• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE"

Copied!
33
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por: Leidja Lira

Orientadora Prof. Mary Sue

Rio de Janeiro 2009

(2)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Educação Infantil e Desenvolvimento.

Por: . Leidja Lira dos Santos Costa.

(3)

AGRADECIMENTOS

A minha mãe e a minha sogra, pelo ajuda durante o curso, principalmente, pela amizade demonstrada através de palavras de incentivo e gestos de carinho.

Ao meu esposo, que sempre compreendeu a minha ausência nos momentos em que estive ocupada com algum trabalho acadêmico.

A professora Mary Sue, pelo apoio, paciência e por todos os ensinamentos.

(4)

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho de pesquisa a professora Mary Sue e a todos os meus amigos de trabalho que procuraram fazer da educação o melhor caminho para formar pessoas mais conscientes, humanas e críticas.

(5)

RESUMO

Esta monografia constitui-se em uma proposta de análise sobre a importância do trabalho com a música na Educação Infantil.

Som, ritmo e melodia são elementos básicos, essenciais da música e que podem, na plenitude da expressão musical, despertar e reforçar a sensibilidade da criança, provocar nela reações de cordialidade e entusiasmo, prender sua atenção e estimular sua vontade.

Ao se envolverem em atividades musicais, as crianças melhoram sua acuidade auditiva, aprimoram e ampliam a coordenação motora, suas capacidades de compreensão, interpretação e raciocínio, descobrem sua relação com o meio em que vivem, desenvolvem a expressão corporal e a linguagem oral. Quanto mais elas têm oportunidade de comparar as ações executadas e as sensações obtidas através da música, mais a sua inteligência, o seu conhecimento vai se desenvolvendo.

(6)

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa foi descritiva bibliográfica de abordagem qualitativa.

O estudo encontra-se dividido em três capítulos, a saber: o primeiro capítulo fala sobre a música na educação infantil; o segundo capítulo analisa o papel da música na educação infantil; o terceiro e último capítulo discute a importância das cantigas de roda na Educação Infantil.

(7)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Música na Educação Infantil 10

1.1 Elementos que constituem a música 12

1.2 O que musicalização 12

CAPÍTULO II - Qual o papel da Música 16

na Educação Infantil 2.1 A música e o desenvolvimento cognitivo 18

da criança 2.2 A música e o desenvolvimento afetivo 19

da criança 2.3 A música e o desenvolvimento social 20

da criança CAPÍTULO III – A importância das cantigas de roda 22 na Educação Infantil CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31

ÍNDICE 32

FOLHA DE AVALIAÇÃO 33

(8)

INTRODUÇÃO

O presente estudo procura abordar a importância da música na pré- escola. Explica como a musicalização pode contribuir com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e sócio-afetivo da criança.

O estudo fala ainda do papel da música na educação infantil, não apenas como experiência estética, mas também como facilitadora do processo de aprendizagem, com instrumento para tornar a escola um lugar mais alegre e receptivo, e também ampliando o conhecimento musical do aluno, afinal a música é um bem cultural e seu conhecimento não deve ser privilégio de poucos.

Desde que se estuda a história da humanidade, tem se observado que a música sempre fez parte da vida do homem. Em qualquer parte do mundo em todas as épocas, a música e o homem sempre viveram juntos. Podemos suprir que no princípio, o homem reproduzia os sons que ouvia na natureza, como o vento forte e seu sussurrar nas folhagens, a água dos rios, os estalar dos galhos, o canto dos pássaros e tantos outros não só com a intenção de imitá- los, mas também porque essa era a música que ele conhecia.

A música é uma linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de comunicar sensações, sentimentos e pensamentos por meio de organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio.

A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que já na Grécia antiga, era considerada fundamental para a formação dos futuros cidadãos. É necessário que o professor desenvolva a música em vários momentos do dia, porém não de forma rotineira e automática. Devemos dar a criança oportunidade de viver a música, apreciando, cantando e criando som.

Sobretudo é importante ressaltar que toda criança está imersa a uma cultura, que é educada não só pela sua família, mas também pela sociedade

(9)

em que vive e cresce. Ou seja, a forma pela qual a música influencia o desenvolvimento de uma criança índia, por exemplo, é muito diferente da forma como isso se dá com uma criança branca, da mesma forma, uma criança de classe média alta, que freqüenta ambientes nos quais a música é praticada de forma constante, apresenta características bem diversas de uma criança que se vê vitima da violência, da exploração, fome dentre outros.

A música é considerada uma linguagem de expressão, que deveria ser parte integrante da formação global da criança.

Ela colabora no desenvolvimento dos processos de aquisição do conhecimento, sensibiliza criatividade, sociabilidade e gosto artístico. Com ela perdemos a forma mecânica de agir, tudo se torna prazeroso e livre. A mesma tem o poder de nos contagiar e vivenciar aquele momento deixado tudo de ruim pra traz.

A criança da pré- escola ainda não tem capacidade de concentrar-se para ouvir música. Isto é inerente a sua faixa etária. Por isso a música deve ser trabalhada por meio de historinhas, dramatizações, jogos e brincadeiras que motivem a participação da mesma.

A Escola é a instituição responsável pela formação cultural da criança, cabe a ela também proporcionar esse conhecimento, não só da música popular como também das musicas folclóricas.

Esse estudo contempla pesquisa bibliográfica documental, de abordagem qualitativa em educação. Para isso foi preciso identificar as fontes que pudessem fornecer respostas ou esclarecimentos ao problema em questão, caracterizando pesquisa do tipo bibliográfica.

No capitulo I foi abordado sobre a música na educação infantil, o que é música? Quais os elementos que contribuem com a música?

No capitulo II foi abordado o papel da música na Educação Infantil e como ela pode contribuir no desenvolvimento da criança?

(10)

No capitulo III, foi apresentado à importância de se trabalhar as cantigas de roda.

(11)

CAPÍTULO I

MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A Música é uma arte e, ao mesmo tempo uma ciência.

Nenhuma arte criada pelo homem encontra-se mais próximo da vida que a música, a ponto de podermos dizer que ela é a própria vida. (MERCÈ, Cap. 9, p.245)

Segundo Bréscia (2003) a música é uma linguagem universal, tendo participado da história da humanidade desde as primeiras civilizações.

Conforme dados antropológicos, as primeiras músicas seriam usadas em rituais, como: nascimento, casamento, morte, recuperação de doenças e fertilidade. Com o desenvolvimento das sociedades, a música também passou a ser utilizada em louvor a líderes, como a executada nas procissões reais do antigo Egito e na Suméria.

Na Grécia Clássica o ensino da música era obrigatório, e há indícios de que já havia orquestras naquela época. Pitágoras de Samos, filósofo grego da antiguidade, ensinava como determinados acordes musicais e certas melodias criavam reações definida no organismo humano. “Pitágoras demonstrou que a seqüência correta de sons, se tocada musicalmente num instrumento, pode mudar padrões de comportamento e acelerar o processo de cura” (Bréscia, p.

31, 2003).

Existem diversas definições para a música. Porém de modo geral ela é considerada ciência e arte, na medida em que as relações entre os elementos musicais são relações matemáticas e físicas. A arte manifesta se pela escolha dos arranjos e combinações. e expressiva de variáveis conforme a época.

Bréscia (2003, p. 25) conceitua a música como “[...] combinação harmoniosa e expressiva de sons e como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização etc”.

(12)

Já Gainza (1988, p. 22) ressalta que: A música e o som, enquanto energia, estimulam o movimento interno e externo no homem; impulsionam-no a ação e promovem nele uma multiplicidade de condutas de diferentes qualidade e grau”.

1. Elementos que constituem a música

De acordo com Weigel (1988, p.10) a música é composta basicamente por quatro elementos: som, ritmo, melodia e harmonia.

Som: são as vibrações audíveis e regulares de corpos elásticos, que se repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do relógio. As vibrações irregulares são denominadas ruído.

Ritmo: é o efeito que se origina da duração de diferentes sons, longos ou curtos.

Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada dos sons.

Harmonia: é a combinação simultânea, melódica e harmoniosa dos sons.

Segundo Gainza (1988, p. 36) Cada um dos aspectos ou elementos da música corresponde a um aspecto humano específico ao qual mobiliza com exclusividade ou mais intensamente: o ritmo musical induz ao movimento corporal, a melodia estimula a afetividade; a ordem ou estrutura musical (na harmonia ou na forma musical) contribui ativamente para afirmação ou para a restauração da ordem mental no homem.

1.1 . O que é musicalização?

Segundo Bréscia (2003) a musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, auto- disciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma afetiva consciência corporal e de movimentação.

(13)

Com as atividades de musicalização é permitido que as crianças conheçam melhor a si mesma, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também permite a comunicação com o outro.

Weigel (1988) e Barreto (2000) afirmam que atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento cognitivo, lingüístico, psicomotor e sócio-afetivo da criança, de seguinte forma:

• Desenvolvimento cognitivo lingüístico: é a fonte de conhecimento da criança, são as situações que ela tem oportunidade de experimentar em seu dia a dia. Dessa maneira, quanto maior for à riqueza de estímulos que ela receber, melhor será o seu desenvolvimento intelectual. Nesse sentido,as experiências rítmicas musicais que permitem uma participação ativa (vendo, ouvindo ou tocando) favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve sua percepção auditiva; ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a atenção; ao cantar ou imitar sons ela esta descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive.

• Desenvolvimento psicomotor: com as atividades musicais a criança tem oportunidade de aprimorar suas habilidades motoras, aprende a controlar seus músculos e mover- se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a descarga emocional, a reação motora e aliviando as tensões. Qualquer movimento adaptado a um ritmo é resultado de conjunto completo e complexo de atividades coordenadas. Por isso atividades como cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, bater os pés, são experiências importantes para a criança, pois elas permitem que se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora, fatores importantes também para o processo de aquisição da leitura e da escrita.

• Desenvolvimento sócio-afetivo: a criança aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo

(14)

buscando integrar-se com os outros. Nesse processo a auto-estima e a auto-realização desempenham um papel muito importante. Através do desenvolvimento da auto-estima ela aprende a se aceitar como é com suas capacidades e limitações.

Dessa forma as atividades coletivas favorecem o desenvolvimento da socialização, estimulando a compreensão, a participação e a cooperação. Com isso a criança vai desenvolvendo o conceito de grupo. Além disso, ao expressar-se musicalmente em atividades que lhe dêem prazer, ela demonstra seus sentimentos, libera suas emoções, desenvolvendo um sentimento de segurança e auto-realização.

É muito importante que se desenvolva a escuta sensível e ativa nas crianças.

Mársico (1982) comenta que nos dias atuais as possibilidades de desenvolvimento auditivo se tornam cada vez mais reduzidas, as principais causas são o predomínio dos estímulos visuais sobre os auditivos e o excesso de ruídos com o que estamos habituados a conviver. Por isso é fundamental fazer uso de atividades de musicalização que explorem o universo sonoro, levando as crianças a ouvirem com atenção, analisando, comparando os sons e buscando identificar as diferentes fontes sonoras. Isso irá desenvolver sua capacidade auditiva, exercitar a atenção, concentração e a capacidade de análise e seleção de sons.

As atividades de exploração sonora devem partir do ambiente familiar da criança, passando depois para ambientes diferentes. Por exemplo, o educador pode pedir para que as crianças fiquem em silêncio e observem os sons ao seu redor, depois elas podem descrever, desenhar ou imitar o que ouviram.

Também podem fazer um passeio pelo pátio da escola para descobrir novos sons, ou aproveitar um passeio fora da escola e descobrir sons característicos de cada lugar.

O educador também pode gravar sons e pedir para que as crianças identifiquem cada um, ou produzir sons sem que elas vejam os objetos

(15)

utilizados e pedir para que elas os identifiquem, ou descubram de que material é feito o objeto. ou como o som foi produzido.

Também são de grande importância as atividades que buscam localizar as fontes sonoras para se estabelecer a distância em que o som foi produzido, perto ou longe. Para isso o professor pode pedir que as crianças fiquem de olhos fechados e indiquem de onde veio o som produzido por ele, ou ainda, o professor pode caminhar entre os alunos utilizando um instrumento ou outro objeto sonoro e as crianças vão acompanhando o movimento do som com as mãos.

Bréscia (2003) também destaca a importância de se trabalhar com jogos musicais. Esses jogos podem ser de três tipos, correspondente as fazes do desenvolvimento infantil:

Sensório motor (até os dois anos): São atividades que relacionam o som e o gesto. A criança pode fazer gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para representar o que ouve ou canta. Favorecem o desenvolvimento da motricidade.

Simbólico (a partir dois anos): Aqui se busca representar o significado da música, o sentimento, a expressão. Contribuem para o desenvolvimento da linguagem.

Analítico ou de regras (a partir dos quatro anos): São jogos que envolvem a estrutura da música, onde são necessárias a socialização e organização. Ela precisa escutar a si mesma e aos outros, esperando sua vez de cantar ou tocar. Ajudam no desenvolvimento do sentido de organização e disciplina.

A duração das atividades deve variar conforme a idade da criança, dependendo de sua atenção e interesse. Além disso, vale lembrar que é preciso respeitar a forma de expressão de cada um, mesmo que venha a parecer repetitivo ou sem sentido. É importante que a criança sinta-se livre para se expressar e criar.

(16)

Todavia a importância de se saber mais sobre a música. Qual é o seu papel na educação? E como pode contribuir para o desenvolvimento da criança?

(17)

CAPÍTULO II

QUAL O PAPEL DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTI

A música tem um papel importantíssimo no processo de formação de um individuo. É de grande importância que crianças tenham contato com esta arte desde pequenas, que ela seja inserida no plano de ensino.

Muitos educadores já usam a música como ferramenta de ensino para ajudar na compreensão de outras matérias, como por exemplo, no processo de alfabetização, ensinando as letras, brincando com as palavras em forma de música, o que também prende a atenção das crianças principalmente daquelas mais inquietas em sala.

Mas a música na educação tem muito mais importância do que isso, cientificamente comprovado, ela estimula diversas áreas do cérebro, e facilita o aprendizado. A iniciação musical é de extrema importância, e Ela deve acompanhar o mais cedo possível.

A música quando empregada no contexto adequado contribui no desenvolvimento da criança. A mesma desenvolve a percepção, a concentração, a observação e a criatividade da criança.

Ao mesmo tempo em que a música possibilita essa diversidade de estímulos, ela pode estimular também a absorção de informações e a aprendizagem, principalmente no campo do raciocínio lógico, da memória, do espaço e raciocínio abstrato.

No dia-a-dia das escolas infantis, a música faz parte da rotina de atividades as quais as crianças vivenciam. Existe a música para tudo, fazer fila, guardar os brinquedos, escovar os dentes e etc. As crianças adoram e o ambiente fica mais harmonioso, além de proporcionar a aprendizagem da criança. E com isso os educadores utilizam recursos que facilitam o trabalho, ensinando assim regras básicas da vida cotidiana.

(18)

2.1. A Música e o desenvolvimento cognitivo da criança

Inúmeras pesquisas desenvolvidas em diferentes países e em diferentes épocas, particularmente nas décadas finais do século XX, confirmam que a influência da música no desenvolvimento da criança é incontestável. Algumas delas demonstraram que o bebê, ainda no útero materno, desenvolve reações estímulos sonoros.

Segundo Schlaug, da Escola de Medicina de Harvrd (EUA), e Gaser, da Universidade de Jena (Alemanha), revelaram que, ao comparar cérebros de músicos e não músicos, os do primeiro grupo apresentavam maior quantidade de massa cinzenta, particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor. (Apud Sharon, 2000).

Ou seja, segundo esses autores tocar um instrumento exige muito da audição e da motricidade fina das pessoas. O que estes autores perceberam, e vem ao encontro de muitos outros estudos e experimentos, é que a prática musical faz com que o cérebro funcione “em rede”: o indivíduo ao ler determinado sinal na partitura, necessita passar essa informação visual ao cérebro, este por sua vez, transmitirá à mão o movimento necessário (tato), ao final disso, o ouvido acusará se o movimento feito foi o correto (audição). Além disso, o instrumentista apresenta muito mais coordenação na mão não dominante do que pessoas comuns.

Segundo Garser, o efeito do treinamento musical no cérebro é semelhante ao da prática de um esporte nos músculos. Platão já dizia que a música é a ginástica da alma.

Outros estudos apontam também que, mesmo se o contato com a música for feito por apreciação, isto é, não tocando um instrumento, mas simplesmente ouvindo com atenção os estímulos cerebrais também são bastante intensos.

(19)

Ao mesmo tempo em que a música possibilita essa diversidade de estímulos, ela, por seu caráter relaxante, pode estimular a absorção de informações, isto é, a aprendizagem.

Segundo Losavov, cientista búgaro, desenvolveu uma pesquisa na qual observou grupos de crianças em situação de aprendizagem, e a um deles foi oferecido musica clássica, em andamento lento, enquanto estavam tendo aulas. O resultado foi uma grande diferença, favorável ao grupo que ouviu música. A explicação do pesquisador é que ouvindo musica clássica, lenta, a pessoa passa do nível alfa (alerta) para o nível beta (relaxados, mas atentos);

baixando a ciclagem cerebral, aumentando assim as atividades dos neurônios.

(Apud Ostrander e Schoeder, 1978).

Ou seja, afetivamente a prática de música, seja pelo aprendizado de um instrumento, seja pela apreciação ativa, potencializa a aprendizagem cognitiva, do espaço e do raciocínio.

2.2 A música e o desenvolvimento afetivo da criança

E muito importante que desde os primeiros dias de vida as crianças tenham contato com a música. Isso facilitará muito na adaptação dessa criança com outras.

Outro campo de desenvolvimento é o que lida com a afetividade humana. Muitas vezes menosprezado por nossa sociedade tecnicista, é nele que os efeitos da prática musical se mostram mais claros, independente de pesquisas e experimentos. Todos nós que lidamos com crianças percebemos isso, o que tem mudado é que agora estes efeitos têm sido estudados cientificamente.

Em pesquisas realizadas na Universidade de Toronto. Foi comprovado algo que muitos pais já imaginavam: os bebês tendem a permanecer mais calmos quando são expostos a uma melodia serena e, dependendo da

(20)

aceleração do andamento da música, ficam mais alertas. (Apud Cavalcante, 2004).

A linguagem musical tem sido apontada como uma das áreas de conhecimentos mais importantes a serem trabalhadas na Educação Infantil, ao lado da linguagem oral e escritas, do movimento, das artes visuais.

A música deve está presente na rotina de uma escola, mesmo que não tenha um profissional especializado.

Desenvolver a musicalidade nas crianças na faixa etária de 3 a 10 anos é muito importante, não só para sensibilizá-las para música, mas também para que se tornem artistas extremamente virtuosos? Ou seja, a música serve para ativar outras áreas do cérebro, ajudando crianças a estimular inúmeras atividades.

A música pode ajudar no raciocínio lógico contribuindo para a compreensão da linguagem e para o desenvolvimento da comunicação, para a percepção de sons sutis e para o aprimoramento de outras habilidades.

Sobretudo juntar música e educação dentro de uma sala de aula, além de gerar resultados animadores e gratificantes, faz com a difícil tarefa de ensinar seja muito mais prazerosa e divertida e as crianças adoram e ficam mais centradas no assunto o que faz com o que eles aprendam com mais facilidade e com bastante entusiasmo.

2.3. A música e o desenvolvimento social da criança

A música também é de grande importância no campo da maturação social da criança. È por meio do repertório musical que nos iniciamos como membros de determinado grupo social. Por exemplo: os acalantos ouvidos por um bebê no Brasil não são os mesmos ouvidos por um bebê nascido na Islândia. Da mesma forma, as brincadeiras, as adivinhas, as canções, as parlendas que dizem respeito à nossa realidade nos inserem na nossa cultura.

(21)

È difícil encontrar alguém que não se relacione com a música de um modo ou de outro: escutando, cantando, dançando, tocando um instrumento, em diferentes momentos e por diversas razões. (Brito, p.31 2004)

Além disso, a música também é importante do ponto de vista da maturação individual, isto é, do aprendizado das regras sociais por parte da criança. Quando uma criança brinca de roda, por exemplo, ela tem a oportunidade de vivenciar, de forma lúdica, situações de perda, de escolha, de decepção, de dúvida, de afirmação.

Infelizmente, o processo musical ainda continua lento nas escolas, onde a linguagem musical é centrada em datas comemorativas e no convívio da rotina e não nas atividades de experimentar, improvisar, conhecer esse universo de sons, para contribuir com a aprendizagem das crianças.

E muito importante que desde os primeiros dias de vida, as crianças tenham contato com a música. Isso facilitará muito no desenvolvimento social.

Ou seja, a música tem um papel importantíssimo no desenvolvimento da criança e na vida de todos, pois ela expressa sentimentos, vontades, culturais.

Ela pode se transformar num ótimo objeto de ensino-aprendizagem, pois as crianças da Educação Infantil conseguem expressar com facilidade através da música, que tida como a primeira manifestação artística vivenciada pelo homem.

(22)

CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DAS CANTIGAS DE RODA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Cantigas de roda é um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclóre brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e geralmente com coreografias.

As cantigas de roda integram o conjunto das canções anônimas, que fazem parte da cultura espontânea, decorrente da experiência de vida de qualquer coletividade humana. Elas se dão numa seqüência natural e harmônica com o desenvolvimento humano.

...Quem é esta que me estimula a sair deste mesmo colo e a busca o mundo lá fora arriscando mais um rompimento, me oferecendo a chance de partilhar com os outros iguais a mim... (Godinho, 1996).

Segundo Câmara Cascuda (1988), as brincadeiras de roda referem-se às brincadeiras do folclore dançadas ou cantadas apresentando melodias e coreografias simples. Grande parte delas se apresentam com os participantes se colocando em roda e de mão dadas, mas existem também variações, como os brinquedos de roda, que podem ser realizados sentados, com palmas, em fileiras, em marchas, pode ser de esconder ou de pegar .

Elas também podem ser chamadas de cirandas, e tem caráter folclórico.

As letras, melodias e ritmos são bastante lúdicos, envolvem de maneira

(23)

coletiva, várias brincadeiras, danças e trava-línguas do jeito que criança gosta.

Com isso as crianças se divertem, aprendem e se desenvolvem.

As cantigas têm letras simples e faces de memorizar, são recheados de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira. E com isso a criança aprende brincando

Muitas vezes fala da vida dos animais, usando episódios fictícios, que comparam a realidade daquela espécie, fazendo com que a atenção da criança fique presa à história contada pela música, o que estímula sua imaginação e memória. São os casos das músicas:

A barata diz que tem

“A barata diz que tem sete saias de filó É mentira da barata, ela tem é uma só Ah ra ra, ia ro ró, ela tem é uma só!

A barata diz que usa um sapato de veludo É mentira da barata, o pé dela é peludo Ah ra ra, ru ru, o pé dela é peludo!

A barata diz que tem uma cama de marfim É mentira da barata, ela tem é de capim Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim!

A barata diz que tem um anel de formatura È mentira da barata, ela tem é casca dura Ah ra ra, iu ru ru ru ela tem é casca dura!

A barata diz que tem o cabelo cacheado É mentira da barata, ela tem coco raspado Ah ra ra, ia ro ro ró, ela tem coco raspado!”

Peixe Vivo

(24)

“Como pode o peixe vivo Viver fora da água fria Como pode o peixe vivo Viver fora da água fria

Como poderei viver Como poderei viver Sem a tua, sem a tua Sem a tua companhia Sem a tua, sem a tua Sem a tua companhia

Os pastores desta aldeia Já me fazem zombaria Os pastores desta aldeia Já me fazem zombaria

Por me verem assim chorando Por me verem assim chorando Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia Sem a tua, sem a tua Sem a tua companhia.”

Sapo jururu

Sapo jururu na beira do rio

Quando sapo grita, ó maninha é que está com frio A mulher do sapo, é quem está la dentro

Fazendo rendinha, ó maninha para o casamento.

Em outros casos de cantigas, alguns objetos criam vida, ou fala-se de amor como a musica:

(25)

Nesta Rua

“Nesta rua, nesta rua, tem um bosque Que se chama que se chama, solidão Dentro dele, dentro dele mora um anjo Que roubou meu coração

Se eu roubei, se eu roubei seu coração É porque tu roubaste o meu também Se eu roubei, se eu roubei teu coração É porque eu te quero tanto bem

Se esta rua, sesta rua fosse minha Eu mandava, eu mandava ladrilhar

Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante Para o meu, para o meu amor passar.”

As cantigas que falam de amor são representadas pelas crianças principalmente pelo casamento, já que o exemplo mais próximo delas é o dos pais.

Sobretudo, também tem as cantigas que retratam história engraçadas como na musica:

Samba Lelê

“Samba Lelê está doente Está com a cabeça quebrada Samba Lelê precisava

È umas dezoito lambadas Samba, samba, samba ô Lelê Pisa na barra da saia ô Lalá.”

(26)

Há ainda, cantigas que parecem ser um estímulo à violência ou ao medo. Como por exemplo:

Atirei o pau no gato

“Atirei o pau no gato tô tô Mas o gato tô tô

Não morreu reu réu Dona chica cá Adimirou-se se

Do berro, do berro que o gato deu Miau!!!”

Boi da cara preta

“Boi da cara preta Boi, boi, boi Boi da cara preta

Pega esta criança que tem medo de careta.”

Atualmente, algumas canções vêm sendo alteradas por pessoas mais preocupadas com a influência das músicas na mente infantil, como por exemplo, a do “Atirei pau no gato” que tem outra versão:

“Não atire o pau no gato tô tô Por que isso so so

Não se faz faz faz O gatinho nho nho É nosso amigo go go

Não devemos maltratar os animais Miau!!!”

Não há como detectar o momento em que as cantigas de roda foram alteradas, já que além de terem autora anônima, são continuamente

(27)

modificadas, adaptando-se à realidade do grupo de pessoas que as canta. São também criadas novas cantigas naturalmente em qualquer grupo social.

Segundo Cascudo (1988), as cantigas de roda têm um caráter constante. “(...) apesar de serem cantadas uma dentro das outras e com as mais curiosas deformações das letras, pela própria inconsciência com que são transmitidas oralmente abandonadas em cada geração e reerguidas pela outra

“numa sucessão ininterrupta de movimento e de canto quase independente de decisão pessoal ou do arbítrio administrativo. “ (ibid. p. 146).

As cantigas conhecidas no Brasil têm origem européia, mais especificamente de Portugal e Espanha. Porém, isso não é notável, pois as mesmas já se adaptaram tanto ao folclore brasileiro que são o retrato do país.

As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um local. Através dela há possibilidade de se conhecer costumes, cotidiano da pessoas, festas típicas do local, comidas, brincadeiras, paisagem, flora, fauna, crenças, dentre muitas outra coisas. O folclore de um determinado local vai se construindo aos poucos através não só de cantigas de roda, mas também de histórias populares contadas oralmente, com lendas, cantigas de ninar etc.

Essa prática hoje em dia não é tão presente na realidade infantil com antigamente devido as tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de crianças de todas as idades em locais como colégios creches, parques, etc.

É preciso que as cantigas de roda que antigamente acompanhavam nossos bisavós, avós, pais tenham hoje seu espaço garantindo nas escolas, que passam assim a cumprir a importante função de transmiti-las a cada nova geração.

As cantigas além de embalar as brincadeiras, ajuda a melhorar a comunicação, a entender um pouco da cultura do nosso país.

(28)

As cantigas de roda são ótimas para a socialização e desinibição da criança, ao provocar o olhar frente a frente com o outro, o toque corporal, e a exposição consentida, pois em muitas das cantigas deve-se ir ao centro da roda individualmente e se visto por todos. Além disso, desenvolvem também o senso de organização coletiva através da roda e o senso rítmico pela música e pelo movimento corporal que ela cria.

Devemos tentar atualizar sua utilização de forma a transformá-los em instrumentos que nos possibilitem juntar o passado com o presente. Ou seja, trabalhar as cantigas de roda passadas com as de agora.

As cantigas de roda ajuda a embalar a infância, a prolongá-la. Dessa forma permite que meninos e meninas continuem sendo crianças por muito mais tempo.

(29)

CONCLUSÃO

A música é importante na vida de todos, pois ela expressa sentimento, vontades e culturas. Ela pode se transformar num ótimo objeto de ensino- aprendizagem, pois as crianças da Educação Infantil conseguem se expressar com facilidade através da musica.

A educação musical deve fazer parte da educação das crianças, desde a pré-escola, pois tem um papel importantíssimo, não na comunicação, mas também para a coordenação motora.

Temos que encantar nossas crianças nas escolas. Seja com jogos de montar, histórias, massa de modelar, livros ilustrados e principalmente com cantigas.

A música tem ainda o dom de aproximar as pessoas. As crianças que vivem em contato com a música, aprendem a conviver melhor com as outras crianças e estabelece um meio de se comunicar muito mais harmonioso do que aquela que é privada da música.

A música tem um papel importantíssimo na Educação Infantil. Quando empregada de forma adequada, ajuda a desenvolver a concentração, a observação e a criatividade da criança. Ela tem o poder de deixar a criança mais descontraída com vontade de participar, ajudando assim no seu desenvolvimento tanto cognitivo como psicomotor.

Com as cantigas e brincadeiras de roda a criança tem a oportunidade de vivenciar novos costumes, aprendendo mais sobre a sua cultura e de outros lugares o que só ajuda no seu desenvolvimento.

A música é mais que poderosa, pois ela permite introduzir na alma do indivíduo desde a sua infância, o amor, a beleza e a virtude de tudo que já

(30)

viveu e viverá. A pessoa bem educada musicalmente tem a oportunidade de perceber a beleza e a harmonia de tudo.

A música torna a criança mais feliz!

(31)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BEE, Helen. A criança em Desenvolvimento. 9. Ed. São Paulo: Artmed, 2003.

BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.

BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003.

GAINZA, Violeta Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia Musical. 3. ed. São Paulo: Summus, 1988.

JACAS, Maria Mercè Cardoner. Expressão Musical. In: ARRIBAS, Teresa Lleixà. Educação infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. 5.

ed.

MÁRSICO, Leda Osório. A criança e a música: um estudo de como se

processa o desenvolvimento musical da criança. Rio de Janeiro: Globo, 1982.

SUE, Mery Pereira. A descoberta da Criança: Introdução à educação infantil.

ed.2. Rio de janeiro: Wak, 2005.

RANGEL, Suzana Vieira da cunha. Cor som e movimento: A expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. 6. Ed. Porto Alegre:

Mediação, 2006.

FUKS, Rosa. O discurso do silêncio. Rio de Janeiro: Enelivros, 1991.

WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de Música: Experiências com Sons, Ritmos, Música e Movimentos na Pré-Escola. Porto Alegre: Kuarup, 1988.

(32)

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 10 1.1 – Elementos que constituem a música 11 1.2 – O que é musicalização? 11

CAPITULO II

QUAL O PAPEL DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 16 2.1 – A música e o desenvolvimento cognitivo da criança 18 2.2 – A música e o desenvolvimento afetio da criança 19 2.3 – A música e o desenvolvimento social da criança 20

CAPITULO III

A IMPORTÂNCIA DAS CANTIGAS DE RODA NA

EDUCAÇÃO INFANTIL 22

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 31

ÍNDICE 32

(33)

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: A Importância da música na Educação Infantil

Autor: Leidja Lira dos Santos Costa

Data da entrega: 31/01/2009

Avaliado por: Conceito:

Referências

Documentos relacionados

Realize as atividades propostas durante o período da aula e, caso fique com alguma dúvida, encaminhe um e-mail para o seu professor.. ROTEIRO DE AULA –

Desta forma, a escravidão moderna, enquanto expressão de relações de poder, presentemente estimuladas pelo capitalismo selvagem, pode ser pensada como um exemplo prático de

Um resultado não reagente é indicado uma linha roxa/rosa na área de CONTROLE (C) e nenhuma linha na área de TESTE (T) tanto na janela IgM quanto na janela IgG. Este resultado sugere

Também apresento a contribuição do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) para a educação brasileira. No terceiro capítulo, Caminhos da Investigação: a Escuta das

A Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e a Coordenadoria das Licenciaturas - COORLICEN, no uso de suas atribuições, torna pública

O Estado Contratante cuja legislação exigir que os contratos de compra e venda sejam concluídos ou provados por escrito poderá, a qualquer momento, fazer a declaração prevista no

Há quem diga que, com o advento das calculadoras, os cinco dedos em cada mão perderam sua utilidade prática, que era ajudar a contar até dez, e os humanos do futuro nascerão só com

Na simulação do desembarque – saída pelo portão de embarque e ingresso pelo portão de desembarque – as atividades foram facilmente executadas pela idosa, cadeirante, deficiente