Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, EGC - UFSC
Autor
Pierre Lévy
Ed. 34, 1996 (7ª Reimpressão, 2005)
SEMINÁRIO 02
28.junho.2006
APRESENTAÇÃORenata Jorge Vieira
Eduardo Giugliani
Alunos Pós-graduação
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, EGC - UFSC
Teoria Geral de Sistemas
Sistemas Emergentes x Sistemas Teleológicos
Evolucionistas Criaciocionistas
Re-leitura do livro – texto
Re-leitura do texto – internet
“desterritorialização”
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• nascido na Tunísia, 1956
• filósofo da ‘Informação’
informática + filosofia
+ história da ciência
+ sociologia moderna
• Mestrado: França
História da Ciência
• Doutorado: França
Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação
• Atua na Universidade de Ottawa, Canadá
Área de Pesquisa – Inteligência Coletiva
• Membro da Academia Canadense de Ciências
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“... a comunicação interativa e coletiva é a principal
atração do ciberespaço”. Sendo a Internet um
instrumento de desenvolvimento social,
possibilitando a partilha da
memória, da percepção e da imaginação.
Resultando na aprendizagem coletiva e na troca de
conhecimento entre os grupos...
X
TV, Jornal
meios de comunicação passivo, proporcionando ao
‘receptor’ somente ‘absorção’ de informação, pois
não há nem troca de informações, nem interatividade.
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TEXTOS EDITADOS NO BRASIL
•As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era
da informática. 92.
•As árvores de conhecimentos. 95.
•O que é o virtual?96.
•A ideografia dinâmica: para uma imaginação artificial?97.
•A ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? 98.
•A máquina universo: criação, cognição e cultura informática.
98.
•Cibercultura. 99.
•A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço.
2000.
•Filosofia world: o mercado, o ciberespaço, a consciência.
2000.
•A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. 2001.
•Ciberdemocracia. 2003.
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“O virtual não se opõe ao real,
mas sim ao atual.
Contrariamente ao possível,
estático e já constituído,
o virtual é como o complexo problemático,
o nó de tendências ou
de forças que acompanha uma situação,
um acontecimento,
um objeto ou uma entidade qualquer,
e que chama um processo de resolução:
a atualização."
(LÉVY, 1996, p.16)
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mas Pierre Lévy esclarece...
“ a virtualidade não é nem boa, nem má,
nem neutra.
Ela se apresenta como movimento mesmo
de ‘devir outro’ – ou heterogênese – do
humano. Antes de temê-la, condená-la ou
lançar-se às cegas a ela, propõe que se faça
o esforço de apreender, de pensar, de
compreender em toda a sua amplitude a
virtualização.”
(LÉVY, 1996, p.11/12)
Amor, Ódio, ...
Adesão, Crítica, ...
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O que é a virtualização ?
Conceitos de
Realidade,
Possibilidade,
Atualizada e
Virtualidade.
desterritolização
e
espaços-temporais
LIVRO O que é o virtual ?
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Virtualização do Corpo
Virtualização do Texto
Virtualização da Economia
LIVRO O que é o virtual ?
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Hominização da virtualização:
A Linguagem
A Técnica
O Contrato
LIVRO O que é o virtual ?
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As operações da virtualização
abordando...
“núcleo invariante de operações elementares
presentes em todos os processos de
virtualização.”
... gramática, dialética, ...
LIVRO O que é o virtual ?
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A virtualização da inteligência
abordando...
o funcionamento tecno-social da cognição.
Dialética de objetivação da interioridade e da
subjetivação da exterioridade.
Visão renovada de inteligência coletiva
Construção de um conceito de objeto
LIVRO O que é o virtual ?
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Resume, sistematiza e relativiza
os conhecimentos abordados na obra
filosofia para melhor ‘ acolher’ a
dualidade do acontecimento e
da substância
LIVRO O que é o virtual ?
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ARTE DA VIRTUALIZAÇÃO
NOVA SENSIBILIDADE ESTÉTICA
LIVRO O que é o virtual ?
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NÃO ocorre a contraposição
VIRTUAL X REAL
NEM a semelhança
VIRTUAL = ALIENAÇÃO
O que ocorre É a contraposição
VIRTUAL X ATUAL
Voltando ao foco do Virtual ...
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A
árvore
está virtualmente presente na
semente
, o que ela não é, é
atual
.
Pois toda
semente
se transformará em
árvore
,
embora
potencialmente contenha uma
árvore
.
e ainda ...
se as
sementes
gerarem
árvores
,
existirá a influência do contexto...
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VIRTUAL latim medieval ...
virtualis
virtus
= força, potência
É virtual o que existe em potência, NÃO em ato !!!
(a árvore está virtualmente presente na semente)
virtual
não se opõe ao
real
mas ao
atual
virtual e atualidade são apenas duas maneiras
de ser diferentes
(...nem boa, nem má, nem neutra, ...)
VIRTUAL X ATUAL
‘tenho’
real
tangível
‘terás’
intangível
Conotação
insuficiente para
Uma
Teoria Geral
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VIRTUAL X ATUALIZAÇÃO
‘árvore’
é a resolução
‘semente’
é o problema
invenção de uma forma
a partir de uma configuração
dinâmica de forças e
de finalidades
...
atualização de um programa
em função de sua utilização
Nó de tensão
Nó de coerção
No de projetos
...
redação de
um programa
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mutação é o inverso da atualização
Mutação de identidade, um deslocamento do centro de
gravidade ontológico do objeto considerado: a entidade
encontra seu foco num campo problemático, em vez de
definir sua solução (atualidade).
Virtualizar uma entidade qualquer consiste em
descobrir uma questão geral à qual ela se relaciona,
em fazer mutar a entidade em direção a essa
interrogação e em redefinir a atualidade de partida
como resposta a uma questão particular.
VIRTUALIZAÇÃO
≠ Realização
ocorrência de um
estado pré-definido
≠ Atualização
invenção de uma solução
exigida por um complexo
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mundo contemporâneo
VIRTUALIZAÇÃO DE UMA EMRESA
Empresa virtual
tele-trabalho
comunicação eletrônica
recursos cooperação
empresa clássica
prédio
posto de trabalho
livro ponto/horário
problema de coordenar
espaço-temporal
de trabalho
solução estável
individualidade
coletividade
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aumenta os graus de liberdade
aumenta o número de variáveis
é um dos principais vetores da
criação da realidade
ATUALIZAÇÃO
PROBLEMA SOLUÇÃO
PROBLEMA SOLUÇÃO
OUTROVIRTUALIZAÇÃO
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HISTORICIDADE DO
PROCESSO DE VIRTUALIZAÇÃO
A VIRTUALIZAÇÃO NÃO ‘NASCEU ONTEM’
acompanha o
processo de evolução da
humanidade
Século XVI
a virtualização da linguagem
ocorreu através do
texto
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A VIRTUALIZAÇÃO DO TEXTO
“Tal é o trabalho da leitura: a partir de uma
linearidade ou de uma planitude inicial, esse ato de
rasgar, de amarrotar, de torcer, de re-costurar o
texto para abrir um meio vivo no qual possa se
desbobrar o sentido. O espaço do sentido não
preexiste à leitura. É ao percorrê-lo, ao
cartografá-lo que o fabricamos, que o atualizamos”.
(Lévy, pg. 36)
•Escrita = virtualização da memória
•Digitalização = potencialização do texto
•Hipertexto = virtualização do texto e virtualização da
leitura
•Ciberespaço = virtualização do computador
•Desterritorialização do texto
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AS 3 VIRTUALIZAÇÕES QUE FIZERAM O HUMANO
A LINGUAGEM – A TÉCNICA – O CONTRATO
“A partir do momento em falamos, as entidades
eminentemente subjetivas que são as emoções
complexas, os conhecimentos e os conceitos são
externalizados, objetivadas e intercambiadas,
podem viajar de um lugar para outro, de um tempo
à outro, de um espírito à outro”.
(Lévy, pg. 36)
•Nascimento da Linguagem = virtualização do presente
•Técnica = virtualização da ação
•Contrato = virtualização da violência
•Arte = virtualização da virtualidade
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Catálogos...
A biblioteca tradicional está repleta de mecanismos
virtuais de referência e mediação, dentre os quais o
catálogo e todas as suas derivações e formas é o
melhor exemplo.
As tecnologias devem ser consideradas acima de tudo
como mecanismos de potencialização da informação.
A hipertextualização dos documentos pode ser definida
como uma tendência a convergência das funções da
leitura e da escrita.
A partir do hipertexto a leitura tornou-se um ato de
escrita.
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Mediação com interação presencial
Mediação virtual com interação presencial
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Mediação virtual de base mecânica Mecanismos de Referência em Bibliotecas
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Mediação virtual de base eletrônica Mecanismos de Referência em Bibliotecas
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Mediação virtual de base eletrônica com interação presencial Mecanismos de Referência em Bibliotecas
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Leitura fundamental para aqueles que estão
inquietos e incomodados
com as transformações em andamento no
ATUAL mundo VIRTUAL ... mo(pós)derno.
• A virtualização não é de modo algum uma
desmaterialização
.
• São movimentos complementares da virtualização:
a subjetivação e a objetivação.
• A virtualização não é um fenômeno recente.
• O real, o possível, o atual e o virtual
são quatro modos de ser diferentes que
operam juntos em cada fenômeno concreto.
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