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DA LINGUA BELO-HORIZONTINA

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Academic year: 2021

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LEMBRE-SE

DO SEU PRATO

FAVORITO E

APRECIE ESTE

DICIONÁRIO SEM

MODERAÇÃO.

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O Dicionário Popular da Língua Belo-Horizontina é uma homenagem da BH Airport a esse povo que é único até no jeito de falar. São palavras e expressões que ganham significados especiais na prosa de todo bom mineiro. Agora, em parceria com a Plataforma Fartura, lançamos a edição Gastronomia para celebrar o Festival de Tiradentes. É como um cardápio: cheio de coisas gostosas para se apreciar. Boa diversão e, claro, bom apetite!

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boia

s. f. Boia é o que chamamos de comida. E filar a boia é mais do que ficar pedindo a comida dos outros: é uma arte incompreendida. O filador de boia é, ao mesmo tempo, um amante da gastronomia e um altruísta. Afinal, ele sabe o quanto a comida mineira é irresistível. E já imaginando que as pessoas vão exagerar, ele se dispõe a ajudá-las a terminar o prato. Palavra sugerida nas redes sociais.

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broa

s. f. Reza a lenda que comer uma saborosa broa mineira te transporta para um trem rumo a um mar de montanhas. É por isso que ela é conhecida como o pedaço de bom caminho. Geralmente, a broa de Minas faz parceria com o fubá, se transformando em uma dupla dinâmica que é capaz de combater todos os males causados por aquela fome de fim de tarde.

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cafezinho

s. m. Você pode dizer que café tem em todo lugar. Mas o cafezinho só tem em Minas mesmo. Mais do que uma bebida saborosa, o cafezinho é um convite para uma boa prosa. Ou até para as importantes conversas com você mesmo. Com o passar dos anos, se transformou em um grande representante mineiro: quente como o povo, forte como a cultura.

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doce de leite

s. m. Você ganha um doce se acertar qual é o doce preferido de um dos povos mais doces do Brasil. Afinal, não existe doce mais doce que esse famoso doce. Pode parecer que estamos sendo repetitivos. E estamos. É porque, em Minas, se tornou crime inafiançável recusar um saboroso doce de leite. Se a recusa for com goiabada ou queijo, vira prisão perpétua. Então, você já está avisado: aqui, a vida é um doce.

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fejuca

s. f. Ao cruzar a fronteira para Minas Gerais, a feijoada se transforma automaticamente em FEJUCA. Um apelido carinhoso para esse representante dos almoços que pedem uma soneca depois. Está sempre nos cardápios de sexta-feira, porque mineiro gosta de terminar a semana bem. E não importam os ingredientes, o melhor acompanhamento de uma fejuca é este: as pessoas de que se gosta.

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fubá

s. m. Nos dicionários brasileiros tradicionais, o fubá é uma farinha fina, feita com milho ou arroz moído. Mas como a gente não gosta dessas formalidades, em Minas, o fubá se transformou em um pó mágico capaz de tornar um simples bolo em um manjar dos deuses: a broa de fubá. É, também, o ingrediente perfeito para aprontar uma boa bagunça na cozinha. Se é para fazer jabá, a gente faz para o fubá.

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lambiscar

vtd. Provar,

experimentar, comer sem se satisfazer. O lambiscador é um profissional na arte de lambiscar. Ele nunca está com fome, por isso, nunca pede nada no bar ou restaurante. Mas, quando o seu pedido chega, ele sempre quer um pouquinho. É parente do serrote. Quem nunca foi um lambiscador que atire o primeiro prato.

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calço de mesa

s.m. A Terra não é plana. E as mesas de buteco estão aí pra provar. Elas são diretamente influenciadas pelas curvas do globo, por isso, nunca conseguem apoiar as quatro pernas no chão. Se as pernas da direita se firmam, as da esquerda ficam suspensas. E vice-versa. Pra que a cerveja e o petisco não corram risco de cair, existe o Calço de Mesa. Tudo vira Calço: tampinha, papel dobrado e até borracha de escritório. Ele tem a importante função de manter o equilíbrio da mesa e evitar que o Santo beba mais do que a primeira dose.

mixido

s. m. O mineiro pegou a palavra MEXIDO, mexeu de lá, mexeu de cá, até transformá-la em MIXIDO. Um delicioso prato que mistura um monte de ingredientes em uma mesma receita: arroz, feijão, couve, torresmo, linguiça, ovo e um punhado de risadas. Pode ser saboreado em restaurantes ou em casa mesmo, naquele junta-junta dos restos de comida do dia anterior. É o típico prato que mexe com o coração da gente.

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pandú

s. m. Pandú é a forma carinhosa como chamamos a barriga. Encher o pandú é aquela expressão libertadora que usamos para dizer: hoje eu vou comer até dizer chega. E em se tratando da irresistibilidade intrínseca da gastronomia mineira, pode ter certeza que você vai usá-la muito por aí.

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pão de queijo

s. m. Se o mineiro reencarnasse na forma de alguma comida, ele viria como um pão de queijo. É o maior representante do estado, depois do jeito de falar, é claro. Pequeno, grande ou recheado, tem para todos os gostos. O mais interessante é que ele é, na verdade, um biscoito. Mas é aí que o substantivo se transforma em um adjetivo: esse delicioso salgado é realmente um pão.

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pelando

adj. Quando a temperatura de uma comida está alta, o mineiro tem algumas escalas para designar o estágio em que ela se encontra: quente, muito quente, quentíssima, fervendo e, por último, pelando. Pelando é uma palavra com duas utilidades: alerta, para prevenir algum desavisado, ou lamentação, quando o desavisado é você mesmo por ter queimado a língua com a comida. Fica a dica.

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calço de mesa

s.m. A Terra não é plana. E as mesas de buteco estão aí pra provar. Elas são diretamente influenciadas pelas curvas do globo, por isso, nunca conseguem apoiar as quatro pernas no chão. Se as pernas da direita se firmam, as da esquerda ficam suspensas. E vice-versa. Pra que a cerveja e o petisco não corram risco de cair, existe o Calço de Mesa. Tudo vira Calço: tampinha, papel dobrado e até borracha de escritório. Ele tem a importante função de manter o equilíbrio da mesa e evitar que o Santo beba mais do que a primeira dose.

prosa

s. f. É bem possível que você não encontre essa palavra em um cardápio mineiro. Mas pode ter certeza, a prosa é sempre degustada como qualquer prato típico. E o modo de preparo é simples: bastam duas pessoas em volta de uma mesa com vontade de conversar. Aí é só temperar o momento com boas histórias, casos e risadas, que o prato está completo.

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tropeiro

s. m. O tropeiro nasceu de uma ideia: a união faz a força. Pegamos o feijão e juntamos com ingredientes ainda mais saborosos. Torresmo, bacon, ovo, linguiça e couve são alguns deles. Para você que já é íntimo, pode chamar de tropeirão. Se você ainda não se sentir tão à vontade, fique tranquilo: uma garfada basta para se apaixonar.

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assobio

s.m. A não ser que você seja um frequentador assíduo do buteco e saiba até o nome da sogra do dono, muito provavelmente vai utilizar esse recurso na hora de chamar o garçom. Quer pedir uma gelada? Levanta o dedo e assobia. Quer pedir a conta? É só assobiar. Quer pedir pra não pagar? Aí é melhor ficar quietinho. A utilização do assobio merece um ponto de atenção: o pessoal da mesa ao lado pode se confundir e você arrumar confusão. Ou uma paixão.

trincando

adj. A cerveja é uma boa companhia para vários pratos típicos de Minas, mas não basta ela estar estupidamente gelada. Tem que vir trincando. Esse é aquele estágio da bebida em que ela ultrapassa o limite da alegria para a felicidade pura. É uma palavra muito usada no inverno, quando se necessita de um abraço quente: “estou trincando de frio”.

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tutu

s. m. Tutu parece apelido carinhoso, mas é mais um representante da gastronomia mineira. Aí é uma questão de escolha: feijão, feijão tropeiro ou tutu de feijão? Se vier acompanhado de torresmo, ovo e arroz, o tutu se transforma em um forte competidor frente aos seus dois concorrentes. Tem uma consistência mais firme que o normal, porque há momentos na vida que a gente precisa é de força.

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calço de mesa

s.m. A Terra não é plana. E as mesas de buteco estão aí pra provar. Elas são diretamente influenciadas pelas curvas do globo, por isso, nunca conseguem apoiar as quatro pernas no chão. Se as pernas da direita se firmam, as da esquerda ficam suspensas. E vice-versa. Pra que a cerveja e o petisco não corram risco de cair, existe o Calço de Mesa. Tudo vira Calço: tampinha, papel dobrado e até borracha de escritório. Ele tem a importante função de manter o equilíbrio da mesa e evitar que o Santo beba mais do que a primeira dose.

varado

adj. Varado é uma palavra que nunca surge sozinha. Ela junta a fome com a vontade de comer e se transforma em uma expressão que é o auge do desejo gastronômico. Antes de chegar ao restaurante, você tem uma necessidade. Quando chega e sente o cheirinho da comida mineira, passa a ficar varado de fome. Os sintomas são claros: boca salivando e barriga roncando.

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Confira mais expressões nas nossas redes sociais e mande as suas sugestões. Crie com a gente este delicioso Dicionário.

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Aqui, você vive encontros e reencontros, expectativas e sonhos. Por isso, a gente faz tudo para que as coisas sejam do jeito que você espera. Comodidade que se transforma em felicidade. Conforto que gera bem-estar. Pontualidade que traz tranquilidade.

A gente adora fazer parte da sua história. A gente adora ser o aeroporto de BH.

Aeroporto

Internacional

de BH

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Em 2018, a cidade de Tiradentes completa 300 anos, e seu mais tradicional festival marca presença neste momento tão importante. O 21º Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes homenageia o tricentenário da cidade e sua gastronomia original, com grandes chefs apresentando receitas, pratos únicos e uma

programação completa para todos os gostos e estilos.

Festival Cultura e

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