DIAGNOSE VISUAL E FOLIAR
Introdução
Critérios de amostragem de
folhas;
folhas;
Preparo de material vegetal e
análises químicas;
Procedimentos para a amostragem
O procedimento que deve ser seguido no campo para
colher a amostra de folhas é semelhante ao descrito
no caso da amostragem de solo:
Caminhamento em zig-zag;
Caminhamento em nível;
Caminhamento em nível;
Evitar plantas próximas de estradas ou
carreadores;
Plantas com sinais de pragas e moléstias;
Glebas que receberam adubação há pelo menos 30
dias;
Cuidados com a amostragem
Não se deve:
Misturar folhas de variedades diferentes;
No caso de culturas perenes enxertadas não se
misturar folhas de plantas que tinham copa ou
porta-enxerto diferentes;
Em nenhum caso são misturadas folhas de idades
diferentes;
diferentes;
Em se tratando de culturas perenes não se pode
colocar na mesma amostra folhas de ramos
produtivos e folhas de ramos não produtivos
Tecidos mortos; com danos mec./pragas/doenças;
Com defensivos
PREPARO DAS AMOSTRAS
Procedimentos pós-coleta e
envio ao laboratório
Procedimentos de preparo da
amostra no laboratório
Procedimentos pós-coleta e
envio ao laboratório
Pós-coleta da amostra para
envio ao laboratório
envio ao laboratório
Pós-coleta da amostra para
envio ao laboratório
Tem-se duas alternativas:
(1) Se a amostra puder chegar ao laboratório no
máximo 24 h depois da amostragem:
Colocar em saco de papel e enviar ao laboratório.
Colocar em saco de papel e enviar ao laboratório.
(2) Se a amostra chegar ao laboratório 2 ou mais dias
depois da amostragem:
Lavar as amostras e Secar em forno regulado para
temperatura de 70-80
oC ou pleno sol e colocar em
saco de papel e enviar ao laboratório.
Ou manter amostras em refrigerador ou isopor com
gelo (2-3 dias) até a chegada ao laboratório.
Preencher fórmulário com
informações da amostra
Envio ao Laboratório
Optar por Laboratório
credenciado em programas que
emitem “selo de qualidade”
Formulário da amostra
Amostra no. ____. Identificação do Produtor: __________________
1 - Identificação
Nome do proprietário: Nome da propriedade: Endereço:
Responsável pela remessa: 2 - Descrição da amostra
2 - Descrição da amostra
Data da amostragem: Tipo da folha amostrada:
Cultura: Variedade: Idade: Data da última pulverização foliar:
3 - Nutrientes a serem analizados:
( ) macronutrientes ( ) micronutrientes (Fe, Mn, B, Zn, Cu) ( ) outros ____ 4 - Recomendações desejadas:
Optar por Laboratório credenciado
em programas que emitem “selo de
qualidade”
Programa Interlaboratorial de Análise
Programa Interlaboratorial de Análise
PIATV
Início em 1982 com Dr. Bataglia e Dr. Carmello
+ 100 laboratórios no Brasil
OBJETIVOS:
Preservar e estimular a prática da análise de plantas;
Preservar e estimular a prática da análise de plantas;
Controlar a qualidade do trabalho dos laboratórios;
Garantir aos usuários a confiança nos resultados;
Aprimoramento constante da metodologia e analistas;
Possibilitar aos laboratórios um diferencial no mercado.
http://www.piatv.com.br
Procedimentos de preparo da
amostra no laboratório
LAVAGEM
SECAGEM
MOAGEM
ARMAZENAMENTO
Água corrente
Solução detergente (0,1%)
LAVAGEM
Solução ácida (HCl) (0,3%)
Água deionizada
Secagem é feita em estufa com circulação forçada
de ar à 65 a 70
oC até massa constante.
Moagem: pulverização em moinho para se ter
material fino e homogêneo para análise;
Armazenamento: as folhas moídas são colocadas
em sacos de papel devidamente etiquetados, onde
ficam até o momento da análise propriamente dita.
Digestão
ANÁLISE QUÍMICA
C – C – C – S – C – P - N
Digestão
No laboratório: Análise química
Amostra seca e moída Titulação Digestão com ácido sulfúrico Pesagem Destilação Digestão com ác. Nitrícos e perclóricos Determinação de P,K,Mg,S,Cu,Fe, Mn,Zn Pesagem Teor de N moída Nitrícos e perclóricos Incineração( cinzas) Extração com Ác.Cloridríco Mn,Zn Determina-ção de B, Mo pesagemANÁLISE QUÍMICA DE PLANTAS
ANÁLISE QUÍMICA DE PLANTAS
PARA QUE SERVE?
SIMPLES DIAGNOSE DE DEFICIÊNCIA OU
EXCESSO DE NUTRIENTES
EXCESSO DE NUTRIENTES
CONHECER A EXPORTAÇÃO DE
NUTRIENTES
CONTRIBUIR NO ESTABELECIMENTO DE
RECOMENDAÇÃO DE ADUBO
LEVANTAMENTO DO ESTADO
NUTRICIONAL DE CULTURAS DE UMA
PROPRIEDADE, REGIÃO OU ESTADO
Faixas de teores adequados de macro e micronutrientes
em folhas de algumas culturas (
Raij et al., 1996)Cultura N P K Ca Mg S g kg-1 Arroz 27-35 1,8-3,0 13-30 2,5-10 1,5-5,0 1,4-3,0 Milho 27-35 2,0-4,0 17-35 2,5-8,0 1,5-5,0 1,5-3,0 Trigo 20-34 2,1-3,3 15-30 2,5-10 1,5-4,0 1,5-3,0 Café 26-32 1,2-2,0 18-25 10-15 3,0-5,0 1,5-2,0 Algodão 35-43 2,5-4,0 15-25 20-35 3,0-8,0 4,0-8,0 Laranja 23-27 1,2-1,6 10-15 35-45 2,5-4,0 2,0-3,0 Soja 40-54 2,5-5,0 17-25 4 -20 3 - 10 2,1-4,0 Soja 40-54 2,5-5,0 17-25 4 -20 3 - 10 2,1-4,0 Cana-de-açúcar 18-25 1,5-3,0 10-16 2-8 1-3 1,5-3,0 mg kg-1 B Cu Fe Mn Mo Zn Arroz 4-25 3-25 70-200 70-400 0,1-0,3 10-50 Milho 10-25 6-20 30-250 20-200 0,1-0,2 15-100 Trigo 5-20 5-25 10-300 25-150 0,3-0,5 20-70 Café 5-80 10-20 50-200 50-200 0,1-0,2 10-20 Algodão 30-50 5-25 40-250 25-300 - 25-200 Laranja 36-100 4-10 50-120 35-300 0,1-1,0 25-100 Soja 21-55 10-30 50-350 20-100 1,0-5,0 20-50 Cana-de-açúcar 10-30 6-15 40-250 25-250 0,05-0,20 10-50
Nutrientes Raij et al. (1996)1 Malavolta (1992)2 g kg-1 N 27-35 27-33 P 2,0-4,0 2,5-3,0 K 17-35 21-30 Ca 2,5-8,0 2,0-5,0
Teor foliar adequado dos macronutrientes
na cultura do milho em função do tipo da
folha diagnóstica
Ca 2,5-8,0 2,0-5,0 Mg 1,5-5,0 2,1-4,0 S 1,5-3,0 2,0-3,0
1
terço central da folha da base da espiga, no
pendoamento (50% das plantas pendoadas);
2
limbo da folha oposta e abaixo da espiga, no
Produção
re
lativ
a,
%
60
80
100
120
Nutrição da mangueira
Nitrogênio nas folhas, %
Produção
re
lativ
a,
%
0
20
40
60
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
Avilan (1974)Young & Koo (1965) Young & Koo (1974) Young & Koo (1962)
Produção
relativ
a,
%
Café
80
100
120
Teor foliar de N, g Kg
-1Produção
relativ
a,
%
20
40
60
22
24
26
28
30
32
Y =-719.0+49.69N -0.412N
2(R =0.87**)
Produção
relativ
a,
%
Citros
80
100
120
Teor foliar de N, g Kg
-1Produção
relativ
a,
%
20
40
60
22
24
26
28
Y = -1131+86.4N -1.51N
2(R =0.98*)
Adubação para laranja em Produção
Classes N nas folhas, g/kg (2) P resina, mg/dm3 K trocável, mmolc/dm3
de
produção <23 23-27 28-30 >30 <6 6-12 13-30 >30 <0,8 0,7-1,5 1,6-3,0 >3,0
Doses de N- P2O5- K2O para máximo lucro (caixa a 3US$)
t/ha
Kg ha
-1 <16 90 70 60 40 50 40 20 0 60 40 30 0 17 a 20 100 80 70 50 70 50 30 0 70 50 40 0 21 a 30 140 120 90 60 90 70 40 0 90 70 50 0 31 a 40 190 160 130 90 130 100 50 0 120 100 70 0 41 a 50 240 200 160 110 160 120 60 0 160 120 90 0 >50 260 220 180 130 180 140 70 0 180 140 100 0_______________________________________________________________
Produção
N folhas, %
P, mg/dm
3K, mmol(c) dm
3________________ _________________ ___________________
esperada <1,2 1,2-1,4 >1,4
<6 6-12 13-30 >30
<0,8 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
______________________________________________________________________
t/ha
kg/ha de N
kg/ha de P
2O
5kg/ha de K
2O
Adubação de produção da mangueira em
São Paulo
t/ha
kg/ha de N
kg/ha de P
2O
5kg/ha de K
2O
<10
20
10
0
30 20 10
0
30
20
10
0
10-15
30
20
0
40 30 20
0
50
30
20
0
15-20
40
30
0
60 40 30
0
60
40
30
0
>20
50
40
0
80 60 40
0
80
50
40
0
_______________________________________________________________
Adubação para Café em Produção
Classes N nas folhas, g/kg (2) P resina, mg/dm3 K trocável, mmolc/dm3
de
produção <26 26-30 >30 <6 6-12 13-30 >30 <0,8 0,7-1,5 1,6-3,0 >3,0
Doses de N P2O5 K2O
Kg/ha
Kg ha
-1 <600 150 100 50 40 20 20 0 150 100 50 20 600-1200 180 120 70 50 30 20 0 180 120 70 30 1200-1800 210 140 90 60 40 20 0 210 140 90 40 1800-2400 240 160 110 70 50 30 0 240 160 110 50 2400-3600 300 200 140 80 60 40 20 300 200 140 80 3600-4800 360 250 170 90 70 50 30 360 250 170 100 >4800 450 300 200 100 80 60 40 450 300 200 120Nutriente Nível limiar Lavouras deficientes g kg-1 %
N 30,0 41
P 1,2 91
K 18,0 82
Levantamento nutricional de cafeeiros na zona da mata
de Minas Gerais, com base na análise foliar/teor limiar
K 18,0 82 Ca 10,0 74 Mg 3,5 32 S 2,0 0 Cu 4,0 0 B 40,0 100
A
diagnose
foliar
pode
ser
utilizada
a
partir
de
vários
métodos de interpretação:
** Nível crítico e/ou faixa adequada
** DRIS
Avaliação do estado nutricional dos citrus em
diferentes glebas, usando o DRIS
Parâmetros N P K Ca Mg S Gleba produzindo 10,0 caixa por planta
Teor foliar na amostra, g kg-1 29,0 1,3 19,0 45,0 5,7 2,0 Índice DRIS -2 -2 0 -1 2 3 IBN = 1
IBN = 1
Gleba produzindo 5,0 caixa por planta
Teor foliar na amostra 28,6 1,3 13,5 40,4 4,0 3,0 Índice DRIS 17 22 -19 16 -49 18 IBN = 25
Gleba produzindo 2,0 caixa por planta
Teor foliar na amostra 24,9 1,3 14,0 43,0 2,9 2,9 Índice DRIS 17 42 -11 69 -136 18 IBN = 50
Correlação linear simples entre IBN com a produção
do cafeeiro em Minas Gerais (São Sebstião do
Paraíso e Patrocínio), (Silva et al., 2003).
Diagnóstico nutricional de resultados da análise
química de folhas do citros interpretados pela
método da faixa adequada
(1)
e pelo DRIS
(2)
N P K Ca Mg S g kg-1 Teor foliar 25,0 0,9 12,8 32,0 3,8 2,4 Faixa adequada 23-27 1,2-1,6 10-15 35-45 2,5-4,0 2,0-3,0
Diagnóstico adequado deficiente adequado deficiente excesso adequado Índice DRIS 5 -14 6 4 11 8 Índice DRIS 5 -14 6 4 11 8 Diagnótico adequado deficiente adequado adequado excesso adequado
B Cu Fe Mn Zn Mo mg kg-1 Teor foliar 35,0 14,0 148,0 54,0 44,0 0,9 Faixa adequada 36-100 4-10 50-120 35-300 25-100 0,1-1,0
Diagnóstico deficiente adequado adequado adequado adequado adequado Índice DRIS -28 -2 11 1 -2 Não det. Diagnóstico deficiente adequado excesso adequado adequado - IBN médio 8,3
Índices DRIS 4,9 -13,6 5,9 3,8 11,4 8,1 -35,0 -30,0 -25,0 -20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 N P K Ca Mg S NU TRI ENTES
Índices DRIS para a cultura do citros.
8,1 -28,1 -2,4 10,8 0,8 -1,5 S B Cu Fe Mn Zn NU TRI ENTES
MÉTODOS DIAGNÓSTICO ALTERNATIVOS
Figura 3 – Relações entre clorofila (SPAD) e colheita relativa do milho,
unidades SPAD e dose de N adicional para colheita econômica máxima
TESTES BIOQUÍMICOS
Princípios
Princípios
Os macro e micronutrientes desempenham três grandes tipos
Os macro e micronutrientes desempenham três grandes tipos
de função na vida da planta:
de função na vida da planta:
fazem parte da estrutura;
fazem parte da estrutura;
entram na molécula de enzimas e coenzimas;
entram na molécula de enzimas e coenzimas;
funcionam como ativadores enzimáticos.
funcionam como ativadores enzimáticos.
Deficiência
Deficiência
o composto não se forma ou o faz em menor proporção;
o composto não se forma ou o faz em menor proporção;
o composto não se forma ou o faz em menor proporção;
o composto não se forma ou o faz em menor proporção;
acumula
acumula--se o substrato, já que a enzima funciona menos ou o
se o substrato, já que a enzima funciona menos ou o
produto da reação aparece em nível menor;
produto da reação aparece em nível menor;
cai a atividade da enzima (= quantidade de substrato
cai a atividade da enzima (= quantidade de substrato
transformado ou de produto formado na unidade de tempo).
transformado ou de produto formado na unidade de tempo).
Exemplos
Exemplos