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0 ESPIRITISMO NA SUA MAIS SIMPLES EXPRESSÃO KXPOSTO SUMMARIO DO ENSINO DOS ESPÍRITOS E DAS SUAS MANIFESTAÇÕES. por

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ESPIRITISMO

NA

SUA

MAIS

SIMPLES

EXPRESSÃO

KXPOSTOSUMMARIODOENSINODOSESPÍRITOS E DAS SUAS MANIFESTAÇÕES

por

ALL1IV

KARDEC

AulurdoLivro dos Espíritosc Dircctor da Revista espiritista.

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Furadacaiid.ulr,nãoliasalvação.

terceira

(Efticao.

Traduzido

do

francez

com

autorisação

do

autor

por

ALEXANDRE CANU

FrofíMorrni1'aria.

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LIVRARIA DE B. L. GARNIER ••'"A «o.

GrandesoriimenlodeLivrosclássicos,Medicina, Sciencias e Arles, Jurisprudência, Litlcralura, Novcllas,IlluslraçSes,Educação,Devoção,Alias, Mappasgcographicos,etc.,ele.

Livrosfroncacs, portugueses, ingleses, italianos, ele-, Encarrega-sedequalquerconmissãode

Livros-RIODE JANEIRO doOuvidor,OO

l.ivrc » Urasil

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Pamz.—Typògrajihia K1GN0UX, rua Monsicur-lc-Princc,31.

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PROLOGO.

Ainda que pouco versado no estilo portuguez, porèin mo vido da imporlancia do assumpto assombroso de que aqui se trata, c que está hoje maravilhando o mundo inteiro, c lam­ bem da neessidade de espalhal-o, quanto antes, por toda a parte, não duvidei de traduzir esta obrazinha elementar, já vertida em muitas línguas, afim de leval-a ao conhecimento dos povos que fallão a língua porlugueza, c pòl-os cm estado de se esclarecerem numa descoberta tão espantosa, por meio das obras cspcciacs do homem eminente que foi o primeiro propa­ gador, c ainda é hoje o maior vulgarizador desta scicncia sublime, que ba ccrlameulc de transformar cm pouco tempo a humanidade *, dcscançando eu, quanto á iraducção, na indul­ gência daquellcs que, nas cousas desta ordem, antes consi- derão o fundo que a forma.

0 TiunucTOR, A. C.

Ácha-sc. lambem cale livro em casa do Iraductar, rua Lamartine, dfí, cm Pariz.

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ESPIRITISMO

NA

SUA

MAIS

SIMPLES

EXPRESSÃO.

Hislorlco cio Espiritismo.

Para1850, nos Estados-UnidosdaAmerica, merecerão attenção diversos phenomenos estranhos, que consislião em barulhos, embates e movimentos de objectos, sem causa conhecida. Muitas vezes, tinhão aquelles pheno­ menoslugarespontaneamente, comintensidade e persis­ tênciasingulares; porém notou-se também que se pro-duzião mais particularmente debaixo da influencia de certaspessoas, quese designarãopelonomedemédiuns, equepodião, emqualquersorte, provocal-os ávontade, oquepermiltio repelir-se asexperiencias. Usarão sobre­ tudo demesas para isso, não por ser esteobjeclo mais favoravel que qualquer outro, mas unicamente por ser movediço, maiscommodo, epor assentar-seagentemais facilenaturalmenleároda deumamesa doquede qual­ quer outro movei. Obtiverão deste modo a rotação da mesa, ao depois, movimentos em todos os sentidos, sobresaltos, inclinações, levantamentos,pancadasbatidas comviolência,etc.Éesteophenomenoque foidesignado, noprincipio,pelonomedemesasgirantesou dançadas mesas.

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Atélá,podiaophcnomcno,explicar-seperfeitamculcpor umacorrentecleclricaoumagnética,oupelaacçãodeum fluidodesconhecido, e mesmofoiesteo primeiro conceito que.se de.llc formou- Porém cmbrevese reconhecco, na-quelles phenomenos, effèitos intellip/enles; assim obe­ deciao movimentoávontade;dirigia-seamesa,adireita ou a esquerda,paraumapessoadesignada; erguia-se,ao mandado, sobreumoudouspés, baliao numerodepan­ cadaspedidas, locavaacadencia,etc. Foidesdeentãoevi­ dentequeacausanão era meramentephysica, c segundo esteaxioma:Sctodooc[feitotemcausa,todooe[jeito intcl-ligenlcdevetercausainteltigcnlc,concluio-sequeacausa dessephenomenodeviaserumaintelligcncia.

Qualeraanaturezadessaintelligcncia? Nisso estavaa questão. Aprimeiraidéa foique se podia ser um reflexo daintelligcnciado médiumoudos assistentes; masaex­ periênciademonstrou logoaimpossibilidade disto, visto seobteremcousascomplelamcnlcestranhasaopensamento econhecimentosdas pessoas presentes, eaté em contra-dicçãocomas suas idéas, suavontade e seu desejo; por tantonão podia cila sersenão a deum enteinvisivcl. O meiodecertificar-sedissoeramui simples : constava de travarconversacom aquelleente,oquefizerão por meio deumnumerodepancadas ajustadas, significandosimou não, ou designandoas lettras do alphabelo, c tiverão, deste modo, respostas ás diversas perguntas que se lhe dirigia, liesteophenomeno que foi designadopelonome demesas fallantes.Interrogados sobre a sua natureza, todos os seres que assim se communicárão, declararão serem Espíritos, c pertencerem ao mundo invisível. Tendo-seosmesmoseffeilosproduzidocmumgrandenu­ merodelocalidades, por mediaçãodepessoasdiffcrentes, além de que. sendoobservados porhomens mui sériose

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muito esclarecidos, nãoerapossível que se fossedeuma illusão logrado.

Da America, passoueste plienomeno para Françac o restoda Europa, onde,durante alguns annos,as inesas girantesetfallanlcs forâoámoda, etornárão-seorecreio dossalões; então, depois dc fartos delias, deixárão-nas parapassaremaoutrodivertimento.

Logooplienomeno aprcsenlou-sc debaixo de umnovo aspecto,queopozfóradodominiodasimplescuriosidade. Em razão do resumo deste compendio, não podemos seguil-oem todasas suis phases; passamosjá, semriiais transição, ao que offcreccde ruais caracleristico e que fixouaaltençãoda genteseria.

Digamospreviamente,'depassagem, quearealidadedo plienomenoencontrou numerososconlradictores;uns, sem levaremcmcontaodesinteresseea honra dosexperimen­ tadores, não virãonisso senão pclolicasehábil ligeireza demãos.Aquellesque nãoadmiltemnadafóradamatéria, que julgão morrer tudo com o corpo, os materialistas numapalavra,osquesequalificãosccpticos(espritsforts),. lançarãoaexistência dos Espíritos invisíveis no numero das fabulas absurdas; tacharão de loucos aquelles que lomavão em tom serioa cousa,e os carregárãode sar­ casmos e de zombarias. Outros, não podendo negar os tactos,cdebaixodoimpériodecertaordemd’idéas, altri-buirãoessesphenomenosáinfluencia exclusivadodiabo, cprocurarãopor estemeio assustaros timidos.Mas hoje omedododiabotemsingularmcntcperdidodoseupresti­ gio; lem-sed’elletantofallado,pintárão-nodetantosmo­ dos,que selem familiarisado;corri esta idéa, e que se disserãoentresimuitos,queconvinha aproveitara occa-siáo,paraveroqueellcé realmente.Dahi scguio-scque, fóradcumpequeno numerodemulherestimoratas, tinha

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oannunciodachegadadoverdadeiro diaboalgumacousa deagudo, paraquem nãootinha vistosenãopintado ou notheatro; foi para muitos um estimulante cfficaz: de sorte que andárão contraseu intento aquelies que, por estemeio,quizcrãooppôrunebarreiraásnovas idéas, e tornarão-se, sem o querer, agentes propagadores tanto maisefficazes quanto.maisfortementegritarão.Nãoforão osoutros mais bem succedidos, porque, a factos verifi­ cados,araciocínioscategóricos,nãopuderãooppôrsenão denegações. Lêdeo quepublicarão,emtoda a parte en­ contrareisaprovadaignorânciaedafalta deobservância seria dos factos,eem nenhumaachareisuma só demon­ straçãoperemptóriadasuaimpossibilidade;resume-setoda asua argumentaçãono seguinte: Nãocreio, porconse­ guinteissonãoexiste; loucos sãotodososquecrem;sós temosoprivilegiodarazãoedobomsenso.Incalculávelé onumerodosadeptosfeitospelacriticaseriaou faceta,por nãoseacharem, em qualquerparled’ellaqueseja, senão conceitospessoaesfaltosde provascontrarias.Prosigaraos nossanarração.

Lentase incompletaserão as communicações por em­ bates: reconhecerãoqueadaptando-se um lapisa um ob-jectomovivel, cestínha,pranchinha ou qualquer outro, noqualsepunhaosdedos,entravaesseobjectoamover-se e traçava caractéres. Depois reconheceo-se não serem estes objectos maisque accessoriosque sepodia dispen­ sar; a experienciademonstrou que o Espirito, obrando sobre um corpo inertepara dirigil-o á vontade, podia obraromesmosobreobraçoouamão,paraconduzirola­ pis.Teve-seentãomédiunsescreventes, istoé,pessoases­ crevendodemaneirainvoluntária,debaixodaimpulsãodos Espíritos,dequem se achavãoserassimosinstrumentose interpretes. Desde então, as communicações não tiYerão

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maislimites, e poudc-sefazeratroca dos pensamentos, com tantarapidezcomoentre vivos.Foium vastocampo abertoáexploração,odescobrimentodeumnovomundo: omundo dos invisíveis, assim como fizeraomicroscopio descobrir omundodosinfinitamentepequenos.

O quesãoosEspíritos?Quepapelrepresentão elles no universo?Paraquefimcommunicão-scaosmortaes?Taes forãoas primeiras questões que se tratava de resolver. Logo soube-se,porellesmesmos, quenão sãoserespar­ ticularesnacreação, massim asprópriasalmasdaquelles queviverãonaterraoun’outrosmundos;queessasalmas, depois de seterem despido do seu envollorio corporal, estão povoando e percorrendo o espaço. Não se poude maisduvidardisso quando se reconheceo entre elles os parentese amigos, com os quaes.se poude conversar; quando vierão estes dar provas da sua existência, de­ monstrarquedellessó ocorpo falleceo, e que asuaalma ouespiritoaindavive, que estãocá,juntoanós,Yendoe observando-nos como durante sua vida, rodeando com seus cuidados aquelles que amarão, e cuja lembrança é paraellesumadocesatisfaeção.

Faz-segeralmentedosEspíritosumaidéacompletamente falsa. Nãosãoelles, comomuitos se lhes afigurão, entes abstractos, vagos eindefinitos, nem alguma cousa como vislumbre ou centelha; são, ao contrario, seres muito reaes, quetem suaindividualidadeeumaformadetermi­ nada. Pode-se fazer delles umaidéa approximativapela explicaçãoseguinte:

Ha nohomemtres cousascssenciaes:1° aalmaou Es­ pirito, principio intelligente em que residem o pensa­ mento, a vontade c o sentidomoral; 2oocorjpo, envol­ loriomaterial,pesadoe grosseiro, que põe oEspiritoem relaçãocom omundoexterior;3ooperispirito(perisprit)

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cnvoltoriofluido,ligeiro,que servede laço e intermédio entre o Espirito co corpo. Quando o cnvoltorioexterior, depois de safado,nãopode funccionnar mais, calic, co Espiritosedespe delle,qual ofruclodacasca ca arvore dacortiça;numapalavra, como selarga um velho ves­ tidofóradeserviço; éoque sechama amorte.Por tanto nãoèamortecousaalguma maisqueadestruição docn­ voltorio grosseiro do Espirito; só o corpo morre, não morreo Espirito. Duranteavida,ficao Espirito emqual­ quersortecomprimidopeloslacos da matéria a que está unido,etque, muitasve/.cs,paralysaassuasfaculdades; ofallecimentodocorpodesembaraça-odeseuslaços; dcs-prende-sedelle,ecobraasualiberdade,qualaborboleta quandosabedachrysalida;masnãolargamaisqueocorpo material, conservao perispirilo, que constituo paraelle uma cspecie de corpo elhereo, vaporoso, imponderável paranós,etdeformahumanaqueparecesera formatypo. Noseuestadonormal, o perispirilo está invisível; porem oEspiritopodesujeilal-oamodificaçõesqueolornão mo­ mentaneamenteaccessiYel á vista, c até ao tacto,assim comoaconteceaovaporcondensado;assiméquesepodem mostraranós,ásvezes, nasapparições. Pormeiodo pe­ rispiriloéque oEspirito obra sobre a matéria inerte, e produzos diversosphenomenosde barulho, movimentos, escritura, etc.

Aspancadasemovimentossão, dapartedos Espíritos, meiosdeattestarasuapresençaemerecerattenção,abso­ lutamente como quem bate para advertir que está lá alguém. Algunshaque não se limitão a barulhosmode­ rados,masqueatéfazem um fracasso.igual ao da louça quesequebra, deportasqueseabremesefechão,oude moveis que sedeitaporterra.

Pormeiodepancadasetmovimentosajustados,puderáo

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exprimirosseuspensamentos;porémaescrituraêque.lhes offereceomeio maiscompleto, mais rápido emais com-modo;porlautoesteéquepreferem.Pelamesmarazãoque podemfazer formar caracteres, podem guiaramão para traçar desenhos, escrever musica, executar uma peça sobreuminstrumento;finalmenle, nafaltadoseuproprio corpoquejánãotem, usãodo domédium,parasemani­ festaremaoshomensdeuma maneirasensivel.

PodemaindaosEspíritosmanifestar-sedeváriosmodos, entreoutrospelavistaepeloouvido Certaspessoas,ditas mediuns auditivos, tema faculdade deouvil-os, e po­ dem assim conversar com elles;outrososvem : sãoos mediuns vcnlcs. Os Espíritos que se manifestâo á vista apreseutão-se geralmentedebaixode umaforniaaualogaá queliuháoduranteavida,poremvaporosa; outrasvezes, estaforma temtodasasappareneiasdeum servivente, a pontodefazercompletaiilusào,e de se tomal-as ásvezes porpessoasde carnee deossos, com as quaes se poude conversaretrocarapertosdemão, semsesuspeitarquese tratavacomEspíritos,anãoserasuasúbitadesappariçào. Raríssimaéa vista permanente cgeral dos.Espíritos, porémasappariçõesindividuaessão assaz frequentes,so­ bretudonomomento do fallecimenlo; o Espiritodespren­ didopareceapressar-seemir visitar seus parenteseami­ gos,comopara avisal-os queacaba de deixar a terra, e dizer-lhesqueestásemprevivendo. Recolhacadaumsuas recordações, c veráquantos factos aulhenlicos deste ge-nero, dequesenãodeoconta,liveráolugar,nãosomente de noite, duranteosomno, masaindano meio dodia,c estando-secoippletamente acordado. Oulróra considerava a gente aquellcs factos como sobrenaturaes e maravil­ hosos,cosallribuiaámagicacáfeilicena; hojeos incré­ dulosospõem nacoutada i.inaginação; porèin depois de

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terascienciaespiritistadadoachavedelles,sabe-secomo seproduzem, equenãosabemda ordem dosphenomenos naturaes.

Crê-setambém queos Espíritos, por isso mesmo que sãoEspíritos,devem terasupremascienciae asuprema sabedoria; cumerroqueaexpericncia não tardou ade­ monstrar.

Entre as communicações dadas pelos Espíritos, hu-mashaque são sublimes de profundeza, d’eloquencia, desabedoria,demoral,etnãorespirão senãoabondadee a benevolencia; mas ao lado destas, outras ha quesão vulgaríssimas, levianas, triviaes, grosseirasaté, e pelas quaes oEspirito revela os instinctos os mais perversos. Ficapoisevidentequeellasnãopodemdimanardamesma fonte, equese habons Espíritos, mãosha também. Não sendo osEspíritos mais que as almas dos homens, não podemnaturalmenletornar-se perfeitos logo ao largai' o corpo; atéquetenhãoprogredido, conservão as imper­ feiçõesdavidacorporal,porisso équeseencontranelles todosos grãos de bondade edemaldade, desabere de ignorância.

Geralmentecommunicão-seosEspíritos com gosto, c é paraelles uma satisfaeção verem que se não tem delles esquecido; descrevem de boamente suas impressões ao deixara terra, suanovasituação,anaturezadesuasale­ grias ou deseussoffrimentos, nomundo onde se achão: unssãofelicíssimos,outrosdesgraçados, algunsatépade­ cemhorríveistormentos,segundoamaneiraemque Yivê-rão, eoemprego bomoumão,util ou inútil queíizerão da vida. Observando-os em todas asphases da sua nova existência, conformeaposição que occupáráo na terra, seu genero de fallecimento, seu genio e seus hábitos quando homens, chegamos a um conhecimento senão

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completo,aomenosbastanteprecisodo mundoinvisível, paranosdarcontadonossoestadofuturo, epresentirmos asorte felizoudesgraçadaquealli nosespera.

Tendo sido recolhidas c coordenadas com cuidado as instrucçõcsdadaspelosEspíritosdeordemelevada, sobre todososassumptos que interessâo a humanidade, et as respostasquefizerãoásperguntasquelhesforãodirigidas, constituemtodaumasciencia, todaumadoutrinamoral e philosophica,debaixodo nomedeEspiritismo.Portanto oEspiritismoé adoutrina fundada na existência, as manifestaçõeseoensino dosEspíritos.Acha-seestadou­ trinaexpostadeumamaneira completanoLivrodosEs­ píritos, quantoápartephilosophica, enoLivrodosMé­

diuns,quanto á parte pratica e experimental. Pode-se julgar,pelaanalysedestasobras,quedamosaquiabaixo, davariedade, daextensão e daimportância dasmatérias queabrange.

Assimcomo setemvisto, teveoEspiritismoseu ponto departidanophenomeno vulgar dasmesas girantes; po­ rém,vistofallareraaquellesfactosmaisaosolhosdoqueá intelligencia,despertaremmaiscuriosidadequesentimen­ tos, satisfeitaacuriosidade, tanto menos seinteressarão nelles que os não comprehendião. Não foi o mesmo, quando Yeioa theoria explicar a causa delles; quando, sobretudo, sevioquedaquellasmesas girantes, comque se tinhaum instante divertido, sahia toda umadoutrina moralfallandoáalma, dissipandoasangustias daduvida, satisfazendotodas as aspiraçõesdeixadasnovago porum ensinoincompleto,sobreofuturodahumanidade,acolhco a genteseria a nova doutrina como beneficio, c desde então, longe de declinar, cresceo com incrível rapidez; noespaçodetresou quatro annos, reunio em todos os paizes do mundo,esobretudoentre a genteesclarecida,

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innúmeravcispartidários,quesevãoaugmculaudolodosos dias numaproporção extraordinária, de lai sorte quese pode dizer hoje que o Espiritismo conquistou direito de cidade; está elle assentado em bases que desafião os esforçosdosseusadversários,maisou menosiuleressados cm combatcl-o; c a prova disto está cm não lerem os assaltose as criticas um sóinstante alrazadoa suamar­ cha: éesteum facto conseguido da experienciaedaqual nuncapuderãodar razãoosopposilorcs; dizem os Espi­ ritistassimplesmente,queseellese vai propagando não obstanteacritica, éporqueparecebom, equeseprefere oseuraciocínioaodosseuscontradiclores.

Não é comtudo o Espiritismo descoberta moderna: perdem-se na noite dos tempos os foclos c princípios sobre osquaes repousa, pois achão-seseus vestígiosnas crenças de lodos os povos, em todas as religiões, na . maiorparledosescriploressacroseprofanos; sóosfactos, incompletamenteobservados,forãomuitasvezesinterpre­ tados conformeas idéas supersticiosas da ignorância, c nãosetinháodellcs deduzido todasas consequências.Com effeilo,oEspiritismoestá fundadonaexistênciadosEspí­ ritos; porém, não sendoos Espíritosmaisqueas almas dos homens,desde quehahomens, halambemEspíritos; nemoEspiritismoosdescobrio neminventou.Seasalmas ouEspíritosse podemmanifestaraosvivos,éporqueestá nanatureza, edesdelogo houverão defazel-o em todoo tempo; portantocmtodootempocemtodaaparteacha-sc a provadessasmanifestações, queabundãosobretudonas relaçõesbiblicas.0 queémoderno,é aexplicação lógica dos fados,oconhecimentomaiscompletodaliaturezados Espíritos, do seupapel edoseumodo deacção, a reve­ lação do nosso estado futuro, eiufima sua constituição emcorpodescienciuededoutrina e suasdiversas

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-cações. Os antigos conliccião o principio, os modernos conhecem as particularidades. Na antiguidade, oestudo desses plicnomcnosfoi oprivilegio de certas castas, que nãoos rcvelavãosenãoaos iniciados nos seus myslerios; nameia idade, quem nelles se occupava ás claras, era lidopor feiticeiroe queimado; mashoje não ha myste-riosparaninguém, cjá não sequeima pessoa,alguma; . passa-se tudo áluzdodia,ctodosestão emestado de se esclareceremcdepraticarem, poiscnconlrão-se médiuns cmtodaaparle.

AmesmadoutrinahojeensinadapelosEspíritosnãotem nadade novo; achão-na por fragmentos namaiorparle dosphilosophosdaíndia,do Egyploe daGrécia, e inlci-ramcnlcno ensinodoChristo. Poisentão,oque vem fa­ zeroEspiritismo?Vem confirmarpor novostestemunhos, demonstrar com fados verdades desconhecidas ou mal entendidas, restabelecernoseuverdadeiro sentidoas que forãomalinterpretadas.

O Espiritismonãoensinanadadenovo,éverdade; po­ rem, ha de se contar por cousa nenhuma o provar de maneira patente,irrecusável,aexistênciadaalma, asua sobrevivência aocorpo, a sua individualidade depois da morte,asuaimmortalidade, as penascrecompensasfu­ turas?Quantosha que crcm nessas cousas, mas que só cremcom segunda tençãovagadeincerteza, dizendoa si cm seu foro interior:« Comtudo, se isto não fosse! » Quantosforãoconduzidosáincredulidade, por se lhes ter apresentadoo futurodebaixodeumaspectoquenãopodia a sua razão admitlir! Será pouca causa pois para o crentevacillante, poderdizerasi:« Agoraestoucerto!» Paraocego, tornar a vera luz?Pelos láctos c pela sua lpgica,vemoEspiritismodissiparaanxiedade daduvida, etornaratrazerá féaquclleque deliasetinhaapartado; revelando-nosaexistênciado mundoinvisívelquenosestá

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rodeando,eno meiodo qual nós estamos vivendo semo suspeitarmos, elle nos dó a conhecer, pelo exemplodos queviverão,ascondiçõesda nossafelicidadeou danossa desgraça futura; explica-nosacausados nossossoffrimen-toscánaterra,eomeio deallivial-os.Teráasua propa­ gaçãoporeffeitoinevitável o destruir asdoutrinasmate­ rialistas quenãopodemresistir á evidencia. Convencido dagrandezaedaimportânciadasuaexislenciafuturaque é eterna, ohomem a comparacom a incertezadavida terrestretãocurta,eseelevapelopensamento ácimadas mesquinhasconsideraçõeshumanas;conhecendojáacausa eofimdassuasmisérias, padece-ascompaciência cresi­ gnação, porquesabeseremellasmeiosparaellechegara umestadomelhor.O exemplodaquellcs quevem d’ullra-tumbadescrever suas alegrias e suas dôres, provando a realidadedavidafutura,provaaomesmotempoqueajus^ liçadeDeos nãodeixa vicioalgumimpune, nemvirtude algumasemrecompensa. Accrescentemos emfim que as communicaçõescomos seres queridos que temosperdido nosdãouma doceconsolação,provando-nosnão somente queelles existem, mas aindaque estamos delles menos separadosdoqueseestivessemvivosempaiz estrangeiro. Em resumo,adoçaoEspiritismoaamarguradas afflic-çõesdavida,acalmaasdesesperaçõeseagitaçõesdaalma, dissipa as incertezasou os terroresdo futuro, atalha a vontade de abreviar-se a vida pelo suicídio; por isso mesmo, fazfelizesaquellesquedellesepenetrão, eéeste o grandesegredodasuarapidapropagação.

Quanto aopontodevista religioso, tem o Espiritismo porbaseasverdadesfundamentaes de todasasreligiões: Deos,aalma,aimmortalidade, as penaseasrecompensas futuras;maséindépendcntede qualquercultoparticular. Temelleporobjecto provarqueaalmaexiste,quesobre­ viveaocorpo;queelía padece, depoisdo fallecimçntodo

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corpo,as consequências do quetem feito duranteavida corporca; ora, istoédetodas as religiões.Como crença nos Espíritos, ellc é igualmente de todas as religiões, assim comoédelodosospovos,vistoque,emtodaaparte ondeháhomens, haalmasouEspíritos; que as manifes­ taçõessãodelodos ostempos, c que a relação delias se acha, semexcepção, em todas as religiões. Pode agente poisser catholica, gregaou romana, protestante, judia oumusulmana, ecrer nas manifestaçõesdos Espíritos, e por consequência, ser Espiritista; aprova disto está no teroEspiritismoadherentesemtodasasseitas. Comomo­ ral, éessencialemcnlcchristão, nãosendo aqueellc en­ sinasenãoodesenvolvimentoeaapplicaçãodadoChristo,a raaispuradetodas,ccujasuperioridadenãoéporninguém controvertida,provaevidentedequeellaéleideDeos;ora, estáamoralaouso de todos. Sendo o Espiritismo inde­ pendentede qualquer forma deculto, não prescrevendo nenhum,nem tratando dos dogmas particulares, não é religiãoespecial, pois nãotem nem seus sacerdotes nem seustemplos.Aquemlheperguntasesefazbemseguindo taloutalpratica,responde:«Sejulgaisavossaconsciência compromettida em fazel-o, fazei; Deos sempre leva cm contaointento.«Númapalavra,ellesenãoestáimpondoa ninguém; não se dirige áquellcs que tem fé, e a quem ellabasta, massimácopiosacategoria dosincertosedos incrédulos; nãoosarrebataáIgreja,lendo-scelles d’ella moralmente separado inteira ou parcialmente; faz-lhes andarastresquartas-partesdo caminho,paraaellatorna­ rem; aellaincumbefazeromais.

Verdadeéque o Espiritismo combate certas crenças, quaesaeternidadedaspenas,o fogo material do inferno, a personalidadedodiabo,etc.; masnão écerto que essas crenças', impostas como absolutas, fizerão em todo o

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tempoincrédulos,c os fazemlodososdias? Sc,dando de seusdogmasedealguns outros uma interpretação racio­ nal, o Espiritismotornaatrazerâ féosque delia se rc-tirão, nãobeneficiaclle á religião? Portanto diziaaeste respeito umvenerável ccclesiaslico: « 0Espiritismo faz crerem alguma cousa; ora melhor é crer cm alguma cousa, doquenão crerennenhuma. »

NãosendoosEspíritosmaisque asalmas, não se pode negar osEspíritossemnegaraalma. Admitlidas asalmas ou Espíritos,aquestão reduzidaásua mais simples ex­ pressãoéesta:Podemasalmasdosmortos communicar-scaos vivos?0Espiritismoprovaaaffirmativaporfactos malcriacs; que prova se pode dardeque tal nãoc pos­ sível?Seé,todasasnegaçõesdomundoimoimpedirãoque seja, poisnemcsystemanem lheoria, mas leida natu­ reza; ora contraasleisdanalurozavãé a vontadedoho­ mem.Êforçoso,bomou mãogradoseu,aceitar-se assuas consequências, c acilas conformarassuas crençasecos­ tumes. \ { ! i l ! t : ' 1) ' I

£&csiinio do ensinodosEspíritos.

1. Deos éaintelligencia suprema, causa primeira de todas as cousas.

Deos é eterno, único, immaterial, immudavel, om-nipolcntc,summamcnlcjustoebom.Devecllcserinfinito, em todas as-suasperfeições; pois,sepudéssemossuppôr imperfeito umsó dos seus attribulos,já nãoseria Deos. 2. Deos creou a matéria que constitue os mundos,, creoulambemseres inlclligenlcsquechamamosEspirMos, encarregadosde administrar os mundos malcriacs, con­ formeasleis immudaveisdacreação, et que são perfec-liveispornatureza.Ao passo que se vão aperfeiçoando, approximão-seá divindade. \ i \ í

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-3. 0Espirito propriamente dito é o principio intelli-gente;não conhecemosasuanaturezaintima; paranós, olle é immalcrial, por não ler analogia alguma com arfuillo quechamamos matéria.

/t. Sãoos Espíritos entes individuaes; tem um envol-lorioethereo,imponderável,chamadoperispirito,especie decorpofluidotypodaformahumana.Povoão os espaços que percorrem com arapidez do raio, e constituem o mundoinvisível.

5. Nãoconhecemos a origemeomodo de creação dos Espíritos;sósabemos que são creados singelos c igno­ rantes, istoé, desprovidosdesciencia,cdoconhecimento dobemcdomal,porem igualmenteaptos para tudo, não podendoDeos, nasuajustiça, franquearunsdo trabalho queteriaimpostoaosoutros, para chegaremáperfeição. Noprincipio, estãonumaespeciedeinfancia, semvontade própriaesem consciênciaperfeitadasuaexislencia.

G. Descnvolvcndo-sc o livre arbítrio nos Espíritos ao mesmo tempoqueasidéas,Deoslhesdiz :«Vospodeisto­ dos pretender ã felicidade suprema, depoisdeterdesad­ quiridoos conhecimentosque vos fallão,cdesempenhado a tarefa quecu vos imponho. Trabalhai pois em vosso adiantamento;eisalli oalvo:vósoconseguireisseguindo asleisquegraveinavossaconsciência.»

Em consequênciadoseulivrearbítrio, uns tomãooca­ minhomaiscurtoqueéodobem, os outros omais dila­ tado,queéodomal.

7. Deosnãocreouomal;eslabeleceoleis,eestasleissão sempreboas, por serellesummamenlebom;seria perfei-tamenlefelizquemas cumpriria fielmenle; porém lendo osEspíritos seulivrearbítrio, não as cumprirãosempre, e omal resultou, paraclles,da-suadesobediencia.Podese dizerpois queobem é tudooque estãconformeâlei de

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Dcos,sendoo maltudoo queestácontrarioaestamesma lei.

8. Paraconcorrer, comoagentesda potência divina, á obrados mundosmaleriaes, vestemosEspíritostempora­ riamenteumcorpomaterial. Comotrabalhoquenecessita asuaexislencia corporal, aperfeiçoão a sua intelligencia evãoadquirindo, comobservarema lei deDcos,os mé­ ritosquehão deosconduzirafelicidadeeterna.

9. Não foi aincarnação, no principio, imposta como castigo ao Espirito; ellaénecessáriaaodesenvolvimento das obrasdeDeos,eelleshão depadecel-atodos,querto­ memacarreira dobem querdo mal; só, avanção mais aquellesqueseguema dobem, levãomenostempo aal­ cançaroalvo,eaellechegáocomcondiçõesmenostrabal­ hosas.

10. OsEspíritos incarnados constituem a humanidade que não está limitadaá terra, masque povoa todos os mundosespalhados no espaço.

11. Aalmado homem é um Espirito incarnado. Para ajudal-onocumprimentodasuatarefa,deo-lheDeos,como .auxiliares, osanimaesquelhe estãosujeitos, e cujo genio

eintelligenciasãoproporcionadosássuasprecisões. 12. 0 aperfeiçoamento doEspirito é o fructo do seu proprio trabalho;nãopodendoclle, emumasó existência corporal, adquirir todasas qualidadesmoraese intellcc-tuaesquehãodeleval-oao alvo, chega a ellc por uma successáo d’exislencias, em cada qual d’ellas dá alguns passosparadiantenaviadoprogresso.

13. Acadaexistênciacorporal, deveoEspiritocumprir comumatarefaproporcionadacomoseudesenvolvimento: quanto maispenosa e laboriosaéesta, maismérito tem ellenocumprimentod’ella. Cadaexistência é assim uma provaçãoqueoapproximaaoalvo.Indeterminadoéo

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mero dessasexistências, depende da voridade que tem o Espirito de minoral-o, trabalhando activamenle cm seu aperfeiçoamento moral; assim comodependeda vontade do operário, que hade acabarum trabalho, abreviaro numerodediasqueempregacmfazel-o.

U. Umaexislcncia mal empregada fica sem proveito paraoEspiritoquehaderccomeçal-aemcondicões mais ou menos custosas, emrazãodasuanegligenciae da sua mávontade.Assimcque, na vida,pode-seestarsujeitoa fazer nodia seguinte o que sc não temfeitono prece­ dente.

15. A vidaespiritual é avidanormaldoEspirito: ella é eterna; avidacorporal é transitóriaepassageira: não cmaisqueuminstante naeternidade.

16. Nointcrvallodas suasexistências corporaes, oEs­ piritoestá errante. Não tem a erraticidade dureza deter­ minada; nesse estado, oEspirito é feliz ou desgraçado, conformeobomou máousoque fez da sua ultimaexis­ tência;estáelle estudando as causas que acceleráràoou retardarãoseuadiantamento;tomaas resoluçõesquetra­ tarádepôrem praticanasuapróximaincarnação,e es­ colheproprioas provações que julga as mais próprias para seu adiantamento; porém engana-se ásvezes, ou succuinbe,por não cumprir, quandohomem, comasre­ soluçõesquetomouquandoEspirito.

17. Oespiritoculpadoépunidopelos soffrimcntos mo-raesnomundodosEspíritos,c pelostrabalhosphysicosna vida corporal. As suas affiicçõessão a consequência das suas faltas,istoc,dasuainfraeçãodaleideDeos;desorte que ellassão, ãomesmo tempo, expiação do passado e provaçãoparao futuro:assimcqueoorgulhosopode ter umaexistençiadehumiliação,o tyrannoumadeservidão, omáoricoumademiseriá.

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18.. Ha mundos apropriados aos diversos gráos de adianlamenlodos Espirilos, c onde a existência corporal seacliaemcondiçõesmuidiffercnlcs. Quantomenosadian­ tadoestáoEspirito, maispesadoscmateriacssão oscor­ pos; ao passoque sepurifica, vai paramundos moral-menteepliysicamenlesuperiores.Neméaterraoprimeiro nem oultimodelles,époremumdosmaisatrazados.

19. OsEspíritosculpados estãoincarnados nos mundos menosadiantados,ondeexpiãoassuasculpaspelas tribu­ lações davida material. Aquclles mundos são para clles verdadeirospurgatórios,dondeporem depende delles sa-hirem, trabalhandoa seuadiantamento moral. Êa terra umdessesmundos.

20. Sendo Deossupremamenlc justoe bom, não con-demnaassuas crcaturas a castigos perpetuos por faltas temporárias; offercce-Ihcs, cm lodo o tempo, meios de progredirem c repararemo malquepuderão fazer. Deos perdoa,masexigeoarrependimento,areparação,equese volteparaobem; demaneiraqueadurezadocastigofica proporcionadaápersistênciadoEspiritonomal; que, por conseguinte, seriao castigoeternopara quemsédemora­ riaeternamentenamávia; maslogoquepenetrauma ap-parenciadearrependimentono coraçãodo culpado, Deos extenderielleasuamisericórdia.Assimsedeveentendera eternidadedaspenasnosentidorelativo, cnão nosentido absoluto.

21. OsEspirilos,aoincarnar-se, trazemcomsigo oque tem adquirido nassuas existências precedentes; 6esta a razãoporqueoshomensmoslrãoinstinctivamenlcaptidões especiaes, propensões boas ou más que parecem n’clles innatas.

AsmásinclinaçõessãoosrestosdasimperfeiçõesdoEs­ pirito, e dosquaesnãosetem.inlciramente despido; são

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lambemosindíciosdas falias quecommelteo,c overda­ deiropeccadooriginal. Acadaexistência,deveelle lavar-sedealgumasimpurezas.

22. O esquecimento das existências anteriores é um beneficio deDeos quem, na sua bondade, quizevitarao homemlembrançasasmaisdasvezespeniveis. Acada nova existência, ohomeméoquese (cm feito proprio:cpara elleum novo pontodepartida; conheceseus defeitos ac-luaes;sabequeestes defeitos sãoaconsequência daqucl-lesqueleve,edcllcs conclueo malquepoudecommetter, eistolhebastaparaesmerar-seememendar-se.Seleveneu­ tro tempodefeitosquejá nãotem,nãotem que se prcoc-cupar n’clles;baslão-lheas suas imperfeiçõespresentes.

23. Sejá não temvivido aalma, éporque foi creada aomesmotempoqueocorpo;n’eslasupposição, nãopode cilalerrelação alguma com aquellas que a precederão. Pergunta-seasi enlão como Deos, sendo summamenle justoebom, poude fazel-aresponsáveldaculpadopáedo genero humano, maculando-acom um peccado original quecilanãocommelteo. Dizendo-se,aocontrario, queella traz comsigo, aorenascer,o germedasimperfeições das suasexistências anteriores; quecilaestásujeita,na exis­ tênciapresente, ás consequências das suas culpaspassa­ das, dá-sc assim do peccado original uma explicação lógica, que pode cada ura comprchender e admiltir, não sendo a alma responsável senão de suas próprias obras.

24. Adiversidadedasaptidõesinnatas, moraes e intel-lecluacs,éaprovadequeaalmajátemvivido; seellafosse creadaaomesmotempoqueocorpoactual, nãoseriacon­ formeábondadedeDeosolerfeitoumasmais adiantadas doqueasoutras.Porquerazão haselvagensecivilizados, bonscmalvados,toloschomensintelligentes?Dizendo-se

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que uns temvividomaisqueosoutros, e tem mais ad­ quirido, tudoseexplica.

25. Scaexislcneia actual fosse unica, c houvesse de determinarofuturodaalmaparaaeternidade, qualseria a sorte das crianças que morrem na curta idade? Não tendofeitonembem nemmal, nãomerecemrecompensas 110111castiços. Segundo a palavradoCliristo, sendo cada umrecompensado conforme assuasobras, nãotemellas direitoáperfeitafelicidade dos anjosnemmerecerão ser deliaprivadas.Dizeique poderão n’ouIraexistência com­ pletaroquenãopuderãofazernaquefoiabreviada, enão hamaisexcepções.

26. Pelomesmo motivo, qualseriaa sortedoscrctinsc dosidiotas?Nãolendonenhumaconsciência do beme do mal, não tem nenhumaresponsabilidade dos seusaclos. AcasoseriaDeosjusto ebomlendocreadoalmasestúpidas, para dedical-asa uma exislcneiamiserávele sem com­ pensação? Admilli, aocontrario, sera almado crelim e , do idiotaumEspirito em punição n’um corpo improprio paraexprimiroseupensamento, emqueelleestáqualum homem robustocomprimido por laços, cnãotereismais cousaalgumaquenãoestejaconformeájustiçadeDeos.

27. Nassuasincarnaçõessucccssivas, tendo-seoEspirito poucoapoucodespidodassuasimpurezas, eaperfeiçoado pelo trabalho, chegaaotermo de suas existências corpo-raes; estáentãopertencendoáordemdosEspíritospuros oudos anjos,egozando, ao mesmo tempo,da vista com-pleladeDeos,cdeumafelicidadepura,paraaeternidade. '

28. Estando os homenscm expiação na terra, Deos, qual um bom pâe, não os entrega a elles mesmos sem guias. Tem elles primeiro seus Espíritos protectores, ou anjos custodios, queos vigião esforçando-se em con-duzil-osno bomcaminho; temmaisosEspíritos em

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sãonaterra,Espíritossuperioresdetempoatempoincar­ nadosentreelles,paraalumiarocaminhoporseustrabalhos, eadiantarahumanidade.Alemdetergravadoasualei11a consciência,Deosjulgoudeviaformulal-adeumamaneira explicita;primeiro,mandou-lhesMoisés;porémasleisde Moiséseslavãoapropriadas aoshomens doseu tempo; só lhes fallou da vida terrestre, das penas e recompensas lemporaes. OChrislo veio, aodepois, completara leide Moisés por umensino mais elevado: a pluralidade das existências(1), a vida espiritual, aspenas c as recom­ pensas moraes. Guiava-os Moisés pelotemor, 0 Chrislo, peloamoreacaridade.

29. OEspiritismo, hojemaisbemcomprehendido, ac: crescenla,paraosincrédulos,aevidenciaálheoria;prova elle0futuroporfadospatentes;exprimeemlermosclaros esemequivoco0quedisse0Chrisloemparabolas;explica as verdades desconhecidas ou falsamenle interpretadas; revelaa existênciado mundoinvisível oudosEspíritos, c inicia 0homem nosmysleriosdavida futura; vemcom­ bater0materialismo, queéuma revoltacontraapotência deDeos;finalmentevemestabelecerentreoshomens0reino dacaridadeedasolidaridadeannunciadapeloChrislo.La­ vrouMoisés, semeou 0 Christo, vem 0 Espiritismo re­

colher. '

30. Naõé0 Espiritismo nova luz, porém é luz mais brilhante, surgindoellade todasaspartesdo globopela voz d\aquclles que viverão. Fazendo evidente 0 que era escuro,finalizaasinterpretaçõeserróneas,ehadereuniros homensemumamesmacrença,vistonãohaversenãoumsó Deos, cseremassuasleisiguaesparatodos;marcaemfim aeradostempospreditospeloChrislo cpelosprophelas.

^JliYantf.S.Malh.,tap.xvii,v.10esqj.;i>.Juau,tap.111,v.Sespç.

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ol. Osmalesque atormentão oshomens na terra tem par causaoorgulho, o egoísmo, etodasas más paixões. Pelo contactodosseusvícios, tornâo-se os homens reci-procamcnlcdesgraçados, e secastigào uns pelos outros. Sejíioo orgulhoe o egoísmo substituídospela caridadee humildade, entaõ não tratarão de prejudicar-se; respei­ tarãoosdireitosdecadaum,efarãocomquereinementre siaconcordiaeajustiça.

32. Porém, como hãodesedestruiroegoísmoeoor­ gulhoqueparecemserinnatos nocoraçãodo homem?Es­ tãooegoísmoeoorgulhonocoração dohomempelarazão queoshomenssãoEspíritosqueseguirãodesdeoprincipio ocaminhodomal,cqueforão desterrados sobreaterra, empuniçãodessesmesmosvícios. É esteaindaoseu pec-cadooriginaldequemuitosnãosetemdespido.PeloEspi­ ritismo, Deosfazumaultima chamada paraa pratica da leiensinadapeloChrislo:aleideamoredecaridade.

33. Chegada a terraaotempo marcadopara vira ser umamoradadepazeldefelicidade, nãoquerDeosqueos máosEspíritosincarnadoscontinuemacausar perturbação nellaemprejuízodosbons,porlautohãodedesapparccer. Elles irão expiarseu endurecimento em mundos menos adiantados,ondehãodetrabalharnovamenteemseuaper­ feiçoamento, n’umaseriede existências maisdesgraçadas e penosas aindaquesobreaterra.

Formarãonaquellesmundosumanovacastamaisescla­ recida,e cujatarefa consistirá em fazer progredir, por meio dos seus conhecimentosadquiridos,osseres atraza-dosqueoshabitão.Nãosahirão dessesmundosparamel­ hor,senãodepoisde o terem merecido,eassim successi-vamente,atéquelenhãoconseguidopurificaçãocompleta. Sefoiaterrapurgatório paraelles,serãoafiuellesmundos seuinferno, porem infernodonde aesperançanão éja­ maisexcluída. . j ;• i ;

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31. Emquanto quevaidesapparecerrapidamentea ge­ ração proseripta, levanta-sc uma nova geração, cujas crenças terão seu fundamento no Espiritismo christâo. Estamosassistindoá transiçãoqueseestáoperando, pre­ ludiodarenovação moralda qualoEspiritismoassignala achegada.

JGffaxiinas cxíraiiidns <lo ensino dos Espirilos.

35. 0objcctoessencialdoEspiritismoéomelhoramento dos homens. Não sedevebuscar nellcsenãoo que pode valeraoprogressomoraleintcllcclual.

36. 0verdadeiroEspiritista nãoéquemcrênas mani­ festações,masquemaproveitao ensinodadopelos Espíri­ tos. Emnadanosserveocrer,seacrençanãonosfazdar um passoparadiantenaviadoprogresso, csenãotorna melhores oshomensparacomseuproximo.

37. 0egoismo,oorgulho,avaidade, aambição, acu­ bica eodio,ainveja, o ciumc, amaledicênciasão, para aalma, licrvas venenosas de quesedevecada dia desar­ raigaralgunspés, e(pie tem por conlraveneno: a cari­ dadecahumildade.

38. A crença no Espiritismo não é proveitosa senão áquellede quemse podedizer: Melhor vale cllehojedo quehontem.

30. Aimportânciaquedáohomem aosbens.temporaes estáem razãoinversada sua féna vidaespiritual; adu­ vida sobre o futuro éque o levaa procurar seus gozos ncsle mundo, satisfazendo as suaspaixões atémesmo á custadoseu proximo.

40. As afflicções, na terra, são os remediosdaalma, cilas a salvão paraofuturo, assim como uma operação cirúrgicasalvaavida.aumenfermo,elhereslitueasaude.

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Porissofoi queoChristodisse:« Bcmavenluradossãoos afflictos, poisserãoconsolados. »

41. Em vossas afflicções, olhai para abaixo devós,e nãopara ácima; cuidai naquellesquesoffremmaisainda quevós.

42. A desesperação é natural naqucllc que julga se acabar tudo com a vidado corpo; é um contrasenso da partedaquelleque temféno futuro.

43. Muitas vezes ohomem, cána terra, é artíficeda suaprópriadesgraça;voltecllcparao principiodosseus infortúnios,everáquesão, pelamaiorparte, oresultado desuaimprovidcncia, deseu orgulho- e de sua avidez,c consequentementedesuainfraeçãodasleisdeDeos.

44. Aoraçãoéaclo deadoração.RogaraDeosépensar nelle,éapproximar-se aellc, épôr-scemcommunicação . comellc.

45. Quem rogacom fervor cconfiançafica maisfirme contraastentaçõesdomal,eDeos lheenviabonsEspíritos paraauxilial-o. Eesteumsoccorro quenãoéjamaisrecu­ sado aquemopedecomsinceridade.

46. 0 ponto essencial não está em rogarmuito, mas em rogar bem. Julgão certas pessoas que lodoo mérito está na duraçãoda oração, emquanto estãofechando os olhosaosseuspropriosdefeitos.Paracilasaoraçãoéuma occupação, umempregodo tempo,masnãoumestudode simesmas.

47. Quem pedea Deosperdão das suas culpasnão o empelrasenãomudandodecomportamento.Asboasacções sãoamelhororação, poisosactos valemmaisqueaspa­ lavras.

48. Recommendão a oração lodos os bons Espíritos. Alémdisto,pedem-nalodososEspíritosimperfeitos,como meio dealliviarosseus soffrimentos.

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49. Certonãopodeaoraçãomudarosdecretosda Pro­ videncia;porem, vendoque se nellesinteressa, osEspí­ ritos padecentes já se sentem menos abandonados; são menos desgraçados; ellareanimaa sua coragem, excita nelles o desejo de se elevarem pelo arrependimento ea reparação, e pode desvial-os do pensamento do mal. iN’eslesentidoé quecila pode não somente alliviar, mas abreviarosseussoíTrimcnlos.

50. Rogai,cadaum devós, conformeasvossasconvic­ çõeseomodoquejulgaisoniaisconveniente;poisaforma nãoé nada, tudoestáno pensamento; o ponto essencial estánasinceridadeenapureza. Maisvaleumbompensa­ mento doquenumerosaspalavras, quese parecemcomo ruidodomoinho, c emquenãotemparteocoração.

31. Deosfezhomensfortes epoderososparaseremam­ parodos fracos;o fortequeopprimcofracoDeosoamal­ diçoa,emuitasvezeseilerecebeocastigonestavidasem prejuízodofuturo.

52. Afortunaéumdeposito cujo possuidornãoé mais queusufrucluario,vistonãoIcval-acllccomsigodsepul­ tura;darácontarigorosadousoquedeliativerfeito.

63. Oambiciosoque gozatriumphos, coricoquevive degozosraateriaes,sãomaisdignosde lastimado quede inveja, pois restaveracompensação.0Espiritismo,pelos terríveisexemplosdaquclles que tendovividovemrevelar asuasorte, mostra averdade destapalavra doChristo: «Quem seexaltaasi scra abatido, cquemse abate será exaltado.»

55. Acaridadeéasupremalei do Christo:«Amai-vos unsaosoutros comoirmãos, — amai ao vosso proximo comoavós mesmos,—perdoai aosvossos inimigos,—* nãofazeiaosoutrosoquenãoquereríeisquevos fizessem: istotudoseresumenapalavracaridade.

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56. Acaridadenãoconsisleunicamentenaesmola, pois lia caridadeempensamentos, cm palavras c cm acções. Aquelleócaridosoem pensamentosqueé indulgentepara as falias alheias; é caridoso cm palavras quem não diz cousaalgumaquepossaprejudicaraoutrem;caridosoem acções quem soccorre oseu proximo na proporção das suasforças.

57. 0indigenteque dáparle doseu bocado depãoao mais pobre é mais caridoso c tem mais merecimento á vistadeDeos que quemdádeseu supérfluo, não se pri­

vandodecousaalguma.

5S. Quemquerquecrie contraseuproximosentimentos deanimosidade,deodio, de invejacde rancor, faltade caridade, mentedizendo-sechrislão,coffendeaDeos.

59. Homensdetodasascastas, de todas as seitascde todasascores, soisvós todosirmãos,poisDeosvoschama lodos parasi; por lãnto apertai-vos muluaraénte amão, seja qual fòramaneira porque vós o adorais, cnão vos analhemalizaireciproeamenté,pois oanalhemaéviolação daleidecaridadeproclamadapeloChrislo.

GO. Com o egoismo, os homens estão perpeluamcnlc lutandoentresi; com acaridade, hãodeestarnosocego dapaz. Sendoacaridadeabasedasinstituiçõesdelles,ella podesó segurar-lhes afelicidade n’este mundo; segundo aspalavrasdoChrislo,cilapodesó lambemsegurar-lhesa felicidadefutura, poisencerraimplicitamentetodasasvir­ tudesque os podem conduzir á perfeição. Com a verda­ deira caridade, tal qual foi ensinada c praticada pelo Ghristo, não ha mais egoismo, orgulho, odio, inveja, maledicência: não ha mais affcclo desmedido aos bens deste mundo. Por isso. tem o Espiritismo chrislão por maxima:Fóradacaridade, naohasalvaçao.

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Incrédulos!podeiszombardosEspíritos, mofar daquel-lesqueaccredilàoas manifestaçõesdelles; ride vós pois, seousais, desta maxiina que elles vem ensinar, e queé vosso proprioamparo; poissedcsapparecesseacaridade daterra, dcspedaçarião-se entresi os homens, e talvez ficásseis delles as primeiras victimas. Não está longeo tempoemqueestamaxima, abertamente proclamada em nomedos Espíritos,hadeserpenhordesegurança, e li-, tulode confiançaparacom lodososqueatrouxeremgra­ vadano coração.

UmEspiritodisse:«Zombarãodasmesasgirantes;não se zombarájamais da philosophiaedamoral que delias derivão.»Comcffeilo,apenas temdecorridoalgunsannos, jáestamos longe daquclles phenomenos que servirãoum instantededistracçàoaos vadiosecuriosos. Essa moral, dizeisvós, é antiquada:«Bemdevcrião os Espíritos ser tanto engenhosos que nos dessem alguma cousa nova» (phrascagudademuitoscríticos).Tantomelhor!seéanti­ quada, istoprovaqueellaédelodosostempos,portanto maisculpáveissãooshomenspornãotcl-apraticado,pois nãohaverdadeirasverdadessenão as que sãoeternas. O Espiritismolhas vem recordar, não por uma revelação isoladafeita a umsóhomem, mas pela voz dos mesmos Espíritos,a qual, semelhanteátrombeta final, lhes vem grilar: Credevósqueosque chamaveis mortos sãomais vivosquevós, pois estão vendo o quenãovedes, e ou­ vindooquenãoouvis; reconhecei naquellesquevosvem fallar os vossos parentes,osvossos amigos,e lodososa quemamastesnaterraequejulgáveisperdidosparasem­ pre; quãoinfelizessãoaquellesquecremque tudomorre comocorpo, pois hãodeser cruelmente desenganados; quãoinfelizesaquelles queforão faltos decaridade, pois hãodepadeceroquetiverem feitosoffreraosoutros!

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cutaia voz daquellcs que soffrcm e quevos vem dizer: «EstamospenandoporterdesconhecidoapotênciadeDeos, epostocmduvidaa suamisericórdiainfinita; padecemos pelo nossoorgulho, pelonossoegoismo, pelanossaava­ reza, epor todasasmáspaixõesquenãosoubemosrepri­ mir;padecemosporlodoomalquefizemosaosnossosse­ melhantespelonossoesquecimentodaleidecaridade.»

Incrédulos! dizeivósseérisivelumadoutrinaqueen­ sina taescousas,seébõa oumá. Quando nãoaconside­ rásseissenãonopontodevistada ordemsocial,dizeiseos homens que a praticarião serião felizes ou desgraçados, melhoresoupeiores. . i <

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OBRAS

FRANCEZAS

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SOBBE OESPIRITISMO.

O QUE É O ESPIRITISMO

Inlroducç.loaoconhecimento domando invisível ou dos Espíritos; abrangendoosprincípiosfundamentaesdadoutrinaespiritista,ea res­ postaaalgumasobjecçõesprejudiciaes. Grandecm-18;preço,GOc.

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Livrosegundo.— Mundoespiritista oudosEspíritos.

Cap.1°.DosEspíritos.—Cap.II.Incarnaç/iodosEspíritos—Cap.III. Regressodavidacorporal paraavida espiritual. — Cap.IV. Plurali­ dadedasexistências.—Cap.V. Consideraçõessobre a pluralidadedas existências.—Cap.VI.Vida espiritista.—Cap.VII.Volta paraavida corporal.—Cap.VIII.Emancipaçilodaalma:somno,sonhos, somnam-bulisrao,extasc,segundavista.—Cap.IX..EnlrcmcllimwilodosEspí­ ritosnomundocorporco.—Cap.X.OccupaçõesemissõesdosEspíritos. —Cap.XI. Ostresreinosdanatureza.

Livroterceiro.—Leismoraes.

Cap.Io.Aleidivinaounatural.—Cap.II.L°ideadoraçiio.—Cap.III. Leidotrabalho.—Cap.IV.Leidareproducç.ilo.—Cap.V.Leida

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scrvaoão.—Cap.VI.Leidadestruição.—Gap.Vil.Lei«lasociedade.— Gap. VIU. L-i do progresso.— Gap.IX.Leidaigualdade. —Cap.X. Leidaliberdade. —Gap.XI. Leidcjustiça, deamoredecaridade.— Gap.XII.Perfeiçãomoral.

Livro quarto.—Esperançaseconsolações.

Gap.Io.Penasegozosterrestres. —Gap.II.Penas cgozosfuturos, —Conclusão.

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OuGuiadosmédiuns cdos cvocadores.Contendo: oensinoespecial dosEspíritossobrealheoria dc todos osgénerosdemanifestações, os meios decommunicar-secomomundoinvisível,odesenvolvimentoda mediumidade,asdifficuldadeseoscscolhns queseencontrãonapratica doEspiritismo,etc.;paraseguida ao LivrodosEspíritos.

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TÍTULOSDOS CAPÍTULOS. Primeira parte.—Noçõespreliminares.

CapituloI".fiaEspíritos?—Cap.’II. 0maravilhosoêo sobrena­ tural.—Cap.III.Mcthodo.—Gap. IV.Systcma.

Segundaparte. —Dasmanifestaçõesespiritistas. Cap.Io.AcçãodosEspíritossobreamatéria.—Gap.II.Manifestações physicas. Mesas giranlcs — Cap. UI. Manifestações intclligenlcs.— Cap.IV.Theoria dasmanifestações physicas.—Gap.V. Manifestações physicasespontâneos.—Cap.VI.Manifestaçõesvisuaes.Visões, appari-ções.—Cap. MI.Bi-corporalidadcetransfiguração.—Cap.VIII. Labo-raloriodomundoinvisível. — Cap. IX. Dos lugaresfrequentados.—' Cap.X. Naturezadascõmmunicaçõ°s.—Cap.XI.Sematologia e lyplo-logia.—Cap.XII.Pirumnlographinou escrituradirecla.—Cap.XIII. Psychographia.—Cap.XIV. Dosmédiuns. —Cap.XV. Médiuns escre­ ventes oupsychogrophos.—Cap.XVI.Médiuns especiaes.—Cap.XVII. Formaçãodosmdiuns.—Gap XVIII.Inconvenienteseperigosda me­ diumidade.—Gap.XIX.Pnp"l dosmédiunsnas communicações espiri­ tistas.—Cap.XX.Influenciamoraldonrdium.—Cap.XXI.Influencia domeio.—Cap.XXII.Damediumidadenosanimaes.—Cap.XXXIII.Da obsessão.—Cap.XXIV.IdentidadedosEspíritos.—Cap.XXV.Dasevo­ cações.—Cap.XXVI.Perguntas que se podedirigiraosEspíritos.— C\p.XXVII. Dascontradicçõesedasmyslificaeões.—Gap.XXVm.

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-latansraocpclolicas.—Cai*.XXIX.Reuniõescsociedadesespiritistas.— Cap.XXX.RegulamentodasociedadeespiritistadePariz.—Gap.XXXI. , Dissertaçõesespiritistas.—Gap.XXXII.Vocabulárioespiritista.

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REVISTA

ESPIRITISTA-Jornaldeestudospsychologicos,publicado debaixo dadirecção do SrAllan Kardec, contendo a narraçãodasmanifestações materiaesou intelligenlcsdosEspíritos;apparições, evocações,assimcomoIodasas noticiasrelativas ao Espiritismo.— 0cusinodisEspíritos acerca das cousasdoinundovisívelou invisível, dassciencias, damoral,da im-mortalidadedaalma,danaturezadohomeneseu futuro.—Ahistoria doEspiritismonaantiguidade; as suas relações comomagnetismoeo somnambulismo; a explicação das legendasc crençaspopulares, da mythologiadetodosospovos.—OstrabalhosdaSociedadeparisiense dosestudosespiritistas,fundadanoIodeabrilde1S5S.

ARevistaespiritista sabe áluz todos os mezes, porcadernos,de 32paginasaomenos,desdeo rdejanirodeISõS,formando,nofim decadaanuo,umgrandevolumegrandecm-S,comtituloecapa,abran­ gendoa matériadeIres volumesordinários.

Preçodaassignalura:paraFrançae-Argélia,10fr.poranno;estran­ geiro, 12 fr.;Americaepaizesdcultramar,Mfr.—Principiilo todas asassignaiurasnoPdcjaneiro.Nâosetomaassignalurapormenosdc umanno.

Subscrcve-scemPariz, noescriptoriodaRevista,ruo etpassage Sainte-Annc,59,c porintermédiodclodososlivreirose direclorcs decorreio.

Sóserecebeascartasfranqueadas.

ParaagenteforadcPariz,basta-lheunbillielcsobreocorreio,ou umsaqueâord<*mdoSrAUanKardcc,rueet passageSainP-Anne,ó9, indicandoosnunrrosquesftnãol*mrecebido.Nào sefaz saquesobre ossubscritorespeloimportedaassignalura.

Podc-seobterascollecçjesda Revistadosannos 1858,IS59,1860 6ÍSG1.Aopreço:porcada anno scparadamenle,de10fr.;pelosqua­ trojuntamenle, de30fr.emvezde-10.

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