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temporãneo.ganhando
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OU qsistemo circu-
E v o c a ç ã o
d a Companhia
dia. Bosioró ocomponhor molatorio. são recor- revista como
O
Tripeiro, nasrentes no Iiteraiuro
Carris
em
1901
suos diversos séries, poro per-técnico sobre ur- cepcionor os dimensões deste
bonismo em reierêncio òs re-
des de ironspories que se muliiplicom no cidode do ero indusiriol. Trato-se de uma evidência do metáioro orga- nicisio que fornece o matriz poro configuror os repre- senioções do dos ironspories urbanos no cidode burguesa,
já
que esio tem nos meios decirculação
o seu fluxo vitol.Cidode burgueso que, norieodo pelo espirito comerciol, ganho olinhamentos e se desenvolve segundo regras que oponiom poro a rocionolidode de um livro de conios, com o lineoridode do Deve e Hover, com a sobreposiçáo dos interesses moteriais em reioçáo oos interesses exis. ienciais.
E,
por isso, paroieiomenleò
eveniuai reconslruçõo interno que se desenvolve sobre processos de arrasa- mento (murolhas, habiioçòo degrododo, locais i n k l w bres]. a cidode olargo-se e estendese codo vez mais oos seus orredores, com os transportes públicos-
omnibus, iromwoys - a fornecerem o ligoçõo do centro com os lugores mais ofosiados, que, frequeniemenie, uliropossom os limites odminisiroiivos do urbe poro se projec!orem aos arroboldes que olimeniam fluxos de iroca. A cidade in- vade o compo e, quando pode, onex0.o. numa propa- goção que o ovonço do espaço urbono do Porio ião bem exemplifica ~onexoção do Foz, incorporaçáo de ire-guesias limiiroies, alinhamentos pela Circunvoloção, ien- iotivo de onexoçõo do espaço poriuório de Leixões e ireguesios envolvenies).
Lucros e ironspories são os preocupoções do negocion- ie e, noiurolmenie, os obsessões do cidade comerciol. Assim foi no Porto, cidode
angustiado
no fechomenio dos suos murolhas, que logo iroiou de orrosor e de, com essos pedros, construir parte dos cais no morgem direi- ia do Douro poro melhor receber os novios que o pro. curovom e erom o suo rozão de ser: cidode mogoodo, por iordiomente receber o cominho-de-ferro e suas de- rivações, por se sentir monietodo nos Iigoções maríti- mos, dodos osproblemas
portuários de difícil ultrapos- sogem e falta de certezos nos opções (Douro ou lei- xões?]. As Iigoções de ironsporie com o exterior constituem um dromo que atravesso todo o história do Porio comproblema.
Mos hò um dominio nos ironspories com o
qual
o cida- de tem longos períodos de opoziguomento, emboro sur- jam também momenios de forte inquieioçõo e mesmo iurbulêncio - troio-se dos ironsportes urbanos, esso so- lução colectivo que, sobre corris, circujo no miolo do ci- dade e orredores e osseguro os pequenas deslocoções dos seus hobiionies, garoniindo economios nas vorió- veis tempo e espoço. Com o concessão de1870
ao Ba- rão do Trovisqueiro poro umo linho de ~americonon do Portoò
Foz e Moiosinhos c o inicio do respectivo ex- ploroção comercial em9
de Março de 1872, o Porto torno-se o primeiro cidode poriugueso o implemenior um sisiemo de mil-rood., ou seio. de ironspor!e por iracção onimol sobre corris.E
o serviço de ironsporie vai logo muliiplicoc-se com o emergência de um novo ogenie -o Companhia Carris de Ferro do Porio.
Ultrapassados
101f RIBEIRO VIEIRA D i (ASTRO
ENGíWHEIRO DIRKTOR DA (OMPAIIHIA
os quezilios derivadas das formos de concessão, e
de.
pois de várias tentativos frusirodas, surgiu o fusão. em
18
de Janeiro de 1893, do ~componhia de baixo. (o Componhio Corri1 Americono, derivado do primeiro comi
cessão, com sede no Ouro) com o *companhia de cimo. (o Componhia Carris. com sede no Boovisiol, tudo pa- recendo aponior paro a esiabilidade empresarial e para o desenvolvimenioharmonioso
das linhos e sua moder. nizoção.Desde
1878
que havia a irocçõo o vapor no linho da Boavisia - Foz - Molosinhos, embora nõo fosse per- mitido o circuloçòo deste iipo no interior do cidode. Mas1
o Componhia Corris, logo após o ~usão, ovançou paro o impiemeniação do sistema e~éctrico. cujo inauguro-1
çòo ocorreu em9
de Setembro de 1895.E
também1
oqui o Porto tomou o dianieiro, em termos nacionais,1
tornondo-se o Carris um facior evoroivo do copocida- de de iniciaiivo portuense e, nesso medido, um simbo-1
lo de orgulho local.A
Corris era, na altura, considerado como uma empre. sa bemorganizada
e gerido por um nome que se trans- formou numo referência empresoriai do Porto -José Ri- beiro Vieiro de Castro, o emigronte que, em retorno do Brasil, geriu o Componhio Corris de Ferro do Porto,du-
rante quose três décadas( 1
878-1 9051. com pulso firme e duas regras básicos:I .
Remuneror o copitol accionista dentro de níveis ro- zoáveis mas sem o elevodo especuloçõo que ocor- ria noutros seciores [seguros, banca, têxtil]-
os di- videndos mantêm-se no coso dos6%,
durante o seu longo mondaio, de formo o constituir reservas paro os investimenios necessários ò ampliação e modei- nizoção da rede.2.
Apostar grodualmenie nos novos tipos de irocção mais rápidos e económicos. a medida que iam sui- gindo no mercodo.A
implemenioçòo do electri~icoção era um' passo in- coniornável, dados os novas disponibilidades tecnológicos e o impossibilidade de coniinuor o monter no coração da cidade os velhos aomericonos-, paro os quois a Com- panhia linha de susienior centenas de mulas, com tudo o que isso implicovo em termos de higiene urbona. Além disso, estimava-se que o elecirificoçõo reduzia os custos de operação em cerco de50%.
prevendvse um cres. cendo de lucros, como veio o acontecer, apesar de o eleciri~icoçõo avonçor devagor, couielosamente. Mos, em 1904. os úliimos carros de irocção animal sõo retiro. dos do circuloç~o, sendo grande parte dos respeciivos veiculos iransiormodos em atrelados dos eléciricos que possam a dominar a rede instolado (o linha de vapor só desaparecerá, porém, em191
AI.
N o entanto, sobre a dicoiomia empresoriol lucros versus serviço prestado desenvolve.se rapidamente um jogo de
opresentoções/atribuições. Foce oos relatórios e apre- seniaçõo de contos da Companhio, em que o coefi- ciente de exploroçõo (despesos/receitos] se torno gra- duolmente mais fovoróvel, surgem seciores do opiniòo público que lhe otribuem
lucros
fabulosos~, questionam uma concessão otribuida quase sem encargos e lem- bram os contratos que em outros lodos se lazem (como em Lisboo e em copitois estrangeiros], em que os con- cessionários contribuem, pelo via fiscol. com elevados quoniias paro os cofres municipais. Chegam esios po. siçães ás reuniões da vereaçõo e o verniz vai estaior o partir do ono de 1903. Uma longo polémica voi come- çor, com os iorços poliiicos o reivindicarem <carros paraO povon, OU seio, torifos o custos ocessiveis (o corácter
eliiisio dos
transportes
públicos portuenses era um focio antes do séculoXX]
e coniribuições sistemáticos paro as finanços municipais.E
um processo doloroso este que amo tino sectores da,populoçõo do cidade coniro o Carris, que, no curto $azo, levo ao célebre .concurso paro aP R I M I T I V O D E P O I I T ~ D t ( A R R O I E l k [ I R I [ O I ~OIIITRU(~O D E LIIIHAS
JUNTO A EITA(~O G E R A D O R A N A A R R A B I D A IA EIIA(AO PRIII(IPAL PONTE SOBRE O LE(A
UMA
~ r r ~ ( . i o
D A L I I I H A A VAPOR V l I I A D A L I I I H A A O 1 O l I G O D O R I O D O U R O A M ~ R I ( O VIEIRA DE [ASTRO EIIGEWIIEIRO D A ( O M P A N H I A A V E N I D A DE [ A R R E I R O I FOZ D O D O U R Oo
IUIIEL OAl u z
FOZ D O D O U R O [ A R R E I R O I A O F I C I N A DE [ A R R U A G E N S ( R U Z A M f N I O D A L I N H A ~ L ~ ( T R I ( A COM A L I I I H A A VAPORviação eléctrica., realizado em 1906, do qual saem vencedores outros concorrentes, gerando-se uma situação estranho em que o detentor das
infro-estruturas
instolodos - a Carris-
não tem o direito de circular nas ruas da cidade e os que têm esse direito - a Companhia de Via- ção Eléctrica do Porto-
não possuem oparelho indus- trial nem condições paro assegurar acirculação.
E
daí mais uma fusão que vai prolongar a vida da Carris por mais quase quatro décadas. Não cabe aqui olongarmo- -nos neste processo complicado, a respectivo narrativa está feito e o sua publicação ocorrerá noutros circuns- Iãncios.Mos o ano de 1903
é
uma dota marconte neste processo de viragem.E
então que a Companhia trata do imo- gem, no sentido de fazer sobressair o função social que vem desempenhando e sublinhar o papel que lhe cobe no desenvolvimento económico e social da Cidade. Um lisonjeiro artigo, intitulodo.A
Viação no Porto.. sai de imediato na revista Brasil-Por~ugal I n V 6 , 19031, o qual não pode deixar de ser lidoò
luz da conflitualidade vi- vido.Assim, segundo o articulista dessa publicação, a conci- liação entre os interesses da indústria e do comércio te. rio tido um contributo saliente airavés do serviço presta. do pela Carris, facto que
o
estudo histórico naturolmente confirma:.A
indústria portuense pôde, com o auxilio indirecto do Companhia Carris, escolher lugares materiolmenie opro- priadosò
economio de instaloção e produção, longe mes. mo dos centros de vendo, e o comercio pôde conservoi- -se num centro deiinido, dando umo característico activo, locol, ò cidade, sem se preocupar com a distãncia da permuta.Do mesmo modo se constata que, face ás condições de insalubridade vividos na cidade do Porto, o transporte público era um agente de higienizoção, com influência decisiva na melhoria dos condições de vida de sectores
da
população
e da higiene pública em geral:.Mas, o que
é
de mais akance ainda, com o desen. volvimenio do Carris de Ferro conquistou o público por- tuense um quanium apreciável de vidas; sob o ponlo de vis10 higiénico, rareiez.se o população, pelo olargo- mento que adquiriu a cidade, bem como pelo criação de novos bairros ediiicodos em lugares sadios. Modiii- cou-se mesmo o educação íntima da iamilia que foi far- çada o sair do casebre iniecio em que vivia o maior porie do iempo por deiiciêncio de meios fáceis de irons- porte, proporcionando-se-lhe agora um veículo agrodó- vel e cómodo..E,
para além do ~espectticulo da vida* que os linhos do miolo urbano propiciavóm, surgia, a i n d o , . ~ função re. crealiva, com a ligação em tempo escasso as praias [Foz. Matosinhos, leço). A viagem, pela marginal - d arua Infante
D.
Henrique até Leixães-
era, só por si, *sumptuosa. e *surpreendente%, fazendo deslizarò
vis- ta do passageiro um conjunto de focos importanies da vida e da paisagem ribeirinha, o que o descritivo do ai- ticulista imprime algum animismo e vivacidade, valendoO peno transcrever:
*Alim desponia o margem do Douro com os seus ve- lhos ormozéns de vinhos e as suas fóbricas, mais oboi. xo coa-se a nebulosa do iroboiho e sorri-nos o decon- iado vale de amores, hoje Vale da Piedade, verdejanie e onduloso, disiendido a margem como um cisne em plócido sono; conirosia-lios em seguido o populoso baii- ro da Afurado, boirro piscoiório, e rodo esio meiomor- iose ponoi6mica nos aparece oirovés de mosiros de no- vios ancorodos de onde o onde. Chegados a Foz, o vis10 01arga.se sobre o mar oié ao horizonie e os pulmões seniem um insuilado de vida ião apreciável, especiolmenie por aqueles que duron~e o dia iorom obrigados o mer- gulhar-se no irobalho áspero e rude numa aimosiera mór- bido. Enfim, vem Maiosinhos com os suas modesios co- sinhos como que apropriando len~omenie ao meio do
convivia,
15 familio, ao lar, e por fim Leça com o seu mo- numeniol porio de obrigo, onde quase sempre se es- preguiça um ironsoilãniico~.E
mesmo a viagem pela Boavisia, pela chamado alinha dos mòquinas~, realizado ainda no comboio a vapor, não perdia interesse: depois de passar a Avenida do Boa- visia, enião marcado pelos edificaçães de uma aorqui- ieciuro um tanio piioresca~, peneirava-se, a partir da Fonte da Moura, numa zona de pinhais atéò
Foz, ga- nhando o favor do publico a visão do .poente. filtrado pela romaria dos pinheiros numa *poeira de coraln. Enfim, a ligoçòo era agora intima e indispensável, *hoje o cidade vive com os seus iramwaysn e a Carris abra. ça-a com a sua arede de ferro.. Para a sustenioção da rede, a Carris tinha um expressivo aparelho industrial, com450
irabalhodores efectivos e vários tipos de ofi- cinas - centradas no estação da Boavisia-
para a cons- trução e reparação dos155
carros em serviço140
eléc- tricos,70
atrelados,45
veículos de mercadorias), bem como para a manutenção de linhas.E
ainda a estação geradora da energia eléctrica, localizada desde o iní-cio
[ I
895)
na zona da Arrábida, preparada para umaprodução de
1500
cv. Seis caldeiras accionavam duas máquinas a vapor de500
cv cada e duas outras de150
cv, òs quois estavam acoplodos dínamos paro o produção de electricidade [note-se que esio centro1 veioo desaparecer, dado ter sido consiruída mais tarde o Cenirol de Massarelos, inaugurado em
191 5,
que hoje serve de espaço de acolhimento ao Museu do Carro Elécirico].A mensagem do ariiculisia era enião óbvia, uma em- presa desta ordem não surgia apenas pelo .simples fac- ior dinheiro.. numa cidade em que a populoçòo ainda não preenchia o iotaiidade da oferta de transporte dis- ponibilizoda a um espaço ocupado de forma bastante heterogénea, isto
é,
ainda com grandes vazios de acti- vidade na sua larga extensão. A focolização devia en- tão centrar-se no perspectiva de uma gestão empresarial com visão social.Contudo, por mais iusias que fossem as asserçães adu- zidos, não devia ser pelo desenvolvimenio do inieres- sonte artigo que os paginas da revista Brasil-Poriugol prendiam o oienção, mas pela ouira formo de comuni- cação que o revista uiilizova cuidadosamenie - a
fo-
iogrofio. Assinadas porP.
Marinho, foiógrafo e grava- dor que assina outras reportagens fotográficas do mesmo publicação, surge um coniunto de fotos que documentam o actividade empresorial da Companhia Carris.E
esse coniribuio precioso que ochomos oportuno recuperar poroO
Tiipeiro, dando o conhecer visualmenie òs ge- raçòes ociuois o 4ose de ouron da gran-de empresa portuense de ironsportes IORGE
que foi a Componhio Carris de Ferro FERNANDES