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Rev. Bras. Enferm. vol.37 número34 v37n3 4a01

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Academic year: 2018

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Editorial

A PROPOSITO DAS AÇOES INTEGRADAS DE SAÚDE E A

PARTICIPAÇÃO DOS ENFERMEIROS

À

medida que a política nacional de saúde se orienta para objetivos de alcance mais universal, requerendo uma ação conjunta de setores sociais e econômicos, mais se acentua a necessidade de ser fortalecida a integração interinstitucional das ações de saúde.

Felizmente, é animador constatar que estamos caminhando progressi­ vamente, nessa direção.

A estratégia básica do Plano CONASP as "Ações Integradas de Saúde" - AIS - vêm se materializando, através.de convênios que estão sendo assi­ nados, na maioria dos estados brasiléiros, entre MPAS/MS/MEC E SES, com a crescente participação dos municípios.

As experiências, nos vários estados, conforme vêm sendo relatadas, têm demonstrado consideráveis avanços no entendimento interinstitucional, apesar das inúmeras dificuldades. Isto, segundo analistas, tem gerado resulta­ dos positivos traduzidos por uma melhor utilização da capacidade instalada do setor público de saúde e o fortalecimento da rede básica ambulatorial.

Observa-se, ademais, que a implantação das "AIS", nos estados, vem propiciando oportunidade para uma reflexo e análise mais substantiva desse processo de integração interinstitucional, não apenas nos seus aspecos político-administrativos, mas também no que diz respeito ao exame das questões técnico-operacionais dos vários programas básicos.

Assim, a par das discussões concenentes às questões fundamentais, como a· necessidade de maior aporte de recursos financeiros para o setor saúde, a redefinição dos papéis das unidades sanitárias estaduais, municipais e ambUlatoriais do INAMPS, a hierarquização das ações de saúde, a regiona­ lização dos serviços, e a implantação do sistema de referência e contra-refe­ rência de pacientes para a rede hospitalar, também vêm sendo levantadas questões relacionadas com a participação, mais efetiva, dos vários profissio­ nais de saúde nas "AIS".

Essa preocupação decorre, sem dúvida, da grave lacuna do projeto original, conforme concebido pelos órgãos centrais. Nesse projeto a questão dos recursos humanos é referida de modo superficial e quando ocorre um maior detalhamento, é para ratificar a posição hegemônica de um único profissional da saúde. Nesse particular, as "AIS" não apresentam qualquer inovacão e até mesmo buscam estratégias conservadoras. Dal a necessidade de m

ior aprofundamento nas análises de tão relevante questão, sobretudo visando corrigir as deficiências do projeto original.

A oporunidade para

tal

procedimento é,

justamente, no

momento

de

SUd implatação. Dal' a importância da participação dos enfermeiros, nas discussões junto às Comissões Interinstitucionais - "CIS" - geHoras esta­ duais dos convênios. Trata-se de instância próxima das linhas de frente, e que podem, portanto, detectar melhor as facilidades e obstáculos da implantação dos vários programas, inclusive para estimular a plena e efetiva utilização dos enfermeiros e das categorias auxiliares nos programas básicos, 'segundo o preparo e a competência de cada qual e os objetivos e metas a alcançar.

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Para tanto é indispensável, como medida preliminar, que os enfermeiros das várias instituições envolvidas nas "AIS" se reúnam para estudo e análise de sua filosofia, objetivos, estrutura básica e organização, programas e metas a serem alcançados.

A partir da/, deve ser detalhada a participação das várias categorias de pessoal de enfermagem, segundo as peculiaridades regionais, para definição de estratégias de ação. Um passo decisivo neste sentido foi dado pelos enfer­ meiros do Ceará.

Neste Estado foi canstitu/da uma comissão interinstitucional de enfer­ meiros representantes do INAMPS, UFC, SES, SMS, FUSEC e associações de classe de enfermagem. Os colegas cearenses elaboraram um documento encaminhado aos Ministérios da área da saúde comendo propostas concretas que viabilizam e facilitam a atuação dos enfermeiros nessas ações integradas. A proposta justifica

à

necessidade de ser inclu /da e considerada a Consulta de Enfermagem nas "AIS", no apenas como dado estatístico, mas, inclusive com a competente remuneração, podendo ser classificada no 'porte li ", de acordo com as Resoluções - CIPLAN - números

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e 7 de 1984. Por outro lado, também merecem destaque outras atividades de apoio que os enfermeiros desenvolvem, especialmente em tratamentos de enfermagem, supervisão, educação sanitária, imunização, pesquisas operacionais, entre outras.

A poposta dos colegas cearenses tem amplo apoio legal, inclusive em virtude da Ordem de Serviço do INAMPS SAM-039.47, de 20 de junho de 1977, ainda em vigor, que dispõe sobre a prestação de assistência de enfer­ magem nas unidades médico-assistenciais.

O

importante agora é ocupar o nosso espaço. Em cada estado os enfer­ meiros conscientes de que são também agentes de mudança devem atuar firmemente junto às "CIS" para melhor definição de seus papéis e remoção de obstáculos que possam se interpor à sua ação, enquanto outras ações, junto à CIPLAN, continuarão sendo feitas.

A generalização desse trabalho em todo o Pa/s por certo inluenciará nas revisões que a CIPLAN, certamente, fará no seu projeto original, ao longo de sua implantação nos estados.

Portanto, a hora é para agir com responsabilidade e competência pro­ fissional.

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