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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. NOME DO MEDICAMENTO

Librax 5mg + 2,5mg comprimido revestido

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Um comprimido revestido contém:

Clordiazepóxido 5,0mg Brometo de Clidínio 2,5mg Excipientes com efeito conhecido:

Lactose – 1 comprimido revestido contém 72,50mg Sacarose – 1 comprimido revestido contém 131,40mg Lista completa de excipientes, ver secção 6.1

3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido revestido

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas

Trato digestivo: Cólon irritável ou espástico, manifestações funcionais de hipersecreção e hipermotilidade, diarreia, colite, gastrite, duodenite, úlcera gástrica, úlcera duodenal, disquinésia biliar.

Trato genitourinário: espasmo e disquinésia, enurese noturna, bexiga irritável, dismenorreia.

4.2 Posologia e modo de administração Posologia

Em todas as situações, o tratamento deve ser iniciado com a dose mais baixa indicada, aumentando subsequentemente se necessário, após ter testado a resposta individual. A dose máxima não deve ser excedida.

Adultos

A dose usual nos adultos é de 1 – 2 comprimidos, 2 a 4 vezes ao dia. Podem ser tomados com as refeições, à hora de deitar ou quando sentir dor.

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A duração do tratamento deve ser a mais curta possível. A indicação deve ser reavaliada regularmente, especialmente na ausência de sintomas. A duração global não deve exceder 8 a 12 semanas para a maioria dos doentes, incluindo o período de redução da dose (ver secção 4.4)

Nalguns casos, pode ser necessário prolongar o tratamento para além do período recomendado. Se for o caso, não deve ser prolongado sem uma reavaliação do doente. População pediátrica:

Não é recomendado devido à falta de estudos. Se necessário, recomenda-se que a posologia seja reduzida por exemplo para metade (1 a 2 comprimidos por dia).

Doentes idosos ou debilitados e grupos de doentes especiais:

Nos doentes idosos ou com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que a dose seja reduzida, por exemplo para metade.

Modo de administração

Oral. Os comprimidos devem ser engolidos com água. 4.3 Contraindicações

- Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes (mencionados na secção 6.1)

- doentes com várias patologias com idade superior a 65 anos - doentes com idade superior a 75 anos

- crianças com idade inferior a 6 anos - risco de glaucoma de ângulo agudo

- risco de retenção urinária associada a alterações uretroprostáticas - aleitamento (ver secção 4.6)

- insuficiência respiratória grave - síndroma da apneia do sono

- insuficiência hepática grave aguda ou crónica (risco de ocorrência de encefalopatia) - miastenia gravis

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Este medicamento contém uma benzodiazepina e um antiespasmódico atropínico. Uma vez que se trata duma associação, os seus efeitos adversos podem sofrer sinergia e potenciar o risco com outros medicamentos; especialmente as ações sedativas e atropínicas (ver secção 4.5).

Duração do tratamento

A duração do tratamento deve ser a mais curta possível. A indicação deve ser reavaliada regularmente, especialmente na ausência de sintomas. A duração global não deve exceder

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8 a 12 semanas para a maioria dos doentes, incluindo o período de redução da dose. A extensão destes períodos não deve ocorrer sem uma reavaliação da situação.

Quando se utilizam benzodiazepinas de longa duração, é importante ter especial precaução quando se muda para uma benzodiazepina de curta duração, pois podem desenvolver-se sintomas de privação.

Álcool e abuso de drogas

É recomendada precaução especial se existir antecedentes de alcoolismo ou outras dependências relacionadas com drogas (ver secção 4.5).

Doentes com episódios depressivos major

As benzodiazepinas e produtos similares não devem ser prescritos isolados uma vez que permitem o desenvolvimento separado da depressão com um risco aumentado ou persistente de suicídio.

Tolerância

Pode ocorrer alguma diminuição de eficácia do efeito hipnótico das benzodiazepinas após o uso repetido ao longo de poucas semanas.

Dependência

O uso de benzodiazepinas pode levar ao desenvolvimento de dependência física e psíquica destes fármacos. O risco de dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento; e também é maior nos doentes com antecedentes de alcoolismo ou de toxicodependência.

Pode ocorrer dependência com doses terapêuticas e/ou em doentes sem qualquer factor de risco.

Quando se desenvolve a dependência a interrupção pode ser acompanhada de síndroma de privação. Isto pode manifestar-se através de cefaleias, mialgias, ansiedade extrema, tensão, inquietação, confusão e irritabilidade. Em situações graves podem ocorrer os seguintes sintomas: sensação de irrealidade, despersonalização, hiperacúsia, torpor e parestesias das extremidades, hipersensibilidade à luz, ao ruído e ao contacto físico, alucinações e convulsões. Podem manifestar-se sintomas de abstinência nos dias após a cessação do tratamento. A associação de várias benzodiazepinas, qualquer que seja a indicação, ansiolítico ou hipnótico, aumenta o risco de dependência. Foram também notificados casos de abuso.

Reações Rebound

Após descontinuar o tratamento pode ocorrer uma síndroma transitória na qual os sintomas que levaram ao tratamento com benzodiazepinas regressam mas de forma intensificada. Este facto pode ser acompanhado de outros sintomas como alterações de humor, ansiedade ou distúrbios do sono e inquietação. Como o risco de abstinência/rebound é maior após interrupção brusca do tratamento, é recomendado que a dosagem seja diminuída gradualmente.

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Amnésia e alteração da função psicomotora

As benzodiazepinas podem induzir amnésia anterógrada. Amnésia anterógrada com alterações das funções psicomotoras ocorre mais frequentemente várias horas após a ingestão do fármaco.

Reacções psiquiátricas e paradoxais

Em alguns doentes, as benzodiazepinas e produtos similares, podem conduzir a uma combinação de alterações no estado de consciência, comportamentais e problemas de memória. Pode observar-se o seguinte:

- agravamento da insónia, pesadelos, agitação e nervosismo

- delírios, alucinações, estado confusional onírico, sintomas do tipo psicótico - perda de inibição com impulsividade

- euforia, irritabilidade - amnésia anterógrada - sugestibilidade

Este síndroma pode ser acompanhado de potenciais problemas perigosos para o doente ou para outras pessoas, dos seguintes tipos:

- comportamento anormal para o doente

- comportamento auto ou hetero agressivo, em particular se os amigos ou familiares tentarem dificultar as actividades do doente

- comportamento automático com amnésia pós acontecimento

Se estas reações ocorrerem durante o tratamento com Librax, a administração deve ser suspensa. Estas reações são mais frequentes em idosos. Deve ter-se extrema precaução ao prescrever benzodiazepinas a doentes com alterações de personalidade.

Grupos de doentes específicos e risco de acumulação:

Uma vez que o clordiazepóxido é uma benzodiazepina de longa duração, os doentes devem ser monitorizados regularmente para se necessário, diminuir a dose ou frequência da administração e prevenir uma sobredosagem devido a acumulação.

Em idosos ou pessoas que sofram de insuficiência renal ou hepática, a semivida das benzodiazepinas pode estar consideravelmente aumentada. Pode ser necessária uma adaptação da dose (ver secção 4.2).

As benzodiazepinas e produtos similares devem ser utilizadas com cuidado em idosos devido ao risco de sedação e/ou efeito miorelaxante, que pode conduzir a quedas com consequências muitas vezes graves para esta população.

Precauções de utilização (associadas ao clordiazepóxido)

Pode ser útil informar o doente quando o tratamento é iniciado que este terá uma duração limitada e explicar exatamente como a dose será progressivamente diminuída. Além disso, é importante que o doente esteja atento à possibilidade de fenómeno de rebound,

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minimizando assim a ansiedade se estes sintomas ocorrerem, enquanto o medicamento estiver a ser descontinuado.

No caso de insuficiência respiratória, deve ter-se especial cuidado sobre o efeito depressivo das benzodiazepinas e produtos similares (especialmente porque a ansiedade e agitação podem constituir sinais indicativos de descompensação da função respiratória, justificando a admissão numa unidade de cuidados intensivos)

População pediátrica

Mais ainda do que nos adultos, nas crianças a relação benefício/risco deve ser escrupulosamente avaliada e a duração do tratamento deve ser a mais curta possível. Não foram conduzidos estudos clínicos em crianças com brometo de clidínio e clordiazepóxido.

Precauções de utilização (associadas ao brometo de clidínio) Utilizar com cuidado no caso de:

- hipertrofia prostática

- insuficiência renal ou hepática

- insuficiência coronária, problemas na frequência cardíaca, hipertiroidismo

- bronquite crónica que leva a um aumento da viscosidade das secreções brônquicas - ileus paralítico, atonia intestinal nos idosos, megacólon tóxico

Lactose e sacarose

Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.

Este medicamento contém sacarose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.

4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação Interações com Clordiazepóxido

Se o Librax for associado a um fármaco de ação central como neuroléticos, tranquilizantes, antidepressivos, hipnóticos, analgésicos, anestésicos, antitússicos, antihistamínicos sedativos, antihipertensivos centrais e baclofeno, os efeitos depressivos centrais podem ser intensificados. No caso de analgésicos narcóticos, pode ocorrer também potenciação da euforia o que conduz a um aumento da dependência psíquica. Barbituratos

Risco de depressão respiratória aumentado, que pode ser fatal no caso de sobredosagem. Buprenorfina

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Com buprenorfina utilizada como tratamento de substituição: risco aumentado de depressão respiratória que pode ser fatal. Deve ser cuidadosamente avaliada a relação benefício/risco desta associação. Informe o doente da necessidade de observar as doses prescritas.

Cimetidina

Risco aumentado de sonolência. Previna os doentes do risco aumentado quando conduzem automóveis ou utilizam máquinas.

Produtos derivados da morfina

Risco aumentado de depressão respiratória, que pode ser fatal no caso de sobredosagem. Produtos que inibem as enzimas hepáticas

Compostos que inibem certas enzimas hepáticas (particularmente citocromo P450) podem potenciar a atividade das benzodiazepinas. Em menor grau isto também se aplica às benzodiazepinas metabolizadas apenas por conjugação.

Interações com brometo de clidínio

As substâncias do tipo atropina, podem adicionar os seus efeitos adversos e podem mais facilmente induzir retenção urinária, avanço do glaucoma, obstipação, secura da boca, etc.

Fármacos considerados tipo atropina são as substâncias com ação anticolinérgica, pertencentes aos grupos terapêuticos: antidepressivos, antihistamínicos (agonistas H1), agentes antiparkinsónicos, anticolinérgicos, outros antiespasmódicos atropínicos, disopiramida, neuroléticos fenotiazinas, clozapina e amantadina.

4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez

Os estudos em animais revelaram potencial teratogénico do clordiazepóxido (ver secção 5.3). Não há evidência da segurança na gravidez humana pelo que não deve ser utilizado, especialmente durante o primeiro trimestre e último trimestre, salvo se existirem razões de utilização imprescindíveis.

Se o produto for prescrito a uma mulher com potencial fértil, deve ser aconselhada a consultar o médico para discutir a interrupção do medicamento no caso de engravidar ou suspeitar que está grávida.

Se por razões médicas o medicamento for administrado durante a última fase da gravidez ou durante o trabalho de parto em altas doses, podem esperar-se efeitos no recém nascido tais como: hipotermia, hipotonia e depressão respiratória moderada, devido à ação farmacológica do composto. Além disso, latentes nascidos de mulheres que tomaram benzodiazepinas de forma crónica na fase final da gravidez, podem estar em risco de desenvolverem sintomas de privação no período pós natal.

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Devido ao clidínio, o Librax deve ser administrado com cuidado no final da gravidez devido ao risco de efeitos atropínicos na criança (ileus meconium)

Aleitamento

O clidinium pode diminuir a secreção látea e pode também passar para o leite resultando em efeitos atropínicos na criança. O clordiazepóxido pode também aparecer no leite materno. Portanto, a utilização de Librax não é recomendada durante o aleitamento.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Os condutores de veículos e utilizadores de máquinas devem ser avisados para o possível risco de sonolência.

Sedação, amnésia, dificuldades de concentração e alteração da função muscular podem afetar negativamente a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. A associação com outro sedativo não é recomendada ou considerada quando se conduzem automóveis ou utilizam máquinas (ver secção 4.5). Se a duração do sono for insuficiente, há maior probabilidade de a capacidade de reação estar diminuída.

4.8 Efeitos indesejáveis

Os efeitos adversos mais frequentes incluem sedação, tonturas, sonolência, ataxia, fadiga e alterações do equilíbrio. Estes efeitos adversos estão relacionados com a dose e podem persistir até ao dia seguinte mesmo após uma dose única. Contudo, este fenómeno ocorre predominantemente no início do tratamento e geralmente desaparece com a administração repetida. Os idosos são particularmente sensíveis a medicamentos depressores centrais e podem sentir confusão, em especial se estiverem presentes alterações orgânicas do cérebro.

A avaliação dos efeitos adversos tem por base a seguinte informação de frequência: Muito frequente (≥1/10)

Frequente (≥1/100 a <1/10)

Pouco frequente (≥1/1000 a <1/100) Rara (≥1/10000 a <1/1000)

Muito rara (<1/10000)

Desconhecida (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis)

Classe de órgão Efeito

Doenças do sangue e do sistema linfático Raro: depressão medular (ex: tromocitopénia, leucopenia, agranulocitose, pancitopénia) Doenças do sistema imunitário Frequência desconhecida: hipersensibilidade Doenças do metabolismo e da nutrição Pouco frequente: aumento do apetite

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Perturbações do foro psiquiátrico Frequência desconhecida: amnésia, alucinações, dependência, depressão, inquietação, agitação, irritabilidade, nível de consciência deprimido, agressão, ilusão, pesadelos, alterações psicóticas, comportamento anormal, alterações emocionais, reação paradoxal (ex: ansiedade, alterações do sono, insónia, tentativa de suicídio, ideias suicidas)

Doenças do sistema nervoso Frequente: sedação, tonturas, sonolência, ataxia, alterações do equilíbrio, estado confusional

Raro: cefaleias, vertigens

Frequência desconhecida: disartria, alterações na marcha, alterações extrapiramidais (ex: tremor, disquinésia)

Afeções oculares Pouco frequente: diminuição do lacrimejo, alterações de acomodação

Raro: alteração visual incluindo diplopia

Cardiopatias Frequência desconhecida: taquicardia,

palpitações

Vasculopatias Raro: hipotensão

Doenças respiratórias torácicas e do mediastino

Frequência desconhecida: depressão respiratória, aumento da viscosidade da secreção brônquica

Doenças gastrointestinais Raro: alterações gastrointestinais, obstipação Doenças hepatobiliares Frequência desconhecida: icterícia, aumento

das bilirrubinas no sangue, aumento das transamisases, aumento da fosfatase alcalina no sangue

Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Raro: reação cutânea (ex. erupção cutânea, prurido)

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tecidos conjuntivos astenia

Doenças renais e urinárias Raro: retenção urinária

Doenças dos órgãos genitais e da mama Raro: alterações da líbido, disfunção erétil, alterações menstruais

Muito raro: dismenorreia Perturbações gerais e alterações no local

de administração

Frequente: fadiga

Pouco frequente: secura da boca

Notificação de suspeitas de reações adversas

A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional de notificação:

INFARMED I.P.

Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa Tel: 21 7987140 Fax: 21 7987397 Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt 4.9 Sobredosagem Associada ao clordiazepóxido Sinais e sintomas clínicos

Tal como com outras benzodiazepinas, a sobredosagem coloca a vida em risco em particular no caso de poli intoxicação envolvendo outros depressores do sistema nervoso central (incluindo álcool)

No tratamento destas situações deve ter-se em conta que múltiplos fármacos podem ter sido ingeridos.

A sobredosagem com benzodiazepinas manifesta-se em geral por depressão do SNC de grau variado, podendo ir da sonolência ao coma. Em situações ligeiras os sintomas incluem sonolência, confusão mental e letargia, em casos mais graves os sintomas podem incluir ataxia, hipotonia, hipotensão, depressão respiratória, raramente coma e muito raramente morte.

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Tratamento

Na sobredosagem com as benzodiazepinas por via oral, o vómito deve ser induzido (dentro de uma hora) se o doente estiver consciente ou fazer uma lavagem gástrica com proteção das vias respiratórias se o doente estiver inconsciente. Se não houver vantagem em esvaziar o estômago, deve ser dado carvão ativado para reduzir a absorção. Deve ser dada particular atenção às funções respiratória e cardíaca nos cuidados intensivos.

A administração de flumazenil pode ser útil no diagnóstico e/ou tratamento da sobredosagem intencional ou acidental com benzodiazepinas. O antagonismo do flumazenil, nos efeitos das benzodiazepinas pode estimular o desenvolvimento de problemas neurológicos (convulsões), em particular em doentes epiléticos.

Associada ao brometo de clidínio Sinais e sintomas clínicos:

A sobredosagem com brometo de clidínio pode manifestar-se por efeitos anticolinérgicos tais como retenção urinária, boca seca, taquicardia, sonolência ligeira e alterações transitórias da visão (incluindo midríase, distúrbios de acomodação), vermelhidão da pele, inibição da motilidade gastrointestinais e alterações mais graves tais como alterações circulatória e respiratória, taquicardia, estado de excitação, agitação, confusão e alucinações, delírio, depressão respiratória e coma.

Tratamento:

Sintomático com monitorização cardíaca e respiratória em ambiente hospitalar. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 6.4 Aparelho digestivo, Astiespasmódicos, código ATC: A03CA02

Mecanismo de ação e efeitos farmacodinâmicos

O clordiazepóxido é um ansiolítico que pertence à classe das benzodiazepinas. Farmacodinâmicamente as suas propriedades são as da classe das benzodiazepinas: ansiolítico, sedativo, hipnótico, anticonvulsionante, miorelaxante e amnéstico. Estes efeitos estão associados a uma ação agonista específica num recetor central formando parte do complexo de recetores macromoleculares GABA-OMEGA (também conhecidos como BZ1 e BZ2) modulando a abertura dos canais de cloro.

Pode ser observada dependência em animas e humanos.

O brometo de clidínio é um anticolinérgico sintético que tem um efeito espasmolítico nos músculos lisos e também inibe as secreções.

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5.2 Propriedades farmacocinéticas Clordiazepóxido

O clordiazepóxido é bem absorvido, com picos sanguíneos alcançados 1 a 2 horas após administração. A biodisponibilidade após dose oral é de 100%. Apresenta uma semivida de 6 - 30 horas. Os níveis de equilíbrio são alcançados normalmente em três dias.

O clordiazepóxido é metabolizado em desmetil-clordiazepóxido. É também metabolizado em menor extensão no metabolito ativo demoxepam. O demoxepam é por sua vez metabolizado no metabolito ativo oxazepam, mas em muito pequenas proporções (menos de 1% do clordiazepóxido ingerido resulta na formação de oxazepam).

A forma de demoxepam e oxazepam são eliminados por via urinária. A semivida é de 20 a 24 horas.

Foi demonstrada a passagem das benzodiazepinas feto-placental e para o leite materno. Os níveis de equilíbrio destes metabolitos ativos são obtidos após 10 – 15 dias, com as concentrações dos metabolitos semelhantes ao fármaco original.

Brometo de clidínio

Este é metabolizado em brometo 3-hidroxi-1-metilquinuclidinium, que é a principal forma encontrada na urina dos humanos. O brometo de clidínio e os seus metabolitos são encontrados nas fezes. Estudos com carbono marcado mostram que esta substância não é metabolizada por N-desmetilação.

5.3 Dados de segurança pré-clínica Potencial mutagénico e tumorigénico:

Nos estudos in-vivo e in-vitro com Clordiazepóxido observaram-se resultados contraditórios relativos ao potencial mutagénico. A relevância dos resultados positivos é atualmente pouco clara

Nos estudos de carcinogenicidade em ratinhos, observou-se um aumento dos tumores do fígado com altas doses, especialmente nos machos. Nos ratos esta incidência de tumores não foi observada.

Toxicidade reprodutiva

Os estudos animais mostraram potencial teratogénico do clordiazepóxido observando-se alterações no trato urogenital, anomalias pulmonares e malformação no crânio (exencefalia, fenda no palato), assim como alterações comportamentais e neurológicas nas crias.

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6.1 Lista dos excipientes Núcleo: Lactose Amido de milho Talco Estearato de magnésio Revestimento: Sacarose Amido de arroz Talco Acácia

Óxido de ferro amarelo (E172) Indigotina (E132) 85% Parafina sólida Parafina líquida 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 3 anos

6.4 Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 25ºC

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Blisters PVC/PVDC e alumínio

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO MEDA Pharma – Produtos Farmacêuticos, S.A.

Rua do Centro Cultural, 13 1749-066 Lisboa

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8. NÚMERO(S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Nº de registo: 8064022 - 20 comprimidos revestidos, 5mg + 2,5mg, Blisters PVC/PVDC e alumínio

Nº de registo: 8064030 - 60 comprimidos revestidos, 5mg + 2,5mg, Blisters PVC/PVDC e alumínio

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÂO DA INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 3 de Julho 1962 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO

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