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COLÉGIO OFÉLIA FONSECA

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Academic year: 2021

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COLÉGIO OFÉLIA FONSECA

O TRATAMENTO COM O RISO: OS DOUTORES DA ALEGRIA E A

RECUPERAÇÃO DOS PACIENTES EM INTERNAÇÃO HOSPITALAR.

Nathalia Franco Sieradzki

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Nathalia Franco Sieradzki

O TRATAMENTO COM O RISO: OS DOUTORES DA

ALEGRIA E A RECUPERAÇÃO DOS PACIENTES EM

INTERNAÇÃO HOSPITALAR.

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Agradecimentos:

Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao minha orientadora Ana Carolina pelo seu empenho e dedicação ao me ajudar a realizar este trabalho, tirando todas as minhas dúvidas e me guiando na realização de pesquisas tendo assim, um bom desenvolvimento no trabalho.

Gostaria também de agradecer à minha família por me ajudar em novas ideias e discussão do tema.

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RESUMO:

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1. INTRODUÇÃO

Pretende-se estudar a relação entre a frieza ou impessoalidade do ambiente hospitalar e as dificuldades de recuperação das crianças internadas. Para tanto, também será estudada a efetiva eficácia das práticas dos Doutores da Alegria, grupo que desde 1991 atua em hospitais em São Paulo, em melhorar este quadro. Centrar-se-á a análise na avaliação dos médicos, familiares e pacientes do trabalho do grupo doutores da alegria.

Durante bastante tempo na história da medicina moderna, se ignorou a influência do “estado de espirito” nos processos de cura.

Segundo Richmond (1979), a psicologia na saúde surge na década de 70 com o objetivo de responder as novas exigências apresentadas no campo da saúde. Um dos principais desafios até então era a superação do modelo biomédico centrado na doença, já que o comportamento humano se revelava como uma das causas de morbidade e mortalidade. (...) O equivalente ao germe para as novas epidemias, passa a ser a relação do comportamento do sujeito com os fatores ambientais, orgânicos e sociais. Como resultado, o que se conhecia por "vacina", nesse novo contexto, agora estaria relacionado a uma abordagem integral com o objetivo de "imunizar" as doenças relacionadas às etiologias comportamentais (CAPITÃO, C. G.; SCORTEGAGNA, S. A.; Baptista, M. N).

Após o estabelecimento científico da relação entre a psicologia do sujeito e suas defesas imunológicas, contudo, muito se escreveu sobre as razões emocionais das doenças, inclusive incorrendo em excessos, determinado senso-comum passou a considerar até mesmo síndromes genéticas e patologias causadas por agentes externos como meras extensões do estado psicológico dos indivíduos.

Atualmente, superada essa fase de excessos, mas sem recair novamente no modelo exclusivamente biomédico, se considera que as doenças são causadas por fatores genéticos, ambientais e psicofisiológicos.

Nesse campo de atuação estudos anterior já indicam que a atuação dos Doutores da Alegria é muito eficaz na melhoria dos pacientes, tanto psicológica quanto fisicamente.

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Sendo assim, a questão central da pesquisa poderia ser formulada da seguinte maneira: será que de fato existe uma relação verificável do riso e do ambiente descontraído, proporcionado pelos doutores da alegria, com a melhor recuperação dos pacientes?

Após a presente pesquisa, espera-se poder ter mais clareza em como de fato acontece o processo de melhoria dos pacientes onde há a atuação dos Doutores da Alegria.

Esta pesquisa é justificada pelo fato de que a população de modo geral esta sujeito à internação, e mesmo assim pouco se comenta sobre o emocional do paciente no período que passa no hospital. É de grande relevância o tema abordado para a população entender e se informar de que o psicológico do paciente também é afetado no período que fica nos hospitais e que estes aspectos devem ser considerados também pela equipe de profissionais destas instituições.

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2. DESENVOLVIMENTO

Para iniciar a responder a questão posta pelo presente trabalho foi necessária a leitura e análise de pesquisa sobre a relação entre as crianças e o ambiente hospitalar em geral, assim como pesquisas previamente realizadas sobre o trabalho dos doutores da Alegria.

Na bibliografia especializada há um consenso de que a hospitalização muda o cotidiano das pessoas e afeta muito a sua condição psicológica. O paciente, em geral, passa por exames e tratamentos dolorosos, sai do conforto de sua casa, não vê seus amigos, muda toda sua rotina, o que possibilita até mesmo o desenvolvimento de quadros depressivos, o que tende a agravar oquadro clínico geral dos pacientes. Sobre isso escreve Stella R. Taquette:

É necessário enfatizar que a doença tem um caráter social e cultural, com base não só nas condições sociais e econômicas da população, mas nas relações sociais de produção. O adoecer sofre também profundas influências de questões socioculturais (TAQUETTE, 2006, p. 22).

No caso específico de crianças, as quais, em geral, estão mais preservadas das aflições do cotidiano esse quadro pode ser agravado. Mariana Monici de Paula Machado e Dinorah Gioia-Martins escrevem:

A hospitalização é uma situação que pode provocar uma grande sensação de abandono na criança. Esta tem que deixar sua casa, seus amigos e também sua família, permanecendo em um ambiente totalmente estranho e quase sempre percebido como hostil (MACHADO, M. M. P. & GIOIA-MARTINS, D. 2002, p. 03). Por sua vez Alessandra Brunoro Motta e Sônia Regina Fiorim Enumo, definem que:

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A brincadeira no hospital faz com que o paciente esqueça por alguns momentos o problema que vive e consiga voltar a ser criança. Como objetivo de pesquisa é possível compreender o quanto a atuação dos Doutores da Alegria é benéfica para o paciente, diminuindo o impacto de o ambiente hospitalar na recuperação dos pacientes, a relação com a brincadeira e o lúdico em geral pareceu um dado central para a presente pesquisa.

Cada vez mais é utilizada a tática do riso como tratamento alternativo relacionado a processos ligados tanto a dores físicas quanto a sofrimentos psicológicos. Verifica-se que as crianças buscam o brincar como fuga para todas as frustrações e descanso de todos os pensamentos ruins, medos que sentem no dia a dia e alguns até se expressão com a brincadeira.

O grande problema dos hospitais é que muitas vezes os médicos e enfermeiros não estão preparados para lidar com o emocional do paciente e acaba criando uma barreira entre os envolvidos no processo de cura, o que é ruim para o paciente que precisa expor tudo o que sente e o que se passa com ele para os médicos e enfermeiros que são os que têm mais contato com a pessoa internada. E é esse, entre outros, o motivo que está cada vez mais essencial o trabalho do grupo de palhaços. Muitos pensam que não existe nada a se fazer por um paciente sem chances de cura, mas estão enganados. Enquanto está vivo seria justo que vivesse da melhor forma possível, pois se não pode aumentar seu tempo de vida, que aumente sua qualidade.

O trabalho dos doutores da alegria não melhora somente o estado do paciente como também melhora o ambiente hospitalar, deixando-o mais leve, alegre e descontraído. Tal como prova o depoimento dos próprios pacientes, presente na pesquisa de Monica Martins Trovo de Araújo e Maria Júlia Paes da Silva. Os pacientes relatam:

“Você vê, eu acho que se você falar uma palavra de carinho conforta mais do que se você por um medicamento. [...] A gente já tá deprimida pela doença, ainda vê que ninguém te dá uma atenção! [...] Então o meu conselho é: se a pessoa por em todo o tratamento o amor, já é suficiente (P32).”

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3. METODOLOGIA

Pretendia- se visitar o Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP e observar a prática do grupo e outro hospital sem a atuação e comparar os dois trabalhos. Porém, após o contato com o grupo, foi informado que não seria possível avaliar o trabalho em campo, justamente devido a grande procura de pesquisadores ao grupo. O próprio grupo sugeriu que a análise proposta fosse encaminhada levando em consideração uma série de documentos produzidos por outros pesquisadores disponíveis no próprio site do grupo.

Estas são as perguntas que seriam aplicadas nas entrevistas, e agora serão respondidas com base nos documentos.

 Aos médicos:

1. Qual a sua percepção sobre a influência da ação do grupo no ambiente hospitalar? 2. Qual o objetivo do hospital com esta ação?

3. Quais as mudanças que perceberam no paciente e seus familiares entre o momento que a pessoa foi internada e seu estado após algum tempo com a prática do grupo de palhaços? 4. Quais as mudanças que ocorreram no seu dia-a-dia no trabalho com a atuação dos doutores da alegria?

5. Que diferenças ocorreram no hospital antes de ter a atuação do grupo e depois?

 Aos membros do grupo Doutores da Alegria:

1. Qual a missão dos Doutores da Alegria?

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4. RESULTADOS E CONCLUSÃO

Avaliando os documentos disponibilizados no site do grupo, obtivemos importantes informações sobre a influência do trabalho deles na vida das pessoas que os rondam.

Os pacientes, com o psicológico abalado pelo tratamento no inicio da internação, após um determinado período de visitas dos palhaços, apresentam uma melhoria no quadro. Alimentam-se melhor, aceitam e colaboram de uma melhor forma com os exames e tratamentos, ficam mais ativos e se sentem mais confortáveis. O comportamento de seus familiares também muda com a visita do grupo e com a crescente melhora do paciente. Eles ficam mais calmos e confiantes com os resultados do tratamento, brincam mais com os pacientes, ficam mais à vontade e colaboram mais com os profissionais da saúde.

Quando pensamos nas dificuldades de uma internação em casos de doenças graves, achamos que os únicos afetados são os pacientes e suas famílias, o que não é verdade. Os médicos e sua equipe de trabalho também encontram obstáculos quando lidam com situações difíceis e por conviverem com os pacientes a todo o momento. Após um tempo do início da atuação do grupo, a equipe de trabalho do hospital ficou mais coesa, tiveram mais disponibilidade de escutar seus colegas de trabalho, ficam mais à vontade para expor opiniões e falar sobre questões delicadas como fragilidades e angustias do grupo.

Com a influência dos palhaços, o dia-a-dia dos profissionais da saúde tornou-se mais calmo, mais feliz, com uma maior disponibilidade, satisfação e descontração.

Os médicos passaram a ter uma relação melhor com os familiares do paciente, tiveram mais facilidades para conversar, compreendendo-os melhor, e conseguindo uma aproximação maior com eles. E também conseguiram brincar e conversar mais com as crianças, assim criando uma relação bem próxima com a criança.

Os doutores da alegria têm como missão promover momentos de alegria e bem estar em brincadeiras com os pacientes, os pais e os profissionais da saúde para proporcionar uma melhor qualidade de vida durante a internação.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA

• ARAUJO. M. M. T; Silva. M. J. P. “A comunicação com o paciente em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo”, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v41n4/17.pdf, acessado em: 08/03/2013.

• ARAUJO, T. C. C. F.; GUIMARAES, T. B.: Estud. pesqui. psicol. v.9 n.3 Rio de Janeiro dez. 2009. Disponível em:

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1808-42812009000300006&script=sci_arttext&tlng=en. Acessado em 31 de maio de 2012

• BRAGA, C. M.; TOLEDO, I. D. Doutores por um triz: um tratamento pelo afeto

• CAMPELO, F. D. B.; GONCALVES, A.M.A. Um relato de experiência: Brincando na oncologia pediátrica do hospital São Vicente em Barbalha – CE.

• MACHADO, M. M. P.; Gioia, D.: Bolet. De inic. Cient. E m pscicol. 2002 Disponível em:

http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Graduacao/CCBS/Cursos/Psicologia/boletins/3/ 3_a_crianca_hospitalizada.pdf. Acessado em 21 de outubro de 2012.

• MACHADO, P.M. M.; Martins G. D. “A criança hospitalizada: espaço potencial e o palhaço”, Boletim de Iniciação Cientifica em Psicologia, nº 3, 2002. Disponível em:

http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Graduacao/CCBS/Cursos/Psicologia/boletins/3/ 3_a_crianca_hospitalizada.pdf acessado em: 01/03/2013.

• MOTTA, B. A.; Enum F. R. S. “Brincar no hospital: estratégia de enfrentamento da hospitalização infantil”, Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 1, 2004. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/pe/v9n1/v9n1a04.pdf, acessado em: 28/02/2013

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<http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n2/v12n2a05.pdf >. Acessado em: 30 de marco de 2012

• TAQUETTE, S. “Doenças psicossomáticas na adolescência” in: Revista Adolescência, volume 3, nº 1, janeiro 2006

Referências

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