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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

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Academic year: 2021

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1.0000.20.019195-5/000

Processo:

Des.(a) Wanderley Paiva

Relator:

Des.(a) Wanderley Paiva

Relator do Acordão:

28/10/0020

Data do Julgamento:

05/11/2020

Data da Publicação:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR - EXISTÊNCIA DE NOVA ESPÉCIE NORMATIVA DESTINADA A ADEQUAR A NORMA FUSTIGADA - PERDA DO OBJETO - EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.

-Uma vez demonstrada a existência de nova espécie normativa destinada a adequar a norma fustigada, com alteração do dispositivo impugnado, inviabilizando o prosseguimento neste ponto, a extinção do processo sem resolução do mérito, por perda superveniente do objeto, é medida que se impõe.

AÇÃO DIRETA INCONST Nº 1.0000.20.019195-5/000 - COMARCA DE ABAETÉ - REQUERENTE(S): DEFENSOR PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS - REQUERIDO(A)(S): PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE DURANDÉ, PREFEITO MUNICIPAL DE DURANDÉ - INTERESSADO(S): ASSOCIAÇÃO DAS DEFENSORAS E DOS DEFENSORES PÚBLICOS DE MINAS GERAIS

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, o ÓRGÃO ESPECIAL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, em EXTINGUIR O PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

DES. WANDERLEY PAIVA RELATOR.

DES. WANDERLEY PAIVA (RELATOR) V O T O

Trata-se de Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido cautelar, intentada pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, em face da Lei 598/2015, do parágrafo 3º do artigo 245 e anexo II da Lei nº 638/2017, e artigo 2º da Lei nº 691/2019 anexo II, os quais disciplinam a criação do cargo de Defensor Público no âmbito do Município de Durandé.

A requerente aduz que de início há que ressaltar, que a presente ação foi proposta em face do Município de Durandé, sendo que em sede de liminar o autor da petição inicial se restringiu a requerer a expedição de ofício ao Ilustríssimo Senhor Prefeito Municipal, além da suspensão do edital nº. 001/2019, bem como a suspensão do artigo e parágrafo mencionado no item 4.1.1. Já no mérito, requereu a declaração de inconstitucionalidade e a citação do Prefeito e Presidente da Câmara Municipal de Durandé, contudo, em consulta ao andamento processual, bem como, a cópia do despacho recebido por meio do ofício nº. 1.252/2020.

Alega mais que em primeiro lugar, percebe-se ausência de chamamento do gestor municipal para os termos da presente ação, pois, nos termos do art. 61 da Lei Orgânica do Município de Durandé, compete privativamente ao Prefeito Municipal legislar sobre a criação de cargos e funções públicas na Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Município. Em segundo lugar, embora a Ação pleiteie o reconhecimento da inconstitucionalidade do § 3º do art. 245 Lei nº 638/2017, e artigo 2º da Lei nº 691/2019 anexo II (Cargo de Defensor Público), tal cargo foi criado através da Lei Municipal nº. 598/2015 que não foi revogada pela Lei nº 638/2017 e Lei nº. 691/2019.

Afirma também que entende que o resultado final da presente Ação, caso procedente, deverá ter seus efeitos estendidos a supracitada lei, pois, embora não mencionada nos autos e não revogada pela Lei nº. 638/2017 e Lei nº. 691/2019 permanecerá em vigor. Ademais, à época de criação do cargo, entendeu os Nobres Vereadores pela necessidade da função de Defensor Público no Município, muito embora a Constituição Federal tenha reservado tal função somente a União e aos Estados, a defensoria acaba sendo em sua maioria por conta dos Municípios. Requer, assim, a juntada de cópia da Lei Municipal nº. 598/2015, bem como seja incluído nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade o Gestor do Município de Durandé, para também se manifestar nos autos em respeito ao princípio do contraditório e ampla defesa e considerando que eventual decisão sobre

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os pedidos iniciais, estes deverão ser cumpridos pelo Sr. Prefeito, eis que a matéria é de sua competência privativa, além do princípio da separação dos poderes.

A Coordenação de Pesquisa e Orientação Técnica deste Egrégio Tribunal de Justiça informou que o Órgão Especial ainda não se manifestou acerca da inconstitucionalidade da norma atacada (evento/ordem nº 11).

Instado a se manifestar, na condição de amicus curiae, a Associação de Defensoras e Defensores Públicos de Minas Gerais - ADEP manifestou-se pela concessão da cautelar pleiteada e, no mérito, pela procedência da ADI. Em sua manifestação, a Câmara Municipal de Durandé chamou a atenção para a ausência de intimação do Chefe do Executivo Municipal de Durandé para manifestação na presente demanda, a qual posteriormente foi recomendada pela Procuradoria Geral de Justiça.

Já o Prefeito Municipal de Durandé apontou que "encaminhou à Câmara, projeto de Lei criando o cargo de assistente jurídico em substituição ao cargo de defensor público, revogando a Lei 598/2015, e o cargo de defensor previsto no Estatuto dos Servidores Públicos do Município Lei 638/2017, e que assegura aos candidatos inscritos para concorrer à vaga de defensor público do concurso público municipal nº. 01/2019 que se encontra suspenso, o direito de posse ao cargo de Assistente Jurídico em caso de aprovação nos termos do edital do certame, ou o direito de reaver o valor da inscrição, caso não desejar a concorrer à vaga"

Atesta que o referido Projeto de Lei fora aprovado pela Câmara Municipal e sancionado, dando origem à Lei 723/2020, publicada no Diário Oficial do Município em 04/09/2020 (edição anexada). Requere a extinção da presente demanda por perda de objeto.

A Procuradoria-Geral de Justiça opinou pela extinção da presente Ação Direta de Inconstitucionalidade, em razão da revogação das normas originalmente impugnadas. (evento/ordem nº 31).

É o relatório. Decido.

Ab initio, eis as normas legais impugnadas: (...)

Lei 598/2015, do parágrafo 3º do artigo 245 e anexo II da Lei nº 638/2017, e artigo 2º da Lei nº 691/2019 anexo II, os quais disciplinam a criação do cargo de Defensor Público no âmbito do Município de Durandé

(...)

Considerando que o Prefeito Municipal de Durandé/MG informou que "encaminhou à Câmara, projeto de Lei criando o cargo de assistente jurídico em substituição ao cargo de defensor público, revogando a Lei 598/2015, e o cargo de defensor previsto no Estatuto dos Servidores Públicos do Município Lei 638/2017, e que assegura aos candidatos inscritos para concorrer à vaga de defensor público do concurso público municipal nº. 01/2019 que se encontra suspenso, o direito de posse ao cargo de Assistente Jurídico em caso de aprovação nos termos do edital do certame, ou o direito de reaver o valor da inscrição, caso não desejar a concorrer à vaga", data venia, a meu sentir, resta prejudicado o pedido de declaração de inconstitucionalidade, com pedido cautelar, formulado na presente ADI. Ademais, conforme bem asseverou a douta Procuradoria-Geral de Justiça em seu brilhante parecer (evento/ordem nº 31), "(...) De fato, no curso da presente demanda, restou demonstrada a existência de nova espécie normativa que promoveu a revogação do diploma impugnado pelo Autor. Por essa razão, mostra-se acertado o requerimento de extinção do presente processo por perda do objeto da ação. Isso porque a revogação ou a modificação substancial da norma impugnada inviabiliza o prosseguimento neste ponto".

Como cediço, a ação direta de inconstitucionalidade tem por escopo a exclusão do ordenamento jurídico de uma determinada norma que esteja em conflito com o sistema constitucional vigente, seja por vício formal em sua criação, seja por incompatibilidade material de seu conteúdo.

Nesse raciocínio, demonstrada a existência de nova espécie normativa destinada a adequar a norma fustigada, de forma que seja estabelecido em lei procedimento específico para utilização dos bens disponibilizados pelo Poder Público, torna sem objeto a presente ação, tendo em vista a retirada do sistema jurídico da norma que não mais produz efeitos.

Acerca da questão, é a lição de Alexandre de Moraes:

"O Supremo Tribunal Federal não admite ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo já revogado ou cuja eficácia já se tenha exaurido (por exemplo: medida provisória não convertida em lei) entendendo, ainda, a prejudicialidade da ação, por perda do objeto, na hipótese de a lei ou ato normativo impugnados vierem a ser revogados antes do julgamento final da mesma, pois, conforme entende o Pretório excelso, a declaração em tese de ato normativo que não mais existe transformaria a ação direta em instrumento processual de proteção de situações jurídicas pessoais e concreta." (MORAIS, Alexandre. Direito Constitucional. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2005. p. 656.) Neste sentido a jurisprudência da Excelsa Corte:

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EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEIS 11.644/2000 E 15.327/2010 DO ESTADO DE SANTA CATARINA. INSTITUIÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO CENTRALIZADA DE DEPÓSITOS SOB AVISO À DISPOSIÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. REVOGAÇÃO DA NORMA IMPUGNADA. LEI POSTERIOR QUE REGULA A MESMA MATÉRIA. PERDA DE OBJETO DA AÇÃO E CONSECTÁRIA PREJUDICIALIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A revogação da norma impugnada faz com que o objeto da pretensão inicial não mais subsista, revelando a inviabilidade do exame de sua compatibilidade com a Carta Maior por meio do controle abstrato de constitucionalidade. 2. A jurisprudência desta Suprema Corte é pacífica quanto à prejudicialidade da ação direta de inconstitucionalidade, por perda superveniente de objeto, quando sobrevém a revogação ou a alteração substancial da norma cuja constitucionalidade se questiona. Precedentes: ADI 1.454/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ 3.8.2007; ADI 1.445-QO/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 29.4.2005; ADI 519- QO/MT, Rel. Min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ 28.6.2002; ADI 2.515-MC/CE, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 1º.3.2002; ADI 2.290-QO/DF, Rel. Min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ 29.6.2001; ADI 1.859-QO/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ 26.11.1999; ADI 2.001-MC/DF, Rel. Min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ 3.9.1999; ADI 520/MT, Rel. Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 6.6.1997; ADI 709/PR, Rel. Min. Paulo Brossard, Tribunal Pleno, DJ 24.6.1994 e ADI 2.118/AL, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJE nº 145, de 06/08/2010. 3. A revogação da norma impugnada impõe ao autor o ônus de apresentar eventual pedido de aditamento, na forma e no tempo processual adequados, caso entenda subsistentes as mesmas inconstitucionalidades na norma revogadora. 4. In casu, no entanto, o requerente manteve-se inerte, cabendo ao relator o reconhecimento dos efeitos processuais decorrentes da revogação da norma originalmente impugnada, especialmente quando transcorrido considerável lapso de tempo desde a revogação, sem qualquer providência das partes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (ADI 2542 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 16/10/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-247 DIVULG 26- 10-2017 PUBLIC 27-10-2017)

"EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. RECURSO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. RECEPÇÃO COMO AGRAVO REGIMENTAL. ARTIGO 1º DO DECRETO nº 3.070/1999 E ARTIGO 153 DO DECRETO nº 4.544/2002. R E V O G A Ç Ã O D A S N O R M A S I M P U G N A D A S . P E R D A D E O B J E T O D A A Ç Ã O E C O N S E C T Á R I A PREJUDICIALIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator como agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. 2. Diante da revogação das normas impugnadas, o objeto da pretensão inicial não mais subsiste, revelando-se inviável o exame de sua compatibilidade com a Carta Maior por meio do controle abstrato de constitucionalidade. 3. A jurisprudência dessa Suprema Corte é pacífica quanto à prejudicialidade da ação direta de inconstitucionalidade, por perda superveniente de objeto, quando sobrevém a revogação ou alteração substancial da norma questionada em sua constitucionalidade. Precedentes: ADI 1.454/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ 3.8.2007; ADI 1.445-QO/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 29.4.2005; ADI 519-QO/MT, Rel. Min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ 28.6.2002; ADI 2.515-MC/CE, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 1º.3.2002; ADI 2.290-QO/DF, Rel. Min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ 29.6.2001; ADI 1.859-QO/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ 26.11.1999; ADI 2.001-MC/DF, Rel. Min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ 3.9.1999; ADI 520/MT, Rel. Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 6.6.1997; ADI 709/PR, Rel. Min. Paulo Brossard, Tribunal Pleno, DJ 24.6.1994 e ADI 2.118/AL, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJE nº 145, de 06/08/2010. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

(STF, ADI 4061 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 19/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-184 DIVULG 16-09-2015 PUBLIC 17-09-2015)

"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI ESTADUAL Nº 12.910/2008, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (ART. 2º) - DIPLOMA LEGISLATIVO QUE FIXA O SUBSÍDIO DA MAGISTRATURA DAQUELE ENTE FEDERATIVO - MODIFICAÇÃO SUPERVENIENTE, DE CARÁTER SUBSTANCIAL, INTRODUZIDA NO TEXTO DA NORMA ESTATAL IMPUGNADA - HIPÓTESE DE PREJUDICIALIDADE - EXTINÇÃO ANÔMALA DO PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO NORMATIVA ABSTRATA - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - AÇÃO DIRETA JULGADA PREJUDICADA - PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA PELO NÃO PROVIMENTO - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (STF, ADI 4177 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-167 DIVULG 28-08-2014 PUBLIC 29-08-2014)

"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - MEDIDA PROVISÓRIA Nº 349/2007 - ALTERAÇÕES SUBSTANCIAIS E MATERIALMENTE SIGNIFICATIVAS DURANTE O PROCEDIMENTO DE CONVERSÃO LEGISLATIVA (LEI Nº 11.491/2007) - HIPÓTESE CARACTERIZADORA DE PREJUDICIALIDADE - PRETENDIDA CONVERSÃO DO PRESENTE PROCESSO DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO EM ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL - INADMISSIBILIDADE - NÃO CARACTERIZAÇÃO DE HIPÓTESE DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE (LEI Nº 9.882/99, ART. 4º, § 1º) - RECURSO

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IMPROVIDO. (STF, ADI 3864 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 25/11/2009, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-158 DIVULG 15-08-2014 PUBLIC 18-08-2014)

"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTS. 12, CAPUT, INC. IV, E 19, CAPUT, PARÁGRAFOS 1º, 2º, 3º, 4º E 5º, DA LEI N. 10.260/2001. INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR. FUNDO DE FINANCIAMENTO AO ESTUDANTE DE ENSINO SUPERIOR - FIES. 1. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO QUANTO AOS ARTS. 12, INC. IV, E 19, CAPUT, PARÁGRAFOS 1º, 2º, 3º, 4º E 5º, DA LEI N. 10.260/2001. ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL DAS NORMAS IMPUGNADAS POR LEIS SUPERVENIENTES. PRECEDENTES. 2. ART. 12, CAPUT, DA LEI N. 10.260/2001: RESGATE CONDICIONADO À AUSÊNCIA DE LITÍGIO JUDICIAL TENDO COMO OBJETO CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ARRECADADAS PELO INSS OU CONTRIBUIÇÕES REFERENTES AO SALÁRIO-EDUCAÇÃO: INEXISTÊNCIA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 3. AÇÃO JULGADA PREJUDICADA QUANTO AOS ARTS. 12, INC. IV, E 19, CAPUT, PARÁGRAFOS 1º, 2º, 3º, 4º E 5º, DA LEI N. 10.260/2001 E IMPROCEDENTE QUANTO AO ART. 12, CAPUT, DA LEI N. 10.260/2001.

(STF, ADI 2545, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 16/11/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-168 DIVULG 31-07-2017 PUBLIC 01-08-2017)

No mesmo sentido, já decidiu este Col. Órgão Especial:

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. REVOGAÇÃO EXPRESSA DA NORMA IMPUGNADA. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. A revogação da Lei Municipal objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade conduz à perda do seu objeto e extinção do processo sem resolução do mérito. (TJMG - Ação Direta Inconst 1.0000.17.006889-4/000, Relator(a): Des.(a) Wander Marotta, ÓRGÃO ESPECIAL, julgamento em 11/10/2017, publicação da súmula em 24/10/2017).

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DISPOSITIVOS LEGAIS DO MUNICÍPIO DE SENADOR FIRMINO. REVOGAÇÃO EXPRESSA. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. A revogação da Lei Municipal objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade conduz à perda do objeto, com a consequente extinção sem resolução do mérito. (TJMG - Ação Direta Inconst 1.0000.16.074593-1/000, Relator(a): Des.(a) Luiz Artur Hilário, ÓRGÃO ESPECIAL, julgamento em 23/06/2017, publicação da súmula em 29/06/2017). EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - REVOGAÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL IMPUGNADO. A revogação da lei impugnada enseja a perda do objeto da ação direta de inconstitucionalidade. (TJMG - Ação Direta Inconst 1.0000.16.091611-0/000, Relator(a): Des.(a) Paulo Cézar Dias, ÓRGÃO ESPECIAL, julgamento em 10/05/0017, publicação da súmula em 18/05/2017).

Assim, verificada a inexistência de interesse de agir, a extinção do presente processo, sem resolução de mérito, é medida que se impõe.

Com tais considerações, nos termos do art. 93, IX da Constituição Federal, JULGO EXTINTO O PROCESSO, na forma do art. 485, VI, do Código de Processo Civil, em razão da revogação das normas originalmente impugnadas. Custas Nihil

Cumpra-se o que determina o artigo 336 do RITJMG.

DES. AGOSTINHO GOMES DE AZEVEDO - De acordo com o(a) Relator(a). DES. NEWTON TEIXEIRA CARVALHO - De acordo com o(a) Relator(a). DES. CORRÊA JUNIOR - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. MAURÍCIO SOARES - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. CARLOS ROBERTO DE FARIA - De acordo com o(a) Relator(a). DES. AMAURI PINTO FERREIRA - De acordo com o(a) Relator(a). DES. KILDARE CARVALHO - De acordo com o(a) Relator(a). DESA. MÁRCIA MILANEZ - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. ANTÔNIO CARLOS CRUVINEL - De acordo com o(a) Relator(a). DES. WANDER MAROTTA - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. GERALDO AUGUSTO - De acordo com o(a) Relator(a). DES. CAETANO LEVI LOPES - De acordo com o(a) Relator(a). DES. BELIZÁRIO DE LACERDA - De acordo com o(a) Relator(a). DES. MOREIRA DINIZ - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. PAULO CÉZAR DIAS - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. EDILSON OLÍMPIO FERNANDES - De acordo com o(a) Relator(a). DES. ARMANDO FREIRE - De acordo com o(a) Relator(a).

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DES. JOSÉ FLÁVIO DE ALMEIDA - De acordo com o(a) Relator(a). DES. TIAGO PINTO - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. JÚLIO CEZAR GUTTIERREZ - De acordo com o(a) Relator(a). DES. DÁRCIO LOPARDI MENDES - De acordo com o(a) Relator(a). DES. OTÁVIO DE ABREU PORTES - De acordo com o(a) Relator(a).

DESA. MÔNICA LIBÂNIO ROCHA BRETAS - De acordo com o(a) Relator(a).

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