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Efeito crônico da exposição por amônia no crescimento em peso e na sobrevivência de alevinos de tambaqui, Colossoma macropomum (CUVIER, 1818)

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FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL MARÇO/2006 De: C., 3' BIBLIOTECA SETORIAL

t)IRTVS 'RATA f ORTIIR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

EFEITO CRÔNICO DA EXPOSIÇÃO POR AMÔNIA NO CRESCIMENTO EM PESO E NA SOBREVIVÊNCIA DE ALEVINOS DE TAMBAQUI, Colossoma macropomum

(CUVIER, 1818).

ROSANGELA BRINDEIRO DA ROCHA

MONOGRAFIA APRESENTADA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA DO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, COMO PARTE DAS EXIGÊNCIAS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO DE PESCA.

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COMISSÃO EXAMINADORA:

Prof. Francisco Hiran Farias Costa, M.Sc. Orientador

Prof. Marcelo Carneiro de Freitas, M.Sc. Membro

Eng. Pesca Ralo Régis Castelo Branco Rocha, M.Sc. Membro

VISTO:

Prof. Moisés Almeida de Oliveira, D.Sc. Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Profa. Artamizia Maria Nogueira Montezuma, M.Sc. Coordenadora do Curso de Engenharia de Pesca

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

R576e Rocha, Rosangela Brindeiro da.

Efeito crônico da exposição por amônia no crescimento em peso e na sobrevivência de alevinos de Tambaqui, Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) / Rosangela Brindeiro da Rocha. – 2006.

34 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2006.

Orientação: Prof. Me. Francisco Hiran Farias Costa.

1. Tambaqui(Peixe) - Criação. 2. Engenharia de Pesca. I. Título.

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Agradeço a Deus, por

ter me proporcionada

a felicidade de viver.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Ana Brindeiro da Rocha e Luis Ferreira da Rocha, que sempre estiveram presentes em minha vida, me incentivando em todos os momentos, ajudando a trilhar meu caminho.

Ao meu orientador Francisco Hiran Farias Costa pela orientação e durante a pesquisa.

Aos professores Silvana Saker Sampaio e Marcelo Carneiro de Freitas, por grande ajuda e atenção em muitos momentos do trabalho.

Aos professores José Jarbas Studart Gurgel, Wladimir Ronald Lobo Farias e José Wilson Calíope de Freitas por colaborarem fornecendo equipamentos e material dos laboratórios que era imprescindível para a realização do trabalho. Ao professor Marco Antônio Igarashi por ter me orientado em vários trabalhos científicos.

A todos os professores do Departamento de Engenharia de Pesca, que contribuíram muito para minha aquisição de mais conhecimentos.

A Francisco Leal de Albuquerque Neto, por sua contribuição no desempenho da presente trabalho.

Aos colaboradores dessa pesquisa: Nathalie Dias, Raphael Venâncio, Anderson Luís, Heládio Rabelo,. José Junior, Giuseppe de Sousa e Rodrigo, cuja ajuda foi de fundamental importância no decorrer do trabalho.

Aos meus amigos Lituânia Albuquerque, Cássia Rosane, Paula Cíntia, Francisco das Chagas, Valmir, Camila Rocha e Kelvia Cristina, pelo companheirismo e apoio durante minha vida universitária e pessoal.

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A Fábio Roger por sua grande contribuição na presente pesquisa.

A Dispa Indústria de Rações S.A. FRI-RIBE, pelo seu apoio à presente pesquisa.

Ao Engenheiro de Pesca Ítalo Régis Castelo Branco Rocha por estar presente à banca examinadora.

A todos os colegas que contribuíram direta ou indiretamente em meu desempenho profissional e pessoal.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS vii

LISTA DE FIGURAS viii

RESUMO ix

1. INTRODUÇÃO 1

1.1. A Aqüicultura e o Meio Ambiente 1

1.2. Fator Limitante: Amônia 3

1.3. O tambaqui Colossoma macropomum 6

2. MATERIAL E MÉTODOS 9

2.1. Aquisição de alevinos de Tambaqui, Colossoma 9

macropomum

2.2. Procedimento Experimental 9

2.3. Parâmetros de Crescimento em Peso e Sobrevivência 10

2.4. Determinação de Compostos Nitrogenados na Água 10

2.4.1. Nitrogênio Amoniacal Total (NAT) 11

2.4.2. Nitrito 11 2.5. Análise Estatística 11 3. RESULTADOS 13 4. DISCUSSÃO 17 5. CONCLUSÕES 19 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Ganho de peso, taxa de crescimento específico e

sobrevivência de tambaquis, Colossoma macropomum,

submetidos a diferentes concentrações de amônia. 14 Tabela 2. Resultado da análise de variância sobre o ganho de

peso de tambaquis, Colossoma macropomum,

submetidos a diferentes concentrações de amônia. 15 Tabela 3. Níveis de nitrogênio amoniacal total (NAT) e de nitrito

(NO2—N) durante o experimento de toxicidade com tambaquis, Colossoma macropomum, submetidos a

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Produção aqüícola continental brasileira para os

representantes da ordem Characiformes, mais especificamente as espécies pertencentes à subfamília

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RESUMO

Neste trabalho, diferentes concentrações de amônia foram acrescentadas à água de cultivo de tambaqui, Colossoma macropomum. Os exemplares foram adquiridos do Centro de Pesquisas em Aqüicultura (CPAq/DNOCS), Pentecoste, Ceará, Brasil, onde foram selecionados quanto ao seu estado de saúde. Os alevinos foram transportados em caixas isotérmicas para o Laboratório de Aqüicultura do Departamento de Engenharia de Pesca (DEP/CCA/UFC), Fortaleza, Ceará, Brasil, onde foram aclimatados por um período de 14 dias, em tanques de 2.000 L. Foram selecionados 200 tambaquis, C. macropomum, com peso médio corpóreo inicial de 6,14 ± 0,06 g. Para o procedimento experimental, os tambaquis, C. macropomum, foram divididos em cinco grupos: grupo controle (ausência de amônia) e quatro tratamentos utilizando diferentes concentrações de nitrogênio na forma de nitrito (1,0, 2,0, 3,0 e 4,0 mg NATI-1). Para os grupos controle e tratamentos, utilizou-se quatro repetições com dez indivíduos por repetição. As repetições foram realizadas em aquários de 40 L com água doce e aeração constante. A taxa de renovação diária de água foi em torno de 50%. Uma solução estoque de cloreto de amônia (25 g de NH4 mgr') foi utilizada para ajustes diários das concentrações de amônia (NAT), durante os 30 dias de experimento. Os tambaquis, C. macropomum, foram alimentados 2 vezes ao dia, as 09:00 e as 14:00. A taxa de arraçoamento variou entre 8-10% do peso médio corpóreo e foi ajustada de acordo com a resposta alimentar dos tambaquis, C. macropomum, em cada aquário. Os restos alimentares e os excrementos eram sifonados depois da alimentação. No final do experimento foi feita uma pesagem para que fosse feita a análise estatística, onde não se verificou uma variância significativa para as taxas de crescimento (ganho de peso, ganho de peso diário, taxa de crescimento específico e sobrevivência) para as concentrações utilizadas.

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EFEITO CRÔNICO DA EXPOSIÇÃO POR AMÔNIA NO CRESCIMENTO EM PESO E NA SOBREVIVÊNCIA DE ALEVINOS DE TAMBAQUI,

Colossoma macropomum (CUVIER, 1818).

ROSANGELA BRINDEIRO DA ROCHA

1. INTRODUÇÃO

1.1. A Aqüicultura e o Meio Ambiente

A aqüicultura é o processo de produção em cativeiro de organismos com hábitat predominantemente aquático, em qualquer estágio de desenvolvimento, ou seja: ovos, larvas, pós-larvas, juvenis ou adultos (RAMA, 1997). O aumento da demanda por peixes e o decréscimo na captura marinha e continental têm resultado em altos preços do pescado e, maiores investimentos em aqüicultura, como meio de incrementar o suprimento de pescado no mundo inteiro (PADUA et al. 1998).

A contribuição da aqüicultura para o suprimento global de peixes, crustáceos e moluscos tem apresentado crescimento contínuo, tendo tido um aumento na participação da produção mundial de pescado da ordem de 3,9% em 1970 para 27,3% em 2000 (FAO, 2002a), o que significa dizer que a aqüicultura está crescendo mais rapidamente que todos os outros setores de produção animal.

Mundialmente, o setor tem crescido a uma taxa média composta de 9,2% ao ano desde 1970, comparado com somente 1,4% para as capturas de pescado e 2,8% para a pecuária. Em 2002, o volume de produção alcançou cifras de 39,8 milhões de toneladas de pescado, excluindo-se as algas marinhas, representando um faturamento de U$ 53,8 bilhões (FAO, 2002b; FAO, 2004). O Brasil começa a despontar no cenário mundial, tendo no período entre 1998 e 2002, evoluído da 21.a para a 17.a posição. Ressalta-se, contudo, que em 2003, a aqüicultura continental brasileira experimentou uma

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leve retração em relação a 2002, havendo uma diminuição da produção de 180 mil toneladas para 177 mil toneladas (IBAMA, 2004).

Em sistemas intensivos de produção, a densidade de estocagem é um importante fator na determinação do custo de produção em relação ao investimento de capital. Quanto mais alta a densidade de lotação, mais baixo será o custo de produção por peixe, assumindo crescimento e sobrevivência satisfatórios (WALLACE et al. 1988).

Os métodos agropecuários, com especial atenção à produção animal intensiva, chegaram a um nível crítico, não somente para consumidores, mas também, para as autoridades governamentais. Os consumidores, cada vez mais, estão exigindo métodos de produção mais sustentáveis e mais saudáveis e que tenham um menor impacto no meio ambiente (OZÓRIO et al., 2004).

Para a expansão da aqüicultura brasileira e seu desenvolvimento tecnológico são necessárias, entre outros fatores, a produção de alevinos de qualidade superior e a nutrição adequada para as principais espécies, dentro dos diversos sistemas de produção adotados (ALMEIDA, 2003). Lovshin & Cyrino (1998), analisando a situação e a perspectiva da produção comercial do Brasil, destacam o potencial do país em tornar-se um importante fornecedor mundial de pescado de água doce a partir do cultivo de espécies nativas e exóticas.

Na aqüicultura, como em qualquer outra atividade econômica, vislumbra-se um máximo de produção e de produtividade, visando vislumbra-sempre à obtenção de lucro. Por conseguinte, os sistemas de cultivo são direcionados para espécies com maior aceitabilidade comercial. São utilizadas aquelas com maiores taxas de conversão alimentar e de crescimento, sempre em confinamento, evitando a predação e a competição inter e intra-específicas. No caso dos cultivos intensivos, busca-se controlar e monitorar totalmente os fatores químicos, físicos biológicos e nutricionais (VALENTI et ai., 2000).

O estabelecimento de códigos de conduta tendo como base as boas práticas de manejo (BMP, best management practices) torna-se essencial para a aqüicultura intensiva. Portanto, a maneira mais provável e adequada para regulamentar os efluentes dos viveiros de aqüicultura é a aplicação das BPM, para reduzir o volume e melhorar a qualidade dos efluentes, melhorar a qualidade da água e reduzir as cargas de poluição nos corpos de água

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naturais, fazendo-se necessário o conhecimento dos níveis máximos de metabólitos tóxicos toleráveis pelas espécies cultiváveis. É óbvio que as regulamentações poderão conter alguns padrões numéricos para determinados parâmetros de qualidade de água (BOYD & QUEIROZ, 2004), logicamente em concordância com a resolução CONAMA N.° 357/2005.

Todas as atividades aquícolas são diretamente dependentes do meio aquático. Como outras atividades econômicas, a aqüicultura sofre com a poluição dos mananciais, com a ocupação desordenada e todas as ações humanas impactantes sobre os diversos habitats ícticos. A atividade se torna ainda mais vulnerável quando se desenvolve próxima a áreas de maior ocupação humana, rios, estuários e regiões costeiras. A correlação com as áreas de maior ocupação justifica-se pela necessidade de infra-estrutura básica, vias de acesso e escoamento da produção, proximidade do mercado consumidor e, em muitos casos, relaciona-se a falta de tecnologia que viabilize seu estabelecimento em outras áreas. (VALENTI et al., 2000).

Por razões de marketing, econômicas e ambientais, sistemas de cultivo utilizando a recirculação de águas têm sido constantemente desenvolvidos, e como conseqüência, faz-se necessário a definição dos padrões de qualidade ambiental necessários para o crescimento dos peixes (LEMARIÉ et al., 2003).

1.2. Fator Limitante: Amônia

As características da água que de alguma forma afetam a sobrevivência, reprodução, crescimento, produção ou manejo de peixes são variáveis de qualidade da água (MELO, 1999). Proença & Bittencourt (1994), reportam que previamente à implantação de qualquer sistema de cultivo torna-se importante uma avaliação quanti-qualitativa dos recursos hídricos disponíveis. O fator quantitativo aludi ao volume de água necessário para suprir os viveiros durante todas as épocas do ano (8 a 10 L/s/ha), e o fator qualitativo refere-se aos aspectos físico-químicos da água.

O Brasil apresenta recursos propícios ao desenvolvimento da piscicultura (CASTAGNOLLI, 1992). Segundo Val & Honczaryk (1995), a Bacia Amazônica tem grande potencial de produção piscícola, pois existe uma grande diversidade de peixes (2.500 espécies catalogadas), disponibilidade de

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recursos hídricos, altas temperaturas e longo fotoperíodo. Resende et al. (1985), Graef et al. (1987) e Merola & Henrique de Souza (1988), obtiveram bons resultados cultivando peixes na Amazônia.

Água oriunda das atividades aquícolas pode ser um agravante ao meio natural, devido ao seu enriquecimento (eutrofização). Fazendo-se necessário a verificação dessa água em relação a padrões de circulação e carga exagerada de efluentes orgânicos (VALENTI et al. 2000).

A renovação contínua da água em um viveiro de peixe pode diminuir o depósito de material no fundo e minimizar os efeitos da eutrofização. Entretanto, o fluxo contínuo pode acarretar problemas mais sérios nos viveiros subseqüentes e no corpo de água receptor, no qual a amônia e o nitrito podem atingir concentrações tóxicas aos peixes (SIPAÚBA-TAVARES, 1995).

O enriquecimento de nutrientes, principalmente de nitrogênio e de fósforo, em tanques de piscicultura é bastante comum, devido principalmente à entrada de compostos que contêm tais elementos. Entretanto, o uso inadequado desses nutrientes associado a uma série de outros fatores bióticos e abióticos pode ocasionar prejuízos tanto ambientais quanto financeiros (MAINARDES-PINTO & MERCANTE, 2003).

A amônia é um gás extremamente solúvel em água. Quando se encontra em solução, apresenta a seguinte reação de equilíbrio:

NH3 + H2O = NH4+ + OH-

Uréia, aminoácidos, derivados óxidos-aminos, creatina, creatinina e ácido úrico são os outros compostos nitrogenados de excreção. A uréia é o único destes compostos que é excretado em quantidades significativas, porém não é tóxica e em contato com a água é rapidamente hidrolisada para produzir amônia e dióxido de carbono (COLT & TCHOBANOGLOUS, 1976).

Por convenção, diversos autores têm concordado em chamar NH4+ de amônia ionizada e o NH3, de amônia não ionizada. Por outro lado, a soma de NH3 + NH4+ é chamada simplesmente de amônia ou amônia total (ARANA, 2004).

Esta molécula é derivada da digestão das proteínas e do catabolismo dos aminoácidos (BOYCE, 1999) e sua síntese é energeticamente mais eficiente que outros produtos de excreção (JOBLING, 1994), ocorrendo principalmente no fígado. A amônia produzida é transportada pelo sistema

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sangüíneo até as brânquias, de onde é excretada para a água. Em solução aquosa, normalmente está em equilíbrio entre a forma ionizada (NH4±) e a não-ionizada (NH3) (BOYCE, 1999). A toxidez da amônia em organismos aquáticos é atribuída principalmente à forma não-ionizada (TOMASSO, 1994).

A deterioração da qualidade da água restringe a quantidade de alimento que pode ser aplicado em um viveiro e o crescimento dos peixes em sistemas de produção aquícola. Em sistemas com altas taxas de arraçoamento, a produção de peixes pode ser limitada pela concentração de amônia não ionizada (NH3) se a capacidade de assimilação de cultivo por nitrogênio é excedida (KNUD-NANSEN et al., 1991).

A amônia e a uréia são os principais produtos nitrogenados excretados por peixes teleósteos (FORSTER & GOLDSTEIN, 1969). A amônia é principalmente excretada na forma não ionizada (NH3) e sua quantidade proporcional é função do pH e temperatura, sendo descrita de forma correlacionada com o nitrogênio amoniacal total (TAN). Em condições de cultivo intensivo e, particularmente, quando as águas efluentes são reutilizadas, as concentrações de amônia podem atingir níveis limitantes para a sobrevivência e o crescimento dos peixes (HAYWOOD, 1983). Exposições a altas concentrações de amônia, situação comum em sistemas de criação, causam degeneração na pele e danificação das brânquias e rins (SODERBERG, 1994).

No início das criações, quando a biomassa é menor, são observados baixos níveis de amônia, que aumentam proporcionalmente à quantidade de alimento fornecido e ao aumento da biomassa (HURVITZ et al., 1997)

No desenvolvimento de um pacote de produção para uma espécie de peixe, o primeiro passo é a determinação da densidade de estocagem ideal, a qual visa determinar os níveis ótimos de produtividade por área. Jobling (1994) relata que a densidade de estocagem tem efeito !-1_ sobrevivência e nn crescimento, sendo uma possível causa do fracasso na produção final de peixes. Normalmente, peixes criados em baixas densidades de estocagem apresentam boa taxa de crescimento e alta porcentagem de sobrevivência, porém a produção por área é baixa (GOMES et al., 2000), caracterizando baixo aproveitamento da área disponível. Por sua vez, peixes mantidos em altas densidades normalmente têm menor crescimento (EL-SAYED, 2002).

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A toxicidade aguda da amônia tem sido estudada extensivamente em peixes de água doce (RUFFIER et al., 1981; HAYWOOD, 1983; RUSSO & THURSTON, 1991; HANDY & PDXTON, 1993; TOMASSO, 1994), mas em relação às espécies neotropicais brasileiras as informações ainda são insuficientes.

1.3. O tambaqui Colossoma macropomum

Borghetti et al. (2003), analisando dados da FAO (2003), relataram que a produção de Characiformes no Brasil, no ano de 2001, foi de 11.600 toneladas, representando o 3.° grupo de peixes mais cultivados no Brasil, depois das carpas e tilápias, segundo os autores, essa produção cresceu para 23.600 toneladas, no ano de 2002. De acordo com o IBAMA (2004), esses números evoluíram para 40.000 toneladas (Figura 1), em 2003, representando um crescimento médio de 86,5% ao ano para o período de 2001-2003.

A subfamília Myleinae inclui os peixes nativos considerados de maior potencial para a piscicultura brasileira. O pacu, Piaractus mesopotamicus, o tambaqui, Colossoma macropomum, e a pirapitinga, Piaractus brachypomus, são espécies altamente apreciadas pela excelência da sua carne e de grande importância na pesca comercial em suas regiões de origem. Além disso, esses peixes, bem como seus híbridos, vêm sendo amplamente utilizados em piscicultura, apresentando grande habilidade de ganho de peso, rusticidade e adaptabilidade aos ecossistemas aquaculturais, comprovados por crescentes aumentos nas produtividades em pisciculturas comerciais (OLIVEIRA et al., 2004).

O tambaqui, C. macropomum, é uma espécie de grande importância econômica para a região Amazônica. Até os anos 80, representava cerca de 42% do total dos peixes desembarcados no mercado de Manaus-AM (MEROLA & SOUZA, 1988), tendo reduzido a sua participação, em 1998, para 5,4% (BATISTA, 1998). Esse decréscimo nos desembarques de tambaqui, C. macropomum, nos últimos anos, foi, provavelmente, devido a uma condição de sobrepesca (ISAAC & RUFINO, 1996), fato que vem impulsionando estudos de sua auto-ecologia e produção em confinamento.

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crescimento do tambaqui, C. macropomum, quando submetido a condições de cultivo com concentrações de amônia consideradas tóxicas para outras espécies de peixes. Desta forma, informações deste tipo poderão ser utilizadas para definir padrões de qualidade ambiental e programas de manejo para cultivos intensivos desta espécie.

O objetivo do presente trabalho foi obter informações sobre o efeito crônico da exposição por amônia no crescimento e sobrevivência de alevinos de tambaqui, Colossoma macropomum.

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8 25.0007 20.000 7 15.0007 10.0007 5.000-7 o Tambaqui ❑ Pacu ❑ Pirapitinga ❑ Tambacu o Tambatinga

Figura 1. Produção aqüícola continental brasileira para os representantes da ordem Characiformes, mais especificamente as espécies pertencentes à subfamília Myleinae, no ano de 2003.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1. Aquisição de Alevinos de Tambaqui, Colossoma macropomum

Para este experimento utilizaram-se alevinos de tambaqui, Colossoma macropomum, obtidos no Centro de Pesquisas em Aqüicultura (CPAq/DNOCS), Pentecoste, Ceará, Brasil, previamente selecionados quanto ao seu estado de saúde. Os alevinos foram transportados em caixas isotérmicas para o Laboratório de Aqüicultura do Departamento de Engenharia de Pesca (DEP/CCA/UFC), Fortaleza, Ceará, Brasil, onde foram aclimatados por um período de 14 dias, em tanques de 2.000 L.

2.2. Procedimento Experimental

No Laboratório de Aqüicultura (DEP/CCA/UFC), foram selecionados 200 alevinos de tambaqui, C. macropomum, com peso médio corpóreo inicial de 6,15 g. Para o procedimento experimental, os tambaquis, C. macropomum, foram divididos em cinco tratamentos: grupo controle com ausência de amônia e quatro grupos, utilizando diferentes concentrações de amônia (2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 mg.L-1). Para cada tratamento foram utilizadas quatro repetições, com dez indivíduos por repetição. As repetições foram realizadas em aquários de 40 L com água doce e aeração constante. A taxa de renovação diária de água foi em torno de 50%. Uma solução estoque de cloreto de amônia (25 g de NH4CI mg.L-1) foi utilizada para ajustes diários das concentrações de amônia (NH4), durante os 30 dias de experimento. Os tambaquis, foram alimentados 2 vezes ao dia, as 09:00 e as 14:00, utilizando ração extrusada Fri-Ribe para peixes, com 35% de proteína bruta. A taxa de arraçoamerao variou entra 8,-1O% do peso médio corpóreo e foi ajustada de acordo com a resposta alimentar dos tambaquis, C. macropomum, em cada aquário. Os restos alimentares e os excrementos eram sifonados depois da segunda alimentação, sendo reposta a quantidade de água retirada.

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2.3. Parâmetros de Crescimento em Peso e Sobrevivência

Os parãmetros de crescimento foram analisados através de duas amostragens, uma no início e outra no final do experimento, tendo sido verificado as seguintes relações:

O ganho médio de peso (GMP, g) foi calculado segundo:

GMP = Wf onde:

Wf = peso médio (g) no final do experimento; Wi = peso médio (g) no início do experimento.

A taxa de crescimento específico (TCE, %) foi calculada de acordo com Ricker (1975), sendo expressa como:

TCE =100x (InWf —InW) onde:

t

Wf = peso médio no final do experimento; W1 = peso médio (g) no início do experimento; t = tempo em dias do experimento.

O ganho médio de peso diário (GMPD, g/dia) foi calculado como: GMPD = (Wf

t W1) onde:

Wf = peso médio (g) no final do experimento; W1 = peso médio (g) no início do experimento; t = tempo em dias do experimento.

A sobrevivência (S, %) foi calculada a partir da seguinte equação:

S=100 x—isif onde:

Ni

= número de peixes no final do experimento; Nf = número de peixes no final do experimento;

2.4. Determinação de Compostos Nitrogenados na Água

Semanalmente, a partir do início do experimento, amostras de água foram coletadas para a determinação de compostos nitrogenados (amônia e nitrito) de acordo com os procedimentos abaixo descritos.

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11

2.4.1. Nitrogênio Amoniacal Total (NAT)

As determinações de nitrogênio amoniacal total (NAT) foram realizadas de acordo com os protocolos experimentais estabelecidos por Golteman et al. (1978) e Mackereth et al. (1978). Para cada amostra coletada, a determinação de nitrogênio amoniacal total da água foi realizada com duas repetições.

Em um tubo de ensaio, contendo 5,0 mL da amostra de água coletada, fez-se a adição de 0,2 mL de uma solução contendo ácido fenóico 3,5% e nitroprussiato de sódio 0,04%. Em seguida, fez-se a adição de 0,2 mL de uma solução contendo citrato de sódio 28%, hidróxido de sódio 2,27% e hipoclorito de sódio 5,6%. Após agitação moderada, a amostra permaneceu em repouso por 90 minutos em ambiente escuro. Posteriormente, foi feita a leitura da absorbância da amostra a 630 nm em um espectrofotômetro. A determinação de nitrogênio amoniacal total de cada amostra foi feita em relação a uma curva padrão obtida com sulfato de amônio.

2.4.2. Nitrito

As determinações de nitrito foram realizadas de acordo com os protocolos experimentais estabelecidos por Golteman et ai. (1978) e Mackereth et al. (1978). Para cada amostra coletada, a determinação de nitrito da água foi realizada com duas repetições.

Para cada 5,0 mL de amostra de água coletada, adicionou-se 0,1 mL de uma solução de sulfanilamida (ácido clorídrico 10% e sulfanilamida 1%). Após agitação moderada, a amostra permaneceu em repouso por 10 minutos. Em seguida, fez-se a adição de 0,1 mL de uma solução de naftil (bicloridato N-1-naftiletilenodiamina 0,1%). Posteriormente, após 30 minutos de repouso, foi feita a leitura da absorbância da amostra a 540 nm em um espectrofotômetro_ A determinação do nitrito de cada amostra foi feita em relação a uma curva padrão obtida com nitrito de sódio.

2.5. Análise Estatística

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um nível de significância de 5%, e as médias comparadas, duas a duas, pelo teste de Tukey, com base na diferença mínima significativa para a = 5% (CENTENO, 1999).

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3. RESULTADOS

Durante o experimento, não houve mortalidade no tratamento controle e no tratamento 4 (6,0 mg1-1), contudo, ocorreu mortalidade de peixes nos demais tratamentos expostos ao nitrogênio amoniacal total (NAT) na água de cultivo. A taxa de sobrevivência foi de 97,5% para os tratamentos onde os peixes foram expostos as concentrações de NAT de 2,0, 4,0 e 8,0 mgI-1 (Tabela 1). A mortalidade ocorreu nos primeiros 10 dias do experimento, apos esse período os indivíduos se apresentaram tolerantes ao meio de cultivo no qual estavam, mostrando assim, que as concentrações utilizadas nos tratamentos 2, 3 e 5 não afetam negativamente a sobrevivência da espécie na presente pesquisa.

Os pesos iniciais e finais por tratamento podem ser observados na Tabela 1. Os ganhos de pesos foram verificados para cada tratamento, tendo valores finais de 8,37, 12,27, 6,43, 11,54,18 e 8,23g, para o controle e os tratamentos onde os peixes foram expostos as concentrações de NAT de 2,0, 4,0, 6,0 e 8,0 mg1-1, respectivamente.

Após as análises estatísticas, ANOVA e Teste de Tukey utilizando as médias gerais de peso por tratamento, foi observada diferença estatística apenas entre o tratamento 4,0 mg NATI-1 e os outros tratamentos, inclusive o grupo controle (Tabela 2).

Durante o período estudado, as análises de NAT não variaram drasticamente durante o experimento tanto para o grupo controle como para os tratamentos, se mantendo, de um modo geral, acima do padrão pretendido. Os valores para o grupo controle foram de 0,06 mg NATI-1, enquanto que para os tratamentos foram de 2,47 NAT L-1, 4,23 NATI-1, 6,30 NATI-1, 8,90 NATI-1, para as concentrações de 2,0, 4,0; 6,0 e 8,0 mg NAT1-1, respectivamente, Para as análises de nitrito, os menores valores foram observados para o grupo controle, enquanto que para os tratamentos, os valores variaram entre 0,26 e 4,29 NO2—NI-1 (Tabela 3).

(24)

Tabela 1. Ganho de peso, taxa de crescimento específico e sobrevivência de tambaquis, Colossoma macropomum, submetidos a diferentes concentrações de amônia.

Tratamento Peso Inicial (9) Peso Final (g) Ganho de Peso Ganho de Peso Diário (g) TCE (%) Sobrevivência (%) Controle 6,17±0,02 14,54±0,69a 8,37±0,80 0,28±0,03 2,85±0,19 100,00±0,00 2,0 mg NAT.L1 6,18±0,09 18,48±3,00a 12,27±3,43 0,41±1,11 3,59±0,58 97,50±4,33 4,0 mg NATI"' 6,12±0,03 12, 55±1,58b 6,43±1,83 0,21±0,06 2,37±0,47 97,50±4,33 6,0 mg NATE' 6,13±0,08 17,67±2,71a 11,54±3,18 0,38±0,11 3,49±0,60 100,00±0,00 8,0 mg NAT.L1 6,13±0,06 14,37±4,05' 8,23±4,70 0,27±0,16 2,70±1,12 97,50±4,33 Média ± desvio padrão para 4 repetições. Cada repetição contendo 10 indivíduos por aquário.

Médias com letras diferentes em sobrescrito são significantemente diferentes (P < 0,05).

(25)

15

Tabela 2. Análise de variância sobre o ganho de peso de tambaquis,

Colossoma macropomum, submetidos a diferentes concentrações de amônia.

Fonte da variação SQ GL MQ F valor-P F crítico Dentro dos grupos 97,85 4 24,46 3,93 0,03 3,26 Entre grupos 68,08 3 22,69 3,64 0,04 3,49 Total 240,68 19

(26)

Tabela 3. Níveis de nitrogênio amoniacal total (NAT) e de nitrito (NO2-N) durante o experimento de toxicidade com tambaquis, Colossoma

macropomum, submetidos a diferentes concentrações de amônia.

Tratamento Dia 2 Dia 10 Dia 20 Dia 29 Média ± desvio padrão

NAT Controle 0,04 0,09 0,07 0,04 0,06±0,02 2,0 mg NATI-1 1,36 2,08 4,20 2,26 2,47±1,22 4,0 mg NATI-1 3,56 4,70 3,95 4,69 4,23±0,56 6,0 mg NAT.I: 7,20 6,71 6,19 5,10 6,30±0,90 8,0 mg NATI-1 9,16 8,83 8,18 9,44 8,90±0,54 NO2-N Controle 0,29 0,31 0,21 0,25 0,26±0,04 2,0 mg NO2-N.L1 2,19 1,46 0,67 1,52 1,46±0,54 4,0 mg NO2-N.L.-1 2,49 2,70 2,92 0,99 2,27±0,76 6,0 mg NO2-N1-1 3,24 2,24 6,04 5,62 4,29±1,59 8,0 mg NO2-N.L1 1,47 3,38 4,21 5,70 3,69±1,53

Média ± desvio padrão para 2 repetições. Cada repetição contendo 10 tambaquis, Colossoma macropomum, por aquário.

(27)

17

4. DISCUSSÃO

De acordo com Colt & Armstrong (1981), pelo fato da amônia ser o principal composto nitrogenado excretado por animais aquáticos, problemas com toxidez podem ocorrer em todos os tipos de sistemas de cultivo. Segundo os mesmos autores, através de seus estudos de toxidez em peixes, identificaram sete tipos de efeito tóxico, que são efeito sobre: (1) as células; (2) a excreção; (3) a osnnorregulação; (4) a respiração; (5) os tecidos; (6) as doenças; e (7) o crescimento.

O resultado da sobrevivência foi alto, se comparado ao resultado encontrado por EI-Gohary et al. (1995), que relatou mortalidade de 100% para a carpa prateada cultivada em concentração de amônia de 0,41mg NAT.L-1. Lemarié et al. (2003), estudando o crescimento de juvenis de "European seabass", Dicentrarchus labrax, durante 55 dias, não observou mortalidade no tratamento controle, embora tenha verificado mortalidades de até 29% para concentrações amoniacais de até 22,3 mg.L-1 de NAT, respectivamente. Enquanto Cavero et al. (2004), encontrou sobrevivência de 100% para pirarucu, Arapaima gigas, cultivado a aproximadamente 25,0 mgr' de NAT, por 33 dias. EI-Shafai et al (2003) cultivando tilápia nilótica, Oreochromis

niloticus, alimentada com duckweed-fed (Lemna gibba), em concentrações de

NAT de até 10 mg N.L-1, no decorrer de 75 dias.

As concentrações de amônia total na água quando variam de 0,4 a 1 mg/L, estão dentro do limite aceitável. A concentração tolerável da amônia-NH4 para os organismos aquáticos não deve ultrapassar 0,5 mg NH4/L e da amônia-NH3, nunca superior a 0,6 mg NH3/L. Neste contexto, num prazo de 24 horas, uma concentração de 0,4 mg/L de NH3, em pH neutro e a 30°C de temperatura, é suficiente para iniciar a morte de peixes medianamente sensíveis (MORE!RA, 1998).

Os indivíduos expostos ao nitrogênio amoniacal total (NAT), apresentaram em geral, uma movimentação mais lenta no aquário, além de uma redução na habilidade de manter o corpo em equilíbrio na coluna d'água, em relação aos peixes do grupo controle. Wicks e Randall (2002), verificaram que níveis de até 0,8 mgr' de amônia não-ionizada na água comprometem a

(28)

natação de indivíduos de salmão "coho", Oncorrhynchus kisutch.

Alguns indivíduos expostos as concentrações de NAT, exibiram formação de lábio dermal (aumento do tecido dermal próximo a mandíbula), mostrando assim, que ocorreu respiração superficial aquática, porém no grupo controle não foi observada. Baldisserotto (2002), enfatiza que peixes de respiração aérea toleram águas com baixos níveis de oxigênio dissolvido, fato comum em ambientes lênticos na várzea amazônica (JUNK et al., 1983).

Ao final da presente pesquisa, foram relatados ganhos de peso para todos os indivíduos acima de 50% para os cinco tratamentos. Os valores de ganho de peso relacionados, podem ser comparados aos ganhos de peso encontrados por EI-Shafai et al (2004) cultivando tilápia do Nilo, Oreochromis

niloticus, com duckweed-fed (Lemna gibba) em diferentes concentrações de

amônia no decorrer de 75 dias, onde foi relatado ganho de peso de 15, 14, 5,8, 4,2 e 2,9 g.peixe-1,para os tratamentos controle, 2,5, 5, 7,5 e 10 mg N.L-1, respectivamente. Enquanto Lemarié et al (2003), relatou em seu trabalho com juvenis de "European seabass", Dicentrarchus Iabrax, expostos ao efeito crônico da amônia, durante 63 dias, ganhos de peso de 26,4, 22,9, 18,7, 16,6, 12,8, 11,9, 9,1, 9,2 e 28 g, em concentrações de 0,24, 0,26, 0,43, 0,53, 0,64, 0,71, 0,88, 0,90 UIA-N (mg.L-1) e controle, respectivamente.

(29)

5. CONCLUSÕES

Após a comparação do grupo controle (ausência de amônia) com os tratamentos utilizados, onde se fez uso de diferentes concentrações de amônia na forma de NAT (2,0, 4,0, 6,0 e 8,0 mg NAT.L1), não se verificou uma toxicidade que influenciasse de forma significativa nos padrões de crescimento de tambaqui, Colossoma macropomum. Além disso, os resultados de crescimento se apresentaram confusos.

Com isso, sugere-se que para futuros experimentos sejam utilizadas concentrações maiores de amônia (NATI-1), aumento do número de dias de experimentação e/ou aumento de densidade de estocagem.

(30)

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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