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MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO

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Agosto de 2013

ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNICIPAIS E REGIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS

MUNICÍPIOS DO CONSÓRCIO PRÓ-SINOS

S UBPRODUTO 2.4

S ITUAÇÃO E CONÔMICO -F INANCEIRA

M UNICÍPIO DE S ÃO L EOPOLDO

(2)

1

ÍNDICE

1 APRESENTAÇÃO ... 3

2 ANÁLISE DA CAPACIDADE FINANCEIRA DO MUNICÍPIO ... 5

3 ANÁLISE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA ... 6

3.1 ANÁLISEDARECEITA ... 6

3.2 ANÁLISEDADESPESA ... 7

4 ANÁLISE DA CAPACIDADE DE ENDIVIDAMENTO ... 10

5 ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DA SANEAMENTO BÁSICO ... 11

5.1 AQUESTÃODADEMANDA ... 11

5.2 RECEITAATUAL ... 12

5.3 DESPESAATUAL ... 12

5.4 RESULTADOOPERACIONAL ... 13

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 15

(3)

2

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Resumo da Execução Orçamentária - Balanço Orçamentário - Receitas Municipais 2012 ... 7 Quadro 2 - Município de São Leopoldo - Resumo da Execução Orçamentária - Balanço Orçamentário - Despesas Municipais 2012 ... 8 Quadro 3 - Município de São Leopoldo - Resumo das Despesas Municipais 2012 ... 9 Quadro 4 - Relação da Dívida e das Operações de Crédito em relação à Receita Total e Investimentos do Município ... 10 Quadro 5 - Município de São Leopoldo DRE - Demonstrativo das Receitas e Despesas Fixas e Variáveis SEMAE (R$.1,00/Dez.2012) ... 14

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1 AP R E S E NT AÇ ÃO

O presente documento é objeto do contrato nº 06/2012 firmado entre o Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e a Concremat Engenharia e Tecnologia S/A cujo objeto é a Elaboração dos Planos Municipais e Regional de Saneamento Básico dos Municípios do Consórcio Pró-Sinos.

O trabalho teve início efetivo em 02 de agosto de 2012, conforme Ordem de Serviço nº 003/2012, sendo o prazo de execução de 547 dias – até 31 de janeiro de 2014.

Dos 26 municípios integrantes do Consórcio Pró-Sinos, 23 municípios terão os seus Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) elaborados através deste contrato: Araricá, Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Caraá, Glorinha, Estância Velha, Esteio, Gramado, Igrejinha, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul e Três Coroas.

O Plano Regional de Saneamento Básico (PRSB) abrangerá, além desses 23 municípios, os demais municípios do Consórcio Pró-Sinos – Canoas, Dois Irmãos e Taquara, cujos planos municipais já foram ou estão sendo elaborados em separado.

Os serviços inserem-se no contexto da Lei nº 11.445/07 que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. Os serviços também são balizados pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei, bem como pelo Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001) que define o acesso aos serviços de saneamento básico como um dos componentes do direito à cidade.

A Política e o Plano, instituídos pela Lei nº 11.445/2007, são os instrumentos centrais da gestão dos serviços. Conforme esse dispositivo, o Plano de Saneamento estabelece as condições para a prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas para a universalização, assim como programas, projetos e ações necessários para alcançá- la.

Como atribuições indelegáveis do titular dos serviços, a Política e o Plano devem ser elaborados com participação social, por meio de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico.

De acordo com o Termo de Referência, o trabalho está dividido em seis etapas com seus respectivos produtos:

Etapa 1: Plano de mobilização social.

Etapa 2: Diagnóstico da situação do saneamento básico e de seus impactos nas condições de vida da população.

Etapa 3: Prognósticos e alternativas para a universalização dos serviços de saneamento básico. Objetivos e metas.

Etapa 4: Concepção dos programas, projetos e ações necessárias. Ações para emergências e contingências.

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Etapa 5: Mecanismos e procedimentos para o monitoramento e avaliação sistemática das ações programadas.

Etapa 6: Relatório final dos planos municipais e regional de saneamento básico.

Ainda, em atendimento ao Termo de Referência, a etapa do diagnóstico compreende o desenvolvimento de 12 subprodutos até a consolidação do Produto 2, como segue:

Subproduto 2.1: Coleta de dados.

Subproduto 2.2: Caracterização geral.

Subproduto 2.3: Situação institucional.

Subproduto 2.4: Situação econômico-financeira.

Subproduto 2.5: Situação dos serviços de abastecimento de água potável.

Subproduto 2.6: Situação dos serviços de esgotamento sanitário.

Subproduto 2.7: Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Subproduto 2.8: Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais.

Subproduto 2.9: Situação do desenvolvimento urbano.

Subproduto 2.10: Situação da habitação.

Subproduto 2.11: Situação ambiental e dos recursos hídricos.

Subproduto 2.12: Situação da saúde.

Este relatório contempla a Etapa 2 – Subproduto 2.4 “Situação econômico-financeira”.

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2 ANÁL IS E DA C AP AC IDADE F INANC E IR A DO MUNIC ÍP IO

A análise da capacidade financeira da Prefeitura de São Leopoldo foi feita a partir do balanço obtido no site do Tesouro Nacional, que teve como base a execução orçamentária de 2012. Os indicadores que definem a Capacidade de Pagamento da Prefeitura de São Leopoldo estão apresentados na sequência, com as respectivas análises e memórias de cálculo.

O equilíbrio financeiro do Município, alcançado em 2012, situação recente, tem viabilizado a captação de recursos externos, visando a cumprir metas de governo, principalmente atendendo aos projetos de planejamento estratégico, cuja implantação requer volumes de grande monta.

Com efeito, tais empréstimos só se tornaram factíveis devido à estabilidade das finanças municipais, à margem que o município possui para novos endividamentos e sua capacidade de pagamento, visto que atendem à Resolução n.o 43/01, do Senado Federal, que dispõe sobre as operações de crédito interno e externo dos Municípios, Estados e Distrito Federal.

Na análise específica para implementação das ações do Plano de Saneamento, que são de responsabilidade da Administração Municipal, como os serviços de drenagem e coleta/disposição final e reciclagem do lixo, utilizou-se o recente levantamento contábil da Administração Municipal que retrata a situação financeira do município no último ano, os empréstimos contratados e a contratar.

As projeções financeiras serão apresentadas na fase de prognósticos. Na sequência são apresentadas algumas das conclusões sobre a situação financeira do Município, pertinentes para a análise desejada.

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3 ANÁL IS E DA E XE C UÇ ÃO OR Ç AME NT ÁR IA

A partir do comportamento da receita e da despesa através do resultado orçamentário, verifica-se que o Município apresentou um pequeno superávit em suas contas, em 2012, de R$ 12,6 milhões, o que representou 2,6% de sua receita arrecadada.

Consideradas as receitas e despesas, constata-se que o Município apresenta resultado final positivo de suas contas, significando que vem atendendo às normas da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os gastos com pessoal, maior item de despesa da Administração, estão em torno de 49,4%

da receita corrente, enquanto que o comprometimento das garantias com encargos e amortizações se situa em torno de 3,7%, considerando como garantias para operações de crédito as receitas do ICMS (Transferências Correntes) com 55,85% e Receita de Serviços que representam 11% das receitas correntes, garantias amplamente contempladas na legislação.

3.1 ANÁL IS E DA R E C E IT A

A partir do balanço orçamentário verifica-se que a receita total arrecadada no exercício de 2012 foi de R$ 493,7 milhões. Do montante de 2012, R$ 483,1 milhões referem-se às receitas correntes e as receitas de capital são da ordem de R$ 29,04 milhões.

As receitas correntes compostas pelas receitas tributárias de contribuições, patrimonial, serviços e de transferências governamentais mostram que as tributárias, que respondem por 17,5% têm no ISS a maior participação, com 41,55%, enquanto o IPTU participou com 25,30% do total destes tributos, no ano de 2012.

As transferências correntes, maior fonte, representam mais de 50% das receitas correntes e têm contribuições de diversas fontes como Cota-Parte do FPM (18%), Cota-Parte do ICMS (24%), Cota-Parte do IPVA (6%), Transferências do FUNDEB (28%) e outras Transferências Correntes (23%). Estima-se um incremento das receitas correntes para os exercícios futuros, principalmente em relação às receitas tributárias, considerando necessária uma gestão continuada de competência e responsabilidade fiscal, conforme pode ser visualizado no Quadro 1.

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Quadro 1 - R es umo da E xecução Orçamentária - B alanço Orçamentário - R eceitas Municipais 2012

RECEITAS R$ 1,00

1.RECEITAS CORRENTES 483.185.473,93

1.1 Receita Tributária 84.755.155,26

1.1.1. IPTU 21.444.991,52

1.1.2 ISS 35.215.034,94

1.1.3 ITBI 6.610.383,70

1.1.4 IRRF 7.890.149,87

1.1.5 Outras Receitas Tributárias 13.594.595,23 1.2 Receita de Contribuições 20.914.651,26

1.3 Receita Patrimonial 34.966.863,35

1.4 Receita Agropecuária - 1.5 Receita Industrial -

1.6 Receita de Serviços 53.129.455,49

1.7 Transferencias correntes 269.798.359,04

1.8 Outras Receitas Correntes 19.620.989,53

2. RECEITAS DE CAPITAL 29.047.555,67

2.1 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 14.804.225,70

2.2. ALIENAÇÃO DE BENS 2.978.552,18

2.3 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 11.264.777,79 3.RECEITA CORRENTE INTRA ORÇAMENTARIA 7.659.389,43 SOMA DAS RECEITAS CORRENTES + CAPITAL 519.892.419,03

4. DEDUÇÕES DA RECEITA¹ 26.124.241,82

RECEITA TOTAL 493.768.177,21

Fonte : Ministério da Fazenda -Tesouro Nacional.

As outras receitas correntes têm contribuído sensivelmente para o caixa do Município. Elas são formadas por multas e juros de mora, indenizações e restituições e receita de dívida ativa, que somadas respondem por 93% do total do item "outras receitas correntes",

3.2 ANÁL IS E DA DE S P E S A

Verificando o comportamento das despesas no balanço de resultado de 2012, se constatou que, em relação à despesa total 83,5% referem-se às despesas diretas, sendo que 49,7%

correspondem ao custeio de Pessoal. As obrigações (amortizações + juros e encargos da dívida) com capital de terceiros significam um total de 4,5% do total das despesas. No que tange aos investimentos, verifica-se que 11,6% das despesas totais são destinadas a novas inversões.

O que se pode notar no balanço do último ano é que o nível de investimentos foi bastante significativo, sendo que a maior parte destas inversões foram realizadas com recursos próprios, visto que as receitas de capital (25% dos investimentos totais) com operações de crédito municipais têm se mantido baixas.

Também é importante dar destaque, com relação ao montante da dívida interna de longo prazo (R$ 18.992.906,39) que representa 3,9% da Receita Total uma parcela que não chega

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10% da receita total realizada. Este fato aponta a existência de grau de liberdade no gerenciamento das finanças do município, e uma grande capacidade para obter novos financiamentos.

Quadro 2 - Município de S ão Leopoldo - R es umo da E xecução Orçamentária - B alanço Orçamentário - Des pes as Munic ipais 2012

DESPESAS R$1,00

1.DESPESAS CORRENTES 401.619.004,52 1.1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 233.279.664,28 1.2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 3.995.821,23 1.3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES 164.343.519,01 2. DESPESAS DE CAPITAL 68.124.969,37 2.1 INVESTIMENTOS 55.870.935,25

2.2 INVERSÕES FINANCEIRAS 0,00

2.3 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA 12.254.034,12

3. RESERVA DE CONTINGÊNCIA 0,00

4. RESERVA DO RPPS 0,00

5. DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 11.413.045,87 5.1 Pesso al e Encargos Sociais 5.804.912,51 5.2 Amortização da Dívida 5.608.133,36 TOTAL DAS DESPESAS 481.157.019,76

Fonte: Ministério da Fazenda -Tesouro Nacional.

Quando se detalham as despesas verifica-se que do total 17,18% referem-se à Administração Municipal; 26,04% cabem à Saúde, com destaque para a assistência hospitalar e ambulatorial. A Educação tem uma participação de 23,7% e infraestrutura urbana com 6,01% e saneamento 5,76%, sendo que deste último 74% referem-se ao saneamento básico urbano.

Poderia se admitir que investimentos em saneamento também estejam dentro do campo da saúde, mas não é isto que se verifica. No que cabe à saúde tem destaque a participação do item de Assistência Hospitalar e Ambulatorial com 15,49% do total das despesas, sendo independente da parte de saneamento.

Mesmo tendo uma autarquia (SEMAE) que administra e opera alguns setores do sistema de saneamento, a Administração Municipal participa com custos na área, com um valor de R$

19.963.727,49, representando 4,15% das despesas totais ou 73,80% do total gasto em saneamento, que pode estar vinculado ao serviço contratado de coleta e disposição final dos resíduos sólidos.

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Quadro 3 - Município de S ão Leopoldo - R es umo das Des pes as Municipais 2012

DESPESAS (EXCETO INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (I) 469.743.973,89 98%

Legislativa 6.204.456,43 1,29%

Judiciária 1.501.738,00 0,31%

Administração 80.714.212,87 16,78%

Segurança Pública 11.140.603,32 2,32%

Assistência Social 13.855.825,58 2,88%

Previdência Social 19.558.341,57 4,06%

Saúde 122.311.081,55 25,42%

Trabalho 1.921.439,81 0,40%

Educação 111.691.029,50 23,21%

Cultura 6.137.830,31 1,28%

Urbanismo 35.200.632,93 7,32%

Habitação 5.404.234,37 1,12%

Saneamento 27.049.434,58 5,62%

Gestão Ambiental 5.304.435,85 1,10%

Agricultura 15.461,20 0,00%

Indústria 1.541.595,27 0,32%

Transporte 1.512.594,90 0,31%

Desporto e Lazer 494.108,63 0,10%

Encargos Especiais 19.814.697,74 4,12%

RESERVA DE CONTINGÊNCIA 0,00 0,00%

RESERVA DO RPPS 0,00 0,00%

DESPESAS (INTRA-ORÇAMENTÁRIAS) (II) 11.413.045,87 2%

Legislativa 61.212,50 0,01%

Judiciária 15.693,15 0,00%

Administração 663.159,70 0,14%

Segurança Pública 201.817,26 0,04%

Relações Exteriores 0,00 0,00%

Assistência Social 85.567,73 0,02%

Saúde 1.747.632,55 0,36%

Trabalho 16.672,04 0,00%

Educação 2.844.474,36 0,59%

Direitos da Cidadania 4.514,58 0,00%

Saneamento 112.588,47 0,02%

Gestão Ambiental 51.580,17 0,01%

Encargos Especiais 5.608.133,36 1,17%

TOTAL (III)=(I+II) 481.157.019,76 100%

Fonte: Ministério da Fazenda -Tesouro Nacional.

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4 ANÁL IS E DA C AP AC IDADE DE E NDIV IDAME NT O

A partir da situação financeira em 2012 dos dados básicos contábeis e financeiros da Prefeitura, foi realizada a análise da capacidade de pagamento do Município.

A resolução 43/2001 do Senado Federal estabelece as normas para realização de operações de créditos externos, onde o dispêndio anual máximo com amortizações, juros e encargos da dívida não podem ultrapassar 11,5% da receita corrente líquida. A Prefeitura, em 2012 ficou em 4%; assim, possui margem para novos dispêndios com a dívida.

Também cabe destacar os valores do limite máximo de endividamento que estão determinados através da Resolução 43/2001 calculados através da multiplicação de 1,2 (um inteiro e dois avos) pela receita corrente líquida, e que representam cerca de R$

592.521.812,65 para os próximos anos.

Quadro 4 - R elação da Dívida e das Operações de C rédito em relação à R eceita T otal e Inves timentos do Município

Discriminação Exercício 2012

Investimentos 55.870.935,00

Operações de Crédito 14.804.226,00

Relação (2/1) 26%

Receita total 493.768.177,00

Serviço da Dívida 21.857.989,00

Relação (2/1) 4%

OBS: valores Nominais – em R$.

Fonte: Prefeitura de São Leopoldo.

As análises são fortalecidas quando se constata as relações existentes entre as operações de crédito sobre os investimentos. Por outro lado os investimentos previstos representam 11,5% do total da receita corrente, observando que a situação de 2012 demonstra uma folga considerável nas exigências de atendimento à comunidade com relação ao arrecadado.

Outra comparação de destaque é a que representa o estoque da dívida sobre a receita corrente. O que se pode observar é que o estoque da dívida não ultrapassa 4,5% do total das receitas correntes.

Ante o exposto é possível constatar a posição confortável do Município com respeito à estabilidade de suas finanças, uma vez que foi observado:

• Superávit operacional no último ano

• e indicadores satisfatórios com relação ao que estabelecem os critérios de elegibilidade financeira da administração pública.

De acordo com os dados apresentados acima, a Prefeitura apresenta resultados aceitáveis para cobrir novos compromissos do Plano de Saneamento para os próximos anos, caso mantenha o equilíbrio financeiro apresentado nas contas de 2012.

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5 ANÁL IS E DA S US T E NT AB IL IDADE E C ONÔMIC A DA P R E S T AÇ ÃO DOS S E R V IÇ OS DA S ANE AME NT O B ÁS IC O

Dentre os diagnósticos necessários para a avaliação da atual situação econômico-financeira dos serviços de saneamento que contempla este Plano estão na jurisdição municipal os serviços de coleta e destinação final do lixo, da drenagem pluvial e do abastecimento de água e coleta / tratamento de esgoto doméstico do município.

Dentre estes serviços, a coleta do lixo e pequena parcela dos serviços de drenagem pluvial têm aporte financeiro dos recursos próprios do município, que são sustentados pela arrecadação tributária, tendo como principal fonte o IPTU. Enquanto isto a maior parcela dos serviços de drenagem e a totalidade do abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto doméstico foram transferidos a uma instituição especifica1

5.1 A QUE S T ÃO DA DE MANDA

, parte da administração indireta do Município, identificada pelo SEMAE que objetiva, assegurar a manutenção do atual sistema e melhorar e ampliar o nível de qualidade e eficiência destes serviços.

Como visto parte dos serviços de coleta de lixo é de exclusiva responsabilidade da administração direta do município, assunto já analisado na etapa anterior, que se refere às questões financeiras da Administração Municipal. Por outro lado os serviços de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgoto e da macro e microdrenagem estão a cargo da autarquia municipal, criada em dezembro de 1971, denominada SEMAE - Serviço Municipal de Água e Esgoto e passam a ser analisados na sequência.

De uma maneira geral o que tem se verificado na média brasileira é que o consumo de água na última década indica uma tendência quase constante de queda, cujas razões podem ser explicadas pela redução do consumo dos denominados “grandes consumidores” (acima de 1.000 m³/mês). Mas também se credita às campanhas de conscientização do uso racional da água e da energia elétrica principalmente, que têm sido difundidas cada vez com mais ênfase.

Deve-se registrar que a correlação do consumo de água com o desenvolvimento econômico sempre foi muito forte e, nesse período, os indicadores de crescimento mostram tendências positivas mais animadoras, porém consideradas moderadas, mesmo verificando-se uma tendência de crescimento do PIB acima dos 3,5% a.a.

No tocante aos consumidores de maior porte, salienta-se a ampliação do uso de poços artesianos – para usos não potáveis - por parte de clubes esportivos e recreativos, postos de gasolina (lavagem de veículos) e até escolas, entre outras atividades.

A exceção está nos pequenos consumidores de 0 a 20 m³/mês, cuja tendência é inversa.

Deve-se registrar que esta faixa de consumo muitas vezes é beneficiada pela estrutura tarifária, resultando no pagamento de contas proporcionalmente menores do que as devidas pelos consumidores enquadrados nas demais faixas.

1 Que se revestem de grande importância à medida que são importantes para a qualidade do nível de vida da população e exigem grande monta de recursos financeiros, na medida em que são sistemas com altos custos operacionais e de investimentos, necessários ao atendimento da demanda crescente em São Leopoldo.

(13)

Esta constatação e abordagem sobre o que vem acontecendo com a curva da demanda, tem reflexos diretos nas receitas e nos custos de operação, com uma queda e alta respectivamente, provocando um desequilíbrio econômico-financeiro nas operadoras, de uma maneira geral.

5.2 R E C E IT A AT UAL

As receitas correntes auferidas pelo SEMAE vêm, em sua maior parte, do fornecimento de água e coleta de esgotos, assinalados como receita de serviços (industrial).

No Quadro 5, onde constam os valores de 2011, pode-se observar que a cobrança pelo abastecimento de água responde por quase 69% do total das receitas, mostrando que a conta média é de R$ 44,62/domicilio/mês, considerando o nº de domicílios divulgado pelo IBGE, no censo de 2010, de 71.233 domicílios. O cálculo é genérico mas passa uma ideia aproximada da conta de uma família com o sistema de água.

As receitas decorrentes da coleta e tratamento de esgoto, pelo baixo percentual de atendimento pouco contribuem - representando 16,5%, seguidas pelo item de Outras Receitas (3,4%) como:

• Preços para Aprovação de Projeto de Redes de Água e Esgotos em Loteamentos;

• Preços para Serviços de Fiscalização de Loteamentos;

• Preços Referentes aos Serviços de Entroncamento da Rede;

• Preços Referentes aos Serviços de Instalações Prediais;

• Preços da Vistoria de Imóvel, para fins de obtenção do Memorando de Liberação (Construção, Reconstrução, Reforma, Aumento e/ou Modificação) Tensão do Memorando de Liberação (Construção, Reconstrução, Reforma, Aumento e/ou Modificação)

• Preços Referentes aos Serviços de Análises Físico-Químicas e Biológicas;

• e outros serviços similares.

As Receitas de Capital são variáveis ano a ano, dependendo basicamente das operações de crédito realizadas. Em 2011 foi oportunizada uma entrada de R$ 2,6 milhões de capital de terceiros (4,7% do total das receitas), que seguramente irá gerar um desembolso, no futuro, de amortizações e encargos.

5.3 DE S PE S A AT UAL

O levantamento dos custos da Operadora com as equipes de operação e pessoal administrativo, veículos e equipamentos, insumos, materiais de escritório, energia elétrica, produtos químicos e demais custos envolvidos na Operação, Administração e Manutenção, estão expressos no Quadro 5.

O dimensionamento das despesas com OAM (operação, administração e manutenção) para o sistema de água e esgoto sanitário de São Leopoldo se baseou no relatório contábil – financeiro da Autarquia, com dados oficiais de 2011 acumulado até dezembro. Estas atingem um total de R$ 53,3 milhões valor estruturado para cumprir satisfatoriamente as atribuições inerentes ao papel da concessionária, sejam aquelas vinculadas à operação

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propriamente dita, como também as voltadas para os serviços de conservação e manutenção do sistema na situação atual.

Os grandes itens das despesas do SEMAE estão nas contas de Pessoal (34,7%) e Despesas Gerais (14%), que somadas correspondem a quase 50% do total das despesas.

Cabe destacar que os custos variáveis representados pela Energia e Material de Tratamento atingem a R$ 7,037 milhões, na situação atual, a preços de dezembro de 2011, representando 13,2% dos custos totais do sistema SEMAE. Enquanto isto se verifica uma baixa alocação de recursos para investimento (5,9%) sobre os custos totais, ou 5,7% das receitas totais, como observado em 2011.

No que cabe a compromissos com a dívida, o SEMAE registra em 2011 um valor de R$

3,046 milhões correspondendo a 5,71% do total das despesas. Outros gastos, considerados excessivos, como despesas com calçamento e pavimentação das obras de instalação/reposição de rede principalmente, que representam 5,8% das despesas, auxílio alimentação (4,5%) e vigilância (4,2%) que corresponde aproximadamente a R$ 215,4 mil mensais, deveriam ser reavaliados.

Para efeito de prognóstico serão adotados estes custos considerando também 2012, quando os dados estiverem disponíveis ao público no site da Autarquia, para que 2012 seja considerado como o ano de partida para a fase de prognóstico com as ações do Plano.

Outro ponto a destacar são as despesas em drenagem que o SEMAE está assumindo. Em 2011 foram gastos R$ 1,583 milhão, ou seja, 3% das despesas totais, não sendo repassado nenhum recurso da Administração Municipal para esta finalidade, reduzindo ainda mais a capacidade de investimento do SEMAE nas suas atribuições principais.

5.4 R E S UL T ADO OP E R AC IONAL

Considerando as contas de 2011, o SEMAE apresenta um resultado positivo, onde produz uma poupança líquida de R$ 2,042 milhões, o que representa 3,69% das receitas, conforme demonstrado no Quadro 5.

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Quadro 5 - Município de S ão Leopoldo DR E - Demons trativo das R eceitas e Des pes as F ixas e Variáveis S E MAE (R $.1,00/Dez.2012)

Discriminação 2011 (%)

Receita Operacional 55.363.356,89 100%

Água 38.139.668,81 68,9%

Esgoto 9.145.691,05 16,5%

Capital 2.619.457,60 4,7%

Aplicações 33.591,08 0,1%

Dívida Ativa 3.515.381,83 6,3%

Outros Receitas 1.909.566,52 3,4%

Despesas de OAM 53.321.102,14 100%

Pessoal 18.507.192,94 34,7%

Combustíveis e Lubrificantes 319.432,89 0,6%

Mat. Tratamento 1.683.435,94 3,2%

Energia 5.354.539,87 10,0%

Desp. Gerais 7.466.193,10 14,0%

Investimentos 3.148.326,64 5,9%

Vigilância 2.257.993,02 4,2%

Amortização da Dívida 2.585.118,48 4,8%

Juros da Dívida 461.466,55 0,9%

Calc./Pavimentação 3.079.237,96 5,8%

Auxílio - Alimentação 2.396.752,04 4,5%

Tarifas Bancárias 1.006.710,89 1,9%

Pasep 523.442,94 1,0%

Limpeza e Conservação 875.679,75 1,6%

Publicidade Institucional 1.120.885,52 2,1%

Serviços de Estagiários 951.280,79 1,8%

Drenagem Urbana 1.583.412,82 3,0%

Resultado Operacional

(e sobre as receitas em %) 2.042.254,75 3,69%

Fonte: SEMAE

(16)

6 C ONS IDE R AÇ ÕE S F INAIS

Na presente análise foram consideradas as situações consolidadas do último ano disponível nas fontes pesquisadas, devendo ser revista na fase do prognóstico, onde será elaborada uma análise geral da sustentabilidade econômico-financeira da prestação dos serviços de saneamento básico. Que envolverá a política e sistema de cobrança, dotações do orçamento geral dos municípios e do Consórcio, fontes de subvenção e financiamentos, incluindo a descrição do sistema financeiro, política tarifária e estruturas tarifárias vigentes.

Para as projeções serão necessárias as séries históricas dos três (3) últimos anos de:

receitas operacionais diretas (taxas e/ou tarifárias) e indiretas (venda de serviços, multas, etc.); receitas não operacionais (aplicações financeiras, venda de ativos, etc.); despesas de exploração (pessoal, energia elétrica, produtos químicos, materiais, serviços de terceiros, serviços gerais e fiscais); serviço da dívida (amortizações, despesas financeiras com respectivos financiadores, etc.); orçamento anual de custos e investimentos.

Complementarmente será feita a avaliação da capacidade de endividamento e a disponibilidade de linhas de financiamento que contemplem o município e o Consórcio e seus projetos e ações.

Finalizando, será verificada a necessidade de destinação de recursos orçamentários, dos prestadores, do município e/ou do Consórcio, para viabilizar a adequada prestação e manutenção dos serviços a serem requeridos pelo Plano.

Referências

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