

Banerjee, A. e E. Duflo (2006). Economic Lives of the Poor. Journal of Economic Perspectives v.21(1):

141-167.

Banerjee, A. e E. Duflo (2011). Poor Economics: A Radical Rethinking of the Way to Fight Global Poverty.

Public Affairs Store.

Referências

Documentos relacionados

Após a colheita, normalmente é necessário aguar- dar alguns dias, cerca de 10 a 15 dias dependendo da cultivar e das condições meteorológicas, para que a pele dos tubérculos continue

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

Uma alternativa é monitorar os parâmetros demográficos (abundância, distribuição etária, mortalidade, taxa de crescimento) e genéticos (heterozigosidade esperada,

Nesse trabalho, procuramos avaliar os efeitos do Programa Bolsa Família (PBF) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), os dois maiores programas brasileiros de

Diante da exposição dos fatos sobre a inserção da educação especial no sistema escolar, os fatores subjetivos na sociedade que acaba por afastar e discriminar as pessoas

processo, exatamente conforme o que a fundamentação teórica de aplicação desta ferramenta solicita. A avaliação realizada pelos dados apresentados reafirma os benefícios ao

A administração da PT não teve conhecimento do plano de aquisição da TVI/MEDIA CAPITAL pela sociedade Taguspark nem das diligências desenvolvidas nesse plano pelo seu

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das