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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

VANESSA RODRIGUES DA SILVA

CONTABILIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE DA

DOS CUSTOS AMBIENTAIS QUANTO AO USO

RESPONSÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS E NO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM

FRIGORIFICO DE MÉDIO PORTE

Rondonópolis-MT Fevereiro de 2020

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CONTABILIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE DOS

CUSTOS AMBIENTAIS QUANTO AO USO

RESPONSÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS E NO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM

FRIGORIFICO DE MÉDIO PORTE

Rondonópolis-MT Fevereiro de 2020

Projeto de Monografia apresentada à Universidade Federal de Rondonópolis, através do Facap, do ICHS/CUR/UFMT, como exigência parcial para a conclusão do curso de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do Professor (a) (Ms) Rosa Beatriz de Araújo.

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CONTABILIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE DOS CUSTOS AMBIENTAIS QUANTO AO USO RESPONSÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS E NO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM FRIGORIFICO DE MÉDIO PORTE

FOLHA DE APROVAÇÃO

Esta monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso, através do Curso de Ciências Contábeis do ICHS/CUR/UFMT, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, tendo sido aprovada pela banca examinadora abaixo identificada e assinada, Data da defesa 17/02/2020, Nota:

Prof. Ms. Adelina Neres de Souza Campos Coordenadora de Monografia

BANCA EXAMINADORA

Prof. Ms Rosa Beatriz de Araújo Orientadora e Presidente da Banca

Prof. Ms. Adelina Neres de Souza Campos Membro da Banca Examinadora

Prof. Dr. Aguinaldo Membro da Banca Examinadora

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Agradecer, de fato é muito complicado. Pois, de uma forma geral, existe inúmeras pessoas que deveriam ser mencionadas. Mas em suma, quero agradecer a todas as pessoas que por algum motivo perceberam as minhas limitações e me ajudaram. Tiveram paciência e abriram mão da sua vida pessoal, para me passar um conhecimento adquirido. Agradeço a minhas amigas Geovana, Virginia, Paula e Francisca.

Agradeço a minha querida Mestre Rosa, por apostar, orientar e ajudar a construir essa pesquisa.

Agradeço a meu esposo Emilson da S. Filho e minha filha Luana Rodrigues, por entender a minha ausência.

E por fim, agradeço a Deus, que por mais vez, me orientou a explorar o conhecimento, transmitir as minhas experiências profissionais e sobretudo, quando achava que não conseguiria me deu forças para prosseguir e concluir mais uma graduação.

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O presente estudo de caso, teve como finalidade realizar uma análise dos custos inseridos com atividades ambientais, no que se refere a Recursos Hídricos e Resíduos Sólidos. A pesquisa segregou as informações, diante da dimensão da problemática, tendo considerado os Recursos hídricos, os efluentes e os resíduos sólidos, os papéis, papelões e plásticos. No referencial teórico, foram utilizadas a conceituação de ferramentas contábeis, direcionados as questões ambientais, assim como a importância da segregação dessas informações para uma melhor gestão. Dessa forma, conceitos e princípios da Contabilidade Ambiental, do sistema de gestão ambiental e políticas ambientais, foram base para direcionamento do estudo. A metodologia é de caráter de pesquisa Bibliográfica documental, caracterizada como qualitativa e estudo de caso. Logo ao final do trabalho monográfico, pode-se concluir que através da análise dos dados coletados da empresa em estudo, direcionou a verificação dos valores econômicos referentes ao tratamento dos recursos hídricos para retorno ao meio ambiente, assim como para o gerenciamento de resíduos sólidos industriais.

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The purpose of this case study was to carry out an analysis of the costs inserted with environmental activities, with regard to Water Resources and Solid Waste. The research segregated the information, given the dimension of the problem, having considered the Water Resources, the effluents and the Solid Residues, the papers, cardboard and plastics. In the theoretical framework, the conceptualization of accounting tools was used, aimed at environmental issues, as well as the importance of segregating this information for better management. Thus, concepts and principles of Environmental Accounting, the Environmental Management System and Environmental Policies, were the basis for the direction of the study. The methodology is of a bibliographic documentary character, characterized as qualitative and case study. At the end of the monographic work, it can be concluded that the company under study, directs a significant economic value, to the treatment of Water Resources to return to the environment, as well as also uses techniques of Industrial Solid Waste Management, segregating a volume considered, for recycling purposes, adding revenue with it.

Keywords: Environmental Accounting, Environmental Management System, Water Resources, Solid Waste.

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ABNT -Associação Brasileira de Normas Técnicas BNDS - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

EIA – Estudo de Impacto Ambiental

ISO – International Organization for Standardization NBR – Norma Brasileira

RIMA – Relatório de Impacto Ambiental SGA- Sistema de Gestão Ambiental

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Quadro 01 - Exemplificação de Balanço Patrimonial para as Movimentações Ambientais...53 Quadro 02 - Exemplificação de uma Demonstração de Resultado Ambientais...54

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Tabela 01 - Demonstrações Gerencial de Resultados Ambientais...37

Tabela 02 - Demonstrações Orçamentarias Anuais...57

Tabela 03 - Comparação das contas de maiores impactos no custo global...58

Tabela 04 - Representação em percentual do impacto no custo global mensal...59

Tabela 05 - Comparativo em Quilogramas e Valores Monetários de Receitas e Despesas...61

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Gráfico 01 - Demonstração em Percentual dos Custos com Material de Limpeza e Resíduos Orgânicos - ...60 Gráfico 02 - Demonstração da Gestão de Receitas e Despesas com os Resíduos Sólidos...63

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1 INTRODUÇÃO ... 15 1.1 Tema/Problema ... 16 1.2 Justificativa ... 18 1.3 Objetivos ... 19 1.3.1 Objetivo geral ... 19 1.3.2 Objetivos específicos ... 19 1.4 Hipótese ... 20 1.5 Metodologia da Pesquisa ... 21

1.6 Delimitação Campo de Estudo ... 23

1.7 Organização Lógica da Pesquisa ... 23

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 25

2.1 Recursos Naturais ... 25

2.1.1 Recursos Hídricos no Processo Produtivo ... 26

2.1.2 Geração de Resíduos Sólidos no Sistema de Produção ... 27

2.1.2.1 Classificação dos Resíduos Industriais ... 28

2.1.2.2 Gerenciamento de Resíduos ... 28

2.2 Gestão ambiental ... 29

2.2.1 Impacto ambiental ... 30

2.2.2 Políticas Ambientais ... 31

2.3 Técnicas da Contabilidade Ambiental ... 32

2.3.1 Ativos e Passivos ambientais diante a Contabilidade Ambiental ... 32

2.3.2 Despesas ambientais ... 34

2.3.3 Receitas Ambientais ... 35

2.3.4 Custos Ambientais ... 36

2.4 Plano de Contas Ambientais ... 37

2.5 Descrição, Função e Funcionamento das Contas Ambientais ... 42

2.5.1 Caixa Ambiental ... 42

2.5.2 Clientes Ambientais ... 42

2.5.3 Investimentos Ambientais ... 42

2.5.4 Subvenções Ambientais a Receber ... 43

2.5.5 Créditos por Serviços de Assessoria Ambiental ... 43

2.5.6 Participações em Fundos de Investimento Ambientais ... 43

2.5.7 Matéria – Prima Ambiental (e outras contas de estoque ambiental) ... 43

2.5.8 Participações em Outras Sociedades Ambientais ... 44

2.5.9 Participação em Fundos de Investimentos Ambientais ... 44

2.5.10 Reflorestamento para Sequestro de Carbono ... 44

2.5.11 Créditos de Carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) ... 45

2.5.12 Equipamentos Ambientais ... 45

2.5.13 Projetos de Gestão Ambiental ... 46

2.5.14 Treinamento Ambiental ... 46

2.5.15 Fornecedores de Bens de Proteção Ambiental ... 46

2.5.16 Empréstimo e Financiamentos ... 46

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2.5.20 Multas por Danos Ambientais ... 48

2.5.21 Indenizações por Danos Ambientais ... 48

2.5.22 Imposto Verde ... 48

2.5.23 Gastos Ambientais a Pagar ... 48

2.5.24 Provisões Ambientais ... 49

2.5.25 Reservas de Lucro ... 49

2.5.26 Receitas Ambientais ... 50

2.6 Contabilização Ambiental ... 50

2.7 Evidenciação das Informações Ambientais ... 51

2.7.1 Balanço Patrimonial Ambiental ... 52

2.7.2 Demonstrações Contábeis Ambientais ... 54

2.7.3 Notas Explicativas Ambientais ... 55

3 ANÁLISE DE DADOS E DISCUSSÃO: ... 56

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 64

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1 INTRODUÇÃO

Tem-se que o setor industrial se preocupava apenas com a eficiência de seus sistemas produtivos, porém, com as pesquisas cientificas identificaram que fenômenos naturais eram fruto do uso desenfreado dos recursos naturais, fato este que causou repercussões com relação ao crescimento da conscientização por meio da disseminação da educação ambiental, colaborando para que as empresas tivessem uma relação mais sustentável com o meio ambiente.

Com isso, as legislações ambientais passaram a possuir mais critérios de controles e a exigir o cumprimento do setor industrial. As legislações e estudos dos impactos ambientais ultrapassaram países que possuíam características industriais, pois uma parte da economia mundial é aquecida pelo setor agropecuário.

O crescimento agropecuário tomou grande relevância na globalização, logo a necessidade de aderir e se adaptar a tecnologias, as quais pudesse trazer maior produtividade para que tenha a condição de competitividade com outros mercados. Esse crescimento acarretou a necessidade de aderir a novas tecnologias e assim como o setor industrial passou a analisar os impactos ambientais de acordo com as características de sua atividade.

O setor relacionado a pecuária recebeu grande destaque de crescimento e adaptação tecnológica no setor produtivo, possivelmente devido a melhoria de regras sanitárias exigidas, com isso a concorrência no mercado internacional ganhou grande importância e relevância.

Os recursos naturais são utilizados em toda cadeia de produção agropecuária, como principal os recursos hídricos, em proporções diferentes de acordo com suas características produtivas, do mesmo modo em que os insumos do processo produtivo geram resíduos sólidos que devem passar por um sistema de gerenciamento. O controle dos impactos ambientais e possíveis custos com desperdícios são foco da gestão ambiental, assim como o controle contábil, uma vez que interfere nos resultados econômicos da empresa.

Independentemente do tipo de atividade industrial desenvolvida o empreendedor possui responsabilidades com relação a forma de utilização dos recursos naturais, mensurando os possíveis impactos causados pelas atividades operacionais, buscando tecnologias para minimiza-los.

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Diante das possíveis vertentes apresentadas, a união de possibilidades de gestão ambiental com a redução de custos produtivos encontra-se com práticas de contabilidade ambiental, pois o objetivo das entidades empresariais é possuir produtos competitivos no mercado com diferenciais de qualidade.

Assim como para os recursos hídricos o empreendimento pode possuir técnicas as quais os resíduos sólidos sejam uma fonte de rentabilidade, que seja atrativa para empreendimentos, a tal ponto que seja demonstrada com clareza, e que as despesas se tornem irrelevantes para cumprimento da legislação.

O desenvolvimento deste estudo, será direcionado com base em uma unidade industrial processadora de proteína bovina animal, enfatizando as diretrizes da contabilidade ambiental, de forma qualitativa, apresentando tecnologias possíveis onde os custos ou despesas operacionais para manter o cumprimento da legislação possam trazer oportunidade de otimização para o empreendimento com possíveis receitas geradas.

1.1 Tema/Problema

A forma capitalista tomada pela sociedade caracteriza um setor empreendedor crescente, o qual o processo tem como fundamento prestar serviços e produzir bens de consumo em troca, recebe a contrapartida em forma de lucro. Porém esse modelo torna-se cada vez mais competitivo e traz consigo maior utilização de recursos naturais para tais fins, de acordo com o processo escolhido, uma vez que, a cada dia novos produtos são lançados no mercado (MAY, 2010).

Logo, tomando como base uma análise do processamento de proteína bovina animal, pode-se verificar que o mesmo se encaixa nas características descritas acima, e assim como vários processos industriais têm como um dos seus maiores recursos naturais utilizados no processo operacional o recurso hídrico entre outros recursos naturais (SILVA, 2003)

Além disso, outro ponto identificável com gravidade impactante ambientalmente é produção de resíduos sólidos devido o processo produtivo demandar quantidades significantes de descartes, pois o produto a ser embalado possui características e exigências sanitárias específicas.

Conforme a concorrência e disputa comercial, os mercados tecnológicos agregam formas de produção em grande escala, logo tecnologias para otimização de custos

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operacionais, são empregadas com esse objetivo. As despesas são controladas e são desenvolvidos mecanismos e formas de gestão que minimizam, controlam e até extinguem os impactos ambientais (KRAEMER, 2002).

Sendo assim, a contabilidade passa ser uma das ciências mais versáteis que possuem condições de mensuração, assumindo seu papel na busca de soluções para auxiliar nas questões decisórias, tendo um papel fundamental na gestão empresarial. Logo o empreendedorismo busca manter o cumprimento das legislações vigentes e o tema de responsabilidade socioambiental, através das tecnologias ou gestões empregadas no controle dos impactos ambientais. Diante do exposto Kraemer (2002, p. 72) comenta que:

A contabilidade, vista como um sistema de informação da situação e da evolução patrimonial, econômica e financeira da empresa, deve incluir, em seus relatórios, todos os dados relacionados ao meio ambiente, facilitando o acesso a mais esta informação ao seu grande número de usuários, auxiliando-os no processo de tomada de decisão.

A utilização de valores econômicos para tratamento do recurso hídrico, pois o mesmo é utilizado no processo produtivo operacional, pode gerar benefícios futuros, pois, o efluente tratado pode possuir características que de acordo com o CONAMA 357/2005, e pode ser utilizado de forma que reduza o consumo do recurso para atividades especificas como irrigação de área verde.

A técnica de gerenciamento de resíduos pode ser empregada para cumprimento da Política de Nacional de Resíduos Sólidos, assim como pode evitar despesas com destinação final do mesmo. Esses materiais advindos de insumos descartados no processo operacional, pode torna-se recurso econômico, tornando–se em matéria prima para artigos reciclados.

Tendo como visão as inúmeras formas de otimizar a operação produtiva e a interação da contabilidade e dos aspectos ambientais de uma empresa, destaca-se a ramificação contábil denominada de contabilidade ambiental, que pode apresentar soluções futuras para a identificação, mensuração e divulgação desses referidos aspectos ambientais previstos por Kraemer (2002, p. 82):

Portanto, a Contabilidade tem que estar atenta ao avanço das questões que se apresentam e passará a incorporar as questões ecológicas e ambientais nos seus registros, nas contabilizações e nas divulgações aos usuários da informação contábil.

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Esta proposta de analise visa a utilização de algumas ferramentas como mensuração de volume otimizado, bases de princípios ambientais para avaliar possibilidade de rentabilidade financeira em uma esfera onde os recursos hídricos possam ser reaproveitados e os resíduos sólidos possam ser reciclados.

A presente pesquisa busca a explanação dos possíveis impactos ambientais relacionados a gestão dos recursos hídricos e resíduos sólidos, identificando formas de implantação de gestão ambiental relacionando-as aos pontos da contabilidade ambiental.

Contudo, diante do exposto surgiu a seguinte indagação: Como a contabilidade

ambiental pode influenciar na otimização dos custos para tratamento dos recursos hídricos e gerenciamento de resíduos sólidos?

1.2 Justificativa

As técnicas de contabilidade ambiental permitem que a empresa possua informações claras sobre os custos incorridos sobre as operações quando se refere a análise de custos com energia, tratamento de resíduos, efluentes, e proteção ambiental. Outro aspecto que é relevante é o fato da técnica expressar os ativos, passivos e custos em termos ecológicos (FERREIRA, 2009).

Diante da complexidade das demonstrações contábeis, onde a legislação não possui regras próprias de divulgação ambiental, principalmente pelo fato da não obrigatoriedade da mesma (FERREIRA, 2009), incorre-se no risco de se ter elementos informativos limitados, no que se refere a custos inseridos para tratamento de efluente. Assim como, as despesas incorridas com a destinação de resíduos, oriundos de descarte provindo das embalagens dos produtos.

Sendo assim segundo (FERREIRA, 2009), a contabilidade ambiental é descrita como sendo uma base a um novo sistema de reconhecimento e mensuração de custos, incluindo as externalidades, pois a mesma pode prestar sua contribuição registrando, organizando e evidenciando os fatos inerentes as atividades empresariais em relação ao meio ambiente.

Essa pesquisa é relevante, pois de acordo com os aspectos apresentados poderá contribuir na gestão gerencial de empreendimentos de produção de proteína bovinas animal,

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uma vez que através da técnica da contabilidade ambiental, as informações de custos das operações ambientais serão demonstradas separadamente.

Com isso a gestão possuirá a oportunidade de confrontar as informações dos custos com a possibilidade de criação de ativos, analisar a viabilidade de implantação de técnicas de gerenciamento que possam reduzir as despesas sem descumprir a legislação, atento as questões de preservação ambiental e responsabilidade social.

1.3 Objetivos

Os objetivos foram delineados de acordo com o tema proposto a alcançar, através da metodologia empregada respostas a hipótese delineada no presente trabalho.

1.3.1 Objetivo geral

Analisar a otimização dos custos ambientais no que se refere ao tratamento de recursos hídricos e gerenciamento de resíduos sólidos, por meio da contabilidade ambiental. Os mesmos serão tratados como efluentes industriais e resíduos sólidos recicláveis. Serão avaliados os custos do tratamento de acordo com um sistema adotado pela entidade estudada, assim como, o processo de gerenciamento de resíduos sólidos, avaliando a possibilidade de técnicas para valorização econômica que possa impactar os resultados financeiros.

Por meio da avaliação, visa-se desenvolver uma proposta plausível diante do perfil de grandeza produtiva e orçamentária, para que de acordo com suas características o empreendimento mantenha o cumprimento da legislação ambiental e obtenha otimização dos custos investidos. Uma vez, que as tecnologias e operações ambientais, são necessárias para que as cargas poluentes estejam em concentração compatível, a autodepuração do meio ambiente.

1.3.2 Objetivos específicos

Com base nas diretrizes traçadas pelo objetivo geral, faz-se necessário apresentar os objetivos específicos que contribuirão para o desenvolvimento da proposta. Os mesmos serão:

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a) Identificar os custos com o tratamento dos efluentes, de acordo com a estação de tratamento utilizada pela entidade analisada;

b) Verificar o custo do montante financeiro, para atingir o nível de redução dos impactos ambientais e as possibilidades de otimização operacional, diante da capacidade de autodepuração do meio ambiente e cumprimento das políticas ambientais ;

c) Avaliar as possíveis tecnologias a serem utilizadas, para que após o tratamento dos recursos hídricos, exista a possibilidade de recuperação ou até mesmo rentabilidade financeira, bem como as técnicas de gerenciamento dos resíduos sólidos recicláveis;

d) Comparar os resultados com a literatura especializada.

1.4 Hipótese

As ideias relacionadas ao lucro possuem referência ao dinamismo, pois existem variáveis que influenciam de acordo com as regiões. Com isso, o lucro é visto como uma forma e não um fim para se obtê-lo. Efeitos negativos que o processo produtivo pode representar afetam a imagem da empresa, a ponto de perda de espaço diante dos consumidores se não gerenciado de forma adequada. A contabilidade ambiental pode fornecer tais informações que permite avaliar a empresa nesse âmbito. Logo, aspectos relacionados com impactos ambientais são índices representativos perante a sociedade (RIBEIRO, 2010).

Em decorrência desses fatores foram criadas legislações direcionadas a controles dos possíveis impactos que possam ocorrer. Tendo em vista que as unidades empresariais de cunho industrial ou comercial visam a lucratividade de suas ações operacionais, e tendem a procurar implantar técnicas de gerenciamento para alcançar seus objetivos e cumprir a legislação, uma vez que são fiscalizadas e auditadas.

Diante do exposto, foi levantada a seguinte hipótese: Acredita-se que um dos grandes impactos que o setor industrial pode ocasionar seja a utilização inadequada dos recursos hídricos e a poluição através do descarte de resíduos sólidos, e que o devido controle de custos ambientais poderá evitar perdas produtivas, para que o empreendimento mantenha o cumprimento da legislação ambiental e obtenha otimização dos custos investidos.

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1.5 Metodologia da Pesquisa

A contabilidade surgiu da necessidade de organização estrutural, financeira e

econômica do setor empresarial. Logo a mesma possui aspectos intrínsecos, pois contempla fatores que podem auxiliar nos interesses sociais, econômicos e ambientais.

As técnicas contábeis podem ser um instrumento na busca do diferencial de mercado, através de forma que possam inibir a imagem negativa do setor produtivo, logo pode ser correlacionado como o princípio da oportunidade (RIBEIRO, 2010). Desse modo, fatores que impactam a sociedade ou vai contra os interesses individuais podem ser exemplo de pontos negativos, como a escassez de recursos naturais e as mudanças climáticas que resultam no comprometimento do patrimônio adquirido e sua continuidade.

Para a concepção desta pesquisa serão definidas as tipologias metodológicas especificas aplicada à contabilidade, que de acordo com seu objetivo define a classificação que pode ser enquadrado o método para alcançar os resultados esperados (Beuren, 2006).

Sendo assim, de acordo com os três possíveis tipos de grupos e considerando os objetivos tratados, a presente pesquisa se enquadrará no perfil explicativo, pois será determinada a identificação de fatores que contribuirão para ocorrência dos fenômenos na busca dos possíveis resultados a serem alcançados (Beuren, 2006).

Seguindo a linha de desenvolvimento no que se trata o procedimento, o trabalho monográfico é caracterizado como um estudo de caso, pois o mesmo retrata um caso especifico e aprofundado. Gil (1999, apud BEUREN, 2006) salienta que uma das principais características do procedimento de estudo de caso é a tipologia adotada, sendo caracterizado como estudo profundo, de acordo com os objetivos traçados, de forma a obter conhecimento amplo e detalhado.

Outro ponto a ressaltar é o fato da pesquisa possuir fatores que se enquadram na pesquisa bibliográfica, pois diante de referências teóricas de obras de autores renomados, de artigos científicos publicados por instituições como Revista Brasileira de Contabilidade, de Revista Financeira e Contabilidade, Revista Ambiente e Sociedade, banco de teses e dissertações, periódicos e anais de eventos, busca-se recolher informações e conhecimentos prévios sobre o problema, tudo para alcançar respostas sobre a hipótese formulada (Beuren, 2006).

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A pesquisa monográfica apresenta também fatores que se caracterizam como uma pesquisa documental, pois busca-se executar um tratamento analítico de informações as quais ainda não foram tratadas. Além disso, tende-se a organização das mesmas, analisando o grau de notoriedade e verificando se não estão dispersas, e com isso podem contribuir com a pesquisa elevando a importância da consulta.

Segundo Beuren (2006), a pesquisa que é utilizada a técnica no formato documental pode ser usada como único esboço ou utilizadas em um mesmo estudo. Além disso, outra característica atenuante é a concepção de análise e tratamento das informações selecionadas a serem introduzidas, valorizando e contribuindo de forma científica, podendo até servir de embasamento para outros trabalhos (SILVA e GRIGOLO, 2002).

Contudo, analisando a tipologia adotada para a abordagem do problema verifica-se a adoção da forma qualitativa, pois a metodologia descreve a complexidade do problema, logo busca a comunicação e a interação de algumas variáveis. Podendo haver a contribuição em mudanças agregando maior nível de compreensão de particularidades comportamentais (BEUREN, 2006).

O princípio da metodologia tende a destacar fenômenos não observados por meio quantitativos. Logo difere da pesquisa qualitativa, pois não é empregada instrumentos estatísticos. Dessa forma Beuren (2006) defende a ideia que os métodos contábeis utilizem a metodologia com abordagem de analise uma vez que a mesma é uma ciência social.

A forma de coleta de dados pretendida pela pesquisa monográfica será documental secundária, pois será usado como base dados de produção de resíduos sólidos e quantidades em metros cúbicos de recursos hídricos em condições de reaproveitamento, analisando formas e tecnologias para redução de despesas, otimizando custos. Como ferramenta para esse fim terá como base técnicas de evidenciação da contabilidade ambiental e gestão ambiental.

Marconi e Lakatos (2002) descrevem a técnica de coleta de dados por documentação em fontes secundárias como possibilidade de soluções para problemáticas conhecidas, e para as novas que não foram exploradas. Contudo complementando a técnica anterior, utilizou-se por meio de observação simples, onde os fatos são observados e controlados, sem interferência e sem ocorrência de técnicas especiais.

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1.6 Delimitação Campo de Estudo

A presente pesquisa foi desenvolvida a partir de uma análise de possibilidade de otimização de recursos naturais pelo setor industrial de proteína bovina animal. Esse mercado no estado de Mato Grosso se desenvolveu em ritmo acelerado, e representa grande importância na exportação agropecuária da região centro-oeste (FIGUEIREDO; BARROS; GUILHOTO, 2005). Logo, percebe-se que a expansão da atividade agropecuária no estado alavancou sua economia.

A região sul-mato-grossense em contrapartida concentra parte significativa do rebanho bovino, o que propicia o setor de industrialização da proteína bovina animal (ABREU, 2001). Para manter a potencialidade produtiva a região necessita de recursos naturais e tecnologias para minimizar ou neutralizar os possíveis impactos ambientais.

O campo de estudo tomará como base um exemplo de um frigorífico de médio porte localizado em um polo industrial da cidade de Rondonópolis-MT. A unidade frigorífica em suma possui um abate médio entre seiscentos a setecentos animais por dia. O processo além de abater, desossa, embala e congela a proteína bovina animal para ser comercializado entre mercados externos e internos.

1.7 Organização Lógica da Pesquisa

De acordo com Beuren (2009, p.68) trabalhos acadêmicos necessitam de organização, sendo assim o mesmo cita:

No tópico da organização do trabalho, mostra-se como ele está estruturado em capítulos, seções e subseções, para que o leitor tenha visão do conjunto e, ao mesmo tempo, seja esclarecido sobre a abordagem específica de cada elemento.

Diante disso a pesquisa irá contemplar quatro capítulos os quais será descrito a importância da mesma, através da concepção dos seus objetivos, atender e justificar o problema abordado através da metodologia adotada.

No capítulo 1 encontram-se descrito a introdução da pesquisa, o problema a ser investigado, o objetivo o qual se divide em geral e específicos. Além da justificativa e a hipótese da pesquisa, por fim a metodologia adotada a delimitação do campo de estudo.

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No capítulo 2 serão abordados os temas que nortearão esta pesquisa, como os aspectos conceituais da Legislação Ambiental, no que tange os recursos hídricos e resíduos sólidos, além de informações da Gestão Ambiental e Contabilidade Ambiental.

No capítulo seguinte, o 3, que será destinado a análise de dados e apresentar o resultado final

No capítulo 4 será concluída a pesquisa e apresentadas as sugestões e recomendações finais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As matérias-primas são inicialmente um produto natural e podem ser encontradas de origem vegetal, animal ou mineral. Os recursos naturais são as matérias-primas, primárias ou secundárias utilizadas na manutenção de ecossistemas, com a interferência da humanidade no uso para produção de bens e serviços. Nos processos industriais se classificam como sólidos, líquidos, gasosos ou suspensões.

Dessa forma, o recurso natural não tão somente é útil às atividades do homem, como é essencial para sua sobrevivência.

2.1 Recursos Naturais

É notório a relação dos recursos naturais com processos tecnológicos que utilizam do mesmo em processos industriais. Tendo em vista, que a economia de forma evidente tende a explorar em larga escala todos os recursos naturais possíveis.

De acordo com May, Vinha, (2010, p. 166), “as matérias-primas e energia são insumos da produção, tendo como resultado o produto final e os rejeitos industriais. Desse modo, as indústrias devem implantar nos processos produtivos diretrizes e normas internas de como gerir os recursos naturais e a melhor utilização dos mesmos, através das práticas de Gestão Ambiental e Tecnológicas”.

Na afirmação acima, o autor descreve um fluxograma para ilustrar de forma resumida, como a entidade produtiva faz uso dos recursos naturais e o que geram em seus processos.

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Figura 01 Fluxograma da utilização dos Recursos Naturais e os Impactos produzidos

Fonte: Adaptada pela autora, fonte May, Vinha, 2010, p. 167

Contudo, os recursos ambientais podem ser classificados em dois grandes grupos: os renováveis e os não renováveis. Os renováveis após serem utilizados, podem ficar disponíveis novamente no meio ambiente, na forma da sua renovação natural e por meio das tecnologias de tratamento para sua reutilização. Os recursos não renováveis por sua vez, possuem características contrárias, não podendo ser reutilizados. Podem ocorrer fatores de transformar um recurso renovável em não renovável, esse fator se dá em decorrência da taxa de utilização, que supera a máxima capacidade de sustentação do sistema (BRAGA et al, 2005).

2.1.1 Recursos Hídricos no Processo Produtivo

Estudos comprovam que as principais fontes de recursos hídricos para usos diversos como consumo doméstico, industrial e agropecuário são provenientes das chuvas, de águas superficiais e subterrâneas. Porém, essa oferta vem diminuída de forma quantitativa em decorrência de poluição dessas fontes, provocados por atividades sem controles dos impactos (MACARI e SOARES, 2012).

Os recursos hídricos e a disponibilidade de água para as atividades que envolvem o homem é elemento primordial. Contudo, pode ocorrer a escassez desse bem, e ter a

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necessidade de gerir esse potencial através de legislações que possam restringir e até mesmo atribuir valor econômico.

Por sua vez, a escassez dos recursos hídricos pode ser atribuída a situações de disponibilidade natural caracterizado como questões quantitativas, exemplificando, podemos citar a locais que tem pouca disponibilidade hídrica.

Por outro lado, existe os aspectos qualitativos, em decorrência da poluição que afetam as possibilidades de utilização dos Recursos Hídricos, como por exemplo a diminuição da capacidade dos corpos receptores (rios, córregos e aquíferos), de diluição dos efluentes industriais. A capacidade de diluição é afetada em decorrência da ineficácia das tecnologias empregadas para reduzir as características impactantes dos efluentes.

2.1.2 Geração de Resíduos Sólidos no Sistema de Produção

O Resíduo pode possuir a definição determinada pela norma da ABNT/NBR/ISO 14.040/14 como sendo “qualquer resultado do sistema produtivo que seja descartado”.

Logo os resíduos de uma forma geral podem de acordo com a Resolução CONAMA 316/02, art. 2°, possuir a definição de:

Sendo materiais ou substâncias que sejam inservíveis ou passíveis de aproveitamento econômico, resultante de atividade de origem industrial, urbana, serviços de saúde, agrícola e comercial dentre os quais incluem-se aqueles provenientes de portos, aeroportos e fronteiras, e outras, além dos contaminados.

A Norma ABNT/NBR 10004 (p.1, 2004), por sua vez define os Resíduos sólidos conforme sua origem e estado físico, dessa forma, os mesmos podem estar:

Nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, e serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgoto ou corpos d’água ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia disponível.

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2.1.2.1 Classificação dos Resíduos Industriais

Os resíduos sólidos podem possuir classificações de acordo com sua origem de produção. Dentre as possíveis classificações são englobados os resíduos domiciliares, originados de residências domesticas, os resíduos de limpeza urbana provenientes de limpezas nas vias públicas, ainda existe os resíduos originados no comercio devido suas atividades, resíduos de saúde, de construção cível, de saneamento oriundos das estações de tratamento de água e efluente e por fim o resíduo produzido pelo setor industrial (BARROS, 2013).

Os resíduos industriais geralmente possuem características conforme a atividade exercida em suas operações. Logo as técnicas para o processo de gerenciamento dos mesmos são desenvolvidas para atender a legislação vigente de forma adequada, evitando possíveis infrações ou multas que possam gerar despesas.

Outro ponto relevante é que as indústrias com adequadas técnicas de segregação, pode alcançar lucro com a venda de materiais que para o seu processo operacional não possuem utilidade, porém pode ser usado como matéria prima para outros empreendimentos na atividade de reciclados (SILVA, 2003)

2.1.2.2 Gerenciamento de Resíduos

O Gerenciamento de resíduos pode ser definido de acordo com legislação federal n° 12.305/2010, através do artigo 3°, como sendo técnicas que determinam etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final. Outro ponto a ser relatado é o fator de formas de disposição final dos resíduos de forma adequada e em conformidade ao plano de gerenciamento de resíduos sólidos (BARROS, 2013).

Cada etapa do procedimento de gerenciamento de resíduos deve especificamente ser planejado e analisado, pois cada uma exerce sua influência sobre a outra. Como se trata de um processo e o mesmo possuem etapas com diretrizes especificas, a eficiência sucedida no decorrer de cada parte, possivelmente propiciará o sucesso até a última fase, que no caso é a destinação final adequada dos resíduos.

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2.2 Gestão ambiental

Questões envolvendo fatores ambientais podem colaborar no gerenciamento de custos econômicos, mediante reduções de desperdícios com energia, recursos hídricos, destinação de resíduos e custos de remediação decorrentes de uma postura ambiental displicente, principal razão para análise da relação custo/benefício na implantação de um sistema de informações de Gestão ambiental. (BONELLI, ROBLES JR., 2003).

As empresas que buscam gerenciar seus custos de forma completa, ressaltando as questões ambientais, optam em implantar um sistema de Gerenciamento Ambiental. Importante para alcance do Sistema de Gestão Ambiental, é a verificação de algumas características, pois o mesmo deve ser estruturado de acordo com as atividades da empresa, pois peculiaridades como atividade exercida, porte, envolvimento com propostas ambientais definirá a postura e as atividades dos responsáveis na estrutura hierárquica. (RIBEIRO, 2010) Instrumento para os primeiros passos no SGA é o gerenciamento ambiental, pois através do mesmo, a entidade norteará os gargalos a serem atacados. A definição de um Gerenciamento Ambiental é definida pela autora Ribeiro (p. 146, 2010), como sendo:

O Gerenciamento Ambiental é, pois, um conjunto de rotinas e procedimentos que permite a uma organização administrativa adequadamente as relações entre suas atividades e o meio ambiente em que elas se desenvolvem. Seu objetivo é, entre outros, atender às imposições legais aplicáveis às várias fases dos processos, desde a produção até o descarte final, passando pela comercialização, de modo que parâmetros legais sejam permanentemente observados, aspectos e efeitos ambientais da atividade, produtos e serviços, bem como os interesses e expectativas das partes interessadas.

Logo após a entidade adotar um Gerenciamento Ambiental preciso, levantando as possibilidades de atendimento das imposições legais, segue-se para o próximo passo que de fato é a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental. Para tal faz-se necessário seguir regras, as quais irão nortear as diretrizes para alcance das metas e objetivos. Ribeira (p.146, 2010), descreve e cita a NBR ISO 14.000 como sendo o instrumento importante:

Conforme os padrões adotados pela ISO 14.000, o sistema de gestão ambiental compreende a parte da gestão global que inclui a estrutura, as atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, os procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política adotada.

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Dentro da concepção de organizar, empresas adotam políticas voltadas exclusivamente a questões ambientais, autores como Tinoco e Kraemer (2008, p.89) definem essa diretriz como uma gestão, mas propriamente a Gestão Ambiental:

Gestão Ambiental é um sistema que inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. É o que a empresa faz para minimizar ou eliminar os efeitos negativos provocados no ambiente por suas atividades.

A Gestão Ambiental propicia às organizações o alinhamento das questões ambientais aos resultados financeiros empresarias, de modo, que a eco eficiência esteja ligada os processos tecnológicos sempre com a intenção de reduzir os impactos ambientais e evitar prejuízos. A ecoeficiência exige que as empresas tracem estratégias de gestão ambiental preventivamente que integram aspectos ambientais ao ciclo de vida de seus produtos e serviços. Vai além da simples redução de poluição e do uso de recursos, pois enfatiza a criação de valor e relaciona a excelência ambiental com a empresarial (TINOCO; KRAEMER ,2008).

2.2.1 Impacto ambiental

Pode definir Impacto ambiental através da legislação CONAMA 01/86 em seu Art. 1° “considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas”.

De acordo com a definição da legislação, o impacto ambiental pode ser modificações ou alterações em um ecossistema, onde a causa de uma forma geral é por ações antrópicas. Dessa maneira, os danos ambientais podem afetar o patrimônio provocando redução ou diminuição do mesmo, pois ações que provoque lesões ao meio ambiente pode reduzir a disponibilidade de recursos naturais necessário para a operação das atividades empresariais (CARVALHO, 2008).

Contudo os danos ambientais provocados por ações humanas são consequências de impactos os quais modificam o ecossistema de tal forma a provocar danos patrimoniais, através de fatores econômicos e sociais (CARVALHO, 2008).

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2.2.2 Políticas Ambientais

As Políticas Ambientais são ferramentas empregas pelo poder público como uma forma de controlar as entidades que em sua maioria utilizam de alguma forma dos recursos naturais, em seu processo produtivo. As mesmas utilizam de legislações especificas para que sejam adotados procedimentos para redução de impactos ambientais, com isso o processo produtivo torna-se menos agressivo ao meio ambiente (MAY; VINHA, 2010).

A legislação Ambiental se fez necessária como forma de delimitar a utilização dos recursos naturais em atividades exploratórias. As atividades econômicas necessitam dos recursos ambientais, no entanto deve ser de forma que não venha a cometer escassez dos mesmos. Para isso é criado legislações que definem e direcionam as formas e procedimentos a serem seguidos. Com a Lei n°. 6938/81, em seu artigo 9° define a avaliação do impacto ambiental como sendo um conjunto de procedimentos que permite o exame sistemático dos impactos ambientais. Além disso, analisa as ações proposta para conte-los assim como alternativas para minimiza-los, para que possa ocorrer o exame e a decisão por parte dos responsáveis sobre quais procedimentos devem ser adotados.

Por sua vez a Resolução CONAMA 001, de 23.01.86, regulamentou a realização de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e apresentação do Relatório de Influência no Meio Ambiente (RIMA) para diversas categorias de projeto. As atividades causadoras de impacto ambiental estão sujeitas à obtenção da Licença Ambiental, nos termos das resoluções CONAMA 001/86, 011/86, 006/87, 009/90 e 010/90.

A Constituição Federal dedica seu capítulo VI (Art. 225) exclusivamente diretrizes ambientais. De acordo com alguns pontos importantes as legislações ambientais expressas diretrizes a empresa proprietária de um ativo. A mesma descreve a responsabilidade da entidade empresarial por eventuais danos ambientais que possa ocorrer através de suas operações ou até mesmo por danos causados por proprietários anteriores.

Usando as práticas contábeis ambientais as obrigações ambientais poderiam estar sempre evidenciadas nos relatórios como sendo um valor patrimonial negativo, pois poderia caber direito de regresso contra os proprietários anteriores (FERREIRA, 2009).

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2.3 Técnicas da Contabilidade Ambiental

Existem técnicas de grande escala adequadas a empreendimentos industriais que possuem potencial para reaproveitarem os recursos naturais. As mesmas permitem utilização racional ou retorno dos recursos naturais ao meio ambiente de forma que os impactos sejam controlados ou inexistentes. O sistema contábil pode identificar as despesas e receitas relacionadas aos frutos dessas técnicas, logo o empreendimento consegue cumprimento da legislação e otimização nos custos inseridos Ferreira (2009 apud GRAY 2010).

A Contabilidade Ambiental assim como a contabilidade financeira pode prestar sua contribuição organizando, registrando, e evidenciando os valores econômicos relacionados as atividades empresariais com o meio ambiente (CHEIBUB e SILVA, 2004).

Pode ser constituído um sistema que possa possuir capacidade de identificar, mensurar, registrar e gerar informações sobre a disponibilidade e utilização dos recursos naturais. Assim como também os custos dos danos causados ao meio ambiente, sobretudo as despesas decorrentes de tecnologias que busca a prevenção ou reparos sobre os impactos. Outra vertente de importância são as vantagens e ganhos decorrentes dessas medidas de prevenções. (CHEIBUB, SILVA, 2004)

De acordo com (FERREIRA, 2009) a contabilidade Ambiental pode ser definida como uma técnica onde as informações, que exemplifica a amplitude da contabilidade ambiental nas análises de custos de recursos naturais como energia, destinação de resíduos, recursos hídricos e na avaliação de benefícios dos programas de melhorias ambientais, principalmente no custo benefício de tecnologias desenvolvidas para esse fim.

2.3.1 Ativos e Passivos ambientais diante a Contabilidade Ambiental

O patrimônio ambiental pode ser definido como sendo o conjunto das despesas e receitas ambientais, podem ser utilizados em diversas momentos do processo operacional produtivo, a grandeza dos valores é de acordo com a necessidade de redução dos impactos ambientais que possam ocorrer (KRAEMER, 2011).

A contabilidade ambiental ressalta que os ativos e passivos ambientais não se incluem no patrimônio ambiental da sociedade a qual a entidade empresarial está integrada, pois os mesmos são referentes ao patrimônio ambiental da própria empresa, Silva (2003, p. 99) destaca que “os ativos são definidos como sendo todos os bens e direitos da empresa que

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serão relacionados com as atividades ambientais, ou seja, no sentido de preservação, recuperação ou conservação”.

Os ativos ambientais de acordo com sua natureza podem ser compostos de estoque de insumos, imobilizados ambientais, diferidos ambientais, provisão por desvalorização de perdas de ativos ambientais e ativos intangíveis.

Os chamados estoques ambientais, podem ser evidenciados como materiais, que a entidade utiliza para minimizar os impactos de sua operação ao meio ambiente. Tais produtos podem ser usados no tratamento de efluentes, para retirada de cargas toxicas ou produtos que possam inibir ou reduzir a emissão de poluentes na atmosfera como filtros de ar, embalagens biodegradáveis, estoque de materiais recicláveis entre outros possíveis exemplos (SILVA, 2003).

As máquinas e equipamentos com finalidades tecnológicas de preservação do meio ambiente como a estação de tratamento de água ou de efluentes tóxicos, dispositivos para captação alternativas de energia como solares ou eólicas, sistema de prevenção contra incêndios, vazamentos, possíveis contaminações, equipamentos utilizados no gerenciamento que buscam a reciclagem, podem serem consideradas como imobilizados ambientais (SILVA, 2003).

Outros ativos como gastos com pesquisas com desenvolvimento de processos ou produtos de cunho ambiental e econômico, possibilidade de perdas incoerentes aos ativos ambientais e ativos intangíveis como o goodwill são considerados através da contabilidade ambiental como ativos.

O goodwill o qual a entidade econômica deve evidenciar pode ser adquirida através das práticas que conquistam a confiança do público consumidos em decorrência de suas ações ambientalmente corretas, uma exemplificação pode ser certificações especificas relacionada a gestão ambiental como as ISOs, selo verde, assim como divulgação de dados estratégicos relativos a contabilidade ambiental (SILVA, 2003).

Os passivos ambientais podem ser de operações ambientalmente responsáveis, um possível exemplo são os investimentos para implantar e manter um sistema de gerenciamento ambiental. Pois os mesmos para seu funcionamento podem exigir aquisição de insumos, máquinas, equipamentos, colaboradores, que pode ser feito na forma de financiamento direto dos fornecedores ou por meio de instituição de crédito.

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Esses passivos geralmente originam custos ambientais, pois não são inerentes à manutenção cotidiana do processo operacional da entidade.

Possíveis valores econômicos investidos para conter ou recuperar impactos provenientes de acidentes e desastres que afetam o meio ambiente são em geral computados como gastos não operacionais leva-se em conta a característica da anomalia. Assim como os valores econômicos envolvidos.

Ressalte-se que há algumas formas de passivos ambientais que pode ser reconhecido por meio de estimativas, uma vez que os mesmos sejam reconhecidos através de relatórios e estudos técnicos que os identifiquem. (RIBEIRO, 2000).

2.3.2 Despesas ambientais

Através de conceitos contábeis a despesa está intimamente relacionada a questões de valores econômicos que são gastos e não está ligado a ao processo de produção de bens ou produtos. Nessa concepção a contabilidade ambiental definida por Ribeiro (2010, p. 50):

Consideram-se despesas ambientais todos os gastos envolvidos com o gerenciamento ambiental, consumidos no período e incorridos na área administrativa. Qualquer empresa necessita dos serviços de um departamento de recursos humanos, ou de compras, financeiro, de recepção e almoxarifado, e essas áreas desenvolvem atividade inerente à proteção do meio ambiente.

Logo as despesas ambientais serão relativas a gastos com horas de trabalho, encargos sociais e insumos que são absorvidos nos processos. Ribeiro, (2010, p. 50) exemplifica os mesmos como sendo:

Definição e manutenção de programas e políticas ambientais; Seleção e recrutamento de pessoal para gerenciamento e operação do controle ambiental; Compra de insumos e equipamentos antipoluentes; Pagamento das compras realizadas para essas áreas; Recepção dos itens ambientais adquiridos; Estocagem dos insumos utilizados no controle do meio ambiente; Treinamento específicos para a sua proteção e Auditoria ambiental.

Os gastos ambientais exemplificados acima devem receber o tratamento contábil e serem evidenciados como despesas do exercício em curso. Mesmo que em alguma situação possam estar relacionados com benefícios futuros, existe a dificuldade de serem associados ou mensurados de forma clara (RIBEIRO, 2010).

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Para maior facilidade de tratar com clareza as despesas ambientais, autores como Ribeiro (2010, p. 51) exemplifica as despesas relacionadas a administração como sendo:

Departamento de gerenciamento ambiental: investimentos ambientais de natureza permanente: móveis e utensílios, os quais darão origem às despesas de depreciação de imobilizados desta natureza.

Despesas ambientais operacionais: salários, depreciação, material de escritório, etc. Departamento de recursos humanos

Despesas ambientais operacionais: quantidade de horas trabalhadas/ insumos consumidos na seleção, recrutamento e treinamento do pessoal dessa área;; Departamento de compras:

Quantidade de horas trabalhadas e de insumos consumidos na pesquisa, seleção e aquisição de itens necessários à área ambiental.

Departamento financeiro

Quantidade de horas trabalhadas e de insumos consumidos no pagamento de aquisições e serviços relacionados a essa área.

A exemplificação da autora, descreve de forma detalhada, as possíveis atividades que geram despesas ambientais. Logo pode-se ressaltar, que seguem as estruturas da contabilidade tradicional, porém voltadas as atividades ambientais. Ressalta-se a importância da segregação, pois, a entidade contabilizará todo o montante financeiro voltado a redução dos impactos ambientais, em decorrência de suas atividades operacionais produtivas.

2.3.3 Receitas Ambientais

Sendo dessa forma as receitas ambientais por sua vez podem ser os recursos auferidos pela entidade, em decorrência da venda de seus subprodutos ou de materiais reciclados. Em algumas atividades econômicas alguns materiais perdem sua função no processo operacional, logo tendo condições de serem reciclados. Logo podem ser vendidos como matéria prima para outras atividades para serem reutilizados em processo produtivo em outras entidades (CARVALHO, 2008).

Contudo as empresas que adotares técnicas de gerenciamento de resíduos, serão capazes de segregarem montantes significativos de resíduos recicláveis. Logo poderá comercializá-lo e evidencia-los em notas explicativas.

Por outro lado, devem ser lembrados os valores que forem economizados com destinação final, pois esses por sua vez devem ser considerados como forma de recuperar e prevenir gastos ambientais. Pois com esses procedimentos as multas em decorrência de

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desequilíbrio ou modificações no ambiente entorno do empreendimento, não existirá (CARVALHO, 2008).

2.3.4 Custos Ambientais

Pode se verificar, que alguns gastos da entidade empresarial em atividades ambientais, podem gerar benefícios econômicos futuros para a sociedade, resultando em conservação de recursos naturais que muitas vezes não são renováveis e essenciais a vida humana. No entanto os valores investidos para minimizar os impactos ambientais ou controla-los, não necessariamente podem refletir em expectativas de benefícios futuros. Sendo assim, incorrem-se despesas do período (RIBEIRO, 2010).

Sendo assim os custos para neutralizar os danos ambientais devem ser considerados como custos de produção, devem ser incorporados ao produto por meio de custo padrão orçamentário assim como as provisões. De acordo com Ribeiro (2010, p. 52):

Os custos ambientais devem compreender todos aqueles relacionados, diretamente ou indiretamente, com a proteção do meio ambiente. São exemplos: Todas as formas de amortização (depreciação e exaustão) dos valores relativos aos ativos de natureza ambiental que pertencem a companhia; Aquisição de insumos próprios para controle, redução ou eliminação de poluentes; Tratamento de resíduos dos produtos; Disposição dos resíduos poluentes; Recuperação ou restauração de áreas contaminadas; Mão de obra utilizada na atividade de controle, preservação ou recuperação do meio ambiente.

Contudo os gastos ambientais podem melhorar a eficiência operacional e ambiental da empresa, uma vez que a mesma pode atribuir diferencial sobre a imagem da empresa perante a sociedade. Para evidenciar os gastos nas operações ambientais a entidade pode classificar os gastos como sendo transações ligadas ao meio ambiente ou optar pelo rateio de forma a mensurar o tamanho do impacto por centro de custo.

Sendo assim após os lançamentos de ajustes pode-se elaborar demonstrações contábeis de resultado ambientais para fins de gestão gerencial, determina-se um período e exemplifica-se:

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Tabela 1 Demonstrações Gerencial de Resultados Ambientais

Contas Ambientais R$

Receitas Ambientais R$ 3.000,00 • proveniente de melhorias na qualidade ambiental

• proveniente de produtos reciclados

• proveniente de redução no consumo de matérias ( por reciclagem) R$ 3.000,00 outros proveitos derivados da atuação ambiental

Despesas Ambientais -R$ 13.800,00 •derivados de manipulação e tratamento de resíduos

•derivados de prêmios de seguros

•derivados e encargos sociais R$ 7.500,00

•depreciações ambientais R$ 6.167,00

•amortizações ambientais R$ 133,00

•outros custos provenientes de atividade da empresa

RESULTADO AMBIENTAL -R$ 10.800,00 Fonte: Adaptada pela autora da obra de Tinoco 2008

2.4 Plano de Contas Ambientais

De acordo com o Tinoco; Kraemer (2008, p.75) pode-se definir plano de contas como sendo:

[...] Um conjunto estruturado de contas, numeradas ou codificadas racionalmente, o qual permite seu uso em sistemas de contabilidade mecânicos, ou ainda sistemas contábeis eletrônicos, podendo ainda sê-lo em sistemas manuais, o que é raro presentemente. Contempla contas sintéticas, por exemplo: Ativo, Ativo Circulante, Passivo e Patrimônio líquido, Despesas, Receitas e Contas Analíticas, por exemplo: Caixa, Clientes, Clientes Ambientais, Matérias-primas, Insumos Ambientais, Equipamentos Ambientais, Provisões para Contingência Ambientais, Multas por Danos Ambientais, Indenizações por Danos Ambientais, Receitas de Resíduos Ambientais etc., a fim de permitir que a Contabilidade use todo o seu potencial no sentido de atender aos pressupostos exigidos por seus usuários da informação. Dessa forma quando se utiliza os princípios da Contabilidade Ambiental, para projetar o plano de contas, deve-se provisionar as possíveis contas que envolvem todas as atividades analisando as possibilidades atuais, assim como contas que possam ser utilizadas futuramente. Estipulam-se formas de inserir contas que possam referir a eventos ambientais, que por algum motivo não estão sendo contabilizados e divulgados plenamente. Com isso tende-se a projetar o plano de contas de forma que o mesmo receba poucas alterações.

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Sendo assim Tinoco, Kraemer (2008) descreve como deve ser o plano de contas, com os requisitos necessários para a gestão e os princípios gerenciais, descrevendo os possíveis níveis almejados a serem alcançados.

O plano de contas deve também ser moldado de forma a permitir a elaboração de relatórios gerenciais, para diversos níveis gerenciais, além do atendimento aos usuários externos (TINOCO; KRAEMER, p. 75,2008)

Modelo de Plano de Contas adaptado ao Meio Ambiente (TINOCO; KRAEMER, p. 75, 2008)

1- ATIVO CIRCULANTE 111-Disponível

1111- Caixa

1112- Bancos conta Movimento 112- Créditos

1121- Clientes

1126- Clientes Ambientais

1127- Subvenções Ambientais a Receber

1128- Créditos por Serviços de Assessoria Ambiental 113- Estoques

1131- Matérias-primas 1132- Produtos em Processo 1133- Produtos Acabados

1136- Produtos Reciclados e Subprodutos 1137- Insumos Ambientais

1138- Embalagens Ambientais

12- ATIVOS REALIZÁVEIS A LONGO PRAZO 13- ATIVO PERMANENTE

131- Investimentos

1317- Participações em outras Sociedades Ambientais 1318- Participações em Fundos de Investimentos Ambientais 132- Imobilizado

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1321- Terrenos 1322- Jazidas e Minas 1323- Obras Civis

1328- Equipamentos Ambientais 1329- Instalações Ambientais

1351- Depreciação, Exaustão Acumulada (-) 133- Diferido

1337- Projetos de Gestão Ambiental 1338- Treinamento Ambiental

1339- Gastos de Reorganização Ambiental 1359- Amortização Acumulada Ambiental (-) 2-PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 21- PASSIVO CIRCULANTE

211- Empréstimos e Financiamentos 2116- Financiamentos Ambientais 212- Fornecedores

2128- Fornecedores de Bens e Serviços de Proteção e Recuperação Ambiental

213- Obrigações

2136- Multas por Danos Ambientais 2137- Indenizações por Danos Ambientais 2119- Impostos Verdes

214- Provisões

2146- Multas por Danos Ambientais 2147- Indenizações por Danos Ambientais

2148- Aquisições de Bens e Serviços de Proteção e Recuperação Ambiental

2149- Imposto Verdes

22- PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 221- Empréstimos e Financiamentos 2216- Financiamentos Ambientais

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222- Fornecedores

2228- Fornecedores de Bens e Serviços de Proteção e Recuperação Ambiental

223- Obrigações

2236- Multas por Danos Ambientais 2237- Indenizações por Danos Ambientais 2239- Impostos Verdes

224- Provisões

2246- Multas por Danos Ambientais 2247- Indenizações por Danos Ambientais

2248- Aquisições de Bens e Serviços de Proteção e Recuperação Ambiental 2249- Imposto Verdes

23- RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 24- PATRIMÔNIO LÍQUIDO

241- Capital Social 244- Reserva de Lucros

2446- Reserva Contingencial para Multas por Danos Ambientais 2447- Reserva Contingencial para Indenizações por Danos Ambientais 2448- Reserva Contingencial para Aquisição de Bens e Serviços para Proteção e Recuperação Ambiental

2449- Reserva Contingencial para Impostos Verdes 245- Lucros ou Prejuízos Acumulados

3-CONTAS CREDORAS DE RESULTADO

31- RECEITAS BRUTAS DE VENDAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS 311- Vendas de Produtos 3111- Mercado Nacional 3112- Mercado Externo 312- Vendas de Serviços 3121- Mercado Nacional 3122- Mercado Externo 317- Deduções da Receita Bruta (-)

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3171- Vendas Canceladas e Devoluções

3172- Abatimento

3173-Imposto Incidente Sobre Vendas

32- RECEITA BRUTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS AMBIENTAIS 321- Vendas de Resíduos Reciclados

322- Vendas e/ou Reutilização de Co-Produtos 323- Aproveitamento de Gases e Calor

324- Redução no Consumo de Matérias-Primas 325- Redução do Consumo de Água

326- Prestação de Serviços Ambientais 327- Subvenções Governamentais

4- CONTAS DEVEDORAS DE PRODUÇÃO E DE RESULTADO

41- CUSTOS (DESPESAS) DOS PRODUTOS E SERVIÇOS VENDIDOS 421- Custos Normais da Atividade

429- Custos e Serviços Ambientais

4291- Despesas de Serviços Externos para Proteção e Recuperação Ambiental.

4292- Despesas com Prevenção e Gestão Ambiental 4293- Insumos Ambientais

4294- Depreciações, Amortizações e Exaustões Ambientais 4295- Mão de Obra e Encargos Sociais

4296- Etiquetas Ambientais

4297-

43- DESPESAS OPERACIONAIS 431- Despesas Normais da Atividade 439- Despesas Ambientais

4394- Seguros Ambientais 4395- Auditoria Ambiental

4396- Licenças e Impostos Ambientais 4397- Multas Ambientais

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4399- Provisões Ambientais

2.5 Descrição, Função e Funcionamento das Contas Ambientais

De acordo com a aplicabilidade com relação a plano de contas, utiliza-se na contabilidade ambiental a mesma metodologia utilizada na contabilidade financeira, porém acrescenta-se a nomenclatura ambiental nos eventos. Vale ressaltar a importância da segregação das informações de acordo com a natureza ambiental, assim como a classificação e avaliação contábil de forma correta.

Dessa forma, é importante a descrição da função e o funcionamento das Contas Ambientais, para que a entidade possua clareza com relação a natureza das contas contábeis ambientais, logo a segregação das informações poderá ser assertiva, possibilitando a melhor gestão contábil como gerencial. Sendo assim de acordo com os investimentos e operações ambientais pode ser citado algumas contas representativas.

2.5.1 Caixa Ambiental

Assim como na contabilidade financeira na conta de caixa ambiental, são alocados os recebimentos das ocorrências contábeis ambientais, exemplos são as receitas, pagamentos de despesas ou custos entre outras, das operações ambientais (TINOCO, KRAEMER; 2008).

2.5.2 Clientes Ambientais

Relaciona as duplicatas a receber que veio de origem de vendas a prazo de produtos com características ambientais como resíduos reciclados, vendas de resíduos, sucatas e prestação de serviços ambientais. Dessa forma são debitados pela venda a prazo creditadas pelos recebimentos (TINOCO, KRAEMER; 2008).

2.5.3 Investimentos Ambientais

As aplicações de curto ou longo prazo de caráter temporário, com finalidades ambientais. São debitadas pelo investimento, contrapartida uma caixa ambiental. São creditadas por resgate do investimento. Os juros da aplicação, caso ocorra, são reconhecidos como uma receita ambiental (TINOCO, KRAEMER; 2008).

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2.5.4 Subvenções Ambientais a Receber

As subvenções são concedidas pelo órgão do setor público à entidades públicas ou privadas. Possuem o objetivo de cobrir os custos e despesas com a manutenção da entidade que é beneficiada. No entanto a mesma terá que informar ou não contraprestação de bens ou serviços.

Esse incentivo é previsto em lei orçamentaria. Quando a entidade recebe subvenção, doações, contribuições ou qualquer outro instrumento semelhante, destinado a cobrir custos ou perdas, ou suporte financeiro, sem custos futuros relacionados, devem ser demonstrados em conta de receita.

As subvenções podem ser reconhecidas no momento do recebimento ou antes, dependo do caso analisado. É reconhecida com debito em Receita Ambiental e creditada em uma conta do disponível, como em Caixa Ambiental (SILVA, 2011).

2.5.5 Créditos por Serviços de Assessoria Ambiental

São os direitos a receber em decorrência da prestação de assessoria, em atividades que envolvem questões ambientais. Equivale ao funcionamento de Clientes Ambientais, são debitados por reconhecimento da receita ambiental, creditada em uma conta do disponível, geralmente Caixa Ambiental (SILVA, 2011).

2.5.6 Participações em Fundos de Investimento Ambientais

Está contemplado nessa conta aplicações de recursos em Fundos Ambientais de caráter permanente. Nesse caso é debitado em investimentos e creditado uma conta do disponível. Dessa forma a empresa por algum motivo venha alienar esses investimentos, parcialmente ou totalmente, as contas representativas serão creditadas em débito em conta (s) do disponível. Sendo assim podem ser avaliados pelos métodos de equivalência patrimonial ou método de custo (TINOCO, KRAEMER; 2008).

2.5.7 Matéria – Prima Ambiental (e outras contas de estoque ambiental)

De acordo com Silva (2011, p. 77) as matérias primas consideradas com matéria-prima ambientais “ representam as entradas e saídas do estoque de materiais utilizados com a finalidades ambientais”. São debitadas pela entrada dos materiais no estoque, em

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contrapartida com uma conta do disponível, geralmente caixa ambiental ou de passivo ambiental ou clientes ambientais. Nessa situação essas contas são creditadas pelo uso dos materiais, contrapartida custos ambientais (SILVA, 2011).

2.5.8 Participações em Outras Sociedades Ambientais

A evidenciação através dessa conta é demonstrada, quando a entidade executar investimentos permanentes em outras empresas ambientais. Sendo assim são debitadas pelo investimento, em contrapartida uma conta do disponível, normalmente caixa ambiental. Tendo alienação das participações, são creditadas, passa a ser creditadas em uma conta do disponível ou outra do realizável (SILVA, 2011).

2.5.9 Participação em Fundos de Investimentos Ambientais

Nessa conta ambiental são inclusas as aplicações de recursos em fundos ambientais permanentes. São debitadas em investimento e contrapartida uma conta do disponível. Em caso de alienação de parte ou total dos investimentos, serão creditadas em contrapartida de crédito em contas do disponível (SILVA, 2011). A avaliação da representatividade é relevante para os métodos de avalição podendo ser usado a equivalência patrimonial ou o método do custo (TINOCO, KRAEMER; 2008).

2.5.10 Reflorestamento para Sequestro de Carbono

Com a implementação do protocolo de Quioto, foi criada a certificação por reduções de emissão do gás, onde as empresas possuem o direito de compra e venda de créditos de carbono. Com isso projetos como de reflorestamento, recuperação ou preservação de áreas verdes ganham força (SILVA, 2011).

Dessa forma dimensiona-se uma área plantada e quantifica-se o quanto vale em toneladas de carbono. Caso a entidade financeira trabalhe com a comercialização dos créditos é valido a demonstração contábil através dessa conta, debitando em investimentos feitos em áreas a serem reflorestadas, em contrapartida com em caixa ou passivo ambiental, em geral em fornecedores ambientais. O crédito por sua vez é por vendas dos créditos de carbono, contrapartida caixa ambiental ou alguma conta do realizável (SILVA, 2011).

Referências

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