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Jornal 30 de Agosto. Gestão independência, democracia e luta

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APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do PR • ano XV • nº 114 • Dezembro 2005

Rua Voluntários da Pátria, 475 - 14

a

andar - Ed. Asa - Fone 41 3026-9822 - CEP: 80020-926 - Curitiba - PR

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DITORIADITORIADITORIADITORIADITORIA

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Níveis 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Prog. Des. Educ Nível III 1101,03 1156,08 1213,89 1274,58 1338,31 1405,23 1475,49 1549,26 1626,72 1708,06 1793,46 Especialização Nível II 643,75 675,94 709,73 745,22 782,48 821,61 862,69 905,82 951,11 998,67 1048,60 Lic. Plena Nível I 515,00 540,75 567,79 596,18 625,99 657,29 690,15 724,66 760,89 798,93 838,88 Lic. Curta+Adic Nível Esp.III 437,75 459,64 482,62 506,75 532,09 558,69 586,63 615,96 646,76 679,09 713,05 Lic. Curta Nível Esp.II 386,25 405,56 425,84 447,13 469,49 492,96 517,61 543,49 570,67 599,20 629,16 Magistério Nível Esp.I 360,50 378,53 397,45 417,32 438,19 460,10 483,10 507,26 532,62 559,25 587,22

AGENTE DE APOIO AGENTE DE EXECUÇÃO AGENTE PROFISSIONAL Classe Classe Classe III II I III II I III II I 1- 228,41 365,69 585,48 334,21 540,23 873,24 1.525,25 2.512,42 4.138,49 2- 237,55 380,32 608,90 347,58 561,84 908,17 1.586,26 2.612,91 4.304,03 3- 247,05 395,53 633,26 361,48 584,31 944,49 1.649,71 2.717,43 4.476,19 4- 256,93 411,35 658,59 375,94 607,68 982,27 1.715,70 2.826,13 4.655,24 5 - 267,21 427,81 684,93 390,98 631,99 1.021,56 1.784,33 2.939,17 4.841,45 6 - 277,90 444,92 712,33 406,62 657,27 1.062,42 1.855,70 3.056,74 5.035,11 7 - 289,01 462,72 740,82 422,88 683,56 1.104,92 1.929,93 3.179,01 5.236,51 8 - 300,57 481,23 770,46 439,80 710,90 1.149,12 2.007,12 3.306,17 5.445,97 9 - 312,59 500,47 801,28 457,39 739,34 1.195,08 2.087,41 3.438,41 5.663,81 10- 325,10 520,49 833,33 475,69 768,91 1.242,89 2.170,91 3.575,95 5.890,36 11- 338,10 541,31 866,66 494,71 799,67 1.292,60 2.257,74 3.718,99 6.125,98 12- 351,63 562,97 901,33 514,50 831,65 1.344,31 2.348,05 3.867,75 6.371,02 REFERÊNCIA SALARIAL

Tabela Salarial

Funcionários

Classes

Tabela de Vencimentos dos Professores Cargo: Professor – Jornada 20 horas

OBS: Auxílio-transporte (AT) por 20h - R$ 150,24 Celetista licenciatura Plena - R$ 515,00 + A.T / Celetista

com pós-graduação - R$ 643,75 + A.T / PSS - R$ 515,00 + A.T

Publicação da APP-Sindicato - Sindicato dos

Traba-lhadores em Educação Pública do Estado do Para-ná. R. Voluntários da Pátria, 475, 14º andar, Ed. Asa.

Fone (41) 3026-9822, Fax (41) 3222-5261 • CEP 80.020-926 • e-mail: imprensa@app.com.br • Curitiba/PR. Presidente: José Rodrigues Lemos; Secretário Geral

-José Ueldes Camilo; Secretária de Finanças - Saionara Cristina Bocalon; Sec. Adm. e Patrimônio -Élide Bueno; Secretário de Organização - Hermes Silva Leão; Secretária

de Aposentados/as Sabina da Silva Turbay; Secretário de Municipais

-Edilson Aparecido de Paula; Secretária Educacional - Marlei Fernandes de Carvalho; Sec. de Formação Sindical - Maria Madalena Ames; Sec.

Imprensa e Divulgação - Luiz Carlos Paixão da Rocha; Secretária de Sindicalizados/as - Maria do Carmo R. Mendes; Secretário de Assuntos Jurídicos - Sérgio Marson; Secretário de Políticas Sindicais - Miguel

Angel A. Baez; Secretária de Políticas Sociais - Silvana Prestes Roda-coswiski; Secretário de Funcionários/as - José Valdivino de Moraes.

. Jornalistas responsáveis: Chico Boeing 772-SC), Edianês Vieira (DRT-7704-RS), Luiz Herrmann (DRT 2331-PR), Programação Visual: Jacqueline Licadiedoff. Impressão: Gráfica O Estado do Paraná. 60 mil exemplares.

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Carta aos aposentados

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G E N D AG E N D AG E N D AG E N D AG E N D A

DEDEDEDEDE

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OBILIZAÇÕESOBILIZAÇÕESOBILIZAÇÕESOBILIZAÇÕESOBILIZAÇÕES Dias atrás nos dirigimos a

vo-cês contando de nossa posição e vontade política na defesa da Cha-pa 1, que concorreu e venceu as eleições para a nossa valorosa en-tidade que tanto nos ajuda e a qual ajudamos a contruir.

Passadas as eleições, não somos mais uma chapa ou outra. Somos uma só entidade como muita gar-ra pagar-ra a luta e na defesa de nos-sos interesses e da educação pú-blica.

Temos um caminho longo a

O Clube do Professor está realizando recadastramento e

exame médico para seus sóci-os, das 10 às 15 horas, nos dias 10 e 17 de dezembro, e nos dias 7, 14 e 21 de janeiro, no próprio

clube e emitindo carteirinhas.

Clube do Professor faz

recadastramento e exame médico

DEZEMBRO

23 a 02/jan - Recesso de final de ano

JANEIRO

03 - APP-Sindicato retoma os trabalhos em 2006

06 a 08 - Capacitação de professores e funcionários - SEED

09 - Reinício dos trabalhos nas escolas.

19 a 20 - 2ª Etapa do Planejamento Estratégico da APP-Sindicato

31 a 03/fev - Distribuição de aulas nas escolas públicas estaduais

percorrer e precisamos de muita união, compreensão, atividades e, porque não, com emorações.

Neste momento agradecemos a sua ajuda e confiança em nós depositada, na certeza de que con-tinuaremos na busca de um mun-do humano, fraterno, igualitário, justo, com muita paz nos corações e nas atitudes. E mais, com muita alegria!

Terezinha Ribeiro Picheth, Isolde Benilde Andreata e Pedro Elói Rech.

Os associados devem com-parecer munidos de uma foto

3X4 e documento de identidade.

Informações com Sirlei ou Mariza pelos telefones (41) 3026-9826 e (41) 3026-9836.

A Chapa 1, que concorreu às eleições da APP-Sindicato, reali-zou o sorteio de uma motocicleta Honda Bis. O vencedor foi o pro-fessor sindicalizado Wilson de Andrade Bordim, da Escola Es-tadual Francisco Inácio de Olivei-ra, de Tomazina, Núcleo Sindical de Jacarezinho. Ele adquiriu o

número 148.373 da ação entre amigos realizada pela chapa para pagar as despesas da cam-panha eleitoral.

O professor sorteado poderá optar por receber o valor do prê-mio em dinheiro. O sorteio foi re-alizado a 10 de dezembro, no Clube do Professor.

Chapa 1 divulga vencedor do sorteio

APP-Sindicato faz recesso de fim de ano

A sede estadual e as sedes dos Núcleos Sindicais não terão expediente entre os dias 23 de dezembro e 2 de janeiro, em de-corrência do recesso de final de

ano. As atividades normais retor-nam no dia 3 de janeiro.

A diretoria e funcionários da APP-Sindicato agradecem a com-preensão dos sindicalizados. Em vez de abrir diálogo e se esforçar por um acordo com os educadores, o governo tenta

desinformar a população sobre os motivos das demissões.

O secretário diz que está sendo obrigado a demitir devido ao Enunciado 363 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que condena os contratos com servidores não estatutários.

O sindicato ganhou várias ações na Justiça do Trabalho que reconhecem os contratos celetis-tas que realizaram teste seletivo, determinando que o Estado pague todos os direitos trabalhisceletis-tas, além de indenização por danos morais. Portanto, os contratos não são nulos e o governo pode manter esses servidores até que tenha estatutários para substituí-los.

A entidade critica a intenção do governo em fazer novas contratações em 2006 com regras mais precárias que a CLT, reduzindo direitos, e sem concurso, com o objetivo de diminuir a folha de pagamento.

A APP-Sindicato defende que o governo promova novos concursos e dê condições para professores e funcionários de escolas concorram às vagas existentes. Os atuais contratos só podem ser encerrados quando houver concursado para ocupar o cargo.

Novos concursos são necessários, pois as escolas continuarão precisando de professores e funcionários. O secretário não ouviu os apelos da APP-Sindicato e deixou expirar a validade do concurso de 2003. Desta forma, vários aprovados não foram efetivados e agora são demitidos. A maioria dos aprovados no concurso de 2004 ainda não foram nomeados e também estão sendo demitidos.

Milhares de funcionários administrativos foram aprovados no concurso e estão sendo demi-tidos quando deveriam ser convocados para tomar posse. Inseguros quanto ao futuro, eles não sabem quando serão convocados.

Também é necessário realizar concurso para serviços gerais. Há defasagem grande de traba-lhadores neste segmento e o governo ainda demitiu mais de 600 servidores, sem que tenha havido concurso.

Mesmo os servidores não aprovados no concurso serão necessários às escolas em 2006. Portanto, não se justifica a demissão em massa, para a recontratação via PSS.

Em contraposição à precarização das condições das condições de trabalho, defendemos 1. Investimento mínimo de 25% dos impostos na Educação Básica; 2. Aumento do porte das escolas;

3. Implementação da lei que define o número máximo de alunos por sala; 4. Aprovação do Plano

de Carreira dos Funcionários; 5. Reposição salarial; 6. Implantação do cargo com 40 horas; 7. Atendimento dos demais itens da pauta de reivindicação.

Diretoria da APP-Sindicato

Concurso, sim.

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Os avanços que a categoria conseguiu no ano que se encerra foram via legislativa

Balanço

Vamos precisar de todos na luta em 2006

O governo dificultou ao máximo o diálogo. Não nego-ciou salários, fez retroceder di-versos itens conquistados no Plano de Carreira dos Profes-sores e engavetou o Plano de Carreira dos Funcionários.

Os avanços que consegui-mos foram via legislativa, nego-ciando o encaminhamento de propostas junto a parlamenta-res. Um deles foi o projeto da deputada Elza Correia (PMDB), permitindo a professoras e servidoras com dependentes deficientes reduzir 50% da jor-nada, sem reduzir vencimentos e direitos. O governador vetou

e derrubamos o veto. Destaca-mos também a aprovação dos programas de prevenção de saúde vocal e mentalpara pro-fessores, de Ângelo Vanhoni (PT), e do projeto que limita os alunos por sala de aula, de Lu-ciana Rafagnin (PT). Também conseguimos aprovar emendas no orçamento, junto com o

Fó-Desde que concluíram as ne-gociações com a comissão forma-da pela Secretaria forma-da Educação, os funcionários de escolas aguardam o governo enviar a proposta de Plano de Carreira à Assembléia Le-gislativa, para aprovação. Isto já dura mais de meio ano e o projeto continua na gaveta.

Nas manifestações que realiza-mos nas Secretarias da Adminis-tração (em outubro) e da Fazenda (novembro) cobramos esta medida. Queríamos saber porque a proposta está parada, se não tem impacto financeiro para o Estado? Diretores dessas secretarias responsabilizaram o secretário Maurício Requião pela demora.

Os fundamentos negociados entre a APP-Sindicato e o go-verno, na elaboração do Plano de Carreira dos Professores, procuravam justiça. O docente com pós-graduação encerraria sua carreira, após 25 ou 30 anos de trabalho, no último nível da tabela de vencimentos.

Por meio de diferentes me-didas, o secretário da Educação tem interposto dificuldades para que professores ascendam nor-malmente na carreira. Um deles é o PDE (Programa de Desenvol-vimento Educacional), que de-fine a forma de avanço para pós-graduados ao último nível.

O PDE deveria ter sido ne-gociado com professores e de-finido em lei. Mas a Seed bai-xou os seus próprios critérios por decreto e estes, na prática, não permitem a promoção ao nível III.

Com uma resolução draco-niana, o governo mudou os cri-térios para a progressão na car-reira dos professores. Consegue avançar três classes o docente

que somar 45 pontos. Mas, para obter essa pontuação, o profes-sor precisa ter uma avaliação nota 10 no desempenho e ain-da apresentar certificados com 200 horas de cursos, seminári-os, congressseminári-os, conferências, etc.

O Estado não oferece ativi-dades com essa carga horária. Também são poucos os profes-sores que conseguem lecionar 40 horas-aula semanais e ainda realizar duzentas horas de cur-sos – de qualidade – a cada dois anos.

Professores que durante dé-cadas complementavam sua jor-nada de trabalho com aulas ex-traordinárias estão sendo mui-to prejudicados. O governo de-cidiu não mais contar as aulas extraordinárias num segundo padrão.

Durante muito tempo esses professores trabalhavam com um padrão de 20 horas-aula e ministravam mais 20 aulas ex-traordinárias. Era como se es-tas extraordinárias formassem um segundo padrão.

Aqueles que passaram no concurso não podem mais con-siderar esse tempo de trabalho no segundo padrão.

O objetivo do governo é dei-xar de pagar quinquênio e li-cença especial, adiar os avan-ços na carreira e negar este tem-po para a atem-posentadoria. Quer economizar às custas do pão dos educadores.

Mesmo que esses professo-res tenham contribuído para a aposentadoria sobre as aulas ex-traordinárias, elas não valerão nada se o professor não contá-las no seu novo padrão.

O governo do Paraná preten-de investir R$ 68 milhões a me-nos na folha de pagamento da Educação em 2006 em relação a 2005. O investimento cai de R$ 1,520 bilhão para R$ 1,452 bilhão.

Enquanto a folha da Educa-ção contrai-se 4,6%, a folha da Secretaria da Comunicação So-cial terá um orçamento 49% maior nesse ano eleitoral.

Na Educação estão metade dos funcionários do Estado. Já

Se a Seed mostrava-se receptiva com as reivindicações dos educadores no início do mandato, sua postura mudou bastante depois. Compromissos foram esquecidos, não há negociações salariais e direitos conquista são aos poucos retirados. Vamos reagir a esta situação!

Plano de Carreira

dos Funcionários

está engavetado

Governo Requião mostra as garras

Plano de Carreira

dos Professores é

desconstruído

Avançar ficou

mais difícil

Extraordinárias já

não valem para

segundo padrão

Verbas para

salários são

reduzidas

Orçamento da

Educação é menor

rum dos Servidores (pág 7).

Lutas - Em abril fizemos

uma jornada de lutas, que in-cluiu a caminhada de Ponta Grossa a Curitiba, para cobrar o Plano de Carreira dos Fun-cionários, culminando com pa-ralisação em 27 de abril. Até a mobilização de 30 de agosto

fo-ram diversas as tentativas de negociação com a Seed.

Sem proposta, fomos em 11 de outubro na Secretaria da Ad-ministração e a 10 de novem-bro, na Secretariada Fazenda para saber porque as questões referentes aos educadores não evoluem. Cobramos reajuste sa-larial, medidas para evitar de-missões, o investimento de 25% dos impostos da Educação Bá-sica, o encaminhamento do Pla-no de Carreira dos Funcioná-rios, ampliação da jornada, o pagamento de valores decorren-te do atraso nos avanços para professores e funcionários e di-versos outros itens.

Diretores dessas Secretarias negaram que esses setores são obstáculos às reivindicações e deixaram claro que devemos recolver estes assuntos com o secretário Maurício Requião.

Por ofício, a APP-Sindicato reiterou sua preocupação com

Professores e funcionários prometem voltar às ruas novamente no próximo ano Fazendo um balanço de

2005, como é digno de todo dezembro, percebemos que este foi um ano de muita luta. Por diversas ocasiões levamos ao governo nossas reivindicações e cobramos soluções aos problemas.

a folha do setor corresponde a menos de 30%

Servidor com curso superi-or que ingressa no quadro ge-ral começa recebendo R$ 1525 por 40 horas. Um professor com licenciatura plena e a mesma carga horária tem salário inicial de R$ 1030.

A direção sindical denun-ciou aos deputados e à socie-dade o corte de recursos para a Educação. O valor destinado à Educação Básica está abaixo do limite constitucional de 25% dos impostos.

O governo emitiu nota pú-blica para contradizer estas in-formações. Mas o fato é que a Mensagem de Lei 49/05, com a proposta de orçamento para 2006, especifica na página 402 os limites constitucionais.

Lá consta que R$ 1,850 bi-lhão corresponde a 22% da ar-recadação. Entre diversos do-cumentos, o Tribunal de Con-tas determina que deva ser aplicado no mínimo 25% na Educação Básica. Um deles é a instrução Nº 40/2001. as demissões de não estatutário e solicitou providências para evitá-las. Sem resultado, promo-veu ato para pedir negociações e não foi recebida (detalhes nas páginas seguintes).

Este comportamento do go-verno mostra que em 2006 pre-cisaremos iniciar o ano com a mesma firmeza, cobrando do governo o atendimento às nos-sas reivindicações já no come-ço das aulas. Na assembléia es-tadual de novembro, diversos oradores já defenderam a ida à greve.

No entanto, parar ou não as atividades por tempo indeter-minado é uma questão a ser de-batida em todas os locais de tra-balho. Vamos aprofundar este debate desde o início do ano le-tivo, dedicando um dia da se-mana pedagógica para avaliar nossa situação salarial, profis-sional e as condições de traba-lho nas escolas.

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Educadores tentaram buscar alternativas às demissões de mais de 14 mil professores e funcionários de escolas

Mobilização

Mobilização na Seed dura 5 dias

O objetivo da mobilização foi sensibi-lizar o governo para manter os empregos de 8 mil funcionários e 6 mil professores enquanto não houvesse novos concursa-dos para serem chamaconcursa-dos.

O ato começou numa quarta-feira, na frente da Seed. A intenção era simples-mente dialogar com o secretário. Entre-tanto, os representantes da categoria não foram recebidos os acenos eram de que não seriam. Às 10h, eles se alojaram nos corredores de acesso ao gabinete do se-cretário.

O descaso com a reivindicação pode ser traduzido pelas visitas realizadas pelo secretário Maurício Requião. Ele esteve na Seed durante a ocupação no primeiro dia, à tarde, e também no domingo, dia 11. Não recebeu a categoria e não deu qualquer sinal de interesse em ouvir os servidores ou dar início a qualquer nego-ciação.

Durante a ocupação, a APP-Sindicato lançou nota publica para responder as críticas do governo e mostrar para a po-pulação as razões da ocupação da Seed. Em nota oficial, o secretário chamou os professores e seus representantes de chu-pa-cabras, um termo pejorativo e de ex-tremo mau gosto.

Outra tática para tentar desmobilizar a categoria foi o corte da luz por volta da meia hora da madrugada de sábado.

Mas, os esforço da secretaria de Edu-cação em desgastar tanto pública como internamente o movimento não surtiu efeito desejado.

Por volta das 14h30 da segunda-feira,

De 7 a 12 de dezembro, funcionários e professores representantes de todas as regiões do Estado realizaram protesto na Secretaria da Educação.

Manifestantes de todo o Estado estiveram na Seed para dialogar com o governo, mas não foram atendidos

Com músicas e poesias, o professor Daniel Farias e o artista popular João Bello (acima) se solidarizaram com os participantes do acampamento improvisado nos corredores da Seed (ao lado) Atividade do Seminário sobre feminismo, promovido pelo gabinete da vereadora Josete foi uma das atividades realizadas durante a ocupação

Todos os dias foram movimentados com visitas e atividades. Até parte da programação do seminário “Feministas e feminismos: tecendo uma nova reali-dade”, promovido pelo mandato da ve-readora Professora Josete (PT), foi trans-ferida da Câmara de Vereadores de Cu-ritiba para o local da ocupação.

dia 12, os manifestantes decidiram mu-dar a tática. Deixaram a Seed e foram à Assembléia Legislativa onde estavam em votação o projeto que limita o número de alunos por sala e emendas ao orçamento. O canal de negociação que se abriu foi pela Assembléia Legislativa. Por meio do seu presidente deputado Hermas Bran-dão (PSDB) conseguimos o compromis-so do pagamento das férias, abono de fé-rias dos demitidos e a continuidade das negociações

Deixar a Seed e ir ao legisltativo tam-bém foi uma forma de reforçar o apoio oferecido pelos parlamentares para inter-mediar as negociações com o governo.

Feministas e feminismos

No pátio da Secretaria de Educação foi realizada oficina de confecção de ins-trumentos de percussão a partir de ma-teriais recicláveis.

No sábado, a programação continuou conforme a programação, com debates e atividades sobre o tema, no salão nobre da APP-Sindicato.

Em decorrência da grande pressão que a categoria fez neste final de ano, o governo do Paraná anunciou no dia 20 o pagamento de um abono salarial para 2.417 funcionários administrativos de-mitidos. Na verdade, com este abono o governo tenta amenizar a repercussão das demissões.

Outro anúncio é o pagamento de R$ 33,7 milhões referentes ao passivo de-corrente do atraso na implantação de

progressões e promoções de professo-res. O pagamento será em janeiro.

Outro reivindicação antiga da cate-goria foi anunciada no conjunto de me-didas. É a ampliação da carga horária para 40 horas semanais a aproximada-mente 9 mil professores.

Esta é mais uma mostra de que nos-sa mobilização vale a pena e devemos sempre nos manter na luta. Firmes e fortes.

Pressão da categoria faz

governo anunciar medidas

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Ela só teve oportunidade de fazer concurso em agosto deste ano. Não passou e agora está demitida. Como tem 63 anos completos, não tem muita opor-tunidade no mercado de traba-lho e passará por dificuldades para completar os anos de con-tribuição para a aposentadoria. Baiana de Pilão Arcado, D. Risair formou-se em Estudos Sociais em 1973, em Petrolina (PE), pouco antes de tentar a vida no Paraná. Mesmo tendo participado dos cursos promo-vidos pela APP-Sindicato, é compreensível sua desvanta-gem na disputa por uma vaga com alguém recém saído dos bancos escolares. O que pode-ria equilibrar a disputa sepode-ria o

conhecimento prático e técnico acumulado nos anos de servi-ço dedicados ao Estado, que não pôde ser aproveitado.

A injustiça seria evitada se o governo acatasse proposta dos funcionários na elaboração dos critérios do concurso. A APP-Sindicato defendeu que o con-curso fosse classificatório, como o concurso feito para o Instituto de Tecnologia do Paraná -Tecpar, realizado também em agosto. Seria aprovado quem tirasse nota diferente de zero. A classificação seria feita pelo acerto na prova, titulação e tem-po de serviço. Os melhores pontuados seriam chamados.

Como não houve acordo, a APP-Sindicato tentou reduzir de 25 para 15 o número de questões certas. O governo tam-bém não acatou. Pior. Aplicou uma prova considerada difícil, ao nível do vestibular, e com a exigência de 50% de acerto para passar a fase seguinte.

Com a intransigência do go-verno em negociar alternativas

para as demissões, D. Risair estará sem emprego e sem salá-rio em janeiro. Em fevereiro, talvez seja recontratada pelo regime PSS (Processo Simplifi-cado de Seleção). Este contrato vale por tempo determinado, até o fim das aulas. Poderá ser prorrogado somente por mais um ano. Depois disto, D. Risair somente poderá ser recontrata-da após intervalo mínimo de dois anos.

Com o PSS não é feito de-pósito do Fundo de Garantia, não é pago o repouso semanal remunerado (16,66%). O gover-no já havia tentado retirar este direito dos celetistas pelo De-creto 2947, de maio de 2004. A APP-Sindicato reverteu esta medida na Justiça e o governo deverá ressarcir retroativamen-te aqueles que foram prejudi-cados.

Se o contrato PSS é firmado com professor com pós-gradua-ção, este recebe 25% a menos do que se o contrato fosse pela CLT. O celetista pós-graduado o

equi-valente ao Nível II do Plano de Carreira e o PSS, ao Nível I.

O PSS foi criado para o go-verno contratar servidores para suprir necessidades emergenci-ais, em situações excepcionais. O grande risco é que a exceção volte a se tornar regra.

Para evitar isto, quando a lei estava em discussão na Assem-bléia Legislativa, a

APP-Sindi-Às vésperas da aposentadoria, funcionária foi prejudicada pela forma excludente do concurso de 2005

Demissões

Dezembro deveria ser um mês de glória para a inspetora de alunos Isabel Aparecida do Rosário. Ela foi escolhida como paraninfa da turma 3ºD, do Ensino Médio noturno do Co-légio Estadual do Paraná, em Curitiba. A homenagem ocor-reu em 20 de dezembro.

Mas a decisão do governo de demitir 8 mil funcionários transformou dezembro num mês de muita angústia para Isa-bel. Reconhecida pelos educan-dos, ela está sem.

Contratada pela Paranaedu-cação em 2001, trabalhou

nes-Isabel Aparecida (de guardapó azul) foi escolhida paraninfa do 3ºD do CEP

Quando a experiência não vale nada

ses quatro anos no CEP. Isabel foi surpreendida pela demissão. Ela esperava que o governo re-alizasse concurso para funcio-nários de serviços gerais, que não aconteceu.

A funcionária ainda não sabe como será seu futuro. “Gosto do trabalho e preciso dele. O que ganho vai quase tudo pro alu-guel e se não arrumar outro em-prego logo eu vou para a rua”, comenta com amargura.

Isabel tem esperança que o governo faça logo o concurso público “para eu arrumar mi-nha situação”.

Dona Risair Moreira de Souza foi contratada para trabalhar nas escolas públicas do Paraná em 1992, pelo regime celetista. Trabalha por enquanto no Colégio Tenente Sprenger, em Piraquara.

Paraninfa, é demitida

Este argumento não é novo e, com base nele, o governo de-mitiu professores não estatutá-rios que foram substituídos por concursados a partir de 2003, sem pagar todos os direitos.

A Justiça do Trabalho, no entanto, tem interpretação dife-rente do Enunciado e por isto tem dado ganho de causa a es-ses professores, que por meio da APP-Sindicato recorreram à Justiça na defesa dos seus di-reitos. Os juízes do Trabalho reconhecem que demitir celetis-ta sem jusceletis-ta causa é direito do governo, mas não é obrigação.

As sentenças são favoráveis aos professores celetistas por-que reconhece por-que eles foram contratados por teste seletivo. Embora não substitua o concur-so, o teste seletivo atende os re-quisitos constitucionais da moralidade, impessoalidade e publicidade (inciso II do artigo

Governo não é obrigado a demitir

37). Ou seja, houve seleção

pú-blica e os aprovados foram con-vocados conforme a classifica-ção, sem favorecimentos. Por-tanto, o governo não pode anu-lar os efeitos do contrato. Da mesma forma, não pode anular o aprendizado ou o certificado do aluno.

Com isto, o governo está sendo condenado a pagar o

avi-• O governo não fez concurso para funcionários que atuam em serviços gerais.

• Para suprir as reais necessida-des das escolas, é insuficiente o número de servidores adminis-trativos aprovados no concurso. • Cerca de 300 escolas estadu-ais precisarão professores que atuam da 1ª à 4ª série. O último concurso foi em 1987. • Para as disciplinas do núcleo comum não há professores a se-rem chamados, uma vez que o secretário deixou que o concur-so de 2003 perdesse validade. • Não foi convocada a maioria dos aprovados no concurso de

so prévio indenizado, com os reflexos em férias, multa de 40% do FGTS e a liberação do FGTS. Além disso tudo, o Es-tado deve liberar as guias para requerer o seguro-desemprego. Em alguns casos, a condenação é pagar as cinco parcelas do se-guro. Em outros, é obrigado a pagar indenização de R$ 2 mil pelo dano causado.

Concursados não suprirão todas as vagas

Para justificar as rescisões

de contratos, o governo se apega ao Enunciado 363 do Tribunal Superior do Trabalho, e afirma que os contratos são nulos por terem sido feito sem concurso público.

Aos 63 anos, será difícil D. Risair completar tempo de contribuição para aposentaria

2004, que selecionou professo-res para a parte diversificada do currículo (Sociologia, Filosofia, etc), Pedagogia e Ensino Especi-al.

• Os funcionários administrati-vos aprovados no concurso de 2005 estão sendo demitidos, quando ninguém foi convocado para tomar posse.

• Há milhares de vagas que não são definitivas, como as de esta-tutários fora da regência de sala, exercendo funções nas direções das escolas, Seed e em licença.

Para todos estas vagas o go-verno fará contratos precários, pelo PSS, reduzindo direitos. Em várias situações, o governo não terá concursados para subs-tituir professores e funcionários demitidos:

cato e o Fórum dos Servidores defenderam o prazo de 180 dias para o governo realizar concur-so para as vagas que

O PSS é um retrocesso ao início dos anos 70, antes do Es-tatuto do Magistério, quando o Estado contratava professores suplementaristas, sem direito algum, que apenas assinavam recibo no final do mês.

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Em vez de negociar, Secretaria da Educação cria situações para tentar colocar a população contra a categoria

Represália

O deputado federal Dr. Ro-sinha (PT-PR), integrante da esquerda petista, classificou como “chapa-branca” e “artifi-cial” o ato organizado esta se-mana pelo PMDB em Curitiba a favor do secretário estadual Maurício Requião (Educação), irmão do governador peemede-bista Roberto Requião.

Realizado na tarde de 14 de dezembro, o ato reuniu cerca de 300 pessoas – boa parte delas detentoras de cargos comissio-nados (preenchidos sem con-curso público) da administra-ção pública estadual.

Em frente à sede estadual da APP-Sindicato, entidade que representa os servidores estadu-ais da área de educação, os manifestantes ergueram faixas que reproduziam agressões fei-tas na semana anterior pelo ir-mão do governador contra o

Dr. Rosinha critica PMDB e PCdoB por ato “chapa-branca”

presidente da APP, professor

José Lemos. Uma das faixas classificava o dirigente sindical, recentemente reeleito para o cargo, como “chupa cabra”.

“Além de chapa-branca, a manifestação foi artificial. Mobi-lizaram uma claque de funcio-nários comissionados para fazer a vontade do irmão do governa-dor”, avalia Dr. Rosinha. “Foi, acima de tudo, um desrespeito aos movimentos sociais”.

Por volta das 15 horas, a assessoria do parlamentar da esquerda petista registrou a pre-sença de uma série de detento-res de cargos de chefia do go-verno estadual – inclusive do primeiro escalão. Entre eles es-tavam Ricardo Gomyde (PCdoB), diretor da Paraná Es-porte [foto abaixo, à direita], e Benedito Pires, chefe da

Comu-nicação Social de Roberto Re-quião [foto abaixo, com as mãos

no bolso].

“A manifestação de apoio ao trabalho realizado pelo governo na área da educação foi uma ini-ciativa do ‘Comitê Supraparti-dário pelos Avanços da Educa-ção’”, dizia trecho de matéria veiculada esta semana pela agência de notícias do governo paranaense. Falta a des-contar - Em pro-nunciamento na tribuna da Câma-ra dos Deputa-dos, Dr. Rosinha criticou o uso da máquina pública para o “evento”. Defendeu inclusi-ve que haja o

des-conto na folha de pagamento dos detentores de cargo de che-fia que estiveram presentes, in-clusive dos titulares do primei-ro escalão.

“Causa-me profunda estra-nheza o fato de o PCdoB, que se afirma comunista, também participar ativamente de um ato desse tipo”, afirma Dr. Rosinha. “Todos os detentores de cargo no governo deviam levar falta nesse dia.”

Carros oficiais, entre eles o da emissora TV Educativa, per-tencente à administração públi-ca estadual, também foram

fla-grados [foto abaixo].

“Maurício quer seguidores” - O deputado criticou a série de

demissões, promovida pelo go-verno estadual, de professores contratos sob o regime da CLT.

“Sempre defendemos a realiza-ção de concurso público, mas não podemos admitir que o go-verno faça demissões em msa sem ao menos discutir o as-sunto com a categoria e com a sociedade”.

Entre as críticas feitas por Dr. Rosinha estão algumas re-lacionadas à falta de critérios objetivos das provas do concur-so público. Parte das vagas se-quer foi preenchida. “Pessoas com mais 15 anos de serviço fo-ram demitidas.”

Quanto à ocupação da sede da Secretaria de Estado da Edu-cação, que durou cinco dias, Dr. Rosinha afirma que o fato foi con-seqüência da falta de diálogo do se-cretário Maurício Requião. “Ele fez pouco caso das reivindicações da categoria”, afirma o deputado petis-ta . “O Maurício Requião não sabe dialogar. Ele quer mais é seguidores”.

(Texto e fotos de Fernando José de Oliveira, da assessoria do deputa-do Dr. Rosinha)

“Além de chapa-branca, a manifestação foi artificial. Mobilizaram uma claque de funcionários comissionados”, afirma deputado da esquerda petista. Dr. Rosinha critica o uso da máquina pública e defende desconto salarial dos chefes presentes ao “evento”

Governo fabrica tumulto para culpar APP

Uma encenação mal feita foi protagonizada por um sujeito plantado pelo governo entre os manifestantes e duas funcioná-rias na Secretaria da Educação. O “fato” foi criado no final da manhã de sexta-feira, dia 9. Após edição, foi veiculado à noite na TV Educativa.

O rapaz disse que se chama-va Ricardo, de uma suposta produtora Z1. “Para mim está mais para P2” (polícia secreta), ironizou uma manifestante, atentando para a aparência mais próxima da de policial do que de cinegrafista.

Desde o primeiro dia, ele cir-culou entre os professores e fun-cionários que permanecem mo-bilizados na Seed. Com uma câ-mera na mão, filmava os mani-festantes individualmente e os movimentos de todos, em ati-tude claramente intimidatória.

Tumulto montado pelo governo não convenceu os manifestantes e a opinião pública

Em protesto, os educadores fizeram cartaz de papelão escri-to “Show de demissões”, que sempre colocavam na frente da câmera.

Chegou um momento em que ele próprio tentou arrancar o cartaz com força, gerando um pequeno tumulto. Com uma mão ele filmava e com a outra atiçava o conflito, até que dei-xou cair a câmera. A queda foi amortecida e não chegou ao chão. Ele a catou e entrou numa sala à qual os manifestantes não tinham acesso e onde estavam duas funcionárias do gabinete do secretário.

O suposto cinegrafista saiu pela janela e recebeu a câmera para filmar a outra cena da mon-tagem. Enquanto isto, as funcio-nárias que protagonizariam a se-gunda parte da encenação eram orientadas por outro sujeito so-bre como agir. Este momento foi flagrado pela fotografia ao lado. As cenas filamadas mostram as “atrizes” simulando que es-tavam presas.

Detalhes da foto mostram como a cena foi montada e “dirigida” na Seed

Farsa desmontada

As cenas filmadas depois desta foto mostram estas funcionárias da Seed fingindo estarem estarem trancadas. Uma delas (de blusa branca) sai pela janela antes da porta ser aberta Funcionário da Seed orienta protagonistas da farsa A câmera é repassada pela janela para “Ricardo” (embaixo, de camisa amarela) fazer as filamgens externas

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Além de melhorar a qualidade do ensino, turmas menos lotadas amplia vagas para professores e funcionários

Educação

Deputados aprovam limite de alunos por sala

A APP-Sindicato e as de-mais entidades do Fórum dos Servidores apresentaram e conseguiram aprovar emendas ao orçamento do Estado para 2006, na Assembléia Legisla-tiva. Elas prevêem recursos para o reajuste dos salários e para investimentos na Saúde e na Educação. As emendas propostas foram subscritas pelos 54 deputados. A luta agora será para evitar vetos do governador e, caso ocorram, para derrubá-los.

Reajuste na database

-Uma emenda diz textualmen-te que servidores em ativida-de e aposentados e também os pensionistas terão seus venci-mentos, proventos e demais vantagens reajustados no mí-nimo pela inflação dos doze meses anteriores à data-base, que é 1º de junho, medido pelo INPC, do IBGE.

Reposição das perdas

-Além do reajuste pela inflação do ano, outra emenda aprova-O projeto proposto pela APP

foi apresentado pela deputada Luciana Rafagnin (PT). Teve como relator o deputado José Maria (PMDB).

A votação foi acompanhada pela categoria desde a segunda-feira, dia 12, quando aconteceu a primeira votação. O projeto agora segue para a sanção do go-vernador. Em caso de veto, a ca-tegoria deverá se mobilizar para que os deputados mantenham sua posição.

O número de alunos deve ser proporcional ao tamanho da sala, reservando espaço míni-mo de 4,5m² ao professor e 1,2m² por aluno.

Respeitado este critério, são definidos os números máximos de alunos do Ensino infantil ao Médio. O projeto também pre-vê a implementação gradual da medida, iniciando em 2006 até que em 2009 tenhamos condi-ções de trabalho mais adequa-das.

I - Ensino Infantil e 1ª série:

até 20 alunos II - Da 2ª à 4ª séries: até 25 alunos III - Da 5ª à 8ª séries: até 30 alunos IV - Ensino Médio: até 35 alunos. Com esta nova versão do

projeto o governador não terá o argumento usado para o veto de projeto similar anterior. Requi-ão afirmou que o Estado nRequi-ão teria condições de implementá-lo de uma única vez.

A deputada Luciana Rafag-nin reapresentou o projeto após coletar as assinaturas de 28 de-putados. Mas o projeto só con-seguiu tramitar de fato depois da grande mobilização realiza-da em 30 de agosto.

A direção da APP-Sindicati sugere o envio de mensagem ao governador pedindo a ele a san-ção do projeto o quanto antes.

Educadores acompanharam a votação na Assembléia Legislativa

Número máximo

de alunos por sala

I - 1/3 em 2006 II - 2/3 em 2007

III - Ao final de 2008 terá que

contemplar todas as turmas.

A implantação

será em três anos

Emendas ao orçamento

prevêem recursos para

salários

A Assembléia Legislativa aprovou no dia 14 de dezembro, em terceira votação, o Projeto de lei nº 486/2005, que limita o número máximo de alunos por sala de aula.

da propõe uma forma de re-cuperar o poder aquisitivo dos salários. Os recursos se-riam provenientes da arreca-dação que exceder ao que já está previsto no orçamento. Desse total, 70% devem ser destinados ao pagamento de pessoal.

Investimento da Saúde e na Educação - Um terceira

emenda prevê que dos recur-sos que sobrarem no caixa em 2005, pelo menos 60% sejam usados para financiar ações e projetos na área da Educação e da Saúde públicas.

Lideranças da APP-Sindi-cato de todo o Estado acom-panharam a votação do orça-mento 2006 na Assembléia Le-gislativa.

A APP também participou de todas as audiências públi-cas que a Assembléia Legisla-tiva realizou para debater o or-çamento, junto com os demais sindicatos do Fórum dos Ser-vidores

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Queremos salientar que a matriz curricular está relacio-nada a debates sobre concep-ção de currículo, tempos esco-lares, formação de trabalhado-res em educação – em número adequado às necessidades do estabelecimento de ensino –, organização da escola e, sobre-tudo, da sua autonomia para realizá-los.

A APP-Sindicato entende que não há uma determinação fixa, imutável e permanente sobre o número de aulas de uma disciplina. A carga horá-ria pode mudar, desde que seja de entendimento da escola,

co-erente com o Projeto Político Pedagógico que ela tem constru-ído. Sempre defendemos a au-tonomia pedagógica das esco-las, pautada nos princípios da Educação Pública Emancipado-ra, debatidos coletivamente, construindo a condição da aprendizagem na amplitude das disciplinas. O Parecer nº 1000/ 03 do Conselho Estadual de Educação delibera sobre a au-tonomia pedagógica das escolas Nesse sentido, não concor-damos com a mudança de Ma-triz Curricular de cima para baixo, num tempo exíguo e tão difícil para debates amplos e coletivos, que é o final do ano. Há que se considerar também

que há experiências importan-tes na Parte Diversificada para além do que foi estabelecido. A instrução reduz a parte diver-sificada do Ensino Fundamen-tal à Língua Estrangeira, não abrindo nenhuma outra possi-bilidade, como Filosofia ou Sociologia, por exemplo.

Consideramos que a Seed deve instaurar esse debate no próximo ano para que, com tempo, toda a comunidade es-colar possa realizar estudos com serenidade, sem impingir nes-se momento uma disputa desgastante entre disciplinas, que não resultará num currícu-lo compreendido e vivenciado por todos.

Escolas têm autonomia

para definir matriz curricular

As escolas públicas e a APP-Sindicato foram surpreendidas com a Instrução nº 04/2005 da Superintendência de Educação da SEED, datada de 8 de novembro de 2005, que determina a alteração das Matrizes Curriculares.

Acompanhe os movimentos de professores e Acompanhe os movimentos de professores e Acompanhe os movimentos de professores e Acompanhe os movimentos de professores e Acompanhe os movimentos de professores e funcionários de escolas na defesa dos seus funcionários de escolas na defesa dos seus funcionários de escolas na defesa dos seus funcionários de escolas na defesa dos seus funcionários de escolas na defesa dos seus

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Mesmo com toda pressão das entidades educacionais, a votação do Fundeb foi transfe-rida para o período de convo-cação extraordinária do Con-gresso Nacional, entre 16 de ja-neiro e 14 de fevereiro.

Nossa mobilização tem sido muito importante e garantiu avanços consideráveis no texto da PEC, aprovado na Comissão Especial. Entre eles temos a in-corporação do piso salarial pro-fissional nacional e a comple-mentação da União com corre-ção inflacionária e de 10% do valor do Fundo, a partir do quinto ano de vigência.

Por isso, será fundamental manter a vigília de educadores de todos os Estados para acom-panhar as votações em Brasília, a fim de que o texto seja

apro-Fundeb deve ser votado na

convocação extraordinária

vado sem supressões. Há par-lamentares contrários ao piso e ameaçam apresentar destaques para suprimi-lo.

A APP-Sindicato enviará representantes à capital fede-ral para participar do trabalho de convencimento dos depu-tados em favor dos direitos dos educadores. Nossa pres-são será pela aprovação inte-gral do relatório da Comissão Especial.

Para o fundo entrar em vi-gor é necessário, ainda, apro-var a lei de regulamentação, onde constarão os valores dife-renciados por aluno, além dos critérios de execução e fiscali-zação. Essa lei deverá ser pro-mulgada no primeiro semestre, pois o calendário eleitoral in-viabilizará os trabalhos do Con-gresso no segundo semestre. Se o cronograma de votações se confirmar, o Fundeb poderá vi-gorar a partir de julho.

(CNTE e redação)

foto: Edianês Vieira

Se a PEC for aprovada, o ensino Básico do Paraná terá R$ 100 milhões a mais no orçamento por ano

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Agenda 2006 é tributo

à América Latina

As Agendas 2006 da

APP-Sindicato já estão à disposição nos Núcleos Sindicais e na Sede da APP em Curitiba, a um cus-to de R$ 10,00. A Agenda des-te ano faz um tributo à América Latina - nossa grande Pátria.

Terra de muita lutas, de grande resistência, de história

sofrida e de conquistas repre-sentativas, vencendo sangren-tas batalhas, apesar do extermí-nio de algumas culturas, a par-tir da colonização européia.

Nosso desejo é tornar estas terras, sua gente, sua cultura, seus símbolos, sua história, cada vez mais presentes no

dia-a-dia de nossas vidas. Um convite a uma viagem pelo interior de nosso continen-te procurando sendas das culturas de “nuestra Amé-rica”, nos vários textos e nas paisagens fotografadas pela lente de Rafael Baró, no ensaio Andes Indígena

Venezuela ao Uruguai, do Mé-xico ao Peru, do Haiti ao Chile, da Argentina à República Dominicana, ...

Sonhamos igualmente, to-das e todos, por uma Pátria li-vre, autônoma, soberana, frater-na, justa, sem ingerência do imperialismo dos países do ca-pitalismo dominante.

Assim, dedicamos este anu-ário a todas e todos, heroínas e heróis, anônimos ou não, de

nossa América Latina, nosso povo e nossa infância - que deve estar na escola e numa escola de qualidade - nossa sociedade que tem uma capa-cidade expressiva singular, que caminha, sonha, persegue a utopia que nos faz caminhar na direção do futuro, sem es-quecer de nossas origens, de nossas raizes e de nossas cren-ças.

e das crianças que - brin-cando de fotógrafas - co-municam sua cultura, seu mundo, sua infânciaf fa-zendo-nos reviver e rememorar nossas identi-dades de forma intensa e profunda.

A imagem, os versos, as palavras são um con-vite para nos conhecer-mos e nos reconhecerconhecer-mos latino-americanos. Somos latino-americanos, senti-mentais mas lutadores, do Brasil ao Suriname, da

O ano novo ainda não tem pecado:

É tão criança... Vamos embalá-lo...

Vamos todos cantar juntos a seu berço, de mãos

dadas, a canção da eterna esperança.

(Mário Quintana)

Vamos seguir juntos na luta para transformar em

realidade a esperança de justiça e igualdade.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Referências

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