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Direito Penal Prof. Mateus Silveira

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Agente de Polícia e Escrivão

Direito Penal

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DIREITO PENAL: Lei nº 9.605/1998 (crimes contra o meio ambiente). BANCA: Cespe

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Atribuições Constitucionais do Poder Público:

Art. 225, da CF.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:

I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das

espécies e ecossistemas;

II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as

entida-des dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através

de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de

significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias

que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública

para a preservação do meio ambiente;

VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua

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Da Tríplice Responsabilidade pelo Dano Ambiental:

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,

pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obriga-ção de reparar os danos causados.

Da Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica

O fim da teoria da dupla imputação aplicada pelo STJ:

“O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação. As organizações corporativas complexas da atualidade se caracterizam pela descentralização e distribuição de atribuições e responsabilidades, sendo inerentes, a esta realidade, as dificuldades para imputar o fato ilícito a uma pessoa concreta. Condicionar a aplicação do art. 225, § 3º, da Carta Política a uma concreta imputação também a pessoa física implica indevida restrição da norma constitucional, expressa a intenção do constituinte originário não apenas de ampliar o alcance das sanções penais, mas também de evitar a impunidade pelos crimes ambientais frente às imensas dificuldades de individualização dos responsáveis internamente às corporações, além de reforçar a tutela do bem jurídico ambiental. A identificação dos setores e agentes internos da empresa determinantes da produção do fato ilícito tem relevância e deve ser buscada no caso concreto como forma de esclarecer se esses indivíduos ou órgãos atuaram ou deliberaram no exercício regular de suas atribuições internas à sociedade, e ainda para verificar se a atuação se deu no interesse ou em benefício da entidade coletiva. Tal esclarecimento, relevante para fins de imputar determinado delito à pessoa jurídica, não se confunde, todavia, com subordinar a responsabilização da pessoa jurídica à responsabilização conjunta e cumulativa das pessoas físicas envolvidas. Em não raras oportunidades, as responsabilidades internas pelo fato estarão diluídas ou parcializadas de tal modo que não permitirão a imputação de responsabilidade penal individual.” (RE 548.181, rel. min. Rosa Weber, julgamento em 6-8-2013, Primeira Turma, DJE de 30-10-2014.)

Responsabilidade Administrativa Ambiental:

• Poder de Polícia Administrativo;

• Controle dos recursos ambientais: utilização e supressão; • Autorização de uso;

• Determinação de limites para a degradação ambiental; • Fiscalização.

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Responsabilidade Civil Ambiental

Significa reparar civilmente danos causados ao meio ambiente, retornando os recursos naturais e o meio ambiente ao “status quo ante”, quando possível, e na impossibilidade resolvendo de forma pecuniária a reparação do dano causado.

Responsabilidade Penal Ambiental

Será implementada pela punição ao infrator (pessoa física ou pessoa jurídica) que cometeu um delito definido previamente como crime na legislação nacional.

P. exemplo: Lei nº 9.605/98.

LEI Nº 9.605/98 – LEI DOS CRIMES E DAS SANÇÕES

ADMINISTRATIVAS AMBIENTAIS

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

CAPÍTULO I Disposições gerais (sujeito ativo, pessoa jurídica, autoria e coautoria) Art. 1º ao Art. 5º CAPÍTULO II Da aplicação da pena (espécies de penas, crime, culpabilidade, atenuantes e

agravantes) Art. 6º ao Art. 24

CAPÍTULO III Da apreensão do produto e do instrumento de infração administrativa ou de crime Art. 25 CAPÍTULO IV Da ação e do processo penal Art. 26 ao Art. 28

CAPÍTULO V

Dos crimes contra o meio ambiente (crimes contra a fauna, flora, poluição, ordenamento urbano e patrimônio cultural e administração ambiental)

Art. 29 ao Art. 69-A

CAPÍTULO VI Da infração administrativa (autoridade competente, processo administrativo e

sanções) Art. 70 ao Art. 76

CAPÍTULO VII Da cooperação internacional para a preservação do meio ambiente Art. 77 ao Art. 78

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Discussões genéricas sobre o tema da Responsabilidade Penal Ambiental

ligadas a Lei nº 9.605/98

É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes ofensivos ao meio ambiente.

Posição do STF:

EMENTA: AÇÃO PENAL. Crime ambiental. Pescador flagrado com doze camarões e rede de pesca, em desacordo com a Portaria 84/02, do IBAMA. Art. 34, parágrafo único, II, da Lei nº 9.605/98. Rei furtivae de valor insignificante. Periculosidade não considerável do agente. Crime de bagatela. Caracterização. Aplicação do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida. Absolvição decretada. HC concedido para esse fim. Voto vencido. Verificada a objetiva insignificância jurídica do ato tido por delituoso, à luz das suas circunstâncias, deve o réu, em recurso ou habeas corpus, ser absolvido por atipicidade do comportamento. HC 112563 / SC – SANTA CATARINA, DJe-241 DIVULG 07-12-2012 PUBLIC 10-12-2012.

Posição STJ:

Informativo nº 402 do STJ

PRINCÍPIO. INSIGNIFICÂNCIA. PESCA. APETRECHO PROIBIDO.

Consta da denúncia que o paciente foi flagrado ao pescar em represa mediante a utilização de uma rede de nylon, apetrecho de uso proibido. Vem daí a imputação do crime previsto no art. 34, parágrafo único, II, da Lei n. 9.605/1998. Anote-se que foram encontrados com ele apenas dois quilos de peixes de variadas espécies. Quanto a isso, vê-se da norma incriminadora que se trata de crime formal (crime de perigo abstrato), delito que prescinde de resultado danoso específico (no caso, ao meio ambiente). Porém, apesar de não se desconhecer que o enquadramento da lei de crimes ambientais no ordenamento jurídico brasileiro ainda é tema tormentoso a causar inúmeras discussões jurídicas, sobretudo quanto à configuração dos delitos penais nela insculpidos, chegando alguns a entender até que os princípios nela edificados, tais como os da prevenção e da precaução, sobrepõem-se aos próprios princípios penais de garantia ao cidadão, destaca-se que a hipótese em apreço resolve-se mesmo pela pouca invasão naquilo que a sociedade, mediante o ordenamento jurídico, espera quanto à proteção de sua existência, visto que há um mínimo de probabilidade de a conduta do paciente atingir o bem jurídico tutelado na espécie, a fauna aquática. Daí não se hesitar em consignar a presença da insignificância a ponto de, ao reconhecer a atipicidade material da conduta, conceder a ordem para trancar a ação penal por falta de justa causa. HC 93.859-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 13/8/2009.

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CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º (VETADO)

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre

para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medi-da medi-da sua culpabilimedi-dade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de ór-gão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

RESPONSABILIDADE DA PESSOA

JURÍDICA

Art. 3º As pessoas jurídicas serão

responsabi-lizadas administrativa, civil e penalmente con-forme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu ór-gão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das

pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

TEORIA MENOR DA

DESCONSIDERAÇÃO DA

PERSONALIDADE JURÍDICA:

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa

ju-rídica sempre que sua personalidade for obstá-culo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

Art. 5º (VETADO)

TEORIA COMUM DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Art. 50 do CC.

Art. 50. Em caso de abuso da

perso-nalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a re-querimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pes-soa jurídica.

CAPÍTULO II

DA APLICAÇÃO DA PENA

Art. 6º Para imposição e gradação da

penalida-de, a autoridade competente observará:

I – a gravidade do fato, tendo em vista os

motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e para o meio ambien-te;

II – os antecedentes do infrator quanto ao

cumprimento da legislação de interesse am-biental;

III – a situação econômica do infrator, no

caso de multa.

Art. 7º As penas restritivas de direitos são

autô-nomas e substituem as privativas de liberdade quando:

I – tratar-se de crime culposo ou for

aplica-da a pena privativa de liberaplica-dade inferior a quatro anos;

II – a culpabilidade, os antecedentes, a

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condena-do, bem como os motivos e as circunstân-cias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.

Parágrafo único. As penas restritivas de

direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena privativa de liber-dade substituída.

Art. 8º As penas restritivas de direito são: I – prestação de serviços à comunidade; II – interdição temporária de direitos; III – suspensão parcial ou total de

ativida-des;

IV – prestação pecuniária; V – recolhimento domiciliar.

Art. 9º A prestação de serviços à comunidade

consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na restau-ração desta, se possível.

Art. 10. As penas de interdição temporária de

direito são a proibição de o condenado contra-tar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.

Art. 11. A suspensão de atividades será

aplica-da quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais.

Art. 12. A prestação pecuniária consiste no

pa-gamento em dinheiro à vítima ou à entidade pú-blica ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário míni-mo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do mon-tante de eventual reparação civil a que for con-denado o infrator.

Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na

autodisciplina e senso de responsabilidade do

condenado, que deverá, sem vigilância, traba-lhar, freqüentar curso ou exercer atividade au-torizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, confor-me estabelecido na sentença condenatória.

Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: I – baixo grau de instrução ou escolaridade

do agente;

II – arrependimento do infrator,

manifesta-do pela espontânea reparação manifesta-do dano, ou limitação significativa da degradação am-biental causada;

III – comunicação prévia pelo agente do

pe-rigo iminente de degradação ambiental;

IV – colaboração com os agentes

encarrega-dos da vigilância e do controle ambiental.

Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena,

quando não constituem ou qualificam o crime:

I – reincidência nos crimes de natureza

am-biental;

II – ter o agente cometido a infração: a) para obter vantagem pecuniária;

b) coagindo outrem para a execução

mate-rial da infração;

c) afetando ou expondo a perigo, de

manei-ra gmanei-rave, a saúde pública ou o meio ambien-te;

d) concorrendo para danos à propriedade

alheia;

e) atingindo áreas de unidades de

conserva-ção ou áreas sujeitas, por ato do Poder Pú-blico, a regime especial de uso;

f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer

as-sentamentos humanos;

g) em período de defeso à fauna; h) em domingos ou feriados; i) à noite;

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j) em épocas de seca ou inundações; l) no interior do espaço territorial

especial-mente protegido;

m) com o emprego de métodos cruéis para

abate ou captura de animais;

n) mediante fraude ou abuso de confiança; o) mediante abuso do direito de licença,

permissão ou autorização ambiental;

p) no interesse de pessoa jurídica mantida,

total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;

q) atingindo espécies ameaçadas, listadas

em relatórios oficiais das autoridades com-petentes;

r) facilitada por funcionário público no

exer-cício de suas funções.

Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a

sus-pensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de li-berdade não superior a três anos.

Art. 17. A verificação da reparação a que se

re-fere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita mediante laudo de reparação do dano ambien-tal, e as condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.

Art. 18. A multa será calculada segundo os

cri-térios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o va-lor da vantagem econômica auferida.

Art. 19. A perícia de constatação do dano

am-biental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.

Parágrafo único. A perícia produzida no

inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal, instauran-do-se o contraditório.

Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre

que possível, fixará o valor mínimo para repa-ração dos danos causados pela infrepa-ração, consi-derando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.

Parágrafo único. Transitada em julgado a

sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apu-ração do dano efetivamente sofrido.

Art. 21. As penas aplicáveis isolada,

cumulati-va ou alternaticumulati-vamente às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:

I – multa;

II – restritivas de direitos;

III – prestação de serviços à comunidade. Art. 22. As penas restritivas de direitos da

pes-soa jurídica são:

I – suspensão parcial ou total de atividades; II – interdição temporária de

estabeleci-mento, obra ou atividade;

III – proibição de contratar com o Poder

Pú-blico, bem como dele obter subsídios, sub-venções ou doações.

§ 1º A suspensão de atividades será

aplica-da quando estas não estiverem obedecen-do às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.

§ 2º A interdição será aplicada quando o

estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou regulamen-tar.

§ 3º A proibição de contratar com o Poder

Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos.

Art. 23. A prestação de serviços à comunidade

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I – custeio de programas e de projetos

am-bientais;

II – execução de obras de recuperação de

áreas degradadas;

III – manutenção de espaços públicos; IV – contribuições a entidades ambientais

ou culturais públicas.

Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou

utili-zada, preponderantemente, com o fim de per-mitir, facilitar ou ocultar a prática de crime de-finido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado ins-trumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.

CAPÍTULO III

DA APREENSÃO DO PRODUTO E

DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO

ADMINISTRATIVA OU DE CRIME

(Art. 72, IV e V da Lei nº 9.605/98 –

Sanção Administrativa)

Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos

seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.

§ 1º Os animais serão prioritariamente

liber-tados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabili-dade de técnicos habilitados.

§ 2º Até que os animais sejam entregues às

instituições mencionadas no § 1º deste ar-tigo, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que ga-rantam o seu bem-estar físico.

§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou

madeiras, serão estes avaliados e doados a

instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.

§ 4º Os produtos e subprodutos da fauna

não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou edu-cacionais. (Primitivo § 3º, renumerado pela Lei nº 13.052, de 8/12/2014)

§ 5º Os instrumentos utilizados na prática

da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.

CAPÍTULO IV

DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL

Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei,

a ação penal é pública incondicionada.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 27. Nos crimes ambientais de menor

poten-cial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº

9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor potencial ofensivo defini-dos nesta Lei, com as seguintes modificações:

I – a declaração de extinção de

punibilida-de, de que trata o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalva-da a impossibiliressalva-dade prevista no inciso I do § 1° do mesmo artigo;

II – na hipótese de o laudo de constatação

comprovar não ter sido completa a repara-ção, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição;

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III – no período de prorrogação, não se

apli-carão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo mencionado no caput;

IV – findo o prazo de prorrogação,

proce-der-se-á à lavratura de novo laudo de cons-tatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser no-vamente prorrogado o período de suspen-são, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III;

V – esgotado o prazo máximo de

prorroga-ção, a declaração de extinção de punibilida-de punibilida-depenpunibilida-derá punibilida-de laudo punibilida-de constatação que comprove ter o acusado tomado as provi-dências necessárias à reparação integral do dano.

DOS CRIMES CONTRA O MEIO

AMBIENTE

Seção I

DOS CRIMES CONTRA A FAUNA

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar,

utili-zar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena – detenção de seis meses a um ano, e

multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas:

I – quem impede a procriação da fauna,

sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;

II – quem modifica, danifica ou destrói

ni-nho, abrigo ou criadouro natural;

III – quem vende, expõe à venda, exporta

ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de

cria-douros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da auto-ridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de

espé-cie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as cir-cunstâncias, deixar de aplicar a pena.

§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos

aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limi-tes do território brasileiro, ou águas jurisdi-cionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o

crime é praticado:

I – contra espécie rara ou considerada

ame-açada de extinção, ainda que somente no local da infração;

II – em período proibido à caça; III – durante a noite;

IV – com abuso de licença; V – em unidade de conservação;

VI – com emprego de métodos ou

instru-mentos capazes de provocar destruição em massa.

§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o

crime decorre do exercício de caça profis-sional.

§ 6º As disposições deste artigo não se

apli-cam aos atos de pesca.

Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros

de anfíbios e répteis em bruto, sem a autoriza-ção da autoridade ambiental competente:

Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem

parecer técnico oficial favorável e licença expe-dida por autoridade competente:

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Pena – detenção, de três meses a um ano,

e multa.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir

ou mutilar animais silvestres, domésticos ou do-mesticados, nativos ou exóticos:

Pena – detenção, de três meses a um ano,

e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem

reali-za experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou cien-tíficos, quando existirem recursos alternati-vos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um

terço, se ocorre morte do animal.

Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou

carreamento de materiais, o perecimento de es-pécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicio-nais brasileiras:

Pena – detenção, de um a três anos, ou

multa, ou ambas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas

pe-nas:

I – quem causa degradação em viveiros,

açudes ou estações de aqüicultura de domí-nio público;

II – quem explora campos naturais de

in-vertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente;

III – quem fundeia embarcações ou lança

detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente de-marcados em carta náutica.

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja

proibida ou em lugares interditados por órgão competente:

Pena – detenção de um ano a três anos ou

multa, ou ambas as penas cumulativamen-te.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas

quem:

I – pesca espécies que devam ser

preserva-das ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

II – pesca quantidades superiores às

per-mitidas, ou mediante a utilização de apa-relhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

III – transporta, comercializa, beneficia ou

industrializa espécimes provenientes da co-leta, apanha e pesca proibidas.

Art. 35. Pescar mediante a utilização de:

I – explosivos ou substâncias que, em

conta-to com a água, produzam efeiconta-to semelhan-te;

II – substâncias tóxicas, ou outro meio

proi-bido pela autoridade competente:

Pena – reclusão de um ano a cinco anos. Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se

pesca todo ato tendente a retirar, extrair, cole-tar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de apro-veitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando

realizado:

I – em estado de necessidade, para saciar a

fome do agente ou de sua família;

II – para proteger lavouras, pomares e

reba-nhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;

III – (VETADO)

IV – por ser nocivo o animal, desde que

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Seção II

DOS CRIMES CONTRA A FLORA

Art. 38. Destruir ou danificar floresta

considera-da de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das nor-mas de proteção:

Pena – detenção, de um a três anos, ou

mul-ta, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a

pena será reduzida à metade.

Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação

pri-mária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlânti-ca, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos,

ou multa, ou ambas as penas cumulativa-mente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a

pena será reduzida à metade. (Artigo acres-cido pela Lei nº 11.428, de 22/12/2006)

Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada

de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente:

Pena – detenção, de um a três anos, ou

mul-ta, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 40. Causar dano direto ou indireto às

Uni-dades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:

Pena – reclusão, de um a cinco anos.

§ 1º Entende-se por Unidades de

Conser-vação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Par-ques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. (Parágra-fo com redação dada pela Lei nº 9.985, de 18/7/2000)

§ 2º A ocorrência de dano afetando

espé-cies ameaçadas de extinção no interior das

Unidades de Conservação de Proteção In-tegral será considerada circunstância agra-vante para a fixação da pena. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 9.985, de 18/7/2000)

§ 3º Se o crime for culposo, a pena será

re-duzida à metade.

Art. 40-A. (VETADO na Lei nº 9.985,

de18/7/2000)

§ 1º Entende-se por Unidades de

Conserva-ção de Uso Sustentável as Áreas de ProteConserva-ção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reser-vas Extrativistas, as ReserReser-vas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Na-tural.

§ 2º A ocorrência de dano afetando

espé-cies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação de Uso Sustentá-vel será considerada circunstância agravan-te para a fixação da pena.

§ 3º Se o crime for culposo, a pena será

re-duzida à metade. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.985, de 18/7/2000)

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: Pena – reclusão, de dois a quatro anos, e

multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a

pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.

Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar

balões que possam provocar incêndios nas flo-restas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento hu-mano:

Pena – detenção de um a três anos ou

mul-ta, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 43. (VETADO)

Art. 44. Extrair de florestas de domínio

(18)

permanen-te, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:

Pena – detenção, de seis meses a um ano,

e multa.

Art. 45. Cortar ou transformar em carvão

ma-deira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações le-gais:

Pena – reclusão, de um a dois anos, e multa. Art. 46. Receber ou adquirir, para fins

comer-ciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final be-neficiamento:

Pena – detenção, de seis meses a um ano,

e multa.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas

quem vende, expõe à venda, tem em depó-sito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vege-tal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

Art. 47. (VETADO)

Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração

na-tural de florestas e demais formas de vegetação:

Pena – detenção, de seis meses a um ano,

e multa.

Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar,

por qualquer modo ou meio, plantas de orna-mentação de logradouros públicos ou em pro-priedade privada alheia:

Pena – detenção, de três meses a um ano,

ou multa, ou ambas as penas cumulativa-mente.

Parágrafo único. No crime culposo, a pena é

de um a seis meses, ou multa.

Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas

ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial pre-servação:

Pena – detenção, de três meses a um ano,

e multa.

Art. 50-A. Desmatar, explorar

economicamen-te ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem au-torização do órgão competente:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos

e multa.

§ 1º Não é crime a conduta praticada

quan-do necessária à subsistência imediata pes-soal do agente ou de sua família.

§ 2º Se a área explorada for superior a 1.000

ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano por milhar de hectare. (Artigo acrescido pela Lei nº 11.284, de 2/3/2006)

Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la

em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade compe-tente:

Pena – detenção, de três meses a um ano,

e multa.

Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação

conduzindo substâncias ou instrumentos pró-prios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da auto-ridade competente:

Pena – detenção, de seis meses a um ano,

e multa.

Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a

pena é aumentada de um sexto a um terço se:

I – do fato resulta a diminuição de águas

na-turais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático;

II – o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes; b) no período de formação de vegetações;

(19)

c) contra espécies raras ou ameaçadas de

extinção, ainda que a ameaça ocorra so-mente no local da infração;

d) em época de seca ou inundação; e) durante a noite, em domingo ou feriado.

Seção III

DA POLUIÇÃO E OUTROS

CRIMES AMBIENTAIS

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza

em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição signi-ficativa da flora:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e

multa.

§ 1º Se o crime é culposo:

Pena – detenção, de seis meses a um ano,

e multa.

§ 2º Se o crime:

I – tornar uma área, urbana ou rural,

impró-pria para a ocupação humana;

II – causar poluição atmosférica que

provo-que a retirada, ainda provo-que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

III – causar poluição hídrica que torne

ne-cessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;

IV – dificultar ou impedir o uso público das

praias;

V – ocorrer por lançamento de resíduos

só-lidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regu-lamentos:

Pena – reclusão, de um a cinco anos.

§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no

parágrafo anterior quem deixar de adotar,

quando assim o exigir a autoridade compe-tente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversí-vel.

Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração

de recursos minerais sem a competente autori-zação, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:

Pena – detenção, de seis meses a um ano,

e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre

quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determi-nação do órgão competente.

Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar,

exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou noci-va à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e

multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: I – abandona os produtos ou substâncias

re-feridos no caput ou os utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de seguran-ça;

II – manipula, acondiciona, armazena,

co-leta, transporta, reutiliza, recicla ou dá des-tinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regula-mento. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.305, de 2/8/2010)

§ 2º Se o produto ou a substância for

nucle-ar ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um terço.

§ 3º Se o crime é culposo:

Pena – detenção, de seis meses a um ano,

(20)

Art. 57. (VETADO)

Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta

Se-ção, as penas serão aumentadas:

I – de um sexto a um terço, se resulta dano

irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral;

II – de um terço até a metade, se resulta

le-são corporal de natureza grave em outrem;

III – até o dobro, se resultar a morte de

ou-trem.

Parágrafo único. As penalidades previstas

neste artigo somente serão aplicadas se do fato não resultar crime mais grave.

Art. 59. (VETADO)

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou

fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou au-torização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamen-tares pertinentes:

Pena – detenção, de um a seis meses, ou

multa, ou ambas as penas cumulativamen-te.

Art. 61. Disseminar doença ou praga ou

espé-cies que possam causar dano à agricultura, à pe-cuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e

multa.

Seção IV

DOS CRIMES CONTRA O

ORDENA-MENTO URBANO E O PATRIMÔNIO

CULTURAL

Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:

I – bem especialmente protegido por lei,

ato administrativo ou decisão judicial;

II – arquivo, registro, museu, biblioteca,

pi-nacoteca, instalação científica ou similar

protegido por lei, ato administrativo ou de-cisão judicial:

Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime for culposo, a

pena é de seis meses a um ano de deten-ção, sem prejuízo da multa.

Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de

edifi-cação ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueoló-gico, etnográfico ou monumental, sem autoriza-ção da autoridade competente ou em desacor-do com a concedida:

Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 64. Promover construção em solo não

edi-ficável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:

Pena – detenção, de seis meses a um ano,

e multa.

Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar

edificação ou monumento urbano:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)

ano, e multa.

§ 1º Se o ato for realizado em monumento

ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de deten-ção e multa.

§ 2º Não constitui crime a prática de grafite

realizada com o objetivo de valorizar o pa-trimônio público ou privado mediante ma-nifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas

(21)

pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patri-mônio histórico e artístico nacional. (Artigo com redação dada pela Lei nº 12.408, de 25/5/2011)

Seção V

DOS CRIMES CONTRA A

ADMINIS-TRAÇÃO AMBIENTAL

Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação

falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar in-formações ou dados técnico-científicos em pro-cedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental:

Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 67. Conceder o funcionário público licença,

autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autori-zativo do Poder Público:

Pena – detenção, de um a três anos, e

mul-ta.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a

pena é de três meses a um ano de deten-ção, sem prejuízo da multa.

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou

contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental: (Vide arts. 23, 39 § 2º da Lei nº 12.305, de 2/8/2010)

Pena – detenção, de um a três anos, e

mul-ta.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a

pena é de três meses a um ano, sem prejuí-zo da multa.

Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora

do Poder Público no trato de questões ambien-tais:

Pena – detenção, de um a três anos, e

mul-ta.

Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no

licencia-mento, concessão florestal ou qualquer outro

procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão: Pena – re-clusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Se o crime é culposo:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. § 2º A pena é aumentada de 1/3 (um terço)

a 2/3 (dois terços), se há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou engano-sa. (Artigo acrescido pela Lei nº 11.284, de 2/3/2006)

CAPÍTULO VI

DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 70. Considera-se infração administrativa

ambiental toda ação ou omissão que viole as re-gras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.

§ 1º São autoridades competentes para

la-vrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, de-signados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.

§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração

ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo an-terior, para efeito do exercício do seu poder de polícia.

§ 3º A autoridade ambiental que tiver

co-nhecimento de infração ambiental é obri-gada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de corresponsabilidade.

§ 4º As infrações ambientais são apuradas

em processo administrativo próprio, asse-gurado o direito de ampla defesa e o con-traditório, observadas as disposições desta Lei.

(22)

Do Processo Administrativo Ambiental:

Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintes

prazos máximos:

I – vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados

da data da ciência da autuação;

II – trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua

lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;

III – vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema

Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;

IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.

Das Infrações Administrativas:

Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto

no art. 6º:

I – advertência; II – multa simples; III – multa diária;

IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos,

equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

V – destruição ou inutilização do produto;

VI – suspensão de venda e fabricação do produto; VII – embargo de obra ou atividade;

VIII – demolição de obra;

IX – suspensão parcial ou total de atividades; X – (VETADO)

XI – restritiva de direitos.

Cumulação de infrações e sanções:

§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas,

(23)

Sanção Administrativa – Advertência:

§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação em

vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.

Sanção Administrativa – Multa Simples:

§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:

I – advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo

as-sinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha;

II – opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do

Mi-nistério da Marinha.

Da Conversação da Multa Simples:

§ 4º A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação

da qualidade do meio ambiente.

Da Multa Diária:

§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no

tem-po.

Das Apreensões e Destruições como sanções administrativas:

§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV (apreensão dos animais, produtos e

sub-produtos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer na-tureza utilizados na infração) e V (destruição ou inutilização do produto) do caput obedecerão

ao disposto no art. 25 desta Lei.

Das Sanções Administrativas:

VI – suspensão de venda e fabricação do produto; VII – embargo de obra ou atividade;

VIII – demolição de obra;

(24)

§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra,

a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regula-mentares.

Da Sanção Restritiva de Direitos:

§ 8º As sanções restritivas de direito são:

I – suspensão de registro, licença ou autorização; II – cancelamento de registro, licença ou autorização; III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;

IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos

ofi-ciais de crédito;

V – proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.

Para aonde vão os recursos arrecadados com as Multas aplicadas como sanções ad-ministrativas?

Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos

ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, Fundo Naval, criado pelo Decreto nº 20.923, de 8 de janeiro de 1932, fundos estaduais ou municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.

Da Base e do Valor das Multas:

Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou outra medida

perti-nente, de acordo com o objeto jurídico lesado.

Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido

periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinquenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).

Da Dupla incidência de multas:

Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Territórios

(25)

CAPÍTULO VII

DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO

AMBIENTE

Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a

ordem pública e os bons costumes, o Governo brasileiro prestará, no que concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a outro país, sem qualquer ônus, quando solicitado para:

I – produção de prova;

II – exame de objetos e lugares;

III – informações sobre pessoas e coisas; IV – presença temporária da pessoa presa,

cujas declarações tenham relevância para a decisão de uma causa;

V – outras formas de assistência permitidas

pela legislação em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja parte.

§ 1º A solicitação de que trata este artigo

será dirigida ao Ministério da Justiça, que a remeterá, quando necessário, ao órgão ju-diciário competente para decidir a seu res-peito, ou a encaminhará à autoridade capaz de atendê-la.

§ 2º A solicitação deverá conter:

I – o nome e a qualificação da autoridade

solicitante;

II – o objeto e o motivo de sua formulação; III – a descrição sumária do procedimento

em curso no país solicitante;

IV – a especificação da assistência

solicita-da;

V – a documentação indispensável ao seu

esclarecimento, quando for o caso.

Art. 78. Para a consecução dos fins visados

nes-ta Lei e especialmente para a reciprocidade da cooperação internacional, deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar o

in-tercâmbio rápido e seguro de informações com órgãos de outros países.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei

as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal.

Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto

nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, responsáveis pela execução de pro-gramas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e das atividades suscetí-veis de degradarem a qualidade ambiental, fi-cam autorizados a celebrar, com força de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcio-namento de estabelecimentos e atividades uti-lizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores.

§ 1º O termo de compromisso a que se refe-re este artigo destinar-se-á, exclusivamente, a permitir que as pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover as necessárias correções de suas atividades, para o atendimento das exigências impos-tas pelas autoridades ambientais compe-tentes, sendo obrigatório que o respectivo instrumento disponha sobre:

I – o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos representantes legais;

II – o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das obri-gações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual período;

III – a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o crono-grama físico de execução e de implantação

(26)

das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas;

IV – as multas que podem ser aplicadas à

pessoa física ou jurídica compromissada e os casos de rescisão, em decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pac-tuadas;

V – o valor da multa de que trata o inciso IV

não poderá ser superior ao valor do investi-mento previsto;

VI – o foro competente para dirimir litígios

entre as partes.

§ 2º No tocante aos empreendimentos em

curso até o dia 30 de março de 1998, envol-vendo construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e ati-vidades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente po-luidores, a assinatura do termo de compro-misso deverá ser requerida pelas pessoas fí-sicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito protocolizado junto aos órgãos com-petentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo do estabelecimento.

§ 3º Da data da protocolização do

requeri-mento previsto no § 2º e enquanto perdu-rar a vigência do correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em rela-ção aos fatos que deram causa à celebrarela-ção do instrumento, a aplicação de sanções ad-ministrativas contra a pessoa física ou jurídi-ca que o houver firmado.

§ 4º A celebração do termo de

compromis-so de que trata este artigo não impede a execução de eventuais multas aplicadas an-tes da protocolização do requerimento.

§ 5º Considera-se rescindido de pleno

direi-to o termo de compromisso, quando des-cumprida qualquer de suas cláusulas, res-salvado o caso fortuito ou de força maior.

§ 6º O termo de compromisso deverá ser

firmado em até noventa dias, contados da protocolização do requerimento.

§ 7º O requerimento de celebração do

ter-mo de compromisso deverá conter as in-formações necessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano.

§ 8º Sob pena de ineficácia, os termos de

compromisso deverão ser publicados no ór-gão oficial competente, mediante extrato. (Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 23/8/2001)

Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta

Lei no prazo de noventa dias a contar de sua pu-blicação.

Art. 81. (VETADO)

Art. 82. Revogam-se as disposições em

(27)

1. (94375) FCC – 2014 – Responsabilidade

Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

O agente autuante, ao lavrar o auto de infra-ção ambiental, indicará as sanções estabe-lecidas pelo Decreto Federal nº 6.514/2008, observando

a) a situação econômica do infrator. b) a gravidade dos fatos, tendo em vista os

motivos da infração e suas consequên-cias para o desenvolvimento econômi-co.

c) o grau de instrução ou escolaridade do

agente.

d) a curva de crescimento da flora ou

fau-na atingida.

e) o arrependimento do infrator.

2. (96097) FCC – 2015 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

José foi condenado por crime ambiental a uma pena restritiva de direito, qual seja, a prestação de serviços à comunidade consis-tente na obrigação de restaurar um imóvel particular tombado danificado por sua con-duta típica, antijurídica e culpável, e multa. Diante da apelação apresentada pelo réu, o Tribunal de Justiça deverá

a) reformar a sentença para obrigar o réu

a prestar apenas serviços indiretos no imóvel tombado.

b) reformar a sentença para impor ao réu

somente o pagamento de multa.

c) manter a sentença, que encontra

fun-damento na legislação vigente.

d) reformar a sentença, uma vez que a

prestação de serviços à comunidade não pode ser realizada em imóvel parti-cular.

e) reformar a sentença, uma vez que a

prestação de serviços à comunidade não pode ser realizada em bem tomba-do.

3. (96873) FCC – 2011 – Responsabilidade

Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

A sanção de multa diária, aplicável às infra-ções administrativas ambientais,

a) é cabível quando o cometimento da

in-fração se prolongar no tempo.

b) depende da prévia e progressiva

aplica-ção da sanaplica-ção de multa simples.

c) depende de prévia cominação legal,

es-pecífica para cada tipo administrativo punível.

d) exclui a aplicação de outras sanções de

caráter administrativo.

e) incide naquelas infrações de menor

le-sividade.

4. (96874) FCC – 2010 – Responsabilidade

Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

A prescrição para a apuração de infrações administrativas contra o meio ambiente, de caráter permanente ou continuado, é de

a) 5 anos, contados do início da prática do

ato.

b) 5 anos, contados da cessação da prática

do ato.

c) 3 anos, contados do início da prática do

ato.

d) 3 anos, contados da cessação da prática

do ato.

e) 3 anos, contados da cessação da

pres-crição para o crime correspondente.

5. (96877) FCC – 2011 – Responsabilidade

Ci-vil por Danos Ambientais, Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98)

A respeito da responsabilidade por danos ambientais materiais, é correto afirmar que

(28)

a) a responsabilidade civil não será elidida

com a reparação do dano ambiental.

b) a responsabilidade penal, civil e

admi-nistrativa decorre de culpa.

c) mesmo após o pagamento de multa

im-posta pela administração pública resta o dever do infrator de reparar o dano.

d) o administrador de uma pessoa jurídica

nunca responde penalmente pelos da-nos causados pela empresa.

e) o autor de um crime contra a

adminis-tração ambiental só pode ser funcioná-rio público.

6. (96879) FCC – 2012 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Se o resultado de determinado crime am-biental tiver atingido área integrante de uni-dade de conservação, tem-se como ocorri-da

a) qualificadora genérica do crime. b) circunstância agravante, desde que não

constitua ou qualifique o crime.

c) circunstância atenuante do crime. d) circunstância que impede a aplicação

de pena restritiva de direito.

e) vedação automática da suspensão

con-dicional da pena.

7. (96880) FCC – 2012 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Sobre a responsabilidade penal prevista na Lei Federal no 9.605, de 12/02/1998, é IN-CORRETO afirmar que

a) a responsabilidade das pessoas

jurídi-cas não exclui a das pessoas físijurídi-cas, au-toras, coautoras ou partícipes do mes-mo fato.

b) para imposição e gradação da pena, o

juiz levará em conta apenas os requisi-tos do Código Penal.

c) o baixo grau de instrução ou

escolarida-de do agente configura causa atenuante da pena.

d) cometer infração ambiental aos

domin-gos configura circunstância agravante da pena.

e) nos crimes ambientais, a suspensão

condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena pri-vativa de liberdade não superior a três anos.

8. (96881) FCC – 2012 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

No que concerne aos crimes contra o meio ambiente, considere:

I – Quem comercializa espécimes com ta-manhos inferiores aos permitidos, prove-nientes de pesca proibida, responde por cri-me contra a fauna.

II – A pesquisa de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, con-cessão ou licença, constitui crime ambien-tal.

III – O crime de danificar floresta considera-da de preservação permanente não admite a forma culposa.

Está correto o que consta SOMENTE em

a) I e III. b) I e II. c) II e III. d) I. e) III. 9. (96882) FCC – 2011 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Acatando pedido formulado por uma asso-ciação (Organização Não Governamental − ONG), em ação civil pública, o Juiz de Direi-to da comarca concede liminar impedindo a reforma da fachada do prédio de um clube, construído há cerca de cem anos, bem este que, apesar de não ter sido tombado pelo órgão estadual do patrimônio histórico e cultural, é considerado pela comunidade lo-cal como parte de seu patrimônio histórico. O presidente do clube dizendo-se amparado por decisão da diretoria, intimado da ordem judicial, determina a destruição da parte ex-terna do imóvel, o que se realiza em poucas horas. Esta conduta, do ponto de vista pe-nal, pode ser considerada

(29)

a) atípica, porque inexiste um tipo penal

correspondente no Código Penal e na legislação ambiental.

b) infração penal tipificada no art. 163 do

Código Penal, que configura crime de dano.

c) atípica, como crime ambiental previsto

na Lei no 9.605/98,na seção IV do Ca-pítulo V, que trata dos “Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural”, porque o imóvel não se en-contrava tombado pela autoridade ad-ministrativa competente.

d) típica, como crime ambiental previsto

na Lei no 9.605/98, na seção IV do Ca-pítulo V, que trata dos “Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural”.

e) crime de resistência, previsto no art.

329 do Código Penal.

10. (96883) FCC – 2011 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98), Responsabilidade Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

Em razão da prática de crime previsto na Lei no 9.605/98, as pessoas jurídicas, desde que a infração tenha sido cometida por de-cisão de seu representante legal ou contra-tual ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade, podem ser sancionadas com:

a) multa, penas restritivas de direitos ou

de prestação de serviços à comunidade, isolada, cumulativa ou alternativamen-te.

b) multa e obrigação de ressarcir o dano

ambiental causado.

c) multa e prestação de serviços à

comuni-dade.

d) declaração de perda da personalidade

jurídica com consequente responsabili-dade pessoal dos sócios.

e) penas restritivas de direitos,

consisten-tes em suspensão parcial ou total de atividades, interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade ou proibição de contratar com o Poder

Pú-blico, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações.

11. (96884) FCC – 2010 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98) Nos crimes ambientais,

a) é cabível a transação penal, se a

infra-ção for de menor potencial ofensivo e desde que haja prévia composição do dano ambiental, salvo em caso de com-provada impossibilidade.

b) a suspensão condicional da pena pode

ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não supe-rior a quatro anos.

c) a pena de multa poderá ser aumentada

até cinco vezes, ainda que aplicada no valor máximo, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida.

d) a pessoa jurídica poderá ser condenada

a pena de proibição de contratar com o Poder Público por até quinze anos.

e) a reparação do dano ambiental deve

ocorrer até o término do prazo da sus-pensão condicional do processo, não se admitindo prorrogação.

12. (96885) FCC – 2010 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

A conduta consistente em destruir ou dani-ficar floresta de preservação permanente é

a) objeto de tipo penal autônomo.

b) circunstância agravante do crime de

dano à unidade de conservação.

c) circunstância agravante do crime de

dano à reserva legal.

d) atípica, consistindo apenas em infração

administrativa.

e) atípica, sem também ensejar infração

administrativa.

13. (96409) CESPE – 2010 – Responsabilidade

Penal (Lei nº 9.605/98)

Cardoso resolveu, por conta própria, criar um parcelamento de solo em área pública sem registro em cartório. Colocou

(30)

pique-tes demarcando os lopique-tes e pediu para Car-los, corretor de imóveis, vender os lotes, com o que este concordou. Considerando essa situação hipotética e o previsto na Lei de Parcelamento de Solo Urbano (Lei n.º 6.766/1979), as condutas de Cardoso e Car-los constituem, respectivamente,

a) crime e contravenção penal.

b) infração administrativa e atividade

ilíci-ta.

c) atividade ilícita e infração

administrati-va.

d) contravenção penal e crime. e) crime e crime.

14. (96638) FCC – 2015 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Nas infrações penais previstas na Lei de Cri-mes Ambientais Lei nº 9.605/98, a ação pe-nal é

a) pública incondicionada, pública

condi-cionada à representação ou privada, a depender do tipo penal.

b) pública incondicionada.

c) pública incondicionada ou pública

con-dicionada à representação, a depender do tipo penal.

d) pública incondicionada ou privada, a

depender do tipo penal.

e) pública condicionada à representação

ou privada, a depender do tipo penal.

15. (96098) FCC – 2015 – Responsabilidade

Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

O auto de infração ambiental é um ato ad-ministrativo

a) dotado de presunção absoluta de

legali-dade e relativa de veracilegali-dade.

b) dotado de presunção relativa de

legali-dade e absoluta de veracilegali-dade.

c) desprovido de presunção de

veracida-de.

d) dotado de presunção relativa de

legali-dade e veracilegali-dade.

e) dotado de presunção absoluta de

legali-dade e veracilegali-dade.

16. (96871) FCC – 2012 – Responsabilidade

Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

Admite-se prescrição intercorrente em pro-cesso administrativo para aplicação de san-ção administrativa ambiental, no caso de

a) instrução deficiente do processo, que

demande a realização de novas diligên-cias pela autoridade processante.

b) falta de identificação do agente, que

leve à suspensão do processo decorren-te de auto de infração por 1 (um) ano.

c) paralisação do processo por mais de 3

(três) anos, quando pendente de jul-gamento ou despacho pela autoridade administrativa.

d) decurso do prazo de 5 (cinco) anos

en-tre a instauração do processo e seu trânsito em julgado na esfera adminis-trativa.

e) suspensão do feito por prazo maior do

que aquele definido pela legislação pe-nal para a prescrição do crime respecti-vo, quando a infração também for capi-tulada como tipo penal.

17. (96100) FCC – 2015 – Responsabilidade

Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

O auditor contratado por uma indústria pe-troquímica apurou, por meio de seu traba-lho, conduta da empresa, ordenada por seu diretor (representante contratual), tipifica-da como crime ambiental pela Lei Federal nº 9.605/98. Podendo agir para fazer cessar o crime ambiental, quedou-se inerte. Neste caso, a responsabilidade penal recairá

a) sobre a pessoa jurídica, o diretor da

empresa e o auditor contratado.

b) apenas sobre o auditor contratado. c) apenas sobre o diretor da empresa. d) somente sobre a pessoa jurídica. e) apenas sobre o diretor da empresa e a

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