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Artigo: FROTA PESQUEIRA, ESFORÇO DE PESCA E A PRODUÇÃO PESQUEIRA NO RIO GRANDE DO SUL

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Academic year: 2021

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Artigo:

FROTA PESQUEIRA, ESFORÇO DE PESCA E A PRODUÇÃO PESQUEIRA NO RIO GRANDE DO SUL Autor, CPF e Endereço:

Marco Aurelio Alves de Souza CPF: 749469430-72

Endereço Particular: Rua República de Cuba, 733; Bairro Buchholz; CEP 96212-060 Rio Grande - RS Fone: (53)230.1079

E-mail: marcoaadesouza@yahoo.com.br

Grupo de Pesquisa Sugerido:

- Grupo 6 – Agricultura e Meio Ambiente

Forma de Apresentação:

- Apresentação oral sem debatedor

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FROTA PESQUEIRA, ESFORÇO DE PESCA E A PRODUÇÃO PESQUEIRA NO RIO GRANDE DO SUL

Marco Aurélio Alves de Souza1

RESUMO – Este artigo tem por objetivo mostrar a atual situação da pesca artesanal na região em estudo, assim como sua formação e desenvolvimento, através da análise da evolução da frota pesqueira e do esforço de pesca (número de pescadores) na influência da produção pesqueira nas últimas décadas. O procedimento metodológico utilizará do método descritivo e histórico por meio de pesquisa bibliográfica, pertinentes para responder o objetivo proposto.

A queda da produção pesqueira na década de 1980 pode ser atribuída ao aumento desordenado da mesma, ocasionado pelo desenvolvimento do parque industrial pesqueiro que foi, em grande parte, impulsionado pelas políticas de promoção ao desenvolvimento da atividade pesqueira aplicado no setor a partir da década dos 60, mas sem a preocupação com a conservação do estoque natural do pescado. A diminuição dos recursos pesqueiros não geraram diminuição do número de pescadores artesanais, mas houve o aumento da jornada de trabalho dos mesmos.

Palavras-chaves: pesca artesanal, frota pesqueira, esforço de pesca

1 INTRODUÇÃO

A pesca é uma das atividades econômicas mais antigas do Brasil, se fazendo presente desde o período colonial. Porém, até os anos 60, do século XX, a atividade pesqueira no Brasil assim como no Rio Grande do Sul, era predominantemente artesanal e sua produção estava voltada basicamente para atender o mercado interno. A partir de então, através de uma política de incentivos fiscais à pesca, desenvolve-se a chamada pesca industrial, voltada, preferencialmente, para o mercado externo.

Todavia, nesta época no sul do país começam a aparecer sinais de sobrepesca das espécies de peixes capturados por esses pescadores. Segundo Souza (2001), o aparecimento da sobrepesca, propiciando a exaustão dos recursos pesqueiros devido as características básicas desse recurso por ser natural e renovável, como também sendo um recurso natural de propriedade comum e de acesso livre. Ou seja, a característica de livre acesso dá condição para quem é pescador de explorar o recurso pesqueiro livremente, em toda a área de pesca, sem a preocupação da reposição do recurso, pois essa fica a cargo da natureza, já que a pesca é considerada um bem natural, não precisando ser produzido para ser capturado.

Dessa forma, nos últimos anos os recursos pesqueiros têm sido foco de atenção de muitos que exploram, comercializam e, principalmente daqueles que pesquisam sobre esses recursos, preocupados com a exploração irracional do mesmo, ao gerar desemprego, redução da renda das pessoas ligadas ao setor, ou seja, descapitalizando o segmento pesqueiro.

Diante do contexto acima apresentado, ressalta-se a grande preocupação com os pescadores artesanais, uma vez que a pesca artesanal envolve um grande número de

1 Professor Assistente da Escola de Ciência Econômico-Empresariais e Pesquisador do Núcleo de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Sociais da UCPel. E-mail: marcoaadesouza@yahoo.com.br. Endereço Particular:

Rua República de Cuba, 733. Bairro: Buchholz, CEP: 96212-060, Rio Grande – RS.

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pescadores que contam com a captura como fonte básica de renda e, não menos importante, destaca-se também a preocupação com a exploração do recursos pesqueiros no estuário, sendo esse um recurso natural renovável, porém, podendo ser esgotado por uma exploração não sustentada.

Por isso surge a questão básica que norteia este artigo: em que medida a frota pesqueira e o número de pescadores contribuíram para o aparecimento da sobrepesca na atividade pesqueira (industrial e artesanal) no Rio Grande do Sul?

Conforme o problema, este artigo tem por objetivo estudar e analisar a formação (evolução histórica) da atividade econômica da pesca, além de relatar os motivos que resultaram na crise do setor pesqueiro indicando a contribuição da evolução da frota pesqueira e do número de pescadores.

Dentro do contexto deste estudo, para atingir o objetivo proposto, estabelecem-se alguns procedimentos metodológicos:

a- uma análise histórica da evolução da frota pesqueira e do número de pescadores no Estado do Rio Grande do Sul;

b- o desenvolvimento de um modelo descritivo para averiguar a evolução da frota pesqueira e número de pescadores e associar possíveis causas que contribuíram para o surgimento da crise neste setor.

Sendo o método de pesquisa utilizado o descritivo, pois segundo Gil (1991), as pesquisas descritivas têm por objetivo a descrição completa e precisa das características de uma determinada população, fenômeno ou, ainda, do estabelecimento de relações entre variáveis. Dentre as pesquisas descritivas estão aquelas que buscam descobrir a existência de associações entre variáveis.

Nesse sentido, o uso de tal método é justificado, pois possibilitará estudar e analisar a formação e a evolução da atividade pesqueira artesanal e contribuirá no sentido de relacionar a evolução da frota pesqueira e número de pescadores com a crise de produção dessa atividade no estado do Rio Grande do Sul.

Ainda, com relação ao procedimento metodológico no que se refere à análise histórica, essa permite observar o comportamento e os movimentos, ocorridos ao longo do tempo, na atividade pesqueira artesanal; permitindo a caracterização desse setor no Rio Grande do Sul.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ATIVIDADE PESQUEIRA ARTESANAL E INDUSTRIAL

Segundo Abdallah (1998), atividade pesqueira pode ser definida como aquela que compreende desde a captura até a venda do pescado diretamente ao consumidor ou para a indústria. Na cadeia produtiva pesqueira estão inseridas tanto as atividades fornecedoras de insumos (representadas por embarcações, redes, apetrechos de pesca, etc.), como as atividades de industrialização e comercialização do pescado.

No estado do Rio Grande do Sul existem duas áreas geograficamente distintas onde é realizada a atividade pesqueira. Essas áreas podem ser identificadas através do tipo de pesca nela praticadas: pesca marinha e pesca continental.

A pesca marinha abrange os 622 Km de litoral, do Rio Grande do Sul, que representa 8,39% do litoral brasileiro. Esse tipo de pesca divide-se em: pesca costeira, que, segundo SUDEPE (1988), é realizada na saída da Barra do Rio Grande (região onde a água do mar mistura-se com a água doce da Lagoa dos Patos) até 20 milhas; e pesca oceânica, que, segundo SUDEPE (1983), é realizada no período de safra ao sul da barra do Rio Grande e,

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durante a entressafra, ao norte da barra, a qual opera, preferencialmente, numa distância mínima de 6 milhas e máxima de 60 milhas da costa, mas pode atuar até as 200 milhas que corresponde ao mar territorial brasileiro.

Com relação à pesca continental, o estudo abrange a pesca estuarina da laguna chamada Lagoa dos Patos, a qual forma um imenso complexo hidrográfico, que descarrega cerca de 70% das águas continentais riograndenses para o Oceano Atlântico e é localizada na área sul da Lagoa dos Patos, onde se misturam águas do mar e lacustres. A Lagoa dos Patos estende-se desde a Barra do Rio Grande até a confrontação com a Rio Arambaré. Essa região possui um sistema ambiental dos mais importantes do litoral brasileiro, por constituir-se uma importante área de reprodução natural de peixes e de crustáceos. Também, a pesca de água doce representa a pesca continental.

O Rio Grande do Sul possui o maior conjunto lacunar do país são mais de 50 lagoas interiores, de pequena profundidade, que se estendem por todo o litoral riograndense. As maiores são a Lagoa dos Patos, que na verdade é uma laguna, e a Mirim (3.749 Km2, sendo 2.838 no Rio Grande do Sul e o restante no Uruguai), interligadas entre si pelo Canal São Gonçalo (SILVA, 1990).

As principais fontes receptoras da Lagoa dos Patos são os rios Jacuí, Caí, Gravataí, Sinos e Camaquã, que através do Rio Guaiba, desaguam ao norte da Lagoa dos Patos. Pelo lado oeste recebe as águas do Rio Camaquã, enquanto que ao sul temos o aporte do Canal São Gonçalo, formado por águas da Lagoa Mirim e do Rio Piratini.

Conforme Maciel (1997), a Lagoa dos Patos, com 10.360 Km2, figura com uma riquíssima região de reprodução, alimentação e crescimento da fauna estuarina e de águas interiores. Alimentada por um complexo sistema hídrico de drenagem de toda região leste do Rio Grande do Sul e apresentando áreas com pequenas profundidade e grande insolação, propicia condições favoráveis à realização de fotossíntese e conseqüente reprodução do ecossistema marinho.

O estuário da Lagoa dos Patos abriga ictiofauna bastante diversa, composta por cerca de 110 espécies que alteram sua ocorrência no ambiente estuarino de acordo com distintas estratégias de vida, além disso, este estuário constitui a mais importante área de criação e crescimento para grande parte dos peixes e crustáceos comercialmente explorados no litoral sul do Brasil. Nessa região concentra-se a maior parte da pesca de subsistência e artesanal do sul do Brasil, sendo uma área de pesca importante desde o final do século XIX (FURG, 1996).

Conforme Diegues (1983), o pescador artesanal provém da decomposição do pescador-lavrador, sendo que este último caracteriza-se por ter na agricultura a sua principal atividade, a qual é realizada pelo calendário agrícola, sendo o restante do tempo utilizado para a pesca.

O pescador-lavrador, enquanto pescador artesanal, tem na pesca sua principal atividade e caracteriza-se por ser dono de seus meios de produção, por participar diretamente do processo de trabalho e por deter o saber de como capturar o pescado, visando obter excedente para comercialização e, desse modo, pagar o material necessário para a produção e a manutenção do próprio material de produção.

Segundo Schmitt (1998), pesca artesanal é aquela feita por pescadores que utilizam equipamentos rudimentares, onde a tecnologia empregada é o próprio conhecimento e a experiência adquirida. Esse tipo de pesca é representativo na Região Sul do estado do Rio Grande do Sul.

Neto e Dornelles (1996) caracterizam a pesca artesanal pelo seu objetivo, que pode ser comercial e/ou de subsistência. Relatam, ainda, que, na pesca artesanal, os equipamentos e até mesmo a embarcação são construídos pelos próprios pescadores e os equipamentos necessários são adquiridos no mercado local. Também enquadram-se os pescadores que

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utilizam pequenas embarcações motorizadas, geralmente de madeira, capazes de capturar um volume pequeno de pescado. Esse segundo tipo de pescadores artesanais é responsável por mais da metade do volume da captura nacional e forma a maior frota brasileira.

A Superintendência de Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE, 1988) conceitua pesca artesanal como sendo toda pesca que não é feita por sociedade de capital e se caracteriza por ser complementar e auxiliar à pesca industrial, já que a captura do pescado é exercida próximo à costa, onde a pesca industrial não tem como trabalhar.

Conforme as informações citadas até o momento, pode-se dizer que a sobrevivência do pescador artesanal na atividade pesqueira, tendo em vista a característica da pesca artesanal e do pescador artesanal, depende do seu próprio conhecimento, de suas habilidades e da conservação dos recursos pesqueiros.

Altmayer (1999, p. 09) considera a pesca artesanal como: “A pesca realizada através de embarcações de pequeno porte (botes, caícos ou canoas), sem cabine, com propulsão à vela, remo ou motor (geralmente de baixa potência – menos de 24 hp), sem emprego de equipamentos sofisticados, constituindo na principal atividade do pescador, embora possa desenvolver outras complementares. Tal atividade visa a produção de excedente, cuja a venda possibilita não só a aquisição dos meios para subsistência, como também a compra de instrumentos que garantam a continuidade da produção. Geralmente, há emprego de mão-de- obra, já que a produção tende a sair do âmbito familiar, sendo a força de trabalho empregada remunerada, quase sempre, pelo sistema de partes sobre o valor da captura (não ocorre remuneração em dinheiro via assalariamento).”

Por suas várias peculiaridades, a SUDEPE (1988) relata a dificuldade de delimitar até onde se pode classificar a pesca como artesanal ou industrial, mas caracteriza como pesca industrial aquela que envolve uma estrutura com investimentos em instalações terrestres, e que opera com embarcações acima de 20 toneladas, utilizando aparelhagem e técnicas modernas.

A pesca industrial, para Schmitt (1998), não difere da caracterização anterior, já que, na pesca industrial, a mão-de-obra é qualificada e os pescadores dispõem de equipamentos sofisticados.

Segundo Neto e Dornelles (1996), a pesca industrial pode ser de dois tipos: costeira e oceânica. A costeira é caracterizada por apresentar embarcações com mecanização e equipamentos eletrônicos, os quais são capazes de operar em áreas distintas da costa, sendo responsável atualmente por um significativo volume capturado dos principais recursos pesqueiros no país. A pesca oceânica caracteriza-se por apresentar embarcações bem mais sofisticadas que as costeiras, podendo industrializar o pescado a bordo. Esse tipo de pesca, entretanto, ainda é incipiente no Brasil.

2.2 O PESCADO COMO RECURSO NATURAL E O ESFORÇO DE PESCA O recurso pesqueiro, produto da pesca extrativa de origem marítima e de água doce, é caracterizado por ser um recurso natural renovável, de propriedade comum e de livre acesso.

Por essas características, a pesca extrativa, se não for controlada racionalmente, pode levar à sobrepesca do recurso. Segundo Abdallah (1998), a sobrepesca ocorre quando se captura o pescado além de um nível máximo de rendimento biologicamente sustentável, gerando a redução do estoque natural do mesmo.

Neste sentido, Paez (1993) analisa os problemas da sobrepesca e da ineficiência na alocação dos insumos produtivos, observando as características dos estoques pesqueiros, dada a característica da atividade pesqueira de ser recurso natural renovável interativo, cujas populações de peixes mantêm rendimento sustentável devido à interação entre condições

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biológicas, ambientais e a intensidade da extração, ou seja, as perdas devido à mortalidade natural são compensadas pela reprodução e pelo crescimento natural, mantendo o equilíbrio dos estoques naturais de peixes. Enquanto a atividade pesqueira manteve-se em níveis reduzidos, estabeleceu-se o equilíbrio, mas a introdução de tecnologia nas pescarias fez surgir os efeitos de sobrepesca e pesca predatória.

Pela característica do setor pesqueiro Schaefer, ainda nos anos de 1950, construiu o modelo bioeconômico, pois o aumento do esforço de pesca faz com que a captura tendesse, num primeiro momento, a crescer, atingindo um máximo sustentável (Emax). No entanto, após ultrapassar o limite de captura (Cmax), unidades a mais de esforço resultarão no esgotamento do estoque (E4) (Figura 1 [a]).

Figura 1 – Função de rendimento sustentável [a], função de rendimento médio sustentável e função de rendimento marginal sustentável [b]

Ct (peso)

Emax Et (unidades)

RMg Cmax

[a]

[b]

R

E4

t t

dE

dC = RM g

t t

E

C = RM e

Emax E4 Et (unidades)

FONTE: Paez (1993)

Com o esforço de pesca, conforme a figura 6(b), o rendimento médio (RMe) tende a decrescer, chegando a zero em E4. Contudo, o rendimento marginal (RMg) que também é decrescente, chega a zero quando o esforço de pesca atinge Emax2.

Este modelo baseia-se na capacidade de suporte limite do ambiente em que vive determinada população e na tendência de crescimento da biomassa, para um captura

2 Sousa (2004) destaca que Paez (1993) demonstrou a função de rendimento sustentável (função de produção) como relação entre o esforço de pesca, aplicado (Et) e captura (Ct),.O modelo explica que a proporção eliminada de biomassa de determinado estoque, por unidade de esforço, pode ser estimada assumindo que o volume capturado deve ser compensado pela taxa de crescimento natural da biomassa total do estoque.

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sustentável, a qual é entendida como o nível de captura que pode ser explorado indefinidamente sem causar exploração acima da capacidade natural do estoque pesqueiro.

A característica do pescado de livre acesso faz com que o recurso pesqueiro não seja avaliado como recurso, mas apenas como produto, sem incluir no custo deste, o preço do recurso natural, condicionando que mais pescadores entrem no mercado, e que os lucros sejam investidos em apetrechos de pesca, levando ao aumento do esforço de pesca. Todavia, no momento em houver queda de produtividade, devido a sobrepesca, os custos operacionais por unidade de pescado serão progressivamente maiores (ABDALLAH, 1998).

Neste contexto apresentado de propriedade comum dos recursos pesqueiros, conforme Sousa (2004), enquanto houver estoques de pescados no mar, haverá a competição entre as embarcações e por não existir direito de propriedade para o uso dos recursos pesqueiros, cada pescador capturará o maior volume possível, propiciando o esgotamento do recurso pesqueiro, devido as externalidades.

Para a FAO (1997), externalidades são todo efeito externo não contabilizado pelo pescador, mas que gerado, afeta outros usuários do recurso. Assim, existe a externalidade tecnológica gerada pelos incentivos das políticas públicas, que permitem que o setor pesqueiro adquirira apetrechos de pesca, ou ainda, existem as externalidade seqüencial, gerada pela interação entre os ambientes marinho e estuarino e caracterizada pelo aumento do volume de captura pesqueira, incluídas aqui a pesca predatória e a sobrepesca, em alto mar que acaba alterando as condições do ambiente estuarino e vice-versa em função da maior exploração da pesca industrial ao capturarem o pescado adulto em alto mar, o qual iria conforme seu ciclo biológico, desovar no estuário; e por outro lado, o pescador artesanal ao capturar as espécies em sua fase jovem, impede que este se desenvolva e vá para alto mar para ser capturado pela frota industrial.

Segundo Souza (2001), de modo específico, no Rio Grande do Sul, a partir da década de 1970, mas sobretudo na década de 1980 em diante, houve aumento da pesca predatória, devido ao decréscimo da produção pesqueira que ocorreu neste período, o que afetou o equilíbrio natural dos recursos pesqueiros, contribuindo ainda mais para a queda da produtividade das principais espécies de peixe/crustáceos capturados pelo setor pesqueiro.

3 FROTA PESQUEIRA E O NÚMERO DE PESCADORES NO ESFORÇO DE PESCA NA INFLUÊNCIA DA PRODUÇÃO PESQUEIRA

A importância da região para a atividade pesqueira gaúcha pode ser constatado pelo fato de que, segundo Altmayer (1999), historicamente mais 90% da captura da pesca artesanal do Rio Grande do Sul são oriundos, sobretudo, do estuarino da Lagoa dos Patos, mas também da Lagoa Mirim e zona costeira adjacente, fora isso as principais colônias de pescadores artesanais, segundo Rangel (1995), estão localizadas nos municípios que fazem parte do estuarino da Lagoa dos Patos, sendo eles: Rio Grande; Pelotas; São José do Norte; e São Lourenço do Sul.

Todavia, a pesca como atividade econômica, no estado do Rio Grande do Sul, iniciou no ano de 1870 com imigrantes portugueses, originários de Póvoa do Varzim. A maior parte desses imigrantes (pescadores artesanais litorâneos) que chegou ao Estado se instalou no município de Rio Grande.

A partir de então a pesca artesanal era a principal atividade pesqueira praticada no Estado, mas da década de cinqüenta em diante a pesca industrial torna-se a atividade mais importante, no que tange ao volume de produção, recursos financeiros utilizados, valor da produção e geração de emprego. Mesmo assim, segundo FURG (1996), a atividade artesanal

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continua sendo realizada intensamente no Rio Grande do Sul, tanto que a região sul da Lagoa dos Patos concentra a maior parte da pesca artesanal no Sul do país.

Nesse contexto, a conservação dos recursos pesqueiros era uma condição básica para a reprodução social desse segmento social que têm na natureza o seu principal elo de vida.

Com a vinda dos pescadores portugueses e a introdução das técnicas produtivas por eles utilizadas, diferenciadas das que até então predominavam na região, permitiram aos pescadores locais obterem maior volume de captura do pescado e nisto maior excedente produtivo. Todavia, não houve apesar de técnicas mais eficazes de exploração, captura acima da capacidade de reprodução dos recursos pesqueiros, permitindo que os peixes mantivessem o ciclo natural de vida (SOUZA, 2004).

No decorrer do processo de crescimento da parque industrial pesqueiro, nos anos 60, houve toda uma perspectiva de desenvolvimento local na área da pesca, muitos pescadores profissionais vindos de outros lugares chegaram na região do estuário da Lagoa dos Patos, fazendo com que os pescadores artesanais locais se adaptassem a concorrência desses pescadores e suas novas técnicas de captura. Nesse momento, a pesca artesanal tornou-se uma atividade mais intensificada, mais exploratória na captura dos recursos, o que trouxe mudança no próprio modo de captura do pescador .

Assim, o crescimento da atividade industrial da pesca (inicialmente com as indústrias familiares de salga do pescado, na primeira metade do século XX) e a vinda de pescadores de outras regiões pesca para a região do estuário da Lagoa dos Patos, proporcionaram mudanças nos instrumentos e técnicas de pesca utilizadas pela atividade pesqueira artesanal como: uso de embarcações maiores no lugar de caícos; motor a combustão no lugar da vara, do remo ou da vela; redes de espera de maior tamanho; diminuição do tamanho das malhas; aumento do número de redes por barcos; mudança no material de confecção das redes nylon no lugar do cordão, do algodão e da juta.

Além dessas mudanças citadas pelo crescimento industrial pesqueiro na década de 1960, nesse período, dada a concorrência entre os pescadores, surge a lógica que quanto mais capturar mais se irá ganhar, com isso os pescadores artesanais ficaram atrelados somente com a captura não mais se envolvendo efetivamente com a comercialização do pescado, pois também as indústrias pesqueiras assumiam essa responsabilidade.

Com o crescimento do setor pesqueiro industrial, surgiu maior necessidade de recursos pesqueiros, que juntamente com as novas técnicas de captura mais eficazes e o maior número de pescadores levaram, a princípio, ao crescimento do volume da produção, havendo, posterior queda. Segundo dados do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), os desembarques totais passaram de 26.283 toneladas em 1960, chegando ao seu ponto máximo no ano de 1973, com 105.456 toneladas com tendência decrescente nos anos seguintes, chegando em 2001 com pouco mais de 43 mil toneladas.

Especificamente, ao analisar a evolução da produção pesqueira artesanal, conforme os dados do IBAMA percebe-se que, houve uma tendência de crescimento até 1972 (único ano em que o volume de desembarque artesanal superou as 40 mil toneladas), e uma tendência decrescente a partir desse ano, chegando nos anos de 1996 e 1997 com o volume de desembarque nos mesmos níveis da início do década de sessenta, ou seja, cerca de 15.000 toneladas e em 2001 com apenas 7 mil toneladas. A pesca industrial, também, apresentou tendência crescente do volume de produção no período de 1960 a 1974, mostrando-se decrescente nos anos seguintes. Porém, a queda da produção industrial a partir de 1974 foi mais acentuada do que a da pesca artesanal, passando das 67 mil toneladas em 1973 (sendo esse o maior o volume de captura industrial) para pouco mais de 28 mil toneladas em 1997, recuperando um pouco nos anos seguintes chegando a 36 mil toneladas em 2001.

Esse decréscimo da produção está ligado, como descrito anteriormente, à sobrepesca de algumas espécies, fenômeno que ocorre devido à característica inerente ao recurso

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pesqueiro de ser um bem natural e de livre acesso.

Todavia, com os incentivos fiscais e crédito rural disponibilizados pela política pública desenvolvimentista dos anos de 1960, houve a entrada de mais pescadores e embarcações (tanto da frota industrial quanto da artesanal)3 em um ambiente até então explorado apenas pela pesca artesanal, que devido a suas embarcações de pequeno porte, não têm condições de afastar-se muito da costa, atuando apenas no ambiente estuarino; e poucas embarcações de maior porte que atuavam na captura marinha (BARCELLOS, 1966).

Nesse sentido, a falta de preocupação com o estoque natural do pescado, por sua vez, pode ser evidenciada, segundo Moraes (1989), pelo crescimento do parque industrial pesqueiro que resultou, naturalmente, no crescimento da frota industrial de arrasto de fundo, onde em 1961 haviam no Estado 20 arrasteiros simples e 5 parelhas, e, em 1989, o número de parelhas passou para 79, além da presença da pesca predatória no próprio processo de captura da atividade pesqueira industrial, pois essa atividade não estava levando em conta a capacidade e a eficiência da frota e dos equipamentos, favorecendo a exploração não racional do recurso o que gerou uma capacidade maior de capturas e acelerou o aparecimento da sobrepesca. Concomitante ao crescimento da frota pesqueira estava a dificuldade da administração dos órgãos públicos de fiscalização dos recursos pesqueiros dada a falta de recursos humanos e operacionais mínimos, o que dificulta a fiscalização do setor que se expandiu e mesmo havendo nas últimas décadas o surgimento de diversas normas de regulação da arte, das técnicas, dos apetrechos de pesca e dos tipos de embarcações para determinadas espécies de peixe.

Nesta percepção da dificuldade de fiscalização, conforme Maciel (1997), nas últimas décadas tornou-se comum nos períodos de safra embarcações de outros Estados, sobretudo de Santa Catarina, deslocarem-se para a Lagoa dos Patos. Juntamente a isso, está o fato de que a pesca industrial geralmente opera próxima a costa, colaborando para redução progressiva dos estoques pesqueiros tanto no mar como no estuário da Lagoa dos Patos. Esses fatos geraram e ainda geram muitas tensões para a comunidade pesqueira local, a qual sente sua fonte de renda ameaçada.

Ou ainda, na busca de conseguir uma quantidade satisfatória de peixes, nesse contexto de crescimento de pessoas que buscam na pesca o meio de sobrevivência e de diminuição dos recursos pesqueiros, práticas de pesca, apesar de proibidas, tornam-se comuns e largamente utilizadas no estuário da Lagoa dos Patos, como a prática de arrasto, de trolha ou de caracol.

Estas redes são nocivas ao meio ambiente, pois quando são arrancadas (tiradas da água), fazem com que suas tralhas de chumbo ou ferro, removam o substrato arenoso ou de argila, dificultando o crescimento de algas micro ou macroscópicas que se situam na base da cadeia alimentar, ou seja, os organismos bentônicos que fazem do fundo dos ambientes aquáticos seus habitats, têm seu nicho ecológico destruído e, aos poucos são condenados ao desaparecimento juntamente com peixes e outros animais, que fazem deles sua dieta principal, produtores primários, que transformam a energia solar através de fotossíntese em matéria orgânica, assimilável por consumidores também primários. Assim, a pesca predatória ainda é tida como o fator decisivo para o desaparecimento de diversas espécies (SILVA, 1990).

Nisto, em 1979, conforme Silva (1990), com incentivos das indústrias e órgãos oficiais, visando ampliar a produção artesanal na captura de outras espécies comercializáveis, criar novas alternativas para o pescador e reduzir o esforço de pesca na Lagoa dos Patos foi construído um barco de madeira para a pesca artesanal, o qual se caracterizava por ser cabinado, convés fechado, dotado de sistema de navegação, destinado a pesca de espécies demersais na região costeira, porém no início da década dos noventa, por falta de fiscalização e controle adequado das autoridades esses barcos somavam uma centena, contribuindo

3 Segundo dados de 1997 do IBAMA, a frota gaúcha contava com 2.214 embarcações, sendo que 1.513 possuem até 10 TABs.

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também para o esforço de pesca das principais espécies capturadas na região.

Todavia, a queda do volume de produção pesqueira, já nos anos 70, fruto em parte da sobrepesca gerada pelas políticas públicas, culminaram, inevitavelmente, em menor uso da capacidade instalada do setor industrial pesqueiro, que segundo o diagnóstico da Superintendência do Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE, 1988), as indústrias pesqueiras do Rio Grande do Sul, em 1980, trabalhavam com uma ociosidade de 40% da capacidade instalada, ocasionando a quebra de várias indústrias, pois, em 1980, haviam 30 indústrias pesqueiras e, em 1996, restavam apenas 9 indústrias pesqueiras no Rio Grande do Sul, as quais se encontravam defasadas tecnologicamente, com mão-de-obra desqualificada e sem recursos financeiros para superar a crise, assim estas empresas estão sem condições apropriadas para atender, principalmente, aos diferentes nichos de mercado (produtos de alto valor agregado) que começam a surgir no mundo a partir dos anos oitenta.

A quebra das indústrias pesqueiras prejudicou também os pescadores artesanais, pois essas indústrias como visto compravam parte de sua produção, dessa forma a diminuição do estoque natural do pescado comprometeu, por conseqüência, a própria sobrevivência dos pescadores artesanais. Esses fatores, a quebra das indústrias e a diminuição do estoque natural de peixes (diminuição da produção) caracterizam a crise que se instalou na atividade pesqueira artesanal e industrial gaúcha, sobretudo a partir da década de oitenta.

Com certeza, essa exploração só foi possível pela falta de organização dos pescadores, aliada a falta de fiscalização da produtividade por parte do Estado, que deveria defender os recursos naturais renováveis pertencentes ao domínio público.

Apesar dessas constatações, segundo Silva (1990), o número de pescadores nas últimas décadas tem crescido, pois grande parte de seus descendentes, permanecem na atividade pesqueira, somando cada vez mais ao esforço de pesca e o agravando do estoque natural do pescado, junta-se a isto, o fato de que o pescador artesanal profissional, em sua maioria, não exerce outra profissão, ficando estritamente na dependência da pesca.

Conforme o censo demográfico do Rio Grande do Sul, haviam no estado 3.712 pescadores e esse número passou para 8.500, em 1991. Todavia, esses números não são fidedignos em relação ao número real de pescadores, pois existem pescadores sem registro profissional, o que dificulta a obtenção do número exato de pessoas atuantes na atividade pesqueira, mas conforme Wasielesky (1999), há registros de que, no final dos anos 90, aproximadamente 6.500 famílias de pescadores artesanais (aproximadamente 25.000 pessoas) estivessem ligadas diretamente com a pesca no estuário da Lagoa dos Patos, entre os municípios de Rio Grande, Pelotas, São José do Norte e São Lourenço.

Já, segundo Rangel (1995), a atividade econômica da pesca reunia em 1993, 17 colônias no Estado, envolvendo, direta e indiretamente, mais de 100 mil pessoas. Fora isso, há novos engajamentos no setor, sobretudo, desempregados de outras profissões e mesmo não desempregados, que fazem da captura da camarão, fonte de renda extra, devido ao alto valor comercial que o produto alcança, mas que desconhecem o princípio básico de conservação das espécies pesqueiras, além dos pescadores oriundos de Santa Catarina o que multiplica o esforço de pesca no estuarino da Lagoa dos Patos.

Os pescadores que nos anos sessenta e meados dos setenta pescavam sobretudo no interior da Lagoa dos Patos, a qual apresentava quantidade de recursos pesqueiros suficientes para todos e não apresenta maior dificuldade em relação aos perigos vindos da natureza, como as tempestades. Atualmente, dada a carência de matéria-prima os pescadores têm que aventurarem, em busca de melhores safras, no oceano Atlântico, apesar de terem que disputar os recursos pesqueiros com os barcos da pesca industrial, esse deslocamento acarreta aumento do custo da viagem, sobretudo de combustível, como também de horas para chegar em um lugar adequado para a pesca, ou ainda, esses pescadores aumentam o número de braças de redes, fazendo com que aumente o número de horas trabalhadas. Nisto, dada a necessidade de

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almejar uma quantidade satisfatória de pescado encontra-se pescadores trabalhando mais de 15 horas por dia, além de mudar o modo de pesca desses pescadores dado o deslocamento de um lugar conhecido, interior da Lagoa dos patos para um lugar desconhecido, o oceano (Costa, 1995).

Por fim, Fontoura (1984, p. 75) já refere em seu estudo a situação dramática do pescador artesanal ao relatar que: “Cremos estar na hora de uma nova campanha em favor da pesca e do pescador. Há vinte anos, o pescador era o grande miserável frente às riquezas marinhas. Hoje ele continua miserável, só que as riquezas estão desaparecendo. Há espécies extintas e outras ameaçadas de extinção por causa da sobrepesca verificada em alguns lugares.

Urge que se tomem providências para que o cinturão da miséria não nos estrangule.”

Passados vinte anos dessa afirmação o que se observa na região, com relação aos pescadores artesanais é a realidade de miséria, só que acrescido pela escassez maior de recursos pesqueiros, aumento do próprio número de pescadores, o não surgimento de uma política pública de promoção à pesca de forma sustentável e generalizada.

4 CONCLUSÃO

Nesse sentido, a queda da produção pesqueira pode ser atribuída ao aumento desordenado da mesma, ocasionado pelo desenvolvimento do parque industrial pesqueiro que foi, em grande parte, impulsionado pelas políticas de promoção ao desenvolvimento da atividade pesqueira aplicado no setor a partir da década dos 60, mas sem a preocupação com a conservação do estoque natural do pescado.

Contribuindo para posterior queda no volume de produção pesqueira, o que levanta a questão da presença da sobrepesca e do esgotamento do recurso pesqueiro na costa litorânea e afetando a própria industrialização do pescado no Rio Grande do Sul.

Mas a diminuição dos recursos pesqueiros não geraram diminuição do número de pescadores artesanais, também, não houve mudança com relação as técnicas de pesca que continuavam sendo as mesmas e nem aumento do valor correspondente a remuneração paga pelo pescado capturado, mas houve o aumento da jornada de trabalho dos mesmos.

Além disso, com resultado nas comunidades pesqueiras surgiram inúmeras ocupações irregulares, juntamente com a falta de infra-estrutura dessas localidades, como falta de saneamento básico e energia elétrica, as casas, muitas delas, são construídas sobre os terrenos ociosos e rodeados de lixo por todos os lados. Nisto, muitos pescadores são levados a buscarem alternativas em outras atividades como meio de aumentar o nível de renda, mesmo sendo atividades complementares, esporádicas e informais.

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