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OS ADVERBIAIS NO PORTUGUES FALADO E ESCRITO SOB A PERSPECTIVA FUNCIONALISTA Dia 29 - Local: PB 18-14:00-18:00 Coordenador(a): frat/ide Gareti Pezatt/

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OS ADVERBIAIS NO PORTUGUES FALADO E ESCRITO SOB A PERSPECTIVA FUNCIONALISTA Dia 29 -Local:PB 18- 14:00-18:00

Coordenador(a): frat/Ide Gareti Pezatt/

A INSTABILIDADE CATEGORIAL ENTRE ADJETIVOS E ADVERBIOS: UMA VIsAo FUNCIONALISTA

Mariana Gon<;:alvesBarbosa (UFRJ)

Aapresenta<;ao consiste em umaanalise. de base funcionalista. da mudan<;a de c1asse de adjetivo para adverbio qualitativo. buscando as regularidades do fenomeno. que tradicionalmente e associado ao processo de conversao. E importante ressaltarmos que essas ocorrencias se apresentam nao somente na oralidade. mas tambem na escrita. Levantando dados do corpus Discurso &Gramatica e utilizando exemplos de outros trabalhos acerca do fenomeno. procura-remos observar osfatores que0motivam. Nesse sentido. buscamos detectar os tipos de adjetivos que sofrem mais comumente a mudan<;a analisada. a rela<;aode sentido entre 0adjetivo converso e0adverbio correspondente com sufIxo -mente. assim como os tipos de verba que tend em a ser modifIcados poradjetivos conversos. Tentaremos demonstrar que os adjetivos qualifIcativos sao mais comuns neste contexto do que os descritivos. eque tende a haver uma forte distin<;ao de sentido entre 0adjetivo converso e0adverbio correspondente com sufIxo -mente. Proporemos. tambem. que. embora em alguns casos 0adjetivo converso possa se relacionar semanticamente com0objeto.0verbo porelemodifIcado tende a ser empregado intransitivamente. ou seja. sem a presen<;a do objeto na frase.

A ORDENA<;Ao DOS ADVERBIAIS DE MODO NO PORTUGUES BRASILEIRO FALADO Talita Storti Garcia (UNESP).Erotilde Goreti Pezatti

A presente pesquisa procura determinar a ordem dos adverbiais de Modo em senten<;as do portugues brasileiro falado. A c1asse depalavras denominada "adverbios" ou " Iocu<;oesadver-biais" na perspectiva da Gramatica Tradicional sao chamados de "satelites". Para 0 tearico funcionalista Simon Dik (1990), sateJites diferem dos argumentos pelo fato de que eles sao opcionais. ja que podem ser retirados semafetar a gramaticalidade da ora<;ao. Os satelites de nivel 1ousatelites de predicado (sI),objetodeinvestiga<;ao deste trabalho. capturam os meios lexicais que especifIcam propriedades adicionais do conjunto de EsCo designado por uma predica<;aonuclear (aquela mais intimamente ligada ao micleo verbal), como por exemplo em Maria dan<;ou belamente. Dik elabora uma subdivisao desse tipo de adverbial nos tres quadros que seguem e suas respectivas fun<;oes semanticas: (II Participantes adicionais (Beneficiario.

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Companhia. Instrumento. Causa Interior); (ii)Meiose Maneiras (Modo. Ve!ocidade egualidade) e(iii)Orienta<;ao Espacia! (Origem. Dire<;aoePercurso). Focalizaremos aqui 0quadro de Meios e Maneiras. especificamente a fun<;ao semantica de Modo e sua respectiva ordena<;ao em senten<;as do portugues brasileiro falado. uma vez que esta foi a fun<;ao semantica mais recorrente (50.6%) dentre todas as outras. 0 universo de investiga<;aoe0corpus minima do Projeto da Gramatica do Portugues Falado. constituido de 15 inqueritos. extraidos dos materiais do NURC. em que foram pesquisados os seguintes fatores: 1) fun<;ao semanti<;a. 2) posi<;ao:I 2 S 3 V 4 0 5 6 F.3) tipode ora<;ao. 4)for<;ailocucionaria. 5) tipo detexto. 6) forma de satelite e 7) valencia verbal.

A ORDENAC;AO DOS ADVERBIAS TEMPORAlS NO PORTUGUES BRASILEIRO FALADO Aliana Lopes Camara (UNESP). Erotilde Coreti Pezatti

Esta pesquisa procura determinar os fatores que contribuem para a ordena<;ao dos satelites de tempo no portugues brasileiro falado. de acordo com os preceitos da Gramatica Funcional de Simon Dik.Para este. satelites sao termos que nao sao exigidos pelo predicado a fim de formar uma predica<;ao completa. Os satelites distinguem-se dos argumentos. na medida em que estes sao exigidos pelo predicado. As fun<;oes semanticas dos satelites de nivel dois sao: Loca<;ao. Tempo.Dura<;ao.Frequencia. Circunstancia. Causa. Condi<;ao.Proposito. Razao.Nosso universo de investiga<;ao e0corpus minimo do Projeto de Gramatica do Portugues Falado (PGPF).extraido dos materiais Projeto da Norma Urbana Culta (NURC).constituido de 15 inqueritos. repre-sentados por tres variantes estilisticas: Elocu<;oes Formais (EF),Dialogos entre Informante e Documentador (DID) e Dialogos entre Dois Informantes (D2). Procuramos. no corpus. as ocorrencias de satelites de nivel dois e.depois. analisamo-las deacordo com os seguintes fatores: 1) tipo de ora<;ao (independente ou subordinada); 2) ato ilocucionario; 3) posi<;ao formal dos satelites na ora<;ao.de acordo com0esquema (I 1 2 S 3 V 4 0 5 6 F),em que I = posi<;ao inicial.S= sujeito. V=verbo. 0= objeto. F= posi<;aofinale1,2.3.4.5e6 representam as possiveis posi<;oesassumidas pelos satelites; 4) fun<;ao semantica; 5) tipo deinquerito (DID.D2 ou EF); 6) estrutura dosatelite (adverbio ou termo)e7)valencia verbal. Os dados revelam que a fun<;ao semantica deTempopredomina com 46.2% das ocorrencias.

MUlTO COMO MARCADOR DE GRAU IMPLiCITO Karen Sampaio Braga Alonso (UFRJ)

Este trabalho propoe-se a descrever 0 processo de atribui<;ao de grau a verbos. por meio da utiliza<;ao do vocabulo muito. Para tanto. 0verba sera estudado em termos deuma perspectiva semantica mais ampla de analise. ou seja. nao mais comouma a<;ao/urn evento/ urn estado em si mesmo. mas como urn elemento que implica todo urn frame de fundo. A partir dessa ideia. tentar-se-a tra<;ar os elementos que fomecerao os subsidios para que muito recorte urn ououtro tra<;o do frame verbal. Faz-se relevante ter em vista que. em termos bastante gerais. deve-se considerar frame entendido aqui como urn conhecimento de mundo e cultural que servede base

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para a completa apreensao do valor semantico sugerido pelo item verbal. sendo. portanto. compartilhado naprodw;ao e compreensao de sentenGas. Para0desenvolvimento do estudo da atuaGao de muito como atribuidor de grau. foi preciso repensar a classificaGao de adverbio de intensidade proposta pelas Gramaticas Tradicionais para a classifica<;;aode muito. 0 trabalho pretende retratar a existencia de outras possibilidades. alem da intensidade. envolvidas no conceitodemuito; busca caracterizar 0tipoderecorte desempenhado por muito emrelaGao aos tipos derecortes feitosporoutros elementos tambem denatureza adverbial e estabelecer uma sistematizaGao doprocesso de atribui<;;aode grau adiferentes tipos de frames.

ORDENA<;:Ao DOS ADvERBIOS BEM E MAL NO PORTUGuES ESCRITO: UMA ABORDAGEM HIST6RICA

Mario Eduardo Toscano Marte/otta (UFRJ)

o

trabalho consiste em uma analise comparativa das tendencias deordenaGao dos adverbios bememal.noportugues arcaico enoportugues atual. Como observar ordena<;;aode urn elemento

linguistico implica levar emconta osseus diferentes sentidos. aanalise inclui uma descri<;;aoda polissemia que caracteriza os usos desses adverbios e0fen6meno da gramaticaliza<;;ao.

Comparando textos de natureza semelhante aos textos arcaicos disponiveis. asanalises foram desenvolvidas com base em dois grandes tipos de textos. Por urn lado. textos de natureza basicamente argumentativa. que apresentam ocasionalmente trechos narrativos eque apresen-tassem tema religioso. Por outro lado. textos injuntivos. que. com sua estrutura prescritiva. ensinam ou determinam uma formadefazer.

o

irabalho pretende demonstrar que houve uma mudanGa nas tendencias de coloca<;;aodos adverbiosreferentes a verbos. Diferentemente do queocorrehoje. os adverbios referentes a verbos mantinham. alnda no portugues arcaico. as coloca<;;6estipicas do latim (antes do verbo) em clausulas mais gramaticalizadas. sobretudo em reduzidas de infinitivo. ratificando a proposta deGiv6n deque essas clausulas saomais conservadoras em termos de ordena<;;aovocabular. AJem disso. 0trabalho oferece evidencias dequebem e mal comvalor demarcador discursivo tendem a ocorrer antes do verba e.no caso especificodebem. sobretudo noportugues arcaico. emverbos cognitivos. como saber. crer. lembrar. entre outros. que constituem uma marca de subjetividade. ja que. atraves delas. 0emissor demonstra que compartilha informa<;;6esde fundo com0receptor ou marca a importancia dainforma<;;aotransmitida.

OS ADVERBIAIS NO PORTUGuES F ALADO E ESCRITO SOB APERSPECTIV A FUNCIONALISTA

Erotilde Goretl Pezatti (UNESP)

Este simp6sio trata douso dos adverbiais (adverbios elocuG6es adverbiais) no portugues falado e escrito. sob a perspectiva da lingu[stica funcional. Congrega pesquisadores de duas universi-dades. a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Estadual Paulista (UNESP. campus de Sao Jose do Rio Preto). Serao discutidos sete trabalhos: OrdenaGao de adverbios qualitativos bem e malno portugues escrito (Mario Martelotta - UFF); MudanGa categorial entre adjetivos e adverbios na visao funcionalista (Mariana Barbosa - UFF),Usos dointensificador

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muito na fala carioca (Karen Sampaio Braga Alonso - UFF).Ordena<;ao de adverbios qualitativos em -mente no portugues escrito (Deise Pinto - UFF).Os adverbios atitudinais em -mente na elocu<;ao formal: uma perspectiva funcional (Moema Guiduce Nogueira - UNESP/SJRP), A ordena<;ao dos adverbiais temporais no portugues brasileiro falado (Aliana Lopes Camara -UNESP/SJRP) e A ordena<;ao dos adverbiais de modo no portugues brasileiro falado (Talita Storti Garcia - UNESP/SJRPj. Os quatro primeiros adotam a perspectiva funcionalista de mudan<;a linguistica de Hopper, Giv6n. Traugot e os tres ultimos, a da Teoria da Gramatica Funcional, proposta por Simon Dik e seus seguidores, principalmente Hengeveld.

OS ADvERBIOS ATITUDINAIS EM -MENTE NA ELOCuc;;AO FORMAL:UMA PERSPECTIVA FUNCIONAL

Moema Guiduce Nogueira (UNESP), Erotilde Goreti Pezatti (UNESP)

Este artigo tern como objetivo descrever, de acordocomaperspectiva funcionalista deDik (1989, 1997)e Hengeveld (1997). 0comportamento dos adverbios atitudinais terminados em -mente, ouseja. os que especificam a atitude subjetiva dofalante com rela<;aoao conteudo proposicional apresentado no ato de fala, no portugues faladodo Brasil. Sera objeto de analise os inqueritos n° 405 (NURC/SP)enO379 (NURC/RJ) que correspondem a elocu<;6esformais.

Segundo Hengeveld (1997).se0predicado principal de uma senten<;a e tornado como centro, os adverbios podem orientar-se emdire<;ao a esse centro de modo que as rela<;6es de escopo entre eles saDrefletidas pela ordem comrespeito ao centro. Assim, os satelites de proposi<;ao e os de ilocu<;aoprecedem 0predicado principal.

Apesar dessa tendencia para a ordena<;ao de adverbios ser forte, a analise feita neste estudo mostra que os adverbios em -mente, correspondentes aos satelites de proposi<;ao. tern maior numero de ocorrencias entre 0verba e0complemento. Tal fatopodeter sidofavorecido pelotipo de inquerito analisado: a elocuc;;aoformal. Nesse tipodeinquerito em queha poucas interac;;6es e cujo objetivo e levar 0aluno a compreender atraves de explicac;;6es,especifica<;6es e reformu-la<;6es,0professor "posiciona-se" 0tempo todo emrelac;;aoas informa<;6es que apresenta e, como geralmente 0predicado funciona como a informa<;ao "nova" em rela<;aoao sujeito. e de se esperar que 0adverbio incida sobre 0"novo". ou seja, ocorra antes do verbo.

OS ADvERBIOS QUALITATIVOS E MODALIZADORES EM-MENTE E SUA ORDENAc;:Ao:UMA ABORDAGEM HISTORICA

deise Cristina de Moraes Pinto (UFRJ)

Este trabalho constitui uma analise da colocac;;aoeda polissemia de alguns itens adverbiais em -mente no portugues arcaico e no portugues do seculo XIX, com aten<;ao aos seus valores qualitativos e modalizadores.

o

objetivo e demonstrar que alguns adverbios qualitativos e modalizadores terminados em -mente sofreram, no decorrer do tempo. mudan<;a na sua polissemia do portugues arcaico ate 0 seculo XIX. Essa mudan<;a e sucessiva e unidirecional e consiste num processo de gramaticali-za<;ao,com esses elementos passando de adverbios internos a clausula a adverbios sentenciais.

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Em certos casos, os valores qualitativos encontrados no inicio da trajet6ria desaparecem e os adverbios passarn a assumir func;6espragmatico-discursivas. as diferenles valores semanticos

desses elementos implicarn diferentes colocac;6esefunc;6es na orac;ao. Noporlugues arcaico, os

adverbiosqualitativos possuiarn grande mobilidadena clausula, podendo ocupar diversasposic;6es.

A partir do seculoXIX, algumas posic;6es se tomararn indisponiveis a esses adverbios, pois,com0 processo degrarnaticalizac;ao, conformeseus valores semanticos semodificavarn, elespassararn a ter urncarMer especifico edepender das caracteristicas grarnaticais de sua nova func;ao.

Referências

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