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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE DESIGN E COMUNICAÇÃO CURSO DE DESIGN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE DESIGN E COMUNICAÇÃO

CURSO DE DESIGN

JOSÉ FILIPE SILVA FERREIRA

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO DESIGN DE MATERIAIS GRÁFICOS NA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

CARUARU 2017

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JOSÉ FILIPE SILVA FERREIRA

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO DESIGN DE MATERIAIS GRÁFICOS NA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Design. Orientadora: Verônica Campos Freire.

CARUARU 2017

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Catalogação na fonte:

Bibliotecária – Simone Xavier – CRB/4-1242

F383a Ferreira, José Filipe Silva.

Análise da influência do design de materiais gráficos na comunicação corporativa. / José Filipe Silva Ferreira. - 2017.

84f.: il.; 30 cm.

Orientadora: Verônica Emília Campos Freire.

Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade Federal de Pernambuco, CAA, Design, 2017.

Inclui Referências.

1. Design. 2. Materiais. 3. Comunicação nas organizações. I. Freire, Veronica Emília Campos (Orientadora). II. Título.

740 CDD (23. ed.) UFPE (CAA 2017-075)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

NÚCLEO DE DESIGN

PARECER DE COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE PROJETO DE

GRADUAÇÃO EM DESIGN DE

JOSÉ FILIPE SILVA FERREIRA

“Análise da influência do design de materiais gráficos na comunicação corporativa”

A comissão examinadora, composta pelos membros abaixo, sob a presidência do primeiro, considera o aluno JOSÉ FILIPE SILVA FERREIRA

APROVADO

Caruaru, 31 de Março de 2017

Professora VERÔNICA EMÍLIA CAMPOS FREIRE

Professora MARCELA FERNANDA DE CARVALHO GALVÃO FIGUEIREDO BEZERRA

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―Pois Deus – aos seus anjos – dará ordens para que cuidem do seu caminho‖.

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AGRADECIMENTOS

Antes de mais nada, quero deixar registrados sinceros agradecimentos a meu orientador maior: Deus. Amigo fiel que eu tive a bem-aventurança de descobrir sua magnitude e importância enquanto adolescente. A Ele devo tudo o que sou hoje, principalmente pelo dom da inteligência e curiosidade, pois isto fomenta em mim uma vontade imensa de adquirir cada vez mais conhecimento e sei que vou fazer ao longo da vida.

Hoje me vejo fechando um ciclo de extrema relevância na minha vida, a conclusão do meu curso superior. Isso me faz sentir contente porque tudo passa, por mais doloroso ou prazeroso que seja, e cada coisa é permitida por Deus, conforme seus planos. E que isto represente o início de outro processo mais profundo de aprendizado, no qual almejar a melhora pessoal e profissional seja o objetivo, sempre.

Em segundo lugar, deixo um agradecimento especial à minha família, base que fundamenta o valor de conduta que em mim foi construído e lugar onde tenho

pessoas que me acolhem e me apoiam em minhas decisões.

Agradeço também à professora Verônica Freire, pela disposição de encarar esse desafio meu e de ouvir minhas dúvidas e me orientar da melhor maneira ao longo dos últimos meses de trabalho intenso, assim como à banca de avaliadores.

Também quero deixar registrado o apoio de Paloma e Gabriela, em meio a tanta angústia e horas e horas em frente ao computador. Foram conversas e debates mútuos decisivos na construção dos nossos trabalhos.

E dedico este trabalho à minha sobrinha. Desejo que um dia eu possa vê-la confeccionando o dela e que possa ajudá-la no que precisar. Maria Ísis, desejo toda sorte nessa caminhada.

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―Quando um produto ou serviço é inovador ele causa impacto na vida das pessoas e transforma para sempre a forma de essas pessoas viverem e trabalharem.‖ Tennyson Pinheiro

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RESUMO

O presente estudo objetiva traçar uma análise acerca da influência do design de materiais gráficos na comunicação corporativa e averiguar como se dá esse processo de comunicação, auxiliado pelo design, no contexto corporativo. Trata-se de um estudo de caso da empresa EBD Nordeste, buscando destacar os benefícios e as contribuições que uma comunicação empresarial, auxiliada pelo design gráfico, pode gerar, proporcionando melhorias no ambiente interno, assim como nos funcionários dela. Nesse contexto, tem-se que neste trabalho são abordados assuntos relevantes pertinentes ao tema do design e da comunicação corporativa, como sua definição, seus aspectos particulares mais relevantes, sua relação com a cultura organizacional, assim como sua ligação com a motivação dos funcionários, a produtividade e o aperfeiçoamento da qualidade de vida destes. Assim sendo, e tendo em vista que o presente estudo se constitui de uma pesquisa bibliográfica e estudo de caso, realizada através de pesquisa de campo e tem a natureza explicativa e descritiva dos detalhes encontrados. Apresenta abordagem qualitativa dos dados e a partir disso, foi possível considerar a importância e as contribuições do design na comunicação corporativa, como ferramenta estratégica, da empresa em questão para melhoria dos processos dela. Dessa forma, a empresa viu no design potencial para dar destaque à sua comunicação, podendo assim, permanecer em destaque no ramo de distribuição de alimentos com inovação. O presente trabalho visa elucidar a produção gráfica da empresa de distribuição de alimentos; desse ponto de partida, vão ser levados em conta os informativos que os funcionários recebem eletronicamente. Portanto, a análise pretende gerar dados que respondam sobre a influência do design utilizado e discutir seus efeitos no ambiente corporativo, bem como investigar como a comunicação corporativa incentiva o funcionário a evoluir pessoalmente e averiguar como o design contribui no potencial comunicativo do projeto, identificando qual a visibilidade que o projeto gera para a empresa e seus resultados.

Palavras chave: design, comunicação corporativa, produção gráfica, projeto de

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ABSTRACT

This study aims to analyze the influence of graphic materials design on corporate communication and to investigate how this communication process, aided by design, occurs in the corporate context. This is a case study of the company EBD Nordeste, seeking to highlight the benefits and contributions that a business communication, aided by graphic design, can generate, providing improvements in the internal environment, as well as its employees. In this context, it is considered that in this work are approached relevant subjects pertinent to the theme of design and corporate communication, such as its definition, its most relevant particular aspects, its relation with the organizational culture, as well as its connection with the motivation of the employees, productivity and the improvement of their quality of life. Thus, and considering that the present study is a bibliographical research and case study, conducted through field research and has the explanatory and descriptive nature of the details found. It presents a qualitative approach of the data and from this, it was possible to consider the importance and the contributions of the design in the corporate communication, as strategic tool, of the company in question to improve its processes. In this way, the company saw in the potential design to give prominence to its communication, being able to remain prominent in the branch of food distribution with innovation. This paper aims to elucidate the graphic production of the food distribution company; from this starting point, the information that employees receive electronically will be taken into account. Therefore, the analysis intends to generate data that responds to the influence of the design used and to discuss its effects in the corporate environment, as well as to investigate how the corporate communication encourages the employee to evolve in person and to investigate how the design contributes to the communicative potential of the project, identifying which the visibility that the project generates for the company and its results.

Keywords: design, corporative communication, graphic production, project of visual

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Campanha Usou, Desligou! ... 27

Figura 2: Campanha Outubro Rosa ... 32

Figura 3: Dia do Vendedor ... 32

Figura 4: Para ser líder EBD ... 35

Figura 5: Economia de energia ... 36

Figura 6: Aniversariantes ... 38

Figura 7: Campanha Estude, Persista, Faça Mais ... 40

Figura 8: DNA do líder EBD ... 42

Figura 9: Páscoa ... 41

Figura 10: Campanha Red Bull ... 42

Figura 11: Campanha Pense Nisso ... 45

Figura 12: Alerta!!! ... 46

Figura 13: Helpdesk ... 48

Figura 14: Comercial/Dia do Cliente ... 49

Figura 15: Gente e Gestão/DNA do Líder EBD ... 50

Figura 16: Administrativo/Instagram ... 50

Figura 17: Lámen ... 51

Figura 18: Dia dos Pais ... 52

Figura 19: Sylvio e Isabel ... 53

Figura 20: Dia dos Namorados ... 54

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Resultados da campanha Usou, Desligou! ... 28

Gráfico 2 ... 60 Gráfico 3 ... 61 Gráfico 4 ... 61 Gráfico 5 ... 62 Gráfico 6 ... 64 Gráfico 7 ... 65 Gráfico 8 ... 67 Gráfico 9 ... 68 Gráfico 10 ... 70 Gráfico 11 ... 71 Gráfico 12 ... 72 Gráfico 13 ... 74 Gráfico 14 ... 75 Gráfico 15 ... 77

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 13 1.1 Pergunta da pesquisa... 15 1.2 Objetivo geral ... 15 1.2.1Objetivos específicos ... 15 1.3 Justificativa ... 15 2. COMUNICAÇÃO CORPORATIVA ... 18

2.1 Breve histórico da comunicação humana e Design ... 19

2.2 Comunicação e cultura ... 25

2.3 Comunicação interna em tempo de velocidade da informação ... 30

2.4 Por que investir em comunicação interna? ... 33

3. DESIGN DO PROJETO UM JEITO EBD ... 35

3.1 A aplicação da tipografia ... 40

3.2 Uso e técnica da cor ... 49

3.3 A aplicação da ilustração no projeto ... 52

4. ESTUDO DE CASO: EBD NORDESTE ... 57

4.1 Metodologia ... 57

4.2 Coleta e análise dos dados ... 59

4.2.1 Apresentação e análise dos resultados ... 60

5. CONCLUSÃO ... 79

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1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa pretende englobar duas áreas muito importantes: design e comunicação corporativa. Desse modo, a mesma busca analisar a influência do design de materiais gráficos da EBD Nordeste, distribuidora de alimentos, que consta em informativos enviados eletronicamente e cartazes corporativos com os mais variados temas. Esta pesquisa tem o intuito de verificar essa eficácia

informacional e quais os valores que o design agrega nestes cartazes que são produzidos pelo setor de comunicação da própria empresa e enviados por e-mail, a fim de averiguar se essa ferramenta estratégica realmente tem influenciado o ambiente corporativo desde que foi implantada.

Percebe-se que o design está sendo na atualidade uma área de conhecimento muito requisitada e vista com bons olhos por aquelas corporações que querem agregar valor a seus produtos e serviços, segundo Strunck (2007), a palavra design é intensamente usada na publicidade como um atributo de qualidade, de diferencial de valor entre os produtos. Muito ligado também ao consumo, o design surge como uma tendência de inovação e traz a proposta de trabalhar com o diferencial

competitivo nas empresas contemporâneas. Isto ocorre principalmente pelo fato de que o trabalho do designer consiste em projetar levando em conta as necessidades e requisições da empresa para a qual está trabalhando.

Nesse contexto, pode-se desde já afirmar que, assim como o design, uma comunicação corporativa é capaz de motivar os colaboradores de uma organização e também melhorar a qualidade de vida no trabalho instruindo o mesmo, tendo em vista que um colaborador motivado e satisfeito é capaz de aumentar seu rendimento e melhorar os resultados da empresa no mercado, equivalendo a uma premiação. Estes fatores se lançam como um desafio para a empresa estabelecer um contato direto, constante e eficaz para as questões pensadas no funcionário e que sejam cada vez mais alinhadas aos objetivos corporativos.

Assim, esta pesquisa busca compreender como o design é utilizado na comunicação de seu material gráfico e os efeitos desse investimento serão

discutidos posteriormente. A comunicação é uma área que está cada vez mais tendo sua relevância considerada. Decerto que, quando a corporação investe em um

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profissional para realizar este tipo de projeto, de comunicação interna, ela está entregando seus conceitos, seus objetivos e busca um resultado, de forma que seja este o mais positivo possível. De acordo com Angeloni (2010) as empresas

contemporâneas estão vendo que é necessário implantar um sistema de

comunicação eficiente que estimule seu colaborador a evoluir em variados aspectos de sua vida (social, educacional e profissional).

Desse modo, a pesquisa visa analisar o projeto de comunicação gráfica da distribuidora de alimentos e discutir seus efeitos no ambiente corporativo. Ao longo deste trabalho veremos assuntos sobre as origens da comunicação humana e seu desenrolar, comunicação corporativa, design e suas múltiplas características de projetar, entre outros. Todas essas áreas envolvidas para que gerem um

entendimento completo acerca do tema trabalhado na monografia, bem como quais as vantagens da empresa que investe em comunicação e como podem perceber o retorno de tal investimento, já que a empresa em questão deseja situar-se entre as melhores empresas do ramo no país.

Portanto, a presente pesquisa tem uma pergunta a ser respondida e esta se trata de entender como o design influencia nos materiais gráficos da comunicação corporativa da empresa e segue com base nos objetivos geral e específico. Estes buscam investigar os efeitos do design na comunicação da corporação implantada no início de 2015. Identificar a visibilidade que o design fornece para o material gráfico e seus resultados e apresentar os informativos mais recentes,

aleatoriamente, ao longo deste trabalho, elucidando o momento de como são aplicados, são para especificar os objetivos.

Isto posto, cumpre ressaltar que a partir de uma análise de mercado, percebe-se que as corporações estão percebe-se abrindo para espercebe-se mercado crescente, como dito anteriormente, as empresas têm adotado o design como forma de agregar valor a seus produtos e serviços a fim de proporcionar informação para seus colaboradores, no caso da empresa em questão. Dessa maneira, torna-se necessário realizar uma pesquisa bibliográfica contemporânea para verificar esses dados, visando abordar os principais tópicos, evidenciando os benefícios e as contribuições dessas duas ciências juntas design e comunicação corporativa nesse estudo de caso, com um único objetivo, investigar a importância e contribuição da comunicação corporativa auxiliada pelo design na prática.

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1.1 Pergunta da pesquisa

A pergunta da pesquisa é definida da seguinte maneira: Como o design influencia nos materiais gráficos da comunicação corporativa da EBD Nordeste?

1.2 Objetivo geral

Investigaros efeitos do design na comunicação corporativa da empresa EBD Nordeste, através do material gráfico informativo distribuído internamente na empresa. A fim de verificar a eficácia e influência destes materiais no

comportamento dos funcionários da corporação, desde a implantação da comunicação corporativa, em 2015.

1.2.1 Objetivos específicos

a) Entender como o design contribui para o potencial comunicativo do material gráfico distribuído pela empresa;

b) Identificar a visibilidade que o design fornece para o material gráfico e seus resultados;

c) Apresentar os informativos mais recentes, aleatoriamente, ao longo deste trabalho, elucidando o momento de como são aplicados.

1.3 Justificativa

A escolha do tema desta monografia, que visa entender como o design

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Nordeste , foi de acordo com o autor desta, já que o mesmo trabalha na empresa e agora a tem como objeto de estudo. Este projeto tem como intuito cruzar dados entre a comunicação corporativa e o design, averiguando sua importância no contexto corporativo que resulta na melhoria de seus processos, já que essa área está sendo bem reconhecida como uma crescente necessidade, principalmente em virtude de seus benefícios.

Para Angeloni (2010) as organizações necessitam pensar e aplicar um projeto de comunicação (interna), do mesmo modo que o fazem em outras áreas de gestão, pois a comunicação engloba, interfere e influi em todas as demais áreas da

organização. Da mesma forma que as empresas precisam ter um gestor de RH, que possa selecionar novos colaboradores e monitorá-los, essas empresas precisam adotar novos meios de se direcionar a seu colaborador. Uma maneira muito atual é via e-mail, pois faz com que cada vez que o funcionário for checar sua caixa de entrada, tenha um informativo para que ele leia e fique mais informado sobre as questões que se passam na empresa.

As empresas vêm buscando gerenciar suas equipes de trabalho de maneira mais eficaz. Existem muitas outras necessidades do mundo organizacional da atualidade, estas empresas estão se dando conta disso e estão implantando

comunicação organizacional. Estudos sobre a aplicação do design nas organizações costumam focar no sentido de que, embasando seus projetos com princípios dessa ciência, o produto do mercado atual vem sofrendo com muitas mudanças. Desde o início do século XXI, pode-se constatar que esses segmentos de mercado

desenvolveram uma série de experimentações e avaliações de novas tendências e inovações com o intuito primordial de descobrir novas maneiras de conduzir seus negócios, otimizando tempo e melhorando a comunicação dentro das corporações.

De acordo com Angeloni (2010), pesquisas têm demonstrado que

investimentos em comunicação têm trazido alto retorno para as organizações e este trabalho traz uma abordagem acerca de uma empresa que deu seu primeiro passo com esse projeto de comunicação e o viu perdurar, quando ela já está se dando conta de que este não é apenas mais um gasto, mas é o investimento que está trazendo um maior resultado, o qual ultrapassa as barreiras de pressão das vendas ou a pressão para batimento de metas. Depois da implantação do setor de

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comunicação nesta empresa, já se tem notado várias mudanças, principalmente no âmbito de desenvolvimento pessoal e econômico dentro da corporação.

O presente trabalho foi realizado em parceria com a empresa supracitada, com o intuito de diagnosticar e relatar as diferenças entre o antes e o depois e os

benefícios de uma comunicação realizada dentro desta corporação que conta com pouco mais de trezentos funcionários, dentre os quais inclui o autor do presente trabalho. Isto com o intuito de explicitar o que bem diz Angeloni (2010) que se deve aproveitar os benefícios da tecnologia de informação e da comunicação a favor da integração da incessante oferta destes meios que revolucionaram a vida do homem, diminuindo assim os ruídos dentro da corporação.

Nesse sentido é possível considerar que a comunicação interna é uma

ferramenta estratégica necessária para o bom funcionamento da organização, ainda mais porque o cunho da conscientização vai para além do ambiente corporativo, quando ela o instrui a reduzir o consumo de energia ou estudar mais, se esforçar. A empresa objetiva por um melhor desempenho do seu funcionário, isso significa a melhoria pessoal não somente no ambiente corporativo.

Assim sendo, o designer gráfico é o profissional que ganha destaque nessa área, já que ele consegue materializar sua concepção num projeto gráfico que demonstra os valores e os interesses da empresa, ocasionando reflexões nos funcionários. Como este trabalho trata de comunicação corporativa, logo se vê uma grande parceria com o design gráfico, e é com base na pesquisa feita na corporação que surgem os informativos que têm o intuito de mudar a realidade dos funcionários e também passar a informação de que a comunicação é fator determinante para todos estarem bem.

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2. COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

Quando a EBD Nordeste decidiu colocar em prática o plano de comunicação corporativa, desde a implantação de um quadro de avisos até o sistema de envio de informativos por e-mail, a corporação já havia se dado conta da importância desse projeto a partir de uma necessidade detectada. Fatores como entender que a comunicação corporativa possibilita o respeito perante iguais e que um quadro parabenizando o funcionário do mês é tão importante quanto uma premiação por o funcionário ter batido uma meta; esses fatores ocasionam uma competição saudável dentro da corporação. Sem deixar de pensar nas recompensas também para ela mesma, quando gera dados sobre redução de custos. Estes fatores se lançam como um desafio para a empresa estabelecer um contato direto, breve e eficaz para as questões pensadas no funcionário e que sejam cada vez mais alinhadas aos objetivos corporativos.

De acordo com Angeloni (2010, p. 84), conceitua o assunto da seguinte maneira:

Comunicação corporativa é, assim, o meio pela qual as organizações dialogam com a sociedade, dão satisfação de seus atos e conhecem as expectativas de seus públicos com relação às ações organizacionais, visando à construção e solidificação da imagem empresarial.

Comunicação corporativa, de acordo com Gouveia (Abracom, 2014, p. 09) é a ideia ―de que seja a representação de um conjunto de mensagens que formam um só corpo: cada mensagem isolada influenciará na percepção final da mensagem da corporação, da geração e da manutenção da identidade, imagem e reputação‖.

De acordo com Angeloni (2010, p. 84), a comunicação corporativa é um

desdobramento essencial da comunicação que precisa ser analisada e colocada em prática em toda a organização para melhorar a eficiência do trabalho corporativo. O termo refere-se tanto à comunicação que é realizada dentro da empresa, quanto externamente, entre público, parceiros e diferentes meios (site e redes sociais), mas esta não foi levada em conta neste trabalho.

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Assim sendo, a partir da seleção de bibliografia para o presente trabalho, aqui se entende que para se transmitir uma mensagem da melhor maneira, esta deve ser a mais clara e objetiva possível e que a interpretação se faça concernente ao que está sendo dito e o Design se encarrega de ajudar nessa tarefa, funcionando como o mediador entre a proposta e a forma de compor esta.

Este segundo capítulo da monografia apresenta os fundamentos teóricos coletados através da bibliografia existente para embasar a presente pesquisa sobre comunicação corporativa e suas relações com o Design. Trabalho que foi

desenvolvido e fundamentado por meio de revisão de literatura existente da ciência do Design e conteúdo sobre comunicação corporativa. Reforça-se, contudo, a

importância de ela ser considerada de forma integrada na definição da política global de comunicação da empresa com os diferentes públicos visando à utilização de uma linguagem comum por meio de um esforço conjunto e articulado de estratégias, ações e produtos de comunicação.

2.1 Breve histórico da comunicação humana e Design

Definir comunicação é uma tarefa árdua por se tratar de um assunto amplo e complexo. A palavra comunicar, de acordo com o dicionário Luft (2016),

sucintamente significa ―tornar comum‖. Por meio das comunicações é possível aumentar a sinergia entre as pessoas, diminuindo dúvidas e questionamentos. O aperfeiçoamento das comunicações modifica o comportamento dos indivíduos e possibilita a aceleração do processo de conhecimento (Angeloni, 2010). O termo comunicação tem o sentido principal de transmitir uma informação ou um conteúdo, segundo o dicionário Luft.

O homem paleolítico, apesar de todas suas peculiaridades e limitações, já sentia uma necessidade de expressar seus sentimentos e suas ações, naquelas épocas mesmo que o envolvimento com o mundo externo fosse tão limitado e ele não soubesse de muita coisa que se passava ao seu redor, ou seja, ele agia muito inconscientemente de suas ações, porém ao gravar com pedra os primeiros

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e sacramento do maior bem que a humanidade poderia legar a seus descendentes: a perpetuação do pensamento humano‖ (Collaro, 2000 p. 30).

De acordo com Fernandes (2003, p. 2) os desenhos pré-históricos são, sem dúvida, ―as primeiras formas de comunicação não-instintivas que permaneceram preservadas e chegaram até nós, frutos das habilidades e necessidades específicas de nossa espécie na sua adaptação para tornar possível não somente a ampliação de nossa sobrevivência, bem como a melhoria de suas condições‖.

Frédéric Belnet (2015, p. 01) mostra como foi o início da vontade de querer comunicar:

As figuras humanas — homens quase sempre com o pênis ereto, mulheres e às vezes híbridos, meio homem, meio animal — são muito raras e eram esboçadas ingenuamente, de maneira simples. As mãos, no entanto, aparecem com frequência: mãos chamadas positivas, cobertas com corante e em seguida carimbadas na parede, ou mãos ditas negativas, aplicadas como um estêncil, sobre as quais se assoprava um jato de tinta. Às vezes, a mão parece amputada, faltando um ou mais dedos — estes estavam provavelmente dobrados, como nas cavernas de Gargas, nos Pireneus, onde 144 pinturas desse tipo aparecem. Alguns defendem a ideia de um ―código‖.

Por isso entende-se na atualidade essa vontade de expressar através desses ―códigos‖ aquilo que era vivido, o homem sentia a necessidade de se expressar. E por isso, subentende-se um desenvolvimento extremamente rápido desse tipo de comunicação. Na atualidade comunicação em corporações é considerado de extrema relevância e em outras palavras, há uma preocupação sobre como a corporação vai falar, como a corporação vai se posicionar com o intuito principal de o colaborador saber que ela está lá, mais ligada a ele do que nunca.

Angeloni (2010, p. 1) afirma que:

Para compreender a importância da comunicação organizacional, é importante conhecer anteriormente as etapas de evolução da sociedade caracterizadas pelas ondas de mudança, nas quais o volume de dados, informação e conhecimentos vem crescendo exponencialmente, consolidando a crescente relevância do papel da comunicação nas organizações.

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Strunck (2007, p. 7) nos informa que assim como foi complexo o dilema do desenvolvimento da comunicação humana, também foi para o design. Adiantando um dos pontos é que nossa língua é rica, mas infelizmente não tem uma palavra que traduza exatamente o que fazemos. Nossa missão relaciona-se à concepção, à criação de conceitos que, formalizados, possam fazer a informação circular com a maior eficácia possível, e isto sem abrir mão do prazer estético que é próprio dos seres humanos.

Buscando a definição de outros autores, segundo Munari (2001), praticamente tudo o que os nossos olhos vêm é comunicação visual (desenhos, objetos, plantas, animais, etc.), contudo, os seus valores são diferentes, de acordo com o contexto onde se inserem e, em relação às mensagens, elas podem ser casuais ou

intencionais. A comunicação intencional é algo que o ser humano faz para

comunicar, através de um código e informações precisas. Uma comunicação casual pode ser interpretada livremente por quem a recebe. Contrariamente, numa

comunicação intencional, a totalidade do significado da mensagem deveria ser compreendida pelo seu receptor.

Angeloni (2010) finaliza que para a análise do contexto organizacional, a evolução da sociedade é analisada por meio de quatro grandes variáveis. Na primeira onda, dominavam os detentores de terra, na segunda dominavam os que possuíam as máquinas e o capital, na terceira e quarta dominam os que dispõem da informação e do conhecimento. Mesmo que se saiba que para ter acontecido tais progressões, houve muitas dificuldades. A passagem de cada onda para outra exigia que existisse maturidade dos envolvidos, fossem eles pessoas ou organizações para que assim fosse gerada uma projeção com segurança de que estavam prontos para ser dado um passo adiante, até porque pode-se observar que uma onda não deve eliminar a outra, elas podem se complementar, ou seja, com a incorporação de conhecimento na agricultura pode-se melhorar a produtividade e a incorporação do design gráfico na comunicação pode-se obter melhores formas de se expressar.

Já em Kunsch (2009), pode-se perceber que as organizações defrontam-se com duas grandes revoluções, cujas consequências determinam o modelo de comunicação contemporâneo: a revolução na informação e a revolução no sistema de vendas e distribuição. Os consumidores, hoje, podem acessar produtos sem a

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necessidade de irem até o ponto-de-venda. As opções são várias; vão desde as compras em um supermercado até a aquisição de aparelhos médicos sofisticados.

Essas duas revoluções, como a autora coloca, trazem as consequências no sentido de que geram efeitos interessantes e impactantes, como a queda acentuada da corporação ao falar com o seu cliente via propaganda clássica, o aumento das despesas com promoção, o maior conhecimento sobre o consumidor e a maior seletividade por parte deste. As pessoas praticamente não precisam mais de

propaganda para saber o que as lojas têm para vender, o livre acesso à internet faz com que as plataformas virtuaisde lojas de departamento tenham produtos que se vendem, que estão numa vitrine virtual e que atraem uma grande parte das pessoas que compram coisas sem sair de casa. Ou seja, o que evoluiu e beneficiou, hoje já ultrapassa o senso do ideal, de modo que com os estudos sobre comunicação corporativa, houve um realinhamento na linguagem publicitária e se passou a trabalhar de modo mais efetivo o conceito das organizações, para Kunsch (2009) percebia-se que os consumidores exigiam não apenas informações a respeito do produto, mas também uma ideia da organização.

Nessa moldura, encontra-se hoje o sistema de comunicação organizacional do Brasil que vê consolidadas suas estruturas, sua linguagem, seus veículos, suas estratégias, seus programas internos e também externos. Como é o caso da EBD Nordeste. Através de seu projeto de comunicação corporativa, a empresa vê sua imagem difundida, seus valores se tornam claros e assim promove os resultados positivos que já vão aparecendo, tais como: redução da conta de energia,

funcionários que passam a tomar iniciativas saudáveis e começam a aderir à prática de exercícios físicos e um fator muito importante é o ingresso em cursos e

faculdades a fim de que, assim como a empresa em que trabalham recomenda isso, será bom para os funcionários no âmbito profissional, sobretudo, no pessoal, tudo isso funcionando de acordo com a influência do design nos materiais gráficos recebidos.

Segundo palavras de Strunck (2007) o design como sendo a comunicação condensada/comunicação visual, isso se torna um fator que instiga mais os

funcionários da empresa a tomarem alguma atitude, pois se trata de como o design é realizado na mesma de forma a incentivar alguma atitude. Ou seja, a forma como a diagramação, o uso das cores, o suporte, o uso das ilustrações que fazem parte

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do planejamento visual, é efetuado na apresentação dos cartazes e informativos existentes por lá. E isto não é tarefa fácil, pois tendo como matéria-prima a

informação, estamos ou temos a possibilidade de estarmos presentes em todos os tipos de negócios, em todas as relações que se estabelecem entre as pessoas.

Mas afinal de contas nossa língua é rica e infelizmente não tem uma palavra que traduza exatamente o que fazemos. Nossa missão relaciona-se à concepção, à criação de conceitos que, formalizados, possam fazer a informação circular com a maior eficácia possível e isto sem abrir mão do prazer estético que é próprio dos seres humanos, complementa Strunck (2007).

Dá-se a necessidade de passar para o raciocínio de Kunsch (2009), no seguinte trecho:

Nas organizações, a comunicação é usada de diversas formas. Desenvolve-se, de um lado, um conjunto de comunicações técnicas, instrumentais, burocráticas e normativas. Em paralelo, ocorrem situações de comunicação expressiva, centrada nas capacidades e habilidades, nos comportamentos e nas posturas das fontes. A comunicação expressiva humaniza, suaviza, coopta, agrada, diverte, converte, impacta, sensibiliza. Quando é muito densa, as organizações se transformam em ambientes ásperos e áridos. Quando as comunicações se expandem nos fluxos da informalidade, as organizações dão vazão a climas alegres, cordiais, solidários, humanizados. A comunidade torna-se mais descontraída e solidária.

Este raciocínio faz-se refletir que a comunicação é o processo por meio do qual as pessoas tentam fazer um intercâmbio compreensivo de significações através de símbolos. É uma alavanca que mobiliza internamente, quando é voltada para as atividades rotineiras, bem como para a animação dos ambientes internos,

promovendo o equilíbrio do mesmo. De acordo com Kunsch (2009, p.13) pode-se prever também que motivação depende desse sistema. Mas se as veias forem se entupindo, o indivíduo morre. Da mesma forma pode ser tratada a comunicação humana que é o canal para a expressão, é o canal para demonstrar aquilo que precisa ser tratado e posteriormente, ser entendido. Mesmo que para o processo de comunicação houvesse todo aquele processo de pinturas rupestres, desenhos do inconsciente do homem da caverna, mas certamente foi o passo inicial para em

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seguida serem estudados e serem criadas as ondas de mudança e a seguir a comunicação passa a ser considerada os símbolos transformados em significados.

Segundo o Guia de serviços e boas práticas de contratação de comunicação corporativa (2014, p. 9), comunicação corporativa é a comunicação de uma

corporação, empresa, organização que pode ser entendida também como

equivalente às expressões comunicação empresarial, comunicação organizacional ou relações públicas:

A ideia de uma comunicação corporativa é a de que seja a representação de um conjunto de mensagens que juntas formam um só corpo: cada mensagem isolada influenciará na percepção final da mensagem da corporação, da geração e manutenção de identidade, imagem e reputação. Cada departamento, cada área da organização, cada mensagem formal ou informal pode gerar percepções dos públicos com os quais se relacione essa dada organização e, por isso, é fundamental a importância de se agir de forma planejada e orquestrada para a criação e manutenção de relacionamentos. A atividade é complexa, estratégica e multidisciplinar. Por essa razão, seus serviços interligam e, numa certa medida, são difíceis de definir isoladamente.

Sendo a comunicação reconhecida como uma das mais importantes atividades humanas, ela assume diferentes questões e abordagens que devem ser analisadas e estudadas para a tentarmos definir corretamente. ―Comunicar é tornar comum – é normativa, a comunicação. Faz comunicar – tornar comum – o que não deve

permanecer privado‖ (Legendre, 1982, p. 122).

Segundo Angeloni (2010) da mesma forma que no campo pessoal, nas organizações identificar as barreiras é muito importante, mas não suficiente para tornar o sistema de comunicação eficaz. Mecanismos para eliminar ou amenizar as distorções devem ser implementados visando um melhor entendimento entre os interlocutores e consequentemente o bom andamento das atividades

organizacionais.

Desta forma, Angeloni (2010, p. 57) define que um dos caminhos a seguir é a reflexão, a análise e identificação das barreiras existentes e o desenvolvimento de habilidades para superá-las em busca de uma comunicação eficaz:

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A comunicação organizacional é uma arte que deve ser desenvolvida. Desenvolver e implementar um sistema de comunicação eficaz é o grande desafio que as organizações enfrentam, já que muitos problemas podem ser fruto de falhas de comunicação. As barreiras sempre existiram e existirão, mas, hoje, na sociedade da informação e do conhecimento, as organizações devem se preocupar, mais do que na sociedade industrial, com o estabelecimento de um sistema de comunicação eficaz, sinérgico e integrado que possibilite que as informações e conhecimentos circulem por todas as unidades da organização dando suporte ao desenvolvimento das atividades organizacionais e ao processo decisório.

Kunsch (2009) diz que se na década de 1970 a comunicação chegava a um alto patamar nas organizações, na de 1980 investiu-se do conceito estratégico. A era da estratégia prima pela necessidade de a organização ser a primeira do mercado ou, no máximo, a segunda. O foco é o posicionamento. As grandes corporações e os modelos eram plasmados a partir da ideia de centralização das chamadas funções-meio (planejamento, recursos humanos, comunicação) e descentralização das chamadas funções-fim (fabricação, vendas e distribuição). A partir disso, o comunicador passou a ser um leitor agudo da necessidade de a empresa interagir estrategicamente com o meio ambiente e competir em um mercado aberto a novos conceitos e novas demandas. A globalização propiciou, ainda, a abertura do universo da locução. Os discursos empresariais se tornaram intensos, passando a provocar mais ecos.

2.2 Comunicação e cultura

De acordo com Marchiori (2010, p. 26), se entendemos a cultura como o estoque de conhecimentos, referências e representações acumulados por um

determinado agrupamento social, e a comunicação como o processo através do qual tais referências e informações são transmitidas e circulam, temos que a cultura antecede a comunicação, e esta serve àquela, com maior ou menor positividade, conforme sua eficácia e controle das distorções. Tanto a cultura, nessa perspectiva, assume um caráter estático, como a comunicação adquire uma natureza meramente

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instrumental: a comunicação seria apenas o meio através do qual a cultura circularia de um grupo para outro, de uma geração para outra e continua:

A comunicação não foi sempre tomada como processo transmissivo. É com a modernidade, o desenvolvimento dos meios de transporte e a ampliação do mundo conhecido que o sentido de partilhar se torna secundário, e o sentido de transmitir se impõe. O termo perde a especificidade de um compartilhamento humano e passa a recobrir, indistintamente, diferentes meios e processos de transmissão e transporte. Ele associa-se também a um conteúdo político de conquistar, estender, penetrar.

Dois aspectos ou contribuições merecem ser destacados em uma concepção interativa da comunicação. A partir de Marchiori (2010), aprendemos que a interação é um agir comum, marcado pela mútua afetação e permeado por gestos

significativos (gestos dotados de sentido, ou linguagem). Em interação, dois

indivíduos (ou grupos) encontram-se em dinâmica de reciprocidade: cada um afeta e se vê afetado pelo outro; estímulos produzidos por ―A‖ são permeados e orientados pela antecipação do comportamento de ―B‖ (hipótese da recepção). Portanto, longe de uma relação unilateral estímulo-resposta, ou emissão-recepção, encontramos um movimento de reflexividade, de retroatividade – apenas possível porque os

indivíduos aí envolvidos são seres conscientes e seres de linguagem.

Gestos dotados de significado são linguagens. É a consciência dos sentidos inscritos nos gestos que nos tornam capazes de selecioná-los e de antecipar as respostas de nosso interlocutor; é uma igual consciência deste último que lhe permite reagir seletivamente ao gesto recebido, fazendo de sua resposta um novo gesto que vai incidir retroativamente sobre o primeiro, e assim sucessivamente.

Na prática, a EBD Nordeste alcançou índices de gastos de energia mais baixos nos meses passados com a instauração da Campanha Usou, Desligou! (conforme informativo a seguir).

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Figura 1: Campanha Usou, Desligou! EBD Nordeste Fonte: Arquivos EBD Nordeste

Esta campanha visava estabelecer novos e melhores comportamentos dos funcionários, já que a mesma solicitava que, ao término do expediente, os

computadores fossem desligados ou pelo menos colocados no modo de stand by, que é o mesmo que desligar as máquinas e que as lâmpadas das salas fossem todas desligadas enquanto não estivessem em uso. Desta forma, além de pensar no meio ambiente, a empresa visou uma sacada interessante a partir do momento em que começou cortando gastos de energia desnecessários com esta campanha e sempre contando com o Design para ajudar na passagem da informação para o receptor da mensagem.

Essa interação, como falado acima, de estímulo-resposta vem ocorrendo na corporação e por mais que fosse um grande desafio projetar informativos

eficazmente e espalhar os mesmos para os funcionários, hoje se entende que era apenas um pequeno lapso de comunicação, faltava apenas a cultura ser implantada para que os resultados fossem logo aparecendo. O mais rápido e notório foi

referente ao corte de gastos com energia, de acordo com os dados a seguir, temos uma breve noção de como foi a queda do uso de energia nos meses em que a Campanha Usou, Desligou! ficou no ar, após ser implantada início de Fevereiro.

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Implementação da Campanha Usou, Desligou! e redução significativa no consumo de energia da empresa, após serem espalhados comunicativos referentes a essa nova campanha durante quatro meses, conforme gráfico a seguir:

Gráfico 1: Resultados da campanha Usou, Desligou! Fonte: Autoria própria com base em dados coletados na empresa

A empresa teve um objetivo e planejou o mesmo através de uma ação para redução de energia, promovida pela implantação de um informativo. Os funcionários passariam a mudar seus hábitos desligando todas as luzes e aparelhos eletrônicos nos intervalos de almoço e término de expediente.

Também a concepção de cultura não pode ser tomada de forma estática. Ela passa por várias fases e formulações, e ainda nos dias atuais, inclusive, conceitos diferentes de cultura coexistem. De acordo com Marchiori (2010), é possível identificar quatro tipos básicos de sentido. Num primeiro momento, a cultura é

tomada como processo de desenvolvimento intelectual ou espiritual. Distinguindo-se de civilização, tal concepção, chamada clássica, descreve e agrupa um patrimônio de ideias, valores e obras (do mundo ocidental, vale dizer) que primariam por um maior acabamento e qualidade.

A comunicação poderia ser considerada, no sentido mais amplo, como o aspecto ativo da estrutura cultural. O que se quer dizer é que a cultura e a comunicação são dois termos que representam dois pontos de vista ou dois

métodos de representação da inter-relação humana, estruturada e regular. Algumas dessas situações são produzidas por nós, especialistas da comunicação. No seio das organizações, das instituições, criando públicos onde havia indivíduos isolados

R$ 4.100,00 R$ 4.200,00 R$ 4.300,00 R$ 4.400,00 R$ 4.500,00 R$ 4.600,00 R$ 4.700,00 R$ 4.800,00 R$ 4.900,00 R$ 5.000,00 R$ 5.100,00 Consumo de energia Fevereiro Março Abril Maio Junho

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estabelecendo diálogos onde havia silêncio. É importante entendermos que tais situações não são totalmente criadas por nossas cabeças engenhosas, mas se dão orientadas por seu contexto cultural: a cultura da organização, o sistema de

significações da sociedade em que vivemos. De acordo com Marchiori (2010), é importante também nos darmos conta de que tais práticas são ativadoras –

eventualmente modificadoras – da cultura da organização. E esta, por sua vez, da cultura da sociedade.

Uma comunicação integrada consiste do novo paradigma da comunicação nas organizações, consistindo em um esforço conjunto e articulado de estratégias, ações e produtos de comunicação institucional, interna e de marketing apoiada pela

tecnologia, que segundo Angeloni (2010) visa implantar e consolidar uma imagem única junto aos diversos públicos.

Kunsch (1997) acrescenta ainda que a comunicação integrada permite que se estabeleça uma política global e coerente de comunicação com os diferentes

públicos, por meio da utilização de uma linguagem comum que permita um

comportamento homogêneo, além de se evitar a sobreposição de tarefas. Por meio da comunicação integrada, os diversos setores trabalham de forma conjunta,

considerando os objetivos e estratégias da organização e ao mesmo tempo respeitando os objetivos específicos de cada um dos públicos envolvidos.

Angeloni (2010) refere-se aos novos meios de comunicação afirmando que com o surgimento destes novos meios, por volta da década de 60, fomos lançados para a era da informação e do conhecimento, dando início à emergência de uma economia digital de serviços que está se sobrepondo à velha economia industrial. Nesta velha economia, as informações eram físicas. Na nova economia, a informação em todas as suas formas é digital, reduzida a uma série de configuração cibernética e que pode ser armazenada em computadores conectados entre si de forma invisível e que as redes que sustentam esses circuitos percorrem à velocidade da luz.

Já Kunsch (2009), aborda o assunto de que nas duas últimas décadas do século XX e na primeira do século XXI, o homem vivenciou uma explosão jamais vista de inovação/absorção de tecnologias. Acontecimento que gera um impacto nas atividades dos profissionais de comunicação, independente da sua área de atuação. Uma das obrigações do comunicador da atualidade é conseguir abarcar a

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compreensão de tal processo, de seu uso e de sua obsolescência, especialmente se este trabalhar em ambientes corporativos, onde aconteça a vantagem competitiva, soma de valor, diferenciação e inovação passam pela forma e pelos meios de comunicação e permeiam o espaço cibernético.

Portanto, conhecer as principais tecnologias da informação e da comunicação disponíveis às organizações é fator de apoio à competitividade e faz com que a organização detenha em mãos um poder maior de conseguir chegar a seu objetivo de comunicação já que, longe de ser uma relação unilateral, existe um estímulo-resposta onde encontramos um movimento de reflexividade e o design dos materiais gráficos tem forte influência na hora da assimilação da informação e conta muito para adesão ao que propõe cada campanha.

2.3 Comunicação interna em tempo de velocidade da informação

Sobre este tema, precisamos lembrar dois personagens relativamente novos no cenário: produtores de conteúdo e consumidores de informação. Todas estas informações são produzidas e consumidas por pessoas ansiosas por notícias e conteúdos atualizados diariamente. Dessa forma, é estabelecido um fluxo frenético de produção incessante. Além disso, a dinâmica do consumo concentra nos meios online todo o fluxo e fonte de pesquisa e comunicação. Afinal, todos nós queremos saber, todos nós precisamos da informação para fazer algo com ela.

Angeloni (2010, p 117) afirma que ―a palavra de ordem é a convergência digital dos meios de comunicação, ou seja, a integração de diversas tecnologias da

informação e das tecnologias em um único equipamento‖. Com o surgimento das tecnologias na informatização, os meios de comunicação começaram a deixar os meios físicos de comunicar que eram carta, reuniões pessoais, informativos impressos, etc, para abrir espaço para os meios digitais de comunicar (e-mail, mensagem instantânea, informativos eletrônicos, etc).

A velocidade de que estamos falando não se limita a considerar o tempo em que o conteúdo é gerado e consumido por toda a população global, mas sim como os recursos tecnológicos anularam qualquer distância entre países, cidades e

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pessoas. O mundo é virtual e somos todos avatares navegandode sites em sites a procura de informações. Levy (1996) abordou a questão de estarmos todos ao mesmo tempo aqui e lá graças às técnicas de comunicação e de telepresença, e segundo suas palavras a velocidade da informação aproxima espaços fazendo uso de menor tempo.

Esta é uma realidade que já está instalada no contexto da atualidade. Para as empresas, a ordem é se cercar de cuidados na produção de conteúdos relevantes que influenciam e definem o sucesso do negócio. É adequado, então, estabelecer canais de comunicação que tenham aderência aos hábitos de consumo de conteúdo do público a que se destina, visando a criação de diálogos fluentes e claros e na formação de um cenário onde o relacionamento entre todos se consolide.

Velocidade nem sempre é divulgar com rapidez, muitas vezes pode significar saber a hora de mudar as estratégias e se adequar à premissa primordial da comunicação: escolher o melhor veículo/canal para que emissor, mensagem e receptor estejam alinhados num constante movimento de reflexividade.

É por estes fatores que os produtores de conteúdo, os designers, precisam estar em constante envolvimento com as novas tendências do mercado profissional para estar produzindo sempre de acordo com as necessidades pertinentes à época gerando competitividade. Inovação e avanço estão andando em paralelo na

atualidade e os consumidores de informação esperam imensamente que o projeto os cative e que sua função aconteça. Assim sendo, necessário é também analisar o uso adequado dos meios de comunicação, para que este processo seja eficiente e eficaz e adicione valor às necessidades também da organização.

A comunicação interna se faz presente nesse contexto a respeito do

entendimento de que se o funcionário da atualidade é outro, o fazer comunicação interna deve garantir novos horizontes. Não há mais muitas brechas para monólogos corporativos. E nem tão pouco, para uma definição branda de que comunicação interna apenas funciona para disseminar valores da organização ou os benefícios do colaborador.

A EBD Nordeste optou por implantar um projeto e comunicar-se com seu colaborador, faz uso do meio eletrônico, utilizando e-mail corporativo para

disseminar seus valores e orientar seus funcionários. A corporação enxergou o que muitos estudiosos já vinham estudando e comprovando, conforme Angeloni (2010,

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p. 121) ―possibilita que os processos comunicacionais corporativos sejam mais ágeis e torna mais limpa e eficiente a comunicação entre as pessoas e entre as áreas de uma instituição‖. Assim como a velocidade da informação é rápida, as datas

comemorativas do ano também chegam rapidamente e a EBD utiliza estes

momentos para lembrar e também para mandar os parabéns aos profissionais pelo seu dia, como será visto nos informativos a seguir:

Figura 2: Campanha Outubro Rosa Fonte: Arquivos EBD Nordeste

Figura 3: Dia do Vendedor Fonte: Arquivos EBD Nordeste

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2.4 Por que investir em comunicação interna?

Este capítulo não poderia terminar sem, ao menos, uma breve reflexão sobre o tema que trata do retorno do investimento em comunicação corporativa para que se tenha a noção do quão importante é aplicar esse canal de comunicação sem pensar muito em custos. Para a empresa é bom pensar numa forma de comunicar-se com seus colaboradores, ainda que seja um canal de comunicação dos mais simples como o quadro de avisos ou até o serviço de mensagem intranet, mas já se sabe que, quando não há um canal de comunicação, há muitas chances de gerar ruídos, ou seja, de surgir informações que não são originárias da corporação e que pode gerar uma série de situações negativas dentro das instalações da empresa, ainda mais em uma desse porte.

É necessário que as organizações vejam a comunicação como uma importante ferramenta de melhoria que pode ajudar na obtenção do sucesso da empresa. Cada organização, com sua complexidade, deve fazer uma análise da situação em que está inserida e ver o que é possível melhorar com comunicação. A partir disso, o design começa a ganhar notoriedade no meio corporativo, porque projeta

entendendo seu público e com as ferramentas estratégicas corporativas necessárias.

Segundo Angeloni (2010, p. 101), ―uma grande parte das empresas ainda resiste em investir em comunicação‖ mal sabem estas que, uma vez estabelecida a comunicação corporativa, os colaboradores têm a segurança de conversar com seus gestores para apresentar sugestões inteligentes e propostas inovadores que

agreguem valor e diferencial ao negócio, porque percebem que a corporação está aberta ao diálogo com eles. Quando estes eventos ocorrem, ganha a corporação e ganha o colaborador que se sente valorizado pelo seu comprometimento. Isso, vale lembrar, que impacta positivamente nos índices de satisfação interna.

Por isso, vale-se dizer que a equipe de colaboradores deve estar em sintonia com as atividades que ocorrem no ambiente interno da corporação para que não surjam conflitos que atrapalhem o desempenho da organização na busca de resultados.

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De acordo com Torquato (2002, p. 102), pode-se, sim, medir objetivamente resultados de comunicação, e uma das formas é a medição do grau de satisfação dos integrantes da organização depois de campanhas internas para melhorar a produtividade e a satisfação como um todo com relação à imagem da organização na sociedade. Deve-se levar em conta que, para que a organização trabalhe bem e atinja os resultados esperados, é necessário que os objetivos, as metas, o

funcionamento e os resultados obtidos pela organização sejam sempre apresentados aos seus colaboradores.

É bom lembrar, ainda, que bons profissionais sempre desejam ingressar em um time onde o clima organizacional seja saudável. Assim, faz-se necessário que a corporação preze por este mecanismo, gerando uma boa estrutura. Desta forma, as despesas previstas e os resultados serão compensadores, produzindo retorno certo do investimento. Uma comunicação empresarial que é eficiente evita má

interpretação da mensagem transmitida e proporciona clareza no ponto que ela quer chegar.

O tema em estudo busca demonstrar como uma comunicação sem ruídos pode gerar maior produtividade no âmbito empresarial. E também a necessidade de que as pessoas estejam em sintonia e interligadas com o processo da comunicação. Uma equipe bem informada dos assuntos que envolvem a empresa tem maiores possibilidades de tomar decisões acertadas e de acordo com Fioretti (2015) design e inovação são as disciplinas mais eficientes para as empresas vencerem num ambiente cada vez mais agressivo e competitivo.

Sabe-se, portanto, que os problemas no meio corporativo são inevitáveis. Em empresas de grande porte, como é o caso da empresa desse estudo, não é

diferente. Contudo, uma comunicação interna clara e eficaz estimula que as pessoas estabeleçam o diálogo frente a frente. Isso, por sua vez, pode se tornar a

oportunidade para solucionar ou mesmo evitar que um fator conflitante maior comprometa a saúde de alguma das equipes. Assim, com a valorização dos ativos intangíveis, investir na comunicação é uma decisão que deverá ser analisada com brevidade e seriedade por todas as organizações.

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3. DESIGN DO PROJETO UM JEITO EBD

Um fator importante é compreender como surgem os informativos da EBD Nordeste de acordo com o projeto Um Jeito EBD. Em meados do ano de 2015, a empresa instaura este projeto que visa estabelecer novas regras, rotinas,

procedimentos e novas ferramentas de gestão, dentre eles a instauração do Setor de Comunicação e posterior desenvolvimento de informativos. Por consequência, os funcionários passavam a receber em suas caixas de e-mail informativos, até então inexistentes.

Outro detalhe é saber que, conforme Landim (2010, p. 13) ―as empresas que investem em design acabam por se destacar no mercado em que atuam‖ e esse é o maior desafio da empresa, trabalhar com competitividade e se colocar como a melhor empresa do ramo no Brasil.

O ponto primordial na confecção dos informativos da empresa é pensar no tema requisitado, normalmente solicitado pelo departamento que deseja comunicar alguma informação. A partir de então é pensado num conceito inicial, que este será a base do texto que dará vida ao informativo. No topo deste, fica uma frase que esteja de acordo com a temática abordada como título ou como ―spot‖ desse leiaute e a partir dele utiliza-se uma barra chapada colorida para chamar a atenção dos usuários/leitores.

Figura 4: Para ser líder EBD Fonte: Arquivos EBD Nordeste

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Da mesma forma, nesse informativo que estimula a economia de energia, onde o mesmo utiliza o título numa barra destacado de vermelho e a ilustração como forma de estímulo ao assunto tratado.

Figura 5: Economia de energia Fonte: Arquivos EBD Nordeste

Os informativos da EBD Nordeste estimulam o funcionário e passam a dialogar com ele, tudo com a influência do design. Estes informativos abrangem variados temas que vão dos corporativos até os temas da atualidade externos à corporação. Ainda mais porque a empresa considera que, a partir de um ponto de vista

contemporâneo, pode-se dizer que os campos de conhecimento são interatuantes, podemos legitimar isso a partir do momento que temos design trabalhando com comunicação corporativa.

Estes materiais gráficos são confeccionados utilizando técnicas de aplicação de cor, tipografia e ilustração com base nos princípios de Design, a partir de uma prévia solicitação interna, pois normalmente os departamentos demandam suas necessidades de comunicados/informativos. A partir disso atestamos a necessidade do surgimento desses informativos. O Grupo EBD é grandioso e está espalhado por todo o Brasil, portanto precisava de uma forma de comunicar e este mesmo projeto tem como intenção estimular e visa provocar influências. Melhorando, assim, a

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eficiência do trabalho corporativo, nesse caso o design foi pensado para ajudar nessa tarefa.

De acordo com Collaro (2008, p. 23):

A práxis do design gráfico – e sua metamorfose ao longo da história – agregou uma série de objetos, práticas e informações que permitiram sua definição como um campo de conhecimento específico. O design gráfico é uma atividade que envolve o social, a técnica e também significações. Consiste em um processo de articulação de signos visuais que tem como objetivo produzir uma mensagem – levando em conta seus aspectos informativos, estéticos e persuasivos – fazendo uso de uma série de procedimentos e ferramentas.

O design gráfico, a partir de suas técnicas e significações, resulta num

processo de articulação e é aplicado no projeto da EBD Nordeste com a intenção de melhorar a mensagem, isso gera a valorização do trabalho, já que a partir disso, ele pode estimular o receptor da mensagem, atingindo o público alvo da empresa, já que esta foi a primeira intenção dela ao estabelecer seu setor de comunicação. Para quem trabalha com design, é sempre um desafio, pois é muito mais difícil estimular primeiro na tela, onde acontece o primeiro contato com os informativos, para em seguida esperar algum resultado advindo da prática dessa ciência e de sua articulação de signos visuais.

Phillips (2009, p. 83) reafirma a importância do design, dessa vez, no contexto corporativo ―o design, quando colocado estrategicamente, pode prestar um grande serviço às empresas‖ e continua afirmando que o design é imprescindível na vida das empresas. Naturalmente, muitas delas podem viver sem o design. Contudo, existem também aquelas que investem maciçamente em design como uma de suas principais armas competitivas. Com o projeto Um Jeito EBD, da empresa que quer ter excelência em seus serviços a nível nacional, não foi diferente. Ao estabelecer que a corporação ia ter seu setor de comunicação, deu-se conta da relevância da ciência do Design, como o mediador entre a proposta e a forma de compor esta.

Ao longo do tempo o Design gráfico foi ganhando notoriedade na sociedade e se tornando uma cadeia produtiva pelo motivo de que essa ciência resolve muito mais do que proporcionar criatividade nos projetos e de acordo com palavras de

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Strunck, (2007, p. 53) ―a programação visual, ou design gráfico, é um conjunto de teorias e técnicas que nos permite ordenar a forma pela qual se faz a comunicação visual‖. Por meio desta ciência podemos dirigir, com um nível bastante razoável de segurança, o modo pelo qual o entendimento das imagens, da informação, dos serviços e dos significados se processa. Mais do que simples materiais gráficos que não teriam efeito adicional de dinamismo, além de passar uma informação num texto blocado, os informativos da EBD Nordeste têm uma essência, buscam emplacar uma relação de conversa com o receptor da informação quando faz uso da ilustração, da cor e da tipografia. O projeto de comunicação corporativa dessa empresa passa por um processo de entendimento do que se quer ter com a comunicação, para, em seguida, serem confeccionados os informativos de acordo com o que proporciona o uso da tipografia, da cor, juntamente com a aplicação dos personagens (Sylvio e Izabel) nas ilustrações e o mesmo ainda utiliza técnicas de diagramação que une todos estes elementos de forma a se relacionarem, tudo com base na criatividade.

Figura 6: Aniversariantes Fonte: Arquivos EBD Nordeste

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Strunck (2007, p. 53) afirma que nas últimas décadas houve um ganho muito significativo na qualidade da comunicação que consumimos, porque hoje um dos atributos indispensáveis para qualquer negócio de sucesso é se comunicar bem. Isso aumentou em muito a demanda pelos serviços de designers e a empresa visou especialmente estes serviços para complementar a equipe de comunicação no desenvolvimento de seus materiais gráficos visando à utilização de uma linguagem comum por meio de um esforço conjunto e articulado de estratégias, ações e produtos de comunicação a seu respeito a fim também de proporcionar comunicação a seus colaboradores, sobretudo, gerar ganhos para si.

Nesse contexto é relevante abordar a teoria de Strunck (2007, p. 52) e o que chama de civilização visual devido o ser humano pensar visualmente. As imagens agem diretamente sobre a percepção do cérebro, impressionando primeiro para serem depois analisadas, ao contrário do que acontece com as palavras. Tudo que vemos nos comunica alguma coisa: textos, cores, formas, texturas. Um enorme e complexo universo de pequenos detalhes se combina para trazer-nos informações processadas instantaneamente por nossos cérebros. Em se tratando de

comunicação, somos cada vez mais uma civilização visual. O homem

contemporâneo, concentrado em cidades, que infelizmente apresentam índices cada vez mais altos de degradação de tudo, vai a largos passos perdendo os sentidos da audição e do olfato e privilegiando a visão. Assim, este sentido, o mais imediato, rico e independente do tipo de cultura que tenhamos, é indispensável à nossa

comunicação. Por isso o investimento da corporação nessa área, ainda mais pelo fator de que, a empresa possui e-mail corporativo e, por este canal, identificou a forma de unir sua vontade de comunicar com o meio já existente. Sabia que o

projeto ia se complementar, já que a maioria dos funcionários possui conta de e-mail corporativo, posteriormente teria conhecimento constante às informações que ela quisesse passar.

Ainda de acordo com Cardoso (2012, p. 15) ―o design nasceu com o firme propósito de pôr ordem na bagunça do mundo industrial‖. Dessa maneira, pode-se perceber que deve haver um equilíbrio entre o gerenciamento quantitativo, o

humanístico e o estético realizado pelo designer, produzindo tanto valores sociais e estéticos e que se chegue aos lucros referentes ao investimento da corporação. Isso quer dizer que, ao produzir o material gráfico, a preferência do projeto Um Jeito EBD

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está em levar para o receptor da informação a observar um contexto geral e não somente o texto escrito ou as ilustrações do projeto e que este conjunto surte no efeito desejado. Nos dias de hoje, a empresa que busca excelência na sua forma de comunicar deve encontrar este equilíbrio no projeto. Em outras palavras, a

corporação deve ser uma máquina econômica que produz tanto valores estéticos e sociais e, por fim, lucros. Organizações que conseguem sintetizar essas esferas de ação podem estar mais propensas à liderança neste século e este é o objetivo da corporação, ter cada vez mais destaque entre as empresas do ramo, envolvendo criatividade em sua forma de comunicar, sintetizando alguns informativos que

chamam o funcionário a melhorar sua atenção para a saúde e até motivando-o para melhorar seu grau de escolaridade, conforme informativo abaixo.

Figura 7: Campanha Estude, Persista, Faça Mais Fonte: Arquivos EBD Nordeste

3.1 A aplicação da tipografia

Indubitavelmente, a tipografia é um dos elementos mais importantes no design dos informativos. Segundo Collaro (2000, p. 16) ―a preocupação com o visual é hoje uma realidade em todos os setores do cotidiano e a apresentação de uma imagem agradável vem se tornando uma verdadeira febre‖.

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Tão essencial quanto a escolha das cores e das ilustrações para complementar a informação, é a escolha da tipografia que será utilizada no projeto. Falando nesse assunto, entende-se que as fontes adquirem uma característica fundamental que determinam sua existência no projeto. Essas tipografias devem ser utilizadas de forma a facilitar a decodificação de seus caracteres por parte do leitor para não atrapalharem sua legibilidade. A aplicação da tipografia nos informativos da empresa passa por uma análise, os mesmos são produzidos com a família Segoe UI por três motivos:

a) apresenta espessura que torna a leitura confortável; b) proporciona legibilidade ao texto;

c) apresenta formato arredondado, que traz fluidez à leitura e condiz com o tipo institucional da marca corporativa.

Desse modo, percebe-se que os informativos apresentam uma tipografia leve (fina e com curvas menos acentuadas). Tipografia segue sendo utilizada com traços finos, sem peso visual, não tem hastes grossas, (observar a mancha gráfica no informativo abaixo). Não ocasiona peso visual no texto no sentido de que torna-se agradável quando trabalhada adequadamente no projeto gráfico a fim de acertar o alvo da legibilidade.

A chamada ―manchete‖ é extremamente importante nos informativos, onde consta a noção de que se o funcionário não vai ler toda a informação do informativo, pelo menos ela vai captar a informação através do título deste. O mais corriqueiro é apostar em títulos destacados para conquistar a atenção do leitor, incentivando a leitura posterior do corpo do informativo.

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Figura 8: DNA do líder EBD Fonte: Arquivos EBD Nordeste

Observando esse informativo, pode-se perceber que há bastante texto na parte de baixo e por mais que isso ocorra, o informativo não deixa de ser legível e não proporciona acidente gráfico para o leitor, ou seja, o informativo é projetado em harmonia entre as formas, os contornos e os espaços internos. A entrelinha dupla aliada a um tipo de hastes leves e regulares, sem peso visual é que faz com que este texto blocado não seja cansativo para leitura.

Rocha (2005, p. 45), diz que estar familiarizado com um maior número de fontes é imprescindível para designers que desejam projetar um leiaute com

eficiência ou dar a seus projetos melhor legibilidade. Isso quer dizer que a tipografia tem um papel fundamental no projeto a se unir aos demais elementos do mesmo. Não se pode simplesmente jogar um tipo de letra no projeto e crer que o mesmo está de acordo com a proposta e valorizando a mesma, porque pode

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A utilização da tipografia Segoe UI no projeto, devido ao seu formato arredondado que proporciona um contato confortável e condiz com o tipo

institucional da marca corporativa, visa proporcionar uma leitura prática. Já que no ambiente de trabalho as pessoas buscam ter a informação daquele informativo, porém também não querem passar muito tempo lendo o mesmo. Ainda em tempo, mesmo que alguns informativos apresentem muitas imagens próximas uma das outras, nesse caso o uso da tipografia tem que ser bem planejado para que não haja embaraços na leitura.

O uso da tipografia tem um papel fundamental no projeto a partir desse planejamento, pois os informativos chamam atenção logo à primeira vista,

principalmente quando é utilizada na parte superior dos informativos (no caso dos títulos). Lógico que há uma consciência das demais funções da tipografia que é de estabelecer a legibilidade, sensação de conforto na leitura, até porque muitas vezes não é necessário estar acompanhada de imagens para legitimar o que está sendo dito. Uma tipografia tem a capacidade de dar forma a um texto sem requerer um esforço adicional do leitor.

Figura 9: Páscoa Fonte: Arquivos EBD Nordeste

No final das contas é importante que a tipografia seja, sobretudo, uma tipografia legível. Legibilidade essa que, para o designer, deve ser analisada com

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