• Nenhum resultado encontrado

SISTEMÁTICA DE INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA DE TRILHOS PARÂMETROS E CRITÉRIOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "SISTEMÁTICA DE INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA DE TRILHOS PARÂMETROS E CRITÉRIOS"

Copied!
33
0
0

Texto

(1)
(2)

A finalidade da inspeção ultrassônica de trilhos é a prevenção contra a ocorrência de trincas e fraturas.

A inspeção ultrassônica é utilizada para a detecção de defeitos internos aos trilhos.

As trincas e fraturas resultam, basicamente, da associação de dois fatores: as tensões contidas no material e os

concentradores de tensão (descontinuidades no material – internas ou superficiais).

(3)

DESCONTINUIDADES INTERNAS E SUPERFICIAIS AOS TRILHOS E SOLDAS

Descontinuidades superficiais mais comuns: irregularidades no

reforço das soldas e defeitos na superfície de contato roda-trilho.

Descontinuidades internas mais comuns: defeitos de laminação, trincas de origem térmica, falta de

fusão, bolhas, inclusões, segregações e póros.

(4)

As descontinuidades internas aos trilhos e soldas são originadas em seus processos de fabricação

(laminação e soldagem dos trilhos).

DESCONTINUIDADES INTERNAS E SUPERFICIAIS

As descontinuidades superficiais podem, também, dar origem a descontinuidades internas quando a partir delas ocorre a nucleação e a propagação de trinca (seccionamento parcial), da superfície para o interior do material que, depois, pode

(5)

A descontinuidade passa a ser classificada como defeito a partir do momento que compromete a função da peça e o

desempenho previsto para o equipamento / sistema do qual ela faça parte.

DESCONTINUIDADES x DEFEITOS

As funções básicas do trilho são: sustentar e direcionar as rodas dos trens que trafegam sobre eles. Portanto, os defeitos nos

trilhos e suas soldas consistem, basicamente, em todas as descontinuidades que, submetidas às tensões inerentes à via permanente, sejam passíveis de induzir à propagação de trincas e fraturas, que podem provocar a perda do contato roda-trilho e, consequentemente, o descarrilamento do trem.

A interrupção parcial ou a falta de continuidade em uma peça é chamada de descontinuidade.

(6)

TENSÕES INERENTES À VIA PERMANENTE

O carregamento proveniente do contato roda-trilho, nas diversas condições de velocidade, aceleração e frenagem, transfere

forças longitudinais, verticais e laterais para o trilho, submetendo-o a tensões combinadas de

(7)

TENSÕES INERENTES À VIA PERMANENTE

As movimentações na

infraestrutura da via permanente, as alterações de geometria de via

e as condições de assentamento ou fixações inadequadas

submetem o trilho a tensões

adicionais. As irregularidades geométricas das

rodas dos trens e o tráfego em vias desconsolidadas, ou sobre trilhos

que apresentam desgastes e irregularidades superficiais

acentuados, provocam vibrações e impactos de roda, gerando mais

(8)

TENSÕES ASSOCIADAS AOS TRILHOS E SOLDAS

Os processos de laminação e soldagem dos trilhos geram tensões residuais de origem térmica e mecânica que são acrescentadas à

(9)

Quando as tensões concentradas nos defeitos pré-existentes excedem a energia de coesão do material (tensão de ruptura), provocam a nucleação das trincas, sucedida por propagações estáveis e/ou instáveis, no processo de fratura do material.

CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES E PROPAGAÇÃO DE TRINCA

Estima-se que o estágio de propagação estável da trinca corresponda à maior parte da vida útil remanescente de um material submetido a solicitações cíclicas, tal como o trilho.

Porém, o estágio de propagação instável da trinca é motivo de grande preocupação devido à sua maior velocidade de

(10)

Melhoria nos processos de manutenção

(soldagem, esmerilhamento, troca / socaria de lastro, troca / ajuste dos conjuntos de fixação dos trilhos, correção

geométrica da via e compactação / socaria dos dormentes desconsolidados).

AÇÕES DE PREVENÇÃO CONTRA A OCORRÊNCIA DE TRINCAS E FRATURAS

Localização, cadastramento e priorização de troca de trilhos que apresentem um grau inaceitável de fragilidade;

Melhoria da qualidade dos materiais (trilhos, componentes de AMV's, solda aluminotérmica, solda de recuperação

(11)

Inspeção ultrassônica manual de trilhos para

acompanhamento periódico da condição dos trilhos e soldas que contém descontinuidades conhecidas e que permanecem instalados nas vias operacionais. As periodicidades devem ser compatíveis com os graus de severidade específicos das descontinuidades contidas em cada um dos itens controlados.

AÇÕES DE CONTROLE – MANUTENÇÃO PREDITIVA OU MANUTENÇÃO SOB CONDIÇÃO

Inspeção ultrassônica dinâmica (veicular) de trilhos, com

periodicidade adequada às particularidades de cada sistema metroferroviário.

(12)

Adequada qualificação profissional das equipes técnicas envolvidas com a inspeção ultrassônica.

Procedimentos Técnicos definindo as condições, parâmetros e critérios que garantam a confiabilidade das inspeções.

Equipamentos confiáveis, devidamente calibrados e adequados às particularidades de cada sistema

metroferroviário.

FATORES ESSENCIAIS PARA GARANTIR A EFICÁCIA DE UMA SISTEMÁTICA DE INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA

Sistema de gerenciamento das inspeções executadas,

proporcionando a rastreabilidade e as tomadas de decisão referentes aos trilhos e juntas soldadas que contenham

descontinuidades internas e que permaneçam instalados, em condições operacionais.

(13)

Qualificação para definição das técnicas de END aplicáveis, elaboração de procedimentos e definição das condições de ensaio: Nível 3.

QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PESSOAL

EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS PELA ABENDI –

Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção

SNQC END – Sistema Nacional de Qualificação e Certificação em Ensaios Não Destrutivos.

(14)

Inspeção ultrassônica dinâmica (veicular) visando à detecção e a localização de descontinuidades em trilhos e soldas.

Cadastramento dos itens que contêm descontinuidades

internas, mantidas em vias operacionais, formando uma base de dados que possibilite o acompanhamento do desempenho e a priorização das substituições dos trilhos e soldas cujas descontinuidades evoluam para a condição de defeitos.

Inspeção ultrassônica manual visando ao completo dimensionamento, detalhamento e caracterização das descontinuidades previamente detectadas.

ETAPAS DE UMA SISTEMÁTICA COMPLETA DE INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA DE TRILHOS

(15)

A inspeção ultrassônica dinâmica (veicular) deve ser realizada em toda a extensão das vias operacionais abrangendo,

simultaneamente, os dois trilhos das vias inspecionadas.

As detecções dos defeitos contidos nos trilhos e soldas das vias operacionais possibilitam atuações preventivas de

substituições dos trilhos e soldas defeituosos, antes que

ocorram fraturas de trilhos e outras interferências operacionais de maior gravidade.

INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA DINÂMICA (VEICULAR)

Essa rotina de manutenção deve propiciar inspeções confiáveis, com uma adequada produção de inspeção.

(16)

INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA DINÂMICA (VEICULAR)

A calibração do sistema deve ser realizada por meio de blocos de

referência, contendo refletores artificiais, instalados em uma

via de testes.

Os testes devem ser executados a diferentes velocidades.

O veículo de inspeção dinâmica, deve ser dotado de um conjunto retrátil de sondas e de computadores de bordo,

para tratamento de dados em tempo real e registro das informações

possibilitando, também, outras análises posteriores.

(17)

INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA DINÂMICA (VEICULAR)

Módulo de alta capacidade de armazenamento de informações. O veículo de inspeção ultrassônica deve dispor de tecnologia embarcada:

Módulos de geração e emissão / recepção de pulsos sônicos.

Módulo de conversão analógico / digital e filtros de sinais.

Computadores com “softwares”

especializados no processamento, análise em tempo real e

(18)

INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA DINÂMICA (VEICULAR)

Registro de inspeção ultrassônica (dados da inspeção,acompanhados pela visualização das detecções, no modo “B-scan”).

(19)

CONFIGURAÇÃO DAS SONDAS UTILIZADAS NO VEÍCULO PLANOS TÍPICOS DE DISTRIBUIÇÃO DE DESCONTINUIDADES E DE PROPAGAÇÃO DE TRINCAS EM TRILHOS

(20)

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE DETECÇÃO DO VEÍCULO DE INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA DINÂMICA

Bloco de referência, contendo refletores artificiais posicionados a diferentes distâncias e profundidades

GRUPO "A" GRUPO "B" GRUPO "C" GRUPO "D" GRUPO "E"

XA XB XC XD XE

8,00 mm 10,00 mm 15,00 mm 20,00 mm 25,00 mm OBS.:

DISTÂNCIAS ENTRE CENTROS DOS REFLETORES (FUROS E RANHURAS)

1) A distância entre os grupos de refletores é de 170 mm. 2) O comprimento total do corpo de prova é de 1.828 mm.

(21)

CONDIÇÕES VERIFICADAS, SIMULTANEAMENTE, NA

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE DETECÇÃO DO VEÍCULO

Detecção de todos os refletores mais próximos entre si (grupo de refletores com a menor distância entre centros). Detecção dos refletores, compatível com o “Padrão de

Desempenho Mínimo Recomendado pela American Railway Engineering and Maintenance of Way Association (AREMA)”, para os respectivos tipos de defeitos.

Atendimento às condições, anteriormente citadas, à máxima velocidade de teste. A sequência crescente de velocidades para as quais o veículo de inspeção confirma a detecção dos refletores, corresponde à sequência crescente de

(22)

A inspeção ultrassônica manual destina-se à realização de:

Acompanhamento periódico da condição dos trilhos e soldas que contém descontinuidades conhecidas e que permanecem instalados nas vias operacionais. As periodicidades devem ser compatíveis com os graus de severidade específicos das descontinuidades contidas em cada um dos itens controlados. Completo dimensionamento, detalhamento e caracterização das descontinuidades previamente detectadas por meio da inspeção ultrassônica dinâmica (veicular).

INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA MANUAL

Controle de qualidade das soldas recém-executadas (soldas novas).

(23)

Os Procedimentos Técnicos de inspeção ultrassônica manual devem detalhar as etapas de inspeção do boleto, da alma e do patim dos trilhos e soldas. Devem abranger as seguintes etapas:

Preparação das superfícies dos trilhos e soldas, para a varredura com os transdutores de ultrassom.

Aferição e calibração dos equipamentos (aparelhos de ultrassom, transdutores e respectivos cabos de conexão).

ETAPAS DA INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA MANUAL

Execução da inspeção ultrassônica utilizando métodos /

técnicas de exploração adequadas às peculiaridades de cada trilho / solda inspecionado.

Dimensionamento, detalhamento e caracterização das descontinuidades.

(24)

EXECUÇÃO DA INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA MANUAL

A inspeção ultrassônica manual deve abranger etapas específicas para a exploração do boleto, da alma e do patim do trilho, utilizando aparelho

(25)

As informações provenientes dos relatórios de inspeção

ultrassônica devem ser cadastradas em um banco de dados.

GERENCIAMENTO DAS INSPEÇÕES ULTRASSÔNICAS

O programa de gerenciamento do banco de dados deve conter um algoritmo que associe os diversos parâmetros das

inspeções: data da inspeção, localização do trilho / solda, área e extensão da descontinuidade, nível de resposta e o aumento do grau de severidade das descontinuidades acompanhadas,

decorrentes de eventual nucleação e propagação de trincas. Isso possibilita associar os diferentes parâmetros, com seus pesos e pontuações, visando à classificação dos graus de

severidade e à priorização das substituições ou reinspeções dos trilhos / soldas em menores intervalos de tempo.

(26)
(27)
(28)
(29)

A adequada definição dos parâmetros e critérios da inspeção ultrassônica depende de sua correlação com as características mecânicas / metalúrgicas efetivas dos defeitos detectados nos trilhos e soldas.

PARÂMETROS E CRITÉRIOS DA INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA

Consiste em uma condição essencial para o controle e garantia de qualidade dos trilhos / soldas que compõem as vias

permanentes das linhas metroferroviárias, visando à

preservação da integridade, segurança e confiabilidade dos Sistemas de Transporte sobre Trilhos.

(30)

Os critérios de classificação dos defeitos e de aceitação / rejeição baseiam-se nos graus de severidade dos defeitos avaliados a partir de conceitos da mecânica, metalurgia,

particularidades do Sistema Via permanente, interação trem-via; e históricos de ocorrências de trincas / fraturas de trilhos.

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS DEFEITOS E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO / REJEIÇÃO

Os graus de severidade dos defeitos resultam, basicamente, de: Fatores de propagação de trincas associados com as

categorias dos defeitos e suas formas, tamanhos e posições. Tipos de esforços / tensões predominantes, associados com as suas posições no trilho (boleto, alma ou patim).

Características metalúrgicas (tipos de estruturas, tamanhos de grãos, graus de pureza e presença de impurezas / inclusões.

(31)
(32)

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Descontinuidades com dimensões situadas entre 15 e 200mm² detectadas, caracterizadas, cadastradas e acompanhadas por meio de reinspeções ultrassônicas, contidas em trilhos e soldas que foram mantidos em condições operacionais, evoluíram à condição de defeitos em períodos não inferiores a três meses. Os parâmetros e critérios definidos tem subsidiado as atuações de manutenção preventiva da Via Permanente, possibilitado a prevenção contra ao ocorrência de trincas e fraturas.

Melhorias contínuas podem vir a ser implementadas a partir do prosseguimento das pesquisas, análises e aplicação de

conhecimentos específicos de metalurgia física e mecânica de fraturas.

(33)

ELABORADO POR:

MÁRCIO SATOSHI TORII

TÉCNICO DE SISTEMAS METROVIÁRIOS ESPECIALIZADO

GMT / MTT / EPV

mtorii@metrosp.com.br

ELABORADO POR:

MÁRCIO SATOSHI TORII

TÉCNICO DE SISTEMAS METROVIÁRIOS ESPECIALIZADO

GMT / MTT / EPV

Referências

Documentos relacionados

Todavia, nos substratos de ambos os solos sem adição de matéria orgânica (Figura 4 A e 5 A), constatou-se a presença do herbicida na maior profundidade da coluna

Neste tipo de situações, os valores da propriedade cuisine da classe Restaurant deixam de ser apenas “valores” sem semântica a apresentar (possivelmente) numa caixa

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

3.3 o Município tem caminhão da coleta seletiva, sendo orientado a providenciar a contratação direta da associação para o recolhimento dos resíduos recicláveis,

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Os instrutores tiveram oportunidade de interagir com os vídeos, e a apreciação que recolhemos foi sobretudo sobre a percepção da utilidade que estes atribuem aos vídeos, bem como