RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO
Naproxeno (naproxeno sódico) Krka 250 mg (275 mg) comprimidos revestidos por película Naproxeno (naproxeno sódico) Krka 500 mg (550 mg) comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Naproxeno Krka 275 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém 275 mg de naproxeno sódico, equivalente a 250 mg de naproxeno.
Naproxeno Krka 550 mg comprimidos revestidos por película
Cada comprimido revestido por película contém 550 mg de naproxeno sódico, equivalente a 500 mg de naproxeno.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido revestido por película.
Comprimidos a 275 mg: comprimidos revestidos por película azul clara, ovais e ligeiramente biconvexos.
Comprimidos a 550 mg: comprimidos revestidos por película azul escura, ovais e
ligeiramente biconvexos, com ranhura numa das faces. O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas
Naproxeno Krka é utilizado para o tratamento sintomático de:
• artrite reumatoide, osteoartrose (artrite degenerativa), espondilite anquilosante, artrite idiopática juvenil
• afeções musculosqueléticas agudas (tais como entorses e luxações, traumatismo direto, dor lombossagrada, tendossinovite, bursite)
• crise aguda de gota • dismenorreia
• dor aguda pós-operatória e estados de edema (ex.: após cirurgia, extração de dentes). 4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 4.4).
Artrite reumatoide, osteoartrose, espondilite anquilosante:
A dose diária recomendada é de 550- 1100 mg de naproxeno sódico repartidos por duas tomas. A dose de manutenção de naproxeno sódico poderá ser ajustada a doses maiores ou menores dependendo da resposta clínica do doente. A dose única de 1100 mg não deverá ser excedida.
Afeções musculosqueléticas agudas
A dose inicial recomendada é de 550 mg de naproxeno sódico, seguida de 550 mg de naproxeno sódico de 12 em 12 horas ou de 275 mg de naproxeno sódico a cada 6 – 8 horas. Crise aguda de gota
A dose inicial recomendada é de 825 mg de naproxeno sódico, seguida de 275 mg de naproxeno sódico de 8 em 8 horas.
Dismenorreia
A dose inicial recomendada é de 550 mg em dose única, seguida de 550 mg de naproxeno sódico de 12 em 12 horas ou de 275 mg de naproxeno sódico a cada 6 – 8 horas se
necessário.
Dor aguda pós-operatória
A dose inicial recomendada é de 550 mg de naproxeno sódico seguida de 550 mg de naproxeno sódico de 12 em 12 horas ou de 275 mg de naproxeno sódico a cada 6 – 8 horas. População pediátrica
Naproxeno Krka não está recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos de idade, uma vez que não é possível dosear o medicamento com base no peso. Artrite idiopática juvenil
Para adolescentes de 16 anos e peso igual ou superior a 50 kg, a dose diária recomendada é de 550 mg – 825 mg de naproxeno sódico repartidos por duas tomas.
Populações especiais
Doentes com insuficiência renal
Este medicamento deverá ser administrado com precaução a doentes com insuficiência renal (ver secção 4.4). A redução da dose é necessária em doentes com valores de depuração da creatinina superiores a 30 ml/min, para evitar a acumulação de metabolitos. Naproxeno sódico não está recomendado em doentes com valores da depuração da creatinina inferiores a 30 ml/min (ver secções 4.3 e 4.4).
Doentes com insuficiência hepática
Este medicamento deverá ser administrado com precaução a doentes com afeção hepática (ver secção 4.4). A redução da dose é necessária nestes doentes devido ao risco de sobredosagem. Naproxeno sódico não está recomendado em doentes com afeção hepática grave (ver secções 4.3 e 4.4).
Doentes com idade superior a 65 anos
Este medicamento deverá ser administrado com precaução a doentes idosos, devido ao risco de sobredosagem (ver secção 4.4). A menor dose possível deverá ser utilizada pela menor
duração possível devido ao facto dos doentes idosos serem mais propensos a reações adversas.
Modo de administração
Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, com líquido e, preferencialmente, acompanhados de alimentos.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa naproxeno sódico ou a qualquer dos excipientes mencionados na secção 6.1.
História de broncospasmo, asma, rinite ou urticária associada com a administração de ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteróides (AINE).
Úlcera péptica/hemorragia ativa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada)
História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com AINE
Afeção hepática grave Compromisso renal grave Insuficiência cardíaca grave
Último trimestre da gravidez (ver secção 4.6)
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Deve evitar-se administração concomitante de Naproxeno Krka com AINE incluindo os inibidores seletivos da ciclooxigenase-2.
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficazdurante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas.
Idosos
Os doentes idosos apresentam uma maior frequência de reações adversas aos AINE, especialmente hemorragia gastrointestinal e perfuração, que podem revelar-se fatais (ver secção 4.2).
Hemorragia gastrointestinal, ulceração e perfuração
Têm sido notificados com todos os AINE casos de hemorragia gastrointestinal, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em qualquer altura do tratamento,
associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves. O risco de hemorragia gastrointestinal, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas de AINE, em doentes com história de úlcera, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos. Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose disponível. A coadministração de agentes protetores (ex.:
misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como em doentes que necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou outros medicamentos suscetíveis de aumentar o risco gastrointestinal (ver abaixo e secção 4.5.).
Os doentes com história de toxicidade gastrointestinal, particularmente os idosos, devem reportar quaisquer sintomas abdominais não usuais (especialmente hemorragia
Deve ser recomendada precaução em doentes a receber medicação concomitante que possa aumentar o risco de ulceração ou hemorragia, tal como corticosteroides orais, anticoagulantes como a varfarina, inibidores seletivos da recaptação da serotonina ou agentes antiplaquetários como o ácido acetilsalicílico (ver secção 4.5).
Quando ocorre hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Naproxeno Krka, o tratamento deve ser descontinuado.
Os AINE devem ser administrados com precaução a doentes com história de doença gastrointestinal (colite ulcerativa, doença de Crohn) dado que a sua condição pode ser exacerbada (ver secção 4.8 – efeitos indesejáveis).
Efeitos renais
Como o naproxeno sódico e os seus metabolitos são eliminados principalmente através dos rins por filtração glomerular, este deverá ser administrado com grande precaução a doentes que sofram de insuficiência renal (ver secção 4.2). Nos doentes com compromisso renal, a depuração da creatinina deve ser determinada e monitorizada durante o tratamento. Se os valores da depuração da creatinina forem inferiores a 30 ml/min, o tratamento com naproxeno sódico não é recomendado.
A administração de um AINE pode causar redução dependente da dose na formação de prostaglandina e assim precipitar falência renal. Os doentes com maior risco desta reação são aqueles com compromisso da função renal, insuficiência cardíaca, disfunção hepática, os doentes em tratamento com diuréticos e os idosos.
Efeitos hepáticos
Dever-se-á ter precaução em doentes com afeção hepática (ver secções 4.2 e 4.3). A doença hepática por alcoolismo crónico e provavelmente outras formas de cirrose, reduzem a concentração plasmática total de naproxeno sódico, mas a concentração plasmática de naproxeno sódico livre é aumentada. Recomenda-se a administração da dose eficaz mais baixa.
Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares
Têm sido notificados casos de retenção de líquidos e edema associados ao tratamento com AINE, pelo que dever-se-á ter precaução com os doentes com história de hipertensão arterial e/ou insuficiência cardíaca.
Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração dalguns AINE (particularmente em doses elevadas e em tratamento de longa duração) poderá estar associada a um pequeno aumento de risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou AVC). Apesar de os dados indicarem que a administração de naproxeno (1000 mg diários) possa estar associada a um risco menor, o mesmo não pode ser excluído. Os dados relativos aos efeitos de doses baixas de naproxeno sódico, por ex. 275 mg, são insuficientes para se extraírem conclusões definitivas sobre riscos de possíveis eventos trombóticos.
Efeitos Cutâneos
Têm sido muito raramente notificadas reações cutâneas graves, algumas das quais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, associadas à administração de AINE, (ver secção 4.8.). Aparentemente o risco de ocorrência
destas reações é maior no início do tratamento, sendo que na maioria dos casos estas reações manifestam-se durante o primeiro mês de tratamento. Naproxeno Krka deve ser interrompido aos primeiros sinais de erupção cutânea, lesões mucosas, ou outras quaisquer manifestações de hipersensibilidade.
Precauções relacionadas com a fertilidade
A utilização de naproxeno sódico pode comprometer a fertilidade feminina e não é
recomendada em mulheres que estejam a tentar engravidar. Em mulheres com dificuldade em engravidar ou nas quais esteja a ser investigada a causa de infertilidade, deverá ser
considerada a suspensão do naproxeno sódico.
A utilização prolongada de qualquer tipo de medicação analgésica para as cefaleias poderá agravá-las. Se ocorrer ou se se suspeitar desta situação, dever-se-á procurar aconselhamento médico e o tratamento deverá ser descontinuado. Deve-se suspeitar de cefaleia por uso excessivo de medicação em doentes com cefaleias frequentes ou diárias, apesar da (ou devido à) utilização regular de medicação para as cefaleias.
De uma forma geral, a utilização habitual de medicamentos analgésicos, particularmente a combinação de várias substâncias ativas para o alívio da dor, podem conduzir danos renais permanentes, com o risco de falência renal. Este risco pode ser aumentado por ocorrência de esforço físico associado a perda de sal e desidratação. Deste modo, estas situações deverão ser evitadas.
Os efeitos secundários relacionados com os AINE, particularmente os efeitos secundários relacionados com o trato gastrointestinal ou com o sistema nervoso central, poderão estar aumentados com o consumo concomitante de álcool.
Informação importante sobre alguns componentes de Naproxeno Krka
Este medicamento contém 1,09 mmol (ou 25,000 mg) de sódio por comprimido de 275 mg e 2,17 mmol (ou 50,00 mg) de sódio por comprimido de 550 mg, que deve ser tido em
consideração em doentes com dietas controladas em sódio. 4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação Anticoagulantes
Os AINE podem aumentar os efeitos dos anticoagulantes, tais como os da varfarina (ver secção 4.4.).
Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS)
Aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4.) com a administração concomitante de AINE
Corticosteróides:
A coadministração de AINE pode aumentar o risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4.).
Lítio
Aumento da concentração plasmática do lítio com a administração concomitante de naproxeno sódico e lítio.
Derivativos da hidantoína ou derivativos da sulfonilureia
Devido ao elevado índice de ligação do naproxeno às proteínas plasmáticas, deve ter-se precaução na coadministração de derivativos da hidantoína ou da sulfonilureia uma vez que estes medicamentos também se ligam às proteínas plasmáticas. Os doentes em tratamento com naproxeno e uma hidantoína, sulfonamida ou sulfonilureia devem ser observados para ajuste da dose, caso necessário.
Furosemida
O naproxeno sódico pode reduzir o efeito natriurético da furosemida. Metotrexato
O naproxeno sódico reduz a secreção tubular de metotrexato, podendo portanto aumentar a toxicidade do metotrexato com a administração concomitante.
Probenecide
Se o probenecide for administrado concomitantemente, a semi-vida biológica do naproxeno sódico é prolongada e as suas concentrações plasmáticas aumentam.
Ciclosporina
A coadministração com ciclosporina pode aumentar o risco de compromisso renal.
Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII):
Os anti-inflamatórios não esteroides (AINE) podem diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal comprometida (ex.: doentes desidratados ou idosos com compromisso da função renal) a coadministração de um Inibidor da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) ou de um Antagonista da Angiotensina II (AAII) e agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que normalmente é reversível. A ocorrência destas interações deve ser tida em consideração em doentes a tomar naproxeno com IECA ou AAII.
Consequentemente, esta associação medicamentosa deve ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica
concomitante e periodicamente desde então. Zidovudina
Estudos in vitro demonstraram que a administração concomitante de naproxeno sódico e de zidovudina aumenta as concentrações plasmáticas da zidovudina.
Sugere-se que a terapêutica com naproxeno seja temporariamente suspensa 48 horas antes da realização de exames da função adrenal, pelo facto do naproxeno poder interferir com algumas análises para esteroides 17 cetogénicos. Igualmente, o naproxeno pode interferir com alguns testes urinários para o ácido 5-hidroxindolacético.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez:
A inibição da síntese da prostaglandina pode afetar a gravidez e/ou o desenvolvimento embriofetal de forma adversa. Os dados obtidos de estudos epidemiológicos sugerem um risco aumentado de aborto e de malformação cardíaca e gastrosquise após a utilização de um inibidor da síntese da prostaglandina no início da gravidez. O risco absoluto de malformação cardiovascular aumentou de menos de 1 % para aproximadamente 1,5 %. Crê-se que o risco aumenta consoante a dose e a duração da terapêutica.
Nos animais, demonstrou-se que a administração de um inibidor da síntese da prostaglandina resulta num aumento da perda pré- e pós- implantação e da letalidade embriofetal. Além disso, foi descrito o aumento da incidência de diversas malformações, incluindo a nível cardiovascular, em animais aos quais foi administrado um inibidor da síntese da
prostaglandina durante o período organogenético. Durante o primeiro e o segundo trimestre da gravidez, o naproxeno sódico não deve ser administrado, a menos que seja absolutamente necessário. Se o naproxeno sódico for usado por uma mulher que esteja a tentar engravidar ou durante o primeiro e o segundo trimestre da gravidez, a dose deve ser tão baixa e a duração do tratamento tão curta quanto possível.
Durante o terceiro trimestre da gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:
• toxicidade cardiopulmonar (hipertensão pulmonar com encerramento prematuro do canal arterial).
• disfunção renal que pode evoluir para insuficiência renal com olighidrâmnios; expor a mãe e o neonato, no fim da gravidez, a
• possível aumento do tempo de hemorragia, um efeito antiagregante que pode ocorrer mesmo com doses muito baixas.
• inibir as contrações uterinas e atrasar/prolongar o parto
Consequentemente, o naproxeno sódico está contraindicado durante o terceiro trimestre da gravidez.
Amamentação:
A administração de Naproxeno Krka não está recomendada durante a amamentação. Fertilidade:
Existe alguma evidência que fármacos inibidores da síntese de
ciclooxigenase/prostaglandinas possam comprometer a fertilidade feminina por algum efeito na ovulação. Esta condição é reversível com a cessação do tratamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de condução e utilização de máquinas
Os efeitos de naproxeno Krka sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas são nulos ou desprezáveis. Após a administração de AINE é possível a ocorrência de efeitos
indesejáveis tais como tonturas, sonolência, cansaço e perturbações visuais. Os doentes afetados por estes efeitos não devem conduzir ou operar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Os eventos adversos observados com mais frequência são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal, por vezes fatais,
particularmente nos idosos (ver secção 4.4).
Foram notificados casos de náuseas, vómitos, diarreia, obstipação, desconforto abdominal, dor abdominal, melenas, hematemeses, estomatite ulcerosa, exacerbação da colite e doença
de Chron (ver secção 4.4). Embora com menos frequência, têm sido observados casos de gastrite. O risco de hemorragia gastrointestinal depende da dose e da duração do tratamento. Têm sido reportados casos de edema, de hipertensão e de insuficiência cardíaca com
tratamento com AINE.
Muito raramente têm sido reportados casos de reações bulhosas, incluindo síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
Os efeitos indesejáveis que podem ocorrer com o tratamento com naproxeno sódico encontram-se classificados nos seguintes grupos por ordem de frequência:
- Muito frequentes (≥ 1/10) - Frequentes (≥ 1/100 a < 1/10)
- Pouco frequentes ((≥ 1/1000 a < 1/100) - Raros (≥ 1/10000 a < 1/1000)
- Muito raros < 1/10000)
- Desconhecidos (não podem ser calculados com base nos dados disponíveis). Frequência dos efeitos indesejáveis listados por classes de sistemas de órgãos:
Frequentes Pouco frequentes Desconhecido
Doenças do sangue e do sistema linfático eosinofilia, granulocitopenia, leucopenia, trombocitopenia anemia aplástica, anemia hemolítica Doenças do sistema nervoso cefaleias, vertigens, tonturas, sonolência depressão, sonhos anormais, incapacidade de concentração, insónia, sentimento de fraqueza meningite assética, disfunção cognitiva
Afeções oculares perturbações visuais Afeções do ouvido e do labirinto acufenos, perturbações da audição Deficiência auditiva
Cardiopatias edema, palpitações insuficiência cardíaca congestiva Vasculopatias vasculite Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino dispneia Pneumonite eosinofílica Doenças gastrointestinais obstipação, dor abdominal, náusea, dispepsia, diarreia, estomatite hemorragia gastrointestinal e/ou perfuração estomacal, hematemeses, melenas, vómitos estomatite ulcerosa Afeções hepatobiliares enzimas hepáticas elevadas, icterícia
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos prurido, erupções cutâneas, equimoses, púrpura alopécia, dermatite de fotossensibilidade necrólise epidérmica, eritema multiforme, reações de fotossensibilidade, semelhantes à porfíria cutânea tarda ou epidermólise bulhosa, síndrome de Stevens-Johnson, urticária Afeções muscosqueléticas e dos tecidos conjuntivos dores musculares e fraqueza muscular Doenças renais e urinárias nefrite glomerular, hematúria, nefrite intersticial, síndrome nefrótico, insuficiência renal, falência renal, necrose papilar renal Perturbações gerais e
alterações no local de
administração sede, sudação
reações de hipersensibilidade, perturbação menstrual, pirexia (arrepios e febre) angioedema, hiperglicemia, hipoglicemia
Foram notificados casos de edema, hipertensão arterial, e insuficiência cardíaca, em associação ao tratamento com AINE.
Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração de
determinados AINE (particularmente em doses elevadas e em tratamento de longa duração) poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte de miocárdio ou AVC) (ver secção 4.4.).
Se ocorrem efeitos indesejáveis graves, o tratamento deve ser descontinuado. 4.9 Sobredosagem
Sintomas
Após a ingestão acidental ou intencional de grandes quantidades de naproxeno sódico podem ocorrer dores abdominais, náuseas, vómitos, tonturas, acufenos e irritabilidade; em casos mais graves poderão ocorrer hematemeses, melenas, alterações do estado de consciência, perturbações respiratórias, convulsões e falência renal.
Tratamento
Estão indicadas as seguintes medidas: lavagem gástrica, carvão ativado, antiácidos, inibidores dos recetores H2, inibidores da bomba de protões, misoprostol e outras formas de tratamento
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 9.1.3 – Aparelho locomotor. Anti-inflamatórios não esteroides. Derivados do ácido propiónico.
Código ATC: M01AE02 Mecanismo de ação
O naproxeno sódico é um agente anti-inflamatório não esteroide, que tem atividade analgésica, anti-inflamatória e antipirética. O seu principal mecanismo de é a inibição da ciclo-oxigenase, uma enzima envolvida na síntese das prostaglandinas. Por conseguinte, os níveis de prostaglandina nos diversos fluidos e tecidos corporais são reduzidos.
Eficácia e segurança clínicas
Tal como outros medicamentos anti-inflamatórios não esteróides, o naproxeno sódico pode causar micro-hemorragias gastrointestinais e lesões gastrointestinais confirmadas
endoscopicamente. Foi demonstrado que causa menos lesões do que o ácido acetilsalicílico e do que a indometacina, e mais lesões do que o diflunisal, o etodolac, a nabumetona e o sulindac. Os estudos clínicos confirmaram que os doentes toleram melhor o naproxeno sódico do que toleram a aspirina e a indometacina, enquanto que não foi observada diferença entre o naproxeno sódico e outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides.
Tal como outros medicamentos anti-inflamatórios não esteróides, o naproxeno sódico também inibe a agregação plaquetária mas quando usado em doses terapêuticas tem pouca influência no tempo de hemorragia. O naproxeno sódico não afeta a função renal normal; houve apenas algumas notificações de efeitos indesejáveis em doentes com insuficiência renal ou insuficiência cardíaca.
O naproxeno sódico não exerce uma ação uricosúrica. 5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração oral, o naproxeno sódico é hidrolisado no suco gástrico acídico. As micropartículas do naproxeno são libertadas e dissolvidas mais rapidamente no intestino delgado. Esta ação tem como resultado uma absorção mais rápida e mais completa do naproxeno e, consequentemente, os níveis plasmáticos de eficácia analgésica são atingidos mais rapidamente. Após a administração de dose única de naproxeno sódico, o pico dos níveis plasmáticos de naproxeno ocorrem dentro de 1 – 2 horas, enquanto que após a administração de uma dose única de naproxeno, estes ocorrem dentro de 2 – 4 horas,
dependendo se o estômago se encontra mais ou menos cheio. Embora os alimentos diminuam a taxa de absorção, não diminuem a sua extensão. O estado estacionário é alcançado após a administração de no máximo 5 doses, isto é, em 2 – 3 dias. Os níveis plasmáticos de naproxeno aumentam proporcionalmente com a dose até doses de 500 mg. Em doses superiores, apresentam uma menor proporcionalidade, devido à saturação das proteínas plasmáticas a que se liga o naproxeno; a depuração da creatinina também aumenta. Distribuição
Na dosagem habitual, os níveis plasmáticos de naproxeno encontram-se entre 23 mg/l e 49 mg/l. Em concentrações até 50 mg/l, 99% do naproxeno está ligado às proteínas plasmáticas. Em concentrações mais elevadas, a fração de naproxeno livre aumenta; foi detetado 2,4% de naproxeno livre em concentrações de 47,3 mg/l. Devido à extensa ligação às proteínas plasmáticas, o volume de distribuição é pequeno, sendo de apenas 0,9 l/kg do peso corporal.
Metabolismo e eliminação
Aproximadamente 70% da substância ativa é excretada sem que tenha sido metabolizada, sendo que 60 % se encontra ligada ao ácido glucurónico ou a outros conjugados. Os restantes 30% de naproxeno são metabolizados em 6-desmetil-naproxeno ineficaz.
Aproximadamente 95% do naproxeno é excretado na urina e 5% é excretado nas fezes. A semivida biológica do naproxeno é de 12 a 15 horas e não depende nem da dose nem dos níveis plasmáticos de naproxeno. A clearance da creatinina depende dos níveis plasmáticos de naproxeno, provavelmente devido ao aumento da substância ativa livre em níveis plasmáticos mais elevados.
5.3 Dados de segurança pré clínica
Os resultados dos estudos de toxicologia revelaram a toxicidade relativamente baixa do naproxeno sódico: os efeitos indesejáveis ocorrem mais frequentemente no trato
gastrointestinal. Os estudos de toxicologia demonstraram que os ratinhos, coelhos, macacos e porcos toleraram bem doses repetidas de naproxeno; a toxicidade é mais marcada nos ratos e, principalmente, nos cães. Tal como com a administração de doses repetidas doutros anti-inflamatórios não esteróides, os efeitos indesejáveis ocorrem com mais frequência no trato gastrointestinal e nos rins.
Não foram observados efeitos na fertilidade, bem como também não foram observados efeitos embriotóxicos e teratogénicos. Se o naproxeno for administrado na fase mais avançada da gestação, esta prolonga-se e o trabalho de parto é atrasado. Foi igualmente estabelecido que o naproxeno sódico pode ter efeitos indesejáveis no sistema cardiovascular do feto (encerramento prematuro no canal arterial, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão pulmonar). Não foram encontrados efeitos mutagénicos ou carcinogénicos. O naproxeno atravessa a placenta e é distribuído no leite materno.
Foram observados efeitos em ensaios não-clínicos apenas em exposições suficientemente excessivas à exposição humana máxima, indicando pouca relevância para a utilização clínica.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido: Povidona K30
Celulose microcristalina (E460) Talco (E553b)
Estearato de magnésio (E572) Revestimento do comprimido: Hipromelose (E464)
Dióxido de titânio (E171) Macrogol 8000
Carmim de índigo (E132) 6.2 Incompatibilidades Não aplicável.
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar o blister na embalagem exterior para proteger da luz. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Comprimidos a 275 mg:
Caixa com blisters de folha de alumínio e película de PVC contendo 10, 20, 30 ou 60 comprimidos revestidos por película.
Comprimidos a 550 mg:
Caixa com blisters de folha de alumínio e película de PVC contendo 10, 20, 30, 50 ou 60 comprimidos revestidos por película.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Krka Farmacêutica, Sociedade Unipessoal, Lda
Av. de Portugal, n. 154 - Piso 1 2765-272 Estoril, Portugal
8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO