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Questões envolvendo fatores ambientais podem colaborar no gerenciamento de custos econômicos, mediante reduções de desperdícios com energia, recursos hídricos, destinação de resíduos e custos de remediação decorrentes de uma postura ambiental displicente, principal razão para análise da relação custo/benefício na implantação de um sistema de informações de Gestão ambiental. (BONELLI, ROBLES JR., 2003).

As empresas que buscam gerenciar seus custos de forma completa, ressaltando as questões ambientais, optam em implantar um sistema de Gerenciamento Ambiental. Importante para alcance do Sistema de Gestão Ambiental, é a verificação de algumas características, pois o mesmo deve ser estruturado de acordo com as atividades da empresa, pois peculiaridades como atividade exercida, porte, envolvimento com propostas ambientais definirá a postura e as atividades dos responsáveis na estrutura hierárquica. (RIBEIRO, 2010) Instrumento para os primeiros passos no SGA é o gerenciamento ambiental, pois através do mesmo, a entidade norteará os gargalos a serem atacados. A definição de um Gerenciamento Ambiental é definida pela autora Ribeiro (p. 146, 2010), como sendo:

O Gerenciamento Ambiental é, pois, um conjunto de rotinas e procedimentos que permite a uma organização administrativa adequadamente as relações entre suas atividades e o meio ambiente em que elas se desenvolvem. Seu objetivo é, entre outros, atender às imposições legais aplicáveis às várias fases dos processos, desde a produção até o descarte final, passando pela comercialização, de modo que parâmetros legais sejam permanentemente observados, aspectos e efeitos ambientais da atividade, produtos e serviços, bem como os interesses e expectativas das partes interessadas.

Logo após a entidade adotar um Gerenciamento Ambiental preciso, levantando as possibilidades de atendimento das imposições legais, segue-se para o próximo passo que de fato é a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental. Para tal faz-se necessário seguir regras, as quais irão nortear as diretrizes para alcance das metas e objetivos. Ribeira (p.146, 2010), descreve e cita a NBR ISO 14.000 como sendo o instrumento importante:

Conforme os padrões adotados pela ISO 14.000, o sistema de gestão ambiental compreende a parte da gestão global que inclui a estrutura, as atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, os procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política adotada.

Dentro da concepção de organizar, empresas adotam políticas voltadas exclusivamente a questões ambientais, autores como Tinoco e Kraemer (2008, p.89) definem essa diretriz como uma gestão, mas propriamente a Gestão Ambiental:

Gestão Ambiental é um sistema que inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. É o que a empresa faz para minimizar ou eliminar os efeitos negativos provocados no ambiente por suas atividades.

A Gestão Ambiental propicia às organizações o alinhamento das questões ambientais aos resultados financeiros empresarias, de modo, que a eco eficiência esteja ligada os processos tecnológicos sempre com a intenção de reduzir os impactos ambientais e evitar prejuízos. A ecoeficiência exige que as empresas tracem estratégias de gestão ambiental preventivamente que integram aspectos ambientais ao ciclo de vida de seus produtos e serviços. Vai além da simples redução de poluição e do uso de recursos, pois enfatiza a criação de valor e relaciona a excelência ambiental com a empresarial (TINOCO; KRAEMER ,2008).

2.2.1 Impacto ambiental

Pode definir Impacto ambiental através da legislação CONAMA 01/86 em seu Art. 1° “considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas”.

De acordo com a definição da legislação, o impacto ambiental pode ser modificações ou alterações em um ecossistema, onde a causa de uma forma geral é por ações antrópicas. Dessa maneira, os danos ambientais podem afetar o patrimônio provocando redução ou diminuição do mesmo, pois ações que provoque lesões ao meio ambiente pode reduzir a disponibilidade de recursos naturais necessário para a operação das atividades empresariais (CARVALHO, 2008).

Contudo os danos ambientais provocados por ações humanas são consequências de impactos os quais modificam o ecossistema de tal forma a provocar danos patrimoniais, através de fatores econômicos e sociais (CARVALHO, 2008).

2.2.2 Políticas Ambientais

As Políticas Ambientais são ferramentas empregas pelo poder público como uma forma de controlar as entidades que em sua maioria utilizam de alguma forma dos recursos naturais, em seu processo produtivo. As mesmas utilizam de legislações especificas para que sejam adotados procedimentos para redução de impactos ambientais, com isso o processo produtivo torna-se menos agressivo ao meio ambiente (MAY; VINHA, 2010).

A legislação Ambiental se fez necessária como forma de delimitar a utilização dos recursos naturais em atividades exploratórias. As atividades econômicas necessitam dos recursos ambientais, no entanto deve ser de forma que não venha a cometer escassez dos mesmos. Para isso é criado legislações que definem e direcionam as formas e procedimentos a serem seguidos. Com a Lei n°. 6938/81, em seu artigo 9° define a avaliação do impacto ambiental como sendo um conjunto de procedimentos que permite o exame sistemático dos impactos ambientais. Além disso, analisa as ações proposta para conte-los assim como alternativas para minimiza-los, para que possa ocorrer o exame e a decisão por parte dos responsáveis sobre quais procedimentos devem ser adotados.

Por sua vez a Resolução CONAMA 001, de 23.01.86, regulamentou a realização de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e apresentação do Relatório de Influência no Meio Ambiente (RIMA) para diversas categorias de projeto. As atividades causadoras de impacto ambiental estão sujeitas à obtenção da Licença Ambiental, nos termos das resoluções CONAMA 001/86, 011/86, 006/87, 009/90 e 010/90.

A Constituição Federal dedica seu capítulo VI (Art. 225) exclusivamente diretrizes ambientais. De acordo com alguns pontos importantes as legislações ambientais expressas diretrizes a empresa proprietária de um ativo. A mesma descreve a responsabilidade da entidade empresarial por eventuais danos ambientais que possa ocorrer através de suas operações ou até mesmo por danos causados por proprietários anteriores.

Usando as práticas contábeis ambientais as obrigações ambientais poderiam estar sempre evidenciadas nos relatórios como sendo um valor patrimonial negativo, pois poderia caber direito de regresso contra os proprietários anteriores (FERREIRA, 2009).

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