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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

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Academic year: 2021

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

TRIÂNGULO MINEIRO

TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

ADUBAÇÃO FOSFATADA NA COUVE-DA-MALÁSIA

Prof. Msc. Luis Augusto da Silva Domingues,Ernesto Jose Resende Rodrigues, Raquel Castro Salomão e Siro Paulo Moreira (Aluno bolsista).

Projeto de Pesquisa do Orientador apresentado ao CNPq para pedido de obtenção bolsa (PIBIC-EM / CNPq) 2010/2011).

RESUMO

Com o intuito de introduzir a cultura da couve da malásia no Brasil é necessário se fazer pesquisas avançadas principalmente de doses de nutrientes, o objetivo deste trabalho foi constatar a resposta da cultura para diferentes doses de adubação fosfatada no qual a dose que atendeu as exigências de mercado foi a de 400 kg/ha de fósforo.

INTRODUÇÃO

As brassicáceas constituem a família botânica que abrange o maior número de culturas oleráceas, ocupando lugar proeminente na olericultura do centro-sul (Filgueira, 2000). Apresentam grande importância econômica entre as hortaliças cultivadas no Brasil e dentre os fatores de produção, a adubação constitui-se numa prática de grande importância, porém, ainda pouco estudada.

A couve-da-Malásia (Brassica chinensis var. parachinensis (Bailey) Sinskaja), é uma brássica de rápido crescimento vegetativo, podendo ser colhida, a partir de semeadura direta no campo, em menos de 30 dias (HILL, 2005). A planta alcança aproximadamente 30 cm de altura e tanto as folhas grandes e verdes, como o caule e as flores, podem ser consumidos (Hill, 2005). Nativa da China tem sido extensivamente cultivada no sudeste asiático e na Austrália (Bailey, 1930; Herklots, 1972; Lee, 1982; Hill, 1990 apud Zanão Júnior et al., 2005). No Brasil, a cultura foi introduzida pelo pesquisador Warwick E. Kerr, em 1992 e a partir daí, pesquisadores têm buscado informações quanto às formas ideais de cultivo da espécie, como melhores doses de nutriente e espaçamentos adequados (Zanão Júnior et al., 2005).

Ferreira et al., (2002) estudando a relação entre fertilizantes e espaçamento na couve-da-Malásia, verificaram que as maiores produções de matéria fresca foram observadas em espaçamentos menores e que a produtividade biológica foi significativamente maior com adubo mineral, em relação aos demais tipos de fertilizantes, no que se refere à área foliar e massa de matéria seca.

PALAVRAS-CHAVE

Fosforo, desenvolvimento, produtividade..

OBJETIVOS

Avaliar a resposta da cultura da couve da malásia a diferentes doses de fósforo em um solo argiloso. METODOLOGIA

O ensaio foi conduzido em casa de vegetação, no campus do Instituto Federal Tecnológico do Triângulo Mineiro, verão de 2010. Foram utilizados sacos plásticos de 2 dm3

Com o objetivo de elevar a saturação por bases a 70%, conforme recomendação para a cultura da alface (Ribeiro et al., 1999), suprir a necessidade de Ca

preenchidos com solo de textura argilosa.

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acidez, aplicou-se calcário filler (PRNT 100, RE 101, CaO 28% e MgO 20%) na dose de 1t ha-1. Após misturar o calcário ao solo, este será umedecido a 70% da capacidade de campo (CC), umidade esta mantida durante o período de incubação de 15 dias.

Foram avaliadas quatro doses de P2O5, (100; 200; 400; 600) e o controle, sem fósforo,

utilizando-se como fonte de fósforo o super fosfato simples.

Foi aplicado como adubação básica 210 kg ha-1 de N, conforme sugerido por Zanão et al. (2005), na forma de sulfato de amônio;100 kg ha-1 de K2O na forma Cloreto de potassio, 15 kg ha-1

de sulfato de zinco, 10 kg ha-1 de bórax, 10 kg ha-1 de sulfato de cobre e 0,5 kg ha-1

Figura 1: doses de fósforo na produção de matéria fresca da parte aérea.

de molibdato de amônio, doses recomendadas para a cultura da Couve da Malásia (Ribeiro et al. 1999). O adubo foi misturado com o solo em cada vaso, no momento da semeadura.

Foram semeadas 5 (cinco) sementes por vaso das quais ficaram uma, a mais vigorosas. A umidade do vaso foi monitorada, procurando-se manter a umidade em 70% da Capacidade de Campo.

Trinta dias após a semeadura, no pré-florescimento, foram realizadas as seguintes avaliações: massa fresca da parte aérea (MPFA), massa seca da parte aérea (MSPA), número de folhas por vaso (NF), diâmetro do caule (DC), área foliar (AF).

A massa fresca da parte aérea foi realizada retirando todas as folhas de cada parcela, as quais foram pesadas e encaminhadas para estufa de ventilação forçada a 65 ºC até o peso constante, para obtenção de peso seco.

As avaliações de DC e AF foram realizadas com o auxílio de um paquímetro digital. No caso do DC foi feita a leitura no ponto logo abaixo o primeiro par de folhas. Quanto à área foliar mediu-se a largura e o comprimento de todas as folhas de cada planta e para o cálculo de área foliar total utilizou-se o fator de correção da cultura (0,75) determinado por Ferreira et al. (2002).

Para os resultados da MFPA, MSPA, NF, DC, foram feitas regressões utilizando o programa EXCEL 2003 para a determinação das equações.

RESULTADOS E DISCUSSÕES y = 17,69x - 0,485 R² = 0,856 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 0 100 200 400 600

MFPA (g)

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Figura 2: doses de fósforo na produção de matéria seca da parte aérea.

Figura 3: relação de numero de folhas em diversas doses de fósforo.

Figura 4: diâmetro do caule para diferentes doses de fósforo. y = 1,313x + 0,028 R² = 0,871 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 0 100 200 400 600

MSPA (g)

y = 0,816x + 4,566 R² = 0,786 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 0 100 200 400 600

Número de Folhas

y = -0,767x2+ 5,908x - 1,872 R² = 0,926 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 0 100 200 400 600

Diâmetro do Caule (mm)

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Figura 5: doses de fósforo com relação a área foliar.

Para a massa fresca da parte aérea (figura 1) se observou que houve um acréscimo da massa fresca ate a dose de 400 kg/ha, sendo que após essa dose houve um declínio da mesma. Sobre a figura 2 (MSPA) se notou que ate a dose de 400 kg/ha a massa seca aumenta, diminuindo ate a dose de 600 kg/ha.Com relação ao numero de folhas se notou que a dose de 400 kg/ha apresentou resultados significantes.Já no diâmetro do caule, a dose de 200 kg/ha obteve melhores resultados, e a dose de 400 kg/ha obteve resultados ruins.Para a área foliar, há um aumento da mesma ate a dose de 400 kg/ha, mantendo-se ate dose de 600 kg/ha.

CONCLUSÕES

Com os resultados apresentados conclui-se que a dose recomendada de fósforo para a cultura da couve da malásia é a dose de 400 kg/ha, pois foi a dose que apresentou os melhores resultados com base na massa fresca da parte aérea, massa seca da parte aérea, numero de folhas e área

foliar.Para o diâmetro do caule a dose de 200kg/ha obteve melhores resultados, mas o objetivo do projeto é conseguir o maior numero de folhas, e o maior rendimento de área foliar e peso das folhas.Portanto a dose escolhida é a de 400 kg/ha com o uso do fertilizante superfosfato simples.

REFERÊNCIAS

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FERREIRA, W.R.; RANAL, M.A.; FILGUEIRA, F.A.R. 2002. Fertilizantes e espaçamento entre plantas na produtividade da couve-da-Malásia. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 20, n. 4, p. 635-640.

FILGUEIRA, F. A. R. 2000. Novo manual de olericultura. Viçosa: UFV. 402p.

HILL, T. 2005. Electronic publishing at Government of Western Australia: Commercial production of

Chinese vegetables. Disponível em

http://www.agric.wa.gov.au/objtwr/imported_assets/content/hort/veg/cp/fn111_1988.pdf. Acessado em

01 de junho de 2009.

HOLZSCHUH, M. J.; BARTZ, H. R.; TREVISAN, J. N.; MARTINS, G. A. K.; STÜRMER, S. L.; BRUTTI, A. C. B.; JÚNIOR C. A .M. Parâmetros de rendimento de Brassicáceas e a disponibilidade de fósforo em planossolo hidromórfico distrófico arênico estimado pelo extrator de Mehlich¹. In: Anais

y = -43,28x2+ 362,2x - 241,4 R² = 0,974 0,00 200,00 400,00 600,00 0 100 200 400 600

Área Foliar (cm2)

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da Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência no Rio Grande do Sul., 2004, Santa Maria - RS.

MOTA, G. M. F. DA; SOUSA, E. R.; RANAL; M. A. Resposta da couve-da-Malásia (Brassica chinensis L. var. parachinensis (Bailey) Sinskaja) à deficiência nutricional. Acta Scientiarum - Maringá, v. 31, n. 2, p. 321-329, 2009.

RAIJ, B. van. 1991. Fósforo. In: Fertilidade do solo e adubação. Piracicaba: Associação brasileira para a pesquisa da potassa e do fosfato. p. 181-203.

RIBEIRO, A.C.; GUIMARÃES, P.T.G.; ALVAREZ V. V.H. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5a aproximação. Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais. Viçosa: UFV, 1999. 359 p

SILVA, F.C. Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes. Brasília, Embrapa, 1999. 370p.

ZANÃO JÚNIOR, L.A.; LANA, R.M.Q.; RANAL, M.A. 2005. Doses de nitrogênio na produção de couve-da-Malásia. Horticultura Brasileira, Brasília, v.23, n.1, p.76-80.

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