ESTUDANTES À SAÍDA DO
ESTUDANTES À SAÍDA DO
ESTUDANTES À SAÍDA DO
ESTUDANTES À SAÍDA DO SECUNDÁRIO
SECUNDÁRIO
SECUNDÁRIO
SECUNDÁRIO
2009
2009
2009
Ficha Técnica
Título
Estudantes à Saída do Secundário – 2009/2010
Autoria
Nuno Rodrigues (coord.); Cristina Roldão; David Nóvoas; Susana Fernandes; Teresa Duarte
Edição
Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) Av. 24 de Julho, N.º 134 1399-054 LISBOA Tel.: 213 949 200 Fax: 213 957 610 URL: http://www.gepe.min-edu.pt Capa: GEPE ISBN: 978-972-614-508-0 Dezembro de 2010
Índice
Índice de Quadros ... 8 Índice de Gráficos ... 14 Índice de Figuras ... 19 Siglas ... 20 Introdução ... 21 Notas Metodológicas ... 23I. Caracterização dos Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino ... 32
1.1. Distribuição Territorial, Sexo e Idade dos Alunos ... 34
1.2. Nacionalidade e Origem Étnico-Nacional ... 36
1.3. Condição Socioeconómica Familiar dos Alunos ... 38
1.4. Deslocação Casa-Escola ... 42
1.5. Estudantes e Inserção Profissional ... 44
II. Desempenho Escolar à Saída do Nível Secundário de Ensino ... 48
2.1. Duração do Trajecto Escolar: retenções e interrupções ... 49
2.1.1. Desvio anual no trajecto escolar ... 49
2.1.2. Reprovações/Desvio anual por módulos em atraso no ensino secundário ... 50
2.1.3. Interrupções ao longo do ensino secundário ... 52
2.2. Rendimento Escolar ... 53
2.2.1. Níveis de rendimento escolar ... 53
2.2.2. Frequência de explicações no 12.º ano ou equivalente ... 56
2.4. Desempenho escolar, Contextos Escolares e Origens Sociais ... 61
2.4.1. Desempenho escolar e contextos escolares ... 61
2.4.2. Desempenho escolar e origens sociais ... 65
III. Avaliação do Curso e do Estabelecimento de Ensino ... 70
3.1. A Escola ... 70
3.1.1. Percepções sobre as relações na escola ... 70
3.1.2. Percepções sobre os espaços e equipamentos da escola ... 73
3.1.3. Percepções sobre a participação na escola ... 77
3.2. O Curso / Modalidade ... 82
3.2.1. Percepção sobre o curso ... 82
3.2.2. Percepção sobre o ensino no curso ... 85
3.3. Formação em Contexto de Trabalho ... 88
3.3.1 Caracterização genérica do período de formação em contexto de trabalho ... 88
3.3.2. Caracterização da entidade de acolhimento onde se realizou estágio/formação em contexto real de trabalho ... 93
3.3.3. Avaliação do período de formação em contexto de trabalho ... 96
IV. Mobilidade de Escola e de Curso ... 106
4.1. Mobilidade Inter-Escolas ... 106
4.1.1 Mobilidade inter-escolas: a mudança de escola induzida pela mudança de curso . 106 4.2 Mobilidade de Modalidades e Cursos ... 110
4.2.1 Fluxos de mobilidade entre modalidades de ensino e formação e cursos ... 110
V. Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-Secundário ... 118
5.1. Expectativas Escolares: entre a integração imediata no mercado de trabalho e o prosseguimento de estudos ... 119
5.1.1. Expectativas escolares diferentes para a diversidade de modalidades... 119
5.1.2. Condição socioeconómica familiar dos alunos e desempenho escolar ... 123
5.1.3. Formação no pós-secundário: que opções tomar? ... 126
5.1.4. Ensino superior: que área de estudo?... 129
5.1.5. O investimento num curso de especialização não superior ... 132
5.2. Impacto da Orientação Vocacional nas Expectativas dos Alunos ... 136
5.2.1. Existência de apoio na definição do percurso escolar futuro ... 136
5.2.2. Utilidade do apoio da escola na definição do percurso escolar futuro ... 142
5.3. Expectativas de Realizar Formação na Europa ... 145
5.4. Expectativas Profissionais ... 150
Conclusão ... 155
Bibliografia ... 159
Glossário ... 173
Lista de Escolas Participantes no Questionário: “Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino” ... 179
Anexos ... 193
I. Caracterização dos Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino ... 194
III. Avaliação do Curso e do Estabelecimento de Ensino ... 197
IV. Mobilidade de Escola e de Curso ... 215
Índice de Quadros
I. Caracterização dos Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino
Quadro 1.1 – Origem étnico-nacional (%)
36
Quadro 1.2 – Condições perante o trabalho na família (%)
40
Quadro 1.3 – Grande grupo de profissões dominante na família (%)40
Quadro 1.4 – Meio de deslocação utilizado pelos alunos no percurso casa-escola (%)42
Quadro 1.5 – Modalidade frequentada, segundo o tempo demorado no percursocasa-escola (%)
43
Quadro 1.6 – Razões para ter começado a trabalhar (%)
45
II. Desempenho Escolar à Saída do Nível Secundário de Ensino
Quadro 2.1 – Principais razões para o desvio anual durante o ensino secundário
(%)
49
Quadro 2.2 – Principais razões para a reprovação / desvio por módulos em atraso
durante o ensino secundário (%)
50
Quadro 2.3 – Principais razões para a interrupção / desistência dos estudos
durante o ensino secundário (%)
52
Quadro 2.4 – Principal razão para o regresso à escola após a interrupção / desistência dos estudos no ensino secundário, segundo o tipo de certificação do curso (%)
52
Quadro 2.5 – Disciplinas / áreas de conhecimento alvo de explicações (%)57
Quadro 2.6 – Principais razões para as faltas de assiduidade durante o ensinosecundário, segundo o nível de assiduidade (%)
61
Quadro 2. 7– Média global das classificações, segundo a modalidade frequentada
(%)
63
Quadro 2.8 – Número de anos de desvio anual no secundário, segundo a
modalidade frequentada (%)
64
Quadro 2. 9– Média global das classificações, segundo o nível de escolaridade
dominante na família (%)
66
Quadro 2.10 – Número de anos de desvio anual no secundário, segundo o nível de
(%)
67
Quadro 2.12 – Número de anos de desvio anual no secundário, segundo o nível deescolaridade dominante na família (%)
68
III. Avaliação do Curso e do Estabelecimento de Ensino
Quadro 3.1 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo a média
global das classificações (%)
73
Quadro 3.2 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e
equipamentos da escola, segundo a modalidade frequentada (%)
75
Quadro 3.3 – Participação formal em actividades escolares, segundo o tipo decertificação do curso actual (%)
78
Quadro 3.4 – Participação formal em actividades escolares, segundo a modalidade
frequentada (%)
79
Quadro 3.5 – Participação não formal em actividades escolares, segundo a
modalidade frequentada (%)
80
Quadro 3.6 - Grau de concordância sobre algumas dimensões do curso, segundo
a média global de classificações (%)
84
Quadro 3.7 – Grau de concordância sobre o ensino no curso, segundo o tipo de
certificação do curso (%)
86
Quadro 3.8 – Grau de concordância sobre o ensino no curso, segundo a média
global de classificações (%)
87
Quadro 3.9 – Duração do estágio/formação em contexto de trabalho realizado durante este ano lectivo de forma contínua, segundo a modalidade frequentada (%)
91
Quadro 3.10 – Duração do estágio/formação em contexto de trabalho realizadodurante este ano lectivo de forma contínua, segundo NUTS II (%)
91
Quadro 3.11 – NUTS II da realização do estágio (%)
92
Quadro 3.12 – Tipo de entidade de acolhimento onde foi realizado o
estágio/formação em contexto de trabalho, segundo a modalidade frequentada (%)
94
Quadro 3.13 – Número de pessoas que trabalham na entidade onde foi realizado oestágio/formação em contexto de trabalho, segundo a modalidade frequentada (%)
94
Quadro 3.14 – Número de pessoas que trabalham na entidade onde foi realizado oestágio/formação em contexto de trabalho, segundo o tipo de entidade (%)
95
Quadro 3.15 – Escolha da entidade onde foi realizado o estágio/formação emcontexto de trabalho (%)
95
Quadro 3.16 – Escolha da entidade de acolhimento onde foi realizado o
Quadro 3.17 – Grau de concordância sobre a forma como decorreu o
estágio/formação em contexto de trabalho, segundo a modalidade frequentada (%)
98
Quadro 3.18 – Grau de concordância sobre a contribuição do estágio/formação emcontexto de trabalho para o desenvolvimento das competências, segundo a modalidade frequentada (%)
100
Quadro 3.19 – Avaliação obtida no estágio/formação em contexto de trabalho,segundo a modalidade frequentada (%)
101
Quadro 3.20 – Grau de concordância sobre a contribuição do estágio/formação em contexto de trabalho para o desenvolvimento das competências, segundo a avaliação obtida (%)
102
Quadro 3.21 – Grau de satisfação dos alunos em relação ao estágio/formação emcontexto de trabalho, segundo a modalidade frequentada (%)
103
Quadro 3.22 – Avaliação obtida no estágio/formação em contexto de trabalho,segundo o grau de satisfação com este efeito (%)
104
IV. Mobilidade de Escola e de Curso
Quadro 4.1 – Mudança ou desejo de mudança de escola no ensino secundário,
segundo o número de anos de desvio anual no secundário (%)
107
Quadro 4.2 – Principais razões para terem mudado ou terem desejado mudar de escoladurante o ensino secundário, segundo o tipo de certificação do curso (%)
109
Quadro 4.3 – Principais razões para os alunos não mudarem de escola, sendo quegostariam de o fazer (%)
109
Quadro 4.4 – Mudança ou desejo de mudança de curso no ensino secundário, segundo
a modalidade actual (%)
110
Quadro 4.5 – Mudança ou desejo de mudança de curso no ensino secundário, segundo
o número de anos de desvio anual no secundário (%)
111
Quadro 4.6 – Modalidade de ensino e formação do curso anterior, segundo a
modalidade de ensino e formação do curso profissionalmente qualificante actual (%)
112
Quadro 4.7 – Principais razões para a mudança de curso durante o ensino secundário,segundo o tipo de certificação do curso (%)
113
Quadro 4.8 – Principal razão para a não mudança de curso durante o ensino
secundário, segundo o tipo de certificação actual (%)
113
Quadro 4.9 – Principais razões para a não mudança de curso durante o ensino
secundário, segundo a média de classificações às disciplinas (%)
114
Quadro 4.10 – Principais razões para a não mudança de curso durante o ensinosecundário, segundo o número de anos de desvio anual no secundário (%)
114
Quadro 4.11 – Ano frequentado aquando da mudança de curso no ensino secundário,segundo o número de anos de desvio anual no secundário (%)
115
Quadro 4.13 – Necessidade de repetição de um ano aquando da mudança de curso,segundo o tipo de certificação do curso actual (%)
116
V. Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-secundário
Quadro 5.1 – Expectativas de percurso escolar, segundo a modalidade
frequentada (%)
120
Quadro 5.2 – Razões para os alunos não continuarem a estudar, segundo o tipo
de certificação actual (%)
121
Quadro 5. 3– Expectativas da actividade pretendida após a saída do ensino
secundário, segundo a modalidade frequentada (%)
122
Quadro 5.4 – Expectativas da actividade pretendida após a saída do ensino
secundário, segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
126
Quadro 5.5 – Formação esperada no pós-secundário, segundo o tipo decertificação actual (%)
126
Quadro 5.6 – Formação esperada no pós-secundário, segundo a modalidade
frequentada (%)
127
Quadro 5.7 – Formação esperada no pós-secundário, segundo o nível de
escolaridade dominante na família (%)
128
Quadro 5.8 – Formação esperada no pós-secundário, segundo a origem
socioprofissional (%)
128
Quadro 5.9 – Formação esperada no pós-secundário, segundo o número de anos
de desvio anual no trajecto pelo secundário (%)
128
Quadro 5.10 – Área de estudo/formação que os alunos pensam seguir ao optarem por um curso superior na universidade ou num politécnico, segundo o tipo de certificação actual (%)
129
Quadro 5. 11– Área de estudo/formação que os alunos pensam seguir ao optarem por um curso superior na universidade ou num politécnico, segundo a modalidade frequentada (%)
130
Quadro 5.12 – Área de estudo/formação pretendida no ensino superior, segundo o
sexo (%)
131
Quadro 5.13 – Área de estudo/formação pretendida no ensino superior, segundo a
média global das classificações (%)
131
Quadro 5.14 – Área de estudo/formação pretendida no ensino superior, segundo o
Quadro 5.15 – Área de estudo e formação pretendida no CEF – tipo 7 ou CET,
segundo o tipo de certificação do curso (%)
133
Quadro 5.16 – Área de estudo e formação pretendida no CEF – tipo 7 ou CET,
segundo a modalidade frequentada (%)
133
Quadro 5.17 – Área de estudo e formação pretendida no CEF – tipo 7 ou CET,
segundo o sexo (%)
134
Quadro 5.18 – Principais razões para querer tirar o curso/área de formação,
segundo o tipo de certificação actual (%)
135
Quadro 5.19 – Existência de apoio da escola no esclarecimento aos alunos sobre a formação pós-secundária disponibilizada, segundo a modalidade frequentada (%)
139
Quadro 5.20 – Existência de apoio da escola no esclarecimento aos alunos sobrea formação pós-secundária disponibilizada, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
140
Quadro 5.21 – Existência de apoio da escola no esclarecimento aos alunos sobrea formação pós-secundária disponibilizada, segundo a média global das classificações (%)
141
Quadro 5.22 – Utilidade do apoio da escola no esclarecimento aos alunos sobre aformação pós-secundária disponibilizada, segundo o tipo de certificação actual (%)
143
Quadro 5.23 – Utilidade do apoio da escola no esclarecimento aos alunos sobre aformação pós-secundária disponibilizada, segundo a média global das classificações (%)
145
Quadro 5.24 – Formação que os alunos pensam fazer nos próximos 3 anos numpaís europeu, segundo o tipo de certificação actual (%)
146
Quadro 5.25 – Realização de formação nos próximos 3 anos num país europeu,segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
147
Quadro 5.26 – Realização de formação nos próximos 3 anos num país europeu,segundo a origem socioprofissional (%)
147
Quadro 5.27 – Realização de formação nos próximos 3 anos num país europeu,
segundo a média global das classificações(%)
148
Quadro 5.28 – Realização de formação nos próximos 3 anos num país europeu,
segundo a média global das classificações(%)
148
Quadro 5.29 – Formação que os alunos pensam fazer nos próximos 3 anos num país europeu, segundo o número de anos de desvio anual no trajecto pelo secundário (%)
148
Quadro 5.30 – Formação que os alunos pensam fazer nos próximos 3 anos numpaís europeu, segundo o número de anos de desvio anual no trajecto pelo secundário (%)
148
Quadro 5.31 – Realização de formação nos próximos 3 anos num país europeu,segundo a formação esperada no pós-secundário (%)
149
Quadro 5.33 – Formação que os alunos pensam fazer nos próximos 3 anos numpaís europeu, segundo expectativas escolares (%)
149
Quadro 5.34 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos, segundo as
expectativas escolares (%)
150
Quadro 5.35 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram
profissão, segundo o tipo de certificação actual (%)
151
Quadro 5.36 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaram
profissão, segundo a modalidade de ensino frequentada (%)
152
Quadro 5.37 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaramprofissão, segundo nível de escolaridade dominante na família (%)
153
Quadro 5.38 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaramprofissão, segundo a média das classificações globais (%)
153
Quadro 5.39 – Expectativas profissionais dos alunos aos 30 anos que identificaramprofissão, segundo o número de anos de desvio anual no trajecto pelo secundário (%)
Índice de Gráficos
I. Caracterização dos Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 1.1 – Tipologia do estabelecimento de educação e ensino frequentado (%)
32
Gráfico 1.2 – Modalidade de ensino e formação frequentada (%)32
Gráfico 1.3 – Natureza do estabelecimento de ensino, por modalidade frequentada(%)
33
Gráfico 1.4 – NUTS II dos estabelecimentos de ensino frequentados (%)
34
Gráfico 1.5 – Tipo de certificação do curso, segundo o sexo (%)34
Gráfico 1.6 – Modalidade frequentada, segundo o sexo (%)34
Gráfico 1.7 – Distribuição por idade (%)
35
Gráfico 1.8 – Sexo, segundo a idade (%)
35
Gráfico 1.9 – Tipo de certificação do curso, segundo a idade (%)
35
Gráfico 1.10 – Modalidade frequentada, segundo a idade (%)36
Gráfico 1.11 – Nacionalidade, segundo a origem étnico-nacional (%)37
Gráfico 1.12 – Principal língua falada em casa (%)
37
Gráfico 1.13 – Tipo de núcleo familiar (%)
38
Gráfico 1.14 – Nível de escolaridade dominante na família (%)
38
Gráfico 1.15 – Tipo de certificação do curso, segundo o nível de escolaridadedominante na família (%)
39
Gráfico 1.16 – Modalidade frequentada, segundo o nível de escolaridade
dominante na família (%)
39
Gráfico 1.17 – Origem socioprofissional dos alunos (%)
40
Gráfico 1.18 – Tipo de certificação do curso, segundo a origem socioprofissional(%)
41
Gráfico 1.19 – Modalidade frequentada actualmente, segundo a origem
socioprofissional (%)
41
Gráfico 1.20 – Origem socioprofissional, segundo o nível de escolaridade
dominante na família (%)
42
Gráfico 1.21– Tempo demorado pelos alunos no percurso casa-escola (%)
43
Gráfico 1.22 – Tipo de certificação do curso, segundo o tempo demorado nopercurso casa-escola (%)
43
Gráfico 1.23 – Meio de transporte utilizado no percurso casa-escola, por tempo de
modalidade frequentada (%)
44
Gráfico 1.25 – Situação face à escola e ao trabalho (%)44
Gráfico 1.26 – Situação face à escola e ao trabalho, segundo modalidadefrequentada (%)
45
Gráfico 1.27 – Regime de trabalho dos alunos que trabalham ou estão
desempregados (%)
45
Gráfico 1.28 – Relação entre profissão actual e expectativas profissionais (%)
46
Gráfico 1.29 – Relação entre profissão actual e expectativas profissionais,segundo modalidade frequentada (%)
46
II. Desempenho Escolar à Saída do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 2.1 – Número de anos de desvio anual no trajecto escolar (%)
49
Gráfico 2.2 – Número de anos de desvio anual no trajecto pelo secundário (%)49
Gráfico 2.3 – Reprovações/ desvio por módulos em atraso, segundo o ano escolardo ensino secundário (%)
50
Gráfico 2.4 – Número de disciplinas com um nível de rendimento insuficiente (%)
53
Gráfico 2.5 – Média global das classificações no momento de inquirição (%)53
Gráfico 2.6 – Nível de rendimento à disciplina de Português (%)54
Gráfico 2.7 – Nível de rendimento à disciplina de Língua Estrangeira (%)54
Gráfico 2.8 – Nível de rendimento à disciplina de Matemática (%)55
Gráfico 2.9 – Disciplinas onde os alunos sentiram maiores dificuldades (%)55
Gráfico 2.10 – Frequência de explicações durante o 12.º ano ou equivalente (%)56
Gráfico 2.11 – Frequência de explicações durante o 12.º ano ou equivalente,segundo o tipo de certificação do curso (%)
56
Gráfico 2.12 – Frequência de explicações durante o 12.º ano ou equivalente,
segundo a modalidade frequentada (%)
57
Gráfico 2.13 – Grau de satisfação face à eficácia das explicações na melhoria dos
resultados escolares (%)
58
Gráfico 2.14 – Principal razão para a frequência de explicações (%)
58
Gráfico 2.15 – Frequência de explicações durante o actual ano lectivo, segundo onível de escolaridade dominante na família (%)
58
Gráfico 2.16 – Frequência de explicações durante o actual ano lectivo, segundo
origem socioprofissional (%)
59
Gráfico 2.17 – Média global das classificações, segundo frequência de
Gráfico 2.18 – Número de anos de desvio anual no secundário, segundo
frequência de explicações durante o actual ano lectivo (%)
59
Gráfico 2.19 – Nível de assiduidade durante o ensino secundário (%)60
Gráfico 2.20 – Média global das classificações, segundo natureza doestabelecimento de ensino (%)
61
Gráfico 2.21 – Número de anos de desvio anual no secundário, segundo natureza
do estabelecimento de ensino (%)
62
Gráfico 2.22 – Média global das classificações, segundo NUTS II (%)
62
Gráfico 2.23 – Número de anos de desvio anual no secundário, segundo NUTS II(%)
63
Gráfico 2. 24– Média global das classificações, segundo o tipo de certificação do
curso (%)
63
Gráfico 2.25 – Número de anos de desvio anual no secundário, segundo o tipo de
certificação do curso (%)
64
Gráfico 2.26 – Média global das classificações, segundo o sexo (%)
65
Gráfico 2.27 - Número de anos de desvio anual no secundário, segundo o sexo(%)
65
III. Avaliação do Curso e do Estabelecimento de Ensino
Gráfico 3.1 – Grau de concordância sobre as relações na escola (%)
70
Gráfico 3.2 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo anatureza do estabelecimento de ensino (%)
71
Gráfico 3.3 – Grau de concordância sobre as relações na escola, segundo o tipo
de certificação do curso (%)
72
Gráfico 3.4 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e
equipamentos da escola (%)
73
Gráfico 3.5 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços e
equipamentos da escola, segundo o tipo de certificação do curso (%)
74
Gráfico 3.6 – Grau de concordância sobre a adequabilidade dos espaços eequipamentos da escola, segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
76
Gráfico 3.7 – Participação formal em actividades escolares (%)77
Gráfico 3.8 – Participação não formal em actividades escolares (%)79
Gráfico 3.9 – Participação não formal dos alunos em actividades fora do contextoescolar (%)
81
Gráfico 3.10 – Grau de concordância sobre algumas dimensões do curso (%)
82
Gráfico 3.11 – Grau de concordância sobre algumas dimensões do curso,Gráfico 3.13 – Realização de estágio/formação em contexto de trabalho (%)
88
Gráfico 3.14 – Realização de estágio/formação em contexto de trabalho, segundoa modalidade frequentada (%)
88
Gráfico 3.15 – Contexto de desenvolvimento do estágio/formação em contexto de
trabalho (%)
89
Gráfico 3.16 – Contexto de desenvolvimento do estágio/formação em contexto de
trabalho, segundo a modalidade frequentada (%)
89
Gráfico 3.17 – Período de desenvolvimento do estágio/formação em contexto de
trabalho (%)
90
Gráfico 3.18 – Período de desenvolvimento do estágio/formação em contexto de
trabalho, por modalidade frequentada (%)
90
Gráfico 3.19 – Duração do estágio/formação em contexto de trabalho realizado
durante este ano lectivo de forma contínua (%)
91
Gráfico 3.20 – Tipo de entidade de acolhimento onde foi realizado o
estágio/formação em contexto de trabalho (%)
93
Gráfico 3.21 – Número de pessoas que trabalham na entidade de acolhimento
onde foi realizado o estágio/formação em contexto de trabalho (%)
94
Gráfico 3.22 – Grau de concordância sobre a forma como decorreu oestágio/formação em contexto de trabalho (%)
97
Gráfico 3.23 – Grau de concordância sobre a contribuição do estágio/formação em contexto de trabalho para o desenvolvimento das competências (%)
99
Gráfico 3.24 – Avaliação obtida no estágio/formação em contexto de trabalho (%)100
Gráfico 3.25 – Grau de satisfação em relação ao estágio/formação em contexto detrabalho (%)
102
Gráfico 3.26 – Grau de satisfação em relação ao estágio/formação em contexto de
trabalho, segundo o contexto do seu desenvolvimento (%)
103
IV. Mobilidade de Escola e de Curso
Gráfico 4.1 – Mudança ou desejo de mudança de escola no ensino secundário (%)
106
Gráfico 4.2 – Mudança ou desejo de mudança de escola no ensino secundário,segundo o tipo de certificação do curso (%)
107
Gráfico 4.3 – Mudança ou desejo de mudança de escola no ensino secundário,
segundo a natureza do estabelecimento de ensino (%)
107
Gráfico 4.4 – Mudança ou desejo de mudança de curso no ensino secundário (%)
110
Gráfico 4.5 – Mudança ou desejo de mudança de curso no ensino secundário,Gráfico 4.6 – Ano frequentado aquando da mudança de curso no ensino
secundário (%)
115
Gráfico 4.7 – Ano frequentado aquando da mudança de curso no ensino
secundário, segundo o tipo de certificação actual (%)
115
V. Expectativas Escolares e Profissionais face ao Pós-secundário
Gráfico 5.1 – Expectativas de percurso escolar (%)
119
Gráfico 5.2 – Expectativas de percurso escolar dos alunos, segundo o tipo de
certificação do curso (%)
120
Gráfico 5.3 – Expectativas de percurso escolar, segundo a natureza do
estabelecimento de ensino (%)
121
Gráfico 5.4 – Expectativas da actividade pretendida após a saída do ensino
secundário (%)
122
Gráfico 5.5 – Expectativas de percurso escolar, segundo o sexo (%)
123
Gráfico 5.6 – Expectativas de percurso escolar, segundo nível de escolaridadedominante na família (%)
124
Gráfico 5.7 – Expectativas de percurso escolar, segundo origem socioprofissional
(%)
124
Gráfico 5.8 – Expectativas de percurso escolar, segundo a média global das
classificações no momento da inquirição (%)
125
Gráfico 5.9 – Expectativas de percurso escolar, segundo o número de anos de
desvio anual no trajecto pelo secundário (%)
125
Gráfico 5.10 – Existência de apoio da escola no esclarecimento aos alunos sobre
a formação pós-secundária disponibilizada (%)
137
Gráfico 5.11 – Existência de apoio da escola no esclarecimento aos alunos sobre a formação pós-secundária disponibilizada, segundo o tipo de certificação do curso (%)
138
Gráfico 5.12 – Utilidade do apoio da escola no esclarecimento aos alunos sobre aformação pós-secundária disponibilizada (%)
142
Gráfico 5.13 – Realização de uma formação nos próximos 3 anos num país
europeu (%)
145
Gráfico 5.14 – Formação que os alunos pensam fazer nos próximos 3 anos num
país europeu (%)
146
Gráfico 5.15 – Realização de formação nos próximos 3 anos num país europeu,
segundo o tipo de certificação actual (%)
146
Índice de Figuras
IV. Mobilidade de Escola e de Curso
Figura 1 – Mobilidades entre escolas, modalidades e cursos no ensino secundário
(%)
108
Figura 2 – Fluxos no ensino secundário: mobilidade entre modalidades de ensino e
Siglas
CCH – Cursos Científico-Humanísticos
CP – Cursos Profissionais
CPQ – Cursos Profissionalmente Qualificantes CT – Cursos Tecnológicos
EAE – Ensino Artístico Especializado
EB2,3 – Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos
EB2,3/ES – Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos com Ensino Secundário
EBI – Escola Básica Integrada
EP – Escola Profissional
ESA – Escola Secundária Artística
ES – Escola Secundária
ES/EB3 – Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico
M-N – Escola Multi-Nível
NUTS – Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas
Introdução
O presente documento tem como objectivo principal a produção e análise de informação que complemente o processo de tomada de decisão central e local no âmbito do sistema de ensino secundário, mas que sirva também como instrumento generalizado de informação. Os resultados apresentados dizem respeito ao processo de inquirição do questionário “Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino – 2009/2010”, aplicado a 45472 alunos de 691 escolas de Portugal Continental.
O documento é composto por seis secções. Inicialmente abordam-se algumas questões de foro metodológico, relativas à definição da metodologia de aplicação do questionário e análise dos dados recolhidos. No primeiro capítulo são caracterizados os alunos inquiridos. Nesta análise são enfatizadas as características das escolas frequentadas pelos alunos, assim como, a sua distribuição territorial. As características sociais e económicas dos contextos familiares de origem dos estudantes e o seu grau de inserção no mercado de trabalho também são tópicos em destaque.
O segundo capítulo é dedicado à análise do desempenho escolar dos alunos, contemplando-se elementos como as retenções e interrupções, as classificações, a assiduidade e a frequência de explicações. Depois de uma análise inicial dos resultados, procede-se a uma análise das variáveis de desempenho, com as características socioeconómicas dos estudantes.
Na terceira secção é abordada a temática da avaliação do curso e do estabelecimento de ensino e formação, dando-se relevo às percepções e níveis de satisfação dos alunos relativamente às condições oferecidas na sua escola. Ao nível do curso, são analisadas as percepções face ao processo de aprendizagem e à formação em contexto de trabalho efectuada ao longo do ensino secundário.
Os fluxos de mudança de escola e curso/modalidade de ensino e formação são a temática em análise no quarto capítulo. É atribuído ênfase tanto ao nível das mudanças efectivadas como às mudanças desejadas que nunca se concretizaram. Os dados recolhidos a este nível são articulados com as motivações apresentadas, as modalidades de ensino frequentadas anteriormente e actualmente, e algumas variáveis de desempenho escolar.
No último capítulo são abordadas as expectativas dos alunos inquiridos face aos seus projectos escolares e profissionais. São abordadas questões como os níveis de habilitações esperados e as profissões que pensam desempenhar no futuro. Uma vez mais, os dados recolhidos serão sempre analisados tendo em conta as origens socioeconómicas dos alunos e os seus resultados escolares.
Apesar do elevado número de respondentes, da multiplicidade de contextos territoriais e socioprofissionais cobertos, assim como, da riqueza da informação obtida através do questionário “Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino”, a selecção das escolas e inquiridos não seguiu um método probabilístico.
Notas Metodológicas
O presente documento resulta do trabalho conjunto entre a equipa do OTES/GEPE e as Direcções Regionais de Educação (DRE). O processo de inquirição “Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino” contou com a participação de 691 (face a 658 do processo anterior) estabelecimentos de ensino de Portugal Continental com oferta do nível secundário de ensino (81,2% do universo de escolas destinatárias)1. Mais concretamente, escolas com o 12.º ano ou equivalente, nas modalidades de ensino e formação abrangidas pelo OTES/GEPE: cursos científico-humanísticos; ensino artístico especializado – artes visuais e audiovisuais; cursos de educação e formação – tipo 5 e tipo 6; cursos profissionais e cursos tecnológicos. A aplicação do questionário foi efectuada entre os meses de Marçoe Julho de 2010. Inquiriram-se 57,9% dos alunos matriculados (45472 de um universo de 78553 alunos) nas modalidades de ensino e formação descritas anteriormente, que se encontravam a frequentar a escola aquando da inquirição. Neste processo, ficaram de fora os alunos que no momento da inquirição já tinham desistido, estavam ausentes, não apresentaram a autorização de preenchimento necessária, ou que escolheram não participar.
Preparação e Aplicação do Questionário
No processo de envolvimento dos estabelecimentos de ensino apostou-se, uma vez mais, na colaboração entre o OTES/GEPE e as DRE sob a forma das respectivas equipas de apoio às escolas. Estas equipas tiveram um papel preponderante no envolvimento das escolas, através da sua campanha de divulgação, no contacto com as escolas públicas e privadas, dando a conhecer o OTES/GEPE, os seus objectivos e os procedimentos de aplicação do questionário “Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino”.
1 A listagem de escolas participantes no questionário “Estudantes à Saída do Ensino Secundário” pode ser consultada
Posteriormente foram enviadas às escolas, por via electrónica, as informações necessárias para a condução do processo de inquirição (palavra-chave/login da área de aplicação do questionário on-line, informações sobre o período de aplicação e manual de apoio ao processo de inquirição). Estes contactos foram realizados de forma faseada, segundo as regiões de pertença e a natureza dos estabelecimentos de ensino.
Com base nas informações distribuídas pelas DRE e pelo OTES/GEPE, as escolas procederam à sua inscrição numa plataforma electrónica desenvolvida para esse propósito, fornecendo dados sobre o número de alunos inscritos por curso e as modalidades de ensino e formação no ano lectivo 2009/2010.
Procedimentos de Construção de Novas Variáveis
O questionário “Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino” permitiu recolher uma quantidade de informação alargada que nem sempre é analisada na sua forma original, preferindo-se, por vezes, a análise de variáveis compósitas, como as que de seguida se apresentam.
Condição Perante o Trabalho na Família
Esta variável foi construída através da combinação das variáveis relativas à condição perante o trabalho de cada um dos responsáveis identificados pelos alunos. A partir desses indicadores foram constituídas as seguintes categorias:
Ambos os responsáveis exercem profissão;
Um responsável trabalha e o outro está desempregado; Um responsável trabalha e o outro está inactivo; Ambos os responsáveis estão desempregados; Ambos os responsáveis estão inactivos;
A variável “Idade dos Alunos” resulta da diferença entre a data de nascimento dos alunos e a data de início do ano lectivo de 2009/2010.2 A idade foi posteriormente recodificada em intervalos etários para uma melhor apresentação dos resultados.
Línguas Faladas em Casa
No questionário aplicado foi solicitado aos estudantes que indicassem a língua habitualmente falada em casa ou, caso falassem mais do que uma, as duas línguas mais habituais, captando-se, assim, as situações de mono e bilinguismo.
Para efeitos de análise optou-se pela agregação de línguas segundo a família linguística à qual pertencem:3
Crioulos de base lexical portuguesa (crioulo de Cabo-Verde, da Guiné-Bissau e de S. Tomé e Príncipe);
Línguas eslavas (bielorrusso, bósnio, búlgaro, checo, croata, esloveno, polaco, russo, sérvio e ucraniano);
Línguas germânicas (alemão, dinamarquês, inglês, islandês, neerlandês e sueco); Línguas românicas (castelhano, catalão, francês, galego, italiano, moldavo, romeno
e, embora na presente análise tenha uma categoria própria, português).
Na categoria “Outras Línguas” encontram-se todas aquelas que, em termos percentuais, assumiram valores residuais.
Nível de Escolaridade Dominante na Família
Este indicador parte da combinação das variáveis “Nível de Escolaridade” de cada um dos familiares do aluno, atribuindo-se ao núcleo familiar o nível de escolaridade do elemento detentor de maior capital escolar (Martins, Mauritti e Costa, 2005; Mauritti, 2002). Cabe dizer que, nos casos em que o aluno identificou apenas um responsável, se atribuiu o nível de escolaridade deste.
29 de Setembro de 2009, segundo o Despacho nº 14 724 do DR 2ª Série – nº 125, de 1 de Julho de 2009.
3
Origem Étnico-Nacional
A variável “Origem Étnico-nacional”, baseia-se no trabalho desenvolvido por Machado e Matias (2006) e Machado, Matias e Leal (2005). Para a sua operacionalização foram combinadas as naturalidades dos estudantes e dos seus familiares. O sufixo “Luso-…” foi atribuído sempre que existisse no núcleo familiar a conjugação de naturalidade portuguesa do aluno com a naturalidade estrangeira por parte de, pelo menos, um dos responsáveis. A denominação “Descendentes de Ex-emigrantes” (GIASE, 2005; Entreculturas, 2004) foi utilizada sempre que os responsáveis do aluno fossem naturais de Portugal e o aluno tivesse naturalidade estrangeira. Na categoria “Outras origens” encontram-se as situações mais complexas de miscigenação e categorias residuais.
Origem Socioprofissional
A construção da variável “Origem Socioprofissional” baseia-se numa adaptação dos contributos de Almeida (1986), Almeida, Costa e Machado (1988) e Costa (1999), realizando-se um conjunto de combinações entre a variável “situação na profissão” e “profissão – Grandes Grupos Profissionais (GGP)” (IEFP, 1994) dos familiares do aluno, combinações que desembocaram em cinco categorias socioprofissionais.
À semelhança da variável “Nível de Escolaridade Dominante na Família”, procedeu-se a uma combinação das categorias socioprofissionais atribuídas a cada um dos responsáveis dos estudantes, definindo-se a “Origem Socioprofissional” a partir do elemento, que neste campo, detivesse uma posição social mais favorável.
Nos casos em que existisse apenas um responsável, foi atribuída a posição social deste. Foram criadas as seguintes categorias:
“Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” (indivíduos em situação patronal, independentemente do GGP de pertença);
“Profissionais Técnicos e de Enquadramento” (indivíduos pertencentes aos GGP 2 e 3, profissões alta e medianamente qualificadas ligadas à especialização técnica e à ciência, que trabalham por conta de outrem);
“Trabalhadores Independentes” (indivíduos pertencentes a qualquer dos GGP, excepto GGP 1, 2 e 3, que trabalham por conta própria;
“Empregados Executantes” (trabalhadores por conta de outrem, pertencentes aos GGP 4, 5, e 9.1, profissões pouco qualificadas e ligadas aos serviços);
“Operários” (trabalhadores por conta de outrem que pertencem aos GGP 6, 7, 8, 9.2 e 9.3, profissões tendencialmente pouco qualificadas, ligadas ao sector secundário e primário).
Tipo de Certificação
A variável “Tipo de Certificação” resulta da recodificação/agregação das modalidades de ensino e formação dos estudantes, tendo como base o tipo de certificação associado a cada uma dessas. Foram criadas duas categorias: (1) cursos científico-humanísticos (cursos com certificação escolar); (2) cursos profissionalmente qualificantes (cursos com certificação escolar e profissional – cursos tecnológicos, curso de artes visuais e audiovisuais do ensino artístico especializado, cursos de educação e formação e cursos profissionais).
Para além do termo “Tipo de Certificação” existem outras noções utilizadas para nomear esta realidade, como, por exemplo, “orientação curricular” (GIASE, 2006). No entanto, nesse caso, o ensino artístico especializado é autonomizado face ao restante grupo de modalidades de dupla certificação, algo que aqui não acontece.
Tipo de Núcleo Familiar
O “Tipo de Núcleo Familiar” dos alunos foi construído a partir da reconstrução da composição do agregado doméstico dos mesmos. Partindo do contributo de diferentes autores neste domínio (Aboim, 2003 e 2005; Casimiro, 2003; Leite, 2003 e 2004; Lobo, 2005; Wall, 2003) foi construída a seguinte tipologia de núcleos familiares:
Os núcleos familiares conjugais remetem para alunos que vivem com ambos os pais; O caso das famílias monoparentais dirige-se a situações em que o aluno vive com
apenas um dos pais;
As famílias reconstituídas (por vezes, denominadas famílias recompostas) referem-se a casos em que o aluno vive com, pelo menos, um dos pais e uma madrasta e/ou padrasto;
A categoria “Outras situações” abarca organizações familiares com um peso residual no âmbito destes resultados, nomeadamente, os núcleos familiares avoengos (onde os alunos vivem apenas com os avós), situações em que os alunos vivem em instituições ou sozinhos.
Desvio Anual Global e Desvio Anual no Ensino Secundário
Estes indicadores constituem medidas da duração do trajecto escolar dos estudantes que, embora indirectas, são úteis na análise extensiva de dados (GIASE, 2004). O desvio anual global remete para a diferença entre a idade de chegada ao 12.º ano ou equivalente e a idade de entrada no 1.º ciclo do ensino básico.
Quando o resultado desta diferença é superior ao número de anos esperados para esse período (11 anos), considerou-se que se estava em presença de um desvio anual no trajecto escolar que, conforme os casos, poderá ser de 1, 2 ou igual ou superior a 3 anos.
O desvio anual no ensino secundário remete para o número de anos do trajecto no secundário. Espera-se que, não tendo ocorrido nenhum atraso, os alunos inquiridos (no 12.º ano ou equivalente em 2009/2010) tenham entrado no ensino secundário em 2007/2008.
Nas situações em que os alunos responderam ter entrado no ensino secundário em anos lectivos anteriores a esse, considerou-se que se estava em presença de um desvio anual no ensino secundário que, conforme os casos, poderá ser de 1, 2 ou igual ou superior a 3 anos.
Nível de Rendimento Escolar (Língua Estrangeira, Matemática e Português)
O desafio da construção deste indicador prende-se com o estabelecimento de condições de comparabilidade aceitáveis entre os resultados da avaliação dos alunos (operacionalizado através das médias das classificações às disciplinas referidas acima) dos cursos profissionais e das restantes modalidades de ensino, sendo que o modelo de avaliação entre estes dois segmentos varia consideravelmente.
Nos primeiros, não existem classificações negativas, mas sim retardamento na conclusão dos módulos, pelo que, a média global das classificações não reflecte os momentos de rendimento escolar insuficiente. Nos segundos, as situações de rendimento escolar insuficiente não geram no 1.º e no 2.º período qualquer retardamento, no entanto, é atribuída uma classificação inferior a 10 e que é contabilizada para a média das classificações à disciplina em causa.
Sendo o “Nível de Rendimento Escolar” uma dimensão chave da análise do desempenho e a comparação entre ofertas de ensino nesse domínio um eixo de análise essencial, optou-se por criar um indicador de síntese, que garantisse condições mínimas de comparabilidade entre as diferentes modalidades de ensino.
Nesse indicador de síntese fez-se equivaler a existência de módulos em atraso nos cursos profissionais (independentemente da média das suas classificações) às classificações médias negativas nas restantes ofertas de ensino. Isto é, tanto o estudante com um módulo em atraso (cursos profissionais), como o aluno com uma classificação média negativa (restantes modalidades de ensino), não reuniam, no momento de inquirição, condições para transitar à disciplina em causa.
Número de Disciplinas com Rendimento Escolar Insuficiente
O número de disciplinas em que os alunos têm rendimento insuficiente é medido de forma diferente consoante se trate dos cursos profissionais ou das restantes modalidades de ensino, na medida em que o modelo de avaliação entre estes dois segmentos varia substancialmente.4 Nos primeiros não existem classificações negativas, mas sim retardamento na conclusão dos módulos, portanto, a média global das classificações não reflecte os momentos de rendimento escolar insuficiente. Nos segundos, as situações de rendimento escolar insuficiente não geram no 1.º e no 2.º período qualquer retardamento, no entanto, é atribuída uma classificação inferior a 10 que é contabilizada para a média das classificações à disciplina em causa.
Na construção de um indicador que garantisse as condições mínimas de comparabilidade entre as modalidades de ensino, fez-se equivaler o número de disciplinas em que o estudante dos cursos profissionais tinha módulos em atraso (independentemente da média das suas classificações a essa disciplina) ao número de disciplinas em que os estudantes das restantes modalidades de ensino tinham uma classificação média negativa. Isto é, tanto o estudante dos cursos profissionais com “X” disciplinas com módulos em atraso, como o aluno das restantes modalidades de ensino com “X” disciplinas com classificação média negativa, não reuniam, no momento de inquirição, condições para transitar às “X” disciplinas em causa.
4
Ver Nível de Rendimento Escolar.
Cursos Profissionais Global (Indicador síntese) Restantes Modalidades de Ensino Módulos em atraso (independentemente da média) Rendimento Insuficiente <=9 10-14
(sem módulos em atraso) 10-14 10-14
15-17
(sem módulos em atraso) 15-17 15-17
17-20
I
Caracterização dos Estudantes
à Saída do Nível Secundário de Ensino
Gráfico 1.1 – Tipologia do estabelecimento de educação e ensino frequentado (%)
9,5 13,2 0,6 15,3 51,9 9,5 0 20 40 60 M-N EP ESA ES ES/EB3 EB2,3/ES
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Gráfico 1.2 – Modalidade de ensino e formação frequentada (%) 68,0 3,9 0,6 0,3 27,1 CCH CT EAE CEF CP F onte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
I. Caracterização dos Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino
Os estudantes que frequentam o 12.º ano ou equivalente são provenientes de diferentes origens e contextos sociais. Neste sentido é importante dar a conhecer quem são estes alunos e qual a sua proveniência. O presente capítulo tem como objectivo caracterizar os alunos que responderam ao questionário “Estudantes à Saída do Nível Secundário de Ensino” durante o ano lectivo de 2009/2010.
Quando analisada a tipologia do estabelecimento de ensino frequentada pelos inquiridos (Gráfico 1.1), denota-se uma clara predominância de escolas secundárias com o 3.º ciclo do ensino básico (51,9%). As restantes tipologias mais representadas são: escolas secundárias (15,3%), escolas profissionais (13,2%), escolas multi-nível (9,5%) e escolas básicas do 2.º e 3.º ciclo com ensino secundário (9,5%). De forma mais residual, aparecem as escolas do ensino artístico especializado (0,6%).
Face à natureza dos estabelecimentos frequentados, é de constatar uma predominância de escolas públicas, que acumulam 78,5% de respostas (ver anexo – Gráfico 1.1).
Ao nível da modalidade de ensino e formação frequentada são maioritários os cursos científico-humanísticos (CCH) (68,0%), destacando-se também o número de alunos inscritos em cursos profissionais (CP) (27,1%). Os restantes 4,8% dividem-se por cursos tecnológicos (CT) (3,9%), cursos de educação e formação tipo 5 e 6 (0,6%) e ensino artístico especializado (0,3%) (Gráfico 1.2).
Estes dados revelam algumas diferenças quanto ao observado no questionário “Estudantes à Saída do Ensino Secundário - 2008/09”, nomeadamente, o aumento dos cursos profissionais (27.1% face a 19,6%) e o decréscimo dos cursos tecnológicos (3.9% contra 8.1%) (Rodrigues, Roldão, Nóvoas, Fernandes e Duarte, 2009).
Se por um lado, estes valores podem reflectir o carácter não obrigatório do processo de inquirição, que contribui para que as escolas e alunos inquiridos não sejam necessariamente representativos, por outro, estes resultados poderão ser o reflexo de uma maior aposta em cursos profissionais e um decréscimo da oferta de cursos tecnológicos. De acordo com as estatísticas da educação, efectuando uma comparação entre os alunos matriculados no ano lectivo de 2007/2008 e o ano 2008/2009, constata-se que existiu um crescimento acentuado dos estudantes matriculados em cursos profissionais (passou de 12,5% para 21,3%), enquanto os cursos tecnológicos apresentaram uma redução (13,1% passa para 10,0%) (GEPE, 2009 e 2010).
A análise da natureza do estabelecimento de ensino contraposta com as modalidades de ensino frequentadas reflecte o facto de a maioria dos alunos inquiridos frequenta escolas públicas (78,5%) (ver anexo - Gráfico 1.1). Deste modo, nos cursos de educação e formação (95,0%), nos cursos de ensino artístico especializado (92,9%), nos cursos científico-humanísticos (89,0%) e nos cursos tecnológicos (72,6%) a larga maioria dos inquiridos frequenta escolas públicas (Gráfico 1.3). No caso dos alunos que frequentam cursos profissionais, a distribuição é mais repartida, com 52,6% de alunos a estudarem em escolas públicas, face a 47,4% em escolas privadas.
Gráfico 1.3 – Natureza do estabelecimento de ensino, por modalidade frequentada (%)
89,0 72,6 92,9 95,0 52,6 11,0 27,4 7,1 5,0 47,4 0 20 40 60 80 100 CCH CT EAE CEF CP Público Privado
Gráfico 1.6 – Modalidade frequentada, segundo o sexo (%) 39,8 50,2 31,0 47,5 52,5 60,2 49,8 69,0 52,5 47,5 0 20 40 60 80 100 CCH CT EAE CEF CP Masculino Feminino Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Gráfico 1.5 – Tipo de certificação do curso, segundo o sexo (%) 60,2 48,3 39,8 51,7 0 20 40 60 80 100 CCH CPQ Masculino Feminino
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
1.1. Distribuição Territorial, Sexo e Idade dos Alunos
Quando é analisada a distribuição territorial dos alunos por NUTS II observa-se que são as regiões do Norte (39,8%), Centro (25.1%) e Lisboa (23,4%) que concentram mais alunos (Gráfico 1.4). A leitura dos mesmos resultados por NUTS III demonstra que são as sub-regiões da Grande Lisboa (17,5%), Grande Porto (12,8%), Tâmega e Península de Setúbal (ambos com 6,0%), Cavado (5,2%), Ave (5,0%) e Algarve, Baixo Vouga, Dão Lafões (com 4,0% cada) que tinham maior presença no processo de inquirição (ver anexo – Quadro 1.1).
Verifica-se que 56,4% dos estudantes são do sexo feminino (ver anexo – gráfico 1.2). Da análise do sexo por tipo de certificação do curso frequentado, constata-se que, no caso dos cursos científico-humanísticos, existe uma presença predominantemente feminina (60,2%), enquanto que, nos cursos profissionalmente qualificantes, alunos e alunas têm um peso semelhante (Gráfico 1.5).
Uma análise mais cuidada da distribuição do sexo segundo as modalidades de ensino e formação demonstra uma repartição de sexos geralmente equilibrada, com excepção dos cursos do ensino artístico especializado, onde as raparigas representam 69,0% dos alunos (Gráfico 1.6).
Gráfico 1.4 – NUTS II dos estabelecimentos de ensino frequentados (%) 39,8 25,1 23,4 7,7 4,0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve
Gráfico 1.8 – Sexo, segundo a idade (%) 63,0 70,7 19,3 16,9 10,1 7,5 7,6 4,9 0 20 40 60 80 Masculino Feminino <=17 anos 18 19 >=20 Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Gráfico 1.9 – Tipo de certificação do curso, segundo a idade (%) 1,3 16,1 3,6 19,5 13,2 28,1 81,9 36,3 0 20 40 60 80 100 CCH CPQ <=17 anos 18 19 >=20
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. Quando questionados acerca da sua
idade, 67,3% dos alunos inquiridos, revelaram ter idade igual ou inferior a 17 anos, pelo que se encontram dentro do escalão etário da idade esperada para frequentar o 12.º ano ou equivalente (Gráfico 1.7). Por sua vez, os restantes alunos afirmaram ter 18 anos (18,0%), 19 anos (8,7%), e idades iguais ou superiores a 20 anos (6,0%).
O sexo dos alunos segundo a idade demonstra que são sobretudo as raparigas que se encontram a frequentar o 12.º ano ou equivalente dentro da idade esperada (70,7% face a 63,0%) (Gráfico 1.8). Este valor vai de encontro aos observados na literatura da especialidade, que defende uma ideia de maior investimento das alunas no seu trajecto escolar, relativamente aos seus colegas do sexo masculino (Alves, 1998; Silva, 1999).
A análise por tipo de certificação demonstra a existência de duas realidades bastante distintas. No caso dos alunos de cursos científico-humanísticos, a grande maioria refere ter uma idade igual ou inferior aos 17 anos (81,9%), apresentando a idade esperada na conclusão do ensino secundário (Gráfico 1.9). Pelo contrário, uma análise da idade por cursos profissionalmente qualificantes, permite constatar que existe uma repartição dos alunos pelos diversos escalões considerados.
Gráfico 1.7 – Distribuição por idade (%) 67,3
18,0 8,7
6,0
<=17 anos 18 19 >=20
Gráfico 1.10 – Modalidade frequentada, segundo a idade (%) 81,9 50,1 63,6 26,2 33,8 13,2 28,7 21,8 41,8 28,0 3,6 13,9 9,5 19,9 20,5 1,3 7,3 5,1 12,1 17,7 0 20 40 60 80 100 CCH CT EAE CEF CP <=17 anos 18 19 >=20
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Quadro 1.1 – Origem étnico-nacional (%)
% Portugueses 81,1 Luso-africanos 7,5 Descendentes de ex-emigrantes 3,8 Luso-europeus 2,7 Outras origens 1,3 Luso-sul-americanos 1,2 Africanos 1,2 Europeus 0,6 Sul-americanos 0,6 Total 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. Embora a maioria dos alunos dos cursos profissionalmente qualificantes tenha a idade esperada (idades iguais ou inferiores a 17 anos – 36,3%), também são observáveis alunos com 18 anos (28,1%), 19 anos (19,5%), e idades iguais ou superiores a 20 anos (16,1%).
Uma análise mais detalhada pelas modalidades de ensino e formação demonstra que são os alunos do ensino artístico especializado (63,6%) e dos cursos tecnológicos (50,1%) que mais se encontram dentro da idade esperada para frequentar o ensino secundário (Gráfico 1.10). Já no caso dos cursos profissionais (33,8%) e dos cursos de educação e formação (26,2%) a situação é ligeiramente diferente.
1.2. Nacionalidade e Origem Étnico-Nacional
Quando questionados sobre a sua nacionalidade, 94,8% dos alunos do 12.º ano ou equivalente afirmaram ser portugueses (ver anexo – gráfico 1.3). Esse valor vai ao encontro daquilo que se observa ao nível da origem étnico-nacional, com 81,1% a afirmar possuir origem portuguesa, 7,5% origem luso-africana, 3,8% descendência de ex-emigrantes portugueses e 2,7% origem luso-europeia (Quadro 1.1).
Gráfico 1.12 – Principal língua falada em casa (%) 86,1 12,5 1,4 Exclusivamente Português Português e outras línguas Exclusivamente outras línguas
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. Ao comparar a origem-étnico nacional com a nacionalidade dos alunos observa-se que a maioria dos estudantes de origem portuguesa (97,7%), origem luso-aficana (96,2%), descendência de ex-emigrantes portugueses (95,7%), luso-europeus (95,1%) e luso-sul-americanos (90,7%) têm nacionalidade portuguesa (Gráfico 1.11).
No caso dos alunos de origem africana (61,6%), sul-americana (71,3%) e europeia (79,8%) a nacionalidade estrangeira é, por sua vez, maioritária.
A análise das línguas faladas em casa demonstra que a maioria dos inquiridos fala exclusivamente português com os seus familiares (86,1%) e 12,5% dos alunos combina o português e uma língua estrangeira (Gráfico 1.12). Da leitura desagregada deste último grupo é possível observar que, boa parte dos alunos bilingues combinam o português com uma língua germânica (5,8%) ou português e outra língua românica (4,6%) (Ver anexo – Quadro 1.2).
Gráfico 1.11 – Nacionalidade, segundo a origem étnico-nacional (%) 20,2 28,7 38,4 90,7 92,6 95,1 95,7 96,2 97,7 79,8 71,3 61,6 9,3 7,4 4,9 4,3 3,8 2,3 0 20 40 60 80 100 Europeus Sul-americanos Africanos Luso-sul-americanos Outras origens Luso-europeus Descendentes de ex-emigrantes Luso-africanos Portugueses Sim Não
1.3. Condição Socioeconómica Familiar dos Alunos
Tipo de núcleos familiares
Dos alunos inquiridos, 77,8% pertencem a um núcleo familiar conjugal, enquanto que os restantes dividem-se por famílias monoparentais (13,1%), famílias reconstituídas (4,2%) e “outras situações” (4,7%) (Gráfico 1.13). Por outras situações entenda-se os alunos que vivem com outros familiares (2,3%), em instituições (0,3%) e outras situações não especificadas (2,1%) (ver anexo – quadro 1.3).
Nível de escolaridade dominante na família dos alunos
O nível de escolaridade dominante na família é um indicador tradicionalmente valioso quando a temática em análise é a educação. Os resultados demonstram que 38,5% das famílias dos alunos inquiridos têm um grau de escolaridade familiar entre o 2.º e o 3.º ciclo do ensino básico, 28,1% possuem o ensino superior e 22,0% possuem o ensino secundário (Gráfico 1.14).
Gráfico 1.13 – Tipo de núcleo familiar (%) 77,8
13,1 4,4
4,7
Família conjugal Família monoparental Família reconstituída Outras situações
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Gráfico 1.14 – Nível de escolaridade dominante na família (%) 28,1 22,0 38,4 11,4 0 10 20 30 40 50 Ensino superior Ensino secundário Entre o 2.º e o 3.º CEB Igual ou inferior ao 1. º CEB
Gráfico 1.15 – Tipo de certificação do curso, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
32,7 18,3 24,7 16,3 34,3 47,3 8,3 18,1 0 20 40 60 80 100 CCH CPQ Igual ou inferior ao 1.º CEB Entre o 2.º e o 3.º CEB Ensino secundário Ensino superior Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Gráfico 1.16 – Modalidade frequentada, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
8,3 13,5 6,1 15,6 19,1 34,3 49,4 22,1 39,7 47,7 24,7 20,9 29,3 28,4 15,2 32,7 16,2 42,5 16,3 18,0 0 20 40 60 80 100 CCH CT EAE CEF CP Igual ou inferior ao 1.º CEB Entre o 2.º e o 3.º CEB Ensino secundário Ensino superior Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Quando comparado o tipo de certificação do curso frequentado pelos estudantes com o nível de escolaridade dominante na família (Gráfico 1.15) é possível observar que as famílias dos alunos dos cursos científico-humanísticos tendem a apresentar níveis de qualificação superiores às dos
alunos de cursos
profissionalmente qualificantes.
Por um lado, 32,7% das famílias dos alunos dos cursos científico-humanísticos têm o ensino superior e 24,7% o ensino secundário, face a 18,3% e 16,3% das famílias dos alunos de cursos profissionalmente qualificantes.
Ao nível dos cursos profissionalmente qualificantes, observa-se que os alunos do ensino artístico especializado tendem a provir de famílias mais escolarizadas (42,5% das famílias com o ensino superior), resultados muito semelhantes aos observados nos cursos científico-humanísticos (Gráfico 1.16).
Quadro 1.2 – Condições perante o trabalho na família (%)
%
Ambos os responsáveis exercem profissão 67,4 Um responsável trabalha e o outro é inactivo 16,0 Um responsável trabalha e o outro está desempregado 8,8 Ambos os responsáveis estão inactivos 4,0 Ambos os responsáveis estão desempregados 2,4 Um responsável está desempregado e o outro é inactivo 1,4
Total 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Quadro 1.3 – Grande grupo de profissões dominante na família (%)
Quadros Superiores da Administração Pública,
Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas 10,7 Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas 18,2 Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio 10,8 Pessoal Administrativo e Similares 7,9 Pessoal dos Serviços e Vendedores 15,7 Agricultores e Trabalhadores Qualificados da
Agricultura e Pescas 2,9
Operários, Artífices e Trabalhadores Similares 21,6 Operadores de Instalações e Máquinas e
Trabalhadores da Montagem 4,3
Trabalhadores não Qualificados 7,9
Total 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Gráfico 1.17 – Origem socioprofissional dos alunos (%)
8,7 31,5 5,3 19,4 35,1 0 10 20 30 40 50 Operários Empregados Executantes Trabalhadores Independentes Profissionais Técnicos e de Enquadramento Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Origem socioprofissional dos alunos
A análise da condição perante o trabalho dos familiares permite observar que, em boa parte dos casos ambos os responsáveis exercem uma profissão (67,4%). Outro elemento em destaque é o facto de, em 16,0% dos casos, um responsável trabalhar enquanto o outro é inactivo (Quadro 1.2).
Os grandes grupos profissionais “Operários, Artífices e Trabalhadores Similares” (21,6%), “Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas” (18,2%), “Pessoal dos Serviços e Vendedores” (15,7%), “Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio” (10,8%) e “Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresas” (10,7%) são os grandes grupos profissionais mais representados ao nível das profissões exercidas pelos familiares (Quadro 1.3).
Ao nível da origem socioprofissional é de notar que cerca de um terço dos alunos são provenientes da categoria “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” (35,1%), seguidos das categorias “Empregados Executantes (31,6%) e dos “Profissionais Técnicos e de Enquadramento” (19,4%) (Gráfico 1.17).
Gráfico 1.18 – Tipo de certificação do curso, segundo a origem socioprofissional (%) 37,6 29,1 23,3 9,7 4,9 6,2 27,7 41,1 6,5 13,9 0 20 40 60 80 100 CCH CPQ Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais Profissionais Técnicos e de Enquadramento Trabalhadores Independentes Empregados Executantes Operários
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Gráfico 1.19 – Modalidade frequentada actualmente, segundo a origem socioprofissional (%) 6,5 11,8 2,6 8,7 14,6 27,7 41,6 25,3 36,5 41,5 4,9 5,5 1,7 4,3 6,5 23,3 10,9 31,9 9,6 8,9 37,6 30,2 38,4 40,9 28,5 0 20 40 60 80 100 CCH CT EAE CEF CP Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais Profissionais Técnicos e de Enquadramento Trabalhadores Independentes Empregados Executantes Operários
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. Comparando estes
mesmos dados com o tipo de certificação do curso frequentado, são visíveis as diferenças na medida em que, são os estudantes dos cursos científico-humanísticos que apresentam melhores condições socioeconómicas, encontrando-se 37,6% dos casos nas
categorias dos “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais”, e 23,3% nos “Profissionais Técnicos e de Enquadramento”, categorias associadas a profissões de maior prestígio e melhores condições económicas (Gráfico 1.18).
A leitura da modalidade de ensino e formação em conjunto com a origem socioprofissional dos alunos (Gráfico 1.19) permite observar que, de uma maneira geral, a categoria dos “Empresários Dirigentes e profissionais Liberais” está representada de forma expressiva em todas as modalidades de ensino e formação. Um outro aspecto a assinalar refere-se à presença acentuada da categoria “Profissionais Técnicos e de Enquadramento” (31,9%) entre os alunos do ensino artístico especializado, um valor que contrasta com o observado nas outras modalidades de ensino e formação profissionalmente qualificantes e muito próximo do observado para os cursos científico-humanísticos.
Gráfico 1.20 – Origem socioprofissional, segundo o nível de escolaridade dominante na família (%)
25,9 15,3 17,8 1,2 7,4 56,0 56,5 59,3 10,9 34,0 10,4 23,0 16,8 24,6 26,1 7,7 5,2 6,1 63,3 32,6 0 20 40 60 80 100 Operários Empregados Executantes Trabalhadores Independentes Profissionais Técnicos e de Enquadramento Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais Igual ou inferior ao 1.º CEB Entre o 2.º e o 3.º CEB Ensino secundário Ensino superior
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010.
Quadro 1.4 – Meio de deslocação utilizado pelos alunos no percurso casa-escola (%)
% Transporte público 35,2 Carro 30,7 A pé 23,4 Transporte escolar 8,7 Outro meio 2,0 Total 100
Fonte: Questionário OTES/GEPE – 2009/2010. Quando analisada a
origem socioprofissional com o nível de escolaridade mais elevado dos familiares dos alunos é observável que são os “Empresários, Dirigentes e Profissionais Liberais” (32,6% com Ensino superior e 26,1% com Ensino secundário) e os “Profissionais Técnicos e de Enquadramento” (63,3% com Ensino superior e 24,6% com Ensino secundário) aqueles que apresentam níveis de habilitações mais elevados. Por outro lado, mais de metade das
famílias dos alunos integradas nas categorias dos “Trabalhadores Independentes”, “Empregados Executantes” e “Operários” apresentam níveis educacionais entre o 2.º e o 3.º ciclo (59,3%, 56,5% e 56,0%, respectivamente (Gráfico – 1.20).
1.4. Deslocação Casa-Escola
O transporte público é o meio de transporte mais utilizado pelos alunos no seu percurso casa-escola (35,2%), seguido das deslocações de carro (30,7%) e a pé (23,4%) (Quadro 1.4).