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Caderno de apoio Master MASTER /// JURIS

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Caderno de apoio Master MASTER

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Turma e Ano: Master A (2015)

Matéria/Aula: Direito Civil – Família e Sucessões – Aula 23 – Data: 05.02.2015 Professor: Andréa Amin

Conteúdo: Disposições testamentárias; validade; caducidade; Legados: espécies e efeitos.

Monitora: Carmen Shimabukuro

Na aula de hoje vamos dar continuidade a sucessão testamentária, vamos ver o recheio, ie, conteúdo do testamento.

Para obter uma partilha após a morte, precisa de ato de ultima vontade, ou testamento ou então se tiver cuidado de bens de pequena monta de ate 10% do patrimônio de uma pessoa em vida, pode ser ate 20%, pode ser feito por meio de codicilo.

Tanto no testamento qto codicilo são negócios jurídicos unilaterais causa

mortis.

O testamento é ato unipessoal, personalíssimo causa mortis, formal, solene e revogável. Vimos as modalidades. Vimos a diferença entre rompimento, ruptura e revogação do testamento.

Na aula de hoje vamos ver o conteúdo do testamento.

O testamento tem 99% de disposições sobre clausulas patrimoniais. Qdo se faz um testamento é pq se quer é disciplinar o destino desses bens.

No testamento tb pode ser inserido clausulas de conteúdo não patrimonial, ex reconhecimento de filho em testamento e nesse ponto será irrevogável. Ainda que o testamento seja essencialmente revogável, qq reconhecimento de filho que se faça em cédula testamentária não sofre revogação.

Se o testamento é anulável pq tem vicio, vicio este que pode ter contaminado o reconhecimento de filho, daí a situação muda, pq a anulabilidade tb é passível de ser arguida em sede de reconhecimento de filho.

No conteúdo do testamento tb pode ser inserido outras clausulas não patrimoniais de caráter não pessoal, ex escolha de tutor testamentário.

Pode-se ainda disciplinar questões relacionadas ao poder familiar, aos bens deixados aos herdeiros ou sucessores. Ex avô deixa para os netos alguns legados, mas ele acha que a nora e exerce poder familiar aos netos, é uma perdida, não tem

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condições de administrar nem a vida dela. Nesse caso pode-se faze deixa testamentaria e indicar que aqueles bens ficarão excluídos do usufruto e administração da mãe, poderá ficar a administração do pai ou outro administrador.

Por isso o testamento é negocio jurídico que dá uma ampla margem para se dizer como e quer disciplinar certos fatos após a morte.

Disposições que não serão consideradas inválidas. Vamos ver, ainda que em sede de testamento temos ampla liberdade em testar. O principio é da liberdade de testar e autonomia para testar limitado, pois respeitar a legitima e normas de ordem publica.

O art 1897 traz a regra muito ampla. Já tb dá uma diferença entre legado, disposição em favor de legatória e disposição em favor de herdeiro:

Art. 1.897. A nomeação de herdeiro, ou legatário, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condição, para certo fim ou modo, ou por certo motivo.

Aqui temos duas modalidades de negocio jurídico: condição e encargo. E o termo pode ser aposto na disposição testamentária? Sim, pode desde que seja legado, mas não pode se for em favor de herdeiro. Disposição deixando herança não esta submetido a termo, pois o art 1898 faz essa ressalva:

Art. 1.898. A designação do tempo em que deva começar ou cessar o direito do herdeiro, salvo nas disposições fideicomissárias, ter-se-á

por não escrita.

Só diz respeito a universalidade. A disposição fideicomissária é hipótese de substituição e veremos adiante.

Substituição comissária é possível. Já legado pode estar sujeita a termo, pode-se ter termo final, inicial ou resolutivo. Isso pode-se percebe pq o artigo 1923, §2º faz menção ao termo:

§ 2o O legado de coisa certa existente na herança transfere também

ao legatário os frutos que produzir, desde a morte do testador, exceto se dependente de condição suspensiva, ou de termo inicial.

Logo posso ter legado a termo, mas não posso ter herança a termo.

Como posso inserir modalidades na disposição testamentaria, tenho que lembrar o que sei de modalidades. Essa condição suspensiva, a delação sucessória não se dá no momento de abertura da sucessão em favor do herdeiro testamentário, cuja deixa está sujeita a condição suspensiva é valida mas ainda não tem eficácia, a

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delação é postergada ate o implemento da condição. Ela precisa ser possível, pois que se ela for uma condição impossível ou ilícita, será considerada na visão de Caio Mario, como uma condição ate não escrita.

A condição impossível, segundo a parte geral do CC, vai invalidar o negocio jurídico que lhe é subordinado se é suspensiva, art 23, I. Caio Mario faz ressalva pois em matéria de testamento não é razoável que não se considere o ato de ultima vontade. Neste caso se considera como não escrita e aproveita a disposição testamentária. Agora não é razoável aplicar todas as regras de suspensão no testamento.

Essa condição pode ser possível, mas o beneficiário que estava vivo ao tempo da abertura da sucessão pode vir a falecer antes mesmo da condição se implementar. Se isso ocorrer haverá caducidade da disposição testamentária, pelo menos em favor daquele beneficiário, pois afinal de contas pré faleceu antes de exercer o direito.

Mas o testador pode ter indicado substituto, nesse caso. Então nesse caso o testamento não caduca.

A substituição é vista como disposição autônoma em relação a antecedente. Por isso se o ave deixa determinado legado a primeira neta, sob condição dela se formar na faculdade X, mas durante os estudos ela falece, esse avô pode ter deixado substituto, dizendo, em caso de morte da neta A essa deixa ira para a neta B, sem qqq condição.

Temos, ainda o encargo como modalidade. O encargo pode ser aplicado em disposição em favor de herdeiro ou legado oneroso, ie, legado sujeito a encargo. O problema do encargo é seu descumprimento. Um encargo claro tem que ser licito, se ilícito é considerado como não escrito; eventualmente o cumprimento do legado pode ser inserido como condição suspensiva (deixo apto para fulano desde que fulano adote a praça em frente ao apto, se não fizer não haverá implemento da condição) o encargo pode ser simples, ex disposição onde se coloca que deixa apto a fulano e terá que cumprir um encargo, o fulano desde logo recebe o apto mas desde logo tem que cumprir o encargo.

O problema é qdo não se cumpre o encargo. Qual o efeito em relação a disposição testamentaria? No legado com encargo há uma menção para se aplicar as regras da doação – art 1938:

Art. 1.938. Nos legados com encargo, aplica-se ao legatário o disposto neste Código quanto às doações de igual natureza.

Sobre as doações em encargo – se o encargo não é cumprido:

 O encargo pode ser executado pelo beneficiário, doador ou MP se houver interesse publico;

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 Ou então haverá revogação da liberalidade.

Mas a revogação é ato próprio do doador, lá na doação. Na sucessão não temos mais o testador. O que se faz nesse caso? Alguns autores entendem que se o encargo não é cumprido, automaticamente a disposição testamentaria caduca. Se não houver pz tem que notificar o sucessor beneficiado com a deixa testamentaria para dar um tempo para ele cumprir. Dado o tempo e não cumprido, para alguns autores caduca aquela .

Já outros autores entendem que haverá caducidade ou será executado o encargo.

Quem tem legitimidade para buscar a execução do encargo? O beneficiado direto com o encargo terá, e no exemplo da adoção da praça, ao ver da professora o MP tb terá legitimidade para te-lo.

O testamenteiro tb pode ser considerado parte legitima ou o inventariante idem. Zeno defende a tese da revogação. Quem o promove é o testamenteiro ou o inventariante. Mas ao ver da professora o mais adequado é a tese da caducidade. Como se tem disposição sujeito a encargo e se esse não cumprido haverá caducidade.

Atentar para disposições inválidas. Em matéria de invalidade, com sanção de nulidade ou anulabilidade, temos extensões distintas. Podemos ter a invalidade do testamento, propriamente dito, ie, todo ele foi contaminado por um vicio ou pode-se ter uma invalidade de uma disposição testamentária apenas, que pode ser nula ou anulável.

Vamos tratar da invalidade da disposição testamentaria

INVALIDADE DA DISPOSICAO TESTAMENTÁRIA

Art 1900:

Art. 1.900. É nula a disposição:

I - que institua herdeiro ou legatário sob a condição captatória de que este disponha, também por testamento, em benefício do testador, ou de terceiro;

II - que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar;

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III - que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a terceiro;

IV - que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado;

V - que favoreça as pessoas a que se referem os arts. 1.801 e 1.802.

Esse artigo tem regras especificas e que não tem correspondência na parte geral do art 166.

Inciso I – a condição captatoria nada mais é do que pacto sucessório. Não tem sido aceita por 2 motivos: acaba versando um contrato com herança de pessoa viva. Isso é uma indireta interferência de terceiro na vontade testamentária do testador. isso é considerado nulo.

Inciso II - Disposição se refira a pessoa incerta e cuja identidade não se pode averiguar. Não tem como cumprir a disposição, não é caso de invalidade, mas assim foi tratada. O erro na designação de pessoa mas que é possível identificar permite o aproveitamento da disposição. No inciso II trata de designação de pessoa incerta e não tem como identifica-la. Na interpretação das clausulas testamentarias tem que seguir o principio da prevalência da vontade do testador. isso esta no art 1899 que diz:

Art. 1.899. Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do testador.

Na duvida,tem que tentar aproveitar a vontade a fim de evitar eliminar a vontade do testador.

Erro na indicação da pessoa beneficiada pelo testador, daí se aproveita pelo art 1903:

Art. 1.903. O erro na designação da pessoa do herdeiro, do legatário, ou da coisa legada anula a disposição, salvo se, pelo contexto do testamento, por outros documentos, ou por fatos inequívocos, se puder identificar a pessoa ou coisa a que o testador queria referir-se.

Inciso III – comparando o inciso III do art 1900 com o art 1901, I:

Art. 1.901. Valerá a disposição:

I - em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro,

dentre duas ou mais pessoas mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um estabelecimento por ele designado;

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No caso do inciso III do art 1900 temos uma disposição indicativa por terceiro mas absoluta. quem vai escolher o destinatário daquele legado ou herança não é o testador, é um terceiro. Isso viola o caráter personalíssimo da disposição de ultima vontade do testador.

Agora se houver deixa: ”deixo 10% da minha disponível para os meus primos, filhos da minha tia,cabendo ao meu filho mais velho ou pessoa por mim indicada, escolher dentre eles aquele que tiver mais necessidades a época da minha morte”. quer contemplar qq deles, mas faz uma delimitação dentro do universo das pessoas a serem beneficiadas. Nesse caso a lei permite que venha valer.

Inciso IV – mesmas razoes do inciso III. Inciso V é intuitivo.

No art 1901, II – testador deixa legado em favor da enfermeira que vem prestando serviço e o acolha a tempo de sua morte. o valor a ser arbitrado pode ser arbitrado por terceiro. as regras do art 1901 excepcionam algumas regras do art 1900.

A disposição dentro do plano da validade pode sofrer sanção da anulabilidade. Esta pode se dar por vicio do consentimento nos termos do art 1909:

 erro

 Dolo

 Coação

Se a coação for física é hipótese de inexistência do testamento por ausência do elemento vontade.

Se a coação for moral cairá no plano da anulabilidade.

O p único do art 1909 diz o pz decadencial para impugnar a disposição viciada.

Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício.

O art 1859 tb cuida de invalidade,mas cuida de invalidade de testamento. O art 1909 trata da invalidade da disposição por vicio do consentimento. Já o art 1859 simplesmente fala da invalidade do testamento e dá pz de 5 anos para fazê-lo.

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Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data do seu registro.

Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação.

Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício.

O art 1859 excepciona uma regra que se aprende na parte geral. Qdo se fala em ato nulo e anulável, sabemos que o anulável está sujeito a pz decadencial. Vai convalescer se não for anulado dentro do pz. Já o nulo não convalesce.

Pelo art 1859 extrai-se que o testamento nulo ou anulável está sujeito a pz decadencial de 5 anos.Se o legislador tivesse utilizado outra expressão, anular, poderia fazer a leitura que estaria se tratando apenas de atos anuláveis, e não genericamente falando do plano da validade. Mas o que o legislador usou é “impugnar a validade” que tanto valeria para nulidade como anulabilidade. O testamento é negocio jurídico que se for nulo está sujeito a pz decadencial de 5 anos, segundo Zeno, que começa a correr da data do seu registro, contado a pz da data de seu registro. Logo é um pz para impugnar a invalidade, seja ela nulidade ou anulabilidade. Isso excepciona a regra geral.

O art 1909 diz que o pz é de 4 anos. se a disposição é invalida por inquinada por erro ou coação, o pz para impugna-la é de 4 anos. Agora se for do testamento como um todo será de 5 anos. O pz conta da ciência do vicio. O pz para impugnar o testamento conta-se do seu registro.

Suponha que vencido o pz de impugnação do testamento, descubro um vicio depois de vencido esse pz ou no meio deste. Ex tenho 5 anos para impugnar o testamento, mas no terceiro ano descubro o vicio. Eu terei quatro anos para impugnar a disposição viciada. Mesmo que vencido o pz de impugnação do testamento, a disposição viciada pode ser impugnada até o pz de 4 anos. isso é esquisito pois se o ato maior já não pode ser impugnado, mesmo que o vicio seja de nulidade, como protela um pz para um vicio menor que é o vicio de anulabilidade?

Então os autores se debatem, se vai ter, apesar do pz de 4 anos um pz limite de 5 anos, precisa ter conhecimento e esse pz tem que correr dentro do pz limite de 5 anos ou se são pzs absolutamente autônomos. Temos posição em ambos os sentidos. No Brasil não temos cultura testamentaria, por isso não temos jurisprudência sobre o tema. Por isso esta em sede doutrina. Mas imagine o caso em que o pai faz testamento que não estava em sigilo, era um testamento particular ou público. o filho toma conhecimento do texto do testamento e verifica que há uma disposição viciada. O pai ainda está vivo, mas o filho já quer impugnar uma disposição do testamento

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dele, pois já tomou conhecimento do vicio que inquina aquela disposição. Se a disposição for anulada haverá o princípio da sobra, ie, o legado ou herança e volta para o monte. Como o filho é herdeiro legitimo acabara sendo beneficiado. Esse filho pode ingressar com ação anulatória do testamento qdo o testador ainda está em vida?

Aqui se tem dois pontos a considerar: 1) falar que não há interesse, que não se sabe nem ao menos se aquele testamento vai ser ou não revogado. 2) se fizer impugnação a disposições de testamento de pessoa viva, na verdade está tratando de herança de pessoa viva, pois não se sabe nem ao menos se terá ou não direito a herança, pois pode ocorrer do beneficiado morrer antes, por exemplo. Por isso, ao ver da professora esse filho não tem que discutir nesse momento. Só haverá interesse qdo ele, na condição de herdeiro for implementada qdo da morte do testador. alem do mais o próprio testador pode revogar o testamento.

Pode-se fazer deixa testamentaria em favor de pluralidade de herdeiros ou beneficiarios ou legatários e não mencionar a cota, então presume-se que terão cotas iguais, aplica-se o art 1904. Isso veremos adiante.

Ainda posso, dentro da disponível, posso onerar qq disposição testamentaria com clausulas de inalienabilidade,impenhorabilidade e incomunicabilidade. Essas cláusulas estão no art 1911 e dizem respeito apenas a disponível. Se o testador instituir um herdeiro universal, o filho, por exemplo, e onerar a totalidade desse herança com clausula de inalienabilidade, essa clausula será reduzida apenas a parte que toca a disponível. A legitima cota reservada ao filho não estará sujeita a essa oneração, salvo se o testador fez uma justificativa nos termos do art 1848 para então onerar a legitima do seu herdeiro necessário.

Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima. § 1o Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da

legítima em outros de espécie diversa.

§ 2o Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser

alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros.

O art 1848 cuida de clausulas que podem onerar a legitima e aquelas que não podem constar. Ex testador diz que o filho é prodigo e por isso. Essa clausula em relação a legitima não poderá gravar com o ônus.

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Qdo se onera a legitima dos herdeiros, com fim protetivo, quer se evitar que o filho, por exemplo, dilapide o patrimônio e fique em risco. Por isso o viés é protetivo.

Mas se por acaso, a clausula vem causar um mal maior ao filho? Ex pai onerou toda a herança deixada par ao filho único, filho esse que era viciado a droga pesada (era égide do CC de 1916 em que era possível onerar todo patrimônio). Esse filho contraiu a AIDS e precisa tomar coquetéis que, a época, era muito cara. Ele começou a ficar à míngua, não podia ficar vivo. Entrou com medida judicial para vender um dos imóveis que o pai havia deixado. Ele tinha bens mas não podia custear para manter a vida. Eram hipóteses que o testador não tinha comedido à época. Por isso o autorizou o levantamento e a veda de determinado bem. trouxe uma justificativa plausível para levantar essa clausula.

Possibilidade de subrogação: isso é possível mesmo que tenha clausula de inalienabilidade. Só lembrar do caso da aluna que tinha herdado um triplex do pai e com clausula de inalienabilidade. Ela conseguiu vender o valor foi investido em outro bem subrogado.

Principio da conservação – o útil pelo inútil não vicia. Se tenho disposição invalida mas que em nenhum momento prejudica demais, só aquela é considerada caduca ou invalida. Isso está no art 1910.

Estamos no conteúdo do testamento. Nas disposições testamentarias serão mais analisadas, cuidamos de buscar disposicao testamentaria que seja valida, para evitar que essa disposição se invalida não venha produzir efeitos. Em relação a ineficácia lato senso, temos 3 planos: existência, validade e eficácia. Em relação a existência pouco se fala em sede de testamento.

Qdo se faz um testamento tem um sujeito, tenho objeto que é o bem que será deixado ao beneficiário. Se faltar o elemento vontade, por exemplo tem coação física, é caso de inexistente, logo ineficaz.

Será invalido algumas disposições será caso de ineficácia por invalidade. A ineficácia tb pode ser por sentido estrito. Não temos em matéria de testamento, um artigo que trate sobre a caducidade sobre o testamento. Mas temos artigo que trata do caducidade do legado – isso esta no art 1939.

O plano da ineficácia em sentido estrito, em que pese existência ou validade não será possível a produção de efeitos. Isso pq existe um fato extrínseco ao testamento que impede a produção de efeitos. Tenho um fato extrínseco ao negocio jurídico, mas diante da sua existência não permite a produção de efeitos.

O art 1939 traz as hipóteses de caducidade.

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I - se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber a denominação que possuía; II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde ela deixou de pertencer ao testador;

III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento;

IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art. 1.815;

V - se o legatário falecer antes do testador.

Washington de Barros trazia como exemplo de caducidade – deixou legado de toras de madeira. Mas ao tempo da abertura da sucessão essas toras são usadas pelo testador para construção da casa. Fazem parte integrante de uma cessão. Nesse caso caduca o legado. Se o testador não fez uma segunda clausula é caso de caducidade. Isso pode ser afastado se o testador deixou outra clausula: caso as toras de madeira sejam utilizadas na construção de casa, essa casa será legada aos beneficiários.

Se for só disposição é hipótese de caducidade.

Se deixar blocos de madeira que viram esculturas; se deixa qq coisa que é transformação, a hipótese é de caducidade.

Se usou só em parte a gora de madeira não é hipótese de caducidade e sim redução de conteúdo de disposição testamentária.

Inciso II - houve perda do objeto pois foi reduzido. É hipótese de caducidade. É autoexplicativo.

Inciso III – coisa perecer ou houver evicção, tb haverá perda do objeto, loco caducidade do objeto. é fato extrínseco do negocio. Ex objeto destruído pelo fato da natureza. Suponha que ao tempo da abertura da sucessão o bem existia e nem havia ocorrido a evicção. Tem o herdeiro onerado que é incumbido de dar cumprimento as disposições de ultima vontade. Cabe a ele, pois a posse estava com ele, dar cumprimento do legado e por culpa dele o bem pereceu. Ex testador deixou 5 vacas para X. O herdeiro onerado não vacinou por isso as vacas morrera. É hipótese de responsabilidade civil. Aquele legado se convola em credito e será contra o herdeiro onerado, pois por sua culpa não conservou bem para entregar ao legatário.

Tanto pode levar a caducidade total como a parcial, pois perecimento pode ser em apenas parte do bem.

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Se o bem perecer e estava segurado? Se as vacas tinham seguro haverá substituição do bem pelo vl indenizado pelo seguro. Mas outra parte da doutrina diz que a natureza do bem é diferente de que a indenização pode ser dado ao beneficiário.

Inciso IV e V é autexplicativo.

O rol do art 1939 não é taxativo. Faltou, por exemplo, haverá caducidade do legado se o beneficiado renunciar e não tiver indicação de substituto, pois se aplica o princípio da sobra, ie, volta para o monte.

Muitas das causas podem ser aplicadas para caducidade de herança testamentária e tb para a caducidade do próprio testamento. Ex cara ao testar era rico e ao morrer está pobre, o objeto pereceu, é caducidade de todo o testamento.

O mesmo se der a exclusão ou renuncia do herdeiro.

Posso ter uma caducidade do testamento no todo ou em parte. ex deixei metade da herança para Pedrinho mas este morreu antes de mim. A disposição em favor de Pedrinho caduca.

Sabemos que o patrimônio apor a morte pode ser deixado de duas formas: deixo parte da universalidade instituindo herdeiros que é chamado de herdeiro testamentário.

Posso deixar bens especificados que podem estar ou não no meu patrimônio ao tempo da morte, é caso de instituição de legado. Aqui o beneficiário é chamado de legatário.

A herança testamentaria nada é que um pedaço da universalidade.

O legado tem algumas peculiaridades. Até por conta de não assistir ao legatário o direito de Saisine. O legado pode ser quase tudo. O art 1912 e seguir ate o art 1922, nesses artigos encontramos uma serie de espécie de legados. Pode legar cois própria como coisa de terceiro. isso vai funcionar como encargo da disposição testamentária deixada para o herdeiro. Ar 1913:

Art. 1.913. Se o testador ordenar que o herdeiro ou legatário entregue coisa de sua propriedade a outrem, não o cumprindo ele, entender-se-á que renunciou à herança ou ao legado.

Ex institui dentro da disponivel, para o filho mais velho, a casa de praia. Mas quero beneficiar dentro da herança a funcionaria que cuidou os meus filhos a vida toda. Então após a minha morte quero deixar um apto. O meu filho tem um apto que serviria para essa empregada. então no testamento insiro a clausula para que meu

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filho entregue o apto a empregada senão ele não receberá a casa de praia. Isso é bemde um dos herdeiros instituídos.

Posso legar coisa que ainda não existe no meu patrimônio. Ex digo que deixo para minha neta um carro popular. Tenho dinheiro para que um carro popular seja comprado. Logo inventariante determinará um montante para comprar o carro e entregue a minha neta.

Posso legar renda. Ex digo que deixo para as 3 netas um renda que terminará qdo elas alcançarem a idade de 28 anos.

Posso fazer legado de gênero que não tenho. Ex quero que meu filho mais velho receba dez vacas para ele. Mas não tenho vaca no meu patrimônio, assim compra-se as vacas. Se não indico raça, espécie, não é obrigado a pagar nem a melhor e nem a pior.

Posso fazer um legado uma obrigação alternativa. Ex deixo para o filho uma vaca, cavalo ou porco, cabendo a ele escolher um desses três bens.

Posso deixar a titulo de legado credito. Ex tenho credito da empresa do Eike Batista.

Tenho legatária que é meu devedor e então deixo como legado o perdão da divida. isso tudo esta dentro do contexto de legado.

Efeitos do legado: se deixo legado de dinheiro para X, esse dinheiro rende juros. Se tenho legado de renda e não estipulo qdo inicia o pagto, digo 6 em 6 meses a pessoa recebe. Como se conta? É do registro e cumprimento do testamento.

O legatário não tem a seu favor Saisine. Como o herdeiro recebe universalidade e legatário recebe bem especifico, a principio este não arca com dividas. Mas se houver dividas no bem fica a cargo do legatário pagar, mas não é responsável pela divida do espolio.

Ele não faz jus a Saisine e isso quer dizer que pode ser proprietário do bem legado se esse bem fizer parte do acervo do autor da herança ao tempo de sua morte. ex deixo para minha sobrinha a minha escrivaninha antiga, pq sei que ela gosta de bens antigos. É um legado da minha escrivaninha. A escrivaninha esta no meu acervo, então já é de propriedade da minha sobrinha desde a abertura da minha sucessão.

Já Saisine já faz o herdeiro sub-rogar na situação do autor da herança, é uma sub rogação legal, ex lege. já o legatário não recebe posse. O legatário precisa exercer um direito que é chamado de direito de pedir, para só então se imitir na posse.

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Art. 1.923. Desde a abertura da sucessão, pertence ao legatário a coisa certa, existente no acervo, salvo se o legado estiver sob condição suspensiva.

§ 1oNão se defere de imediato a posse da coisa, nem nela pode o

legatário entrar por autoridade própria.

§ 2o O legado de coisa certa existente na herança transfere também ao legatário os frutos que produzir, desde a morte do testador, exceto se dependente de condição suspensiva, ou de termo inicial.

Art. 1.924. O direito de pedir o legado não se exercerá, enquanto se litigue sobre a validade do testamento, e, nos legados condicionais, ou a prazo, enquanto esteja pendente a condição ou o prazo não se vença.

O direito de pedir o legado esta no art 1924. Como se faz isso? atravessa petição no curso do inventário para que seja entregue o legado de que faz jus. Se o espolio for saudável o herdeiro passe a posse ao legatário, pois onerará menos o espolio.

Mas pode ser necessário postergar o cumprimento dos legados, de disposições testamentárias. Isso pode ocorrer qdo não se tem real do monte e do passível do monte. O cumprimento de legado será feito se sobrar alguma coisa. No inventário os credores vão se habilitar, os creditos são reconhecidos e antes de fazer o esboço tem que separar o valor referente as dividas do morto. Por isso por cautela se manda não cumprir as disposições e a entrega do legado, isso seria o justo motivo para o inventariante protele a entrega do legado.

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