JETZO cameo
SOBRE
I DONA MEDICA ITALIAIA
APRESENTADAAFACULDADEDEMEDICINA DORIODEJANEIRO POR OCCASIAO DOCONCURSO AOLUGARDE LENTE SUBSTITUTO DA SECÇAO DE SCIEN’CIAS MEDICAS
» l'I l l l«ER.«I S T E A T i D l\0D l.% t lD E MAIODEI M* roa
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NATURALDACIDADE DO RIODEJANEIRO
UontorcmIMcd IrinapelamesmaEaruldadc,C'avalloiro ciaImperialOrdemdallowa. membroeffectlvodo GymnHüi ollrasilciro,etc.
Semperego auditor tantum ?
...
.( JCVENAL
.
)ma ©ë MNim ®
EMPREZA TYP
. —
DOUSDEDEZEMBRO-
DE PAULA BRITO, IMPRESSOR DA CASAIMPERIAL.
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ÏUCONCORRENTES .
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.
Francisco Fopes «le Oliveira Araujo.
Ilr« llaiioel liaria «le lloraese Valle
.
III*
.
José liaria «le Moroiilia Feital.
Dr
.
Francise«» «le llenezes Ilias «laCYuz.
AOS MEUS AMIGOS
OSILLMS
.
SN RS.
JOSÉ PEREIRA DE SÃ GUSMÃO DR. CLAUDINO JOSÉ VIEGAS GERALDO JOSÉ DE ABREO DR
.
MANOEL PACHECO DA SILVA DR.
JOSÉ DE MIRANDA DA SILVA REIS DR.
JOSÉ MILITÃO DA ROCHACAPITÃO ANTONIO MARIA CABRAL DE MELLO
REV
.
PADREMESTRE JOSÉ SPIRIDIÃO DE SANTARITA.
« Lembrançasqueindamesmoalém da campa
«Gravadasficarão dentro em minha alma.
a « a ii2 Q
»DOUTRI
.
NAmedica italianna tem ganhotal voga no Rio‘
J
de Janeiro,quediflicilmente seráencontrado um medico,(IUCn
^ °
sctenhaumaououtravezdeixadoarraslrarpelobrilhodesuastheorias
.
Atacadaporémcom violência por muitos, eem
partecomjustiça,faz- se
necessárionocho-
quedasopiniões aferradamentc systemalicas procuraroque sc deve colher,
oque desprezar.Foi este o motivo quenoslevou a escolherestepontopara nossa these,não porestarmosconvencido de que attingiriamosameta de
-
sejadanessa escolha, porémpor desl’artechamarmos aa1tenção dos prá
-
ticos sobreobjecto tãoimportante,eencontrar-
se assim quem preenchaas vistasqueha27annosenunciaram os autoresdo Diccionario Abreviado de Sc-iencias Medicas nas seguintes palavras :—
«Knportantdans la nouvelle«doctrine italienne, tellequelaprofesseTomasini,les vues de Bichat,l’ex
-
«ploration méthodique des cadavres,et l’étude physiologiquedessym
-
«ptoines, ouparviendra sans douteàreunir deuxécoles, dontl'Influence
«s’étendrait promptement àtoutel’Kuropc, siellestravaillaienlsurlemême
«planau perfcctionement de la science des maladies, et del’artde guérir
.
» Parecerá a alguemque paradesenvolverquestões tão vastas, foi mui diminuto o numero de paginas que escrevemos; entretanto quem avaliara grandeza deumtrabalho scienlifico, não pelovolumeda obra, mas pelo numero de ideasexpendidas,veráquenàoé tãopequena como aprimeira vista pareceanossa these, econhecerá sem duvida, quemuito de proposito procuramos enunciarnossasideascom o menor numero de palavras, que permitte aclarezanecessária.
JUIZO CRITICO
SORRI:
-
â wmmu mmu mumu .
e m
0TllUIlIJliOquearrastaa humanidade paraoprogresso deque ó representanteo séculoXIX,amedicina nãopodia deixar dese-
guir oimpulsogeral
.
Os trabalhos»lo Andral,deLacncc, de I.ouis, sTW deMuller,do Liebigedo tantosoutros luzeiros da medicina dtfr*/
-
U Jmo
-
derna aproveitados das obrasemesmodos erros dosSydenham,dos Baglivi, dos Morgagni, dos Cullen,dos Pinei,tem conseguidolevarascicncia do dia
-
gnosticofundada na physiologia c naanatomiaphysiologicaepathologica a um gráo de esplendorbemlisongeiro, senão quantoaopresente,aomenosquantoaofuturo
.
Entretantoenlevadosno principiodopai da medicina «quiad dignosceiidtitneliam ad tanandttmsufjicit « osmedicos tem sido bem negligentesnoestudo deoutro ramoda medicina nãomenos importante, queascicncia do diagnostico,isloc,da therapeutica:esta nãotemacompanhadoo progresso daquella,filhade errosepre
-
juízos,ainda bojese resenteda impureza de sua origem.
Filha de erroseprejuízos, dissemos; ccom effeito poder
-
se-
ha julgardaforçacurativa desteoudaquellomedicamento pelasemelhança de aspecto que existe entre elle c amoléstia,ouorgãoaffcclado? Pois asemelhança dapulrnonaria comopulmão foi a origemda suafama contra a phlisica pulmonar! Osanguededragofoi introduzido namateriamedica,eapregoadocontra ashcmorrhagias pelasua côrsanguínea: o sassafrasc algumaspimpinellas foramgabados contra os cálculos vesicaes porvegetarem sobreum terreno aridocpetreo.Senioinslinctodos auimaesum guia seguropara a
â
I
—
2—
introducçãodestaouaquclla substancianamalcria medica? O bom sonsorepelletal supposição,c não obstanteCiceronolivro da naturezadosDeosesailirmaqueáibis édevidoo usodospurgativos; ao cão odos cmcticos;cPlinionahistoria natural attribueáandorinha,caogavião o usodetratarasmoléstiasdeolhos pela cclidonia. Houveentretantouma fontemenosimpura onde beberamosantigososconheci
-
mentosde matériamedica:foi aobservaçãoclinica,ou oempirismo
.
Oqueeraporém a observaçãoclinicaentreosantigos,coqueécila pelamaiorparte ainda boje?Para confirmal-
a,ouvimostodososdias um paradoxo que por muitasvezes repetido tem querido assumiros foros de axioma, c é,—
contrafactos,nãohaargumentos.
Aos-fa-
ctos,diz Velpeauemsuasliçõesoraesde clinica cirúrgica,pódc
-
scapplicaroqueaXnntodissoEsopoacerca da lingua
—
6oquelia de melhor,c oquelia depeior no mundo. —
Foi nos factos que se fundou Pineipara negar a alteraçãoprimitivados líquidos;é nos factosquese fundam Amiral , Gavarretetantos outrosparaannun-
rial
-
a de novo; foi nos factos que se fundou Brownparaestabelecer como base da sua tlicrapculicaosmeios excitantespelamaiorparle ; foinos factos quesefundou Broussais para estabelecer como base dasuaa medicaçãodebilitante:foram os factos quelevaramGiacominieosprimeiros corifeos da escola ilalianna a affirmar a acção hypcrsthcnisantcda ammonia,edoether;éde factosque Rognelta, c outros sectários danovaescola deduzem ser hyposthcnisanteaacçãodessas substancias.
Oquesão poisosfactos,setantasvezesconduzemaoerrohomenstãoaltamente collocados na hyerarchiascicntiíica? Já o genio sublime deHyppocralcs haviaconhecido adecepção dequesão elles causa,quando escreveu aqucllas memoráveispalavras « Juditium difficile,experienlia fullax.
»Vejamosporém dondepóde vir a fallacin dos fuctos;vejamosquando podem elles servir á sciencia, quandoao erro,edahi concluamos oquese deve julgardo em
-
pirismo antigo,comofonte da matéria medica.
E’exaclo,dizTrosseau,quea verdade está nosfactos,porém cilaexistenestes como ohomemnagottadosperina, como a arvore nasemente; é necessária a incubação do pensamento para fazcl
-
a germinar: sãotestemunhasmudas,quenadadeporão,se não as soubermosinterrogar! Eistodoo segredo dosfactos; appliqticmosao caso vertente.
Paraquea observaçãoclinica possadar
-
nosresultadossalisfactorios, istoé,para quepossamos applicar oaxioma—
asmesmascausas produzem osmesmoseffeitosceterisparibus,duas condiçõessão necessárias:1
.
® homogeneidade dasmoléstias; 2.
° identidade dos meios curativos.O estudo da homogeneidade da moléstia, querse tenha cmvistaodogmatismo, queroempirismo,nãopódeserfeito senão conformeos phenomenos queapresentao subjeitoda observação
.
O estadophysiologicotio indivíduoantesdamoléstia, as causas quelhe deram origem,as diversascircumstanciasda vida do suhjcito, as moléstias anteriores,ográocmqueseachaaactual, asmodificações dossvmptomas,amarcha—
3—
(Idles,ainfluenciadosmeiosempregados,oclima,aestação, aconstituição medica reinante,etc.,sãoelementosquedevem serconsiderados para estudara homogeneidade dasmoléstias. Mas, seattendermos atodasessascondições, nuncaasencontramos iguaes;naexposiçãonosologicacaliircmos naconfusão cmquenaufragou a escolade Cnido,ados cmpiricosdeAlexandria,cultimamcnleo celebre S.llahncman
.
Faz-
se"poisnecessário seguiromethododeque llyppoeratcs deuoexemplonasua historiadas
epidemias, isto é, collocar no primeiro planoosphenomenos mais importantes,c numerarcmsegundolugar osqueo sãomenos,cdesprezar linalmcnle aquclles que poucaounenhuma influencia podem1er sobreaenfermidade
.
Que critério,queespirito Iãoobservador,quelógica tãoseveranão scfazemnecessáriosnesta selccçã o de cir-
eumstancias? Eis adilTiculdadc dacxpericncia. Masainda estasqualidades podem dar
-
se cmdiversos observadores,eapezar disso conlradizer-
seelles noresultado:Tot sentiulire quoicapita
.
()phenomeno que um consideraráimportante,outroou por prevenido, oupor qualqueroutromotivo,desprezará complelamenle : aintermit-
tencia das pyrcxiaséhoje considerada como ophenomeno talvez mais importante
•naqucllasqueo apresentam; era porémdesprezada por Pineiepor Broussaiscomo de importância, não secundaria, porém nulla !
Quanto áapreciaçãodaidentidade domeio curativo,não é tãodiflicil
.
Entretanto convém attenderaosrecursosda natureza isolada, aosmeios hygicnicos, e mesmo therapcuticos quesepossam complicarcom osquefazemobjectodaexperiência.
Noestudodosmedicamentos são porventuraobservadas sempreestas regras?De certoquenão
.
Eisocamcmque os factostemconduzido ao erro,quando parecendo bem observados, não o sãonarealidade.Então oempirismo eacxpericncia thera-
pculicalongede mostrar
-
nosaverdade, nos afastaparabem longedelia;deviaportanto entreosantigosconduzil-
osmuitasvezesao erro,c eiscomoa matériamedica progredia.Assim, repitamos, a materiamedicanãoapresentavaaspectoquedevessesatisfazer aumespirito philosopbico, demodo talquelevou Bichai a sobre cilafazerotriste juizo que enuncia
-
emsuas obras. Umareformapois fazia-
scnecessária,eanobreItalia,outr'oracapitaldo mundopolitico,caindahoje do mundo catholico,eartístico, quiz tomaro sceptroda scicnciamedica, cimpor a lei ás outras nações,apresen
-
tando
-
sc á frentedo movimentoreformador.
Os trabalhosde Basori, deTomasini, deGiacomini,de Borda,deBrera cde outrostraçaramámedicinauma novasenda:a scicnciaganhounovos trophéos,novas conquistasentraram no seu dominio, o o nome desses illustres sahios llaliannosganharam na historia dosprogressosdosconheci-
mentoshumanosum lugartãodislinclo,que otempo jámais serácapazde derrocar
.
Masareformade uma scicncia como a lherapcutica nãoétrabalho depoucosannos cde poucos homens:elles portanto nãoconseguiram quantoerapara desejar;suas theoriasapresentando brilhantesraios dc luz sobre ascicncia dos medicamentos, deixamcomtudo ainda muitaslacunas;novostrabalhossàonecessários paracompletar a grandeobra aindaemcomeço
.
—
h—
Vejamospois quaes osprogressos quea escolaitalianna trouxeáscicncia;quacsas faltas cmque incorreu,epara isso comecemospor apresentar cm muito resumido esboço asbases desuatberapeuticaou osprincípios emquodifféré dagcralmentc adoptada,oufranccza.Eis asbases damateriamedica italianna:
l
.
oI)eve-
sodistinguirnomedicamento a acçãomecanico-
cbimieadadymnamica;cilassãomuitasvezes,nemsódifferentes, como mesmooppostas
.
2.°Aclassilicação dos medicamentosdevebasear
-
scnosseuseffeitos immediatos sobre a forçavital, e não nos apparentes,como fazamedicinafranccza,classiíicando tonicos,purgativos,anti-
pasmodicos, etc.
3.“ A acçãodo medicamento, embora pareçadifferircmcircumslancias diversas, ócomtudo sempreamesmacunica
.
4
.
°Quaesqucrque sejam as modificaçõesque apresentaoorganismo,dependem de duas circumslancias:elevaçãodaforçavital áciina dorytbmonormal,ou hypcr-
stbenia, edepressãoda mesma,ouhypostcnia
.
Hapoisduas classes demedicamentos, comoba duas classesdeenfermidades: bypostbcnisantes,cbyperstbcnisanles.
5.° A cura tem semprelugar peloempregodeummedicamentocapazdeproduzir amodificação da força vitaloppostaáqueexiste na moléstia
.
6
.
° Póde-
seelevar a dóscdo medicamentocmquanlo ácondiçãopatbologica,si é contrariaáque produzessemedicamento,não óvencida.
Eis muito succintamentcosprincípioscmquesefunda amedicina italianna;pas
-
semos aanalysai*cadaumdepersi.
§ !
•Devc
-
sc«listintuircliimica «noiiicla«lÍ«eameiilyniiiaiiii<<
oa*aac?çãoinecaiiico-
Entre os agentes que podem modificar o organismo,innumeros se acbain que obram sobre elle pelasuaacção local;outrosque depoisdaabsorpçãovãoexercer influenciasobre os diversos orgãos
.
Osprimeirosde certo não sepodemcontar numerodos medicamentos;sóaos segundoscompeleeste titulo.Jáalguémse lem-
broude classificar entre osmedicamentosoinstrumentoperfurante,oucontundente, ofogocoutros agentesque obramdo mesmomodo sobreo organismo ?Estesoperam pelas suas propriedades pbysicas,cnãotberapeulicas; do mesmo modo muitassub
-
stancias apresentam,além da acção mccanico
-
cbimica,outra tberapeutica.Pornãoquereraltenderaesta verdade,amedicina franccza tem cabidocm graveserros;clas
-
sua no
—
5—
sificanJoirritantes quasi lodososmedicamentos,a !>cinpoucosrecursos(içam redu
-
zidos nomaiornumero decasos
.
Apralicaporem nãosanccionalailheoria,amedi-
cina dehojenãolemeempregarotartaro contra moléstiashypcrslhenicas,aessência deIhcrcbcntinacontrao telano, osulplialoilequinina nos casosde irritaçãogaslro
-
inleslinal,clc
.
Abri quahpierobra de materiamedicafrunecza ,eáprimeiro pagina lereis logo que omedicamento descriploéumirritante,porémquesc emprega cm laese taes moléstias infiamniatonas; emprocai-
ovós mesmo,edebaldeprocurareis essesefieitosterríveisqueaescoladeBroussais attribueaosirritantesComo explicar taescontradicçõcs?Equealtenlos aocflcilomecânicodasubstancia, ostberapeutistas liãodesprezadoasuaacçãointrínsecaedymnamica.E assim quesctem classificado ascanlharidas,otartaroemelico,osublimado corrosivo,etc.
,coirocorpos eminen-
temcnlc irritantes,e a estapropriedadetem
-
seatlrihuidoseusefieitos sobreaecc-
uoinia.Entretanto,observações eexperiênciasbemconcludentesdeGiacomini,edepois
•
dcllede Pieu, sobre auimaes vivos,sobreohomemi-
ão c ohomem enfcimo,liãode-
monstrado queoscfi".*ilosproduzidos pelas canlharidassãotantomais promptes,quanto melhor dissolvidase a;ha n substancia:oexamedoscad
.
veresnãooflercce nestes casos signaes c\identes d*arçãoirritante.
Orfilaattribue;ícanlharidinnapropriedadevesi-
canlc da cantharida,ca um oleo volatil,quetemocheiro particular do inseclo
.
umaacçãosobreosysternanervoso:reconhece pois(pienãoêsómente aacçãolocal irritante que existe nessasubstancia
.
Ora,sidasexperiênciasdc GiacominicDieu deduz-
se que aquella nãoónecessária paraproduzira morte dos indiv íduos envene-
nai!JS,coaclue
-
secom todaaforça lógicaqueaacçãotherapeuticsdascanlharidasé diversa da local,ouirritante.O mesurosepódo*applicaraotartaroernctico: levados pela acçãomecânica irri
-
tante,queelle apresenta , equeconcordam>sp»1eralguma vezinflamnar otubo di
-
gestivo, afiirmarainosautores queeraurumedicamento incendinrio,essencialmenle stimulante
.
Masasexperiem-
ias dosmedicos italiannos, eanossapralica diaria, evi-
denlcmentcdemonstramainjustiça de tal accusnçSo
.
Begin,quenão é suspeito do se- guirasdoutrinas ilaliannas,cm seusMementosdeCirurgiaaconselha a npplicaçãodo tartaronoscasosde luxação7para aproveitar, diz elle-
, oestado dcrelaxação cmqueestasubstanciadeixaostecidos. Christison,c.Coimletbservaram emindividuosmor
-
tospela acçãodo accido oxalicootubo digestivosão, omesmoobservaram outros a respeitodosublimado corrosivo,doarsénico,etc
.
Será pois pelaacção irritantelocal delaessubstanciasqueoindivíduoperece? Entretanto nemãvistadelaesexemplos deixamos Francezcsdc classiíical-
asacres,irritantes, nem por issomodificam os meios thcrapouticos com quese combalemos seusefieitostoxicos !Asimficabemdemonstrado quãonecessáriosotorna adistineção das duas ordens deefieitosdosmedicamentos,ccomoneste pontolevaa escolailaiiannavantagemso
-
breafranceza.
2
—
6à
*»
1clftssificaçcHeil osfao dosimmémedicamentos «diatossobrealforève fnndarça vital
, -
sec nãonosSi‘IIS
nos apparentes
.
Oseffeilos queáprimeiravista seapresentam,osmais notáveis,equemaisaltra
-
ticm a allcnçâ>, tern siJoasbasesdaclassificação»lamateria medica francen.Assim asubstancia que produzevacuaçõesalvinas, aqueproduz vomitos,aqueacalma os spasmoslernsidoclassificada purgativa,vomitiva,antispasmodica Entretantooeflei
-
toqueapresentaapparentemcnteoorganismosubmettidoa umaacçãomedicamento
-
sa,nãodepende unicamentedesta;oestadoernqueelle se acha tempartemuito di
-
rccta naproducçãodos pbenomenos. Omedicamento queagora produzevacuações alvinas,daquia poucosupenderáa diarrhea; oqueagoraacalmar osspasmos,logo tornai
-
os*liamaisintensos: asubstancia que provocarasregras deumamulher,em outra fa!-
as-
!iasuspender,etc.
Disto concluemositaliannosqueaclassificaçãodos me-
dicamentos fundada sobre seus cfleilos apparentesnãopódedeixar de ser enganado
-
ra; émaisnatural,mais pbilosophico verificar qualaacçãointima ouprimitiva que omedicamentoexercesobrea forçavital,qualoorgãosobre quesua acçãomais<0
pronuncia,edahideduziraclassificação
.
Nada maislogico, nada maisracional; a accuvição porémque dahi quer
-
secon-
cluir contra amedicina franccza não éconsequênciarigorosadestes princípios,cpor
-
tanto nãopóde proceder.Quaesserãoosmeios«lereconhecera acção dasubstancia sobre a fibraorganica, ousobre aforçavital, csobreesteouaquelleorgãoespecial
-
mento? As alterações funcciooaçsqueomedicamentodetermina:estasdevempois formarasbases«la classificação,c emultimaanalyseconduzemao mesmofimquetâoju
-
diciosainento desejam os italiannos
.
Aobjecçãoque acimaenunciamosdavnricdad«»«Jcefibitos«lo mesmomedicamento,bemcomoda identidade«losde medicamentosop
-
postos nãopódeproceder,porque nesta indaganoopraticonão selevarápela rotina cegado vulgo bordalengo, nãoclassificará medicamentoanti
-
febril o quefezcessarfebre;nãoinculcaráaesmopurgativoo «pietiverproduzidoevacuaçõesalvinas;não daráo nomedetonieo«quellequelevantou asforçasdo individu»
.
Omedicamento experimentado noliomcmsão, nosirracionnes,eutlimamente noenfermo,mostrará aopraticose asuaacçãoé geral,sc parcial,efinalmcnte qualoorgãosobre quecila indue.
A condiçãopathologica«laenfermidade servirá para esclareceraquestão:con-
—
7—
sistiiácila na deficiência deforçasnaquellc indivíduorobustooalhletico aquem uma sangria,comoporencanto fez levantar da prostração,
sangriaumtonico? Não;masha moléstiasque consistemna falta de arçãodo sangue sobre ostecidos, queproduzem portantoaflacidez, a atoniadestes: oslonicos re
-
constituintes restituemaosangue ogrão tic forç
.
iexcitadora que lhefalta, fomos exemplona chlorose.
Examinemosemqueconsistirácila.
Será umaadynamia dos orgãosdigestivos,comoqueremGalleno,eIIoilman,ouantesasthenia dosorgãos geni-
taes,comopensam Cullen,Pinel,Cabanis,Desormeaux,Roche,Forostus,Rodrigues deCastrocoutros ? Seráuma astheniadosyslemanervoso como éopiniáode Copland, Colonibat,Dupuy,ou uma arteritecomo quer Giacomini, ou antesdeverá prevale
-
cer aopiniãode Trousseau,Maud, BoisseaueAndral dequeexisteumaviciaçãona sanguilicação?
A locaiisação destaafTecçãonosorgãosdigestivos,ou genitaes, não pódetiemodo
•
algum prevalecer:seelles na mórpartedos casosseacham compromettidos, nem por issoodesenvolvimentoemarcha da moléstia permitte consideraraumoua outro comoprimitivamenteafleclado em todosos casos.
A extensão dossymptomas por quasi lodososorgãos »la economia, leva a crerqueéumamoléstiageral, isto é,quetem porsédeumdossyslcmasquea toda aeconomiaseextendem.
As funeções<losystemanervosonãoapresentamalterações tãonotáveis, outãoconstantes que nellcsepossa collocoraséde da chlorose:sisepretende queta»*salteraçõesse manifestam pelas
•lasfuneções aque presidemosnervos, entãonenhumamoléstia deve1er outra séde senãoo syslemanervoso;émais racional allribuir a moléstiaaosorgãos
.
cujas fune-
çõessãopervertidas
.
Foilevadoportalidéa» pieGiacomini attribue a chlorose a uma arterite.
Asuspensãodas regras,diz elle,éumpbenomeno»pieprecedeouacompa-
nhaos primeiros phenomenos desta moléstia:então notam
-
se oscffeitos douma plethora sanguínea,cesta,fazendo-
separticularmentesentir natunicainterna das ar-
térias,produz
-
lhe umainflammaçàoqueatornamaisespessa:acontractilidadc\ital éporestarazão augmentada;asartérias não sedilatamcomonoestadonormal.
quescachava?Serápois a em
ea conlraeção impedindo osglobulus sanguíneos«lo chegarásultimasramificações
aiparidadelcriaes,émotivo»lodcscoramentodapelle.Oexcessodo sangue cmproporçãoáca
-
«losvasos,c ospasmo das arleriolas explicam aconlraeção efrequência d«)
pulso,aopprcssãodo thorax, oscaloresliystericos,ascephalalgias,etc
.
I mamul-
tidão deobjecçõesseelevam contra estatheoria,eadestroemmesmodesdeosfun
-
damentos. h primeiramenteGiacominialïirmandoqueaamenorrhea procedeámór paue«las\ozes aosphenomenos chlorotic««,nãodissimula comtudo,queessesym
-
ptomaalgumasvezes deixade abrir asccna palhologica
.
Ora,a theoria applicando-
sesómente aos casos«laprimeiraordem,nãoexplicaos«la secunda;nãoé poisverda
-
deiro,porquenãoabrange todosos casos.Accrescequea chlorose não éumaenfermi
-
dadeespecialaosexofeminino:aopilação nãoapresentacaracteresdifferenciaesd«íssa
"«nfermidade;
sua
asmesmascausas,<>$mesmossymptomas,omesmotratamento appli
-
—
8—
cavei;adislincçãosomente sedá segundoosexo,aconstituição,aidioscncrasia dos indivíduos,etc.,c naclassificação nosologica,ningucin dá tantasespccicsde moléstias, quantososindivíduos quo podemserdeliasaffectados.
Prescindamos,porém,destasconsiderações,edemosde barato o falsoprincipio que a amenorrheaéoprimeirosymptumaque na chlorosesemanifesta
.
Não serácila uma expressãodaenfermidade,e acondição pathologica não deve preexistirúsua appariçào ?Comoaílirmarqueécausaenao eflfeilo?Dando que sejacausa,e\plica-
scporventuraa moléstia de«jueé ellaexpressão? não;antes parecequercr
-
sc apresen-
tar aamenorrhea comoninamoléstiaessencial,quando nenhum medico philosopltoa pôdeconsiderar senãocomo symptoma
.
Entretanto vamos entrar mais dircclnmcnlcna questão,cformalmcnlcnegamos que achlorose possa reconhecercomo comi ção de suacxislcnriaaplethora,eparti
-
cularmcnle a arterite
.
Porque razãoasupprcssão de qualquer hcrnorihagia vai pro-
duzir uma pneumonia,umacongestãocerebral,ou outra moléstia aguda,jamaisuma1 chronica, e a supprcssão das regrassomentedaráemresultado a enfermidade com estecaraclcr,eestamarcha? A naturezanãoapresenta cxcepções, nem aberrações; as que sc nos antolham tacs,dependemdafraqueza dcnossasfaculdades,onão da realidadodoobjecto;portanto,ncnlmmarazãolia paraqueseaiíirmc queásupprcs
-
sãodas regrasédevidatalmoléstia. NãoéverdadeoquedizGiacomini,que osangue doschloroticos apresentaú analysechimica lodososelementos domelhorsanguepossí
-
vel.Todo mundolerálidooccasiào dc observaro sangue«lessesenfermos:aumexces
-
soconsiderável de sôro reune
-
scumcoagulodiminuto,mollecdescorado.
Porém asanalyses de Foedishhãodemonstrado excessonaproporçãoda aguasobreosoutros elementos;eéestaarazão porquea chloroseé maisfrequentenosexofeminino; o sanguedas mulheresé maisuhuudanlcd’
.
igtiadoqueodoshomens.
Além destamo-
dificação,na qualidade do sangue, também na quantidade,longede haver excesso,
ha quem allinne que lia diminuirão
.
Oillustrado professordepliysicadaFaculdade deMedicina do Rio «leJaneirodá a falta«le sangueemcomparação«laquanlidade de arquearespiraçãointroduznaarvorecirculatória,como causa«lo ruido de foil«?,queseobservanocoraçãocartérias«loschloroticos,midoque BouillatidcMagendie explicam pela liqucfacção «losangue. N ãoestá portanto demonstradooexcessode sanguenoscasosde chlorose
.
Siachloroseéumaarterite;si afebre intermittente, si a febrebeclica, siaphlisicapulmonar são arterites:quul a razãodadifferençu dos symptoinas,das causas,edo tratamento «l«?stasdiversasafTecções?Porquerazãonão empregaremos o tartarocmelico, osulphalo dequinina,ascantharidas,c oferro iudifTerentemente cm todas essasenfermidades? los umdos escolhosemque fraga a medicina italiauna; negando a cxislcnciados medicamentos cspecificos, não se póde furtar comludodeempregar espccialmenleaquina contraafebre intermit-
tente,oferro contra achlorose,etc.; não pódedissimularodiclodoillustre Tlio
-
rnasini que em suas
—
L»;ões de íhitmea—
aflirma«picamv'leriosacflicaciadanau
-
—
9—
quina, para cortar a periodicidade,édislincta de toda a acçãostimulante,ou contra
-
stimulante
.
Parece
-
nos,pois,quese nãopode conceder que a condição pathologicadactilorose seja a que affirmant osmedicos ilaliannos,cexplicamol-
aantes pela alteraçãodo sangue.
No correr destathese teremosoccasiãodedemonstrar como deve-
seadmittira alteração primitiva dos liquides daeconomia
.
Osmedicamentos,pois,que devem combater esta moléstia,serãoaqucllcs quetiveremopoderdereconstituirosangue oudar-
llic ogrão deexcitabilidadequelhe falta; não sepode portantoprescindir da admissão de umaclasse detonicos.
Estas consideraçõeslevam
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nos ojulgar quenãoéirracionala base daclassificação franccza dos medicamentos:aodiante applicaremos estes pcincipiosáclassificação quenosparece mais razoavcl.
S Hl .
A aoçfio do iiic<licaiticn
<
o.
embora pareça
divergirvsempre a mesma e iiniea
.
Applicaiotartaro adiversos indivíduoscm um vereisvomitos,cmoutro evacuações alvinas,cmumterceirosuorescopiosos,em outro(inalmcnto nenhum destes efleitos apparecerá.Applicaioopio;emumvereisumestado deexcitação, dedelíriofurioso, cmoutroonarcotismo, noultimocmfimotorporsifoi determinado pela slrichnina, pelahelladona, etc.cessará inteiramente,eoindivíduo achar
-
sc-
hasão.
Efleitosapparcncia tãodifferentes, dizem osItaliannossãosempreconsequênciadamesma modificaçãodo organismo,é a hyposthonia noprimeiro caso, ahyperstlicnia segundo
.
Aindauma vez nãopodemos admittircmtotalidadeessaidea daescolaItalianna
.
Não negamosquemuitíssimasvezesosdiversos phenomenos quea medicaçãoproduz são originários da mesmamodificaçãodoorganismo,assimcomo osvários symptomasquo semanifestamen»uma moléstia sãoorigináriosda mesma condiçãopathologica; nem sempreporémeste principioéapplicavel.
Não sãounicamente duas condiçõesoppos-
ingna totalidade do organismo que os medicamentos podem produzir; elles muitas apresentam acções cspeciaes sobrediversosorgãos,quesc nãopodemexplicar pelaacção geral
.
Tomemos alguns exemplos.
Quephenomenos cspeciaesse desen-
volvemnosorgãosurinários sob a influencia dascantharidas, ófactoqueaexperiência quotidianamostra,equeosproprioscorifeus da escolaitaliannanão podem dissimular, na no
vezes
3
—
1 0—
referindo os effeilosphysiologicos,eos caracteres anatómicos,produzidos por lal subs
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tancia
.
Ora,poder-
se-
haporventura explicar a hematuria pelaliyposthenia, como quer Giacomini? Si éoetTeito hyposthenisante geral,siéorelaxamento dos vasos sanguineos quedá origem á hemorrhagia; porque não se observará estaigualmentc nosoutros orgãos,o só nosurinários?Porquenão terálambem lugarpelaacçãodos outrosbyposthcnisantes,particularmentedosarleriacs,como otartaro,a quina,etc.? Não lia outra razão sinão—
porque aacçãodascantharidasfaz-
sc particularmente sentirnosorgãosurinários—
Masestaacçãonüo 6de certohyposthenisante; a dòr, oardor, adiliiculdade daemissãodasurinas,eparlicularmentcaplilogosc dosorgãos queaautopsia demonstra,tornam inconcebível como ogenio observadoreoespirito philosopliico, quefez osbrilhantesdescobrimentos da escolaitalianna,prcstou-
sc aadmittirtalabsurdo.Aliquandobonus dormitai líomerus\Porémainda émaisestranha atheoria que querdar apblogoscdosuretereserinscomoproveniente«la acçãome
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**canica da substancia:Como? Affirmaisqueomedicamentodeve serassimilado,para que tenhaeste nome;comopois convertidocm sangue,ellepódeconservarsuaspro
-
^priedades pliysico
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cbimicas?Chegando aosrinsosanguetornaa converter-
se emcan-
tharidas, diz
-
se.
Tão gratuita asserçãosóomaisaferrado espiritodosystemapóde defender!Contraellaapenas invocaremos uma autoridade:Mojon,traduclor«locom-
pendiodeGiacominiemumanotaa este artigoparodiaoditodeGaubius:melius est sislercgradum,quamprogrediiutenebris
.
Entretantocomo estaopinião daassimilação domedicamentonão nosparecever
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dadeira,comomuitopelo contrarioestamosconvencido de«pieocaracterquedistingue o medicamento doalimento, c resistiraijuelle á assimilação; poderáalguéminsistir dizendo queoerronãoestá nofacto,porém no modocomooconcebo Giacomini;isto équeaacçãomecanicadascantharidasfaz
-
se sentir,sinãodepois da assimilação,ao menos depoisdaabsorpção. Bastaporémumaconsideraçãoparaderrubarsemelhante hypothèse:antes«lechegar aos orgãosurinários ascantharidas passampelasartcriolas, quesãotubosmuitomais estreitos queosdosrins,deveriam pois produzirumaarterite geral, antes da nephrite.
Ummeio unico dedefesarestariaá escolaitalianna,cseriaseguir aopiniãoacima expendida de Orfila,que colloca aacçãoirritantedas cantharidasna cantharidina,c sua acçãosobreosystemanervosoouhyposthenisanteemoutroprincipio
.
Masas ex-
periências de Giacominidemonstrando queacantharidina goza daspropriedades hypos
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thenisantesdacantharida,tiram
-
lhe este recurso dedefesa,cconfirmam queomesmo principio póde teruma acção hyposthenisantesobro um orgãoou systema, eoutro hypcrsthcnisanjcouirritantesobre umsegundo.
Passemos aoutroexemplo,e tomemosotartaro cmctico
.
Que estasubstanciaó um hyposthenisantegeral,nenhumaduvidatemos; seuscíTeitos sobreohomemsão, suaapplicação nas moléstiashyposthenicas; atolerânciaquenestes casosseobserva sãoprovabemconvincente.
Dependerão porémdessaacçãohyposthenisantegeralos—
i l—
efl'eitos, que sobreotubo gastro
-
intestinal se passam?Giacomininãohésitacm alTir-
mal
-
o:« orelaxamento das ultimasextremidades arteriaos,dizelle,
deixa transudai a parlomais liquidadosanguequeconstitueosuornapelle,asmucosidadcs nocslo-
mago,intestinos,bronchios,etc.Oaccumulodemalcriasnoestomagodetermina mo
-
vimentosanti
-
peristallicos;dahiovomito.
Si estenãotem lugar quandoa dóscdo medicamentose eleva,éporqueabyposlhenia tornando-
sc geral,ocoração não temfor-
çapara determinaraexpulsãodaparlesorosado sanguequeconstitueosuor , os vo
-
inilos,as dejecçõesalvinas,eamatéria dacxpectoração
.
»Ha aquidouserros:umdefacto,outrodo llieoria
.
Siosuor,asevacuaçõesab inas,
ainoleriado vomito, e aexpe-
ctoraçãonadamaissãosenãoa parlemais liquidado sangue, seus caracteresdevem serosmesmos.Ora,quemseatreveráaallirmul
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o ? Quempoderá negarqueo suorecffeitodasecreção dasglandulassudoriferas,bemcomoqueomucodas viasdigestivas
*e respiratórias o resultadoda acção das criptas mucosas? Poder
-
se-
ba replicar,aindaqueoprofessor de Paduaonãohaja dito, que orelaxamentonão serádasar
-
derias
, porém das glandulassecretoras, cconductosannexes.
Concedamos.
Porque razãoporém ovomitonãoserá igualmcnlcprovocado portodos osoutros medicamentos hyposlenisantes?L'porquehaumasegundaiuexaclidãonallieoria do vomito: elle não éprovocado pelo excessodasecreção mucosasimplesmente, seestaéalgumas vezes abundante,outrasvezesnãoé tãoconsiderável que possa dartalresultado;osvomitivos produzemlambem oque ovulgochamavomitos scccos.
Não épossívelfugirdaevi-
dencia resultantedosfactos:o tarlarocmetico tem umaacçãoespecial sobre a tuni
-
camusculosa dotubogastro
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intostinal.
E?taacçãonão ébypostbenisante; embora aflirmeaescolailalianna que ascontracçoes uterinas noparlosãoumeíTeito dehy-
poslbenia, ninguém poderá a sanguefrio e despidode ideas preconccitasasseverar queabyposlheniadeumorgâoactivc
—
lireasfuneções, quealiypostheniadosystema muscularaugmenteaenergiadascontracçoes.
Oplienomeno inversoó algumasvezes verdadeiro,isto é,aliypcrslhenia doorgãopôde representar apparentemeuteahypos-
thenia, nuncaporémver
-
se-
baocontrario.
Istomesmosoapplicaao tarlaroemetico em particular: Duncan levado pelamesma idéaque ácima enunciamos doBegin,o empregoucomsucccssocontraosspamos dos músculos ccrvicaes,cdorsaes.
Assimaacção especialdotarlarosobreoestomagoéexcitante,e deste modoseexplicaper
-
feitamenteomotivoporquecilanãosefaz sentir,quandoomedicamentoóempregado emalladose; abyposlhenia geralmodera ou aniquilaa hypostheniadoapparelbo gastro
-
intestinal.Nãoépossíveladmillirsobre esteplienomenoaexplicação dopro-
fessordo Padua,a fraquezadaacçãodocoraçãonãopodia e
.
itar a continuação da secreção;se esta fosseoclfeilopbysicodasimplesrelaxaçãodosorgãos, augmentam-
se estacom uelevação da dóscdo medicamento, acxlravusuçao do sorodosangue continuariaaterlugar em gráomais alto
.
Da analyse,pois,destesfactos podemos concluira íFoutamento:algumasvezeso mo medicamento produz cííeilosbemdiversos,eatéopposlos nos differentessystmesè
- -
-
12—
apparelhos, ou orgãosda economia ; não éportantoúnica csimples aacçãodo mas,
remedio
.
SIV .
Sóde duasmaneiras|ió«le aeconomiaser modificada, por clesacãoda forçavitalon hyperstlienia
.
e pordepressão damesmaonli
>
postlienia.
Eisoprincipiocardeal dapalbologiaitalianna : c\pliqucmol
-
o,lraduzamol-
oantes*de tudo,afim deque possamosbemanalysal
-
odepois, eprincipiemos por definiroqueseentendeporforçavital
. ,
Dous sentidos podem ligar
-
sea estaphrase:por ellapódc-
se entender,ouacausa determinantedos phenomenos vitaes,ouumaabstraeção representandoa generalidade dosfactosconstitutivosdavida.
Serápor ventura conhecida acausados phenomenos vitaes,comoaentendem os vitalislas?Giacominiaffirmaqueellapreexisteáorgani-
sação,não époisummodo do organismo,porque aqnellonão pódc existirantes deste, é umasubstancia; nãoéumcorpo,porqueentãoformariaparte da organisação,eesta já existiria maisou menosdesenvolvida,quandoella sc désse; é poisum espiritoo que constitue a forçavital,segundo esteescriptor,éoarchco deYan
-
Helmont,é aforçavital de S.llahncman.Ondeporémasprovas de tal asserto? Elle nem scpôde considerar uma hypothèse razoavelporsercontraditorio comsigo mesmo:affirmar queumespirito podeser modificadoporcausas maleriaes, queosmedicamentos[io
-
dem sobre ellefazersentira sua força,é u naheresia phylosophica,quenem émister refutarnião especial.Assim estainterpretaçãodaforçavitaldeve
-
seantesentendercomo umaopi-
deGiacomini,doquecomoum principioda medicina italianna,enãose pode deixar déconsidérai
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a forçavital do segundo modo,isto é,ocomplexo daspro-
priedades vitaes.Estainterpretação étantomais razoavelporissoquesc amoléstia ti
-
vesseporsédcoagcntc
-
occultoda vida, seria sempre geralcnão local comoa m úr parte das vezessc observa.
Si porém, como diz o Diccionario Abreviado deScicncias Medicas,Razoriconsidera o corpoemmassa, c nãocomoumcomposto de varias partesgozandoda actividade emgráosdiversos,servindocada uma ásuamaneira,etc
.
,nessatheoria resumbraum errocapitalde palbologia, uma conlradicçãocom osproprios principios italiannos,«piereconhecemnemsóalocalisação das moléstias, como mesmo aacçãoespecial dosmedicamentos.
Entendida deste modo a força vital,a hyperslhcnia chyposthenia consistem no augmento,oudepressãodasfuneções vitaes ; nãosãoporém as funeções cspeciaesde
—
13—
cadaorgão quesãoassimmodificadas
.
Giacoinini bem claro o affirma: não convém confundir, diz elle, ahypostheniaouhyperslheniadasfuneçõescom a da forçavital: estasópódcseraugmentadaoudiininuida,aquellas podem também serpervertidas: além disso , Rasorinotratado da IMilogosc(tom.:2.
•*cap.6.
°)assegurafundado observaçõesquecita,que muitasvezesdiathesesopposlasdão emresultadoosmesmos symptomas.
Asmodificaçõespois,para maisoupara menosdevemse dar nasfune-
çõesgeraes a todos os tecidos, isto é, na circulação,nanutrição,oinnervação
.
Asmodificaçõesdestaultimaapenassepodem apreciar pelasdas duasprimeiras:portanto ahypostheniaeabyperstbeniaé diminuição,ouexaltaçãoda circulaçãocapillar edo movimentode composiçãocdecomposição
.
Asmoléstias portanto, nãopodem existirnosliquidos,o sónossolidos, porquesó estes gozam de nutrição ccirculação:sealgumavezosprimeirosse encontram alte
-
rados
,6 cmDefinido destemodooque seentende por hyposthenia, ehyperslhenia,analysemos sc por venturaa estasduasúnicas condiçõespodem se referir todas asmoléstiasdo
•
quadronosologico.
Deixámosdepartoasenfermidades mecanicas, feridas, contusões, fracturas,etc
.
para attender somenteásdcfundo dymnamico
.
Principiemos pelas névrosés.Aque classe podem cilas referir-
se? Haveráexcessooudiminuição navitalidade doorgão,sede da moléstia ? Os caracteres das névrosésnãodenunciam exaltação,masaberração nassu;
em
consequência damodificaçãoprimitiva dos segundos
.
isfuneções, damesma forma queodelirio nãoé, como alguémerradamente diz, exaltação, mas aberração dasfaculdades inteliectuaes
.
Giacominiaffirma queas névrosésconsistememuma sub-
ncvrilcmile,equeassimsãomoléstias liypcrsthenicas; mas emprimeiro lugarnenhuma provaapresenta doqueavança,cconjecturasnão podem abalaroqueaexperiência cadavérica tem mostrado,istoc, nenhuma lesão apparentenoorgão sédc da moléstia. Depois, comoexplicaras névroses dos orgãos cncephalicos? Haverá também uma stib-
moningile? Serãoachorea,acalalepsia,molés-
tiashypersthenicas?Roguetla seguindo osprincípiosdaescola ilaliunna,professa:1.
-
queahysteriaéumgráomaisadiantadodachlorose, isto é, umasufi
-
arterite propa-
gadaa;<s centros nervosos:2
.
° aepilepsiaé amesmachloroseemgráomaiselevado, oudo outraforma localisada;3. achoreaé amesmaaffocção emgráomais baixo,e localisadanomedulla.Nãopodemosporémadinillirlacsidéas.
J ádeixámosdemons-
tradoquea chlorose não é umaarterite; depois, si é uma moléstia propria do sexo feminino,acontecerá o mesmo, nãodireiá hysteriaquemuitos lambem consi
-
deram domesmomodo;porémáepilepsiaeachorea? Finalmente, ninguémconfim
-
os symptomas da chlorosecorn osdessas moléstias nervosas
-
, osindiv íduosquesoflreiu dasultimas, nãoapresentam nos intervallossignal algum da moléstia; comocotãoconsideral
-
asnem só a mesma moléstia,comojáunigráomaiselevado delia?Sias névrosésproduzem,segundoAmiral,pobrezanosglobulossanguíneos,e dahi vemoruidodefolie observado por Monlault,e Brouillaud, si dãoem resul-
dirá
k